SOBRE A TEORIA DOS SISTEMAS ECONÔMICOS

NÃO CAPITALISTAS

Henrique Mendonça dos Santos¹

Resumo: Ao se falar de um sistema econômico socialista ou de práticas

não-capitalistas, não se tem muitas referências. O motivo desta ocorrência se deriva
do grande prodígio que o sistema capitalista alcançou com o passar do tempo, se
refuncionalizando e se torna um dos principais meios de economia do mundo. No
entanto, não se pode deixar de considerar a importância do modelo socialista que
baseia-se no coletivismo, essa ordem não foi especificamente explicada pelos
grandes nomes da área deixando uma porta entreaberta para o desenvolvimento e
elaboração de teorias sobre a temática. Por isso, faz-se necessária a compreensão
das estruturas do modelo capitalista para então entender e comparar os dois
modelos.

Palavras-chave: Sistema econômico; Capitalismo; Socialismo; Coletivismo.

Abstract: When talking about a socialist economic system or non-capitalist

practices, there are not many references. The reason for this occurrence derives
from the great prodigy that the capitalist system has achieved over time,
re-functionalizing itself and becoming one of the main means of economy in the
world. However, one cannot fail to consider the importance of the socialist model that
is based on collectivism, this order was not specifically explained by the big names in
the area, leaving a door ajar for the development and elaboration of theories on the
subject. Therefore, it is necessary to understand the structures of the capitalist
model in order to understand and compare the two models.

Key Words: Economic system; Capitalism; Socialism; Collectivism.

1. Introdução

Quando se fala em economia, não-capitalista, até mesmo dentro do

rapidamente faz-se um link ao
capitalismo, capitalismo este, que está
diretamente ligado à acumulação de
capital em forma de juros com o
objetivo de lucrar ao máximo,
baseando-se em uma economia
geralmente assalariada. Porém,
existem formas de economia de modo
próprio capitalismo. Essas formas de
economia não-capitalista normalmente
não são muito conhecidas e por isso
são dadas como insignificantes por
boa parte da sociedade. É indiscutível
que o capitalismo possui um certo
poderio, principalmente se
analisarmos o quanto a economia

1
mundial se construiu com o passar do
tempo. Os sistemas econômicos
espalhados pelo mundo em diversas
épocas passaram por diversas
transformações se compararmos com
o modelo capitalista atual.
2. Economia não-capitalista
As práticas agrárias, por exemplo,
usualmente não se encaixam dentro
do modelo capitalista, pois possui um
formato diferenciado que está ligado a
uma forma de produção para sustento
familiar geralmente baseado em
subsistência e não a lucratividade
exagerada. Dessa maneira, podemos
perceber que não se deve aplicar o
fenômeno do capitalismo puro a todos
os aspectos ligados à economia.
3. Compreensão da sociedade
capitalista
Para que se possa entender a
dinâmica da sociedade capitalista é
preciso a determinação de um grau de
ocorrência ou uma análise na
sucessão de fatos que montam um
sistema de capital financeiro. Pode-se
pensar no trabalho, que é um setor
muito importante na vida de diversos
seres humanos. O pensamento inicial
ao se falar de trabalho está ligado ao
sustento, uma forma de satisfazer as
necessidades e o consumo humano,
ao seguir por essa perspectiva,
pode-se tomar isto como algo nobre.
No entanto, a longo prazo surgem
falhas nesse modelo como a
diminuição do significado do trabalho,
em contrapartida vem o aumento da
produção formando um paradoxo.
4. Sustentação do sistema
capitalista
A linha que segue o modelo capitalista
está ligada à produção familiar sendo
apresentadas como os meios de
produção, definição de preços de
mercadorias, preço da terra e etc. A
área familiar, dentro da estrutura
econômica particular, pode parecer
que não há nenhuma prática
explicitamente capitalista, mas se
analisarmos detalhadamente, pode-se
perceber que estruturação das
necessidades da ramificação familiar é
até bem parecida com modelo da
ramificação mercantil.
5. Sistema econômico
escravista
Existe uma forma de economia
que sequer recebe salário, a
escravista que é diferente do
campesinato (produção particular
independente). O modelo de economia
escravocrata consiste no trabalho
forçado e sobre ameaças onde o
indivíduo é tratado com um produto
com a finalidade de satisfazer as
necessidades do empresário
escravista. Algo parecido ocorre na
classe operária que se está inserida
no capitalismo, onde recebem salário,
porém trabalham em situações
precárias, jornadas de trabalho
intensa, sem direitos, produzindo
100% do produto sem ter acesso ao
que produziu.
6. O sistema econômico socialis
Faz-se necessária a formação de
uma teoria sobre o sistema socialista,
2
pois foi um tema pouco desenvolvido.
Esse sistema elimina as
características ligadas ao capitalismo
como o juros, salário e renda tornando
a economia de um país em algo mais
unificado com uma visão para o povo
como um todo. O trabalho é social e
atende a demanda da população.
Por fim, diversas facetas da economia
são deixadas de lado pelos estudiosos
da ciência econômica, por isso é
interessante ter uma visão ampliada
para que todos os setores sejam
atendidos.

7. Referências

CHAYANOVE, Alexander. A questão

agrária. São Paulo: Editora
Brasiliense, 1981.