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CURSO

FORMAÇÃO DE DAYTRADERS

Este material é exclusivo para uso pessoal e foi desenvolvido para


orientar você nos estudos durante sua formação de TRADER. Nos
importamos em proporcionar conteúdo autoral exclusivo e a guiá-
lo na busca de conhecimento, evitando confusões causadas pelo
excesso de material obsoleto ou inútil disponíveis na internet.

LÓGICAS OPERACIONAIS

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MATERIAL DE NIVELAMENTO - MÓDULO VIII – LÓGICAS OPERACIONAIS

FLUXOGRAMA

Todas as vezes que vamos executar uma operação em nosso ativo, precisamos ter uma sequência de
raciocínio, que pode seguir um FLUXOGRAMA simples, mas que é muito eficaz para organizar nossa linha
de aprendizado.

Primeiro temos de construir um CENÁRIO IDEAL. Como já aprendemos nos módulos anteriores, este
CENÁRIO FAVORÁVEL é baseado em todas as variáveis que aprendemos, junto com um PONTO
IMPORTANTE, que iremos ver melhor abaixo neste material. Como em um jogo de xadrez, temos de
antecipar nossas jogadas através do nosso planejamento de trade.

Muitos traders passam a maior parte do tempo procurando pontos de entrada, deixando a decisão
de como e quando sair em um segundo nível de importância. Muitos, inclusive, não aceitam uma posição
perdedora e continuam comprados ou vendidos na esperança do mercado virar. Não torne o trade algo
pessoal, se seus stops foram atingidos você estava errado. Traders profissionais e bem sucedidos perdem
muitas vezes, mas o gerenciamento de risco faz com que o saldo no final do mês seja extremamente
positivo.

Após visualizarmos o CENÁRIO IDEAL, baseado no modelo de operação que planejamos, vamos então
para a execução da LÓGICA OPERACIONAL, que nada mais é que ter um planejamento de toda a sequência
de execuções que vão compor nossa operação antes de CLICAR na tela. Não basta planejarmos somente
nossa ENTRADA, precisamos também já estarmos com a SAÍDA definida para as situações de GANHO ou de
PERDA.

Antes de entrar na operação saiba onde estão suas saídas. Um STOP mental não tem a mesma
eficácia de um STOP ESCRITO no planejamento de trade, portanto, anote-o em seu caderno ou já programe
sua ordem OCO no computador. Caso esteja operando com mais de um contrato, uma PRIMEIRA saída é o
seu ALVO DE LUCRO, quando chegar nela, liquide uma parte e acompanhe o Stop Gain com o restante. Seja
qual for sua estratégia o importante neste ponto é não devolver o que já ganhou, você já venceu o trade,
cuidado para não entregar seu prêmio.

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Suas condições de entradas podem ser subjetivas, mas procure torná-las o mais objetivas possíveis. A
interpretação do CENÁRIO é parte importante do processo, mas quando existem 20 condições diferentes e
todas dependem de sua avaliação, a interpretação pode ficar difícil e pouco clara, evite operar nestas
situações.

Se após executar sua operação você não conseguir explicar EXATAMENTE o cenário ideal que usou e
a LÓGICA OPERACIONAL que planejou, mesmo que tenha ganhado com a operação você não deveria ter
entrado nela, isto porque você trouxe sua chance de acerto para o mínimo de probabilidade e só ganhou
por um acaso.

SEMÁFORO

A ideia do SEMÁFORO é bem simples, precisamos de 3 condições de CENÁRIO antes de entrarmos


em uma operação.

A primeira condição é olharmos para o BOOK DE PREÇOS ou DOM em nosso ATIVO, e analisarmos se
a quantidade de ORDENS LIMITADAS por níveis de preço está BAIXA, NORMAL OU ALTA. Quando existem
muitos LOTES por níveis de preço em uma determinada região do BOOK, podemos concluir que se a
LIQUIDEZ está alta nestes níveis é porque existem PLAYERS com urgência para executar contratos naquela
região.

A segunda é visualizarmos no TIMES AND TRADES uma sequência de negócios grandes realizados, ou
seja, ordens com tamanhos fora do padrão normal do seu ATIVO sendo executadas. Quando os grandes
players estão executando grandes ordens em sequência, é um momento que podemos caracterizar como
URGÊNCIA.

A terceira é a VELOCIDADE com que os PLAYERS vêm executando suas ordens. Se além de grandes
ordens ainda temos pouco tempo entre elas, nossa percepção de urgência aumenta ainda mais, isto
fortalece nosso CENÁRIO IDEAL.

Sendo assim, com estas três condições alinhadas, conseguimos perceber um CENÁRIO muito
favorável para executarmos nossa LÓGICA OPERACIONAL, é claro que ainda precisamos unir a este cenário
um PONTO IMPORTANTE e ao nosso PLANO DE TRADE.
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É importante entender que se uma ou mais destas condições não aparecem em nossa leitura do
FLUXO, deixa de ser um cenário perfeito para entrarmos em uma operação. Como utilizamos URGÊNCIA
para entrar em praticamente todas as operações, temos sempre de buscar momentos em que o FLUXO
mostra claramente as 3 condições acima.

SEQUÊNCIA DE TREINAMENTO

Existem 5 passos operacionais que você deve seguir de forma evolutiva em seus trades:

1o PASSO: começar com as operações de FILA, isto porque é a base


para entender como funciona a LEITURA DE FLUXO e também pela
simplicidade de não ter de considerar algum tipo de contexto.

2o PASSO: acrescente operações de SCALPING QUE SÃO CONTRA O


MOVIMENTO, DEPOIS OPERAÇÕES À FAVOR DO MOVIMENTO.
Porém cuidado, os perfis são diferentes em cada ATIVO. O
comportamento do INDFUT por exemplo é mais compatível com
operacional a favor do movimento, já o comportamento do DOLFUT,
na maior parte das vezes pode ser compatível com operacional
contra e à favor do movimento. Esses comportamentos podem
variar, o DOLFUT por exemplo, em algumas épocas torna-se muito
direcional e portanto, bom para operar a favor do movimento, em
outras ele canaliza e melhora a condição para operarmos contra o
movimento.

3o PASSO: consite em juntar as operações de FILA com as operações CONTRA E A FAVOR do movimento,
lendo o consumo de FILA para entrar nas operações e aproveitando VAGAS na FILA para sair delas.

4o PASSO: operações baseadas em ÁREAS DE VALOR. Neste passo você já consegue operar por FLUXO e
assim pode aumentar seu leque operacional, adicionando a ele operações mais longas. Mas mesmo nessas
operações, você irá usar sinais de SCALPING em suas ENTRADAS, sempre lendo o fluxo no TIMES AND
TRADES.

5o PASSO: agora sim, com o domínio das quatro etapas acima você pode operar usando CONTEXTOS mais
amplos, como formação de NOVO AJUSTE, JANELAS DA PTAX e LEILÕES.

Esta sequência é necessária, se não for seguida pode aumentar seu tempo de desenvolvimento e atrasar
bastante o APRENDIZADO. É natural no início, em sua fase de SIMULADOR, tender a inventar situações
atípicas para operar e misturar tudo o que aprendeu, achando que isto vai aumentar sua experiência com o
ATIVO, mas nada disto funciona. O que realmente vai acelerar o seu treinamento é a disciplina de usar o
SIMULADOR como se estivesse usando sua CONTA REAL e usar o REPLAY para repetir várias vezes as
operações e entender melhor seus erros e acertos.

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ANÁLISE DO MOVIMENTO

Quando operamos sempre devemos entender as possibilidades que o mercado nos proporciona,
baseadas no sentido em que o movimento está acontecendo naquele instante. Mas primeiro, temos de
entender que MOVIMENTO é diferente de TENDÊNCIA.

TENDÊNCIA é um evento maior que está acontecendo naquele ATIVO, ou seja, estão acontecendo
fatos ou circunstâncias que provocam, em um intervalo de tempo maior, uma força que conduz o preço
daquele ATIVO para uma das pontas. Pode ser uma notícia, uma situação econômica, política, ou somente
um fato no dia.

A TENDÊNCIA é bem expressada quando o ACUMULADO DA AGRESSÃO foge dos parâmetros


habituais do ATIVO que estamos operando, ou seja, a AGRESSÃO está visivelmente muito grande em uma
das pontas VENDEDORA OU COMPRADORA. (Acima de 5000 no DOLFUT e ACIMA DE 50.000 no WINFUT)

Já MOVIMENTO é um evento menor dentro da TENDÊNCIA, pode estar no mesmo sentido ou contra
ela. É causado por ações dos PLAYERS, isto é, determinados players naquele instante querem, por exemplo,
executar suas ordens de VENDA e movimentam o preço para baixo, mesmo com uma boa TENDÊNCIA de
alta.

Baseados nisto, podemos operar de duas formas: A FAVOR DO MOVIMENTO e CONTRA O


MOVIMENTO. Mas antes precisamos entender o que são UPTICKS E DOWTICKS.

UPTICKS E DOWTICKS são movimentos ininterruptos de um nível de preço até outro, ou seja, o preço
é deslocado de um nível até outro sem paradas. Quando estes eventos são longos e rápidos, temos bons
CENÁRIOS de entradas em operações.

É importante saber que para considerarmos como “movimento” os preços precisam oscilar, pelo
menos, a frequência do mercado. A frequência equivale a oscilação ininterrupta de preços que mais ocorre
no dia, podemos ter um cálculo mais simples com 10% da oscilação dos últimos dias.

Um movimento acabou quando ele perde um “momentum” (sequencia de up ou down ticks), ou


quando ele inverte uma quantidade de ticks maior que a FREQUÊNCIA DE MERCADO.

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Algumas características costumam mudar quando operamos CONTRA ou A FAVOR DO MOVIMENTO,


por exemplo:

OPERAÇÕES A FAVOR DO
MOVIMENTO

Operações em que você pretende


pegar a “ida” do movimento, ou o
NASCIMENTO DO MOVIMENTO.

Quando operamos A FAVOR DO


MOVIMENTO, o ideal é que nossa entrada
seja na CORREÇÃO deste MOVIMENTO, isto
nos proporciona um STOP mais curto e
facilita a ENTRADA, porque usamos a parada
do preço para AGREDIR. Quando estamos A
FAVOR DO MOVIMENTO podemos ter saídas
mais longas e até MÚLTIPLAS SAÍDAS, já que
naquele momento estamos aproveitando a
força da PONTA MAIS FORTE.

Características de operar A FAVOR DO MOVIMENTO:


 Enxergar o movimento no nascimento;
 Aproveitar a força da ponta mais forte;
 Stops automáticos baseados na frequência e pequeno balanço;
 Saídas mais longas ou múltiplas.

OPERAÇÕES CONTRA O MOVIMENTO

São operações em que você pretende pegar a


“volta” de um movimento pré-existente ou a
CORREÇÃO DO MOVIMENTO.
Lembrando que movimento não é tendência e
sim uma sequencia de upticks ou downticks quase
que sem interrupção. Não importa para que lado está
a tendência, é bem visível quando o movimento para,
corrige (realiza) e depois continua.

Características de operar CONTRA O


MOVIMENTO:
 Enxergar o movimento na origem;
 Stops curtos, muitas vezes no preço;
 Bom gerenciamento de risco;
 Saídas mais rápidas e únicas;
 Arriscado em dias de forte tendência, ou em ativos tendenciosos como o INDFUT.

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ENTENDENDO COMO SEPARAR OS MOVIMENTOS

1º Separe o mercado por movimentos

Um movimento costuma ser mais ou menos assim: o mercado está parado (ou negociando muito,
mas numa faixa bem curta) e de repente muda de patamar numa sequência quase que sem interrupção de
upticks ou downticks. Essa sequência quase que ininterrupta é chamada de “MOMENTUM”.

O MOMENTUM dura até o mercado se acomodar em um novo preço, ou seja, quando ele anda e
para no novo preço atingido, ou quando inflexiona rápido ao atingir o novo preço (volta alguns ticks em
relação ao movimento inicial).

Só de separar as oscilações em movimentos você abrirá a mente para enxergar as


oportunidades. Você perceberá que pode atuar no inicio do movimento (indo a favor) ou no final do
movimento (indo contra).

2º Observe se o mercado está volátil, em tendência ou em canal

Mercado volátil significa que a velocidade de troca de preço, especialmente a troca de patamar, está
alta se comparado à velocidade do mesmo ativo em outras situações.

Mercado com tendência é quando o preço faz topos e fundos de áreas de valor cada vez mais altos
(TENDÊNCIA DE ALTA) ou fundos e topos cada vez mais baixos (TENDÊNCIA DE BAIXA). É possível notar
movimentos com tendência quando o indicador “acumulado da agressão” está notavelmente inclinado
para cima ou para baixo (ou quando atinge níveis atípicos em relação ao seu histórico, por exemplo mais de
5000 no DOLFUT e 50000 no WINFUT). Em mercados com forte tendência é muito arriscado atuar CONTRA
O MOVIMENTO.

Mercados que estão trabalhando em canal são situações no qual as negociações estão
sistematicamente presas entre uma faixa de preço definida.

Tudo isso vai facilitar a interpretação do contexto na hora de você identificar o momento certo de
enviar sua ordem.

Independentemente dessa classificação descrita acima, você deve sempre avaliar se estão
TOMANDO ou BATENDO, intensidade de lotes, com que agressividade (intervalo de tempo), que tipo de
participante e especialmente o impacto desses eventos no preço (o quanto o preço se desloca).

Separar o mercado em movimentos e identificar se o mercado está volátil, de tendência ou de canal


é um passo além.

Não confunda setup com leitura de mercado. Se você ficar apenas buscando os sinais de entrada, vai
parar de evoluir no seu aprendizado de LEITURA DE FLUXO.

No DOLFUT a frequência costuma ficar entre 2.5 e 5 pontos, ou seja, para ser caracterizado um
movimento, o mercado teria de oscilar pelo menos 2.5 pontos. No INDFUT a frequência é algo entre 75 e
150 pontos.

É natural que demore um tempo até você perceber boas oportunidades, uma questão muito
importante é que você consiga separar o mercado em movimentos. Se você estruturar seu raciocínio em
movimentos, será extremamente mais fácil contextualizar as OPERAÇÕES mais na frente.

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MINDSETS DIFERENTES PARA CADA ESTRATÉGIA OPERACIONAL

O mais importante agora é entender que o mindset é diferente entre OS DOIS MODOS OPERACIONAIS.

SCALPING

O SCALPING é uma estratégia operacional de daytrading, baseada em movimentos curtos, rápidos e


sequenciais (upticks e dowticks) que acontecem ENTRE DUAS PARADAS DO PREÇO.

Uma das grandes vantagens do SCALPING é que, normalmente, existem várias boas oportunidades
de operações como estas durante o dia. Sendo assim, um SCALPER típico pode fazer operações num
relativo curto espaço de tempo, podendo atingir sua meta sem precisar ficar o dia inteiro esperando por
uma oportunidade de contexto.

Por serem operações rápidas, o SCALPER está sempre gerenciando diretamente sua exposição no
mercado financeiro, desta forma, muitas vezes ele encerra suas operações com um mínimo de STOP ou até
ZERANDO NO PREÇO.

A única desvantagem é que o SCALPER fica preso com a atenção focada totalmente na tela do
ATIVO que está operando, por isto, com o tempo a busca de operações mais longas e com CONTEXTOS
envolvidos torna-se um objetivo para bons TRADERS.

A IMPORTÂNCIA DO GERENCIAMENTO DE RISCO

No scalping, o fator mais importante para a lucratividade é a taxa de acerto (win rate) e o controle de
Stop Loss.

SCALPERS experientes costumam acertar entre 75% a 85% de seus trades e raramente tomam
grandes prejuízos em uma única operação. Sim, parece o melhor dos mundos, porém, lembre-se que a dura
realidade dos custos operacionais existe. Além disso, não é uma tarefa fácil chegar à esse nível elevado de
eficiência, ainda mais em um mercado em constante mudanças e invadido por algoritmos, os “HFTS”.

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É muito possível obter estas excelentes lucratividades diárias com o uso do SCALPING, esta tem sido
a principal estratégia utilizada pelos TRADERS profissionais nas MESAS PROPRIETÁRIAS ao redor do
mundo, bem como TRADERS de grandes instituições financeiras.

MINDSET DO SCALPER

A principal característica do SCALPING é que, normalmente ele acontece em uma região onde o
movimento do preço foi retido com força. Podemos ilustrar como se fosse uma parede de borracha,
quando trombam nela com força até esticam por alguns níveis de preço, mas logo em seguida volta tudo.
Isto porque quem deu a BOLETADA que causou o scalping espera que venham outros players junto, se isto
não acontece o preço retorna, por isto é importante uma saída rápida antes que venham outras agressões.

Outro aspecto determinante quando falamos de SCALPING é que o MINDSET (forma como você
pensa, processa a informação, age e avalia os resultados) deve ser preparado para isso.

A IMPREVISIBILIDADE e a SINGULARIDADE são fundamentais para que você se prepare para receber
e processar as informações do mercado.

Além disso, você deve olhar o mercado de forma 100% objetiva, ou seja, concentrar sua avaliação.
Isso evitará que você fique “imaginando” cenários, hipóteses ou viés que não existem.

Outras características essenciais são flexibilidade, adaptação, resiliência e principalmente aceitação


rápida da perda, caso contrário você não stopa rápido.

DEFININDO OPORTUNIDADES

Essa é uma das partes mais importantes e você deverá rever quantas vezes for necessário. A definição de
uma oportunidade pode soar abstrato, mas nada como observar o mercado um dia após o outro através
das variáveis já apresentadas. Você precisa desenvolver uma percepção de quais momentos são
oportunidades para realizar uma operação, com uma chance real e alta probabilidade.

Um movimento é formado por preço parado num nível ou numa


faixa, depois entra em momentum (sequencia de up ou down ticks) e
por fim estaciona ou reverte um pouco.

Quando o movimento nasce no 1 e sobe para 6 numa sequencia


de upticks (por exemplo) e aí faz uma parada no 6, falamos que houve
apenas um movimento de alta. Mas se no mesmo exemplo ao atingir 6
o preço ceder para 3 no mesmo ritmo, dizemos que houve um
movimento de alta do 1 para 6 e outro de baixa do 6 para 3.

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ATUAÇÃO E ANÁLISE

A escolha entre AGREDIR ou PENDURAR a ordem vai depender do ativo que você vai operar e
especialmente do momento do mercado (CONTEXTO). Isso fica cada vez mais claro a medida que for
praticando. Você perceberá que em várias situações em que você estava pendurado, o mercado
simplesmente “te atropela”, também vai perceber que várias vezes ao tentar agredir a mercado, vai perder
o preço (ficar no ponto) e ter de decidir se piora a oferta ou aceita que não conseguiu entrar na operação e
espera a próxima oportunidade.

CONCEITO DE BALANÇO

Balanço é o nome que damos para o movimento, para cima ou para baixo, no qual não podemos
obter nenhuma informação relevante a ser considerada, geralmente nesses momentos não existe presença
de players atuando fortemente.
O Índice futuro balança bastante o tempo todo, já o Dólar nos mostra as melhores entradas quando
estaciona em um nível de preço sem nenhum balanço após o movimento.

O balanço é maior ou menor em função do mix de players que está atuando em cada momento (o que por
sua vez muda de tempos em tempos em função do cenário do seu ATIVO).

Nessa altura do seu aprendizado, você já deve estar conseguindo identificar os tipos de players que estão
atuando no seu ATIVO.

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TRADES POR ÁREA DE VALOR

No caso do TRADE LOCATION, você deve se preocupar em como o mercado sai de uma ZONA DE INTENSA
NEGOCIAÇÃO e vai para outra zona pré-existente, ou como forma uma nova zona.

Quando você está posicionado os BALANÇOS E CORREÇÕES que ocorrem entre estas zonas não são tão
relevantes. É por esse motivo que fica muito difícil tentar operar SCALPING e TRADE LOCATION no mesmo
ativo ao mesmo tempo.

As ferramentas que usamos para acompanhar estas zonas formadas são o indicador VOLUME PROFILE que
você insere em seu gráfico P, e a ferramenta acessória VOLUME AT PRICE que você configura em sua
plataforma.

MINDSET PARA TRADE LOCATION

Enquanto um scalper separa o mercado em movimentos quase que ininterruptos de preço, um


operador de trade location separa o mercado em movimentos baseado em áreas de intensa negociação.
Neste caso, um movimento é definido pelo deslocamento entre uma área de intensa negociação até outra,
ou do fundo ao topo dentro da mesma uma zona (canal).

Você deverá levar em conta o TIPO DE FLUXO, não deixando de ler como os preços andaram durante
cada movimento. Outro questionamento que você deverá manter é se durante o movimento vão existir
correções ou retrações. Correções acontecem quando não há agressão significativa e persistente contrária
ao movimento original, já na retração o preço vem retrocedendo desde o início com agressão significativa e
persistente.

Em dias como este na figura acima, a tendência fica muito clara e evidenciada pela sequência de
formação de novas áreas de intensa negociação na ponta COMPRADORA. Podemos ver claramente que
mesmo o preço sofrendo correções, continua subindo e parando nas regiões que os players mais disputam
(HVNs), em outras regiões ele passa mais rápido (LVNs) com sequências de UPTICKS.

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Obviamente, TRADE LOCATION é bem diferente do SCALPING, onde você considera como movimento
uma sequência entre duas paradas do preço. Analise sempre se o que está ocorrendo é um respiro ou uma
correção, é assim que você vai neutralizar o mindset de SCALPING durante um palnejamento de TRADE
LOCATION.

Acompanhe como o mercado chega nas zonas (se com agressão forte, fraca ou no vazio), como
rompe pontos importantes, tamanho dos lotes e persistência. Você precisa perceber urgência de
compra/venda por parte do mercado. Muito cuidado para não parar de enxergar oportunidades olhando o
fluxo entre as zonas de intensa negociação. Nunca se esqueça de que você só entra numa operação que
tenha lógica operacional.

Existe uma diferença muito significativa entre SCALPING e TRADE LOCATION. Na imensa maioria dos
modelos operacionais de scalping você opera “solto”, ou seja, sem nenhuma referência de zona de preço.
Você apenas espera o movimento rápido e reage com reflexo à ele, já nos casos de TRADE LOCATION, você
tem uma área predeterminada e vai atuar se o mercado chegar lá.

Pelo simples fato de você ter um nível de preço em mente, pode ser que você crie expectativa e
quando ela não acontece sentimos frustração. Além disso, quando temos uma área predeterminada em
mente tendemos a não enxergar os sinais que o mercado dá por fluxo antes de chegar nesta area e assim
ficamos “cegos” , perdendo várias oportunidades que aparecem no meio do caminho.

A solução para isso é manter o foco na leitura do fluxo (quanto estão tomando ou batendo, com que
velocidade e em que contexto a ordem foi colocada), que é muito mais importante do que um preço
predeterminado, pois dependendo de como o mercado chega nesse preço, tudo pode mudar.

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ZONAS DE ACEITAÇÃO X ZONAS DE REJEIÇÃO

ZONAS DE ACEITAÇÃO, (retângulo amarelo na figura) são situações em que o mercado está
“acomodado” num preço ou faixa de preço estreita, entre dois LVNS e tendo um HVN como centro.

Consideramos zona de aceitação somente quando essa acomodação for acompanhada de briga
considerável entre compradores e vendedores.

ZONAS DE REJEIÇÃO (retângulo verde na figura) são justamente o oposto.

O preço troca rápido, e os lotes negociados por nível de preço são bem menores justamente porque
não há briga e sim uma dominância de direção (de compra ou de venda). Essa dominância indica que há
players querendo executar ordens e não encontram lote num único nível preço, sendo obrigados a
venderem mais barato ou comprarem mais caro.

Por esse comportamento rápido e por haver consumo integral de liquidez em cada nível preço, essas
zonas são as melhores para gerar operações de movimento (especialmente rompimentos, pullbacks e
falsos rompimentos).

* As melhores inversões de fluxo (Inflexões)acontecem em zonas de rejeição.

O Volume At Price (VAP) sozinho não vai te dar o grau se sensibilidade que você precisa para
operações de TRADE LOCATION, para isso é necessário o TIMES AND TRADES. O VAP é só uma referência,
sendo mais fácil visualizar onde estão as zonas de maior volume e onde potencialmente podem haver
oportunidades. Nunca deixe de ler o fluxo de ordens, pois é essa leitura que tornará sua evolução rápida.

Outro aspecto importante é que você conseguirá avaliar o preço do dia de hoje dentro de um
contexto dos últimos dias através da comparação das zonas do dia anterior, mas isso não é projeção de
futuro e sim entendimento e estudo para contexto.

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POC – Point of Control - A barra vermelha na figura indica o preço com maior negociação no dia. Não
é necessariamente nele que você fará os trades. Foque na faixa que contém as barras maiores em volta do
POC, o importante é que a zona tenha volume significativo. Você percebe isso pela comparação com zonas
de menor volume dentro do mesmo dia e especialmente comparando com as zonas dos dias anteriores.

No rompimento o que você busca visualizar é urgência. Isso é demonstrado por aceleração dos
negócios e comprador buscando vendedor (ou vice versa). Infelizmente essa urgência você não vê apenas
analisando a agressão dentro do gráfico, você deve seguir as mesmas instruções do FLUXO, ou seja, avaliar
o book e o Times and Trades, além da agressão dentro do FOOTPRINT.

Seria muito mais fácil olhar apenas o VAP ou o Volume Profile, pendurar ordens, esperar romper e
fazer pull back, mas você precisa ler o mercado para atingir o nível conseguir identificar oportunidades
reais em qualquer condição de mercado.

Dessa forma, olhar a agressão dentro do gráfico, o acumulado da agressão, o Book e o Times and
Trades tem papel fundamental em proporcionar um aprofundamento na sua leitura de fluxo.

Quando você olha o passado e repara que o preço se manteve em uma área de intensa negociação,
você deve tomar cuidado para identificar se a zona já existia no momento que o preço foi testado. Pode
acontecer da zona ter se formado depois daquele momento que você observou, e isto fica claro pelas
agressões dentro do gráfico footprint, basta verificar se houve negociação expressiva depois do momento
que você estava avaliando (no mesmo nível de preço).

Mesmo que você espere um sinal de fluxo para entrar em um TRADE LOCATION, nem sempre o
“timing” é tão preciso quanto o SCALPING puro, portanto, o balanço que você terá que aguentar é
levemente maior que uma oportunidade pura de SCALPING. Obviamente não considere stopar acima da
FREQUÊNCIA DE MERCADO, porque será difícil recuperar o prejuízo caso você perca em mais de uma
operação.

Um exemplo de LÓGICA OPERACIONAL é: vamos COMPRAR porque se romper essa ZONA DE


INTENSA NEGOCIAÇÃO, tendemos a estar protegidos pelos seguintes pontos:

 Ordens dos players grandes na ponta compradora que estão na briga de preços;

 Se romper para cima, é porque a ponta contrária (VENDA) não está mais conseguindo
absorver a força das COMPRA;

 Quanto maior for a briga durante a acumulação, mais tendem a haver os stops potenciais dos
vendidos;

 Os grandes ESPECULADORES podem aproveitam do movimento de ROMPIMENTO para


comprarem junto, como nós.

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MARCANDO PONTOS IMPORTANTES

Para marcar os pontos mais importantes no gráfico, usamos o gráfico no tempo diário, para marcar
ajustes, máximas e mínimas, e podemos usar no tempo de 6P ou 8P no Dólar e 10P no índice, para marcar
suportes, resistências, HVNS fortes, e também o gráfico 2P para marcar INFLEXÕES.
PONTOS OBJETIVOS
 AJUSTE DO DIA ANTERIOR
 MÁXIMA
 MÍNIMA
 POC – Point of control
 OUTROS HVNS GRANDES
 TOPOS E FUNDOS COM INFLEXÃO (principalmente que se formam durante o dia que estamos
operando)
 LVNS, SUPORTES E RESISTÊNCIAS (durante o dia que estamos operando olhamos os pontos de
grandes agressões e grandes Lotes escondidos)
PONTOS EMOCIONAIS
 VWAP DIÁRIA
 VWAP SEMANAL
 VWAP MENSAL
 GAPS
 BOLAS-BOLAS (3100 – 3200 – 3300 – 4000 , etc...)

AS MELHORES SITUAÇÕES SÃO QUANDO VOCÊ TEM OS DOIS PONTOS PRÓXIMOS

EXEMPLOS: ajuste coincidindo com o POC no dia anterior (amarelo na figura); máxima num dia HVN
em outro e mínima no próximo (azul claro na figura); vários testes de mínimas (verde claro na figura)

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ACOMPANHAMENTO DE ESPECIALISTA NO ATIVO

Uma forma de acompanhar o ATIVO que você quer ficar ESPECIALISTA é manter uma planilha
atualizada diáriamente com os PRINCIPAIS PONTOS E CARACTERÍSTICAS desse ATIVO.

No caso do DOLFUT, a planilha acima seria um bom modelo, mas nada impede de vocë desenvolver
uma melhor e com dados que realmente sejam importantes para o seu operacional.

A partir desta planilha, você pode analisar dados criando gráficos como no exemplo da figura abaixo.

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