You are on page 1of 25

[Nome da empresa]

Apostila de
FunSau
Parte 1

alexandrap quintans
[Data]
Noções básicas da epidemiologia
A Associação Internacional de Epidemiologia (IEA), em seu Guia de Métodos de
Ensino (ORGANIZACIÓN MUNDIAL DE LA SALUD, 1973), define epidemiologia
como
o estudo dos fatores que determinam a frequência e a distribuição das
doenças nas coletividades humanas. Enquanto a clínica dedica-se ao estudo da
doença no indivíduo, analisando caso a caso, a epidemiologia debruça-se sobre os
problemas de saúde em grupos de pessoas, às vezes grupos pequenos, na maioria das
vezes envolvendo populações numerosas.
Sendo assim, a epidemiologia tem muito em comum com a demografia: ambas
estudam populações. De acordo com a IEA, são três os principais objetivos da
epidemiologia:
I. Descrever a distribuição e a magnitude dos problemas de saúde das populações
humanas.
II. Proporcionar dados essenciais para o planejamento, execução e avaliação das
ações de prevenção, controle e tratamento das doenças, bem como para estabelecer
prioridades.
III. Identificar fatores etiológicos na gênese das enfermidades.

1.Transmissão de doenças infecciosas


A transmissão de doenças infecciosas exige uma interação entre o agente
transmissor, hospedeiro e ambiente.

Cadeia epidemiológica de transmissão de infecção:


a. Agente Infeccioso
É o microrganismo que pode causar uma doença infecciosa, existem vários tipos:
• Bactérias
• Vírus
• Fungos
• Parasitas
• Príons

b. Fonte ou reservatório
Fonte da Infecção ou Reservatório é o local onde o agente infeccioso se encontra.
Neste local, ele consegue viver, crescer e se multiplicar. Pode ser uma pessoa, um objeto,
um ambiente etc.

Fontes ou reservatórios humanos


Quando essa fonte é uma pessoa. Ela não necessariamente precisa estar doente.
• Ela pode estar ainda no período de incubação (o agente ainda não causou sintomas)
• Pode estar com sintomas inespecíficos, muitas vezes leves
• A pessoa pode estar apenas colonizada (o organismo vive nela, sem causar nenhuma
doença)
Exemplos de doenças transmitidas de pessoa a pessoa, sem nenhum intermediário:
Infecções Sexualmente transmissíveis, Vírus Influenza, Caxumba

Fontes ambientais
Exemplos de Fontes ambientais:
• Superfícies de materiais (roupas)
• Superfícies de móveis (cama, mesinha, cabeceira, monitor)
• Superfícies de equipamentos
• Solos
• Plantas
• Água – o sistema hidráulico por ser fonte de vários micro-organismos (bactérias como
da cólera, ou fungos, como o Aspergillus e Fusarium)
• Ar-condicionado – são fontes importantes de infecções em hospitais, principalmente
por fungos como Aspergillus)
• Soluções (até mesmo soluções como álcool e sabão podem ser fontes de infecção se
não forem cumpridas as regras de uso)
• Medicamentos

Fontes ou reservatórios animais


O animal pode estar apenas colonizado pelo microrganismo.
Exemplos: bactérias em boca, pelos ou unhas de cães ou gatos.
A doença pode ser normalmente transmitida de animal a animal, tendo o ser
humano como hospedeiro acidental, estas são as chamadas zoonoses.

c) Porta de Saída
É a via pela qual os microrganismos saem da fonte humana para atingir uma fonte
ambiental ou um hospedeiro susceptível.
Exemplos de porta de saída:
• Trato respiratório
• Trato geniturinário
• Trato gastrintestinal
• Sangue
• Pele
• Mucosas.

d) Forma de transmissão
É o modo com que o agente infeccioso atinge um hospedeiro susceptível. É a
forma de transmissão do microrganismo que definirá o tipo de isolamento.

Transmissão de doenças infecciosas – direta por contato


Microrganismo é transmitido diretamente de pessoa para pessoa: Pele-a-pele,
beijo, contato sexual.
Exemplos:
• Contato de sangue e fluídos corporais do paciente diretamente com mucosa ou pele
não íntegra como HIV, Hepatites virais, Clostridium difficile.
• Contato direto (mesmo pele íntegra) com pacientes infestados com escabiose.
• Contato direto (mesmo pele íntegra) com pacientes portadores de lesão herpética.

Transmissão de doenças infecciosas – direta por gotas (respiratória)


Quando espirramos, tossimos, ou mesmo falamos, emitimos pequenas partículas
que saem por nossa boca ou nariz.
Essas partículas são dispersadas por uma certa distância até caírem no chão.
Dependendo do tamanho e peso dessas partículas, elas podem ter diferente alcance.
Existem dois tipos de transmissão direta por gotas ou transmissão respiratória:
• Transmissão por gotícula
• Transmissão por aerossol

Transmissão de doenças infecciosas – Via respiratória por gotícula


As gotículas respiratórias são partículas muito pequeninas que medem menos que
5 μm (não podem ser vistas a olho nu) e saem do corpo do doente através de tosse, espirro
ou fala.
As gotículas respiratórias entram no corpo penetrando nas mucosas de olhos, nariz
ou boca.
Exemplo: vírus sincicial respiratório e bactérias.

Transmissão de doenças infecciosas – Via respiratória por aerossol


A transmissão por aerossol ocorre pela disseminação de núcleos goticulares ou de
pequenas partículas (<5 μm de tamanho).
Essas partículas contêm agentes infecciosos que permanecem infectantes por
períodos prolongados e podem percorrer longas distâncias.
O tamanho da partícula proporciona a forma ideal para a inalação, uma vez que é
suficientemente pequena para atingir a árvore respiratória sem ser contida pelos cílios
presentes na mucosa do trato respiratório superior. Exemplos: esporos de Aspergillus
spp, e Mycobacterium tuberculosis
Os microrganismos carreados desta forma podem atingir longas distâncias através
das correntes de ar e ser inalados por pessoas suscetíveis que não tiveram contato
próximo ou que estiveram no mesmo quarto com a pessoa infectada

Transmissão de doenças infecciosas – indireta pelo Ar


Transferência de um agente infeccioso desde um reservatório até um hospedeiro
através de núcleos de poeira ou gotículas suspensas no ar.
Núcleos de poeira se instalam em superfícies e depois viajam pelo ar através do
vento ou queimadas.
Gotículas são partículas muito pequenas e leves que conseguem ficar suspensas
no ar por mais tempo e alcançam distancias maiores que os núcleos de poeira e se
dispersam mais facilmente. Exemplo: sarampo.

Transmissão de doenças infecciosas – indireta por veículo


Transferência de um agente infeccioso desde um reservatório até um hospedeiro por
vias como:
• Material biológico (como o sangue)
• Comida
• Água
• Fomites (objetos inanimados: como luvas, roupas, materiais cirúrgicos etc)
Um veículo pode funcionar apenas para um meio de transporte para o agente
infeccioso, ou como um reservatório (onde ele pode crescer e se multiplicar)

Transmissão de doenças infecciosas – indireta por vetores


Transferência de um agente infeccioso desde um reservatório até um hospedeiro
por intermediários animados (animais).
Os vetores podem transportar os agentes infecciosos por meios puramente
mecânicos ou participarem do ciclo de vida do micro-organismo.
Cada animal (vetor) pode ser capaz de transmitir um ou vários agentes infecciosos.
Exemplos de vetores:
• Moscas (bactérias causadoras de diarreias infecciosas)
• Carrapatos (Borreliose – doença de Lyme)
• Mosquitos Aedes aegypti (Dengue, Zika, Chikungunya, Febre Amarela)
• Mosquitos do gênero Anopheles (Malária)
• Roedores (Leptospirose)
• Morcegos (Raiva, Histoplasmose)
• Pombos (Paracoco)
• Gatos (Toxoplasmose, Raiva)

e) Porta de entrada:
É a via pela qual o agente infeccioso atinge o hospedeiro susceptível.
Exemplos:
• Trato respiratório,
• Trato gastrointestinal,
• Trato urinário,
• Pele não íntegra,
• Mucosas.

f) Hospedeiro Susceptível
Todos os indivíduos possuem algum grau de susceptibilidade, a depender das
condições individuais e do tipo de patógeno. Nem toda pessoa que entra em contato com
algum microrganismo ficará doente. Na verdade, a maioria dos agentes infecciosos com
os quais temos contato, não nos causa doenças, o maior exemplo disso é a Tuberculose.
Para que uma pessoa fique doente, na verdade precisa -se de uma série de
condições favoráveis, e nem sempre podemos estipular ou quantificar todas elas.
Pessoas com maior risco de desenvolver doenças infecciosas uma vez que entram em
contato com o agente:
• Pacientes imunossuprimidos (com imunidade baixa), independente do motivo da
imunossupressão.
• Recém-nascidos,
• Queimados,
• Idosos,
• Paciente recém-operados.

Pandemia, epidemia e endemia: entenda a


diferença

1. Mas, qual a diferença entre pandemia, epidemia e endemia?

a. Pandemia: é definida quando uma doença infecciosa se propaga e atinge


simultaneamente um grande número de pessoas em todo o mundo – em 2009, por
exemplo, a gripe suína que matou milhares de pessoas foi classificada como pandemia.

Embora o termo pandemia possa assustar, vale ressaltar que não muda a maneira em que
a doença seja proliferada. A classificação ocorre mais porque o vírus não afetou uma
região específica – no início, o coronavírus estava concentrado apenas em Wuhan, na
China – e se espalhou pelo globo.
Além do covid-19, são exemplos de pandemias: AIDS, tuberculose, peste, gripe asiática,
gripe espanhola e tifo. O câncer, que provoca milhares de mortes em todo o mundo, não
é classificado como uma pandemia por não ser uma doença transmissível.

b. Epidemia: também classifica as doenças infecciosas e contagiosas, mas que ocorrem


somente em uma comunidade e ou região específica.

A nível municipal, por exemplo, uma epidemia ocorre quando vários bairros apresentam
casos da doença; estadual quando ocorre em várias cidades e nacional em diversas regiões
do país.

Em resumo, são surtos de doenças em diversas regiões, sem propagação entre países, por
exemplo. Podemos citar casos de epidemia quando a dengue acontece em várias cidades.

c. Endemia: os casos de endemias não são classificados levando em conta o número de


ocorrência.

A doença é endêmica quando aparece com frequência em um local, não se espalhando


por outras comunidades – a chamada endêmica típica.

A endemia também é classificada de modo sazonal. A febre amarela, comum na região


amazônica, é uma doença endêmica.

Síndrome respiratória aguda grave


(SARS)

Definição
A síndrome respiratória aguda grave (SARS) é uma doença respiratória zoonótica
altamente infecciosa de humanos com morbimortalidade significativa. O reservatório
específico do hospedeiro animal permanece desconhecido, embora os morcegos-
ferradura sejam reservatórios de coronavírus.
Essa patologia é causada pelo SARS-coronavírus (SARS-CoV), que teve sua
origem na China em 2002 a 2003 e teve seu genoma sequenciado evidenciando nenhuma
relação com os coronavírus humanos ou animais previamente conhecidos, causando um
surto global relacionado a viagens com 8098 casos e 774 mortes confirmadas. É provável
que o SARS-CoV tenha sido um vírus animal que se adaptou à transmissão humano-
humano no passado recente. A presença deste animal reservatório implica que é possível
que esse vírus novamente infecte seres humanos e inicie novos surtos de doenças.

Epidemiologia

Em um hospital na cidade de Guangzhou, um estudo retrospectivo de 55 pacientes


hospitalizados com pneumonia atípica entre janeiro e fevereiro de 2003, mostrou uma
cultura positiva de SARS-CoV nos aspirados nasofaríngeos de 3 pacientes e sorologia
positiva para SARS-CoV em 48 pacientes (87%). Nesse contexto, o caso-índice do maior
surto de SARS-CoV em Hong Kong foi o de um médico de 64 anos, que viajou da
província de Guangdong para Hong Kong. O SARS-CoV foi transmitido a pelo menos
16 clientes do hotel onde ele ficou, esse profissional de saúde veio a morrer depois por
complicações. Dentro de algumas semanas, catalisados pela velocidade das viagens
aéreas internacionais, os clientes infectados espalharam SARS-CoV para 29 países /
regiões. Segundo dados atualizados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças
(CDC) atualmente há 60 países com casos suspeitos de doença causada por coronavírus
(COVID-19).
Alguns critérios epidemiológicos, para definição de suspeita de caso, são
sugeridos e adotados por instituições mundiais de saúde como: viajar para (incluindo
trânsito pelo) continente China nos 14 dias antes do início da doença ou contato próximo
ou casual em 14 dias antes da doença com um caso confirmado de COVID-19. Muitos
vírus respiratórios, incluindo os coronavírus têm uma sazonalidade e a do SARS-CoV
ainda é desconhecida. Por fim, as estimativas atuais sobre parâmetros epidemiológicos,
incluindo gravidade, transmissibilidade e período de incubação, ainda, são incertos.

Fisiopatologia

A fisiopatologia da SARS decorrente do novo coronavírus ainda não está


totalmente esclarecida por conta da maioria das amostras de tecido disponíveis para
avaliação pertencerem a pacientes que faleceram em fases mais tardias da doença, tendo
então a história da doença ocultada por fatores concomitantes como infecções
secundárias, alterações por conta da ventilação mecânica ou moduladores imunes.
O SARS-CoV pode além do acometer outros tecidos além do trato respiratório
como mucosa intestinal, epitélio tubular renal e células do sistema reticuloendotelial e
linfoide. O vírus entra no paciente pelo trato respiratório e a infecção ocorre em 3 etapas:
ligação com o receptor, alteração conformacional na S glicoproteína e proteólise pela
catepsina L dentro de endossomos. A entrada do vírus é mediada pela enzima conversora
de angiotensina 2. Essa enzima está presente abundantemente nos pulmões e no intestino
delgado.
Sabe-se que a pneumonia causada pelo SARS-COV possui duas fases. Os
primeiros 10 dias de doença ocorre dano alveolar difuso e uma mistura de infiltrado
inflamatório, edema e formação de membrana hialina. Nessa fase ocorre descamação dos
pneumócitos. Após 10 dias de doença, ocorre organização do dano alveolar com fibrose
aumentada, metaplasia de tecido escamoso e células multinucleadas gigantes. A maior
parte dos óbitos ocorre nesta segunda fase da doença.
A resposta inata e adquirida tem a capacidade de conter o vírus gerando um quadro
viral leve, no entanto, respostas imunes anormais, mecanismos autoimunes, desregulação
de citocinas podem levar a doença a evoluir a quadros mais graves. A progressão do
SARS tem sido associada a ativação T-helper (TH1) e uma hiperatividade inflamatória.

Quadro clínico

A doença evolui de forma leve, moderada, grave a rapidamente progressiva ou


fulminante. A incubação dura cerca de 5 dias, o início dos sintomas é em 10 dias em 95%
dos pacientes, entre 2 e 8 dias o paciente costuma ser hospitalizado e a pior evolução
cursa com ventilação mecânica em cerca de 11 dias e óbito em 23 dias.
As manifestações podem variar conforme a idade e os estágios de evolução. Os
principais sintomas são: febre, tosse seca, mialgia, mal-estar, rigidez, calafrios, dispneia
e dor de cabeça. Sendo os três primeiros mais frequentes na primeira semana, apesar da
consolidação pulmonar e do aumento da carga viral. E na segunda semana muitos
pacientes apresentam recorrência da febre, com piora do quadro, sendo 20% os que
necessitam de ventilação mecânica.
Outras características clínicas possíveis são diarreia aquosa em 40 a 70% dos
pacientes, além de dor de garganta, produção de escarro, rinorreia e náusea. É possível
acompanhar a evolução radiograficamente e através da mensuração de carga viral no soro
e no líquido cefalorraquidiano.

Diagnóstico

Para realizar o diagnóstico de infecção por SARS-CoV, diversas amostras


laboratoriais podem ser coletadas, como aspirado de vias aéreas superiores e inferiores,
sangue, fezes e urinas. Entretanto, as que demonstram maior sensibilidade na detecção
são: aspirado de nasofaringe, 80% nos três primeiros dias após o início dos sintomas;
soroconversão de IgG para SARS-CoV, 80% no primeiro dia; e amostra de fezes, 97%
no décimo-quarto dia. Além disso, observou-se uma contagem de linfócitos inferior a
1,0×10ˆ9 em 98% dos infectados. O método que se provou mais sensível para a realização
dos testes foi a RT-PCR.
Os achados radiológicos são menos determinantes para o fechamento do
diagnóstico, e cerca de 25% do infectados apresentam radiografias com sinais
inespecíficos. Por outro lado, a tomografia computadorizada de alta resolução pode
detectar lesões parenquimatosas nos primeiros dias após surgimentos dos sintomas, como
espessamento intersticial intralobular e opacificação em vidro fosco, principalmente nos
lobos inferiores.
Dentre os fatores prognósticos, aqueles associados com os piores desfechos, óbito
ou internação em UTI, são: idade avançada; alta carga viral de SARS-CoV em swab de
nasofaringe obtidos no décimo dia após o início dos sintomas; doenças de base, como
hepatite B e diabetes mellitus; e alguns marcadores laboratoriais, como altos níveis de
lactato desidrogenase e baixa contagem de linfócitos CD4 e CD8.

Tratamento

Durante a epidemia do início do século, Ribavirin foi bastante prescrito para o


tratamento das infecções por SARS-CoV, entretanto, o seu benefício contra o vírus é
baixíssimo, além de causar hemólise em 36% dos pacientes que fizeram seu uso. Outras
técnicas de terapia antivirais também foram utilizadas e se mostraram mais efetivas, como
inibidores de protease e INF. Os inibidores de protease reduziram a taxa de mortalidade
para 2,3% e a taxa de intubação para 0%. Já o tratamento com INF apresentou uma
melhora na saturação de oxigênio dos pacientes e uma melhora mais rápida das
opacificações pulmonares.
Outra técnica utilizada foi a imunoterapia passiva, que aumentou a taxa de
sobrevivência (100%) e uma maior taxa de alta (77,8%). Ou seja, o tratamento da infecção
por SARS-CoV deve incluir suporte com oxigenação e equilíbrio adequado de líquidos e
eletrólitos. Junto a isso, imunoterapia passiva, inibidores de protease e INF também
podem ser utilizadas devido aos seus benefícios apresentados.
Síndrome Respiratória do Oriente Médio

Um sul-coreano de 68 anos retorna doente ao seu país de uma viagem ao Oriente


Médio. Vai a quatro grandes hospitais até ser diagnosticado, infectando, no processo,
profissionais de saúde e outros pacientes.
Resultado: o país passa a enfrentar uma epidemia da Síndrome Respiratória do
Oriente Médio (MERS), que atingiu quase 200 pessoas, matando mais de 30 doentes.
O episódio chama a atenção para a facilidade de disseminação de doenças por
grandes distâncias devido aos modernos meios de transportes, bem como para a
importância da vigilância em saúde.

A doença

A síndrome se caracteriza por infecção respiratória com febre, tosse e falta de ar.
Outros sintomas comuns são pneumonia, diarreia, náuseas e vômitos. As complicações
mais frequentes são insuficiência respiratória e renal, síndrome da angústia respiratória
do adulto, choque séptico, coagulação intravascular disseminada e pericardite. A MERS
mata cerca de 30% dos doentes.
Casos mais graves de MERS geralmente ocorrem em pacientes com problemas de
saúde pré-existentes, como diabetes, imunodepressão, câncer e doenças cardíacas,
respiratórias ou renais crônicas. Muitos infectados apresentam sintomas brandos, como
os de um resfriado, ou são assintomáticos.
A síndrome é causada por um coronavírus – MERS-CoV, que vem circulando na
Península Arábica desde 2012. Houve casos confirmados da doença em quatro
continentes (Ásia, Europa, África e América), todos associados a pacientes com histórico
de viagem ao Oriente Médio.

Transmissão

A MERS é uma zoonose, isto é, uma doença transmitida para o homem através de
animais vertebrados. Acredita-se que o vírus tenha se originado em morcegos e
transmitido para camelos no passado. Cepas de MERS-CoV idênticas às cepas humanas
foram isoladas de camelos em vários países, como Arábia Saudita, Egito, Qatar e Omã.
A doença não é transmitida facilmente de pessoa a pessoa. É necessário contato
próximo, como viver ou cuidar de alguém infectado. Foram registrados casos de MERS
em hospitais e outros estabelecimentos de assistência à saúde.

Ministério da Saúde <https://coronavirus.saude.gov.br/sobre-a-doenca>

1. Sobre a doença

O que é COVID-19
A COVID-19 é uma doença causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, que apresenta um
quadro clínico que varia de infecções assintomáticas a quadros respiratórios graves. De
acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a maioria dos pacientes com
COVID-19 (cerca de 80%) podem ser assintomáticos e cerca de 20% dos casos podem
requerer atendimento hospitalar por apresentarem dificuldade respiratória e desses casos
aproximadamente 5% podem necessitar de suporte para o tratamento de insuficiência
respiratória (suporte ventilatório).

O que é o coronavírus?

Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente
do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China. Provoca a
doença chamada de coronavírus (COVID-19).

Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No


entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil
na microscopia, parecendo uma coroa.

A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as
crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus. Os
coronavírus mais comuns que infectam humanos são o alpha coronavírus 229E e NL63 e
beta coronavírus OC43, HKU1.

Quais são os sintomas?


Os sintomas da COVID-19 podem variar de um simples resfriado até uma pneumonia
severa. Sendo os sintomas mais comuns:

• Tosse
• Febre
• Coriza
• Dor de garganta
• Dificuldade para respirar

Como é transmitido?
A transmissão acontece de uma pessoa doente para outra ou por contato próximo por meio
de:
• Toque do aperto de mão;
• Gotículas de saliva;
• Espirro;
• Tosse;
• Catarro;

• Objetos ou superfícies contaminadas, como celulares, mesas, maçanetas, brinquedos,


teclados de computador etc.
Diagnóstico
O diagnóstico da COVID-19 é realizado primeiramente pelo profissional de saúde que
deve avaliar a presença de critérios clínicos:

• Pessoa com quadro respiratório agudo, caracterizado por sensação febril ou febre, que
pode ou não estar presente na hora da consulta (podendo ser relatada ao profissional de
saúde), acompanhada de tosse OU dor de garganta OU coriza OU dificuldade respiratória,
o que é chamado de Síndrome Gripal.
• Pessoa com desconforto respiratório/dificuldade para respirar OU pressão persistente no
tórax OU saturação de oxigênio menor do que 95% em ar ambiente OU coloração azulada
dos lábios ou rosto, o que é chamado de Síndrome Respiratória Aguda Grave

Caso o paciente apresente os sintomas, o profissional de saúde poderá solicitar exame


laboratoriais:

• De biologia molecular (RT-PCR em tempo real) que diagnostica tanto a COVID-19, a


Influenza ou a presença de Vírus Sincicial Respiratório (VSR).
• Imunológico (teste rápido) que detecta, ou não, a presença de anticorpos em amostras
coletadas somente após o sétimo dia de início dos sintomas.

O diagnóstico da COVID-19 também pode ser realizado a partir de critérios como:


histórico de contato próximo ou domiciliar, nos últimos 7 dias antes do aparecimento dos
sintomas, com caso confirmado laboratorialmente para COVID-19 e para o qual não foi
possível realizar a investigação laboratorial específica, também observados pelo
profissional durante a consulta.

Como se proteger
As recomendações de prevenção à COVID-19 são as seguintes:

• Lave com frequência as mãos até a altura dos punhos, com água e sabão, ou então
higienize com álcool em gel 70%.
• Ao tossir ou espirrar, cubra nariz e boca com lenço ou com o braço, e não com as
mãos.
• Evite tocar olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.
• Ao tocar, lave sempre as mãos como já indicado.
• Mantenha uma distância mínima de cerca de 2 metros de qualquer pessoa tossindo
ou espirrando.
• Evite abraços, beijos e apertos de mãos. Adote um comportamento amigável sem
contato físico, mas sempre com um sorriso no rosto.
• Higienize com frequência o celular e os brinquedos das crianças.
• Não compartilhe objetos de uso pessoal, como talheres, toalhas, pratos e copos.
• Mantenha os ambientes limpos e bem ventilados.
• Evite circulação desnecessária nas ruas, estádios, teatros, shoppings, shows,
cinemas e igrejas. Se puder, fique em casa.
• Se estiver doente, evite contato físico com outras pessoas, principalmente idosos
e doentes crônicos, e fique em casa até melhorar.
• Durma bem e tenha uma alimentação saudável.
• Utilize máscaras caseiras ou artesanais feitas de tecido em situações de saída de
sua residência.

Dicas para viajantes


• Caso você precise viajar, avalie a real necessidade. Se for inevitável viajar, previna-se e
siga as orientações das autoridades de saúde locais.

Ao voltar de viagens internacionais ou locais recomenda-se:

• No caso de viagens internacionais: o isolamento domiciliar voluntário por 7 dias após


o desembarque, mesmo que não tenha apresentado os sintomas.
• No caso de viagens locais: ficar atento à sua condição de saúde, principalmente nos
primeiros 14 dias.
• Reforçar os hábitos de higiene, como lavar as mãos com água e sabão.
• Caso apresente sintomas de gripe, siga as orientações do Ministério da Saúde para
isolamento domiciliar.

Se eu ficar doente
Caso você se sinta doente, com sintomas de gripe, evite contato físico com outras pessoas,
principalmente idosos e doentes crônicos e fique em casa por 14 dias.

Só procure um hospital de referência se estiver com falta de ar.

Em caso de diagnóstico positivo para COVID-19, siga as seguintes recomendações:

• Fique em isolamento domiciliar.


• Utilize máscara o tempo todo.
• Se for preciso cozinhar, use máscara de proteção, cobrindo boca e nariz todo o tempo.
• Depois de usar o banheiro, nunca deixe de lavar as mãos com água e sabão e sempre
limpe vaso, pia e demais superfícies com álcool ou água sanitária para desinfecção do
ambiente.
• Separe toalhas de banho, garfos, facas, colheres, copos e outros objetos apenas para seu
uso.
• O lixo produzido precisa ser separado e descartado.
• Sofás e cadeiras também não podem ser compartilhados e precisam ser limpos
frequentemente com água sanitária ou álcool 70%.
• Mantenha a janela aberta para circulação de ar do ambiente usado para isolamento e a
porta fechada, limpe a maçaneta frequentemente com álcool 70% ou água sanitária.

Caso o paciente não more sozinho, os demais moradores da devem dormir em outro
cômodo, longe da pessoa infectada, seguindo também as seguintes recomendações:

• Manter a distância mínima de 1 metro entre o paciente e os demais moradores.


• Limpe os móveis da casa frequentemente com água sanitária ou álcool 70%.
• Se uma pessoa da casa tiver diagnóstico positivo, todos os moradores ficam em
isolamento por 14 dias também.
• Caso outro familiar da casa também inicie os sintomas leves, ele deve reiniciar o
isolamento de 14 dias. Se os sintomas forem graves, como dificuldade para
respirar, ele deve procurar orientação médica.

O que é o coronavírus?
Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias.
Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No
entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil
na microscopia, parecendo uma coroa.
A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida,
sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do
vírus.

Doença Significado Agente Origem


etiológico
SARS Síndrome SARS-CoV China
Respiratória 2002-2003
Aguda Severa
(ou Grave)
MERS Síndrome MERS-CoV Península
Respiratória do Arábica desde
Oriente Médio 2012
COVID-19 COrona VIrus SARS-CoV-2 China
Disease 31/12/2019
(Doença do
Coronavírus)
descrito em
2019

Importância da vacinação
O ditado popular “melhor prevenir do que remediar” se aplica perfeitamente à
vacinação. Muitas doenças comuns no Brasil e no mundo deixaram de ser um problema de
saúde pública por causa da vacinação massiva da população. Poliomielite, sarampo, rubéola,
tétano e coqueluche são só alguns exemplos de doenças comuns no passado e que as novas
gerações só ouvem falar em histórias. O resultado da vacinação não se resume a evitar doença.
Vacinas salvam vidas.

Mas como a vacina ajuda o nosso sistema imunológico?

Quando uma pessoa é infectada pela primeira vez por um antígeno (substância estranha
ao organismo), como o vírus do sarampo, o sistema imunológico produz anticorpos (proteínas
que atuam como defensoras no organismo) para combater aquele invasor. Mas essa produção
não é feita na velocidade suficiente para prevenir a doença, uma vez que o sistema imunológico
não conhece aquele invasor. Por isso, a pessoa fica doente, podendo levar à morte. Mas se, anos
depois, aquele organismo invadir o corpo novamente, o sistema imunológico vai produzir
anticorpos em uma velocidade suficiente para evitar que a pessoa fique doente uma segunda
vez. Essa proteção é chamada de imunidade.
O que a vacina faz é gerar essa imunidade. Com os mesmos antígenos que causam a
doença, mas enfraquecidos ou mortos, a vacina ensina e estimula o sistema imunológico a
produzir os anticorpos que levam à imunidade.
Portanto, a vacina faz as pessoas desenvolverem imunidade sem ficar doente.

Doenças controladas podem voltar

Muitas doenças infecciosas estão ficando raras. Pessoas nascidas a partir de 1990
podem nunca ter tido contato com pessoas com sarampo ou rubéola e, definitivamente, de
poliomielite. Isso porque as constantes ações de vacinação foram capazes de controlar e
eliminar essas doenças do Brasil.
Então, não preciso vacinar meu filho contra essas doenças? Precisa sim. Essas doenças
ainda fazem vítimas em outros lugares do mundo. Com a globalização, as pessoas passam por
vários continentes em uma única semana. Se não estiver vacinada, ela pode trazer a doença para
o Brasil e transmitir para alguém que não esteja imunizada.
Pessoas não vacinadas, portanto, podem ser a porta de entradas de doenças eliminadas
no Brasil.

Como eu posso saber se as vacinas são seguras?

Com as vacinas conseguimos erradicar a varíola e controlar diversas doenças, como a


poliomielite (paralisia infantil), o sarampo, a coqueluche e a difteria, entre outras. Com isso, as
vacinas protegem com segurança. Eventuais reações, como febre e dor local, podem ocorrer
após a aplicação de uma vacina, mas os benefícios da imunização são muito maiores que os
riscos dessas reações temporárias.
É importante saber também que toda vacina licenciada para uso passou antes por
diversas fases de avaliação, desde os processos iniciais de desenvolvimento até a produção e a
fase final que é a aplicação, garantindo assim sua segurança. Além disso, elas são avaliadas e
aprovadas por institutos reguladores muito rígidos e independentes. No Brasil, essa função cabe
à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgão do Ministério da Saúde (MS). E
não é só isso. A vigilância de eventos adversos continua acontecendo depois que a vacina é
licenciada, permitindo a continuidade de monitoramento da segurança do produto.
Calendário Nacional de Vacinação Infantil
Criança

Para vacinar, basta levar a criança a um posto ou Unidade Básica de Saúde (UBS) com o
cartão/caderneta da criança. O ideal é que cada dose seja administrada na idade recomendada.
Entretanto, se perdeu o prazo para alguma dose é importante voltar à unidade de saúde para
atualizar as vacinas. A maioria das vacinas disponíveis no Calendário Nacional de Vacinação é
destinada a crianças. São 15 vacinas, aplicadas antes dos 10 anos de idade.

➢ Ao nascer
BCG (Bacilo Calmette-Guerin) – (previne as formas graves de tuberculose, principalmente miliar
e meníngea) - dose única - dose única.
Hepatite B (previne a hepatite B) - dose ao nascer

➢ 2 meses
Penta (previne difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e infecções causadas pelo Haemophilus
influenzae B) – 1ª dose
Vacina Poliomielite 1, 2 e 3 (inativada) - (VIP) (previne a poliomielite) – 1ª dose
Pneumocócica 10 Valente (conjugada) (previne a pneumonia, otite, meningite e outras doenças
causadas pelo Pneumococo) – 1ª dose
Rotavírus humano (previne diarreia por rotavírus) – 1ª dose

➢ 3 meses
Meningocócica C (conjugada) - (previne Doença invasiva causada pela Neisseria meningitidis
do sorogrupo C) – 1ª dose

➢ 4 meses
Penta (previne difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e infecções causadas pelo Haemophilus
influenzae B) – 2ª dose
Vacina Poliomielite 1, 2 e 3 (inativada) - (VIP) (previne a poliomielite) – 2ª dose
Pneumocócica 10 Valente (conjugada) (previne pneumonia, otite, meningite e outras doenças
causadas pelo Pneumococo) – 2ª dose
Rotavírus humano (previne diarreia por rotavírus) – 2ª dose

➢ 5 meses
Meningocócica C (conjugada) (previne doença invasiva causada pela Neisseria meningitidis do
sorogrupo C) – 2ª dose

➢ 6 meses
Penta (previne difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e infecções causadas pelo Haemophilus
influenzae B) – 3ª dose
Vacina Poliomielite 1, 2 e 3 (inativada) - (VIP) - (previne poliomielite) – 3ª dose

➢ 9 meses
Febre Amarela – uma dose (previne a febre amarela)

➢ 12 meses
Tríplice viral (previne sarampo, caxumba e rubéola) – 1ª dose
Pneumocócica 10 Valente (conjugada) - (previne pneumonia, otite, meningite e outras doenças
causadas pelo Pneumococo) – Reforço
Meningocócica C (conjugada) (previne doença invasiva causada pela Neisseria meningitidis do
sorogrupo C) – Reforço
➢ 15 meses
DTP (previne a difteria, tétano e coqueluche) – 1º reforço
Vacina Poliomielite 1 e 3 (atenuada) (VOP) - (previne poliomielite) – 1º reforço
Hepatite A – uma dose
Tetra viral – (previne sarampo, rubéola, caxumba e varicela/catapora) - Uma dose

➢ 4 anos
DTP (Previne a difteria, tétano e coqueluche) – 2º reforço
Vacina Poliomielite 1 e 3 (atenuada) (VOP) – (previne poliomielite) - 2º reforço
Varicela atenuada (previne varicela/catapora) – uma dose

Atenção: Crianças de 6 meses a 5 anos (5 anos 11 meses e 29 dias) de idade deverão tomar uma
ou duas doses da vacina influenza durante a Campanha Anual de Vacinação da Gripe.

Tuberculose: o que é, causas, sintomas, tratamento, diagnóstico e prevenção

O que é tuberculose?
A tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível que afeta
prioritariamente os pulmões, embora possa acometer outros órgãos e/ou sistemas. A
doença é causada pelo Mycobacterium tuberculosis ou bacilo de Koch.
A forma extrapulmonar, que acomete outros órgãos que não o pulmão, ocorre
mais frequentemente em pessoas que vivem com HIV, especialmente aquelas com
comprometimento imunológico.
No Brasil, a doença é um sério problema de saúde pública, com profundas
raízes sociais. A epidemia do HIV e a presença de bacilos resistentes tornam o cenário
ainda mais complexo. A cada ano, são notificados aproximadamente 70 mil casos
novos e ocorrem cerca de 4,5 mil mortes em decorrência da tuberculose.

Quais são as manifestações clínicas da tuberculose?


A forma pulmonar, além de ser mais frequente, é também a mais relevante para
a saúde pública, principalmente a positiva à baciloscopia, pois é a principal
responsável pela manutenção da cadeia de transmissão da doença.
A forma extrapulmonar, que acomete outros órgãos que não o pulmão, ocorre
mais frequentemente em pessoas que vivem com o HIV, especialmente entre aquelas
com comprometimento imunológico.

Quais são os sintomas da tuberculose?


O principal sintoma da tuberculose pulmonar é a tosse na forma seca ou
produtiva. Por isso, recomenda-se que todo sintomático respiratório, que é a pessoa
com tosse por três semanas ou mais, seja investigado para tuberculose. Há outros
sinais e sintomas que podem estar presentes, como:
• Febre vespertina
• Sudorese noturna
• Emagrecimento
• Cansaço/fadiga
Como é feito o diagnóstico da tuberculose?
Para o diagnóstico da tuberculose são utilizados os seguintes exames:

Bacteriológicos
• baciloscopia
• teste rápido molecular para tuberculose
• cultura para micobactéria

Por imagem (exame complementar)


• Radiografia de tórax

O diagnóstico clínico pode ser considerado, na impossibilidade de se


comprovar a tuberculose por meio de exames laboratoriais. Nesses casos, deve ser
associado aos sinais e sintomas o resultado de outros exames complementares, como
de imagem e histológicos.

Como a tuberculose é transmitida?


A tuberculose é uma doença de transmissão aérea e se instala a partir da
inalação de aerossóis oriundos das vias aéreas, durante a fala, espirro ou tosse das
pessoas com tuberculose ativa (pulmonar ou laríngea), que lançam no ar partículas em
forma de aerossóis contendo bacilos.
Calcula-se que, durante um ano, em uma comunidade, um indivíduo que tenha
baciloscopia positiva pode infectar, em média, de 10 a 15 pessoas.
Bacilos que se depositam em roupas, lençóis, copos e outros objetos
dificilmente se dispersam em aerossóis e, por isso, não têm papel importante na
transmissão da doença.
Com o início do tratamento, a transmissão tende a diminuir gradativamente e,
em geral, após 15 dias de tratamento, ela se encontra muito reduzida.
No entanto, o ideal é que as medidas de controle sejam implantadas até que
haja a negativação da baciloscopia, tais como cobrir a boca com o braço ou lenço ao
tossir e manter o ambiente bem ventilado, com bastante luz natural.
O bacilo é sensível à luz solar e a circulação de ar possibilita a dispersão das
partículas infectantes. Por isso, ambientes ventilados e com luz natural direta
diminuem o risco de transmissão.

Como é feito o tratamento da tuberculose?


O tratamento da tuberculose dura no mínimo seis meses, é gratuito e está
disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), devendo ser realizado,
preferencialmente, em regime de Tratamento Diretamente Observado (TDO).
São utilizados quatro fármacos para o tratamento dos casos de tuberculose que
utilizam o esquema básico: rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol.
O TDO é indicado como principal ação de apoio e monitoramento do
tratamento das pessoas com tuberculose e pressupõe uma atuação comprometida e
humanizada dos profissionais de saúde.
Além da construção do vínculo entre o profissional de saúde e a pessoa com
tuberculose, o TDO inclui a ingestão dos medicamentos pelo paciente realizada sob a
observação de um profissional de saúde ou de outros profissionais capacitados, como
profissionais da assistência social, entre outros, desde que supervisionados por
profissionais de saúde.
O TDO deve ser realizado, idealmente, em todos os dias úteis da semana. O
local e o horário para a realização do TDO devem ser acordados com a pessoa e com o
serviço de saúde.
A pessoa com tuberculose necessita ser orientada, de forma clara, quanto às
características da doença e do tratamento a que será submetida. O profissional de
saúde deve informá-la sobre a duração e o esquema do tratamento, bem como sobre a
utilização dos medicamentos, incluindo os benefícios do seu uso regular, as possíveis
consequências do seu uso irregular e os eventos adversos associados.

Todas as pessoas com tuberculose devem fazer o tratamento até o final. A


tuberculose tem cura!

Como prevenir a tuberculose?


Vacinação com BCG
A vacina BCG (bacilo Calmette-Guérin), ofertada no Sistema Único de Saúde
(SUS), protege a criança das formas mais graves da doença, como a tuberculose miliar
e a tuberculose meníngea. A vacina está disponível nas salas de vacinação das
unidades básicas de saúde e maternidades.
Essa vacina deve ser dada às crianças ao nascer, ou, no máximo, até os quatro
anos, 11 meses e 29 dias.

Tratamento da Infecção Latente pelo Mycobacterium tuberculosis


O tratamento da Infecção Latente da Tuberculose (ILTB) é uma importante
estratégia de prevenção para evitar o desenvolvimento da tuberculose ativa,
especialmente nos contatos domiciliares, nas crianças e nos indivíduos com condições
especiais, como imunossupressão pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV),
comorbidades associadas ou uso de alguns medicamentos.
Para isso, é importante que a equipe de saúde realize a avaliação dos contatos
de pessoas com tuberculose e ofereça o exame para diagnóstico da ILTB aos demais
grupos populacionais, mediante critérios para indicação do tratamento preventivo.

Controle de infecção
O emprego de medidas de controle de infecção também faz parte das ações de
prevenção da doença, tais como: manter ambientes bem ventilados e com entrada de
luz solar; proteger a boca com o antebraço ou com um lenço ao tossir e espirrar
(higiene da tosse); e evitar aglomerações.

Tuberculose: o que é, causas, sintomas, tratamento, diagnóstico e


prevenção (Parte 2)
Populações vulneráveis - tuberculose
Além dos fatores relacionados ao sistema imunológico de cada pessoa e à
exposição ao bacilo, o adoecimento por tuberculose, muitas vezes, está ligado às
condições precárias de vida. Assim, alguns grupos populacionais podem apresentar
situações de maior vulnerabilidade. O quadro abaixo traz algumas dessas populações e
os seus respectivos riscos de adoecimento em comparação com a população em geral.
Populações mais Risco de adoecimento por Carga entre os casos novos
vulneráveis tuberculose
Indígenas 3x maior 1,0%
Privados de liberdades 28xmaior 11,1%
Pessoas que vivem com 25x maior 8,4%
HIV/Aids
Pessoas em situação de rua 56x maior* 2,5%
Fonte: SES/MS/SINAN/IBGE
*Fonte: TBWEB, SP, 2015 e Pessoa em Situação de Rua: Censo São Paulo, capital (FIPE, 2015).

Para o diagnóstico da tuberculose entre as populações mais vulneráveis, é


recomendado que toda pessoa que apresente tosse e/ou radiografia de tórax sugestiva
para tuberculose seja avaliada pela equipe de saúde e realize coleta de escarro para
baciloscopia ou Teste Rápido Molecular para Tuberculose, cultura e teste de
sensibilidade.
A tuberculose deve ser investigada utilizando pontos de corte específicos para
cada população, conforme quadro abaixo:

População vulneráveis Tempo de tosse


Privados de liberdade Independentemente do tempo
Indígenas Independentemente do tempo
Pessoas que vivem com HIV/Aids Independentemente do tempo
Pessoas em situação de rua Independentemente do tempo
Profissionais de saúde Independentemente do tempo

Tuberculose e HIV
A tuberculose em pessoas que vivem com HIV é uma das condições de maior
impacto na mortalidade por HIV e por tuberculose no país. Essas pessoas têm maior
risco de desenvolver a tuberculose, e muitas vezes, só têm o diagnóstico da infecção
pelo HIV durante a investigação/confirmação da tuberculose.
Devido ao risco aumentado de adoecimento por tuberculose, em toda visita da
pessoa que vive com HIV aos serviços de saúde, deve ser questionada a presença de
tosse e de febre, sudorese noturna ou emagrecimento, os quais associados ou não à tosse,
também podem indicar tuberculose.
O diagnóstico precoce de infecção pelo HIV em pessoas com tuberculose e o
início oportuno do tratamento antirretroviral reduzem a mortalidade. Portanto, o teste
para diagnóstico do HIV (rápido ou sorológico) deve ser ofertado a toda pessoa com
diagnóstico de tuberculose. Caso o resultado da testagem para HIV seja positivo, a
pessoa deve ser encaminhada para os serviços que atendem pessoas vivendo com HIV,
e que sejam mais próximos de sua residência para dar continuidade ao tratamento da
tuberculose e iniciar o tratamento da infecção pelo HIV.

Tuberculose e População Indígena


A população indígena no Brasil é composta por pessoas autodeclaradas
indígenas, segundo o quesito raça/cor, definido pelo Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística (IBGE). No Censo Demográfico 2010, foram contabilizadas 817.963
pessoas que se autodeclararam indígenas, o equivalente a 0,4% da população
brasileira, dos quais 502.783 residiam em área rural e 315.180 em área urbana.
Segundo o Sistema de Informação de Atenção à Saúde Indígena (SIASI), são 760.084
indígenas que vivem em territórios indígenas (SIASI, 2018).
Nas áreas urbanas, os indígenas contam com ações de atenção à saúde
executadas pelos municípios por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Já, para a
população considerada aldeada, o acesso aos serviços de saúde é de responsabilidade
da Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI), que possui equipes de saúde
específicas para o cuidado da população indígena rural.

Tuberculose e População em Situação de Rua


Para esta população são essenciais estratégias de abordagem e de acolhimento
para a identificação precoce das pessoas com sintomas respiratórios, a garantia do
diagnóstico e o acompanhamento até fim do tratamento. Para que as ações tenham
êxito é importante a articulação envolvendo diversos setores da saúde, assistência
social e sociedade civil.

Tuberculose e População Privada de Liberdade


Celas mal ventiladas, iluminação solar reduzida e dificuldade de acesso aos
serviços de saúde, são alguns fatores que contribuem para o coeficiente elevado de
tuberculose no sistema prisional. A circulação em massa de pessoas (profissionais de
saúde e da justiça, familiares), as transferências de uma prisão para outra e as altas
taxas de reencarceramento, colocam também em situação de risco as comunidades
externas às prisões.
A população privada de liberdade representa aproximadamente 0,3% da
população brasileira, e contribui com 11,1% dos casos novos de tuberculose
notificados no país: 7.659 casos novos em 2019. Também é particularmente elevada a
frequência de formas resistentes relacionadas ao tratamento irregular e à detecção
tardia nesse grupo populacional.
Estratégias para o controle da doença devem ser adotadas entre a saúde e a
justiça, com a finalidade de detectar e tratar precocemente todos os casos de
tuberculose, seja entre os ingressos do sistema prisional e/ou entre a população já
encarcerada.

Determinantes Sociais
A tuberculose é um dos agravos fortemente influenciados pela determinação
social, apresentando uma relação direta com a pobreza e a exclusão social.
Assim, torna-se importante a interlocução com as demais políticas públicas, sobretudo
a assistência social, num esforço de construir estratégias intersetoriais como forma de
viabilizar proteção social às pessoas com tuberculose.
No âmbito federal, como resultado da articulação intersetorial entre a Saúde e a
Assistência Social, há a Instrução Operacional Conjunta nº 1, de 26 de setembro de
2019, que estabelece orientações acerca da atuação do Sistema único de Assistência
Social (SUAS) em articulação com o Sistema Único de Saúde (SUS) no enfretamento
da tuberculose.

Plano Nacional pelo Fim da Tuberculose


O Brasil Livre da Tuberculose: Plano nacional pelo fim da tuberculose como
problema de saúde pública, baseado nas recomendações da Estratégia Fim da
Tuberculose da Organização Mundial de Saúde. Elaborado pelo Programa Nacional de
Controle da Tuberculose, com a participação de gestores estaduais e municipais,
academia e sociedade civil, foi submetido à consulta pública e aprovado pela
Comissão Intergestores Tripartite.
Com metas de redução do coeficiente de incidência para menos de 10 casos por
100 mil habitantes e de mortalidade para menos de 1 óbito por 100 mil habitantes até
o ano de 2035, o Plano busca apoiar as três esferas de governo na identificação de
estratégias capazes de contribuir para essa redução.

Hanseníase (lepra)
https://youtu.be/UpWIJuIon1k

Hanseníase ou lepra, nome pelo qual a enfermidade era conhecida no passado, é


uma doença infectocontagiosa causada pela bactéria Mycobacterium leprae, ou bacilo de
Hansen, em memória de seu descobridor. É provável que a transmissão se dê pelas
secreções das vias aéreas superiores e por gotículas de saliva.
Embora seja uma doença basicamente cutânea, pode afetar os nervos periféricos,
os olhos e, eventualmente, alguns outros órgãos. O período de incubação pode durar de 6
meses a 6 anos.
A doença pode apresentar principalmente 4 formas clínicas: indeterminada,
borderline ou dimorfa, tuberculoide e virchowiana. Em termos terapêuticos, somente 2
tipos são considerados: paucibacilar (com poucos bacilos) e multibacilar (com muitos
bacilos).

1. Sintomas da Hanseníase

a. Manchas na pele de cor parda, esbranquiçadas ou eritematosas, às vezes pouco


visíveis e com limites imprecisos;
b. Alteração da temperatura no local afetado pelas manchas;
c. Comprometimento dos nervos periféricos;
d. Dormência em algumas regiões do corpo causada pelo comprometimento da
enervação. A perda da sensibilidade local pode levar a feridas e à perda dos dedos ou de
outras partes do organismo;
e. Aparecimento de caroços ou inchaço nas partes mais frias do corpo, como orelhas,
mãos e cotovelos;
f. Alteração da musculatura esquelética, principalmente a das mãos, o que resulta
nas chamadas “mãos de garra”;
g. Infiltrações e edemas na face que caracterizam a face leonina, característica da
forma virchowiana da doença.

2. Tratamento da Hanseníase

Ambos os tipos de hanseníase (paucibacilar e multibacilar) são tratados com o


antibiótico rifampicina, durante 6 meses no tipo paucibacilar, e 1 ano no tipo multibacilar.
A medicação é fornecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde e
administrada em doses vigiadas (o paciente precisa tomar na presença dos profissionais
de saúde) nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) sob a supervisão de médicos ou
enfermeiros de acordo com normas da Organização Mundial da Saúde (OMS).
A rifampicina elimina 90% dos bacilos. Por isso, é necessário complementar o
tratamento com outra droga (DDS), que pode ser tomada em casa diariamente, até o final
do tratamento.
Nos casos multibacilares, esse tratamento é acrescido de uma dose diária e de
outra vigiada de clofazimina.

3. Recomendações sobre Hanseníase

a. Não desista do tratamento, que é longo, mas eficaz se não for interrompido. A
primeira dose do medicamento é quase uma garantia de que a doença não será mais
transmitida;
b. Convença os familiares e pessoas próximas ao doente a procurarem uma UBS para
avaliação, quando for diagnosticado um caso de hanseníase na família;
c. A hanseníase é uma doença estigmatizante, mas que tem cura, desde que
devidamente tratada;
d. Mulheres em idade reprodutiva devem se atentar ao fato de que a rifampicina
(medicamento usado no tratamento) pode interagir com anticoncepcionais orais e reduzir
sua eficácia.

4. Hanseníase tem cura?

Sim. O tempo de tratamento pode variar de 6 meses em pacientes que têm a forma
mais branda da doença, a até 12 meses em pacientes que têm o tipo mais grave. Embora
seja longo, é muito importante seguir a o tratamento à risca para eliminar completamente
os bacilos.

5. Que sequelas a hanseníase pode causar?

Quem tem o tipo mais leve da doença, mesmo após o tratamento, pode não
recuperar totalmente a sensibilidade nos locais das manchas. Em casos mais graves, pode
haver sequelas como perda de força que impõe limitações físicas para usar as mãos ou
andar, por exemplo.

6. Existe vacina contra hanseníase?

Não há uma vacina específica para prevenir a hanseníase. No entanto, a vacina


BCG, normalmente aplicada no nascimento para prevenir tuberculose, também reduz o
risco de hanseníase, pois os agentes causadores de ambas as doenças são semelhantes.
Por isso, pessoas próximas do paciente com hanseníase que não tenham apresentado
sintomas da doença podem receber recomendação para se vacinar.

7. A hanseníase é hereditária?

Não, mas por ser infeciosa, familiares e pessoas próximas do paciente têm risco
de contrair a doença. Daí pode ter surgido a impressão de que ela conta com fatores
hereditários.
COLÉGIO ESTADUAL Série/ano:
PEDRO ÁLVARES CABRAL

Ano _____

Professor: Disciplina: FunSau Turma:


Aluno (a): Nº:

Avaliação de FunSau

1) A tuberculose é uma doença bacteriana que normalmente atinge os pulmões e é transmitida por
vias aéreas. Essa doença, que constitui um grande problema de saúde, é causada pelo bacilo:
a) Halobacterium tuberculosis.
b) Rickettsia tuberculosis.
c) Mycobacterium tuberculosis.
d) Corynebacterium tuberculosis.
e) Streptococcus tuberculosis.

2) A tuberculose é uma doença contagiosa grave causada por bactérias chamadas de bacilo de
Koch. Após o contágio, o bacilo pode acometer vários órgãos, sendo os pulmões os mais
frequentemente atingidos. A respeito dessa doença, marque a alternativa incorreta:
a) A tuberculose é transmitida pelo ar.
b) A BCG é feita utilizando-se a bactéria Mycobacterium bovis atenuada.
c) A BCG confere total proteção contra a tuberculose pulmonar.
d) A tuberculose pode acometer pessoas de qualquer idade e sexo.
e) Nem todas as pessoas que têm contato com a bactéria contraem a tuberculose.

3) (HU-UFMA/EBSERH/IBFC/2013) Você é enfermeiro de uma unidade básica de saúde e


recebe uma paciente do sexo feminino, 10 anos, acompanhada da mãe, que refere os seguintes
sinais e sintomas: irritação, febre baixa, sudorese noturna e inapetência. Com essas queixas,
suspeita-se de:
a) Gripe.
b) Doença gastrointestinal.
c) Bronquite.
d) Asma crônica.
e) Tuberculose.

4) (FUMUSA/CAIPIMES/2014) Considerando a Tuberculose, o método prioritário, que permite


identificar o doente bacilífero é:
a) o exame radiológico
b) a prova tuberculínica
c) a cultura de escarro
d) a baciloscopia direta do escarro

5) (Prefeitura de Ituporanga-SC/IOBV/2014) Em 1993, a OMS declarou a tuberculose uma


emergência mundial e passou a recomendar a estratégia DOTS – estratégia de tratamento
diretamente observado (Direct Observed Treatment Strategy) como resposta global para o
controle da doença. Esta estratégia pode ser entendida como um conjunto de boas práticas para o
controle de tuberculose e se fundamente em cinco componentes (WHO, 2009). Dentre estes
fundamentos está INCORRETO:
a) Tratamento padronizado com a supervisão da tomada da medicação e apoio ao paciente.
b) Fortalecimento e gestão eficaz de medicamentos.
c) Sistema de monitoramento e avaliação ágil que possibilite o monitoramento dos casos, desde
a notificação até o encerramento do caso.
d) Diagnóstico de casos por meio de exames radiológicos de qualidade.
6) (Covest) Sob certas circunstâncias, as células podem passar a se dividir de forma anormal e
descontrolada. Essa multiplicação anômala dá origem a uma massa tumoral que pode invadir
estruturas além daquelas onde se originou. Com relação a este assunto, analise as proposições
abaixo.
1.Células tumorais malignas podem se disseminar por todo o corpo do indivíduo, através da
corrente sanguínea ou do sistema linfático.
2. Radiação solar em excesso, exposição a radiações ionizantes e certas substâncias químicas se
apresentam como fatores de risco para o surgimento do câncer.
3. Diversas formas de câncer diagnosticadas em pulmão, laringe, esôfago e bexiga urinária, no
homem, estão associadas ao tabagismo.
Estão corretas:
a) 1 e 2, apenas.
b) 1 e 3, apenas.
c) 2 e 3, apenas.
d) 3, apenas.
e) 1, 2 e 3.

7) Quando falamos em câncer, pensamos em uma única doença, entretanto, o termo é utilizado
para definir um conjunto de mais de 100 doenças. Todas essas enfermidades apresentam em
comum o fato de:
a) apresentarem células maiores que o normal.
b) apresentarem células menores que o normal.
c) apresentarem células que migram por todo o corpo.
d) apresentarem células com crescimento desordenado.
e) apresentarem células que não sofrem divisão celular e formam tumores.

8) (Enem 2011)
O mapa mostra a área de ocorrência da malária no mundo. Considerando-se sua distribuição na
América do Sul, a malária pode ser
classificada como:
a) endemia, pois se concentra em uma área
geográfica restrita desse continente.
b) peste, já que ocorre nas regiões mais
quentes do continente
c) epidemia, já que ocorre na maior parte do
continente.
d) surto, pois apresenta ocorrência em áreas
pequenas.
e) pandemia, pois ocorre em todo o
continente.

9) O que é hanseníase?

10) Quais os sintomas ou sinais mais característicos da hanseníase?

You might also like