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Apostila de
FunSau
Parte 1
alexandrap quintans
[Data]
Noções básicas da epidemiologia
A Associação Internacional de Epidemiologia (IEA), em seu Guia de Métodos de
Ensino (ORGANIZACIÓN MUNDIAL DE LA SALUD, 1973), define epidemiologia
como
o estudo dos fatores que determinam a frequência e a distribuição das
doenças nas coletividades humanas. Enquanto a clínica dedica-se ao estudo da
doença no indivíduo, analisando caso a caso, a epidemiologia debruça-se sobre os
problemas de saúde em grupos de pessoas, às vezes grupos pequenos, na maioria das
vezes envolvendo populações numerosas.
Sendo assim, a epidemiologia tem muito em comum com a demografia: ambas
estudam populações. De acordo com a IEA, são três os principais objetivos da
epidemiologia:
I. Descrever a distribuição e a magnitude dos problemas de saúde das populações
humanas.
II. Proporcionar dados essenciais para o planejamento, execução e avaliação das
ações de prevenção, controle e tratamento das doenças, bem como para estabelecer
prioridades.
III. Identificar fatores etiológicos na gênese das enfermidades.
b. Fonte ou reservatório
Fonte da Infecção ou Reservatório é o local onde o agente infeccioso se encontra.
Neste local, ele consegue viver, crescer e se multiplicar. Pode ser uma pessoa, um objeto,
um ambiente etc.
Fontes ambientais
Exemplos de Fontes ambientais:
• Superfícies de materiais (roupas)
• Superfícies de móveis (cama, mesinha, cabeceira, monitor)
• Superfícies de equipamentos
• Solos
• Plantas
• Água – o sistema hidráulico por ser fonte de vários micro-organismos (bactérias como
da cólera, ou fungos, como o Aspergillus e Fusarium)
• Ar-condicionado – são fontes importantes de infecções em hospitais, principalmente
por fungos como Aspergillus)
• Soluções (até mesmo soluções como álcool e sabão podem ser fontes de infecção se
não forem cumpridas as regras de uso)
• Medicamentos
c) Porta de Saída
É a via pela qual os microrganismos saem da fonte humana para atingir uma fonte
ambiental ou um hospedeiro susceptível.
Exemplos de porta de saída:
• Trato respiratório
• Trato geniturinário
• Trato gastrintestinal
• Sangue
• Pele
• Mucosas.
d) Forma de transmissão
É o modo com que o agente infeccioso atinge um hospedeiro susceptível. É a
forma de transmissão do microrganismo que definirá o tipo de isolamento.
e) Porta de entrada:
É a via pela qual o agente infeccioso atinge o hospedeiro susceptível.
Exemplos:
• Trato respiratório,
• Trato gastrointestinal,
• Trato urinário,
• Pele não íntegra,
• Mucosas.
f) Hospedeiro Susceptível
Todos os indivíduos possuem algum grau de susceptibilidade, a depender das
condições individuais e do tipo de patógeno. Nem toda pessoa que entra em contato com
algum microrganismo ficará doente. Na verdade, a maioria dos agentes infecciosos com
os quais temos contato, não nos causa doenças, o maior exemplo disso é a Tuberculose.
Para que uma pessoa fique doente, na verdade precisa -se de uma série de
condições favoráveis, e nem sempre podemos estipular ou quantificar todas elas.
Pessoas com maior risco de desenvolver doenças infecciosas uma vez que entram em
contato com o agente:
• Pacientes imunossuprimidos (com imunidade baixa), independente do motivo da
imunossupressão.
• Recém-nascidos,
• Queimados,
• Idosos,
• Paciente recém-operados.
Embora o termo pandemia possa assustar, vale ressaltar que não muda a maneira em que
a doença seja proliferada. A classificação ocorre mais porque o vírus não afetou uma
região específica – no início, o coronavírus estava concentrado apenas em Wuhan, na
China – e se espalhou pelo globo.
Além do covid-19, são exemplos de pandemias: AIDS, tuberculose, peste, gripe asiática,
gripe espanhola e tifo. O câncer, que provoca milhares de mortes em todo o mundo, não
é classificado como uma pandemia por não ser uma doença transmissível.
A nível municipal, por exemplo, uma epidemia ocorre quando vários bairros apresentam
casos da doença; estadual quando ocorre em várias cidades e nacional em diversas regiões
do país.
Em resumo, são surtos de doenças em diversas regiões, sem propagação entre países, por
exemplo. Podemos citar casos de epidemia quando a dengue acontece em várias cidades.
Definição
A síndrome respiratória aguda grave (SARS) é uma doença respiratória zoonótica
altamente infecciosa de humanos com morbimortalidade significativa. O reservatório
específico do hospedeiro animal permanece desconhecido, embora os morcegos-
ferradura sejam reservatórios de coronavírus.
Essa patologia é causada pelo SARS-coronavírus (SARS-CoV), que teve sua
origem na China em 2002 a 2003 e teve seu genoma sequenciado evidenciando nenhuma
relação com os coronavírus humanos ou animais previamente conhecidos, causando um
surto global relacionado a viagens com 8098 casos e 774 mortes confirmadas. É provável
que o SARS-CoV tenha sido um vírus animal que se adaptou à transmissão humano-
humano no passado recente. A presença deste animal reservatório implica que é possível
que esse vírus novamente infecte seres humanos e inicie novos surtos de doenças.
Epidemiologia
Fisiopatologia
Quadro clínico
Diagnóstico
Tratamento
A doença
A síndrome se caracteriza por infecção respiratória com febre, tosse e falta de ar.
Outros sintomas comuns são pneumonia, diarreia, náuseas e vômitos. As complicações
mais frequentes são insuficiência respiratória e renal, síndrome da angústia respiratória
do adulto, choque séptico, coagulação intravascular disseminada e pericardite. A MERS
mata cerca de 30% dos doentes.
Casos mais graves de MERS geralmente ocorrem em pacientes com problemas de
saúde pré-existentes, como diabetes, imunodepressão, câncer e doenças cardíacas,
respiratórias ou renais crônicas. Muitos infectados apresentam sintomas brandos, como
os de um resfriado, ou são assintomáticos.
A síndrome é causada por um coronavírus – MERS-CoV, que vem circulando na
Península Arábica desde 2012. Houve casos confirmados da doença em quatro
continentes (Ásia, Europa, África e América), todos associados a pacientes com histórico
de viagem ao Oriente Médio.
Transmissão
A MERS é uma zoonose, isto é, uma doença transmitida para o homem através de
animais vertebrados. Acredita-se que o vírus tenha se originado em morcegos e
transmitido para camelos no passado. Cepas de MERS-CoV idênticas às cepas humanas
foram isoladas de camelos em vários países, como Arábia Saudita, Egito, Qatar e Omã.
A doença não é transmitida facilmente de pessoa a pessoa. É necessário contato
próximo, como viver ou cuidar de alguém infectado. Foram registrados casos de MERS
em hospitais e outros estabelecimentos de assistência à saúde.
1. Sobre a doença
O que é COVID-19
A COVID-19 é uma doença causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, que apresenta um
quadro clínico que varia de infecções assintomáticas a quadros respiratórios graves. De
acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a maioria dos pacientes com
COVID-19 (cerca de 80%) podem ser assintomáticos e cerca de 20% dos casos podem
requerer atendimento hospitalar por apresentarem dificuldade respiratória e desses casos
aproximadamente 5% podem necessitar de suporte para o tratamento de insuficiência
respiratória (suporte ventilatório).
O que é o coronavírus?
Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente
do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China. Provoca a
doença chamada de coronavírus (COVID-19).
A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as
crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus. Os
coronavírus mais comuns que infectam humanos são o alpha coronavírus 229E e NL63 e
beta coronavírus OC43, HKU1.
• Tosse
• Febre
• Coriza
• Dor de garganta
• Dificuldade para respirar
Como é transmitido?
A transmissão acontece de uma pessoa doente para outra ou por contato próximo por meio
de:
• Toque do aperto de mão;
• Gotículas de saliva;
• Espirro;
• Tosse;
• Catarro;
• Pessoa com quadro respiratório agudo, caracterizado por sensação febril ou febre, que
pode ou não estar presente na hora da consulta (podendo ser relatada ao profissional de
saúde), acompanhada de tosse OU dor de garganta OU coriza OU dificuldade respiratória,
o que é chamado de Síndrome Gripal.
• Pessoa com desconforto respiratório/dificuldade para respirar OU pressão persistente no
tórax OU saturação de oxigênio menor do que 95% em ar ambiente OU coloração azulada
dos lábios ou rosto, o que é chamado de Síndrome Respiratória Aguda Grave
Como se proteger
As recomendações de prevenção à COVID-19 são as seguintes:
• Lave com frequência as mãos até a altura dos punhos, com água e sabão, ou então
higienize com álcool em gel 70%.
• Ao tossir ou espirrar, cubra nariz e boca com lenço ou com o braço, e não com as
mãos.
• Evite tocar olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.
• Ao tocar, lave sempre as mãos como já indicado.
• Mantenha uma distância mínima de cerca de 2 metros de qualquer pessoa tossindo
ou espirrando.
• Evite abraços, beijos e apertos de mãos. Adote um comportamento amigável sem
contato físico, mas sempre com um sorriso no rosto.
• Higienize com frequência o celular e os brinquedos das crianças.
• Não compartilhe objetos de uso pessoal, como talheres, toalhas, pratos e copos.
• Mantenha os ambientes limpos e bem ventilados.
• Evite circulação desnecessária nas ruas, estádios, teatros, shoppings, shows,
cinemas e igrejas. Se puder, fique em casa.
• Se estiver doente, evite contato físico com outras pessoas, principalmente idosos
e doentes crônicos, e fique em casa até melhorar.
• Durma bem e tenha uma alimentação saudável.
• Utilize máscaras caseiras ou artesanais feitas de tecido em situações de saída de
sua residência.
Se eu ficar doente
Caso você se sinta doente, com sintomas de gripe, evite contato físico com outras pessoas,
principalmente idosos e doentes crônicos e fique em casa por 14 dias.
Caso o paciente não more sozinho, os demais moradores da devem dormir em outro
cômodo, longe da pessoa infectada, seguindo também as seguintes recomendações:
O que é o coronavírus?
Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias.
Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No
entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil
na microscopia, parecendo uma coroa.
A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida,
sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do
vírus.
Importância da vacinação
O ditado popular “melhor prevenir do que remediar” se aplica perfeitamente à
vacinação. Muitas doenças comuns no Brasil e no mundo deixaram de ser um problema de
saúde pública por causa da vacinação massiva da população. Poliomielite, sarampo, rubéola,
tétano e coqueluche são só alguns exemplos de doenças comuns no passado e que as novas
gerações só ouvem falar em histórias. O resultado da vacinação não se resume a evitar doença.
Vacinas salvam vidas.
Quando uma pessoa é infectada pela primeira vez por um antígeno (substância estranha
ao organismo), como o vírus do sarampo, o sistema imunológico produz anticorpos (proteínas
que atuam como defensoras no organismo) para combater aquele invasor. Mas essa produção
não é feita na velocidade suficiente para prevenir a doença, uma vez que o sistema imunológico
não conhece aquele invasor. Por isso, a pessoa fica doente, podendo levar à morte. Mas se, anos
depois, aquele organismo invadir o corpo novamente, o sistema imunológico vai produzir
anticorpos em uma velocidade suficiente para evitar que a pessoa fique doente uma segunda
vez. Essa proteção é chamada de imunidade.
O que a vacina faz é gerar essa imunidade. Com os mesmos antígenos que causam a
doença, mas enfraquecidos ou mortos, a vacina ensina e estimula o sistema imunológico a
produzir os anticorpos que levam à imunidade.
Portanto, a vacina faz as pessoas desenvolverem imunidade sem ficar doente.
Muitas doenças infecciosas estão ficando raras. Pessoas nascidas a partir de 1990
podem nunca ter tido contato com pessoas com sarampo ou rubéola e, definitivamente, de
poliomielite. Isso porque as constantes ações de vacinação foram capazes de controlar e
eliminar essas doenças do Brasil.
Então, não preciso vacinar meu filho contra essas doenças? Precisa sim. Essas doenças
ainda fazem vítimas em outros lugares do mundo. Com a globalização, as pessoas passam por
vários continentes em uma única semana. Se não estiver vacinada, ela pode trazer a doença para
o Brasil e transmitir para alguém que não esteja imunizada.
Pessoas não vacinadas, portanto, podem ser a porta de entradas de doenças eliminadas
no Brasil.
Para vacinar, basta levar a criança a um posto ou Unidade Básica de Saúde (UBS) com o
cartão/caderneta da criança. O ideal é que cada dose seja administrada na idade recomendada.
Entretanto, se perdeu o prazo para alguma dose é importante voltar à unidade de saúde para
atualizar as vacinas. A maioria das vacinas disponíveis no Calendário Nacional de Vacinação é
destinada a crianças. São 15 vacinas, aplicadas antes dos 10 anos de idade.
➢ Ao nascer
BCG (Bacilo Calmette-Guerin) – (previne as formas graves de tuberculose, principalmente miliar
e meníngea) - dose única - dose única.
Hepatite B (previne a hepatite B) - dose ao nascer
➢ 2 meses
Penta (previne difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e infecções causadas pelo Haemophilus
influenzae B) – 1ª dose
Vacina Poliomielite 1, 2 e 3 (inativada) - (VIP) (previne a poliomielite) – 1ª dose
Pneumocócica 10 Valente (conjugada) (previne a pneumonia, otite, meningite e outras doenças
causadas pelo Pneumococo) – 1ª dose
Rotavírus humano (previne diarreia por rotavírus) – 1ª dose
➢ 3 meses
Meningocócica C (conjugada) - (previne Doença invasiva causada pela Neisseria meningitidis
do sorogrupo C) – 1ª dose
➢ 4 meses
Penta (previne difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e infecções causadas pelo Haemophilus
influenzae B) – 2ª dose
Vacina Poliomielite 1, 2 e 3 (inativada) - (VIP) (previne a poliomielite) – 2ª dose
Pneumocócica 10 Valente (conjugada) (previne pneumonia, otite, meningite e outras doenças
causadas pelo Pneumococo) – 2ª dose
Rotavírus humano (previne diarreia por rotavírus) – 2ª dose
➢ 5 meses
Meningocócica C (conjugada) (previne doença invasiva causada pela Neisseria meningitidis do
sorogrupo C) – 2ª dose
➢ 6 meses
Penta (previne difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e infecções causadas pelo Haemophilus
influenzae B) – 3ª dose
Vacina Poliomielite 1, 2 e 3 (inativada) - (VIP) - (previne poliomielite) – 3ª dose
➢ 9 meses
Febre Amarela – uma dose (previne a febre amarela)
➢ 12 meses
Tríplice viral (previne sarampo, caxumba e rubéola) – 1ª dose
Pneumocócica 10 Valente (conjugada) - (previne pneumonia, otite, meningite e outras doenças
causadas pelo Pneumococo) – Reforço
Meningocócica C (conjugada) (previne doença invasiva causada pela Neisseria meningitidis do
sorogrupo C) – Reforço
➢ 15 meses
DTP (previne a difteria, tétano e coqueluche) – 1º reforço
Vacina Poliomielite 1 e 3 (atenuada) (VOP) - (previne poliomielite) – 1º reforço
Hepatite A – uma dose
Tetra viral – (previne sarampo, rubéola, caxumba e varicela/catapora) - Uma dose
➢ 4 anos
DTP (Previne a difteria, tétano e coqueluche) – 2º reforço
Vacina Poliomielite 1 e 3 (atenuada) (VOP) – (previne poliomielite) - 2º reforço
Varicela atenuada (previne varicela/catapora) – uma dose
Atenção: Crianças de 6 meses a 5 anos (5 anos 11 meses e 29 dias) de idade deverão tomar uma
ou duas doses da vacina influenza durante a Campanha Anual de Vacinação da Gripe.
O que é tuberculose?
A tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível que afeta
prioritariamente os pulmões, embora possa acometer outros órgãos e/ou sistemas. A
doença é causada pelo Mycobacterium tuberculosis ou bacilo de Koch.
A forma extrapulmonar, que acomete outros órgãos que não o pulmão, ocorre
mais frequentemente em pessoas que vivem com HIV, especialmente aquelas com
comprometimento imunológico.
No Brasil, a doença é um sério problema de saúde pública, com profundas
raízes sociais. A epidemia do HIV e a presença de bacilos resistentes tornam o cenário
ainda mais complexo. A cada ano, são notificados aproximadamente 70 mil casos
novos e ocorrem cerca de 4,5 mil mortes em decorrência da tuberculose.
Bacteriológicos
• baciloscopia
• teste rápido molecular para tuberculose
• cultura para micobactéria
Controle de infecção
O emprego de medidas de controle de infecção também faz parte das ações de
prevenção da doença, tais como: manter ambientes bem ventilados e com entrada de
luz solar; proteger a boca com o antebraço ou com um lenço ao tossir e espirrar
(higiene da tosse); e evitar aglomerações.
Tuberculose e HIV
A tuberculose em pessoas que vivem com HIV é uma das condições de maior
impacto na mortalidade por HIV e por tuberculose no país. Essas pessoas têm maior
risco de desenvolver a tuberculose, e muitas vezes, só têm o diagnóstico da infecção
pelo HIV durante a investigação/confirmação da tuberculose.
Devido ao risco aumentado de adoecimento por tuberculose, em toda visita da
pessoa que vive com HIV aos serviços de saúde, deve ser questionada a presença de
tosse e de febre, sudorese noturna ou emagrecimento, os quais associados ou não à tosse,
também podem indicar tuberculose.
O diagnóstico precoce de infecção pelo HIV em pessoas com tuberculose e o
início oportuno do tratamento antirretroviral reduzem a mortalidade. Portanto, o teste
para diagnóstico do HIV (rápido ou sorológico) deve ser ofertado a toda pessoa com
diagnóstico de tuberculose. Caso o resultado da testagem para HIV seja positivo, a
pessoa deve ser encaminhada para os serviços que atendem pessoas vivendo com HIV,
e que sejam mais próximos de sua residência para dar continuidade ao tratamento da
tuberculose e iniciar o tratamento da infecção pelo HIV.
Determinantes Sociais
A tuberculose é um dos agravos fortemente influenciados pela determinação
social, apresentando uma relação direta com a pobreza e a exclusão social.
Assim, torna-se importante a interlocução com as demais políticas públicas, sobretudo
a assistência social, num esforço de construir estratégias intersetoriais como forma de
viabilizar proteção social às pessoas com tuberculose.
No âmbito federal, como resultado da articulação intersetorial entre a Saúde e a
Assistência Social, há a Instrução Operacional Conjunta nº 1, de 26 de setembro de
2019, que estabelece orientações acerca da atuação do Sistema único de Assistência
Social (SUAS) em articulação com o Sistema Único de Saúde (SUS) no enfretamento
da tuberculose.
Hanseníase (lepra)
https://youtu.be/UpWIJuIon1k
1. Sintomas da Hanseníase
2. Tratamento da Hanseníase
a. Não desista do tratamento, que é longo, mas eficaz se não for interrompido. A
primeira dose do medicamento é quase uma garantia de que a doença não será mais
transmitida;
b. Convença os familiares e pessoas próximas ao doente a procurarem uma UBS para
avaliação, quando for diagnosticado um caso de hanseníase na família;
c. A hanseníase é uma doença estigmatizante, mas que tem cura, desde que
devidamente tratada;
d. Mulheres em idade reprodutiva devem se atentar ao fato de que a rifampicina
(medicamento usado no tratamento) pode interagir com anticoncepcionais orais e reduzir
sua eficácia.
Sim. O tempo de tratamento pode variar de 6 meses em pacientes que têm a forma
mais branda da doença, a até 12 meses em pacientes que têm o tipo mais grave. Embora
seja longo, é muito importante seguir a o tratamento à risca para eliminar completamente
os bacilos.
Quem tem o tipo mais leve da doença, mesmo após o tratamento, pode não
recuperar totalmente a sensibilidade nos locais das manchas. Em casos mais graves, pode
haver sequelas como perda de força que impõe limitações físicas para usar as mãos ou
andar, por exemplo.
7. A hanseníase é hereditária?
Não, mas por ser infeciosa, familiares e pessoas próximas do paciente têm risco
de contrair a doença. Daí pode ter surgido a impressão de que ela conta com fatores
hereditários.
COLÉGIO ESTADUAL Série/ano:
PEDRO ÁLVARES CABRAL
Ano _____
Avaliação de FunSau
1) A tuberculose é uma doença bacteriana que normalmente atinge os pulmões e é transmitida por
vias aéreas. Essa doença, que constitui um grande problema de saúde, é causada pelo bacilo:
a) Halobacterium tuberculosis.
b) Rickettsia tuberculosis.
c) Mycobacterium tuberculosis.
d) Corynebacterium tuberculosis.
e) Streptococcus tuberculosis.
2) A tuberculose é uma doença contagiosa grave causada por bactérias chamadas de bacilo de
Koch. Após o contágio, o bacilo pode acometer vários órgãos, sendo os pulmões os mais
frequentemente atingidos. A respeito dessa doença, marque a alternativa incorreta:
a) A tuberculose é transmitida pelo ar.
b) A BCG é feita utilizando-se a bactéria Mycobacterium bovis atenuada.
c) A BCG confere total proteção contra a tuberculose pulmonar.
d) A tuberculose pode acometer pessoas de qualquer idade e sexo.
e) Nem todas as pessoas que têm contato com a bactéria contraem a tuberculose.
7) Quando falamos em câncer, pensamos em uma única doença, entretanto, o termo é utilizado
para definir um conjunto de mais de 100 doenças. Todas essas enfermidades apresentam em
comum o fato de:
a) apresentarem células maiores que o normal.
b) apresentarem células menores que o normal.
c) apresentarem células que migram por todo o corpo.
d) apresentarem células com crescimento desordenado.
e) apresentarem células que não sofrem divisão celular e formam tumores.
8) (Enem 2011)
O mapa mostra a área de ocorrência da malária no mundo. Considerando-se sua distribuição na
América do Sul, a malária pode ser
classificada como:
a) endemia, pois se concentra em uma área
geográfica restrita desse continente.
b) peste, já que ocorre nas regiões mais
quentes do continente
c) epidemia, já que ocorre na maior parte do
continente.
d) surto, pois apresenta ocorrência em áreas
pequenas.
e) pandemia, pois ocorre em todo o
continente.
9) O que é hanseníase?