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614 Movimento endaltirio 1s médicos "no campo Observagéo: O termo “grau” é usado por mult para substituir a unidade denominada “dioptri da fisica, a) Determine quantos “graus cuja distancia focal é f = 2 m. : b) fas ‘0 mesmo para uma lente cuja distancia focal é f= 50cm. ." (ou dioptrias) tem uma lente 44. Na receita do oculista, 0 “numero de graus” da lente vam precedido de um sinal positivo (+), se a lente for conver- ‘ou negativo (-), se a lente for divergente. esteja indicado: ~4 graus. da pessoa para a qual a receita gente, Suponha que em uma re a) Qual o defeito de visa foi prescrita? ) Qual é 0 valor da distancia focal da lente que a pessoa ird usar? 12.5 A natureza da luz © modelo corpuscular da luz Apesar de termos estudado varios fenémenos éticos e, portanto, jé conhecermos varios aspectos do comportamento da luz, ainda nao nos preocupamos em analisar sua natureza, isto 6, ndo foram ainda formuladas, neste capitulo, hipdteses ou teorias para responder a pergunta: O que éaluz? No século XVII, 0 famoso fisico inglés Isaac Newton, procurando uma resposta para esta indagagdo, apresentou ‘uma teoria, conhecida como “modelo corpuscular da luz”, que teve grande aceitagéo durante muitos anos. De acordo com esse modelo, a luz seria constituida por pequenas particulas, emitidas pela fonte luminosa, que se propagam no espago, em linha reta e com grande velocidade (figura 12-88). Essas particulas, ao atingirem o olho, provoce- iam nele um estimulo que daria origem a visio. 4 ig. 1285:0» acordo com modelo corpurelar, uma Fonte de luz emit peque- a1", que s0 propagam fm linha rota com grande Yelocideds. Comporiamento ¢ nawureza da uz 615 Usando 0 modelo corpuscular, Newton desenvolveu uma teoria com a qual ele conseguia explicagdes satisfatdrias para Varios fendmenos éticos ja conhecidos na época, como @ cor 0s corpos, a reflexéo e a refragéo da luz, etc. No estudo da refragdo, por meio desse modelo, surgia como Conseqtiéncia inevitavel o seguinte fato: 8 velocidade da luz em um meio material (como a gua) deve Ser maior que no ar. Na época de Newton, nao havia condigées de medir a velo- Cidade da luz em meios materiais e, portanto, nao foi possivel Verificar a veracidade desse resultado. No século XIX, 0 cientista francés L. Foucault to capitulo anterior, quando analisamos sua famosa experién- cia com o péndulo) mediu a velocidade da luz na agua e encontrou um valor menor que no ar (este fato jé foi citado, no inicio deste capitulo, ao estudarmos a refragdo da luz). Como 0 modelo corpuscular conduzia a uma concluso que estava em desacordo com os resultados experimentais obtidos por Fou- ‘cault, a teoria corpuscular da luz foi definitivamente abandona- da pela comunidade cientifica. Em resumo, temos: r, vimos que uma onda, se propagando ‘om um meio material (como a onda na superficie da agua ou a ‘onda sonora no at}, se reflete ao encontrar um obstéculo. Vimos, também, que essa onda se refrata ao passar obliqua- mente de um meio para outro, no qual sua velocidade é diferente do primeiro. Neste capitulo, mostramos que esses mesmos fendmenos (reflexéo e refragéo) ocorrem com a luz. Embora essa teoria nao estabelecesse, com clareza, qual seria o Fraio de propagacéo da onda luminosa, ola teve também (grande aceitac8o na época e, durante muitos anos, a comuni- Stale cientfica dividiu seu apoio entre a teoria ondulatéria teoria corpuscular da luz. ee 616 Movimento ondaatirio Fe 12880 Estudaremos, a seguir, 0 fendmeno da difragao e veremos como a observagao desse fenémeno com a luz fez com que os fisicos passassem a aceitar 0 modelo ondulatério como mais ‘adequado para descrever os fenémenos luminosos (mesmo antes de Foucault medir a velocidade da luz na agua) Difrago de uma onda por um orificio Na figura 12-86-a, vemos uma onda se propagando na superficie da gua em um tanque. Dois obstéculos sao colo- cados no tanque, de modo a impedir, parcialmente, @ propaga- go da onda, deixando-a passar apenas por um orificio entre as duas barreiras. ‘Como jé estudamos no capitulo anterior, @ onda iré se difratar, contornando cada um dos obstdculos. Em virtude disso, apés pasar pelo orificio, a onda se espalhard em todas iregdes, praticamente como se estivesse se originando no orificio. A figura 12-86-b mostra claramente esse fendmeno: difragdo de uma onda, na superficie da égua, ao passar através, de um otificio. Verifica-se experimentalmente que a diftagéo de uma onda por um orificio pode ser mais (ou menos) acentuada, depen- dendo dos valores de seu comprimento de onda de da largura d do orificio. Uma observacao experimental importante para o estudo que estamos fazendo é a seguin onde 1267, Uma onde protiamente née {Sete cepts prem riiele mae (a) o Fo. 1265; asas fotogreics comprovert ‘que @ difragio de hix 6 tonto molt ‘centvade quanto menor for 2 orifise lo qual ela passa. Conmporiamento¢natreca da tx 617 Difragao com a luz Normatmente, quando a luz passa por um orificio (como 0 buraco de uma fechadura), vernos que ela néo se difrata. De fato, observa-se que, apds atravessar 0 orificio, a luz continua @ Se propagar em linha reta. Se fizermos, entretanto, a luz passar por orificios cada vez Menores, teremos uma surpresa: quando o tamanho do orificio atinge valores muito pequenos (por exemplo, 0 orificio feito ela ponta de um alfinete em um cartéo), observa-se que a luz sofre difragao ao passar através desse orificio. Esse fato est representado na figura 12-88, na qual vemos que 0 luminoso de raios paralelos s¢ espalha (isto é, se difrata) a0 Passar pelo orificio e, por isso, a mancha luminosa a) Broleta no anteparo presente um dimetro muito malor que io ori Ihe, 1248: Quonde 0 le patta etavis de um orifice muito pequene, ala sofre Srasso. Na figura 12-82, verios fotografias comprovando que real- mente @ luz se difrata a0 passar por orificios muito pequenos. Temos: — em (a), @ luz que passa através de uma fenda, com cerca de 415 mm de largura, néo sofre difragdo observével (a largura do feixe é igual a da fenda); _ em (bl, a luz passa por uma fenda, semelhante a primeira, porém muito mais estreita (cerca de 0,2 mm de largural. J se pode, entéo, observar que houve difragao da luz, pois o feixe Que atravessou a fenda tornou-se mais largo que a propria fenda; _ em (0), usando-se uma fenda com uma largura ainda menor {corce de 0,1 mm), pode-se ver claramente que a luz foi mais acentuada. 618 Movimento ondulatrio Tendo em vista essas experiéncias @ lembrando que a ifragao 6 um fendmeno tipico do movimento ondulatério (isto 6, 86 ocorre com uma onda), podemos destaca As seguintes observacées devem ser feitas: = podemos, agora, entender porque a luz néo se difrata a0 pasar através de um buraco de fechadura: o comprimento de onda da luz é muito menor que a largura desse orificio e, nessa situagdo, a difragao da onda nao é percebida; = usando 0 modelo corpuscular da luz, defendido por Newton e 1s seguidores, era impossivel explicar o fenémeno da difragao observado com a luz. Este foi mais um fator que conduziu ao abandono desse modelo; = outros fendmenos, caracteristicos das ondas (como a interfe- réncia e a polarizagao), que vocé poderé estudar em outras oportunidades, ocorrem também com a luz. Este fato con- venceu definitivamente os cientistas do século passado que a luz é, realmente, um tipo especial de movimento ondulatério. Na segéo seguinte, veremos que a luz faz parte de um conjunto muito amplo de fenémenos ondulatérios especiais, denominado ondas eletromagnéticas. pos 10 45. Considere as seguintes velocidades: at eas? Va = 230000km/s © vs = 400000km/s __ Uma delas é 0 valor previsto para a velocidade da luz na gua pela teoria corpuscular de Newton e a outra, o valor encontrado por Foucault em suas experiéneias, Identifique cade uma dessas velocidades. 5 Tendo em vista o que foi analisado nesta segéo, vocé pode Concluir que uma teoria, no campo da fisiea, deixa de ser aceita pela comunidade cientifica principaimente quando: 8) suas previsées entram em desacordo com os resultados ‘obtidos em experiéncias cuidadosas, b) um cientista manifesta-se contrariamente a ela. ©) suas idéias basicas entram em choque com erengas ré- ligiosas de grande aceitagao,

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