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Livro Cavalos Na Saúde e Na Doença - 230928 - 095610
Livro Cavalos Na Saúde e Na Doença - 230928 - 095610
DOENÇA
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CAVALOS NA SA UD E
E NA DOENÇA
)AMES L. NAVIAUX
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PREFACIO
lnd1ce
1. O Cavalo """""""""""""""""""""""""" 3
História..................................................................................................................... 3
Características do cavalo..................................................................................... 5
Raças atuais de cavalo........................................................................................... 11
Pôneis comuns hoje em dia................................................................................. 18
3. Enfennidades..................................................................................................................... 44
Manqueira "................................................................................................ 44
Localização específica das enfermidades................................................................. 51
Enfermidades gerais......................................................................................................... 58
Defeitos comuns e condições anormais.......................................................... 60
Vícios comuns "................................................................ 64
4. Cuidados Geraís :.....................................................................65
Escovação ".............................................................................................. 65
Banho.................................................................................................................................... 70
Capas..................................................................................................................................... 71
Tosa........................................................................................................................................ 72
Cuidados com os cascos " "... 73
Cuidados dentários.......................................................................................................... 79
Transportando cavalos ,,"................... 82
x Índice
5. Nutrição Eqüina................................................................................................................ 87
Considerações rápidas sobre alguns alimentos comuns.................................... 89
Vitaminas............................................................................................................................. 98
Minerais................................................................................................................................ 103
Característica de alguns alimentos comuns............................................................ 104
Comparando alimentos comerciais (rações )......................................................... 106
Desequilíbrio cálcio-fósforo......................................................................................... 110
Alimentos granulados...................................................................................................... 111
Antibióticos na ração....................................................................................................... 112
Energia e necessidade de grão para o trabalho....................................................... 112
Programas de trabalho usuais e necessidades de grão................................. 113
Jornadas de resistência......................................................................................... 116
Programas de alimentação recomendados............................................................. 119
Alimentação e cuidados com os cavalos no inverno............................................ 127
Notas gerais sobre a alimentação................................................................................ 128
Máximas de alimentação................................................................................................ 129
6. Reprodução dos Cavalos................................................................................................ 137
Fisiologia básica................................................................................................................. 137
Possuir um garanhão no haras...................................................................................... 139
Infertilidade na égua........................................................................................................ 144
Infertilidade no garanhão............................................................................................... 148
7. A Égua Prenhe.................................................................................................................... 150
Prenhez................................................................................................................................. 150
Nascimento do potro...................................................................................................... 155
Quando auxiliar a égua................................................................................................... 156
A placenta............................................................................................................................ 161
Cólicas uterinas pós-parto............................................................................................. 161
Sangramento intra-abdominal pós-parto.................................................................. 162
8. Cuidados com o Potro e com a Égua no Pós-Parto............................................... 163
Primeiros cuidados com o potro recém-nascido.................................................. 163
O colostro............................................................................................................................ 164
Auxiliando a primeira mamada.................................................................................... 164
Leite insuficiente............................................................................................................... 165
A necessidade do suplemento de leite para o potro............................................. 165
Doenças no potro recém-nascido............................................................................... 166
Soltando éguas com potros no pasto.......................................................................... 173
Montando a égua em lactação...................................................................................... 174
Desmamando o potro...................................................................................................... 175
Secando o leite da égua................................................................................................... 176
Parte IV - Apêndice
Considerações Gerais
Testa
Narinas
Boca
Queixo .
MandíbÚlas
t
Nádegas
Ganacha
Espádua
,-Perna
jarrete
( Curvi1hão
joelho ou curveão)
Canela Canela
Machinho
-
Figura 1.1 Partes do cavalo. (Desenhado por )eannine Quilici).
1
o Cavalo
mSTÓRIA
o Cavalo Primitivo
o Homem e o Cavalo
o homem primitivo provavelmente caçava o cavalo para alimentação. A
domesticação do cavalo, assim como todos os nossos outros animais domésticos,
ocorreu em tempos pré-históricos. A história da relação entre o homem primi-
tivo e o cavalo nos foi deixada por gravuras e pinturas em paredes de cavernas.
Nesse tipo de achados, no sudeste da Ásia, desenhos mostram que o homem
já montava o cavalo há mais de 5000 anos atrás. É sabido que os Assírios
caçavam com cavalos por volta de 800 ac. Os persas, que eram excelentes
cavaleiros, usavam cavalos para caçadas, esportes e guerra.
Carruagens puxadas por cavalos eram usadas na Grécia 1000 anos ac. Corridas
de cavalos foram instituídas nos Jogos Olímpicos em 648 ac. O interesse e
respeito dos gregos pelos cavalos é mostrado na crença de que o deus Sol,
ApoIo, dirigia uma carruagem de quatro cavalos através do céu todos os dias.
A crença no Pégaso, o cavalo voador, também é testemunha do apreço grego
por esse animal maravilhoso. Muitas moedas gregas antigas (anteriores a 300
aC) tinham um cavalo ou carruagem puxada por cavalos gravados nelas.
Os macedônios foram os primeiros a desenvolver completamente o uso
do cavalo na guerra. Desde esse tempo até a primeira guerra mundial, a cavalaria
teve um papel importante em todos os exércitQs. Raças de tiro foram desenvol-
vidas para carregar cavaleiros e guerreiros com pesadas armaduras. Depois
que a pólvora passou a ser usada, por volta de 1300, cavalos mais leves e
rápidos foram procurados para substituir as raças de tiro. Um dos resultados
dessa mudança de atitude militar são as atuais raças de cavalos leves. Acredita-se
que os normandos, na Inglaterra, foram os primeiros a arar com cavalos, ao
invés de bois. O uso dos cavalos teve ainda grande influência na história recente
dos índios norte-americanos e na colonização do oeste dos Estados Unidos.
Hoje em dia existem mais de 150 jornais e revistas que tratam especificamente
de cavalos.
Cores
Corno sabemos os cavalos têm cores diferentes e diferentes quantidades
de branco nos seus corpos. Esse fato provavelmente deu origem ao velho
6 Considerações Gerais
dito popular americano: "um cavalo de cor diferente".. As cores abaixo são
as cores normais das pelagens dos cavalos:
1.Baio - A coloração dos cavalos baios varia de um amarelo claro até a
cor do mogno (baio sangue). O cavalo baio possui crina e cauda pretas
e, na maioria das vezes, preto nas pernas. A cor amarelada, com crina
e cauda pretas e listra-de-burro, uma listra escura que vai da cernelha
à cauda, nos Estados Unidos chama-se Buckskin, mas no Brasil é um tipo
de baio.
2. Preto -Um cavalo preto deve ser completamente negro incluindo o focinho
e fiancos. (Clareamento dos pêlos pelo sol, o que é normalmente causado
por deficiência de vitamina A, não deve evitar o reconhecimento de uma
pelagem negra. Cavalos pretos são pouco comuns, e raros na raça Árabe ).
3. Castanho - Um cavalo que freqüentem ente parece ser preto, mas que
tem pêlos castanhos no focinho e fiancos (é uma cor relativamente rara,
sendo mais comum no puro sangue inglês).
4. Alazão - Cavalos alazões são coloridos em tonalidades de vermelho, com
crina e a cauda normalmente da mesma cor do corpo. A pelagem pode
ser um dourado (alazão claro ), avermelhada, ou um vermelho bem escuro
(alazão figado). A crina e a cauda algumas vezes são prateadas, mas um
cavalo alazão nunc... tem crina e cauda pretas.
5. Tordillio - Tordilho é uma cor comum entre muitas raças, especialmente
Árabe e Lippizans. Esses cavalos possuem pele preta. Todos os cavalos-
que se tomam eventualmente tordilhos nascem negros, mas mostram evi-
dência da mudança quando começam trocar a pelagem, dos 2 aos 3 meses
de idade. Os cavalos tordilhos tendem a clarear com a idade. Muitos cavalos
jovens, quando em boas condições de saúde, desenvolvem um pêlo cinza
lustroso com manchas mais escuras, que é chamado de "tordilho rodado".
6. Rosilho - Cavalos que possuem pêlos brancos e vermelhos, criando uma
tonalidade rosada, são chamados rosilhos, e, como os tordilhos, tendem
a clarear com a idade. Um rosilho ou tordilho escuro, com pequenas
manchas de pêlo esbranquiçado sobre o corpo, é chamado de "flea bitten
gray" (tordilho mordido por pulga).
7. Branco - Cavalos brancos nascem com pelagem branca e são brancos
por toda a vida. A pele é rosada e os olhos castanhos ou, por vezes,
azuis. Muitos cavalos brancos são chamados de "albinos", mas não são
verdadeiros albinos. Um verdadeiro albino não tem pigmentação no corpo
e possui olhos cor-de-rosa. Albinismo verdadeiro em cavalos não é um
fenômeno reconhecido, e se fosse, seria (como em outros animais) um
"infortúnio" genético ou um mutante.
8. Palomino - A coloração palomino é uma coloração dourada com tons'
variando do ouro claro ao escuro. Cavalos palomino têm a crina e a cauda
prateadas.
9. Amarmo - O cavalo amarillo possui uma coloração amarelada por todo
o corpo, crina e cauda n.
. N. do T. . A expressão "um cavalo de cor diferente (em inglês: "a horse of a different color")
equivale a "isto é outra estória" ou "isto são outros quinhentos".
.. N. do T. O amarillo é considerado por alguns uma variedade do alazão.
o Cavalo 7
10. Ruão - O cavalo mão possui uma combinação de pêlos brancos, negros
e vermelhos. Existe o mão claro (predominância do branco ), mão verme-
lho (predominância do vermelho) e mão escuro (predominância do pre-
to).
11.Appaloosa - O cavalo appaloosa possui muitas variedades e combinações
de tipos de pelagens, com manchas coloridas. Um cavalo com uma cor
predominante de pelagem na cabeça e parte anterior do corpo, e várias
manchas brancas nos quartos traseiros é chamado appaloosa. Muitos cava-
los têm uma pelagem base branca e uniforme com várias malhas por
todo o corpo; esses são chamados "appaloosa-Ieopardo". Uma pele man-
chada de branco (pintalgada) em tomo da boca, reto e áreas genitais
é característica dos appaloosas, assim como cascos listrados. Alguns potros
nascem com uma cor única e tomam-se appaloosa ao atingir os 12 ou
18 meses de idade. A coloração appaloosa tem a tendência de clarear
com a idade.
12. Pampa - A pelagem rampa possui grandes áreas irregulares de branco
e outra cor qualquer, freqüentemente preto, castanho ou palomino.
13.Rato - Essa é uma cor de pelagem relativamente rara, consistindo de
pêlo uniformemente cinza sobre todo o corpo (é vista com mais freqüência
no Quarto-de-milha).
Alazão, baio e tordilho são as cores mais comuns entre todos os cavalos
que possuem uma cor predominante. Alazão é a mais comum de todas.
8 Considerações Gerais
Sinais Particulares
Cabeça
Estrela ou Flor - Qualquer marca branca
na fronte. Pode ser descrita como grande
luzeiro, pequena, irregular ou apagada.
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Talões Brancos - Uma faixa branca em torno da coroa, que
:~ fica logo sobre o casco.
Árabe
De todas as raças de cavalo do mundo, a Árábe é considerada não sô a
mais antiga, mas também a mais bela. As linhagens atuais parecem vir desde
100-600 dC, quando suas características distintas foram estabelecidas na Arábia.
CARACTERÍSTICAS
Altura: 1,47 a 1,57 m. Cores: alazão, baio, tordilho, ou castanho (sinais particu-
lares são comuns). Peso: 386-454 kg.
APARÊNCIA
Cabeça: pequena face côncava e abaulada com um perfil que vai se afilando
até um pequeno e bem delineado focinho. Olhos: bem grandes, circulares,
bem espaçados e baixos no crânio. Narinas: grandes e flexíveis. Mandíbula:
bem larga e profunda. Orelhas: pequenas, com a curvatura característica, e
as pontas apontadas para dentro. Peito: largo. Corpo: curto, com garupa plana,
inserção alta da cauda, e posição "alegre" de cauda-; a cauda freqüentemente
curva-se sobre a garupa do cavalo quando está trotando com uma andadura
"flutuante". O Árabe é bem conhecido pela sua resistência e fácil manejo
(requer pouco alimento). A maior parte dos Árabes gosta de gente e de estar
em sua companhia.
UTIliDADE
CARACTERÍSTICAS
APARÊNCIA
UTIliDADE
CARACTERÍSTICAS
Altura: 1,52 a 1,63 m. Cores: alazão, baio, castanho, preto, tordilho ou dourado.
Peso: 454-545 kg.
APlliNCIA
UTIliDADE
CARACTERÍSTICAS
Altura: 1,52 m a 1,63 m. Cores: baio, alazão, castanho e preto são as mais
comuns, mas tordilho, mão e amarmo são também encontradas. Peso: 385-544
kg, normalmente entre 408 kg e 454 kg, se for um cavalo de corrida.
APARÊNCIA
UTIliDADE
CARACTERÍSTICAS
Altura: 1,52 m a 1,63 m. Cores: baio, alazão, preto, castanho, mão, tordilho,
rosilho, branco e dourado (Sinais particulares são comuns). Peso: 454 kg -
545 kg.
APARÊNCIA
UTIUDADE
Quarto-De-Milha
Essa raça de cavalos foi desenvolvida pelos primeiros colonizadores da Virgí-
nia devido ao seu interesse em corridas de cavalo. Como não havia grandes
pistas disponíveis, eles abriram "pistas", que tinham normalmente um quarto
de milha de extensão, nas áreas despovoadas. Assim, o cavalo que esses coloniza-
dores criavam para essas pistas era chamado "Quarto-de-milha". O interesse
nas corridas desse cavalo se propagou à Maryland e às Carolinas - do Norte
e do Sul-, e então, às outras colônias. Quando o oeste tomou-se mais povoado
e a indústria do gado cresceu, esse cavalo, que era muito forte, musculoso
o Cavalo 15
CARACTERÍSTICAS
Altura: 1,47 a 1,57 m. Cores: alazão, baío, são as mais comuns, mas palomino,
preto, mão, tordilho e rato também ocorrem. Peso: 454 - 567 Kg.
APARÊNCIA
Morgan
Essa raça americana de cavalos leves provém das crias de um pequeno gara-
nhão baio,]ustin Morgan, que nasceu em 1793 no território de Green Mountain
em Vermont. Pouco é conhecido da origem desse cavalo, exceto 9ue seus
ancestrais devem ter sido, principalmente, Puros-sangues Ingleses ou Acabes.
Por um golpe de sorte, seu proprietário, Thomas Justin Morgan, impressio-
nado com a aparência do garanhão, decidiu experimentá-Io no stud (criação );
os resultados foram surpreendentes. Apesar de ter sido cruzado com éguas
comuns, ele produziu réplicas quase exatas de si mesmo. Sua fama se espalhou;
ele foi posteriormente comprado pelo exército americano por uma grande
soma e mudou-se para um stud em Woodstock, Vermont. Ele viveu 32 anos.
Além de ser o garanhão que originou a raça Morgan, também contribuiu para
Oinício de outras raças americanas em desenvolvimento, como o Standardbred,
o American Saddle Horse e o Tennessee Walking Horse.
16 Considerações Gerais
CARACTERÍSTICAS
Altura: 1,47 a 1,63 m. Peso: 363 - 544 Kg. Cores: baio, alazão, castanho
e negro (Grandes sinais particulares são incomuns). O Morgan tem um corpo
compacto e solidamente construído, com espáduas musculosas e poderosas,
e um pescoço grosso. A crina e a cauda são normalmente densas. É conhecido
pelo seu estilo, fácil manutenção, vigor e resistência.
UTIUDADE
CARACTERÍSTICAS
Altura: 1,22 a 1,63 m. Já o pequeno pônei Hackney tem menos que 1,47
m e é registrado no mesmo stud book. Peso: 272-544 kg. Cores: alazão, baio
e castanho são as cores mais comuns, apesar de mães e negros também serem
vistos (sinais particulares são comuns e considerados desejáveis).
APARÊNCIA
UTIUDADE
Appaloosa
Esses "cavalos pintados" parecem ter tido suas primeiras aparições há aproxi-
madamente 2400 anos, na Ásia Central. Eles eram os cavalos do paraíso do
Imperador Wu Ti, na China. O atual Appaloosa americano foi introduzido pelos
primeiros exploradores espanhóis, o que é verdadeiro para todos os atuais
cavalos do hemisfério oeste. Ao que parece, esses cavalos tomaram-se muito
queridos pelos índios Nez Perce, em Idaho, Washington e Oregon, por volta
de 1730; eles foram seletivamente criados e desenvolvidos até números signifi-
cantes. O nome Appaloosa parece ter surgido depois que alguns desses cavalos
viveram nas margens do Rio Palouse, no Idaho e foram chamados cavalos
"Palouse". Um cavalo passou a ser "um Palouse"., o que posteriormente passou
a um "Appaloosa". Depois das guerras com os índios, no fim da década
de 1870, muitos desses cavalos se espalharam pelo Oeste. O registro no "Appa-
loosa Horse Club" começou em 1938.
CARACTERÍSTICAS
Altura: 1,47 a 1,63m. Peso: 408 - 544 Kg. Cores: muitas variações, com
padrões de manchas, pintas e malhas em várias cores-base. Um cavalo com
manchas no lombo e nas ancas é chamado de "coberto"; um cavalo com man-
chas regulares sobre todo o corpo é chamado de "leopardo", Um cavalo
Appaloosa também tem seus olhos circundados de branco; sua pele é manchada,
especialmente em tomo do focinho e na área genital; seus cascos são listrados
verticalmente em branco e preto.
APARÊNCIA
UTIUDADE
Pinto
o primeiro cavalo Pinto, que é uma raça selecionada a partir da cor, foi
trazido para a América pelos conquistadores espanhóis, por volta de 1530.
Ele era muito popular entre os índios das planícies e ficou conhecido como
"Põnei Índio". Ele teve um papel importante, afetando o estilo de vida desses
índios, permitindo que se tornassem caçadores de búfalos e guerreiros mais
eficientes.
CARACTERÍSTICAS
Altura: 1,45 a 1,68 m. Peso: 340 - 590. Kg. Cor: variável; prefere-se
que a pelagem seja metade colorida e metade branca, com as várias malhas
de cor por todo o corpo separadas pelo branco. As combinações de cores
mais comuns são: preto e branco, castanho e branco, alazão e branco, e palomino
e branco.* Dois tipos distintos de sinais são reconhecidos: overo, no qual
as áreas brancas se estendem para cima, a partir da barriga; e tobiana, no
qual as áreas brancas se estendem para baixo a partir do dorso.
APARÊNCIA
Muitos cavalos Pinto são criados para ter uma aparência geral refmada de
cavalo de lazer, isto é, algo entre a altura e musculatura suave do Puro-Sangue
Inglês e a corpulência do Quarto-de-milha.
UTIUDADE
PôneiShetIand
o pônei Shetland veio das Ilhas Shetland, que estão localizadas a aproxima-
damente 320km da Escócia. Essas ilhas têm um terreno acidentado e pedregoso,
e um clima inclemente a maior parte do tempo. Esse meio produziu um põnei
pequeno e rústico que é muito fácil de criar. Os ancestrais desse põnei atual
são incertos, mas acredita-se ter origem num pequeno número de pôneis que
foram encontrados nos países adjacentes da Islândia, Escandinávia, Irlanda e
País de Gales.
CARACTERÍSTICAS
UTIliDADE
Pônei Welsh*
CARACTERÍSTICAS
não são comuns. O pônei Welsh atu.al pode ser descrito como um cavalo
de coche em miniatura. É criado para ter uma boa cabeça e pescoço, articulações
curtas, bastante músculo e ossatura consistente. Também deve ter velocidade,
força no trote e boa resistência.
UTIUDADE
O pônei das Américas é, como o nome indica, uma raça de pôneis que
se originou na América. O registro foi formado em 1954. Os animais originais
vieram principalmente do cruzamento do cavalo Appaloosa com opônei Welsh.
Uma alegre média em miniatura do Árabe e do Quarto-de-milha era desejada,
e foi desenvolvida com a cor do Appaloosa.
CARACTERÍSTICA
UTIUDADE
O pônei das Américas é um pônei de lazer polivalente, que foi criado para
'iatisfazer as necessidades de jovens cavaleiros que já cresceram muito para
os pôneis Shetland, mas não estão prontos para cavalos.
2
Considerações Básicasno
Cuidado com o Cavalo
-
Figura 2.1 Cavalos com boa saúde têm a pelagem brilhante c::aparência robusta.
~
'1/1
Figura 2.2 - Cavalo em m~" condições: costelas à mostra, sem gordura sobre a cejnelha
ou ancas.
Considerações Básicas no Cuidado com o Cavalo 23
PRECAUÇÕES DE SEGURANÇA
Quando lidando com um cavalo, você deve estar ciente das seguintes impor-
tantes precauções de segurança:
1. Sempre avise o cavalo de sua presença, com uma voz calma, quando se
aproximar dele por detrás.
2. Trabalhe perto do cavalo. Isto fará com que seja impossível você receher
a força total de um coice. Um lugar perto da espádua (a esquerda, de
preferência), é a área mais segura para se situar quando trabalhando com
O animal. Evite trabalhar diretamente à frente ou atrás do cavalo.
3. Nunca enrole uma guia em volta de sua mão.
4. Tome cuidados extras para não assustarum garanhão.
S. Esteja bastante alerta e precavido com um cavalo em dias de ventania,
ou quando for usá-Ia depois que ele esteve confinado à cocheira ou área
limitada, por longo período de tempo.
6. Evite alimentar um cavalo com a sua mão. Isso favorece cabeçadas e mordi-
das. Dê "petiscos" em um balde.
As seguintes precauções de segurança devem ser tomadas para prevenir
que um cavalo se machuque:
1. Providencie estabulagem segura. É preferível ter uma área para abrigo com
pelo menos três paredes para que os cavalos procurem proteção do meio;
a área deve ter também pelo menos 3,65m x 3,65m para um único animal
e, duas vezes isso, ou mais, se mais de dois animais estiverem juntos. Isso
evita que o animal fique encurralado (deitado muito perto das paredes
para poder levantar-se sozinho) ou muito próximo uns dos outros, o que
pode ocasionar brigas. Evite quinas pontiagudas nos cachos e recipientes
de água. Evite também, saliências baixas, pregos e parafusos saltados, (Figura
2.3). Mantenha lixo e entulho longe do cavalo. Tenha tramelas seguras,
preferivelmente acorrentadas para manter os cavalos fora das estradas.
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Figura 2.3 Feridas causadas por pregos protuberantes em um estábulo.
Figura 2.4 . Cercas de arame farpado causam muitos ferimentos sérios aos cavalos
e, freqüentemente, tomam-se a cerca mais cara devido aos danos que causam.
para a cabeça do animal tocar o solo, ele pode facilmente enroscar uma
pata e, conseqüentemente, arranjar uma grave ferida ou queimadura de
corda (Figs. 2.7 e 2.8). Amarrar cavalos para pastar é um procedimento
bastante questionáve1. Tais animais, freqüentemente, acabam se ferindo ou
escapam e vão para as estradas. Muitos cavalos ficam apavorados quando
sentem uma corda enroscada em suas patas, embora alguns animais possam
resistir durante horas quando emaranhados em uma corda ou arame.
-
Figura 2.5 Arame farpado cravado em uma pata.
Figura 2.7 - Nunca amarre um cavalo com uma corda longa de modo que ele possa
prender suas patas na corda.
Figura 2.8 - Se um cavalo necessitar ser amarrado, é melhor passar a corda ou corrente
por dentro de uma mangueira de jardim para previnir sérias queimaduras de corda.
28 Considerações Gerais
DICAS DE TRATAMENTO
ADQUIRINDO UM CAVALO
o Mercado
Cavalos podem ser adquiridos em leilões, diretamente de criadores, nego-
ciantes de cavalos, ou particulares.
Leilões são geralmente excelentes fontes de compra de animais de qualidade.
Para garantir a saúde desses cavalos, a maioria dos grandes leilões têm seus
animais examinados por um veterinário, antes das vendas. Por outro lado,
leilões abertos de cavalos e leilões de planteI são lugares arriscados para se
. adquirir um cavalo. É através desses leilões que muitos indivíduos e negociantes
"se livram" de seus refugos e animais em más condições. Como a lei diz:
"Caveat emptor" (Compradores cuidado!), o comprador, normalmente; não
pode dispor de recursos, caso o cavalo adquirido esteja enfermo.
Criadores são uma boa fonte para a compra de um tipo específico de cavalo.
É interessante tomar-se familiarizado com as diferentes raças de cavalos e
suas inúmeras qualidades. Na Biblioteca Pública, provavelmente, encontram-se
livros que abordam o assunto, e contêm os endereços das associações nacionais
de criadores das diferentes raças. Através dessas associações, é possível obter
os endereços dos criadores locais. Lojas de alimentos e de -ferragens podem
também fornecer informações desse tipo.
Negociantes de cavalos podem ser também uma boa fonte de compra, porém,
o interessado deve fazer muitas indagações a respeito da reputação do nego-
ciante antes de tratar algo com ele.
Particulares são as fontes mais corimns de aquisição de cavalos de lazer.
Muitos cavalos são anunciados nos jornais locais, em revistas sobre cavalos,
nos quadros de avisos de lojas de alimentos e selarias. Outras dicas podem
ser obtidas nos hipódromos locais, haras, hípicas e com treinadores.
Estudando as Possibilidades
PREço
para um bom cavalo tipo inglês está entre 1 500 e 10 000 dólares. Tradicio-
nalmente, Puros-Sangues Ingleses e Árabes possuem preços altos. Alguns cavalos,
em particular, já foram vendidos por mais de 1 milhão de dólares.
CONVENIÊNCIA
É esse o cavalo que você deseja possuir? Para chegar a uma decisão é neces-
sário considerar: aparência e tipo; temperamento; treinamento; idade e saúde.
Aparência. o animal lhe agrada? Ele é do tipo no qual você está
interessado? Embora beleza não seja um requisito para um bom cavalo de
lazer ou de competição, pode ser uma importante característica de um cavalo
de exposição. Se você está escolhendo um cavalo para criação ou para exposição,
é aconselhável que se torne familiarizado com os padrões de criação e exposição
no que diz respeito a tipo e conformação.
Em geral, animais do tipo Quarto-de-Milha são mais usados para equitação
estilo western. Cavalos do tipo Puro-sangue Inglês são geralmente usados para
equitação estilo inglês, caçadas, salto e adestramento. Muitos animais podem
ser usados para qualquer estilo de equitação. O tamanho do animal também
pode afetar sua apropriabilidade. É sempre desaconselhável adquirir um animal
de pequeno porte para certos cavaleiros. Pequenos pôneis, bem mansos, podem
ser muito apropriados para pequenos cavaleiros, mas é freqüentementt neces-
sária a supervisão de um adulto para lembrar esses pequenos cavaleiros de
suas responsabilidades.
TemperafDento. Talvez esta seja a mais importante característica a
ser considerada, depoís da saúde do animal. Não importa quão bonito ou saudá-
velo cavalo seja, se ele é arisco, possui vícios e é imprevisível, não vale
a pena tê-Io como animal de lazer. Isso é especialmente válido para o jovem
ou inexperiente cavaleiro. Nunca é demais enfatizar a importância de se obter
um cavalo manso, com bons hábitos para o cavaleiro novato. Se uma criança
sentir medo em suas primeiras experiências de montaria, ela pode perder comple-
tamente o interesse, os muitos anos de prazer e a sensação de conquista,
conhecidos por um bom cavaleiro. Infelizmente, é quase impossível mudar
o temperamento de um cavalo, embora seja verdade que um cavalo nervoso
possa ter um bom desempenho se tiver desenvolvido confiança e segurança
em seu dono.
Aseguir estão alguns testes de temperamento que podem fornecer um critério
para um determinado animal:
Desmontado
1. O cavalo é dificil de ser pego?
2. Ele aparenta ficar nervoso quando alguém se aproxima?
3. Ele resfolega ou tenta empinar quando alguém anda à sua volta?
4. Ele resiste em ter suas patas erguidas - dianteiras ou traseiras?
5. Ele murcha as orelhas ou mostra algum desejo de morder ou escoicear?
Montado (É aconselhável que um cavaleiro experiente o monte para checagem)
1. O animal se mantém calmo, ou tenta empinar?
2. Você sente que ele está sob controle, tanto no curral como em espaço
aberto?
Considerações Básicas no Cuidado com o Cavalo 31
20 a 25 anos. Esses animais são freqüentem ente muito úteis como monta-
rias para crianças e não estão necessariamente limitados em sua utilização,
devido à sua idade. Eles freqüentemente amadureceram à maneira dos homens
e são muito confiáveis. Infelizmente nem sempre é esse o caso. Um cavalo
bom e confiável pode fazer maravilhas no desenvolvimento da confiança de
um cavaleiro jovem. Não é incomum para um cavalo desta idade ainda estar
ganhando prêmios.
Exame Veterinário
Após ter encontrado um animal que pareça conveniente sob todos os aspectos,
é aconselhável que um veterinário o examine e avalie seu estado geral. O
cavalo é examinado quanto à sua saúde geral e condições do coração, pulmões,
olhos e membros. Os defeitos são notados, se houver algum, e o animal é
examinado em busca de qualquer sinal de manqueira. Aidade do cavalo também
é determinada. Apartir de seus achados e sua experiência e, notando o tempera-
Efetue a Compra
Quando finalmente, for decidido que um dado animal é "o cavalo certo",
a compra deve ser concluída de um modo metódico e eficiente, sem deixar
mal-entendidos. Pelo preço comQinado, quando todo pago, o comprador deve
receber uma nota de venda (ou recibo) onde conste o nome do comprador,
uma descrição do animal e os termos da compra (preço ); esta deve ser assinada
pelo vendedor. Se o animal for comprado em pagamentos parcelados, os termos
do acordo devem ser redigidos e assinados por ambas as partes; o comprador
e o vendedor devem ter uma cópia. Se o cavalo for registrado, e o preço
baseado nesse registro, esses papéis devem ser transferidos no momento que
Oanimal for completamente pago. Se os papéis não se encontram imediatamente
disponíveis, é aconselhável segurar parte do pagamento até que eles se achem
disponiveis. A validade e o valor dos papéis de registro devem ser determinados
antes de se pagar um preço alto pelo animal.
Figura 2.10 - Dentes incisivos de leite são branco-pérola e menores que os incisivos
definitivos.
36 Considerações Gerais
Pinças 3 anos
..
: I Médias
Cantos
[--j l -
\ /-3]
I
r\
1:/2,5'
.
\'. l:anos
\ ri .
. .\
3,5 \!
.anos \ i anos \
j! L-JLJ
r-i. (Extremos)
4,5\
O[J~-J!\g}\~9
Arrasamento DEFINITIVOS
Base larga
Amarelados
I
I
I
!
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MAXILAR SUPERIOR
\
\ ~
\
..";
.
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1:C~O
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.
Nenhum
desgaste
dosincisivos
doscantos
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~~\-
L/7(\l
7 anos
8 anos
/\~ I
,
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h.2~ I
_..' . mostrando
contato
e desgaste
\.
MAXILAR INFERIOR
/
Esquema 2.1 - Determinando a idade dos cavalos, (Desenhos de )eannine Quilid)
Considerações Básicas no Cuidado com o Cavalo 37
4 ANOS
""'"
~~
"""
Maxilar Superior
"
,Pc:'
'
mkrlM
~ 10 anos
arrasamento das
/ pinças e médios
\
7 anos
~
/ arrasamento das / "li
pinçase médios(
Sulco de Galvayne
Toda a extensão
aos 20 anos
12 anos
Maxilar Inferior
Completamente ausente
aos 30 anos
38 Considerações Gerais
v~ --'ro_~~16mm
I
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I\anos JI.lanos! .i.an"'i' '
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,
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Figura 2.11 - Esse cavalo tem quatro anos de idade. Os incisivos dos cantos ainda
não nasceram;isso acontece somente aos quatros anos e meio.
Sulco de Galvayne
É um sulco que ocorre somente nos incisivos dos cantos superiores. Aparece
primeiramente na linha da gengiva, aos 10 anos de idade. Parece, então, descer
4() Considerações Gerais
'" ... ~
'~
Figura 2.12 . Cavidade dentária externa ainda presente nos centrais; o cavalo tem,
portanto, seis anos.
16 anos """"""0""'0""0""""""'0..0"""00""000""""00"'0""""""""0'0""'0'"
centrais triangulares
17 anos ..0 0..000...000..0000 000000..0"...00..00 00'0000..0..'0000'0...00000'0000""0..00' médios triangulares
18 anos ""'0..0'0..0"00"'00000"00..0""'0000""0000"""'00 0...0"0""""""""'0.. cantos triangulares
Considerações Básicas no Cuidado com o Cavalo 41
-
Figura 2.13 Sulco de Galvayne presente em quase toda a extensão do incisivo superior
do canto, portanto, o cavalo tem aproximadamentedezenove anos.
..
Figura 2.15 - Um cavalo incomum que possui as cavidades dentárias externas dos
sete anos,mas o Sulcode Galvaynedos doze anos.O sulco é maispreciso.
"" '"
.. --..
MAN QUEIRA
Causas da Manqueira
As causas da manqueira são várias. Apesar de muitas manqueiras serem resul-
tados de ferimentos acidentais, existem muitos fatores que predispõe um cavalo
à manqueira. Esses fatores incluem os seguintes: imaturidade para trabalhos
pesados (por exemplo: correr animais de 2 anos de idade), falha de conformação,
condição geral ou condicionamento ruins, nutrição deficiente ou mal balan.
ceada, fadiga, Cerraçãoinadequada, falta de atenção dispensada às patas e infec-
ções locais nos membros.
É interessante notar que 60% dos animais que correm com 2 anos de idade
não resistem. Esses animais jovens não têm nem 50/50 de chance de sobrevi-
verem aos rigores dos estresses e esforços de correr - tudo para a glória
e o bolso de seu proprietário. Existem muitas evidências que se a corrida
pudesse ser adiada até os cavalos completarem 30 meses de idade, a maioria
dessas perdas poderia ser eliminada.
No cavalo de lazer as causas imediatas mais comuns da manqueira incluem
machucaduras causadas por pedras, ferimentos de cravo nos cascos, outros
ferimentos nos cascos e membros, torções, doença do navicular, tendinite
(causada por estiramento dos tendões), laminite, patas sensíveis por terem
os cascos aparados demais e infecções. Causas menos freqüentes, mas não
tão incomuns, incluem sobre osso, tendões arqueados, afecções da patela e
fraturas.
Cavalos de corrida são mais comumente afetados por problemas tais como:
sólas contundidas, tendinites, canelas proeminentes, exostoses, carpites (com
ou sem fragmentos de osso), fratura do osso sesamóide no machinho e outras
fraturas.
Uma contusão causada por pedras na sola do casco é uma das causas mais
comuns da manqueira nos cavalos de lazer. Correr com o cavalo pelos cantos
Enfennidades 47
drenagem da infecção. O autor prefere não abrir a sola se não for realmente
necessário, pois, a sola leva algum tempo para crescer novamente. Infecções
persistentes devem ser tratadas diligentimente com grandes doses de antibióticos.
BROCA
Diz-se que um cavalo tem "broca" quando uma infecção se instalou, vinda
da sola, na junção da mesma com a parede do casco. Isso resulta em uma
manqueira grave. É uma das causas comuns da manqueira. O tratamento é
dirigido para a tentativa de estabelecer uma drenagem, o uso de antibióticos
e uma proteção antitetânica. Um abscesso localizado sob a sola pode ser mecani-
camente drenado, cortando-se até a área afetada com uma faca de cascos.
Adrenagem désse abscesso é caracteristicamente escura, e a abertura do mesmo
dá um alívio imediato na pressão interna, melhorando essa condição muito
dolorosa. Ocasionalmente, a infecção pode subir e drenar pela coroa do casco.
O problema pode ser inicialmente diagnosticado notando-se uma manqueira
aguda na parte afetada, um pulso digital forte, dor intensa ao se usar a pinça
de cascos sobre a área afetada e uma pequena rachadura preta que, nota-se,
continua para o interior do casco quando a área é cortada com uma faca
de cascos. Na maioria das vezes, há uma recuperação completa após o problema
ter recebido o tratamento, o qual é necessário para limitar a infecção.
DOENÇA DO NAVICULAR
-
Figura 3.2 Uma cirurgia para doença do navicular sendo realizada. Essa cirurgia
é bem-sucedida em aproximadamente 80% dos casos é o melhor método para se
conseguir um resultado duradouro para essa doença.
TENDINITE
namento flSico adequado, trabalho forte em animais muito jovens, fadiga, traba-
lho continuado após os primeiros sinais de dor nos tendões terem aparecido,
trabalho em superficies muito duras ou trabalho forte em lama profunda, cascos
muito grandes e conformação inadequada (quartelas muito longas).
osso da canela estão quentes, inchados e sensíveis à pressão local. Casos crônicos
apresentam tecido fibroso, o que o torna os tendões mais grossos e parecendo
"curvados" para fora do membro. Nos casos antigos, em que essa condição
"se ajustou" ou se acalmou completamente e curou-se razoavelmente bem,
nenhuma manqueira é observada. O tendão danificado, que nunca vai ser forte
como antes da doença, raramente resiste a um trabalho muito vigoroso. Muitos
dos cavalos podem resistir a atividades de caça e salto, saltando cerCas de 1 m
de altura sem causar novo dano às patas: porém isso não ocorre em todos
os casos, e cuidados especiais são sempre necessários.
Cabeça
Olhos defeituosos, como cegueira, cicatrizes extensas na cómea ou tumores,
podem afetar a confiabilidade e utilidade de um cavalo.
Mal da nuca é uma infecção séria (bursite) da bolsa sinovial da nuca e
é quase impossível de se curar. Felizmente é uma condição rara.
Mal da nuca
LOCALIZAÇÃODAS
ENFERMIDADES E DEFEITOS
Temperamento ruim *
Mal da cemelha
Miosite lombar
Asma
(irrltação do dorso) .
Criptorquidismo *
(testículo escondido)
LEGENDA:
DEFEITOS.
ENFERMIDADES TEMPORÁRIAS .
Tendinite
-
',~
Bursíte no baleIo
Exostose da
.
Exostose
terceira falange interfalangeana,
HEREDITÁRIOS *
-
Figura 3.3 Localização das enfermidades e defeitos. (Desenhado por ]eannine Quilici.)
Cemelha e Espáduas
Mal de cemelha (Fig. 3.4) é uma infecção séria da bolsa sobre a cernelha,
Como o mal da nuca, é quase incurável. Cirurgia radical é, às vezes, eficaz.
Atrotia do músculo da espádua (Fig. 3.5) é uma depressão acima da espádua
devido à atrofia muscular causada por lesão nervosa na ponta da espádua.
Só é considerada enfermidade se causar manqueira.
Mal da Nuca x x x
@ 1.1
..Q
a Cegueira x x x
1.1os
OS::J Mal da Cernelhal x x x
@
ss;. Atrofia do Músculo
da Espádua x x x :t
Tumor do Codilho x x x
'"
Sobrecanas x x x x
'§
Tendinite x x x x
@
e Bursite no Boleto
..Q x x x
Exostose
x x x x -x- x
lnterfalangeana
Exostose da
x x x -x- x
Terceira Falange
Aguamento x x x x x
@ 8
â Doença do
Navicular x x x x -x- x
Ova :t x x X
Esparavão Duro x x x x x
'§
'"
@ '" Vessigão x x x
..Q
e
Curvaça x x x -x-
Harpejamento x x x x
Asma x x x x
Ronco x x x
.
([J Hérnia :t x :t X
b
Irritação do Dorso :t x :t X x
Temperamento x x x x x
Ruim
..
Figura 3.5 - Atrofia do músculo da espádua. (Cortesia do Dr. Pierre Lieux, Riverside,
Califórnia ).
Enfennidades 55
rural ou corrida com obstáculos vai, provavelmente, causar novo dano e man-
queira
Aguamento (Laminite) é uma inflamação na camada laminar logo abaixo
da parede dos cascos. Como a parede do casco não se expande, o tecido
inflamado fica sob grande pressão. Isso resulta em uma situação muito dolorosa.
O aguamento é comum, e animais que já sofreram com o problema são mais
suscetíveis a uma recaída. Porém, o grau de suscetibilidade depende da causa
inicial.
Doença no navicular é uma inflamação no pequeno osso sesamóide navicular
e na bolsa sinovial das patas di:.t1teiras. É uma causa comum de manqueira
e se desenvolve para uma artrite progressiva (veja discussão anterior).
Exostose interfalangeana (Ringbone) é um depósito de cálcio que freqüen-
temente circunda a quartela das patas dianteiras. Podem afetar as patas traseiras,
nas quais é normalmente resultado de dano direto. Quartelas curtas e verticais,
e trabalhar em superficies duras predispõe o cavalo a essa doença comum
( e muito séria). O uso de corticóides injetados diretamente no engrossamento
é, às vezes, proveitoso. A exostose interfalangeana é uma causa comum de
manqueira permanente (Figs. 3.6 e 3.7).
Exostose da terceira faJange(Sidebones) é a calcificação das cartilagens late-
rais das patas dianteiras (Fig. 3.8). Essas estruturas estão normalmente envol-
vidas com a função de absorção de choques do casco. É causada por trabalho
em superficie duras. Normalmente não causa manqueira. Ferraduras especiais
-
Figura 3.7 Radiografia de um casco de exostose interfalangeana. Os tendões, ao
se atritarem contra os depósitos de cálcio, causam dor e manqueira.
são freqüentemente usadas para tratar essas exostoses, e ranhuras nas laterais
dos cascos são também, ocasionalmente, eficazes.
ENFERMIDADES GERAIS
Figura 3.10 - Cavalo durante um ataque agudo de asma. Tratamento imediato é indicado.
Enknnidades 59
-
Figura3.15 Tumor caloso na ponta do jarrete.
64 Considerações Gerais
ESCOV AÇÃO
Equipamento de Escovação
O equipamento geral de escovação consiste de raspadeira (de borracha ou
metal), escova para o pêlo, escova dura,limpa-cascos, flanela, toalha, barbeador,
raspadeira de suor e esponja (Fig. 4.1).
66 Considerações Gerais
RAsPADEIRA
É mais comumente usada para escovar animais que possuem pelagem densa
e remover lama seca, descamação da pele, sujeira do pêlo, e pêlos soltos durante
os períodos de muda. Deve ser usada gentilmente, mas com firmeza, em peque-
nos círculos, e não deve ser usada nunca abaixo dos joelhos ou jarretes, ou
na área da cabeça.
EscOVA DURA
lIMPA-CASCOS
FLANELA
É usada para remover a sujeira e a poeira das pontas dos pêlos, limpar
a cabeça, limpar a parte interna da cauda. e lustrar toda a pelagem. Cobertores
ou toalhas velhas cortadas em quadrados de 60 cm servem para esse propósito.
TOALHA
BARBEADOR
É usado para remover ovos de bernes dos pêlos dos membros, pescoço
e cabeça.
RAsPADEIRA DE SUOR
EsPONJA
Métodos de Escovação
A escovação deve ser feita de um modo rotineiro. Primeiro as quatro patas
devem ser completamente limpas. Em seguida o corpo é bem escovado, traba-
lhando-se do pescoço para trás. A cabeça, crina e cauda são, então, escovadas.
Finalmente, com a flanela, a face, olhos, narinas e a parte interna da cauda
são limpos. Dá-se, então, um lustro final na pelagem. Se o tempo está frio
ou se o animal está sendo preparado ou mantido para exposição, uma capa
deve ser colocada no mesmo, logo que se complete a esc ovação. Deve ser
ajustada cuidadosamente para que não force o pêlo na direção errada.
Umpando O Prepúcio
O prepúcio é a pele que forma uma bolsa ao redor do pênis e o contém
(Fig. 4.2). Ele coleta secreções e células mortas que descamam da superfície
da pele, o que é chamado de esmegma. Esse material coletado é malcheiroso
e pode se acumular no interior do prepúcio, tornando-se uma fonte de irritação
para o cavalo. Não é incomum que esse esmegma gorduroso se acumule em
formato de bola na pequena reentrância localizada logo acima da abertura
* N. do T. - Produtos americanos.
Cuidados Gerais 69
'nal
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,
- . ~.
°
M-
°'
~-==:
Cavlda
ou prepu
.;;,.,
~cio
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-- ~. """'"'dem -
. alizaça?- c~
m=-
!!>. Loc "feilao
de um ure tral
Abertura
Abertura externa
do prepúcio
Pênis
BANHO
:....
Figura -
4.4 Algodão úmido e ensaboado é introduzido no prepúcio. A maioria dos
. cavalosnão se opõe.
CAPAS
-
Figura 4.5 O pênis não precisa ser trazido para fora para que o prepúcio seja completa-
mente limpo.
Uma capa deve ser ajustada e presa de modo apropriado para evitar que
escorregue, assustando o animal ou se estragando. Deve ser mantida limpa
e em boas condições. Uma capa usada em um animal que sofre de uma doença
contagiosa deve ser completamente desinfetada antes de ser usada em outro
animal. É melhor ter capas específicas para cada cavalo para prevenir a trans-
missão de doenças de pele e parasitas. Àsvezes, é necessário amarrar ou colocar
uma tro~beta em um animal que morde a sua capa. Pode ser perigoso soltar
um cavalo que esteja usando uma capa. Uma capa não impermeável não deve
ser usada por um cavalo que está na chuva.
TOSA
Osso da canela
Machinho
Segunda falange
Osso sesamóide
Casco - navicular
Coxim digital
Camada laminar,
Parede do casco
Bulbo do casco
/
Sola /
- Ranilha
Sulco central da ranilha
Sulco da
Barras -- ranilha
Sola
Parede
apropriadas. O casco deve ser aparado e ferrado de modo que a pata atinja
o solo de forma plana, nivelada, reta e em perfeito equilíbrio - com pressão
na ranilha. A ranilha é importante na estimulação de uma circulação apropriada
no caso quando entra em contato com o solo (criando, assim, uma ação bombea-
dora). Por isso, é desejável manter uma ranilha boa e saudável, usando-se
apropriaclfunente. .
freqüentemente o limpa-cascos, aparando-se os cascos e ferrando-se o animal
Mesmo a melhor ferração não é boa para o casco. Se for necessário, como
comumente é, proteger um casco, corrigir uma andadura çu falha conforma-
donal, a ferração deve ser feita com ferraduras o mais leve possível, causando
o menor desvio do eixo normal e do equilíbrio do membro. Criadores que
. Quando a parede do casco cresce, ela segue a ferradura. Se for desejado reduzir a largura
de um casco chato ou excessivamente grande, uma ferradura um pouquinho menor é usada.
Quando tenta-se alargar ou aumentar um casco pequeno, uma ferradura um pouquinho maior
que a necessária é usada.
Cuidados Gerais 77
Figura 4.9 - Deixar os cascos crescerem demais pode causar sérios danos às patas
e cascos, por exemplo, tendinites, calosidades, infecções profundas e infecções nos
cascosdevido a machucaduraspor pedras.
. Oitenta por cento das manqueiras dos cavalos se originam nos cascos.
78 Considerações Gerais
B c
-
Figura 4.10 - A, B, C Ferraduras anormalmente pesadas interferem na circulação
apropriada dos cascos, causam fadiga e concussão excessiva nos cascos e membros.
Comumente causam dor e alterações ósseas. Podem ser questionadas do ponto de
vista humanitário.
. Cuidados Gerais 79
Uso: Essas ferraduras são usadas para tratar machucaduras por pedras, para
evitar concussão excessiva em casos iniciais de exostose interfalangeana, para
minorar os riscos de exostose da terceira falange e para proteger os cascos
de cavalos de parada ou de carros de aluguel, usados em superfícies duras,
nas ruas..
CUIDADOS DENTÁRIOS
Os dentes do cavalo crescem por toda a sua vida. Como foi discutido anterior-
mente, é devido a esse fato que os dentes podem ser usados para determinar
a idade de um cavalo, pois se desgastam de forma característica. Apesar de
problemas ocasionais surgirem com a erupção irregular dos incisivos, são os
dentes mastigadores, no fundo -
os pré-molares -, que requerem tratamento
rotineiro.
Pré-Molares Vestigiais
Esses pequenos pré-molares vestigiais não ocorrem em todos os cavalos (Fig.
4.11 ). Quando ocorrem, aparecem logo à frente dos primeiros dentes mastiga-
dores superiores - em ambos os sexos. Parece que os cavalos estão passando
por um processo de evolução, livrando-se desses dentes, assim como o homem
está se livrando dos dentes do siso. Talvez menos de 40% dos cavalos possuam
esses dentes. Um cavalo pode ter dois ou somente um. Os dentes podem
ser pequenos, com uma raiz pequena e podem estar localizados somente dentro
da gengiva, ou podem ser bem grandes, com uma raiz bem desenvolvida.
Às vezes, eles não rompem a gengiva, mas crescem horizontalmente sob a
mesma. São esses pré-molares vestigiais que crescem sob a gengiva e os que
têm as raizes muito pouco desenvolvidas que causam problemas (Fig. 4.12).
SINTOMA
'.o uso constante dessas "aimofadas" pode resultar em solas excessivamente moles ou finas.
Não devem ser usadas, no inverno, quando umidade e, às vezes, lama ficam presas sob a "almofada"
e uma infecção se instala. É aconselhável alternar as "almofadas" inteiras com as em anel nos
cavalos que necessitam dessa proteção.
8() Considerações Gerais
Figura 4.11 . Pré-molares vestigiais que freqüentem ente causam o hábito de incensar.
Figura 4.12 - Pré-molar vestigial que não rompeu a gengiva causando muita dor quando
atingido pelo freio.
Cuidados Gerais 81
PROCEDIMENTO
SINTOMA
PROCEDIMENTO
SINTOMA
PROCEDIMENTO
TRANSPORTANDO CAVALOS
. Cuidados dentários de rotina podem acrescentar muito ao estado de saúde geral e bem-estar
de um cavalo, e devem ser parte do programa rotineiro de cuidados médicos do cavalo. Apesar
de ser verdade que muitos cavalos selvagens têm vidas longas, a sua expectativa de vida é geralmente
bem menor que a dos nossos bem tratados cavalos domésticos; esses últimos desftutam de um
estado de saúde geral mell1or.
Cuidados Gerais 83
1. Atraia-o para dentro com ração e feche o portão por trás dele.
2. Coloque uma guia comprida do cabresto do animal até o amarrador do
trailer e puxe para trazer sua cabeça para dentro; amarre pés-de-amigo
em ambas as laterais do trailer para ajudar a dirigir o animal; traga, então,
calmamente, essas cordas em tomo do animal, por trás, para ajudar a
guiá-Io para dentro. Se ele continuar a refugar, o terceiro procedimento
pode ser tentado.
3. Amarre o cavalo como descrito no segundo procedimento. Como poucos
cavalos escoiceiam nesse ponto, é freqüentemente possível que dois ho-
mens passem seus braços por trás da garupa do animal para forçá-Io para
dentro. Isso deve ser feito com cautela. Geralmente é possível levantar
seus quartos traseiros para pô-Io para dentro, mais isso somente deve
ser tentado por um cavaleiro experiente.
É sempre melhor dirigir suavemente, com paradas e arrancadas tranqüilas,
quando levando um cavalo em um trailer. Evite curvas fechadas e rápidas.
Em geral, é bom descansar os animais após cada 4 horas no trailer.
Quando transportando éguas com potros muito jovens, é uma boa idéia
separá-Ios por uma divisória completa, para prevenir que a égua acidentalmente
Figura 4.13 . Um "protetor de cabeça" é uma boa proteção para um animal que
tem a tendência de refugar num trailer coberto.
84 Considerações Gerais
11
Nutrição e Reprodução
5
Nutrição Eqüina
~, ""<, I!!!!!,
..
-
Figura5.1 Um cavalo mal nutrido e em más condições gerais.
Figura 5.2 -
O mesmo cavalo após ter sido vermifugado, ter seus dentes limados,
e colocado num bom programa alimentar por 4 semanas.
Forragens
FENO DE AuAFA
-
Figura 5.3 Nem toda a alfafa é de boa qualidade. Se for deixada oxidar, descorar
ou embolorar, seu valor nutricional é consideravelmente reduzido. Feno embolorado
é sempre potencialmente perigoso para os cavalos.
FENO DE AVEIA
FENO DE CEVADA
Esse feno é de certo modo similar, em valor, ao feno de aveia, exceto por
ser mais pobre em proteínas e freqÜentemente causar ferimentos na boca.
FENO MESCLADO
PASTAGEM VERDE
Um capim bom e verde parece ter algo bem superior em valor nutritivo.
Cavalos em um pasto bom e viçoso atingem sua plenitude fisica e ganham
peso. Um bom pasto não é superado por qualquer outra forragem em conteúdo
Figura 5.5 - Ferimentos na boca causados por capim rabo-de-raposa no feno de baixa
qualidade.
Nutrição Eqüina 93
Figura 5.6 -Infecções causadas por capim rabo-de-raposa saindo através dos tecidos.
Figura 5.7 - Infecções causadas por capim rabo-de-raposa saindo através dos tecidos.
Concentrados
--- Arbustos
- Capim
I
u
=
(IJ
u
~
Capins perderam:
85% do caroteno
75% da proteína
!
65% do fósforo
,.
- Fósforo
Proteína
,
Caroteno
CEVADA MOÍDA
FARELO DE TRIGO
FARELO DE LINHAÇA
FARELO DE SoJA
mais do que um terço da mistura total. Tem menos fósforo que o fareio de
algodão, linhaça ou trigo. Dá bastante vigor fisico ao cavalo.
POlPA DE BETERRABA
MELAÇO
54,0 o 9:1
lBrEDURA
SAL
VITAMINAS
Vitamina A
FUNÇÕES
SINTOMAS
Os sintomas mais óbvios são os que afetam a pele e pêlo (Fig. 5.9). A pele
torna-se muito seca e apresenta descamação. Cavalos negros freqüentemente
ficam com a pelagem amarronzada pelo sol. Os Palominos, geralmente, ficam
muito pálidos. Corrimento nos olhos pode ser um sintoma (Fig. 5.10). Os
cascos podem ficar muito secos e escamosos (Fig. 5.lOA). Há também uma
queda na resistência às infecções respiratórias, estresse e diarréias.
Crescimento insuficiente, curvatura do machinho, aumento nas articulações,
membros fracos e tortos podem ser observados em potros (Fig. 5.11). Animais
de reprodução podem se tomar menos férteis.
-
Figura 5.9 Pelagem descorada pelo sol devido à deficiência de vitamina A.
100 Nutrição e Reprodução
."
DISCUSSÃO
crescimento. Uma forma "aquosa" de vitamina A pode ser injetada para obter-
mos uma reserva no figado, em 24 horas, enquanto uma dieta prolongada
deficiente em vitamina Apode requerer muitos meses de grande suplementação
oral para se conseguir uma reserva no fígado.
Nutrição Eqüina 101
Figura 5.10 A . Deficiência de vitamina A comumente causa cascos secos que racham
facilmente. A fotografia mostra um quarto partido.
Figura 5.11 - Potro que nasceu com membros fracos e pelagem ruim porque sua
mãe não ingeriuvitaminaA suficientedurante a prenhez.
102 Nutrição e Reprodução
Complexo B
FuNçõES
SINTOMAS
PREvENÇÃO E TRATAMENTO
Bons pastos verdes e fenos de leguminosas são fontes naturais, mas a levedura
oferece um suplemento muito bom de complexo B. Quatro collieres das de
sopa cheias são dadas, por dia, na primeira semana; então, a dosagem é reduzida
para duas collieres das de sopa cheias, por dia. Essa suplementação de levedura
é continuada pelo tempo necessário para prevenir os sintomas de deficiência
de vitamina B.Também se mostra útil para tomar os cavalos menos "saborosos"
para os insetos, carrapatos e piollios.
Vitamina D
.N. do T. . A luz solar não pode ser considerada uma fonte de vitamina D, mas é essencial
para sua fixação pelo organismo.
Nutrição Eqüína 103
porque muita vitamina D pode ser tóxica e pode causar depósitos de cálcio
anormais nos tecidos moles ou ósseos, o que pode ser uma causa fundamental
de problemas como exostose interfalangeana, exostose da terceira falange e
esparavões.
Vitamina E
A vitamina E, descoberta em 1922, tem passado por muitos debates sobre
o seu valor e necessidade como suplemento na dieta. Como seu uso suplementar
não foi claramente comprovado como tendo valor em qualquer área de atividade
eqüina (incluindo a reprodução), e como o autor não está convencido do
seu efeito terapêutico em doenças dos eqüinos, nenhuma recomendação especí-
fica para seu uso ou suplementação é feita aqui. Essa situação pode mudar
no futuro, quando soubermos mais a respeito.
Suplementos Vitamínicos
Na discu:.são geral sobre vitaminas, foi apontado que as deficiências vitamí-
nicas mais importantes no cavalo são as de vitamina A e complexo B. Isso
não quer dizer que as outras vitaminas conhecidas não são importantes para
o cavalo, mas não é certo que as suas deficiências sejam um problema. Apesar
do grande número de preparados vitamínícos comerciais para cavalos, no merca-
do, o autor não conhece nenhum produto que possua, sozinho, altos níveis
de todas as vitaminas particulares usadas terapeuticamente e para manutenção
dos níveis. Na maioria das vezes, quando for necessário um suplemento de
complexo B, deve ser dada a levedura. Quando comprado um preparado
vitamínico geral, deve-se dar atenção especial para o conteúdo de vitamina
A por 1/2 kg. Deve-se compará-Io com outros produtos com base na quantidade
de vitamina A por 1/2 kg e na confiabilidade do fabricante. Possuir multivita-
mínicos adicionais pode oferecer um "seguro nutricional".
MINERAIS
SINTOMAS
SUPLEMENTO DE PROTEÍNA
AuMENTOS PEsADOS
Uma ração de grão muito pesada pode causar problemas digestivos. Alimentos
pesados são melhores quando dados junto com alimentos mais volumosos.
Milho, cevada, farelo de caroço de algodão, farelo de linhaça e farelo de soja
são alimentos pesados.
AuMENTOS VOLUMOSOS
Esses são úteis para serem usados com concentrados pesados. Aveia, polpa
de beterraba e forragens são alimentos volumosos.
AuMENTOS lAxANTES
Os alimentos laxantes são úteis para éguas próximas do parto, logo após
o parto, para prisão leve dos intestinos e para cavalos propensos a retenção
de fezes. Trigo, farelo de linhaça, melaço e, às vezes, alfafasão alimentos laxantes.
Esses alimentos podem ser úteis para os cavalos propensos à diarréia. Farelo
de caroço de algodão e, às vezes, feno de aveia têm esse efeito.
Os alimentos comumente usados com desequilíbrio Ca:P são: aveia, 1:3 (pode
ser importante); cevada, 1:6 (pode ser importante); milho, 1:13 (pobre em
ambos, não é provável que seja importante); trigo, 1:9 (pode ser muito impor-
tante, se for usada grande quantidade); farelo de caroço de algodão, 1:4 (pode
ser muito importante porque contém muito fósforo ).
FONTES DE CÁLCIO
é: feno de alfafu, 7:1; polpa de beterraba, 6:1; melaço, 9:1; farinha de osso,
2:1; farinha de conchas, 2:1.
Calculando a Ração
Como pode ser notado, os cavalos são usados para propósitos diversos, neces-
sitando de diferentes quantidades de nutrientes de diversas qualidades (Fig'!.
5.12,5.13 e 5.14). Usando-se:
1. o quadro de "Necessidades" (Tabela 5.5) baseado nas recomendações
do "Conselho Nacional de Pesquisa", 2. o quadro de "Linhas gerais" (Tabela
5.11) 9ue reflete essas necessidades, e 3. o quadro "Valor dos alimentos" (Tabela
5.4). E possível calcular com acerto o valor nutritivo de uma dada ração,
e criar, por tentativa e erro, uma ração que preencha as necessidades de cavalos
usados para as várias atividades.
ExEMPLO
I"Mesclado.
(Capim.
~ 2
. Baseadoem 6,8 kg de feno
-
Figura 5.12 Necessidades nutricionais dos eqüinos quanto ao TND.
108 Nutrição e Reprodução
.:L Capim.
~
. Baseado em 6,Skg de feno
11,31-
:
-! 111
.3
,~
~ 9,1
:a
i 7,S 7,9
~. 6,9
6,S
~
Q
6,4
I'" AIfafa.
~ ÇMesclado.
It" Aveia.
i t..Capim
tando a Tabela 5.5, achamos que os valores são: 1ND 3-4; Prot. Dig. 0,27-0,36;
DM 6-8; Ca 0,015 e P 0,015 (Ca:P 1:1).
Vamos ver se apenas 6,8 kg de feno de aveia vão suprir essas necessidades.
Podemos notar que essa ração é talvez apenas um pouco baixa em TND
ou fósforo, mas não é provável que isso seja significativo. Se o feno fosse
de muito baixa qualidade, suplementos adicionais seriam, então, necessários.
O método de cálculo é O seguinte: como os valores do alimento estão em
porcentagens, eles são transformados para sua forma decimal (por exemplo,
1ND 50,3% = 0,503). Esse número decimal multiplicado pela quantidade
de alimento usado (em quilos) dá a quantidade de nutrientes na ração.
Se fossemos dar uma ração de feno de alfafa e feno de aveia, meio a meio,
o cálculo seria o seguinte:
Valores nutrientes do feno de aveia: TND 46,3; Prot. Dig. 4,5; DM 88,1; Ca 0,22; P 0,17
Quantidade
ernkg Alimento
6,8 Feno de
aveia 3,18 0,31 6,0 0,015 0,012 1,3:1
Feno de alfu& -1ND 50,3; Prot. Dig. 10,6; DM 90,5; Ca 1,43; P 0,21
Feno de aveia - TND 46,3; Prot. Dig. 4,5; DM 88,1; Ca 0,22; P 0,17
Quantidade
ernkg Alimento
3,4 Feno de
altafa 1,7 0,36 3,1 0,05 0,007 6,9:1
3,4 Feno de
aveia 1,6 0,15 3,0 0,008 0,006 1,3:1
DESEQUILÍBRIO CÁLCIO-FÓSFORO
Alguns dos problemas nutricionais mais comumente reconhecidos são os
causados por desequilíbrio Ca:P. A razão da ingestão de cálcio em relação
à de fósforo é especialmente crítica no cavalo. Idealmente, essa razão deveria
ser de 1 ou 2 partes de cálcio para uma de fósforo (por exemplo: 1:1 ou
2:1). A maioria dos problemas parecem ocorrer quando há um excesso de
fósforo e não um excesso de cálcio. Os estudos têm indicado que problemas
clínicos podem ocorrer com um desequilíbrio tão pequeno quanto 1:1,4 e
que 1:1,6 faz com que problemas ocorram rapidamente. Apesar dos cavalos
poderem tolerar bem uma grande ingestão de cálcio com uma Ca:P de 4:1
ou mais, altos níveis de quantidade de ambos, cálcio e fósforo, podem ser
nocivos. Um ingestão de altos níveis de cálcio e fósforo num estudo realizado
com éguas prenhas resultou num aumento da taxa de abortos, redução do
peso dos potros ao nascer e aumento da incidência de desenvolvimento ósseo
anormal nos potros.
SINTOMAS
ALIMENTOS GRANULADOS
VANTAGENS
DESVANTAGENS
ANTIBIÓTICOS NA RAÇÃO
o uso de baixos níveis de antibióticos na ração de porcos e aves domésticas
tem freqüentemente resultado em aumento no ganho de peso. Resultados simi-
lares têm sido conseguidos, com fregüência, com bezerros. Isso é devido prova-
velmente ao efeito dos antibióticos, que previnem pequenas infecções. Esses
resultados não foram observados ao dar-se quantidades diárias de até 200 mg
de cloridrato de oxitetraciclina (Henricson, H., 1960). Mais importante ainda
são as descobertas dos pesquisadores britânicos liderados pelo professor M.
M. Swann (The Swann Report, 1971) na Inglaterra, que descobriram que dando
baixos níveis de antibióticos às criações pode, na realidade, criar um problema
de saúde pública, causando o desenvolvimento de bactérias resistentes que
podem ser patogênicas para o homem. Esses pesquisadores demonstraram que
pode ser possível que cepas resistentes não patogênicas mutem para patogênicas
altamente perigosas. Devido a esses achados e à falta de evidência que dar
antibióticos na alimentação dos cavalos tem qualquer efeito benéfico, o seu
uso não é recomendado e deve ser desencorajado. O autor também obteve
baixa resposta terapêutica ao uso de oxitetraciclina em cavalos com infecções
respiratórias graves que haviam sido alimentados com ração contendo baixos
níveis desse antibiótico.
Os waJ"en (cubos) de feno de alfaia parecem muito bolÚtos e possuem todas as vantagens
descritas para os granulados, apesar de alguns serem dificeis de partir. São freqüentemente um
problema para cavalos mais velhos com problemas dentários. O autor acha que as desvantagens
são maiores que as vantagens.
Nutrição Eqüina 113
Salto
10 minutos - trote
-
5 minutos meio galope
15 minutos de exercícios
5 minutos - passo
5 minutos trote -
-
5 minutos meio galope
Total de grão: 450 g
Trabalho pesado -
60 minutos
15 minutos de aquecimento
10 minutos trote. -
5 minutos - meio galope
45 minutos de exercício
10 minutos passo -
20 minutos - trote
-
15 minutos meio galope
Total de grão: 3,6 kg
Trabalho pesado -
60 minutos
10 minutos trote -
10 minutos -
meio galope
5 minutos - passo
10 minutos - trote
10 minutos -meio galope
Nutrição Eqüina 115
5 minutos - passo
10 minutos - trote
Total de grão: 3,6 kg
Adestramento
3 minutos -trote
2 minutos -meio galope
15 minutos de adestramento
5 minutos - passo
5 minutos - trote
5 minutos -meio galope
Total de grão: 450 g
Trabalho médio - 30 minutos
10 minutos de aquecimento
5 minutos - trote
5 minutos - meio galope
20 minutos de adestramento
5 minutos - passo
10 minutos trote -
-
5 minutos meio galope
Total de grão: 900 g
JORNADAS DE RESISTÊNCIA
Condicionamento
Equilibrio Aquoso
o requisito mais importante para um esforço físico prolongado é a manu-
tenção de um equilíbrio aquoso apropriado no corpo. Apesar de um cavalo
poder perder toda sua gordura e metade de sua proteína corporal a perda
de apenas 12 a 15% do seu total de água corporal pode ser fatal. Para prevenir
isso, durante um perí9do prolongado de atividade física, o cavalo deve ser
encorajado a beber freqüentem ente toda a água que quiser. Após atividade
vigorosa, pode-se pennitir que o cavalo coma feno, porém, deve ser "esfriado"
(deixado descansar por 60 a 90 minutos) antes de se pennitir que beba água
fria à vontade. Pennitir que um cavalo "quente" beba uma quantidade ilimitada
de água fria pode causar. aguamento (laminite) e, possivelmente, cólica. Se
os bebedouros de uma jornada de resistência estão a mais de 2 horas de
distância um do outro, especialmente se o tempo está quente, é aconselhável
carregar de 4 a 8 litros de água com você e um balde dobrável para pennitir
que o animal beba entre em um bebedouro e outro.
Eletrólitos
v~
Outro problema que pode resultar na perda de eletrólitos são as chamadas
"palpitações". Resulta do decréscimo do cálcio e/ou potássio plasmáticos. Isso
causa um espasmo sincronizado do diafragma (Synchronized Diaphragmatic
flutter - SDF).O cavalorepentinamente tem movimentos rítmicos dos tlancos
e, às vezes, de uma pata traseira a cada batida do coração. Acredita-se que
o nervo frênico, que vai para o diafragma, é irritado quando passa sobre o
coração, resultando nesses espasmos. Essacondição freqüentemente acompanha
outros sintomas de exaustãoj cuidados veterinários são indicados.
90
Percentual do peso corporal do adulto
180
8 -1-70
+60
ffi -1-50
I
40
GRAMAS LB.I
DIA DIA Necessidades de
500 proteína do potro
1,10
400 0,88
300+0,66
200 +0,44
100+0,22
I I
2 3 4 5 6
IDADE DO POTRO EM MESES
MEGA CAL./DIA
17
15
13
li
7
Energia fumecida
pelo leite da égua
5
1.
2 3 4 5 (,
IDADE DO POTRO EM MESES
Figura 5.17 . Energia degerível necessária para o potro e quantidade fomecida pelo
leite da égua.
Nutrição Eqüina 121
essa quantidade de grão. Após a idade de 2 anos, uma mistura de grãos com
de 12 a 14% de proteína bruta pode ser usada satisfatoriamente.
O potro deve ter feno de alfafa e mistura de farelo de alfafa e melaço à
vontade no seu cocho, juntamente com um suplemento de vitaminas. Um
potro de 4 meses de idade deve receber, pelo menos 40000 unidades interna-
cionais (DI) de vitamina A diariamente. A mistura de feno de alfafa e melaço
possui alguns ingredientes não identificados que ajudam muito no crescimento
e ganho de peso. A quantidade usual consumida por um potro de 4 meses
de idade é de 1,4 a 2,3 kg.
Em geral, como os cavalos são animais monogástricos, é melhor dividir a
alimentação em duas ou três porções diárias; os cavalos fazem melhor uso
do alimento dessa forma. Sal, água limpa e fresca, e minerais - quando neces-
sários - d.evem estar sempre disponíveis à vontade. Blocos de sal com minerais
são normalmente satisfatórios para esse uso.
Uma área de alimentação para somente um potro deve ter, pelo menos,
3 x 3 m e ser muito maior se vários potros vão usá-Ia. Um método simples
consiste em colocar uma tábua baixa na entrada de uma cocheiraO. Um canto
de curral pode ser usado construindo-se duas cercas que quase se encontram,
deixando uma passagem de aproximadamente 4S cm para a área de alimentação.
Essa entrada torna impossível para a égua entrar e comer a comida dos potros.
O cocho dessa área de alimentação deve ser colocado num canto que não
permita ou encoraje a égua a tentar alcançá-Io por sobre ou sob a cerca.
Se a comida parecer alcançável, muitas éguas irão agachar-se ou esticar-se
sobre a cerca num esforço para alcançá-Ia.
o Potro Órfão
O primeiro leite da égua, o colostro, é rico em anticorpos e muito benéfico
para dar resistência ao potro contra infecções bacterianas comuns. Se esse
leite estiver disponível, deve ser dado, mas após 24 horas, como qualquer
outro leite, ele tem somente valor nutricional.
Uma fórmula de leite comum para potros órfãos é: 600 g de leite de vaca,
370 g de água (água de cal é desejável, pois, torna o leite de vaca mais facilmente
digerível por potros jovens), e 4 colheres de sopa de xarope de milho (Karo ).
Essa fórmula deve ser aquecida até a temperatura corpórea.
O Foal-Iac" da Borden é um excelente substituto para o leite. O leite de
cabra puro também pode ser usado satisfatoriamente. Uma égua mãe adotiva
tornaria o problema de criar um potro órfão muito mais fácil.
Comece a alimentar o potro com 6 a 8 horas, usando um bico de mamadeira
numa garrafa de refrigerante ou recipiente similar. Deve-se tomar cuidado
para não abrir um buraco muito grande no bico, o que deixaria o leite sair
mais rápido que o potro poderia beber. Alimente o potro apenas enquanto
ele estiver de pé ou deitado sobre o peito. Nunca o alimente enquanto ele
estiver deitado de lado, posição em que tem dificuldade para engolir apropria-
.N. do R. . De forma que o potro consiga passar por baixo da tábua e a égua não.
..N. do T. - Produto americano.
122 Nutrição e Reprodução
Éguas Prenhes
Estudos recentes indicam que uma ração bem balanceada é muito importante
no início da prenhez, porém, a quantidade total de comida:não aumenta significa-
tivamente acima do necessário para um cavalo adulto inativo. Durante o último
quarto da prenhez, o potro realiza 75% do seu crescimento. Uma fonte adequada
de vitaminas (especialmente vitamina A - 35.000 a 50.000 UI/dia) é necessária
para um crescimento adequado dos tendões e ossos do potro. Ração com
excesso de fósforo pode causar efeitos nocivos nos ossos que podem fazer
com que o potro nunca atinja maturidade apropriada. Como o conteúdo de
vitamina A de um dado alimento não é confiável porque ela oxida rapidamente
quando armazenada, é sempre inteligente dar um suplemento vitamínico no
grão.
Uma ração de 6,8kg de feno de boa qualidade (pelo menos metade de alfaia,
é recomendada) com 0,9 a 1,8kg de grão de 12 a 14% de proteína bruta
é normalmente adequada para suprir as necessidades nutricionais de uma égua
prenhe.
o grão não é, na realidade, necessário para a maioria dos cavalos que são
usados menos que uma hora por dia, porém, de 450 a 900 g de grão por
dia lhes dá algo pelo que esperar. Dê aproximadamente 6,8 kg (dois cubos
de 10 cm) de feno de boa qualidade por dia. O feno de alfafa é excelente
para os cavalos, e é comumente usado como único feno. Alimentação com
alfafa freqüentemente corrige os desequilíbrios de muitas rações de grão. Uma
alimentação com alfafa e outra com aveia ou feno de boa qualidade acrescenta
variedade à dieta do cavalo. Apesar de muitas áreas possuírem bom pasto
que pode sustentar o cavalo muito bem, deve-se notar que quando o pasto
se toma maduro e muito seco, seu valor nutricional (especialmente vitaminas
e conteúdo protéico) é muito reduzido. Nesse época, a dieta do cavalo deve
ser suplementada com alimento de boa qualidade. Mesmo que muitos animais
se apresentem gordos quando se alimentando de pasto maduro e seco, isso
não indica que estão bem nutridos. Estes pastos somente têm valor de carboi-
drato. Muitos cavalos pioram rapidamente sua condição fisica quando passam
todo o inverno nesses pastos. Esses animais estão em regime cte fome.
Éguas em Lactação
Muitas éguas boas em lactação vão produzir 18 kg (18,92 litros) de leite
por dia- o mesmo que uma boa vaca leiteira. Muitos proprietários demasiado
freqüentemente desconhecem as altas necessidades nutricionais que são indis-
pensáveis para manter essa alta taxa de produção. Por isso, muitas éguas em
124 Nutrição e Reprodução
Figuras 5.17A - A alimentação incorreta dos cavalos causa indigestão aguda e cólica,
se não causar também aguamento.
.É claro que o grão nunca pode ser dado à vontade para os cavalos.
126 Nutrição e Reprodução
o Cavalo Idoso
4. Cavalos idosos especialmente com dentes ruins, precisam ter dietas espe-
ciais de alimentos facilmente digeríveis, por todo o ano. Esses animais
são os especialmente notados por emagrecer muito quando forçados a
ter os pastos de inverno como única fonte de nutrientes.
5. Éguas prenhes precisam ser alimentadas apropriadamente com uma ração
balanceada e suplemento vitamínico para garantir o nascimento de um
potro saudável e bem desenvolvido.
6. Os cascos dos cavalos continuam a crescer ao longo do inverno como
eles fazem ao longo do resto do ano, e continuam a precisar de cuidados
de rotina (aparação, pelo menos, a cada 8 semanas, e alguns tão freqüen-
temente quanto a cada 6 semanas). Mesmo que as ferraduras de um cavalo
sejam retiradas e que se deixe o animal desferrado por todo o inverno,
a aparação de rotina dos cascos ainda é necessária para evitar que os
128 Nutrição e Reprodução
MÁXIMAS DE ALIMENTAÇÃO
5. Providencie água boa e fresca à vontade, a não ser que o animal esteja
muito quente.
6. Providencie condições higiênicas de alimentação e água.
7. Água, feno e grão podem ser dados em qualquer ordem. Água, antes
ou após a comida, não interfere com a digestão de grão ou feno.
8. Evite mudanças súbitas no programa de alimentação. Adote as mudanças
na dieta gradualmente, ao longo de um período de 4 a 7 dias.
9. Espere uma hora ou mais após a alimentação para exigir trabalho forte
do cavalo.
10. Não dê grão a cavalos quentes ou cansados, ou permita que beba à
vontade. Feno, por outro lado, não lhes fará mal.
11. Não permità que outros cavalos impeçam um, em particular, de receber
sua ração completa.
12. Nunca dê a um cavalo alimento embolorado, estragado ou questionável.
Mistura comercial: Custa SI4,50/45kg com 5,44kg (12% ) proteína bruta. SI4,50 """5,44
= $2,66lkg de proteína bruta. Feno de alfafa: Custa $7,95/45kg com
7,94kg (17,5%) de proteína bruta. $7,95 """7,94 = SI,oolkg de proteína
bruta.
Feno de alfafa em cubos: Custa $11,36 com 7,94kg (17,5%) de proteína bruta. $11,36 """7,94
= SI,431kg de proteína bruta.
Feno de aveia: Custa $ 6,00/45kg com 3,40kg (7,5%) de proteína bruta, $6,00 """3,40
= 1,76lkg de proteína bruta.
Fardo de alIàfa com melaço: Custa SI 3,90 com 6,8kg (15%) de proteína bruta. SI3,90 """6,8
= 2,041kg de proteína bruta.
Resultado: Baseando-se na proteína bruta, o feno de alfafa é, de longe, a melhor
compra.
Nota: O custo de proteína bruta do feno de aveia é quase o dobro do
custo de proteína bruta do feno de alfafa, apesar do custo por tonelada
de feno de aveia ser menor.
Vitamina A Custo
Ulkg Custo/U " Custolkg " 100000 U "
Preparado n? 1 48502 $43,95/10kg $4,39 S20,00
Preparado n? 2 88 185 35,95/23kg 1,58 3,95
Preparado n? 3 242 509 25,85/11,3kg 2,28 2,07
Preparado n? 4 1 322780 27,95/11,3kg 2,46 0,41
Preparado n? 1 custa $4,39 por 22oo0U. Portanto: 1O0000U custam
S4,39 """0,22 = S20,00.
Preparado n? 2 custa SI,58 por 40OO0U.Portanto: loooo0U custam
SI,58 """0,4 = $3,95.
Preparado n? 3 custa $2,28 por llOOoou. Portanto: 100000 custam
2,28 """1,1 = S2,07.
Preparado n? 4 custa $2,46 por 6Ooooou.Portanto: 1O0000U custam
S2,46 """6,0 = SO,41.
Resultado: Como pode-se notar, há uma grande variação no custo. Para merecer
essa diferença de custo, um produto deve ter amplas evidências clínicas
da sua superioridade sobre os outros produtos disponíveis, e não só
uma boa campanha publicitária.
. N.doT.- Asinformações contidas foram obtidas principalmente de Morríson's Feed and Feedíng,
The Morríson Publíshíng Co, (Ithaca, New York, 1957).
. Poneis e cavalos de trabalho devem ser alimentados de acordo com seu peso corporal relativo, usando
as recomendações desta tabela como linbas gerais.
Mistura de grão n~ 1
Mistura de grão n 2
Mistura de grão n 3
6,8 Feno de
aveia 3,17 0,31 0,015 0,012 1:1
2,3 Grão
Mistura n? 3 1,68 0,25 0,003 0,014 1:6
9,1 Ração 4,85 0,56 0,018 0,026 1:1,43
6,8 Feno de
capim rabo-
de-rato 3,17 0,19 0,016 0,011 2:1
2,7 Grão
Mistura n? 2 1,99 0,23 0,024 0,015 1:6,2
9,5 Ração 5,16 0,42 0,040 0,026 1:1,63
134 Nutrição e Reprodução
Égua em lactação: Feno: meio alfafa meio aveia. Total de 8,2 a 9,lkg. Tudo alfafa
Grão: 3,6 a 5,4kg (12 a 14% de proteína bruta)
Garanhão reprodutor: Feno: meio alfufa meio aveia. Total de 6,8 a 8,2kg
Grão: 2,7 a 4,5kg (12 a 14% de proteína bruta)
.As quantidades sugeridas de mistura de grão balanceadas são acima de qualquer necessidade
para manutenção normal.
.. 1 Mcal (Megacalotia) = 1.000 Kcal: I Kcal = 1.000 cal.
Tempo, Trabalho
mio Leve Médio Pesado Vigoroso
15 0,151 0,454 0,907 1,361
30 0,340 0,680 1,814 2,721
45 0,454 0,907 2,721 4,082
60 0,680 1,361 3,402 5,443
. O grão deve ser consideravelmente reduzido durante os dias de descanso.
FISIOLOGIA BÁSICA
As éguas são "poliéstricas estacionais". Isso significa que as éguas têm "ciclos"
normais apenas durante parte do ano, normalmente do começo da primavera
ao fim do outono. Em climas quentes, as éguas podem ter ciclos relativamente
normais durante a maior parte do ano. A cada 21 ou 22 dias a égua desenvolve
e libera (ovula) um óvulo em um dos seus dois ovários. O óvulo desce pelo
contorno do útero até o corpo do mesmo. Se a fecundação não ocorrer, com
o encontro do esperma do garanhão com o óvulo no como, o óvulo morre
e a égua vai produzir outro óvulo em 21 dias. Isso é chamado de "ciclo estral".
Externamente o ciclo estral é caracterizado por duas fases. Uma fase é o
período do "cio" ou "estro", durante o qual a égua vai aceitar o garanhão
para a cobertura. A égua vai indicar sua receptividade ao garanhão urinando
com freqüência e "piscando" a vulva quando está próxima dele. Esse período
normalmente dura de 5 a 6 dias. A segunda fase do ciclo estral é quando
a égua não está no cio e não é receptiva ao garanhão. Nessa época, a égua
normalmente vai "murchar" as orelhas, relinchar e escoicear o garanhão. Esse
período normalmente dura 16 dias e representa o tempo entre os períodos
de cio. Na maioria das vezes, a égua não vai mostrar o seu período de cio,
a menos que esteja próxima de um garanhão ou rufião que a "excite" se
mostrando interessado.
Se ocorrer a fertilização após a égua ser coberta pelo garanhão, não deve
haver mais cios evidentes até após o nascimento do potro.
Após cada ovulação, o "buraco" que é deixado no ovário é preenchido
por um tecido especial produtor de hormônio formando o corpo lúteo. Esse
tecido produz um hormônio chamado progesterona, que impede o desenvol-
vimento de outro óvulo nos ovários, e diminui as contrações uterinas normais,
em preparação para a prenhez. Se a égua não for coberta, ou não ficar prenhe,
o tecido do corpo lúteo toma-se inativo e desaparece. Isso permite, então,
a produção de estrógeno (o principal hormônio feminino), pelos ovários, para
138 Nutrição e Reprodução
Fisiologia da Égua
produzir outro óvulo para o próximo ciclo estrato Se a égua ficar prenhe,
a produção de progesterona, primeiro pelo corpo lúteo e, mais tarde, pela
placenta, evita que a égua tenha outro "cio" até aproximadamente de 7 a
10 dias após o parto. Esse é chamado de "cio do potro". A duração média
da prenhez (período de gestação) é de 345 dias. Algumas éguas (aproxima-
damente 17%) vão apresentar cios falsos durante a prenhez. Quando isso ocorre,
Reprodução dos Cavalos 139
Procedimento de Cobertura
RUFIAÇÃO
Para determinar em que fase do ciclo estral está uma égua, ela é "rufiada"
permitindo-se que um garanhão se aproxime dela. Nesse momento ela indicará
sua receptividade ou rejeição. Como é necessário cobrir a égua na época
correta do seu ciclo estral, o sucesso de um programa de cobertura pode
depender de um programa de rufiação realizado cuidadosamente.
1. Éguas virgens e "vazias" (as que não estão p'renhes) devem ser rufiadas,
pelo menos, 30 dias antes da estação de monta; o ciclo individual de cada
égua deve ser anotado. Essas éguas devem ser rufiadas dia sim, dia não, até
que os sinais de cio sejam detectados. Nesse momento, deve ser feita rufiação
diária e continuada por 2 ou 3 dias após o fim do cio. Novamente é feita
a rufiação dia sim, dia não, até o próximo cio, quando deve ser coberta. Essas
anotações de rufiação podem ser de grande valia para determinar o momento
apropriado para a cobertura ou para ajudar a reconhecer os problemas, quando
ocorrem.
2. As éguas que foram cobertas são rufiadas novamente para se notar se
a égua mostra qualquer sinal de volta ao cio. Essas éguas são geralmente rufiadas
a cada 2 ou 3 dias após o ciclo estral que foram cobertas, mas são cuidadosamente
rufiadas todos os dias durante um período de 7 dias, que começa no décimo-
sexto dia após a égua ter saído do cio. Se a égua não emprenhar deve entrar
no cio no décimo-oitavo dia após ter saído do cio (veja Quadro 6.1).
3. Após o parto, as éguas devem ser rufiadas diariamente, começando-se
no quarto dia, se a cobertura no nono dia for desejada. As éguas nunca devem
ser cruzadas antes do nono dia e não devem ser absolutamente cruzadas nesse
cio, a menos que a égua esteja normal em todos os aspectos -
sem machucaduras
internas, sem corrimento e com exame bacteriológico negativo, realizado por
um veterinário. É melhor esperar o próximo ciclo para cobri-Ia novamente.
A égua deve ser rufiada dia sim, dia não, a partir do vigésimo dia, e diariamentt:
a partir do vigésimo-quinto dia até o trigésimo-quinto. A maioria das éguas
vai entrar em cio no trigésimo dia.
PADRÃo DE COBERTURA
Se uma égua é normal e saudável, e seu ciclo estral foi bem estabelecido
por um programa de rufiação cuidadoso, cobri-Ia três dias antes do que ela
deve sair do cio é provável que resulte em prenhez. Esse é normalmente
o terceiro dia de cio. Os estudos indicaram que cobrir uma égua 2 vezes
ou mais durante o cio só aumenta em 3% a taxa de prenhez, e aumenta
a oportunidade de uma infecção se instalar.
Muitas vezes não é possível ter o ciclo de uma égua preestabelecido, portanto,
é prática comum cobri-Ia no segundo e no quarto dia do cio e novamente
3 dias depois, se ela ainda estiver em cio forte. Se a égua está num cio prolongado,
de 10 dias ou mais, é melhor parar as coberturas até que ela tenha voltado
aos ciclos normais, o que normalmente ocorre no fim de março*. A cobertura
diária não é um procedimento recomendado. Isso geralmente desgasta muito
o garanhão e aumenta as chances de se estabelecer uma infecção na égua.
HIGIENE DA COBERTIJRA
*N. do R. . A estação de monta nos Estados Unidos vai aproximadamente de fevereiro a agosto
(primavera-verão ).
Reprodução dos Cavalos 141
ÉGUASVAZIASNÃOCOBERTAS
(a) Rufiar dia sim, dia não, não até os sintomas de cio serem detectados.
(b) Rufiar diariamente durante o cio e continuar por 2 a 3 dias após os últimos sinais de ter
saído do cio.
( c) Cobrir no 2? e 4? dias do cio e novamente apenas no 6? dia, se a égua ainda mostrar sinais
de cio forte.
Nota: Se estiver num cio prolongado de 10 dias ou mais, suspenda as coberturas até que ela
volte aos períodos de cio com duração normal ( 5-7 dias), ou seja examinada por um veterinário.
(a) Rufiar a cada 2 ou 3 dias por um período de 14 dias após a última cobertura; rufiar, então,
diariamente nos próximos 10 dias. Se não for detectado nenhum cio durante esse período, é
uma boa indicação de que a égua emprenhou.
(b) Após terem se passado 22 dias, rufiar a cada 3 ou 4 dias até terem se passado 38 dias
após última cobertura; rufie, então, por 7 a 10 dias, diariamente.
( c) Se a égua voltar ao cio, comece o programa de coberturas no seu 3? dia de cio, para evitar
cobertura forçada durante um "cio falso".
CONTENÇÃO
mais alta, a "cobertura controlada" é uma prática comum para evitar ferimento
no garanhão. Para assegurar essa proteção, a égua deve ser contida para evitar
que escoiceie o garanhão durante a cobertura. Um "cachimbo" e um pé-de-
amigo são normalmente suficientes para essa contenção (Fig. 6.1). Alguns cria-
dores preferem usar peias de cobertura ao invés do pé-de-3.\lligo. O cachimbo
deve ser usado rotineiramente, a menos que uma égua, em particular, não
o tolere e cruze bem sem cachimbo. Esse procedimento é um perigo potencial
para o garanhão. O cachimbo (uma corda ou corrente paSsada ao redor do
focinho e apertada) deve ser sempre aplicado primeiro, antes que qualquer
corda ou peia seja colocada. O cachimbo deve ser a última coisa removida
após a coberturà ter-se completado. Isso é uma preocupação importante para
evitar que as éguas que não toleram cordas, se machuquem. Um pé-de-amigo
consiste de uma corda que vai de uma outra corda circular em tomo do
pescoço até logo abaixo do machinho esquerdo, circulando-o, e de volta ao
pescoço. É ajustado de forma que a égua não possa escoicear, mas permite
que se mantenha em pé sem perder o equilíbrio. O pé-de-amigo é amarrado
com um nó fácil de desatar. Muitas peias de cobertura diferentes estão disponí-
veis. A menos complicada é a melhor.
Vantagens
Desvantagens
INFERTILIDADE NA ÉGUA
Infertilidade Fisiológica
Esses podem ser detectados por um exame veterinário da cérvix. Cios prolon-
gados, na maioria das vezes, ocorrem no início da estação de monta (de janeiro
a março.) e normalmente se corrigem sozinhos. Isso, às vezes, é devido a
doenças nos ovários.
2. Ovulação irregular pode ocorrer, podendo resultar na liberação dos óvulos
alguns dias após o cio e após a morte de qualquer esperma que possa ter
sido introduzido. Às vezes, não haverá ovulação, e isso é resultado de um
desenvolvimento e amadurecimento incompleto do folículo. Isso, e também
um tumor no ovário podem causar um cio prolongado. Esses dois últimos
problemas são mais comuns em éguas idosas.
3.Abertura incompleta da cérvix é, na maioria das vezes, resultado de uma
atividade homonal reduzida ou de cicatrizes cervicais pós-parto.
4. Abortos crônicos ocorrem em éguas que habitualmente abortam suas crias
com aproximadamente 60 dias. Essa é a época que o ovário passa sua responsa-
bilidade de produzir progesterona (um hormônio necessário à manutenção
da prenhez) para a placenta. Quando essa transferência não é feita com sucesso,
ocorre o aborto. Como o feto é muito pequeno nessa época, não há evidência
que ocorreu um aborto, exceto que a égua entra novamente em cio. Se uma
égua foi diagnosticada prenhe, pelo menos, 3 vezes aos 40 dias, e volta a
apresentar cio após 60 a 90 dias, pode-se presumir que ela tem abortos crônicos.
O tratamento hormonal desse problema deve começar logo que a prenhez
for detectada, e continuar até o último mês de prenhez.
5. lnfertilidade temporária enquanto em lactação ocorre com algumas éguas,
assim como muitas mulheres. Quando essa condição é detectada em uma égua
em particular, tratamento de rotina deve ser administrado antes do seu cio
de 30 dias após o parto, para assegurar que esse cio será forte e normal.
Isso envolve o uso de uma injeção de prostaglandina ou infusão uterina.
6. Falsaprenhez ou prenhez psicológica é resultado de um problema hormo-
nal, e faz com que a égua aja e pareça, em todos os aspectos, prenhe. Os
cios param, tanto fisica quanto fisiologicamente. Isso é normalmente devido
a corpo lúteo que não desapareceu como é normal. Se a égua mantiver essa
prenhez pelo tempo certo, pode apresentar um grande abdome e produzir
leite. Essa condição é muito mais comum na cadela do que na égua. Ocasional-
mente, a égua pode passar pelos movimentos do trabalho de parto, mas, é
claro, não produz um potro. Na maioria das vezes, essas éguas começam a
ter, novamente, ciclos normais. O melhor é perceber essa condição logo, e
trazer a égua de volta aos ciclos normais através de um tratamento, para evitar
a perda de todo um ano de criação.
Felizmente, muitas dessas causas fisiológicas de infertilidade na égua repon-
dem razoavelmente bem ao tratamento. Muitas éguas com atividade hormonal
insuficiente podem ser estimuladas com o uso de prostaglandinas ou infusões
uterinas. Prostaglandina é uma substância que dissolve o corpo lúteo, normal-
mente fazendo com que a égua volte ao cio em 10 dias; também faz com
que a égua prenhe aborte. As prostaglandinas são comumente usadas para encur-
tar o período entre os cios das éguas. A gonadotrofina coriônica é comumente
usada para ajudar no desenvolvimento dos folículos, assim como para auxiliar
na ovulação. Cada caso em particular deve ser avaliado por um exame veteri-
Infertilidade Física
ser apenas inflamatório, sem bactérias presentes. Por outro lado, éguas que
podem parecer "limpas" podem apresentar uma infecção extensa. O procedi-
mento da cultura envolve tirar uma amostra estéril da cérvix ou útero da
égua quando está em pleno cio, e semear num meio de cultura. Se houver
bactérias presentes, o diagnóstico pode ser confirmado, e os antibióticos mais
eficazes podem ser selecionados por um antibiograma. Atualmente, os veteri-
nários estão revendo a importância desses achados de cultura.
INFERTILIDADE NO GARANHÃo
Causas
PRENHEZ
Sintomas de Prenhez
Éguas prenhes geralmente não entram novamente no cio, embora estudos
tenham descoberto que cerca de 17% das éguas prenhes mostram sinais de
A Égua Prenhe 151
cio. Isso é mais comum em éguas esperando seu primeiro potro. Geralmente,
esse "falso cio" será um período anormal, não durando mais que 24 horas.
Se uma cobertura for tentada, a égua, na maioria das vezes, se mostrará receptiva
até o último momento, e então, resistirá vigorosamente. Se a cobertura for
forçada nessa época, é possível causar um aborto. É aconselhável ter certeza
de que a égua está tendo um cio aparentemente normal, esperando por, pelo
menos, 3 dias de cio antes de cobri-Ia novamente. *
Testes de Prenhez
ULTRA-SOM
TRANSFERÊNCIA DE EMBRIÃO
Em gado é possível fazer com que uma vaca produza vários ovos férteis
que podem ser implantados em outros animais, possibilitando, assim, conse-
guir-se várias crias de touros e vacas muito desejáveis em dado ano. Atualmente,
os registros de criação permitem apenas um registro por égua, cada ano; dessa
forma, o interesse atual em transferência de embrião está limitado. Apesar
disso, temos o nascimento de um potro Puro-Sangue Inglês, saudável, de uma
mula que substituiu a mãe, registrado.
.O primeiro "cio falso" ocorre no tempo normal, previsto para o próximo cio - aproximadamente
16 ou 18 dias depois. É impossível determinar fisicamente que é um cio falso no curto período
que a égua está "entrando no cio". Quando examinada por um veterinário, ela pode mostrar
todas as evidências de estar em um cio verdadeiro, com a cérvix relaxada e até um folículo
se desenvolvendo no ovário, e ainda assim, estar prenhe. Como é necessário que a égua esteja
aproximadamente no 35? dia da prenhez antes que um exame reta! por um veterinário possa
determinar prenhez positiva, é sensato não ficar ansioso demais para cruzá-lo novamente no
início desse período. Novas técnicas de determinar prenhez, mais cedo, na égua podem mudar
essa situação.
152 Nutrição e Reprodução
Figura 7.1- Vinte e quatro horas antes do parto. Note a aparência aumentada e achatada
do abdome.
A Égua Prenhe 153
Figura 7.3 . Potro recém-nascido que foi atacado e morto por outros cavalos, no
pasto com a égua mãe.As éguas devem sempre dar cria separadasdos outros cavalos.
uma tela de arame ou tábua próxima ao solo. Isso é necessário para evitar
que o potro role por baixo da cerca e entre uma área com outros cavalos,
ou caia numa área onde possa machucar. Se o potro entrar numa área com
outros cavalos, pode muito bem tentar mamar em qualquer um deles, incluindo
qualquer animal castrado que possa estar lá. Isso acontece porque normalmente
leva muitos dias para que ele tenha certeza de quem é sua mãe. Muito freqüente-
mente, outros cavalo~ 'vão usar essa oportunidade para atacar o potro, e os
resultados são, geralmente, desastrosos.
Provavelmente, a melhor área para o parto é ~m pasto verde, limpo e bem
cercado, mas também aqui, as éguas devem ser observadas de perto durante
o trabalho de parto para que os problemas possam ser evitados ou resolvidos
prontamente, se ocorrerem.
Parir em uma cocheira tem duas grandes vantagens: protege contra mau
tempo e outros animais, e toma possível uma supervisão próxima, permitindo
socorro imediato, se necessário. Felizmente, a maioria das éguas não tem proble-
mas ou complicações no parto, mas é melhor estar preparado no caso de
auxílio ser necessário. Uma cocheira para o parto deve ser grande - pelo
menos 3,7x3,7m para cavalos pequenos, mas 4,3x4,3m ou maior é melhor.
Uma coche ira dupla é ideal. Se não há cocheira disponível, então um piquete
ou curral limpo de pelo menos 9x9m deve ser providenciado. Esse espaço
todo é necessário para permitir que a égua proteja seu potro dos outros cavalos
debruçados sobre a cerca.
A cama da cocheira deve ser boa, de palha limpa e deve ser ligeiramente
umedecida se estiver poeirenta. Cama grossa é recomendada. Palha de madeira
(serragem) e qualquer outra cama poeirenta deve ser evitada para ,prevenir
A Égua Prenhe 155
Suprimentos
Cólica Pré-Parto
NASCIMENTO DO POTRO
Sintomas. As patas dianteiras não vão aparecer juntas, uma delas estando
um pouco mais para trás, dentro da vulva.
A Égua Prenhe 157
Figura 7.4 - Nascimento do potro. Oones, W. E.: Genetics and Horse Breeding. Lea
& Febiger, Philadelphia, 1982).
APRESENTAÇÃO NORMAL
-
Figura7.5 Quando auxiliar a égua
A Égua Prenhe 159
TRASEIRA NORMAL
-
Figura 7.6 Continuação.
160 Nutrição e Reprodução
Sintomas. Externamente, parece apenas que uma pata está para trás
ou que o codilho está, possivelmente, preso na borda da pelve da égua. Uma
pequena protrusão do ânus e tecido que o rodeia nos períodos de contração
da égua nos dá uma pista desse problema. Fica-se ciente da situação logo
que a pata é procurada na vagina. Quando há suspeita desse problema, ação
imediata é indicada.
Procedimento. o mesmo que para uma pata dianteira para trás (isto
.
é, proteja a ponta do casco com a mão e traga a pata de volta à posição
normal ).
ANCA PREsA
. Se esse problema não for descoberto rapidamente e corrigido, a forte pressão das contrações
do parto forçam a pata para cima através da parede superior da vagina para o interior do reto,
e para fora, pelo ânus. Essa laceração grave permite, então, que caia esterco na cavidade vaginaL
Uma cirurgia externa é necessária para resolver esse problema, e o uso potencial da égua para
futura reprodução pode ser permànentemente afetado.
A Égua Prenhe 161
A PLACENTA
Essa não é uma complicação incomum após o que apareceu ser um parto
normal ou nascimento dificil.O problema, na maioria das vezes, resulta do rompi-
mento de grandes veias sangiiíneas no interior do ligamento grande (o ligamento
uterino médio) que suporta o útero. No início, o sangramento é restrito e retido
nos tecidos de ligamento. Se um rompimento maior desse ligamento não ocor-
rer, a égua sobreviverá. Na maioria das vezes, em questão de horas ou até
2 a 3 dias após o parto, os tecidos do ligamento se rompem libertando o
sangue previamente restrito. O sangramento maciço que resulta, causa a morte
da égua. Esse problema pode ocorrer com éguas de qualquer idade.
A égua pode ou não mostrar algum sintoma antes de entrar em choque
súbito e morrer. Se os sintomas ocorrerem imediatamente, ela pode permanecer
deitada após o parto, e esfriar em todo o corpo, incluindo as orelhas. Ela
pode mostrar sinais faciais de ansiedade. Podem haver sintomas de cólica agudá,
que são logo seguidos pela morte. Orelhas frias são a indicação mais comum.
e esse problema está presente, quando acompanhadas pelos outros sinais des-
critos. '
Não há tratamento eficaz para esse problema porque o dano às vezes é
muito grande para se tratar antes que o sangramento excessivo cause a morte
do animal. Se se acredita que esse problema ocorreu numa égua que sobreviveu,
um exame cuidadoso pode verificar isso, porém um descanso de 4 semanas
na cocheira é, provavelmente, o melhor tratamento (sem o exame).
I
I
I
8
Cuidados com o Potro e com a
/' /'
Egua no Pos-parto
Uma vez que o potro tenha nascido, é importante que comece a respirar
prontamente. Se necessário, qualquer membrana ou fluidos devem ser remo-
vidos das narinas do potro com uma toalha. Massagens rápidas e vigorosas
no peito e corpo, com uma toalha, estimulam a respiração normal. Se uma
grande quantidade de fluidos parece estar impedindo a respiração, o potro
pode ser levantado pelas patas traseiras e balançado em pêndulo, o que permite
que os fluidos saiam das vias respiratórias. Apesar disso exigir um grande esforço
com potros grandes, é válido para limpar o trato respiratório e estimular a
respiração normal. Poucos potros necessitam qualquer auxílio, mas ação rápida
pode salvar a vida de um potro que precisa dessa ajuda.
A atenção é, então, dirigida para o cordão umbilical. Se o cordão não romper
imediatamente, permita que se mantenha intacto por até 5 minutos, ou até.
que pare de pulsar. O potro pode receber uma quantidade significativa de
sangue extra da égua, nesse momento. Nunca somente corte o cordão, pois
isso pode causar sangramento excessivo. Se o cordão não se partir normalmente
porque parece muito duro e fibroso, amarre-o na área denteada, aproxima-
damente 3 a 5cm do corpo do potro, usando uma ligadura desinfetada (barbante
embebido em tintura de iodo). Corte então o cordão. Sempre embeba o coto
do cordão umbilical do potro recém-nascido em um desinfetante adequado
(tintura de iodo é comumente usada), o mais rápido possível. Esse procedimento
evita a entrada de bactérias e infecções sérias no corpo do potro pelo cordão
umbilical.
Além do tratamento do cordão umbilical, foi demonstrado que a adminis-
tração de antibióticos nas primeiras 24 a 48 horas após o nascimento reduziu
90% dos casos de mal de umbigo (onfaloflebite) e outras infecções sérias
dos potros recém-nascidos. Esse procedimento - juntamente com a adminis-
tração de soro antitetânico, vitamina A, D e complexo B, numa injeção -
164 Nutrição e Reprodução
o COLOSTRO
Procedimento
. Para aliviar a dor normal da égua, logo após o parto. e para tornar menos dolorosa a defecação,
um mingau de farelo de trigo com 10 aspirinas é oferecido logo após o processo de parto
se completar, ou no horário normal de alimentação da égua. O uso de um cachimbo e/ou um
tranqüilizante pode ser necessário em éguas que estão relutantes em aceitar seu potro. Isso
é comum em éguas na primeira cria. Colocar o cachimbo na égua e forçá-Ia a permitir que
o potro mame, pode ser necessário, várias vezes, no primeiro dia. Conforme a dor da mamada
desparece e a égua se acostuma mais com seu potro, ela, normalmente, aceita bem suas responsa-
bilidades materiais.
Cuidados com o Potro e com a Égua no Pós.Parto 165
LEITE INSUFICIENTE
Muitas vezes, as éguas vão parir com pouco ou nenhum "mojo", e parece
que o potro mama continuadamente num esforço de matar a fome. Geralmente,
esse estímulo, por si só, vai fazer com que a égua produza leite, em um ou
dois dias, para suprir as necessidades do potro. Ocasionalmente, hormônios
são úteis para isso. Um tranqüilizante é muito útil para aumentar a produção
de leite em éguas nervosas. Como é normal que o potro mame com freqüência
(aproximadamente a cada 10 a 15 minutos), vai manter o úbere vazio. Um
modo de se ter uma idéia da produção do leite da égua é impedir que o
potro mame por aproximadamente 2 horas e observar o quanto o úbere se
enche e aumenta.
Suplementar o leite recebido por uma amamentação normal pode ser indicado
se: o potro tenta constantemente mamar, mas parece engolir muito pouco,
quando engole; o potro não aparenta engordar após poucos dias: ou o úbere
da égua não se enche consideravelmente quando o potro é impedido de mamar
por 1 ou 2 horas.
Se um suplemento de leite for dado, uma garrafa de refrigerante ou uma
mamadeira usada para carneiros, com o respectivo bico, são recipientes apro-
priados para esse propósito. Um substituto morno do leite como Foal Lac
(da Borden), Suckle (da Albers)* ou a seguinte fórmula para potros órfãos:
6O0g de leite de vaca, 370g de água (370ml), e 4 colheres de sopa de xarope
Karo, vai funcionar bem. Quando se for alimentar o potro com uma "mamadeira",
é importante que ele esteja de pé ou deitado sobre o peito. O leite que é
forçado para baixo pode entrar nos pulmões, especialmente se o potro estiver
deitado de lado. Esses potros devem ser ensinados a beber no balde e comer
grão tão rápido quanto possível.
* N. do T. - Produtos americanos.
166 Nutrição e Reprodução
COMPACTAÇÃO DO MECÔNIO
FECALOMA DE MECÔNIO
DIARRÉIA
"
tJ'
r ti'
f . ..'Ç,
Figura 8.1 - Potro Puro-Sangue Inglês com "mal das juntas", O preço da cobertura foi
5,()()(),OO
dólares e o potro morreu devido à infecção. Uso rotineiro de antibióticos em
potros recém-nascidos vai, quase sempre, evitar esse problema.
RuPTIJRA DA BEXIGA
Não é incomum que um potro nasça com a bexiga rompida, A causa exata
não é conhecida, mas, muito provavelmente, é resultado da pressão exercida
sobre ele quando passa pelas vias de nascimento, no parto. Se o potro está
com a bexiga cheia nesse momento e se ela é muito grande ou recebeu pressão
excessiva da égua, é admissível que essa ruptura possa ocorrer, Esse problema
parece ocorrer com mais fteqüência nos potros machos que nas potrancas,
Sintomas. No nascimento, o potro geralmente parece razoavelmente nor-
mal, Após aproximadamente 12 horas, pode-se notar que ele está menos alerta
e parece um pouco entorpecido, Ele pode mostrar evidências de constipação,
mas o sintoma de estar menos alerta não desaparece depois que ele defeca,
Cuidados com o Potro e com a Égua no Pós-Parto 169
Fazer força para urinar, com eliminação de pouca ou nenhuma urina, pode
ser uma pista muito significativa para o problema. Deve-se notar que, se a
ruptura na bexiga é pequena e no alto da parede da bexiga, é possível que
o potro elimine um pouco de urina quando tenta fazê-Io. Não elimine a possibi-
lidade de uma ruptura na bexiga se um pouco de urina parece ser eliminada
normalmente em tomo do terceiro dia, o abdome vai começar a aumentar,
como se o potro estivesse inchado. Nessa época, ele se toma muito intoxicado,
letárgico, e fica deitado mais que o normal, perdendo o interesse em mamar
(Fig. 8.2). O úbere da égua pode estar distendido e pingando leite, o que
seria uma evidência de que o potro não está se alimentando. Os proprietários
devem sempre notar esse sintoma ao cuidar de um potro novo. Sintomas de
cólica suave, ligeiros chutes no abdome e inquietude podem também ser
observados.
O veterinário suspeita do diagnóstico assim que vê o potro com seu abdome
distendido e o histórico dos outros sintomas é apenas discutido. O diagnóstico
é feito quando ele perfura a parede abdominal com uma agulha de grande
calibre e há um fluxo livre de urina vinda da cavidade abdominal. Diagnóstico
precoce é essencial para o sucesso do tratamento.
Procedimento. Uma cirurgia imediata para reparar a bexiga é necessária,
juntamente com uma boa terapia de suporte com fluidos e antibióticos. Se
a ruptura ocorreu no interior da pelve óssea, a cirurgia é impossível e o potro
deve ser sacrificado pois sua morte é certa.
PNEUMONIA
-
Figura 8.2 Potro com ruptura da bexiga. O potro torna-se letárgico e desenvolve
um abdome distendido nos primeiros 2 a 3 dias de vida.
170 Nutrição e Reprodução
uma complicação das vias aéreas superiores que não é tratada ou é tratada
de modo ineficaz. Apesar de ser geralmente causada por estreptococos, mais
recentemente as corinebactérias têm causado grandes endemias em alguns
haras. Essa é a mesma bactéria que causa o abscesso crônico nos cavalos.
A pneumonia causada por essa bactéria, na maioria das vezes, tem um resultado
fatal. Pneumonia é o problema mais comum que resulta em morte aos potros
Árabes nascidos com imunodeficiência combinada (CIO-).
É um problema genético que ocorre nos potros da raça Árabe, nos quais
há uma falta de dois tipos importantes de células sangüíneas (linfócitos T
e B) que os protegem de infecções. Essa doença é caracterizada por sintomas
de pneumonia, febre intermitente, diarréia e um resultado fatal ( 100% ).
Figura 8.3 . Potro com tendões fracos. Foram usadas talas para apoiá-lo. Muitos potros
nascem com os membros fracos que depois se corrigem ~inhos nos primeiros sete
a quatorze dias de vida.
Deve-se manter em mente que a pele das patas dos potros jovens é muito
frágil, sendo facilmente afetada por necroses por pressão (ferimentos por pres-
são de ligas ou faixas). As feridas resultantes. geralmente deixam cicatrizes
permanentes. Por isso, o autor acredita que deve-se ser bem moderado ao decidir
aplicar ligas o.u bandagens às patas desses potros. As indicações principais
para o uso de bandagens são quando o potro é incapaz de se levantar e mamar
sem elas e quando está esfolando a frente de uma quartela ou tornozelo muito
flexionado.
Figura 8.5 - Rolo de sacos de estopa usado para forçar os joelhos para fora enquanto
o potro estava crescendo.
do potro. Após essa época, a égua pode ser usada para períodos curtos, de
10 a 15 minutos, de trabalho leve. As primeiras vezes que a égua for tirada
de perto do seu potro devem ser por períodos bem curtos (5 a 10 minutos).
É importante que o potro esteja seguro atrás de uma boa cerca, nessas horas.
Esses períodos podem ser aumentados gradualmente de forma que, quando
o potro tiver de 6 a 8 semanas de vida, os períodos de montaria possam
ser aumentados para meia hora. Períodos de montaria prolongados, de 2 horas
ou mais, não são recomendados até que o potro tenha, pelo menos, 4 a 5
meses. Muitas éguas vão, normalmente, começar a diminuir sua produção de
leite perto do quinto mês de lactação, quando períodos mais longos longe
do potro não são tão estressantes e dolorosos. Montar uma égua com um
úbere cheio no pico de sua produção de leite pode ser muito doloroso para
aégua, podendo reduzir sua produção de leite. *
Uma égua que apresenta um úbere muito congestionado após uma cavalgada
pode ser tratada com 3,24g de aspirina no seu grão. Isso vai ajudar muito
a reduzir o inchaço e desconforto.
DESMAMANDO O POTRO
. É a pressão nas glãndulas que produzem o leite que fuz com que pare a sua produção.
176 Nutrição e Reprodução
Deve ser lembrado que é a pressão do leite acumulado que pára a produção.
O procedimento recomendado é de ordenhar uma pequena quantidade de
leite da égua apenas na primeira noite após ter se separado do potro. Isso
é feito para aliviar um pouco da pressão que vai ser desconfortável para ela.
Depois disso, não é feita mais nenhuma ordenha. Ordenhas posteriores iriam
somente estimular mais produção de leite. A aplicação de um creme facial
suave ou loção para as mãos pode ajudar a evitar o ressecamento excessivo
da pele, devido à congestão normal que vai ocorrer. Novamente o uso de
aspirina (3,24g duas vezes ao dia, em um pouquinho de grão) vai ajudar muito
a minimizar essa congestão do úbere. Nenhum outro tratamento é normalmente
necessário. Em geral, a maior parte da congestão, inchaço e desconforto vai
ter desaparecido no sétimo dia.
PARTE
III
Problemas de Saúde
9
Problemas Gerais de Saúde
GERAIS. Um cavalo com boa saúde deve parecer alerta, com os olhos
limpos e orelhas eretas e ativas. O cavalo deve se apoiar no chão com as
patas bem aprumadas e firmes. Descansar alternando as patas traseiras é normal,
180 Problemas de Saúde
Cascos. As paredes dos cascos devem ser lisas e flexíveis. Elas devem
ser arredondadas, mas não são achatadas, disformes ou rachadas. As ranilhas
devem ser bem proporcionadas, elásticas, além de tocar o chão. Não deve
haver nenhum corrimento denso, e escuro e com mal cheiro (infecção) ao
longo dos sulcos da ranilha. O pulso digital, o qual é sentido logo abaixo
do machinho no sulco entre os tendões e o osso da quartela, é quase imperceptível
numa pata normal. Um pulso digital forte indica inflamação na pata.
Temperatura. A temperatura do cavalo tem uma amplitude normal
de 37,2"Cpela manhã a 38,6°C ao entardecer. Exercício excessivo, especialmente
em dias quentes, podem elevar a temperatura para 39,4°C ou mais. Uma tempe-
ratura de 39,4°C ou mais em um cavalo em descanso geralmente indica a
presença de uma infecção.
PARASITAS INTERNOS
Estrôngilos
Figura 10.1 . Égua altamente parasitada, com pelagem ruim, magra e inchada ao longo
da parede abdominal, devido à anemia e à falta de proteinas no sangue.
-
Figuras 10.2 e 10.3 Dois potros de seis meses, um em boa saúde e o outro altamente
parasitado.
Parasitas 185
'"
Figura 10.4 . Um cavalo "gordo"em boas condições fisicas, tendo uma cólica fatal
causada por estrõngilos.
Figura 10.6 - Alça intestinal danificada por estrôngilos causou a morte do animal
(cólica tromboembólica).(Cortesia do Dr.lobo Hughes,U.C. Davis,CA.).
Áscarls
-1
I
L- -- J
-
Figura 10.8 Áscacis de um potro. (Conesia do Dr. Jobo Hughes, U. e. Davis, CA.).
Figura 10.9 . Intestino bloqueado por áscaris sendo aliviado cirurgicamente. (Conesia
do Dr. John Hughes, U.e. Davis, CA.)
Parasitas 189
de idade. Esse parasita comumente causa uma tosse curta e seca nos cavalos
jovens.
Gasterófllas
São moscas que causam danos principalmente nas suas formas larvais que
se prendem ao revestimento interno do estômago do cavalo (Fig. 10.10). Elas
permanecem aí de 9 a 12 meses, sugando o sangue freqüentem ente interferindo
com a digestão normal. Quando as larvas são eliminadas no esterco, durante
o verão, elas pupam em 2 a 4 dias. As moscas adultas vivem apenas 5 dias,
sem comer, vivendo somente para reproduzirem-se. Apesar de não picarem,
o seu zumbido é bem incômodo para os cavalos qu'1-ndodepositam seus ovos
(500 a 1.000) nos pêlos dos membros, pescoço e lábios (Fig. 10.11).
Os ovos são estimulados a eclodir pelo calor, umidade e fricção do focinho
do cavalo. Com esses estímulos, eles eclodem em 6 a 10 dias e entram na
boca, onde migram através dos tecidos das bochechas, língua e faringe (parte
Oxiúros
Esses pequenos vermes brancos são muito comuns e causam a maior parte
de seu dano incomodando os cavalos, quando põem seus ovos (Fig. 10.2).
Essa irritação Jaz com que o animal esfregue sua cauda, fique inquieto, não
Parasitas 191
Habronema
.Os oxiúros dos cavalos não são transmissiveis para as crianças ou vice-versa.
192 Problemas de Saúde
Oncocerca
..
Figura 10.13 - "Feridas de verão" causadas pelo parasita habronema depositado nas
feridas pelas moscas.
Parasitas 193
-
Figura 10.14 "Feridas de verão" causadas pelo parasita habronema depositado nas
feridas pelas moscas.
pele geralmente resultam disso, e é através dessas áreas lesadas que os insetos
adquirem as microfilárias e são capazes de passá-Ias aos outros cavalos. Uma
condição muito irritante generalizada da pele, caracterizada por manchas, pode
resultar dessa infestação.
Recentemente foi descoberto que esse parasita freqüentemente penetra no
olho durante a sua imigração. Quando ele morre no interior do olho, sintomas
de oftalmia periódica podem aparecer. Estudos indicam que esse parasita pode
ser a causa mais comum dessa moléstia, mas outras causas podem ainda estar
envolvidas.
Manejo
Terapia
Após rever os ciclos de vida dos parasitas internos dos cavalos, torna-se
aparente que, no passado, devido às migrações larvais internas, nenhum trata-
mento em particular era capaz de eliminar todos esses parasitas. Essa situação
parece ter mudado com os novos vermífugos sistêmicos. O controle efetivo
é baseado num bom manejo e vermifugação de rotina. Como os vermífugos
não são todos igualmente eficazes, um veterinário deve ser consultado para
recomendações específicas. Deve-se notar que alho e tabaco não têm valor
como anti-helmíticos.
PROGRAMA DE VERMIFUGAÇÃO
PARASITAS EXTERNOS
priamente alimentados, sob bom manejo têm elevada resistência contra invasão
e estabelecimento de parasitas. Alimentação e pastagens impróprias, excesso
de animais no pasto, condições pouco sanitárias e pouca atenção às doenças
nos seus estágios iniciais favorecem o parasitismo.
Piolhos
Figura 10.15 . Piolhos causam inquietude, coceira intensa, queda de partes do pêlo
e, às vezes, diarréia. Pequenas áreas úmidas são freqüentemente observadas, causadas
pelo cavalo se coçando com a boca e se mordendo.
196 Problemas de Saúde
Carrapatos
.N. -
do R. Além dessas moléstias, também transmitem a babesiose (ou nutaliose).
Parasit:IS 197
-
Figura 10.17 Os carrapatos podem transmitir
doenças e causar grande perda de sangue.
CARRAPATOS DA ORELHA
o carrapato da orelha tem forma larval que penetra nas orelhas dos cavalos,
gado, animais selvagens, carneiros e cães, e passa de 1 a 7 meses desenvol-
vendo-se no estágio de ninfa. Eles caem, então, das orelhas e sobem nas cercas,
estábulos, cochos e árvores para mudar em adultos, acasalarem-se e depositarem
novos ovos. Enquanto estão nas orelhas dos cavalos, causam muito desconforto
e comumente fazem com que o cavalo ande com as orelhas para os lados,
freqüentemente fazendo com que neguem orelha e tornem-se dificeis de por
O bridão ou cabresto. Consulte um veterinário para tratamentos específicos.
Deve-se notar que uma medicação para ácaros de orelha de pequenos animais
é freqüentemente eficaz.
Demes
Esse é, principalmente, um parasita de gado que, às vezes, acidentalmente
afeta os cavalos. O efeito nocivo dos bernes no cavalo é a erupção das larvas
no dorso do animal, geralmente resultando em feridas muito sensíveis e lentas
na sua cura, que interferem na utilização do cavalo de sela.
Os bernes são larvas da mosca varejeira *, e os adultos voam rápido, sendo
raramente vistos. Seus ovos, que são presos aos pêlos das patas e do corpo,
ec1odem em pequenas larvas, que entram na pele e migram através do tecido
conjuntivo dos órgãos internos, cavidades do corpo e do estômago onde perma-
necem até o fim do inverno, migrando depois para a pele do dorso. Na pele
são formados cistos em tomo de cada larva e um orificio de respiração é
estabelecido. Nos cavalos, essas larvas freqüentemente morrem, e nunca se
desenvolvem além do estágio de cisto. Por isso elas geralmente precisam ser
removidas cirurgicamente para que possa haver cura (Fig. 10.18). Não há
medidas preventivas específicas, apesar de que a aplicação freqüente de repe-
lentes de moscas é útil. O uso do Invermectin está se provando eficaz.
. N. do R. - Dermatobia hominis
Parasitas 199
Mosquitos
Moscas
Mutucas
Enquanto as larvas das mutucas são altamente aquáticas, as larvas das moscas
dos estábulos se desenvolvem em matéria vegetal úmida em fermentação e
não necessitam de esterco. Sua mordida é mais dolorosa para a criação que
a maioria das moscas hematófagas, e causa um fluxo livre de sangue. As moscas
dos estábulos freqüentemente ocorrem em grande número; e morte de animais
devido à infestação maciça, já foram relatadas. Como as moscas dos estábulos
visitam o seu hospedeiro com pouca freqüência e por períodos curtos, são
melhor controladas eliminando-se suas áreas de procriação e borrifando seus
lugares de descanso (lado externo dos estábulos, mourões de cerca, cercas
de madeira e troncos de árvores).
zoo Problemas de Saúde
As moscas dos chifres do gado são uma peste muito comum dos cavalos
e, talvez, a mais incômoda, devido ao fato de que elas, ao contrário da maioria
das outras moscas, passam a maior parte de suas vidas no hospedeiro. Elas
o deixam apenas para depositar seus ovos em esterco fresco. As moscas dos
chifres se parecem muito com as moscas dos estábulos, mas têm apenas a
metade do tamanho.
O ciclo de vida das moscas dos estábulos, como o da mosca doméstica,
está entre os menores conhecidos para as moscas. Seus ovos podem eclodir
em menos de 24 horas, seu estágio larval pode se completar em 3 dias, e
o período pupal em 6 dias, perfazendo um total de 10 dias. As moscas dos
chifres geralmente ocorre em grande número no hospedeiro - 5.000 a 10.000
foram observadas num único animal - e se alimentam duas vezes ao dia.
Devido aos hábitos hematófagos da mosca e porque ocorrem em números
tão grandes em todos os Estados Unidos., é provavelmente a culpada pelas
maiores perdas na produção da criação causadas por moscas hematófagas. O
controle nos cavalos depende basicamente da disposição do esterco e aplicação
dê repelentes locais nos animais.
. N. do R. . Essa mosca penetrou recentemente no Brasil pelo none do país, e tem se espalhado
rapidamente.
Parasit3S 201
Figura 10.19 . As moscas da face causam muito desconforto aos cavalos e podem
transmitir infecções oculares contagiosas.
MOSCA DOMÉSTICA
MEDIDAS SANITÁRIAS
até a metade. Deve possuir uma tampa de tela ou ser mantida coberta com
uma lona plástica. É aconselhável cercar essa caixa, separando-a da área de
atividade do cavalo.
CONTROLE QUÍMICO
Produtos químicos para controle de moscas podem ser usados como sprays
residuais, iscas, sprays ambientais e larvicidas, assim como para a aplicação
direta nos animais.
SPRA YS REsIDl1AIS
ISCAS
Spray Ambiental
Usado para repelir e matar moscas em estábulos ou onde elas são numerosas.
Nenhum efeito residual é conseguido. Esses sprays funcionam melhor quando
aplicados como uma fma nuvem.
WVlCIDAS
o COMPLEXORESPIRATÓRIODOS EQÜINOS
CAUSA
PREvENÇÃO
Figura 11.1 - As doenças respiratórias são as doenças infecciosas mais comuns nos
cavalos.
TRATAMENTO
Rinopneumonia Eqüina
Essa é uma doença viral contagiosa que causa uma infecção respiratória
superior suave, similar ao resfriado comum no homem, porém pode causar
aborto em éguas.
CAUSA
Essa doença é causada por um vírus que é transmitido por contato direto
ou secreções respiratórias suspensas no ar. Freqüentemente a fonte inicial
da infecção é desconhecida. Um surto pode envolver um grande número de
animais, porém normalmente afeta apenas de 10 a 25% dos cavalos expostos.
SiN\OMA.
PREvENÇÃo
CAUSA
SINTOMA
Os cavalos afetados geralmente ficam muito doentes, com uma febre entre
39,5 e 41"c. O inchaço das pálpebras e, freqüentem ente, dos membros ajudam
a distinguir essa doença das outras infecções respiratórias. Um corrimento
nasal, que pode se tornar denso, é freqüentemente acompanhado de tosse
profunda. Os sintomas normalmente cessam logo após a febre, mas podem
persistir por 10 a 14 dias. Pneumonia ou uma tosse crônica podem complicar
a doença.
Essa moléstia tem sido geralmente associada ao transporte de cavalos, e
tem sido chamada de "febre de transporte". Animais debilitados, altamente
parasitados e mal nutridos são afetados com mais gravidade. O virus pode
causar aborto nas éguas. Tratamento medicinal apropriado é indicado.
Influenza Eqüina
CAUSA
É causada por um virus que apareceu nos Estados Unidos, em 1963. Atual-
mente, é encontrado na maioria dos países. A maior parte das infecções ocorre
no inverno e na primavera.
Doenças Infecciosas 209
SINTOMA
PREVENÇÃO
Uma vacina muito eficaz está pisponível para ser usada contra essa doença.
Seu uso é altamente recomendado, especialmente para cavalos que estão em
contatos com muitos outros, como os cavalos de corrida, exposição e os manti-
dos em estábulos públicos. Um veterinário pode dar recomendações específicas.
Garrotilho
CAUSA
SINTOMA
1
,. ,
I
~
PREVENÇÃO
Há uma vacina disponível para ser usada contra essa doença. Como a doença
ocorre esporadicamente, o uso da vacina é determinado pelas indicações no
local; alguns haras e estábulos públicos têm histórias de surtos periódicos
da moléstia. Contrata-se veterinário para recomendações específicas.
Púrpura Hemorrágica
CAUSA
SINTOMA
r-
~
I
Figura 11.4 -
Inchaços dos tecidos dos membros e ao longo do abdome são sintomas
comuns de púrpura hemorrágica.
PREVENÇÃO
os cavalos doentes devem ser seguidos (veja Capítulo 13, Ferimentos e Trata-
mentos). O uso de aspirina ajuda a diminuir o inchaço dos tecidos.
Tétano
Essaé uma doença infecciosa dos mamíferos, causada pelas toxinas da bactéria
Clostridium tetani, caracterizada por uma excitabilidade reflexa aumentada
dos centros nervosos motores, resultando em contrações espasmódicas de
todos os músculos estriados e normalmente morte.
CAUSA
SINTOMA
PREvENÇÃO
Além da vacinação, bom manejo pode ser o meio mais eficiente de prevenção.
Apanhe os pregos, latas, ferramentas velhas e lixo das áreas onde os cavalos
são mantidos. Boa umidade a essa doença pode ser conseguida, usando-se
a vacina toxóide tetânica. Devido à alta suscetibilidade dos cavalos e do homem
a essa doença, é aconselhável que cavalos e cavaleiros recebam vacinação
antitetânica rotineira. Consulte um veterinário e um médico para recomen-
dações. A antitoxina tetânica deve ser usada em caso de ferimento em cavalos
não imunizados. Esse produto dá proteção imediata, mas dura apenas duas
semanas. As primeiras vacinas antitetânica e a antitoxina tetânica podem ser
dadas juntas.
o animal afetado deve ser colocado em uma cocheira quieta e escura. Coloque
os recipientes de comida e água altos o suficiente para que o cavalo
possa usá-Ios sem ter que abaixar a cabeça. Evite movimentos ou ruídos súbitos
que possam fazer com que o animal tenha espasmos. Tratamento medicinal
apropriado, pelo seu veterinário, é indicado. O uso de doses maciças de penici-
lina ou antibióticos de largo espectro, grandes doses de antitoxina tetânica,
Doenças Ink:cciosas 215
CAUSA
são sintomas comuns (Figs. 11.6 e 11.7). Visão prejudicada, depressão e incoor-
denação são sinais de maior envolvimento do cérebro. Incapacidade de se
levantar e paralisia são sintomas terminais. A taxa de mortalidade está entre
20 e 90%, dependendo do vírus em particular que está causando o surto.
O vírus se localiza no cérebro e destrói as células nervosas.
Essa doença foi relatada pela primeira vez como uma doença reconhecível
dos cavalos nos Estados Unidos, no Texas, dia I? de julho de 1971. Resultou
em 1500 mortes em 6 semanas. Antes de 1970, a moléstia havia se restringido
principalmente à América do Sul e América Central, mas a doença subiu para
o México em 1970, matando muitos milhares de cavalos naquele ano. O surto
de 1971, no Texas, fez com que o governo instituísse programas de vacinação
obrigatórios em muitos estados, para proteger os cavalos dos Estados UnIdos.
O vírus afeta principalmente cavalos e humanos. Apesar da taxa de morta-
lidade nos cavalos ser de 90% ou mais, a doença é geralmente suave nos
humanos, causando sinais que parecem os de uma gripe - ligeiro mal-estar
geral, febre e músculos e articulações doloridas. O vírus é capaz de progredir
para uma encefalite, sendo mais comum em crianças e pessoas idosas.
A trasmissão é feita principalmente por mosquitos. Roedores e outros peque-
nos animais podem ser reservatórios para o vírus. Os pássaros não são tão
importantes como fonte desse vírus, como são para as variedades Leste e Oeste.
Sintomas. Os cavalos afetados podem mostrar sinais da doença, 1 ou
2 dias após a exposição ao vírus. O vírus pode durar de 1 a 6 dias na corrente
sangüínea do cavalo doente, o qual, durante esse período, é uma fonte a partir
da qual o vírus pode ser transmitido para outros animais. Alguns cavalos podem
se infectar e desenvolver uma imunidade sem mostrar sintomas clínicos. Os
primeiros sintomas são febre, depressão, perda do apetite e, ocasionalmente,
desconforto abdominal e diarréia. Conforme a doença progride, o reflexo
de "sacudir" a pele desaparece, os lábios caem e as pupilas podem se contrair.
O animal pode aparecer cego, ter convulsões e pendurar sua cabeça ou pressio-
ná-Ia de encontro a uma parede, mourão. ou outro objeto imóvel. Tropeçar,
andar em círculos e "andar dormindo" são os últimos sintomas. Eventualmente,
o cavalo cai e não consegue se levantar. A morte nonnalmente acontece 3
dias após os primeiros sintomas.
Prevenção. Controle dos mosquitos e vacinação são os métodos que
estão sendo usados. As vacinas contr:l os vírus tipo Leste e Oeste não conferem
imunidade contra a encefalomielite eqüina Venezuelana. Consulte o veterinário
local para conselhos específicos.
Doenças Infecciosas 217
t
j
Abscesso Crônico
Essa é uma doença bacteriana dos cavalos, caracterizada por grandes obsces-
sos no peito, parede abdominal inferior elou prepúcio ou área mamária. Essa
doença é chamada, em algumas regiões, de "febre de pombo" ("pigeon fever").
Essaterminologia muito provavelmente surgiu devido à área do peito aumentada
por causa dos abscessos em desenvolvimento, que parece lembrar o peito
de um pombo. A doença não tem ligações conhecidas com os pombos e essa
terminologia deve ser desencorajada.
CAUSA
SINTOMA
PREvENÇÃO
Nenhuma vacina comercial está atualmente disponível para ser usada contra
essa doença. O uso freqüente de repelentes de moscas pode ajudar. Também
é útil borrifar qualquer área úmida ao longo da parede abdominal inferior
com um produto em pó para mantê-Ios secos e não atraentes para as moscas.
O isolamento do animal afetado pode ser de algum valor, mas não é um procedi-
Doenças Infecciosas 219
"
"
CAUSA
SINTOMA
-
,I
0'"
-
Figura 11.11 Cavalos com anemia infecciosa eqüina (AlE) freqüentemente parecem
com a "púrpura", mas o exame de sangue dá o diagnóstico diferencial.
..
N. do T. - A prova de Coggins é um teste de imunodifusão em ge1 de Ágar.
N. do R. - De
acordo com a legislação brasileira de saúde animal, a Anemia Infecciosa Eqüina
é uma doença de notificação obrigatória. O médico veterinário deve comunicar, ao órgão local
do Ministério da Agricultura, os casos de doença e proceder ao sacrificio dos animais que reagirem
à prova de Coggins.
12
Doenças Não-Infecciosas
DISTÚRBIOS INTERNOS
CóHca
CAUSA
SINTOMA
-----
Figura 12.1 . Olhar e chutar os flancos são sintomas comuns de cólica, assim como
levantar e deitar, pisotear e rolar.
Doenças Não-Infecciosas 225
-
Figura 12.2 Cavalo rolando por causa da dor de uma cólica terminal grave, causada
por parasitas.
ou mais, juntamente com a falta dos sons abdominais normais, são sinais de
um mau prognóstico e, geralmente, de um resultado terminal.
PREVENÇÃO
Se o animal está defecando e/ou muito ruído intestinal pode ser ouvido
através da parede abdominal, ele muito provavelmente está tendo uma cólica
espasmódica. Os sintomas podem ser agudos, mas o prognóstico geralmente
é bom, a menos que apresente diarréia aguda e sintomas de choque. O animal
deve ser mantido quieto, se possível, e deve-se evitar que ele se machuque.
Fazê-Io andar calmamente por 10 a 15 minutos, a cada hora, pode ajudar
a distrair o animal da dor, mas ele não deve ser montado e forçado a se
exercitar; isso causa um estresse excessivo e pode apressar um desenlace fatal.
Se o cavalo quiser se deitar entre os períodos em que é forçado a andar
226 Problemas de Saúde
calmamente, pode-se perfeitamente permitir isso; ele pode ser capaz de descan-
sar ou achar uma posição mais confortável. Há muito pouco perigo que, rolando,
o cavalo possa causar uma torção nos intestinos. O cavalo pode, realmente,
ser capaz de aliviar o acúmulo de gás. Não deve haver uma regra rígida e
inflexível de não se deixar um cavalo com cólica deitar-se e rolar, se o animal
não está desesperado e se machucando. Oferecer um mingau de farelo de
trigo. com aspirina, nos casos iniciais de cólica espasmódica, geralmente faz
com que o animal supere o problema com uma recuperação sem incidentes.
Se o animal não estiver definitivamente melhorando, em 30 minutos após
o oferecimento do mingau de farelo de trigo deve-se procurar auxilio profIS-
sional.
Se o animal recusar o mingau de farelo, a aspirina ainda será útil. Esmague
as 10 aspirinas, misture-as com uma pequena quantidade de mel, e coloque
a mistura no canto da boca do cavalo.
Se o animal não está defecando, não são ouvidos sons abdominais com ou
sem sinais de inchaço, e os sintomas de dor são agudos, auxílio profissional
deve ser obtido e mais rápido possível. Esses são sintomas de um trato intestinal
afuncionante, o que é sempre grave. Fazê-Io andar calmamente por 15 minutos
a cada hora é indicado como medida de primeiros socorros. Andar demais
pode causar estresse adicional ao animal, mas esse exerCÍcio é freqüentemente
útil para estimular a atividade normal do trato digestivo. O uso de fluidos
endovenosos, analgésicos (para controlar a dor), esteróides e antibióticos, pelo
veterinário, pode ajudar muito, dando suporte fISiológico para o animal com-
bater o estresse da situação. Esses animais estão normalmente sentindo muito
incômodo e nenhuma tentativa deve ser feita para "tirar a cólica deles" montan-
do-os. Não ponha objetos irritantes no interior do reto.
Se cuidados veterinários não estão disponíveis em um período relativamente
curto (de 4 a 8 horas), a administração cuidadosa de leite de magnésia (500
ml) com uma bisnaga de confeiteiro é indicada. Isso pode ser feito segurando-se
a cabeça do cavalo ligeiramente elevada (com o animal em pé). O conteúdo
da bisnaga é lentamente espremido no interior da boca, no canto dos lábios.
Permita que o cavalo engula voluntariamente. Não tente dar esse medicamento
com o cavalo deitado. Deve-se notar que dar óleo mineral, forçando-o para
dentro da boca é muito perigoso, pois pode facilmente ir para os pulmões.
Infelizmente, muitos casos de cólicas são tratados excessivamente, O que é
freqüentemente a causa direta da morte. Um enema suave e não profundo,
de água morna com sabão (3,8 a 7,6 litros) pode ser útil para fecalomas baixos.
Os tecidos retais são facilmente danificados; deve-se sempre ter cuidado quando
essa área é examinada ou recebe medicação.
Detecção e tratamento precoces de um ferimento grave ou outro problema
intestinal sério, pelo seu veterinário, pode aumentar muito as chances de sobre-
vivência do cavalo. Técnicas de diagnóstico recentemente desenvolvida podem
ajudar um veterinário a reconhecer os casos de cólica que necessitam de
.Mingau de meio de trigo: coloque 250g de meio de trigo em um balde. Adicione água bem
quente para deixar bem molhado e mole. Adicione, então. a ração de grão habitual - aveia
ou mistura de grão - até que a mistura não esteja mais mole, mas sim quente e úmida. Adicione
a isso 2 colheres de sopa de bicarbonato de sódio e 10 aspirinas ( dissolvidas ).
Doenças Não-Infecciosas 227
uma cirurgia, enquanto o animal ainda tem boas chances. Cirurgias abdominais
bem-sucedidas em eqüinos, são, hoje em dia, comuns.
J3minite
CAUSA
Congestão no interior do casco, que não pode inchar quando está inflamado,
causa grande pressão nos nervos, resultando em muita dor. As seguintes condi-
ções são conhecidas como causas:
1. Cascos aparados muito curtos. Os animais que são facilmente afetados
devem ser deixados com os cascos um pouco mais compridos.
2. Comer grão em excesso. Normalmente, são necessários llkg ou mais
para causar sintomas.
3. Ingestão de quantidade ilimitada de água fria por um animal muito "quen-
te".
4. Uso excessivo do cavalo em solo duro ou estradas causa "aguamento
de estrada".
5. Trabalhar duro um animal sem condicionamento.
6. Toxemia causada por retenção de placenta ou inflamação uterina.
7. Capim verde e suculento dado a cavalos com hipotireoidismo.
Esses animais têm, tipicamente, crinas grandes. Cavalos normais não parecem
ter "aguamento de capim".
SINTOMA
.. 11
Figura 12.3 - Cavalos com laminite ficam muito enrijecidos e, normalmente, relutam
em se mover mais que o minimo necessário.
Miosite Lombar
CAUSA
Figura 12.4 - Fazer ranhuras nos cascos é um método de tratamento eficaz nos casos
de laminite crônica.
SINTOMA
CAUSA
SINTOMA
-
Figura 12.7 Cavalos afetados perdem o controle da mastigação devido ao dano cerebral,
e morrem de fome se não forem sacrificados.
PREVENÇÃO
Insolação
Insolação (intermação ) é uma doença que resulta de um distúrbio no meca-
nismo da regulação da temperatura do corpo. É caracterizada por sintomas
de fraqueza, tremores e temperatura corporal elevada.
Doenças Não-Infecciosas 233
CAUSA
PREvENÇÃO
SINTOMA
Exaustáo
CAUSA
SINTOMA
Tente manter o animal confortável. Cubra o corpo com uma capa para prevenir
resftiamento. Não o force a se exercitar, se ele quiser se deitar, esftegue seus
membros com as mãos. Permita que beba quantidades fteqüentes e limitadas
de água. Quando ele estiver bem descansado, voltará a comer. Nunca dê grão
a um animal exausto. O feno é sempre seguro. Muitos animais se recusam
a comer por um tempo depois de uma dura cavalgada; isso não é sério, a
menos que outros sinais de fadiga estejam presentes. Se apresentar "palpitações",
repouso completo e muito ar fresco são indicados, mas sem ventos frios. O
uso de uma injeção antiespasmódica, por um veterinário, pode ser indicada
nos casos graves ou nos que estão tendo uma recuperação lenta.
PROBLEMASDE PELECOMUNS
Dermatites Parasitárias
PIOLHOS
se banhar ovelhas não são muitos eficazes e causam irritação à pele do cavalo.
Como os piolhos são sempre um problema da manada, todos os cavalos que
estão juntos devem ser banhados no mesmo dia, Se o tempo está muito frio
para banhos, um preparo em pó adequado contra piolhos deve ser aplicado
até que o tempo permita um banho. Os banhos devem ser repetidos em 3
semanas para matar os novos adultos, que se desenvolvem dos ovos ou lêndeas,
que não foram mortos pelo primeiro tratamento. O inseticida apropriado deve
ser recomendado pelo veterinário.
CARRAPATOS
PICADAS DE INSETOS
ONCHOCERCIASE
Causa. A causa exata não é conhecida, mas acredita-se ser uma reação
tecidual à picada dos borrachudos (SímiJium spp.), que podem ser encontrados
se alimentando no interior das orelhas, durante o verão. Gotas de sangue seco
são geralmente observadas. Tentativas de isolar um fungo patogênico não foram
bem-sucedidas.
SINTOMA
PROCEDIMENTO
Casos graves têm resposta melhor a uma injeção de drogas tipo cortisona,
mas anti-histamínicos orais geralmente são eficazes. A fonte ervilhaca deve
ser removida. Dez aspirinas de 324mg também são úteis.
"Caroços" de Alimentação
DERMATITE MRGICA
Essa é uma doença periódica sazonal, caracterizada por uma coceira forte
ao longo da crina e cauda dos cavalos, durante os meses quentes no verão.
Ocasionalmente, a maior parte do corpo pode ser afetada. Esse problema ocorre
por todo o mundo, sendo conhecido por nomes como "coceira de Queensland"
("Queensland itch "), e "urticária alérgica" (Fig. 12.10 A).
CAUSA
INCIDÊNCIA
SINTOMA
TRATAMENTO
Alergias de Contato
SINTOMA
PROCEDIMENTO
limpe completamente a área com sabão suave e água para remover qualquer
resíduo de inseticida. Anti-histamínicos orais e drogas tipo cortisona são indica-
dos e úteis.
PROCEDIMENTO
Figura 12.11 -Muita umidade devido a tempo chuvoso pode causar perda do pêlo.
rios pastos, durante o inverno. Uma plataforma barata pode ser feita colocando-se
dormentes velhos bem juntos na área desejada e jogando-se areia sobre eles.
A areia entra nos vãos entre os dormentes, fazendo, assim, uma área elevada
com boa drenagem, na qual podem se alimentar. Isso dá ao animal um local
sem lama durante o inverno.
Nos casos agudos de dermatite de quartela, quando as patas estão inchadas,
a pele ativamente inflamada na área das quartelas e consideravelmente sensível
(Figs. 12.12 e 12.13), deve-se remover o animal da lama para uma cocheira
ou área bem drenada; limpar completamente os membros afetados com água
morna e sabão; enfaixá-Ios com nitrofurazona ou faixas com antibióticos, mudan-
do-as todos os dias até que o problema esteja sob controle; use aspirina para
reduzir o inchaço e a inflamação ( 10 aspirinas, 2 vezes ao dia, no grão).
SINTOMA
-
Figura 12.12 Se a lama é deixada nas patas dos cavalos por um longo período,
pode ocorrer uma dermatite da quartela.
244 Problemas de Saúde
PROCEDIMENTO
Dermatites Inespecíficas
SINTOMA
PROCEDIMENTO
Tinhas (Dermatomicoses)
SINTOMA
PROCEDIMENTO
Vermgas
/'
SINTOMA
PROCEDIMENTO
Neoplasias
Os tumores, que são crescimentos anormais de tecidos, não são raros nos
cavalos. Os tumores não cancerosos (benignos) raramente causam problemas,
Figura 12.16 . Verrugas são causadas por um vírus. Elas sempre desaparecem com
o tempo.
148 Problemas de Saúde
mas são normalmente removidos por razões estéticas. Os dois tumores cance-
rosos (malignos) mais comuns são os carcinomas de células escamosas e os
melanomas.
SINTOMA
PROCEDIMENTO
111
-
Figura 12.17 Carcinomas de células escamosas afetam, na maioria das vezes, a área
dos olhos dos cavalos.brancos.
Doenças Não-Infecciosas 249
Figura 12.18
tordilhas.
- Os melanomas normalmente ocorrem em torno da vulva das éguas
muito eficaz quando injetada diretamente no câncer. É uma nova arma no trata-
mento. A cirurgia é necessária nos casos mais avançados. Ela tem valor somente
nos casos iniciais de melanomas; o tumor tem tendência a se espalhar rapida-
mente uma dada área, e o problema logo se toma impossível de ser operado.
Enquanto os carcinomas do pênis podem se espalhar pelo corpo com relativa
rapidez (2 a 6 meses ), as outras formas podem levar anos para causar problemas
de invasão dos tecidos internos. Os cavalos quase sempre vivem por um tempo
normal, mesmo com melanomas.
Sarcóide Eqüino
Os sarcóides são tumores de pele razoavelmente comuns no cavalo. Normal-
mente, aparecem nos lados do pescoço, na cabeça ou orelhas e, ocasionalmente,
250 Problemas de Saúde
nos membros. Acredita-se que são causados por um vírus, mas não regridem
espontaneamente. Quando são removidos cirurgicamente, normalmente retor-
Dam. Criocirurgia (congelamento) tem sido eficaz, mas agora o Ribigen está
se provando eficaz, assim como para os carcinomas de células escamosas, injeta-
do diretamente no próprio tumor. Quando não são tratados, geralmente ficam
feridos e são antiestéticos.
DISTÚRBIOS INTERNOS
SaUvação Excessiva
Diarréia no Cavalo
TRATAMENTO
TRATAMENTO
.Se o cavalo está se sentindo muito mal para tomar a aspirina em um mingau de farelo, é
possível dá-Ia esmagando-a e misturando-a com mel e colocando-se a mistura no canto da boca
do cavalo.
13
Ferimentos e Tratamentos
INFLAMAÇÃO
Tratamento da Inflamação
N. do T. . Produto americano
Fetimentos e Tratamentos 255
Muitos casos de inflamação crônica podem ser tratados, com eficácia, através
de corticóides injetados diretamente na área afetada, além de bons cuidados
e muito tempo. Anos atrás, foi descoberto que muitos casos poderiam ser
curados causando-se propositalmente uma inflamação aguda na área afetada,
o que resultaria em um período de recuperação mais curto - a idéia é que
256 Problemas de Saúde
CONTRA - IRRITAÇÃo
FERIDAS
Agravidade das feridas varia muito, dependendo dos seguintes fatores: profun-
didade da ferida, quantidade de tecido danificado, sua localização e natureza
do tecido afetado. Obviamente, feridas profundas e recortadas em estruturas
importantes, como articulações, tendões e olhos são mais graves que feridas
superficiais ou aquelas em áreas musculares. Como feridas graves podem resultar
em incapacidade permanente, enfermidades ou morte, todas essas feridas devem
receber cuidados veterinários imediatos para um tratamento apropriado. Muitas
feridas menos graves podem ser tratadas pelo proprietário se ele entender
os princípios básicos do tratamento das feridas. Ele precisa também perceber
que cada tipo de ferida - e feridas em diferentes estágios de cura - exigem
diferentes procedimentos de tratamento e medicação. As linhas gerais a seguir
são úteis para providenciar tratamento apropriado para as feridas.
Os "NÃos" DO TRATAMENTODASFERIDAS
2. Não aplique nenhum medicamento em uma ferida que vai ter que ser
suturada a menos que tenha sido recomendado pelo veterinário como medida
de primeiros socorros até que ele chegue. Lavá-Iacom água e um sabão leve
é seguro. O uso de peróxido pode irritar os tecidos e deve ser evitado em
ferida a ser suturada.
3. Não aplique uma pomada como vaselina, corona ou nitrofurazona em
nenhuma ferida aberta, pois isso acumula sujeira e fragmentos.
4. Não lave uma ferida freqüentemente com água, águá oxigenada ou outro
líquido; isso atrasa a cura e estimula o crescimento de carne esponjosa. Os
tecidos do cavalo se "ensopam" muito facilmente.
5. Não enfaixe um membro sem uma boa proteção sob a faixa; ela pode
cortar o membro ou restringir a circulação sangüínea. Isso é especialmente
válido para potros jovens. .
6. Não deixe uma liga elástica na pata por mais que 24 horas. A remoção
diária é necessária para garantir circulação apropriada. Faixas, no entanto, são
seguras por um longo período de tempo, como de 5 a 7 dias, quando necessário.
7. Não use água com açúcar ou sal nos olhos. Água fresca ou água boricada
são seguras.
. Grande Ferida na Pele - para ser suturada Pomada de nitrofurazona sob banda2ens Adstringentes ou Causticantes
. Grande Ferida na Pele - deixada aberta Nitrofurazonaspray Adstringentes ou Causticantes
. Ferida Recortada
Pele - para ser suturada
(Dilaceração) na Pomada de nitrofurazona sob bandagem ou
Adstringentes ou Causticantes
nitrofurazona em pó se não puder enCaixar
. Ferida Recortada
no Músculo -
(Dilaceração)
para ser suturada
Profunda Pomada de nitrofurazona sob bandagens
Adstringentes ou Causticantes
ou Nitrofurazona em pó se não puder enCaixar
. Ferida Aberta Profunda - com mais de 48 horas Nitrofurazonaspray ou pó Adstringentes ou Causticantes
Ferida Aberta - curada até o nível da pele Nitrofurazona spray ou pó
. Ferida Aberta - com "carne esponjosa" Neo-Predefpó'; corte para nivelar,se necessário Estimulantes de tecido
. Ferida Perfurante - em tecidos moles Nitrofurazona spray ou pó AdstrinRentes ou Causticantes
1. Controle o sangramento com pressão direta quando neces- 6. Aplique um curativo adequado.
sário. 7. Proteção antítetânica.
2. Corte o pêlo das bordas das feridas. 8. Administração de antibióticos conforme necessário.
3. limpe apenas com água e sabão suave; enxagüe bem. 9. Entaixe.se possível.
4. O tecido morto deve ser removido quando necessário. 10. Aspirina no grão, duas vezes ao dia para minimízar a inchação dos
5. Suture se possível. tecidos.
11. Repelente de moscas em torno da ferida se necessário.
12. Movimentação restrita a uma cocheíra limpa ou pequeno piquete
quando necessário.
Notas: 1. Após tratamento inicial tente manter as feridas tão limpas e secas quanto possível, evitando lavagens freqüentes.
2. Não devem ser aplicadas pomadas em feridas abertas, pois juntam sujeira e fragmentos.
3. As feridas devem ser suturadas nas primeiras 12 horas, mas geralmente ainda são suturáveis em 24 a 36 horas, dependendo
da inchação do tecido e suprimento de sangue para a pele danificada.
4. Neo-predef pó é um produto à base de neomicina e cortísona da Upjohn.
5. Amways' LOC é um sabão suave muito bom para limpar feridas; não é irritante para os tecidos.
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260 Problemas de Saúde
Em geral, é melhor usar tão pouca contenção quanto possível, quando traba-
lhar com os cavalos. Trabalhando calmamente, sem movimentos bruscos, pode-
se geralmente conseguir muito. O tratamento de feridas é freqüentemente
uma experiência dolorosa; portanto, procedimentos de contenção ativa são
indicados e geralmente necessários para possibilitar o tratamento apropriado.
Contenção química é muito eficaz. O veterinário usa injeções de tranqüili-
zantes, sedativos ou anestésicos gerais quando é necessário tratar de ferimentos
extensos.
O cachimbo é uma ferramenta extremamente útil na contenção da maioria
dos cavalos. É normalmente feito de um bastão de madeira de 30 a 60 cm
de comprimento, com uma corda de 30 a 60 cm presa a uma extremidade
e fazendo uma volta. Essa volta é colocada no lábio superior, sem incluir
a cartilagem nasal e torcida para que aperte o lábio. Essa pressão causa dor
temporária no focinho, que prende, então, a maior parte da atenção do cavalo
para que os outros procedimentos possam ser efetuados. Apesar disso parecer
desumano ou cruel, na maioria das vezes, faz com que o cavalo fique perfeita-
mente imóvel e permita receber tratamento apropriado à ferida, o que, de
outro modo, seria quase impossível. Mesmo uma grande pressão não causará
-
Figura 13.3 Uma fralda descartável é usada
como proteção.
*N.do R. - Nunca é realmente necessário se apertar muito um cachimbo, pois a área onde
é aplicado é muito sensível. Alguns cavalos se aquietam com a simples aplicação desse instrumento,
sem que seja preciso apertá-to.
Ferimentos e Tratamentos 263
'Veja Quadro 13.1 para notas quando usar e quando não usar essas medicações para feridas.
Nitrofurazona em solução e pó são seguros em qualquer ferida.
..N. do T. Produtos americanos.
"'Causticantes mais fortes não devem ser usados, pois causam dano excessivo aos tecidos e
são normalmente dolorosos e desumanos.
""Os granulomas podem ser estimulados por lavar-se a ferida com água muito freqüentemente,
aplicar água oxigenada diariamente, uso de drogas tecido-estimulantes (sulfaluréia, óleo escarlate,
sprays e enzimas) após o tecido de granulação da cura ter atingido o nível da pele, e por
serragem e sujeira. E sempre melhor fazer a cama dos cavalos feridos com palha ao invés de
serragem e manter o ambiente do cavalo o mais limpo possível.
164 Problemas de Saúde
vê-Io cirurgicamente. Como tem pouca sensibilidade, esse tecido pode ser
simplesmente cortado com um bisturi ou faca bem afiada, causando muito
pouco desconforto ao animal. A ferida vai, então, sangrar livremente devido
aos pequenos vasos cortados, mas isso pode ser facilmente controlado, enfaixan-
do-se com pressão. A ferida é mantida enfaixada por 2 a 4 dias e, então, deixada
aberta e tratada com pó de neomicina-cortisona ou pó causticante até que
cure. O uso de causticantes fortes deve ser evitado no tratamento desse pro-
blema.
Hematomas
Raramente fica algum defeito permanente, a não ser que uma separação muscular
(resultando numa denteação) tenha ocorrido no momento do ferimento.
Pisaduras
T RAT AMENTO
Casos iniciais de inchaço dos tecidos locais são melhor tratados com aplica-
ções de frio (bolsas de gelo), descanso e aspirina (10 tabletes de 324mg),
duas vezes ao dia, no grão, para reduzir o inchaço. Se a área está aberta,
borrifá-Ia com nitrofurazona (amarela) spray é indicado. EsSt é um caso onde
a violeta genciana (um adstringente) pode ser útil, mas infelizmente essa medi-
cação é, com muita freqüência, empregada erroneamente para todos os tipos
de feridas do cavalo.
Se ocorrer uma ferida aberta, deve ser tratada com um medicamento antibac-
teriano local, eficaz, como nitrofurazona pó. Uma injeção de antibiótico pode
ser necessária para tratar ou prevenir uma infecção.
Se for necessário montar num cavalo que tem pisadura no dorso, essa área
pode, geralmente, ser protegida usando-se um pedaço de espuma plástica, com
um buraco cortado sobre a área do problema, sob o baixeiro. Sempre use
baixeiros extras em qualquer cavalo com uma espinha óu cemelha saliente.
Outras causas de áreas de inchaço local sobre o dorso, no local onde vai
a sela são: bemes ou ferimentos locais por ter rolado sobre uma pedra ou
terra dura. O tratamento com bolsas de gelo, aspirinas e talvez injeções de
cortisona pode ser necessário. Os bemes podem ter que ser removidos cirurgica-
mente. Muito tecido cicatricial sob a pele da área da sela pode causar muita
irritação e dor ao cavalo. A remoção cirúrgica desse tecido cicatricial pode ser
necessária.
Torções
Fraturas
PRIMEIROS SOCORROS
Um método simples, mas muito eficaz de imobilizar uma fratura num mem-
bro, é com um travesseiro. O travesseiro é aplicado sobre a área da fratura
e é, então, firmemente preso à perna. Use então ligas normais colocadas o
mais apertadas possível. Sobre essas são colocadas ligas elásticas tão apertadas
quanto possível, também. Se não há ligas elásticas à disposição, faixas de pano
N. do R. . Atualmente tem sido usada a resina de fibra de vidro para "engessar" os cavalos.
268 Problemas de Saúde
@Reforço
Programa Recomendado
não está comendo bem, o suficiente para tomar a aspirina na comida, ela
pode ser misturada com mel e introduzida no canto da boca do animal.
Para estimular o apetite, pode ser oferecido o seguinte: mingau quente de
farelo de trigo, aveia cozida, maçãs ou cenouras picadas, farelo de alfaia e
melaço, capim e feno, ou grão que foi borrifado com melaço quente ou
mel e água (meio a meio). Alimentá-lo na mão é geralmente útil.
IV
Apêndice
"-
APENDICE
A
Perguntas e Respostas
10. Quais são os erros mais comuns cometidos pelos proprietários na alimen-
tação dos seus cavalos?
Resposta: (a) não alimentar o suficiente, de acordo com as necessidades
específicas, especialmente no caso da égua amamentando e do potro em
crescimento, (b) soltar os cavalos no pasto durante o inverno, sem comple-
mentos de alimentação, (c) soltar cavalos velhos no pasto quando o que
eles mais precisam são cuidados extras e uma dieta especial, fácil de digerir,
(d) não fornecer um suplemento de vitamina, especialmente vitamina
A, a qual é sempre deficiente em alimentos estocados por 6 meses ou
mais, (e) proporcionar uma dieta com a parte mineral não balanceada
(especialmente Ca:P), o que comum ente faz com que o dorso e as juntas
fiquem doloridos. .
15. É comum as éguas continuarem em gestação por mais que os 345 dias
esperados?
Resposta: Sim. Não é raro que uma égua continue a gestação de um potro
normal por até 13 meses.
16. Quanto tempo antes dos 335 a 345 dias, esperados para um período
de gestação normal, um potro pode nascer e esperar-se que seja normal?
Resposta: Potros nascidos 3 semanas mais cedo geralmente mostram sinais
de serem prematuros.
17. Quais são os erros mais comuns que os proprietários cometem em relação
à égua prenhe?
Resposta: (a) deixá-Ia dar cria junto com outros cavalos, que geralmente
atacam o potro recém-nascido e (b) não colocar a égua e o potro numa
área segura com uma cerca segura construída próximo do solo; os potros
recém-nascidos freqüentemente rolam por sob a cerca para junto dos
outros cavalos ou para áreas inseguras.
20. Há algum procedimento útil para evitar a maioria dos problemas e infec-
ções da égua e do potro?
Resposta: Há. O exame veterinário rotineiro da égua e do potro e adminis-
276 Apêndice
22. Qual é a doença mais comum que afeta os cavalos em todo o mundo?
Resposta: Parasitas internos (vermes). Todos os cavalos (provavelmente
sem exceção) têm algum grau de infestação interna. Eles estão expostos
ao ambiente desses parasitas dçsde o dia em que nascem,.e muitos até
antes de nascerem.
24. Existe algum vermífugo que seja eficaz contra to~os os parasitas internos
comuns dos cavalos? .
Resposta: Sim, o Invetmectin,que também foi aprovado em éguas prenhes.
31. Quais são as doenças mais comuns contra as quais os cavalos são rotineira-
Apêndice 277
mente vacinados?
Resposta: Encefalomielite (leste, oeste), tétano, influenza e rinopneumonia.
34. Qual a doença potencialmente mais grave nos cavalos, por ser a causa
mais comum de morte nos cavalos de lazer?
Resposta: Cólica. Quase todos os casos de cólica devem receber atenção
do veterinário.
35. Quais os cuidados gerais que o proprietário pode tomar para evitar esse
problema grave? '
37. Quais são algumas, das causas mais comuns de manqueira no cavalo de
lazer?
Resposta: (a) machucaduras por pedras, (b) furos de pregos, (c) torções,
(d) doença do navicular.
39. Há algum tratamento geral útil para muitos problemas de pele não espe-
cíficos?
Resposta: Geralmente banhar o cavalo com um xampu terapêutíco ajuda
a melhorar muitos problemas de pele. Muitos casos são causados por
parasitas ou alergias. É melhor consultar um veterinário para um diagnóstico
apropriado e programa de tratamento.
40. Qual é o conceito mais importante para se ter em mente quando adminis-
tramos tratamento de primeiros socorros em casos de torções ou inchaços?
Resposta: Use frio - não calor! O frio contrai os vasos sangiiineos locais
e diminui o inchaço. O calor pode geralmente piorá-Ios. Bolsas de gelos
ou água fria de uma mangueira são úteis e ligas de apoio bem acolchoadas
são geralmente benéficas.
42. Por que não se deve passar pomadas em feridas profundas que não vão
ser enfaixadas?
Resposta: As pomadas aplicadas a feridas abertas acumulam sujeira e partí-
culas podendo predispor a ferida à infecção.
43. Há algum grupo de drogas que possa ser aplicado às feridas que é especial-
mente útil para evitar infecções das feridas dos cavalos?
Resposta. Sim, as nitrofurazonas. Consulte seu veterinário para recomen-
dações específicas.
44. Todas as feridas dos cavalos devem ser consideradas fontes de tétano
em potencial?
Resposta: Sim. O tétano é um problema universal, e como os cavalos
e humanos são tão suscetíveis, devemos manter nossas imunidades em
dia. Muitos casos de tétano nos cavalos ocorrem sem o proprietário reco-
nhecer o ferimento prévio, portanto a prevenção é definitivamente melhor.
45. Que medidas devem ser tomadas para minimizar as chances de uma
ferida, nos membros, desenvolver carne esponjosa?
Resposta: Minimizar a sua exposição a umidade e partículas estranhas.
Apêndice 279
46. Qual é uma das enfermidades mais sérias que afeta a utilização de um
cavalo como cavalo de lazer?
Resposta: Temperamento ruim. Não importa quão bonito, fISicamente sau-
dável ou barato seja um cavalo, se tiver um temperamento ruim pode
ser perigoso e certamente não será prazer nenhum possuí-Io.
APÊNDICE
B
Sinais e Sintomas
6. Coceira. Piolhos são a causa mais comum de irritação da pele nos cavalos.
Inseticidas mal diluídos também podem ser uma causa comum, assim como
outros problemas de pele.
Apêndice 281
10. Constipação. Esse não é um problema raro nos cavalos idosos com
problemas dentários e com um trato digestivo menos elástico. Problemas dentá-
rios, parasitas intestinais e feno muito duro ou grãos muito finamente moídos
podem predispor os cavalos a fecalomas.
dando-se a ela aspirina no grão, por 4 a 5 dias. Sempre desaparece logo após
o nascimento do potro. Na Califórnia os abscessos geralmente ocorrem, nessa
área, no final do verão.
18. Inchaço das Patas Traseiras. Pode resultar de pouca proteína no sangue
devido a parasitas internos, além da falta de exercício. O inchaço em todas
as quatro patas pode resultar de uma reação alérgica, púrpura hemorrágica
ou anemia infecciosa eqüina.
20. Inchaço no Peito. Pode ser causado por ferimento direto por um coice,
causando um hematoma. Esfregar-se constantemente contra o cocho pode cau-
sar um higroma (acúmulo de líquidos sob a pele). O inchaço pode ser abscesso.
25. Orelhas Caídas. Na maioria das vezes, resultam de carrapatos, mas condi-
ção incomum das orelhas e sacudi-Ias pode ser causado por moscas muito
pequenas que picam e sugam o sangue do revestimento interno das orelhas.
26. Pele do Focinho Descascando. É normalmente observado em cavalos
com o focinho branco, no pasto, no início da primavera. É resultado de certas
plantas do pasto tornarem os cavalos sensíveis à luz do sol (dermatite solar).
28. Salivação Excessiva. É causada, na maioria das vezes, por dar-se ao cavalo
um feno muito duro com capim rabo-de-raposa ou cevada com farpas.'Ocasional-
mente, um graveto ou pedaço muito duro de feno fica preso entre as arcadas
superiores, no palato, causando salivação excessiva e tomando quase impossível,
para o cavalo, mastigar e engolir. Dentes ruins e outras causas não são raros.
29. Sensibilidade no Dorso. Pode ser causada por vários fatores, mas a
nutrição parece ser uma causa básica e fundamental, especialmente a razão
cálcio-fósforo e as necessidades de vitamina B.
31. Suor. É normal para esmar o corpo, mas suor excessivo pode ser causado
por pouco condicionamento do cavalo, muito melaço na dieta, dieta com
insuficiências, anemia por parasitismo ou uma combinação desses fatores.
33. Tosse. A maioria das tosses resulta de infecções respiratórias. Nos cavalos
jovens são comum ente causadas por parasitas em migração, Alimentos poei-
rentos e alergias são também causas. Tosses que tratadas inapropriadamente,
ou que não são tratadas, podem resultar em bronquite crônica ou enfisema.
34. Tremores. Geralmente resultam do cavalo estar com frio em tempo frio
e úmido, porém podem ser conseqüência de choque ou dor.