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Psicologia da Educação e do

Desenvolvimento (PED)
Sumário

UNIDADE I – Introdução .....................................................................................3

UNIDADE II – Análise Sistemática das Grandes Linhas da Psicologia e suas

Relações com a Educação..................................................................................7

UNIDADE III – Fatores Influenciadores do processo ensino-aprendizagem:

pensamento, linguagem, motivação, emoção, a relação professor-aluno .........18

UNIDADE IV – Desenvolvimento Intelectual, Cognitivo, Afetivo, Social,

Psicomotor e da Personalidade Humana ..........................................................25

BIBLIOGRAFIA .................................................................................................30
UNIDADE I – Introdução

Ao atualizar a temática da Psicologia da educação e do


desenvolvimento o presente estudo foi subdividido em quatro unidades, a
saber: Introdução ao estudo da aprendizagem humana, análise
sistemática das grandes linhas da psicologia e suas relações com a
educação: (elementarismo (conexionismo, behaviorismo), estruturalismo
(gestaltismo, psicanálise e construtivismo) e interacionismo), fatores
influenciadores do processo ensino-aprendizagem: pensamento /
linguagem, motivação/emoção, a relação professor/aluno e por fim
desenvolvimento intelectual, cognitivo, afetivo, social, psicomotor e da
personalidade humana.

ETIMOLOGIA DO TERMO PSICOLOGIA

O termo “psicologia” foi sugerido em 1590 pelo filósofo alemão


Rudolfo Goclénio.( 1547-1628). Derivado do grego o termo Psicologia
advém da junção de duas palavras: Psyché : compreende-se : (alma:
parte imaterial, pensamento, percepção, desejo, sentimento). Logos:
compreende-se (razão, pensamento racional, conhecimento). Neste
contexto, a Psicologia é compreendida como o “o estudo da alma".

PSICOLOGIA CIENTÍFICA - BREVE RETROSPECTIVA

Antes do surgimento da psicologia científica, as ciências humanas


eram explicadas sob a ótica da filosofia e norteadas por três linhas de
pensamento, que se constituíam como visão de mundo e visão de
homem. Ao longo dos anos esses pensamentos foram sendo
modificados em consonância com o momento histórico.

Na era da Filosofia Clássica o estudo do homem era pautado


numa visão de mundo cosmocêntrica; regida pelo pensamento de que o
cosmos era o centro de tudo e os homens ficavam à sua mercê, sem
poderem intervir ou opinar em nada. Tínhamos uma visão de Homem
completamente passivo, expectador dos desígnios do cosmos.

Na era da filosofia cristã compreendida entre os séculos II ao VIII,


os pensamentos eram norteados por uma visão de mundo Teocêntrica:
todas as coisas eram regidas pelo controle de um Deus criador e o
homem continuava sem participação, atendendo aos desígnios de Deus.

No berço do renascimento ao fim da Idade Média temos a


concepção antropocêntrica. Essa concepção possibilitava ao homem
acreditar que ele poderia estar mais próximo de Deus, que era receptor
de dons divinais (neoplatonismo) e que poderia questionar as
ocorrências do mundo sem passividade, com direito à busca dos
prazeres (hedonismo), evoluindo também uma perspectiva de
individualismo. No contexto do renascimento, o conhecimento foi
concebido como fruto da razão, e que possibilitava ao homem sentir-se
mais próximo a Deus. Um impacto do renascentismo foi o
reposicionamento do homem em relação a sua visão de mundo. Em
consequência da mudança dos valores advindos com o movimento do
renascentismo vários outros movimentos foram surgindo ao longo da
história ocidental, entre os quais figura o rompimento da psicologia com a
filosofia.

No período em que compreendeu os anos de (1596-1659) o


filósofo, René Descartes trouxe grande contribuição para a efetivação da
Psicologia enquanto ciência. Descartes postulou a separação entre
mente e (alma, espírito). Essa separação foi importante principalmente
porque o corpo era considerado pela igreja como templo sagrado e por
isso não poderia ser estudado. Com a nova concepção de Descartes de
que o homem é formado por uma parte física constituída pelo corpo e
outra parte constituída pelo espírito e alma e após a morte, o corpo
humano passou a ser observado apenas como uma matéria inerte,
porque nele não habita mais o seu espírito. Assim, este seu postulado se
configurou como um método de estudos que contribuiu para o
desenvolvimento e progresso das ciências naturais, evoluindo para o
estudo da anatomia, fisiologia e consequentemente da psicologia.

No período que compreendeu os anos de 1890 – 1920, ocorreu o


rompimento entre essas duas áreas do conhecimento, dando espaço
para que a psicologia se firmasse enquanto uma nova área do
conhecimento pautada no uso de métodos experimentais utilizados pelas
ciências físicas e naturais.

Em meados do séc. XIX Wilhelm Wundt (1832-1926) foi o primeiro


cientista que se dedicou os estudos laboratoriais relacionados à
psicofisiologia, norteado pelo uso de instrumentos de observação e
mensuração com vistas a efetivar o caráter científico da psicologia.
Wundt criou uma teoria que somente anos mais tarde foi identificada
como Estruturalismo por Edward Titchener. Para ele o objeto de estudo
eram os processos básicos da consciência (a estrutura consciente da
mente e as sensações). E o objetivo da psicologia seria o estudo
científico do conhecimento. O método de pesquisas era norteado pela
Experiência Consciente através da Introspecção Analítica, a partir de
observadores treinados.
Nesta mesma linha de pensamento cita-se B. Watson (1878 -
1958) que definiu o comportamento humano como objeto da Psicologia,
conduzindo seus estudos a partir de métodos e critérios científicos,
efetivando o Behaviorismo/Comportamentalismo, como ciência.
Foi a partir dos estudos de Wilhelm Wundt e B. Watson que o
comportamento humano foi considerado como objeto de estudo da
psicologia com possibilidades de ser estudado a partir de métodos e
critérios científicos, e passíveis de serem observados, mensurados e
reproduzidos. Assim como eram os objetos de estudos de outras
ciências.
Foi neste contexto que Wilhelm Wundt (1832-1926) consagrou-se
como o pai da psicologia moderna ou científica, no séc. XIX. Além dele
outros estudiosos também se dedicaram ao estudo da psicologia como
ciência, entre os quais tem destaque Edward Lee Thorndike,
reconhecido amplamente por ter formulado a primeira teoria de
aprendizagem, contribuindo também para o desenvolvimento de estudos
Behavioristas no século XX. Toda essa evolução do marco inicial da
história da Psicologia ocorreu em berço alemão, mas rapidamente se
expandiu para os Estados Unidos da América, onde encontrou solo fértil,
culminando no surgimento das primeiras escolas de psicologia dando
origem a várias abordagens sobre as quais passaremos a conversar.
UNIDADE II – Análise Sistemática das Grandes Linhas da Psicologia
e suas Relações com a Educação

Os conhecimentos adquiridos pelos professores em relação


à psicologia da aprendizagem podem lhe servir de norteadores em
muitas situações diante do processo de ensino-aprendizagem. De modo
geral a psicologia da educação se coloca como mediadora da
compreensão do modo como ocorre o comportamento das crianças
quando relacionados ao ato de apreender, planejar, direcionar e avaliar
as suas ações.
Todo este processo é vivenciado entre erros e enfrentamento da
possibilidade de corrigir cada erro cometido e comemorar com cada
acerto e conquistas alcançadas. Os sentimentos de tristezas, alegrias,
ansiedade, medo, agitação e tranquilidade vão se manifestando,
conforme as ocorrências do dia e do processo de ensino aprendizagem.
É no processo grupal e no apoio recebido por parte do professor que a
criança vai se fortalecendo para enfrentar as adversidades surgidas no
contexto escolar. Diante disto, o papel do professor se configura como de
suma importância, nas interações professor-alunos-objeto de estudo, que
conduzem à apropriação do conhecimento, considerando como
preponderante o papel do adulto à aquisição do conhecimento por parte
do aluno.
Pelo exposto conclui-se que
A importância da psicologia no processo ensino-aprendizagem
reside no reconhecimento de que a educação é um fenômeno
verdadeiramente complexo e o seu impacto no
desenvolvimento humano obriga que se considere a
globalidade e a diversidade das práticas educativas em que o
ser humano se encontra imerso, isto porque a educação se
desdobra em múltiplos contextos nos quais as pessoas vivem e
participam definidos como âmbitos educativos. Assim
a psicologia da aprendizagem, aplica à educação e ao ensino,
busca mostrar como, através da interação entre professor e
alunos, entre os alunos, é possível a aquisição do saber e da
cultura acumulados.
Fonte:http://www.minutopsicologia.com.br/postagens/2014/05/21/a-importancia-da-
psicologia-da-aprendizagem-para-a-pedagogia/Acesso 17 setembro 2019.
BEHAVIORISMO METODOLÓGICO (JOHN WATSON)

John Watson criticava o Estruturalismo se queixando sobre o fato de


que os fatos da consciência não podiam ser testados e reproduzidos por
todos os observadores treinados, pois dependiam das impressões e
características de cada pessoa.

Watson então observou que os psicólogos deviam estudar o


comportamento observável e adotar métodos objetivos. Em 1912, nasceu
o behaviorismo que dominou a psicologia americana por trinta anos.

• Objeto: estímulos e respostas observáveis ênfase na


aprendizagem;
• Principal Objetivo: o conhecimento e a aplicação;
• Métodos de Pesquisas Preconizados: os métodos objetivos;
• População estudada: pessoas e outros animais.

BEHAVIORISMO RADICAL (BURRHUS F. SKINNER.)

Os psicólogos behavioristas estudavam os eventos ambientais


(estímulos), o comportamento observável (respostas dadas diante dos
estímulos) e como a experiência influenciava o comportamento, as
aptidões e os traços das pessoas mais do que a hereditariedade
(transmissão genética).

Frederick Skinner vai além do behaviorismo de Watson e com ele


nasce o behaviorismo radical que também considera os eventos
ambientais, o comportamento observável (ações do indivíduo), mas
também considera os comportamentos internos ou privados (pensar,
sentir, etc.).
BEHAVIORISMO NA EDUCAÇÃO

Na educação o behaviorismo é utilizado de forma a melhorar o


aprendizado, a partir das modificações comportamentais do aluno e do
professor, aplicando, por meio da psicologia, técnicas especiais,
acreditando-se que, conforme defendido por Watson, é possível
transformar o indivíduo por meio da educação.

BEHAVIORISMO CONSTRUTIVISMO
Acredita-se que o comportamento Acredita-se que o indivíduo tem o poder
da pessoa é determinado pelo de alterar as suas condições para que
meio que ela está inserida. possa se desenvolver melhor.

O ESTRUTURALISMO (Gestaltismo, Psicanálise e Construtivismo)

PSICOLOGIA DA GESTALT- TEORIA DA FORMA- (MAX


WERTHEIRMER)

Gestalt: De origem europeia, surge como uma negação da fragmentação


das ações e processos humanos, realizada pelas tendências da
Psicologia Científica do Séc. 19, postulando a necessidade de se
compreender o homem como uma totalidade.

Max Wertheimer (1880-1943) fundou o movimento da Gestalt. "O


todo é diferente da soma das partes", este é o slogan do movimento da
Gestalt. O que a pessoa é (o todo) são junções de várias características
próprias dela (as partes).

Aos gestaltistas interessa muito saber sobre os significados que os


seres humanos impõem aos objetos e acontecimentos de seu mundo, a
percepção, a solução de problemas e o pensamento.

• Objeto: a experiência subjetiva humana global, ênfase na


percepção, no pensamento, e na resolução de problemas;

• Principal Objetivo: o conhecimento;


• Métodos de Pesquisas Preconizados: a introspecção informal,
métodos subjetivos;

• População estudada: pessoas.

A Psicologia da Gestalt pode ser também vista como a Psicologia


da forma. Os gestaltistas estão preocupados em compreender quais
os processos psicológicos envolvidos na ilusão de ótica, quando o
estímulo físico é percebido pelo sujeito como uma forma diferente da
que ele tem na realidade.

A PSICOLOGIA DA FORMA: GESTALT - Termo alemão de difícil


tradução. O termo próximo em português seria forma ou
configuração.

REPRESENTANTES:

• Max Wertheimer (1880-1943)


• Wolfgang Kõhler (1887-1967)
• Kurt Koffka (1886-1941)

PERCEPÇÃO: Encontra-se entre o estímulo que o meio fornece e a resposta


que o indivíduo emite. O que o indivíduo percebe e como percebe são dados
importantes para a compreensão do comportamento humano.

A BOA-FORMA: A percepção do estímulo é mediada pela forma como


interpretamos o conteúdo percebido. Se nos elementos percebidos não há
equilíbrio, simetria, estabilidade, não ocorrerá a boa forma.
RELAÇÃO FIGURA-FUNDO

Meio: É o conjunto de estímulos determinantes do comportamento.

Meio Geográfico: É o meio físico em termos objetivos.

Meio comportamental: É o meio resultante da interação do indivíduo com o


meio físico e implica a interpretação desse meio através da percepção. Trata-
se de uma realidade subjetiva, particular, criada pela nossa mente.

Campo Psicológico: é um campo de força que nos leva a procurar a boa forma.
Tem uma tendência que garante a busca da melhor forma possível em
situações que não estão muito estruturadas.

ORAÇÃO DA GESTALT

"Eu faço as minhas coisas e você faz as suas. Eu não estou neste
mundo para satisfazer as suas expectativas. E você não está neste
mundo para satisfazer as minhas. Você é você, e eu sou eu.
E, se por acaso, nós nos encontrarmos, será ótimo. Se não, nada se
pode fazer." Frederick Perls.
PRINCÍPIOS:

Proximidade:
os elementos
mais próximos
tendem a ser
agrupados.

Vemos três colunas e não três linhas na figura.

Semelhança:
Os elementos
semelhantes
são agrupados.

Vemos três linhas e não quatro colunas

Fechamento:
ocorre uma
tendência de
completar os

elementos Vemos um triângulo e não três traços.


faltantes da
figura para
garantir sua
compreensão
A TEORIA DE CAMPO DE KURT LEWIN

Kurt Lewin (1890-1947) trabalhou durante 10 anos com Wertheimer, Koffka e


Köhler na universidade de Berlim e elaborou a Teoria de Campo.

Espaço vital: totalidade dos fatos que determinam o comportamento do


individuo num certo momento.

Campo Psicológico: espaço de vida considerado dinamicamente, onde


se leva em conta não somente o meio e o individuo, mas também a
totalidade dos fatos coexistentes e mutuamente interdependentes.

A TEORIA PSICANALÍTICA – FREUD

Tem como fundador o médico austríaco vienense, neuropsiquiatra, que


se especializou no tratamento de problemas do sistema nervoso e em
particular nas desordens neuróticas. Sigmund Freud. Postula o inconsciente
como objeto de estudo, quebrando a tradição da Psicologia como Ciência da
consciência e da razão.

Na concepção de Freud, o inconsciente contém pensamentos, memórias


e desejos, que estão muito abaixo da superfície da consciência, mas que
apesar de tudo, exercem grandes influências sobre o comportamento
manifesto.

Seu método de estudo é a observação, através da análise da


associação livre e sua abordagem é essencialmente clínica.

1. Objeto: a personalidade normal e anormal;

2. Principal Objetivo: o conhecimento;

3. Métodos de Pesquisas Preconizados: introspecção informal. A análise e


a observação para descobrir material inconsciente.

População estudada: pacientes adultos, adolescentes e crianças.


Freud, no início dos seus trabalhos terapêuticos, adotou a hipnose para
ajudar as pessoas a reviverem as experiências traumáticas do passado que
pareciam associadas com seus sintomas atuais. Entretanto, nem todos
pacientes podiam atingir um estado de transe e a hipnose parecia resultar em
curas temporárias, com o aparecimento posterior de novos sintomas.

Freud então desenvolveu o método da associação livre no qual os


pacientes deitavam num divã e eram solicitados a dizer o que quer que lhes
viesse à mente (desejos, conflitos, temores, pensamentos e lembranças),
sendo também convidados a relatar seus sonhos.

Freud tratava dos seus pacientes tentando trazer à consciência aquilo


que estava no inconsciente. Insistia que todos os detalhes, por mais
insignificantes que lhes pareçam se ajustam perfeitamente entre si.

De acordo com os psicanalistas a personalidade é formada durante a


primeira infância. A exploração das lembranças dos primeiros cinco anos de
vida é essencial ao tratamento; mas também considera as fases posteriores do
Desenvolvimento Humano.

Preocupam-se em estudar tanto sobre o comportamento normal quanto


patológico.

CONSTRUTIVISMO: NOÇÕES BÁSICAS

Lev Semenovich Vygotsky, cidadão russo, nasceu em Orsha no ano de


1896 e faleceu em Moscou no ano de 1934 aos 38 anos. Sua visão de mundo
marxista era pautado na proclamação de uma sociedade emancipada, sem
classes e igualitária. Inspirado por esses princípios ele foi inspirado a tentar
desenvolver a psicologia a partir de sua forma de ver o mundo.

Aspectos básicos do construtivismo

• Na perspectiva Vygotskyniana o desenvolvimento cognitivo é resultado


da interação do sujeito com o meio em que o mesmo está inserido. Em
sua perspectiva a aprendizagem é uma experiência social que ocorre na
inter-relação mediada entre a linguagem e a ação.
• Para que uma teoria tivesse substancialidade, era necessário que pelo
menos duas pessoas estivessem em sintonia de pensamento,
compartilhando ativamente suas ideias e experiências. Em consonância
com esta linha de pensamento LAKOMY AM (2008) afirma que das
ideias de Piaget e Vygotsky resultou o método construtivista de ensino-
aprendizagem.
• A concepção construtivista não se caracteriza como uma teoria
psicológica, ela se configura como um referencial explicativo que
favorece a interpretação do processo de ensino-aprendizagem que
ocorre de modo processual e ativo, promovendo o conhecimento como
resultado da construção pessoal e ativa do aluno.
• O Processo de ensino-aprendizagem exige que o tanto o professor
quanto o aluno sejam favorecidos por condições e ambiente que
facilitem a criatividade, participação, reflexão das informações recebidas.
A avaliação não pode ser tratada como um acerto de contas e os erros
podem servir de “trampolim” para o aprendizado e devem ser
observados pelo professor com critérios capazes ampliar o aprendizado.
O desenvolvimento do raciocínio abstrato é mediador da capacidade de
transpor o aprendizado do particular para o geral. Sendo de grande
relevância que o mesmo seja estimulado pelo professor.
• A interação entre as pessoas é veículo mediador de novas experiências
e conhecimento.
• Vygotsky concebe a aprendizagem como uma experiência social,
mediada pela utilização de instrumentos e signos, de acordo com sua
própria visão de mundo.
• Por signo compreende-se aquilo que traz à pessoa a vivência de algo
significativo mediado pela linguagem falada e a escrita.
• Desenvolvimento Proximal refere-se à distancia entre o real e o que o
sujeito tem potencialidade para desenvolver e aprender na interação
com os pares.
• Nesta perspectiva Vygotsky afirma que para ocorrência do processo de
aprendizagem, é imprescindível que ocorra a interação social dentro da
zona de desenvolvimento proximal.
• Cabe ao professor desenvolver o papel de mediador, lançando mão de
estratégias pedagógicas capazes de promover a independência do
aluno o estimulando ao crescimento em potencial, com vistas a uma
nova zona de desenvolvimento proximal, reduzindo assim, o sentimento
de isolamento do aluno. Os trabalhos em grupo podem ser utilizados
como veículo mediador de desenvolvimento dessa nova ZDP.
• O ambiente de ensino aprendizagem pode ser caracterizado pelo
compartilhamento de aprendizagens e desafios. O que pode ser
realizado utilizando-se as tecnologias da informação e da comunicação
como estratégias de ensino e avaliação

Teoria Interacionista

A teoria interacionista é norteada pelos fatores orgânicos e


ambientais compreendidos como aspectos objetivos e subjetivos na
determinação do desenvolvimento do sujeito.

Os principais teóricos do Interacionismo são:

Jean Piaget (1896 – 1980). Piaget concebe o desenvolvimento da criança de


forma ativa e participante de forma espontânea ao meio na qual está inserida.
Subdivide o desenvolvimento infantil em vários estágios e seus estudos
evoluíram para a elaboração do construtivismo.

Lev Seminovitch Vygotsky (1896 – 1934)

Os pensamentos de Vygotsky eram parcialmente consonantes aos de Piaget:


ambos valorizavam as mesmas ações relacionadas à interação, sobretudo
Vygotsky por sua ênfase à valorização do contexto sócio-histórico-cultural.
Enfatizando que é na relação com pessoas que já tiveram experiências
anteriores e pela força da linguagem que o individuo desenvolve o senso de
pertencimento sócio cultural. Sendo as mudanças recíprocas tanto no sujeito
como no ambiente no qual ele está inserido.
UNIDADE III – Fatores Influenciadores do processo ensino-
aprendizagem: pensamento, linguagem, motivação, emoção, a
relação professor-aluno

SOBRE MOTIVAÇÃO

Ao abordar a temática da motivação, este texto toma como ponto de


partida, um estudo de caso realizado pelas professoras DURANTE,M.C e
TABILE, A. F (2017). Essas autoras abordam como tema os Fatores
influenciadores no processo de aprendizagem. Nesta perspectiva, tomam como
objetivo geral identificar se tais fatores são essenciais na aprendizagem. E
mais especificamente buscam identificar se a motivação é um dos fatores que
interferem nesse processo; e descobrir como os professores lidam com
possíveis dificuldades de aprendizagem que possam surgir. O estudo envolveu
120 professores participantes sendo que metade deles são colaboradores de
escolas privadas e os demais de escolas da rede pública do município de
Lucas do Rio Verde (MT).

DURANTE,M.C e TABILE, A. F(2017) , caracterizam a motivação como


um processo que mobiliza o organismo para a ação, a partir da necessidade de
satisfação. DURANTE,M.C e TABILE, A. F(2017) afirmam que,

“A criança apresenta um quadro de motivação em


formação, sendo necessário que os seus responsáveis
compreendam os estímulos que a motivam ao
aprendizado. Para Vygotsky, o pensamento propriamente
dito é gerado pela motivação, isto é, por nossos desejos e
necessidades, nossos interesses e emoções. É preciso
incentivar a educação, mas não apenas uma educação
fria, sem sentimentos. Educar precisa envolver os alunos,
envolver a ponto de marcar de maneira positiva. ”pg 80.

Na contramão da motivação a desmotivação interfere de forma


prejudicial ao processo de ensino e aprendizagem . E pode ser desencadeada
por inúmeros fatores entre os quais se citam: a falta de planejamento do
professor e a forma da condução das aulas. As autoras sugerem que as aulas
sejam elaboradas e conduzidas conforme as necessidades dos alunos,
considerando inclusive os aspectos emocionais e as ansiedades que os
permeiam naquele momento.
Os professores que participaram deste estudo acreditam que em boa
parte do tempo eles se mantem motivados para o exercício de ensinar, mas
reconhecem algumas falhas no grau de motivação e acham que precisam
buscar com frequência algumas estratégias para continuarem motivados de
forma contínua. Nesta perspectiva, sugerem-se treinamentos e realizações de
cursos e atividades de motivação para os professores com vistas a mantê-los
motivados por mais tempo e em mais situações, de forma que eles continuem
em condições de motivarem seus alunos.
Sobre a motivação dos alunos são vários os fatores que podem interferir
como, por exemplo:

“o ambiente escolar influencia muito na adaptação da


criança, no processo aprendizagem e na motivação,
colaborando e estimulando positivamente caso haja um
ambiente propício. A partir disso, sabe-se que o estilo de
ensino, tamanho da classe e a infraestrutura da escola
contribuem para o bom desenvolvimento das crianças no
ensino fundamental. Embora existam muitos outros
fatores que possam afetar a motivação dos alunos,
inclusive a má remuneração dos professores, o fato de
nas escolas públicas, de forma geral, as salas serem
lotadas, com um estilo fixo de ensino e com infraestrutura
inferior às escolas privadas, pode-se explicar a diferença
de percepção dos professores na motivação dos alunos
entre a rede pública e a privada.” DURANTE,M.C e
TABILE, A. F(2017)pg81.

Para Boruchovitch & Bzuneck (2001) citados por DURANTE,M.C e


TABILE, A. F(2017), a ausência da motivação no processo ensino
aprendizagem se configura como queda no investimento pessoal dos
educandos, comprometendo a qualidade das tarefas de aprendizagem com o
agravante de que à medida que avançam os anos escolares, a desmotivação
tende a continuar presente e o interesse pelo estudo cai facilmente . Em
consequência disto é comum que o aprendiz comece a acreditar que sua
capacidade de aprender algumas matérias é deficitária. Neste contexto,
conhecer as razões da desmotivação e encontrar estratégias de resolutividade
se tornam um grande desafio pra o educador.

DURANTE,M.C e TABILE, A. F(2017) afirmam que

“O ensino só tem sentido quando implica na


aprendizagem, por isso é necessário conhecer como o
professor ensina e entender como o aluno aprende. Só
assim o processo educativo poderá acontecer e o aluno
conseguirá aprender a pensar, a sentir e a agir. ”pg 81.

Nesta mesma linha de pensamento cabe dizer que o processo de


aprendizagem está diretamente relacionado com a motivação e a necessidade
que o aluno sente de aprender , fazendo com que suas ações sejam
canalizadas para a dedicação às tarefas escolares, culminando na satisfação
de viver o processo de ensino aprendizagem.
O estudo realizado pelas professoras DURANTE,M.C e TABILE, A.
F(2017) evidenciou que 100% dos professores participantes defendem a ideia
de que as dinâmicas e atividades criativas realizadas em sala de aula
favorecem o desenvolvimento da motivação dos alunos contribuindo para
melhor aprendizagem.
Os resultados obtidos com o estudo de DURANTE,M.C e TABILE, A.
F(2017), indicam que a motivação dos alunos não depende somente do
professor e assim as autoras concluem que:

“... a motivação dos alunos depende em parte da motivação


dos professores, do ambiente escolar, das dinâmicas em
sala de aula; e isso influencia no seu grau de aprendizado,
visto as atividades motivadoras propostas por professores
e as motivações do aluno, em relação à realização do
dever de casa e ao entendimento da aula, resultando em
maior qualidade do ensino--aprendizagem.” pg82

Por todo o exposto as autoras afirmam que é imprescindível, conhecer


o padrão de pensamento dos alunos e a partir disto elaborar estratégias de
ensino aprendizagem que atendam suas condições concretas, alcançando não
apenas os aspectos cognitivos, mas avaliando também os aspectos afetivos
dos educandos . Diante disto cabe discursar um pouco sobre cada um destes
aspectos.

Sobre o aspecto cognitivo

Estas mesmas autoras ao abordarem a temática da alfabetização


introduzem a temática da evolução do pensamento concreto para a capacidade
de abstração da criança. Nesta perspectiva, concebem a alfabetização como
um fenômeno que

“ liberta as crianças da restrição da comunicação face a


face dando-lhes a possibilidade de acessar as ideias e a
imaginação de pessoas em terras distantes e em períodos
passados. A partir do momento em que as crianças
conseguem ler e escrever podem traduzir os sinais de uma
página em um padrão de sons e significados, desenvolver
estratégias progressivas e sofisticadas para entender o que
leem e usar a palavra escrita para expressar pensamentos
e sentimentos.” DURANTE,M.C e TABILE, A. F(2017)
pg77.

Sobre o desenvolvimento da linguagem

A partir da alfabetização os educandos adquirem capacidade para dar


significado aos termos se constituindo como um meio para a criança ampliar o
seu universo de conhecimento. Tudo isso ocorre num processo contínuo e ao
atualizarem o estágio das operações concretas, obtendo a capacidade de
abstração, eles conseguem desenvolver a consciência critica, do meio em que
vivem.
A AFETIVIDADE E SUA INFLUENCIA NO PROCESSO DE ENSINO-
APRENDIZAGEM

Ao abordarmos a questão da importância da afetividade no processo


ensino-aprendizagem, tomamos como ponto de partida um estudo realizado
por Beatriz Buzzo Moreira sob orientação do professor Renato Cezar Silvério
Júnior, UNIFAFIBE de Bebedouro, SP publicado em 2017, nos Cadernos de
Educação: Ensino e Sociedade, Bebedouro SP, 4 (1): 199-213, 2017.

O referido estudo abordou questões relativas à influência da afetividade


na aprendizagem, vantagens que o laço afetivo adequado entre professor-
aluno produz ao educando no processo de ensino, a afetividade como o
elemento fundamental no processo do comportamento no domínio afetivo e
educativo proporcionando motivação, incentivo à socialização no
desenvolvimento da criança, procurando-se levar em conta a participação da
família como uma das principais formas de oferecer afeto e cuidado.

Autores como (LUCK; CARNEIRO 1983; MARCHAND, 1985; PIAGET,


1995; PACHECO, 2014; SALTINI, 2008), contribuíram para a constatação de
que a afetividade na aprendizagem é de suma importância no processo ensino-
aprendizagem.

Sobre a intimidade nas relações afetivas entre professor aluno. Pacheco (2014)
apud MOREIRA E JUNIOR (2017, pg 202) afirma que

“quando a relação professor-aluno é recíproca de bons


encontros, cria-se um laço afetivo colaborando para o
processo de ensino e aprendizagem. Essa ligação afetiva
entre professor e aluno não se limita somente ao carinho
físico, mas também na forma que o aluno é tratado. O tom
da voz, gestos e palavras são grandes aliados do professor
para estabelecer uma boa comunicação afetiva com seus
alunos.” pg 202
Ao concluir seu estudo o mesmo autor aborda a afetividade como
elemento estruturante do sistema educacional. Este mesmo autor defende a
ideia de que cooperação e o cuidado norteiam o processo educativo, mediando
experiências de aprendizagem que ultrapassam as questões pedagógicas e
acolhem tanto o aluno quanto ao professor e toda a comunidade acadêmica.

Parafraseando Paulo Freire (1996), “não se pode falar de


educação sem amor”, não se pode falar de educação sem
afetividade. Trabalhemos para que a escola em que
acreditamos não seja um sonho, mas uma realidade.

Nesta mesma linha de pensamento cabe dizer que a pessoa do


professor é compreendida como positiva quando ele consegue estabelecer
vínculos e parcerias com todos os atores envolvidos no processo ensino
aprendizagem, facilitando a convivência e agindo de forma não autoritária,
antes porém rompendo com a ilusão do suposto saber atribuído ao professor,
tanto no que diz respeito ao conhecimento como no que concerne a laços
afetivos.
UNIDADE IV – Desenvolvimento Intelectual, Cognitivo, Afetivo,
Social, Psicomotor e da Personalidade Humana

O processo de desenvolvimento humano é dotado de fatores internos e


externos que passam por diversas etapas, transições e mudanças que ocorrem
desde a sua concepção até o fim de sua existência: 1) pré-natal, 2) primeira
infância, 3) segunda infância,4) terceira infância, 5) adolescência,6) jovem
adulto, 7) meia idade, 8) terceira idade. Cada uma destas etapas é dotada de
vários aspectos, a saber: desenvolvimento físico e motor; desenvolvimento
social; desenvolvimento cognitivo e desenvolvimento afetivo. Embora
didaticamente os aspectos do desenvolvimento sejam estudados de forma
separada, eles ocorrem num processo global, unificado e inter-relacionado. O
desenvolvimento humano é facilmente observado e constatado a partir do
comportamento da pessoa como respostas que o evidenciam sobre as quais
passamos a discursar.

1 - Estágio Pré-Natal - (concepção até o nascimento)

Este ciclo do desenvolvimento se caracteriza pela formação da estrutura


e órgãos corporais básicos. É o período de maior crescimento de todo o
processo de desenvolvimento, muitas mudanças ocorrem em curto período e
há grande vulnerabilidade às influências ambientais.

2 - Primeira Infância - (nascimento até 3 anos)

Ao nascer o bebê é totalmente dependente de um adulto para cuidar


dele, mas já nasce com algumas competências básicas caracterizadas pela
capacidade de aprender e lembrar, mesmo sendo ainda tão novo. Todos os
seus sentidos já funcionam, a menos que o mesmo já tenha nascido com
alguma necessidade especial. Nessa fase do desenvolvimento seu crescimento
físico e desenvolvimento das habilidades motoras são rápidos.

Neste período destaca-se também a compreensão e aquisição da linguagem


falada. Aos dois anos ocorre o desenvolvimento da autoconsciência. O apego
aos pais é notoriamente comprovado ao final do primeiro ano, mas também já
se pode observar o seu interesse por outras pessoas.

3 - Segunda Infância - (3 a 6 anos)

A segunda infância é marcada por sua capacidade de brincar, sua criatividade


e a capacidade de imaginação começam a se fazerem notadas.
Nesta fase ocorre o inicio da independência e autocuidado. A família se
caracteriza como núcleo central de sua existência, mas já consegue se integrar
com outras crianças e considerá-las importantes para si.

4 - Terceira Infância (6 a 12 anos)

No período que compreende os seis a 12 anos, o processo de


crescimento físico é um pouco menor, mas nota-se o aperfeiçoamento da força
e da habilidade física.

Desenvolvimento cognitivo

Nesta fase as crianças passam a pensar de forma mais lógica, mas


ainda não persiste o estágio das operações concretas. E Ocorre a redução do
egocentrismo

Físico/Motor: Neste aspecto do desenvolvimento existe uma previsibilidade


quanto aos tipos de mudanças pelos quais a criança irá passar, mas o
momento em que elas irão ocorrer depende muito de cada indivíduo. Contudo
é comum que durante a infância os meninos e as meninas tenham
aproximadamente a mesma estatura.

5 - PRÉ – ADOLESCÊNCIA e ADOLESCÊNCIA

A adolescência ocorre aproximadamente entre 12 e 20 anos.

Desenvolvimento Físico e Motor

A pré-adolescência é um período de aproximadamente dois anos no


qual ocorrem mudanças rápidas no desenvolvimento físico, como por exemplo:
crescimento rápido, alterações hormonais que culminam na maturidade
reprodutiva, primeira menstruação nas meninas ocorre por volta dos 13 anos e
a primeira ejaculação nos meninos aproximadamente aos 14 anos.

As meninas se desenvolvem com maior rapidez que os meninos,


permanecendo maiores que eles por um curto período de tempo. Mas quando
os meninos alcançam os 14 anos ocorre um crescimento rápido chamado por
muitos de estirão. Nesta fase eles chegam a crescer aproximadamente 13 cm
por ano ao passo que o crescimento das meninas varia em até 8 cm ao ano.

Atinge-se a maturidade reprodutiva.

Desenvolvimento Social: Buscam aprofundar as interações com grupos e


amigos com interesses comuns com vistas a desenvolverem e firmarem a
autoimagem. Buscam se firmarem enquanto sujeitos de vontade próprias,
caracterizando sua identidade pessoal. Às vezes ainda persistem por algum
tempo as ideias egocêntricas. O relacionamento como os pais pode oscilar
nesta busca da individualidade.
Desenvolvimento Cognitivo:

Na pré-adolescência, o raciocínio é mais voltado para si mesmo, mas a


capacidade de abstração e do pensamento cientifico já se apresentam
bastante desenvolvidas, já apresentando nível importante de consciência social
e julgamento moral. Ao serem capazes de se auto avaliarem também são
capazes de se preocuparem com o que as outras pessoas estão pensando a
respeito deles.

O amadurecimento das faculdades cognitivas nos adolescentes pode


mediar seus pensamentos sobre o que consideram como ideias, capacidade de
críticas à sociedade, aos pais e à suas próprias limitações;

Na perspectiva de Piaget, o desenvolvimento cognitivo ocorre por meio


do processo de maturação e vêm “de dentro para fora”

Os ambientes podem favorecer ou impedir o desenvolvimento, mas ele


enfatiza o aspecto biológico e, portanto, maturativo do desenvolvimento. Os
processos maturativos do desenvolvimento são caracterizados pela aquisição
da linguagem, engatinhar, andar ou até mudanças em decorrência de doenças
físicas ou psicológicas.

Para Vygotsky (1962, 1978) o desenvolvimento cognitivo ocorre de fora


para dentro, pela internalização, a absorção do conhecimento proveniente do
contexto. Assim, as influências sociais, em vez de biológicas, são fundamentais
na sua teoria.

Desenvolvimento Social

Para Erik Erikson cada estágio da vida tem seu problema “psicossocial”,
para o qual é necessário encontrar uma solução.

As crianças passam por fases de formação da confiança/autonomia


(independência)/iniciativa. Na idade escolar aprendem a desenvolver a
competência.

Na adolescência o investimento maior reside na busca de identidade. Às


vezes os adolescentes chegam a ensaiarem formas de serem e agir como se
fossem portadores de vários “eus” para atuarem conforme cada momento que
se apresenta.

Passado este momento de firmar a identidade do adolescente, o próximo passo


é rumo à vida adulta. No inicio desta nova fase eles se deparam com a
capacidade de intimidade e também do estreitamento dos laços afetivos.

É na adolescência que normalmente ocorre o chamado corte do “cordão


umbilical” os adolescentes começam a se individualizarem, fazendo coisas e
programas sem a participação dos pais, firmando a própria identidade.
6 - JOVEM ADULTO (20 A 40 ANOS)

Na juventude a saúde física atinge o seu ápice, o desenvolvimento


cognitivo apresenta-se competente para atividades complexas. A pessoa já
reúne competências para tomar decisões relacionadas aos seus
relacionamentos íntimos e afetivos; inclusive muitas pessoas escolhem suas
profissões, se casam , constituem famílias e têm filhos neste ciclo vital.

7- MEIA IDADE (40 A 65 ANOS)

Nesta fase da vida os filhos normalmente já cresceram escolheram


estudar ou trabalhar fora, ou se casam e deixam de morar com os pais. Este
processo é vivido por muitas pessoas com uma fase de readaptação dos
hábitos de vida, e pode implicar em um processo identificado como síndrome
do ninho vazio, com risco de situações de um processo depressivo vivenciado
por algumas pessoas.

Ao atingir a maturidade nesta fase da vida as pessoas já estão


trabalhando por muitos anos, já viveram muitas experiências boas e outras
nem tanto, já investiram numa carreira profissional e podem estar vivendo a
plenitude, realizados financeiramente e em outros aspectos também, mas há
alguns que em função de várias adversidades também podem se apresentar
esgotados física e emocionalmente, culminando num processo identificado
como “ crise da meia idade”. Nesta fase da vida a busca do sentido da vida se
torna algo de grande importância.

8 - TERCEIRA IDADE (65 ANOS EM DIANTE)

Este momento chega a ser considerado como o outono da vida. Outono


é o tempo de colheita. Apesar do declínio da força física e da redução do
tempo de reação, boa parte das pessoas poderá desfrutar de boa saúde nesta
fase da vida e do afeto das pessoas com as quais convive.

Normalmente, nesta fase as pessoas já estão aposentadas e podem


desfrutar de atividades recreativas, turísticas e de laser. Há também muitas
pessoas que enfrentam o outono da vida como um momento de lembranças de
várias adversidades enfrentadas, perdas de ente queridos e antecipação
negativa do futuro, perda de afeto e sentimentos de iminência de sua própria
morte. Essa época é também considerada como tempo de compartilhamento
de experiências.
BIBLIOGRAFIA
DURANTE, Marisa Claudia Jacometo; TABILE, A. F. . FATORES
INFLUENCIADORES NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM: Um Estudo de
Caso. Psicopedagogia. Associação Brasileira de Psicopedagogia, v. 34, p. 75-
86, 2017.

http://pepsic.bvsalud.org/pdf/psicoped/v34n103/08.pdf. Acesso 17 setembro


2019.

http://unifafibe.com.br/revistasonline/arquivos/cadernodeeducacao/sumario/50/
26042017193303.pdf. Acesso 17 setembro 2019.

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