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Aula BA13 Hepatites 2023 PDF
Aula BA13 Hepatites 2023 PDF
crônicas
Prof Dra Virginia Figueiredo
IPEMED 2023
Hepatite
Doença
Hepatites
hepática
infecciosas
alcoólica
Hepatopatias Hepatites
criptogênicas tóxicas
Hepatopatias Hepatopatias
autoimunes metabólicas
Hepatites infecciosas
• Vírus
• Bactérias:
• Neisseria gonorrhoeae, Chlamidia trachomatis, Treponema pallidum
• M. tuberculosis, M. lepra, MAC
• Salmonella typhi, Listeria monocytogenes, Brucella sp.
• Leptospira interrogans, Tropheryma whippelii, Coxiella burnetii
• Fungos:
• Candida albicans, Paracoccidioides brasiliensis
• Cryptococcus neoformans, Histoplasma capsulatum
• Protozoários:
• E. histolytica, Plasmodium sp., Toxoplasma gondii
Hepatites virais
HAV
HEPATITES AGUDAS E
HBV
HEPATITES AGUDAS CRÔNICAS
Transmissão: parenteral
Transmissão: fecal-oral HCV sexual
perinatal
HDV
HEV
Hepatites virais
Hepatite B
Hepatite C
Hepatite D
Hepatite E
Hepatite Aguda
D 60-180
E 30-60
Pródromos
Sintomas inespecíficos:
• Febre
• Cefaleia
• Mialgia
• Dor abdominal
• Náuseas e vômitos
• Diarreia
• Fadiga
• Adinamia
Período ictérico
• Fim dos sintomas do pródromo
• Início da icterícia
• Colúria
• Acolia ou hipocolia fecal
• Hepatomegalia dolorosa – 70%
• Esplenomegalia – 20%
• Mais raramente:
• Artralgia, febre, cefaleia, mialgia e diarreia
Convalescência
• Exame físico:
• Icterícia
• Fígado e baço
• Sinais de doença hepática crônica
• Nível de consciência
• Sinais de discrasia sanguínea
Hepatite aguda - Diagnóstico
Hepatite B
Hepatite C
Hepatite D
Hepatite E
Hepatites Virais – Vírus Hepatotrópicos
Hepatites virais – V. hepatotrópicos
HCV
Diagnóstico
HDV
Tratamento
HEV
Profilaxia
Hepatite A
Hepatite A – Aspectos virológicos
Vírus HAV
Identificação 1973
Família Picornaviridae
Diâmetro 27 nm
RNA
Ácido nucleico fita simples
linear
Genoma 7.500 nt
Envelope Não
Hepatite A
• Doença aguda, autolimitada
• Causa mais comum de hepatite aguda viral
• Apenas um tipo sorológico efetividade à vacinas
• Queda progressiva da incidência no Brasil a partir de 2005
• Saneamento básico
Vacina
• Água tratada
Casos/100.000
• Não causa hepatite crônica
Anos
Transmissão
• Fecal-oral
• Reservatório em água e
alimentos
• Aglomerações, condições
sanitárias precárias
• Países em desenvolvimento
• 90% das pessoas são infectadas
até 10 anos de idade
Alta
Intermediária
Baixa
Muito baixa
Hepatite A – Epidemiologia
Ximenes, 2014
TAXA DE INCIDÊNCIA DE HEPATITE A POR REGIÃO NO BRASIL ENTRE 2007 A 2017
Fonte: Sinan/SVS/MS
Hepatite A – Epidemiologia
Curvas de prevalência de acordo com a idade em diferentes áreas de endemicidade
Alta endemicidade
Baixa endemicidade
Aggarwal, 2015
Hepatite A – Epidemiologia
• Grupos de risco para aquisição de Hepatite A:
o Viajantes não imunizados que vão para áreas de alta endemicidade
o Familiares de pacientes infectados
o HSH
o Parceiros sexuais de paciente com hepatite aguda A
o HIV positivos
o Unidades de dialise
o Pacientes com doença hepática crônica
Hepatite A – Epidemiologia
Mudanças recentes no padrão epidemiológico:
o América Latina: 706 casos de hepatite A relatados no Chile (2017)
o EUA-NY: aumento nos casos de hepatite A em HSH que não relataram
viagens internacionais
o São Paulo:
• 2017: 101 casos
• 80% ♂
http://www.saude.sp.gov.br
Importante - SURTO
Prolongada
PI: 15-45d
Recorrente
Hepatite
aguda Colestática
3-6m
0,1-1%
Insuficiência Não evolui para
hepática infecção crônica
aguda Cura
Hepatite A – Quadro Clínico
• Quadro agudo, autolimitado não cronifica!
Disfunção hepatocelular
• Mortalidade baixa pior em adultos Hospitalização
Mortalidade
PROBLEMA
É o grupo que pode não ter imunidade natural nem ter sido vacinado.
Aggarwal, 2015
Hepatite A – Quadro Clínico
Muñhoz-Martínez, 2017
Hepatite A – Quadro Clínico
Doença sintomática auto-limitada
• Incubação: 2 a 4 semanas (raramente 6 semanas)
• Pródromos:
• Febre (87%), fadiga (74%)
• Anorexia, fraqueza, mialgia, cefaleia, artralgia, exantema
• Náuseas, vômitos, dor abdominal, diarreia
• Colúria precede os sintomas em 90% dos pacientes 1 a 2 semanas
antes dos pródromos
• Sintomas duram 2 semanas e aliviam com o início da fase ictérica: icterícia,
colúria, acolia ou hipocolia fecal e prurido
• Ao exame, hepatoesplenomegalia em 85% dos casos
Hepatite A – Quadro Clínico
Hepatite Colestática
• Colestase prolongada: 10-20%; persistente < 5%
• Icterícia > 10-12 semanas
• Normalização de ALT ~60 dias após pico inicial
• Clareamento lento do vírus
• Podem ocorrer prurido, febre, diarreia e perda ponderal
• Fatores associados: homens, infecção crônica HBV, maior idade,
maiores valores de BT e TP
• Polimorfismos de transportadores de sais biliares (ABCB11 e ABCB4)?
• Prognóstico: cura completa
Hepatite A – Quadro Clínico
Hepatite Recorrente
• 1,5 a 20%
• Mais de um pico de ALT
• 1º episódio de hepatite → clareamento viral →intervalo assintomático
de 4-10 semanas, com normalização das transaminases → 2º episódio
com alterações clínicas, bioquímicas e excreção HAV nas fezes (mimetiza
episódio inicial)
Muñhoz-Martínez, 2017
Hepatite A – Quadro Clínico
Hepatite Aguda Grave – fulminante
• 0,1-1,0%
• Em 90% dos casos ocorre até 4 sem
• Maior risco: idade maior, doença hepática crônica subjacente
• 2% em > 50 anos ou hepatopata
HCV
> HBV > HAV
Aggarwal, 2015
Hepatite A – Diagnóstico
• Laboratório:
• ALT (TGP) e AST (TGO): > 1.000 UI/L
• Bilirubinas: > 2,5 mg/dL = icterícia
• Fosfatase alcalina (FA) e gamaglutamil-transferase (GGT):
• Normais ou pouco elevadas
• nas formas colestáticas (adultos)
anti-HAV IgM
0 1 2 3 4 5 6 12 24
Meses após a infecção aguda
Hepatite A
• Avaliar gravidade: sinais de alarme
• Equimoses e hemorragias
• Sonolência
• Alterações de comportamento
• Flapping
• Atividade de protrombina < 50%
Internar
Hepatite A – Tratamento
• Tratamento conservador:
• Não há medicação específica
• Repouso relativo (até ALT < 2-3 xLSN)
• Dieta conforme aceitação, hidratação
• Sintomáticos (febre, náuseas)
• Abstinência alcoólica (6 meses após ALT normal)
• Evitar outras substâncias hepatotóxicas
• Cuidado com tratamentos populares!
Gravidade?
Não Sim
• Medidas comportamentais:
• Lavar as mãos após defecações e antes de preparar alimentos
• Usar água tratada
• Evitar alimentos crus
• Destino adequado de dejetos
Hepatite A – Profilaxia
Imunização ativa:
• Vacina com vírus inativado: 0 e 6 meses, IM
• Imunidade duradoura, até 40 anos após a vacinação
Aspectos Virológicos
HEV
Epidemiologia e História Natural
Diagnóstico
Tratamento
Profilaxia
Hepatite E – Aspectos virológicos
Vírus HEV
Identificação 1990
Família Hepeviridae
Diâmetro 32 – 34 nm
RNA
Ácido nucleico fita simples
linear
Genoma 7.600 nt
Envelope Não
Hepatite E – Aspectos virológicos
• 8 genótipos
• HEV gen 1-2: só humanos
• HEV 3 e 4: animal (porco e javali) – homem (zoonose)
• HEV gen 5 e 6: javali
• HEV gen 7 e 8: camelos
• Hepatite aguda com recuperação espontânea em quase todos os casos
raramente IHA (maior importância em gestantes e hepatopatas)
2005:
20 milhões de infectados
3 milhões sintomáticos
70.000 óbitos
Surtos/Epidemias
Casos esporádicos
Hepatite E – Epidemiologia
Transmissão fecal-oral: água e alimentos contaminados
• Áreas endêmicas: surtos e epidemias - Genótipos 1 e 2
• Áreas não-endêmicas (Europa): casos esporádicos - Genótipos 3 e 4
Hepatite E - Virologia
GT 1 GT 2 GT 3 GT 4 GT 5 GT 6 GT 7 GT 8
• Only infect humans • Endemic in animal • Have only been • GT 7 identified in
• Faecal–oral spread via species; eg, pigs and reported in wild boar patient regularly
contaminated water wild boar consuming camel
• Large outbreaks • Zoonotic infections in meat and milk
• Brief, self-limiting humans • Have since been
• Never chronic • High-income identified in camels
• High mortality in countries
pregnancy (25%) • China: GT 4 most
common
• S. America: GT 3 only
Apresentação colestática
PI: 30-60d é comum (> 50%)
Hepatite
aguda
?%
Geral: 0,5 a 3%
Gestantes: ~ 20% 2-6m
Não evolui para
Insuficiência
hepática infecção crônica
aguda Hepatite crônica e CH
Cura
(imunodeprimidos)
IMPORTANTE
• Antigamente considerada apenas causa de hepatite aguda
• Casos de hepatite E crônica com evolução para cirrose hepática, em
imunossuprimidos, vem sendo descritos.
• Populações suspeitas:
• Transplantados de órgãos sólidos e/ou medula
• HIV
• Portadores de doenças autoimunes em terapia imunossupressora
Hepatite E – Diagnóstico
• Quadro clínico:
• Semelhante à hepatite A
• Autolimitada
• É a forma mais comum
• Duas formas:
• Anictérica (subclínica ou assintomática)
• Ictérica (sintomática)
Hepatite E – Diagnóstico
• Incubação
• 4 a 5 semanas (média 40 dias)
• Pródromos
• Mal-estar, anorexia, febre, hepatomegalia e prurido
• Ictérica
• Após 1 semana de pródromos
• Hepatite colestática grave (duração de 1 a 6 semanas)
• IHA (hepatopatas crônicos e gestantes)
Hepatite E – Diagnóstico
• Alguns pacientes com evolução mais arrastada apresentam a chamada
hepatite colestática
• Prurido
• Icterícia prolongada por várias semanas a meses
• Elevação importante de FA
Hepatite E – Diagnóstico
• A hepatite aguda pelo HEV distingue-se das demais pelos vírus
hepatotrópicos pela maior taxa de mortalidade
Maior mortalidade em
Mulheres grávidas
Anti-HEV IgM
Anti-HEV IgM negativo
positivo
• Drogas relatadas:
• Interferon
• Ribarivina: relatos de normalização de enzimas e negativação de HEV-RNA em
infecção aguda grave ou agudização em hepatopata crônico (ACLF)
• Sofosbuvir estudos mais recentes apontam benefício
Hepatite E crônica – Pontos chaves
• Diagnóstico:
• Persistência do HEV-RNA > 6 meses
• Geralmente assintomática até fases mais avançadas (cirrose
descompensada)
• Evolução para cirrose é mais rápida do que nas outras hepatites virais: ~5
anos
• Anti HEV IgG
• HEV RNA: imunossuprimidos e DRC em HD que podem ter anti-HEV IgG
com níveis baixos ou não detectáveis (falso-negativo)
• Se HEV RNA +
• Realizar biópsia
Diagnóstico – Investigação hepatite E crônica
Pacientes imunossuprimidos (transplantados, HIV+, imunossupressão)
Elevação de transaminases e/ou sinais de hepatopatias
Investigação negativa para outras etiologias
Solicitar HEV-RNA
Investigar
Biópsia hepática
outras causas
Redução de imunossupressores
Tratamento com interferon alfa e/ou ribavirina
Hepatite E crônica – Pontos chaves
• Se HEV RNA +
• Redução de doses dos imunossupressores, se possível
• Ribavirina monoterapia 12 semanas se HEV-RNA + > 3 meses
• Se HEV-RNA + no final do tto, prorrogar por mais 12 semanas
• IFN – risco de rejeição de órgão transplantado (2ª opção nestes casos)
• Ausência de resposta à ribavirina
• Há estudos atuais com o uso de sofosbuvir
Hepatite E – Profilaxia
• Medidas comportamentais:
• Lavar as mãos após defecações e antes de preparar alimentos
• Usar água tratada e evitar alimentos crus
• Cuidado com carne de porcos e mariscos, especialmente não ingerir crua: especialmente
imunossuprimidos
• Destino adequado de dejetos
• Usar EPI para manusear suínos
• Imunização ativa:
• Não disponível (em desenvolvimento)
• Gamaglobulina anti-HEV:
• Não disponível
Hepatite B
Hepatites Virais – Vírus Hepatotrópi
Hepatites virais – V. hepatotrópicos
Aspectos Virológicos
HBV
Epidemiologia e História Natural
Diagnóstico
Tratamento
Profilaxia
Hepatite B – Aspectos virológicos
Vírus HBV
Identificação 1970
Família Hepadnaviridae
Diâmetro 42 nm
DNA
Ácido nucleico fita dupla HBsAg
circular
Genoma 3.200 nt
HBcAg
HBV-DNA
Envelope Sim
Hepatite B – Aspectos virológicos
• Vírus DNA
• 50 a 100x mais infeccioso que o HIV!
• 10x mais que o HCV!
• Vírus oncogênico
Anticorpos:
- Anti-HBs
- Anti-HBc IgM
- Anti-HBc IgG
- Anti-HBe
Hepatite B – Epidemiologia
Prevalência da Hepatite B
~250.000.000 de portadores
> 8%
2 – 7%
< 2%
Hepatite B – Epidemiologia
Mundo:
• Cerca de 1/3 da população mundial já se expôs ao HBV: 2 bilhões de indivíduos!
• 257 milhões de portadores crônicos – 7 milhões nas Américas
• Aproximadamente 1 milhão de mortes/ano relacionadas
• Cirrose ou hepatocarcinoma
0,9%
0,5%
HBsAg = 0,37%
n = 19.634
0,4%
0,8%
~700.000 0,4%
infectados
(20 a 69 anos)
0,6%
Baseado em Clemente CM & Carrilho FJ, 2003 Boletim Epidemiológico – Hepatites Virais Ano II - nº 01. 2011.
Hepatite B – Epidemiologia
Perinatal
Sexual
Parenteral
Percutânea
1/3
Padrões Epidemiológicos do HBV
Prevalência Baixa Intermediária Alta
Portador (HBsAg) 0,1 – 2% 3 – 5% 10 – 20%
Infecção prévia 4 – 15% 16 – 55% 40 – 90%
Distribuição EUA, Canadá Mediterrâneo S.E. Ásia
Europa Ocidental Europa Oriental Ilhas Pacífico
Austrália Ásia Central, Japão África
Nova Zelândia América Latina Alasca
Oriente Médio
Idade à infecção Adulta Infância – Adulta Perinatal – Infância
Transmissão Percutânea Sexual Vertical – Percutânea
• Adultos 2 a 5% cronificam
Hepatite B – História natural
100
% Evolução da infecção aguda pelo HBV
90
80
70
Infecção crônica
60
50
40
30
20
WHO 2001
10 Infecção aguda sintomática
0
Nascimento 1–6 meses 7–12 meses 1–4 anos > 5 anos e adultos
2 – 5%/a
10-95%
0,1-0,5% (1-6m)
Insuficiência Insuficiência
hepática hepática
aguda Cura terminal
CHC
Hepatite B – História natural
HCC em 4-
Infecção aguda 6%
- >90% de
cronicidade se
infectado na Infecção Cirrose
Transplante Morte
infância crônica em 30%
- <5% de
cronicidade
em adultos
Descompensação
poderá ocorrer em
23% dos pacientes
após a evolução para
cirrose
Hepatite B – História natural
HCC em 4-
Hepatite B não necessita evoluir para
Infecção aguda
- >90% de
6%
cirroseInfecção
cronicidade se
infectado na
hepática (CH)
Cirrose
para causar
Transplante Morte
infância
- <5% de
hepatocarcinoma (HCC)!
crônica em 30%
cronicidade
em adultos
30-50% dos casos de HCC por HBV
Descompensação
ocorrem na ausência
poderá ocorrerde
em CH
23% dos pacientes
após a evolução para
cirrose
Hepatite B – Meta OMS
• Prevenção
• 90% crianças com primeira vacina ao nascimento
• 100% das doações de sangue testadas
• 90% com acesso a injeções seguras
• Testagem
• 90% das pessoas cientes da infecção
• Teste rápido: detecta HBsAg
• Tratamento
• 80% das pessoas tratadas Meta da OMS para eliminar as
hepatites virais até 2030 como um
problema de saúde pública!
COMO VC ESTÁ CONTRIBUINDO?
Hepatite B aguda – Diagnóstico
Quadro clínico:
• 2/3 assintomáticos ou subclínicos
• 1/3 hepatite aguda
• Casos leves a graves
• IHA em 1% (20% sobrevivem sem tratamento direcionado, 50 a 60% de
sobrevida após o tx)
1% IHA
7% HBV
CASOS DE
CASOS IHA EM
HEPATITE B
GERAL
AGUDA
Hepatite B aguda – Diagnóstico
• Incubação
• Poucas semanas à 6 meses (média 60 a 90 dias)
Internação
Conduta Tto
Antiviral
conservador
Transplante?
Hepatite B aguda – Conduta
• A grande maioria não precisa de tratamento (adultos, 90% evoluem para a
cura espontaneamente)
• Medidas gerais:
• Repouso relativo
• Evitar álcool
• Sintomáticos
• Usar preservativos
• Não compartilhar instrumentos cortantes
Hepatite B aguda – Conduta
• Quando indicar antiviral?
• Sinais de gravidade e disfunção hepática
• Mortalidade de 80%
• ALT
• Não se correlaciona ao risco de cirrose
• Pacientes com ALT baixas ou normais podem ter níveis altos de fibrose –
muito importante!
HBeAg anti-HBe
anti-HBc IgG
ALT
Meses Anos
Como ficam os marcadores sorológicos de
acordo com a evolução da hepatite
Hepatite B Aguda Hepatite B Curada
HBsAg + HBsAg -
Anti-HBc total + Anti-HBc total +
Anti-HBc IgM + Anti-HBs +
• HBeAg+
• Elevada replicação viral >20.000 UI/mL
• Sem evidência de agressão hepatocelular
• Níveis normais de ALT
• Pouca atividade necroinflamatória no fígado
• Lenta progressão para fibrose
Hepatite B crônica - Fases da doença
• Hepatite crônica HBeAg+
Antigo imunorreativo
• A tolerância imunológica esgota-se
• Pode durar semanas a anos
• HBeAg+
• Níveis moderados de HBV-DNA
• Níveis de ALT flutuam
• Atividade necroinflamatória no fígado pode ser moderada a grave
• Progressão para fibrose é acelerada
HBeAg
Anti-HBe
HBV DNA
Fases onde há
progressão da
doença
ALT
Imunoclareamento Reativação
Imunotolerância Estado de
Hepatite B crônica Hepatite B crônica
portador inativo
HBeAg-positiva HBeAg-negativa
0 20 40 60
Anos
Hepatite Hepatite
Imuno- Portador
Crônica Crônica
tolerância inativo
HBeAg (+) HBeAg (–)
HBeAg
HBeAg e HBeAg e
ALT > 2x LSN HBV DNA > 2000 UI/mL e
ALT > 2x LSN
PCDT, 2017
Hepatite B – Outros critérios de tto
PCDT, 2017
Hepatite B crônica – Objetivos do tratamento
• Ganhos com o tratamento atual:
• Supressão da replicação
• Redução da inflamação e fibrose
• Redução das complicações
Hepatite B – História natural vs objetivos do tto
evitar Desfechos
Objetivo do TTO clínicos
20%
Hepatite Cirrose
Hepatite
aguda
crônica
2 – 8%/a
95-10%
0,1-0,5% (1-6m)
Insuficiência Insuficiência
hepática hepática
aguda Cura terminal
CHC
Tratamento da Hepatite B – Objetivos
Desfechos
substitutos Fibrose e
Atividade
Desfechos
ALT normal clínicos
HBeAg (–)
+ anti-HBe (+)
HBV HBsAg (–)
+ anti-HBs (+)
Sistema imune
HBsAg (–)
1–17%
HBV-DNA Inflamação
ALT nl HBV-DNA
HBeAg (–)
ALT
Melhor momento
= Fibrose
Melhor resposta
IH
= HCC
Maior impacto na Tx
história natural Óbito
Hepatite B crônica – Objetivos do tratamento
Peginterferon alfa-2a
Interferon- Peg-interferon-
Lamivudina Entecavir
Adefovir Tenofovir
Telbivudina
PCDT, 2017
Sem comorbidades
Hepatite B crônica – Tratamento Sem cirrose
HBeAg+
Com comorbidades
Com cirrose IMUNOMODULADORES
HBeAg-
Peg-Interferon-alfa
ANTIVIRAIS
Tenofovir ou Entecavir
via oral
< efeitos colaterais
resistência viral
tempo indeterminado via subcutânea
> efeitos colaterais
sem resistência viral
tempo finito (6 – 12m)
Drogas do PCDT Hepatite B, 2017
Alfapeguinterferon 2a e 2b
Para HBeAg reagente
tentativa de promover
soroconversão
Entecavir:
0,5mg-1mg/dia (VO)
análogo nucleosídeo
Fumarato de Tenofovir (TDF):
300mg/dia (VO)
análogo nucleotídeo
primeira linha de tratamento pelo PCDT
Diferença entre os antivirais
INTERFERON TENOFOVIR ENTECAVIR
Peg-interferon-
Tenofovir
PCDT 2017
Tenofovir fumarato x Tenofovir Alafenamida
TAF (tenofovir alafenamida)
• Maior quantidade de droga que chega ao hepatócito (dose menor TAF 25mg
x TDF 300mg)
• Rapidamente absorvido
• Longa meia-vida no plasma e grande estabilidade plasmática
• Menor excreção e lesão renal – menor limitação ao uso em renais crônicos
• Estudos sugerem que o TAF promove maior soroconversão HBeAg
• Menor perda de densidade óssea
• Tais ganhos ocorrem também quando se troca TDF para TAF
PCDT, 2017
Como tratar HBeAg +
Pacientes Pacientes
compensados descompensados
DNA>20.000UI/ml em 24sem
ou falha em soroconverter em
48sem
Como tratar HBeAg -
Pacientes Pacientes
compensados descompensados
Tenofovir Entecavir
300mg/dia 0,5mg/dia
• LAM – 70%
• ADV – 29%
• ETV – 1,2%
ATENÇÃO
• ETV se resistência LAM –51%
• TDF – 0%
• PEG-IFN – 0% Regra geral de
resistências Se usou LAM não usar ETV
Mãe
Consequências
RN
Hepatite B aguda na gravidez
• Sem impacto na mortalidade materna
• Prevenção:
↓ Risco
• RN de mãe HBV: gamaglobulina hiperimune para hep B nas primeiras 48hs
• Vacina: 0, 2, 4 e 6 meses
em 95%
• Avaliar TDF na gestação
Transmissão vertical do HBV
Risco de Transmissão: Infecção
crônica
HBeAg – : 10-40%
HBeAg + : 70-90%
HBeAg – : ~ 0%
HBeAg + : 5-10%
IHA
(rara, HBeAg –)
Transmissão vertical do HBV
No 3º TM solicitar: HBsAg e
HBeAg e Anti-HBe
HBV DNA>200.000U/ml ou
>106log cópias/ml
Sim
Não
Soroconversão reversa:
• Reaparecimento de HBsAg (+) em paciente anti-HBc (+) e anti-HBs (–/+)
Lalazar G, Rund D & Shouval D. Br J Haematol 2007. Torres HA & Davila M. Nat Rev Clin Oncol 2012. Lau
GK. Hepatol Int 2008. Hoofnagle J. AASLD Special Conference 2013.
Evolução da reativação
FASE 1 FASE 2 FASE 3
IH
Imunossupressão Latência Óbito
Hepatite crônica
HBV-DNA ALT Hepatite aguda
HBsAg
(+)
Recuperação
Reconstituição imune
0
4 8 12 16 20 24 28 32 36 52 100
Semanas após exposição
Baseado em Xunrong L et al. Rev Med Virol 2001 e ShouvalD & Shibolet O. Semin Liver Dis 2013.
Imunossupressores de risco em HBV
• Corticosteróides
• Azatioprina, 6-mercaptopurina, micofenolato
• Metotrexate, leflunomide
• Anti-TNF:
• Infliximabe, adalimumabe, etanercept
• Anti-CD20:
• Rituximabe (RTX)
• Esquemas mieloablativos
• IL-6, IL-12, IL-23: Risco desconhecido
Fatores de risco para reativação
• Idade >
• Gênero masculino
• HBV-DNA > 1.000 UI/mL
• Anti-HBs negativo
• Neoplasias oncológicas (linfoma)
• Potência da imunossupressão
• Mieloablação, anti-TNF, RTX
Hepatite B – Opções Terapêuticas na Reativação
• 1ª: ETV
• Se ETV não disponível: LAM... (apenas se CV indetectável e tto < 4 meses)
• Se uso prévio de LAM: TDF (risco de resistência cruzada ao ETV)
As terapias antiviral profilática (antes da reativação) e preemptiva (após a reativação)
deverão ser mantidas por 6 a 12 meses após o término do tratamento imunossupressor.
Caso a terapia seja por tempo indefinido (transplante renal e hepático, por exemplo), o
análogo também deverá ser mantido indefinidamente.
Nos pacientes com risco elevado, o tratamento profilático deverá ser iniciado
imediatamente, antes da terapia imunossupressora. Nos casos de risco moderado e
baixo, a terapia poderá ser iniciada imediatamente, ou postergada e iniciada apenas
após o diagnóstico de reativação viral.
PCDT 2017
Imunossupressão
Todo paciente com indicação de terapia imunossupressora ou QT, deve realizar
HBsAg, AntiHBs e Anti-HBc total
• HBsAg+ e Anti-HBc total+: dosar HBV-DNA e avaliar o risco, para indicar ou
não o tratamento profilático
• Pacientes sem indicação de terapia profilática, devem monitorizar HBV-DNA e
ALT a cada 2 meses
• Pacientes suscetíveis (HBsAg-, AntiHBc total- e AntiHBs-): vacinar
Reativação da hepatite B após
imunossupressores/imunobiológicos
Paciente que será submetido à Qt ou ISS
HCV:
• Podem ser tratados simultaneamente
• Pode tratar o vírus predominante, geralmente HCV (HBV-DNA < 2000 UI/mL): monitorar
periodicamente o HBV (risco de reativação)
Hepatite B – Profilaxia
• Desinfecção de mat. hospitalar/odontológico + medidas padrão
• Medidas comportamentais para o portador:
• Método de barreira (condom)
• Material de uso individual
• Não é necessário isolamento de contato
• Imunização ativa:
• Vacina anti-HBV: 0, 1 e 6 meses, IM (deltóide)
• Composição: HBsAg produzido por técnica de DNA recombinante
• Resposta: anti-HBs > 10 mUI/ml em 1 a 3 meses após o término da vacinação
• Imunidade prolongada
Hepatite B – Profilaxia
Imunização ativa:
• Vacinação universal de crianças a partir de 1992
• PNI (< 49 anos) – expandido em 2015
• Populações de risco:
• Profissionais da saúde
• Pacientes em hemodiálise
• HIV+
• Hemofílicos e politransfundidos
• Uso de drogas injetáveis
• Homossexuais
• Promiscuidade
• Viagem para áreas endêmicas
• Portadores de outras hepatopatias
• Contactantes HBV: testar e vacinar se susceptível
Hepatite B – Profilaxia pós-exposição
Vacinação + gamaglobulina anti-HBV
Imunização passiva:
• HBIG (gamaglobulina hiperimune para hepatite B)
• Anti-HBs de plasmas humanos com altos títulos
• Dose única, 0,06ml/kg em adultos
• IM (diferente da vacina)
• Indicação:
• Recém-nascidos de mães HBsAg+(até 48h)
• Contactantes sexuais de pacientes com hepatite B aguda (até 7 dias)
• Acidentes com material biológico com fontes HBsAg+ ou sorologia desconhecida
• Pós TxH de HBV+ (+ análogo) – prevenir recorrência
Acidente ou contato com fonte
HBsAg + ou
HBsAg -
desconhecido
Nenhum Nenhum
Vacinado, respondedor
tratamento tratamento
HBsAg negativo
Anti-HBs negativo
Anti-HBc positivo
Primeira conduta:
• Repetir pelo menos duas vezes em amostras diferentes em intervalos aleatórios
Anti-HBc isolado - Possíveis significados
• Falso positivo
• Infecção crônica
• HBsAg indetectável por títulos muito baixos
• HBV DNA+
• Situações relacionadas: Hepatite C, HIV e pessoas em área de alta endemicidade
• Marcador de imunidade
• Anti-HBs em títulos baixos
• Único marcador positivo na fase de janela imunológica na hepatite aguda B
(anti-HBc IgM deve ser positivo)
Anti-HBc+
5% 1-2%
Cirrose
3% 2% 0,4%
Fatores de progressão:
Descompensação Hepatocarcinoma - Tempo de doença ativa
- Abuso de álcool
- Co-infecção com HIV
Vigilância de HCC
Pacientes com doença ativa rastrear!
USG + alfa feto proteína 6/6 meses
Diagnóstico
Tratamento
Profilaxia
Hepatite D – Aspectos virológicos
Vírus HDV
Identificação 1977
Não-classificado
Família
(viróide)
Diâmetro 36 nm
HBsAg
RNA
Ácido nucleico
Ag
fita simples
circular
Genoma 1.700 nt
HDV-RNA
Envelope Sim (HBV)
Hepatite Delta
Vírus satélite, defectivo
• Depende do envelope do vírus da hepatite B (HBsAG) para completar seu ciclo de vida
• Utiliza o HBsAg para entrar no hepatócito e montar novas partículas virais
• Não há infecção pelo vírus Delta sem o vírus B!
8 genótipos
• Genótipos 1 e 3 associado a forma mais grave predominante na Amazônia
Prevalência
HDV
Alta
Intermediária
Baixa
Muito baixa
Sem info
Hepatite D – Epidemiologia
Prevalência no Brasil
Amazonas: 41% dos casos
Acre: 27% dos casos
Fonte Sinan/SVS/MS
Hepatite D – Epidemiologia
Áreas endêmicas:
Sexual
• Mediterrâneo ~ HBV
• Oriente Médio
• América Central
Percutânea
• Norte da América do Sul (Bacia Amazônica)
• África Parenteral
Áreas não-endêmicas:
o América do Norte
Drogas IV
o Norte da Europa
Hepatite D – História natural
HBV
Hepatite aguda
autolimitada IHA
Co-infecção Hepatite crônica
HDV
Superinfecção:
• Anti-HDV IgG e IgM
• HBsAg , anti-HBc total e anti-HBc IgM
• HDV-RNA somente em caráter de pesquisa
Hepatite D – Tratamento
Co-infecção: hepatite aguda autolimitada INTERFERON
• Orientações gerais + sintomáticos
• IHA: encaminhar para Tx hepático
Diagnóstico
Tratamento
Profilaxia
Hepatite C – Aspectos virológicos
Vírus HCV
Identificação 1989
Família Flaviviridae
Diâmetro 40 – 60 nm
RNA
Ácido nucleico fita simples Proteína E
linear Proteína C
9.600 nt
Genoma
7 Genótipos HCV-RNA
Proteína M
Envelope Sim
Hepatite C – Aspectos virológicos
• Genótipos:
• 1 - mais prevalente (46%)
• 3 – 2º mais prevalente (30%)
• Não influenciam na gravidade
• Importante para definição do tratamento caso não disponíveis esquemas
pangenotípicos, além de definir o tempo de tratamento
Hepatite C – Epidemiologia
Prevalência da Hepatite C
~70.000.000 de portadores
> 10%
2,5 – 10%
1 – 2,5%
HEPATITE C NO MUNDO
400.000
óbitos/ano
Hepatite C – Epidemiologia
3,2%
1,0%
Anti-HCV = 0,7%
n = 19.634
1,1%
1,6%
~700.000 1,6%
virêmicos 1,7% (20 a 69 anos)
Hepatite C – Epidemiologia
• Prevalência no Brasil
• Prevalência 15-69 anos 0,71%
Predominantemente
Parenteral
Promiscuidade
sexual
HCV Uso de
drogas IM/IV
(HSH)
Práticas
Transmissão
culturais
vertical
de risco (<5%)
Hepatite C – História natural
> Risco
Gênero masculino HBV, HIV
Infecção > 30 anos Etilismo
~20%
Hepatite Cirrose
Hepatite
aguda
crônica
1 – 5%/a
25%
0% ? (1-3m)
Insuficiência Insuficiência
hepática hepática
aguda Cura terminal
CHC
Hepatite C – Fatores Relacionados à progressão da fibrose
Qual impacto da Hepatite C?
Sexo feminino, idade jovem na infecção
30 anos
Hepatite
Fígado Infecção Cirrose em HCC 1-4% ao
crônica em
normal aguda 20% ano
80%
20 anos
21,4% HBV
75,8% HCV
OMS: METAS
• ELIMINAR A TRANSMISSÃO DAS HEPATITES VIRAIS EM TODO O MUNDO ATÉ 2030!!!!
• Metas de prevenção
• 90% cobertura de HBV ao nascer
• 100% do sangue triado
• 90% com acesso a. injeções seguras
• Metas de diagnóstico
• 90% das pessoas diagnosticadas
• Metas de tratamento
• 80% dos elegíveis tratados
OMS: METAS
• ELIMINAR A TRANSMISSÃO DAS HEPATITES VIRAIS EM TODO O
MUNDO ATÉ 2030!!!!
Estamos
próximos???
Simplificar o tratamento
• Aumentar o número de médicos aptos a tratar
• Esquemas terapêuticos simples
Como alcançar a eliminação?
• Testar mais pessoas
• Testar anualmente
• Portadores de HIV
• Múltiplos parceiros sexuais ou múltiplas ISTs
• Pessoas trans
• Trabalhadores do sexo
• Pessoas em situação de rua
Como alcançar a eliminação?
• Testar mais pessoas
• Testar pelo menos 1x
• ≥ 40 anos
• Pacientes de clínicas de hemodiálise
• Usuários de OH ou drogas
• Antecedentes de drogas IV
• Presidiários
• Pessoas que receberam Tx sanguínea < 1993
• Antecedente de exposição percutânea em locais que não obedecam normas de vigilância
sanitária (tatuagens, piercings, manicure,...)
• Profissionais de saúde, cuidadores, bombeiros, policiais
• Crianças nascidas de mães HCV
• Contactantes de pacientes HCV
• Antecedente de uso de seringas de vidro ou compartilhadas
• DM, DCV, doenças psiquiátricas, nefropatia, imunossuprimidos, hepatopatia, elevação de
transaminases
Hepatite C aguda – Diagnóstico
Incubação
• 4-12 semanas
Quadro clínico: semelhante às demais hepatites agudas
• Assintomática: maioria
• Sintomáticos: 20-30%
Pródromos:
• Astenia, febre, mialgias
• Artralgias, exantema
• Hiporexia, náuseas e vômitos
• Cefaléia, diarréia, dor abdominal, hepatomegalia
Icterícia, colúria: ~ 20%
IHA extremamente rara
Hepatite C aguda – Diagnóstico
Laboratório:
• ALT e AST: variável (< 1.000 UI/L é comum)
• Bilirubinas: ~ 20%
• FA e GGT: normais ou pouco elevadas
• Atividade de protrombina: normal
Hepatite C aguda – Diagnóstico
Laboratório - específicos:
• Sorologia: Anti-HCV
• ELISA ou teste rápido: são equivalentes
• Contato prévio (infecção ativa ou cura)
• O valor da titulação não difere infecção aguda de crônica
• Testes atuais detectam em até 30-60 dias da infecção
• Falso neg: hemodiálise e imunocomprometidos
• Não confere imunidade! – pct pode reinfectar após tratamento
Hepatite C aguda – Diagnóstico
Laboratório - específicos:
• HCV-RNA qualitativo: infecção ativa
• Detectam a partir de 10-15UI/ml
• Positivam com ~2 semanas da infecção: ANTES do Anti-HCV
• HCV-RNA quantitativo (carga viral)
• Genotipagem
• 7 genótipos
• Importante para definição do tratamento
Hepatite C Aguda – Diagnóstico
• Quadro mais graves relacionados à:
• Hepatopatia de base (álcool, HBV)
• Imunossupressão (HIV)
anti-HCV
ALT 600
(UI/L)
400 Sintomas
200
ALT
0 Normal
0 2 4 6 8 10 12 24 7 8 9 10 11 12 13
Semanas Meses
Hepatite C aguda – Diagnóstico
Conceito
• Define-se Hepatite C Aguda quando:
• Soroconversão documentada do Anti-HCV < 6 meses
• Positivação do HCV RNA a partir de 2 semanas
• Hepatite aguda, Anti HCV e/ou HCV RNA positivo
Hepatite C crônica – Diagnóstico
Forma mais comum, silenciosa na maior parte do tempo
Manifestações extra-hepáticas
Hepatite C crônica – Manifestações extra-hepáticas
• A infecção pelo HCV é uma doença sistêmica
• Prevalência de manifestações extra-hepáticas é alta: 40 a 76,5%
• O tratamento para o HCV é o principal tratamento dessas síndromes!
Associação provada Associação possível
Neuropatias Vitiligo
Crioglobulinemia Mista
• É a manifestação extra-hepática com maior associação e mais estudada
• Estudos sugerem prevalência de 50% nos portadores de HCV subestimada
Tratamento:
• Tratar o vírus C!!!
• Medidas específicas:
• Corticóides em baixas doses 0,3 a 0,5mg/kg
• Casos graves rituximabe com ou sem corticoides em altas doses
• Opções para casos graves plasmaférese + ciclofosfamida com ou sem
corticóides
Hepatite C crônica – Manifestações extra-hepáticas
Hepatite C crônica – Exames
Sem cirrose hepática:
• ALT > AST: flutuantes (< 300 UI/L)
• FA e GGT: normais ou pouco elevadas
• Bilirrubinas, A. protrombina e albumina: normais
• Teste de rastreamento:
• ELISA ou EIA (S=98% E=99%)
• Teste rápido
• Usa sangue total, resultado em <10min, não requer equipamento
• Ainda precisa da confirmação com RNA PCR
Hepatite C crônica – Exames
Diagnóstico virológico/molecular:
• HCV RNA
• Quantitativo (carga viral) ou qualitativo
• Detectam a partir de 10-15UI/ml
• Positivam com ~2 semanas da infecção
Genotipagem
• 7 genótipos que podem ser subdivididos (1a, 1b, 2a, 2b...)
• Não influenciam na gravidade
• Importante para definição do tratamento caso não disponíveis esquemas
pangenotípicos além de definir o tempo de tratamento
• O genótipo mais comum em todo o mundo é o genótipo 1
• No Brasil 1c>1a>3a>2b>2a/2c
Hepatite C crônica – Exames
• Teste rápido
• Alta sensibilidade e especificidade (96-99%) = equivalente ao ELISA
• HCV RNA POC Testing (“point of care”)
• Tempo menor para o resultado (<10min)
• Custo mais baixo
• Nenhuma exigência para equipamento adicional
12sem
• Anti-HCV
• É anticorpo, mas não confere imunidade
• HCV RNA
• Seus níveis não se correlacionam com o grau de fibrose
• Genótipos
• Não influenciam na gravidade
• Servem para definir esquema de tratamento e predizer
resposta
Hepatite C crônica – Diagnóstico
1.000
HCV RNA
800
anti-HCV
ALT 600
(UI/L)
400 Sintomas
200
ALT
0 Normal
0 2 4 6 8 10 12 24 7 8 9 10 11 12 13
Semanas Meses
Hepatite C crônica – Diagnóstico
Conceito
• Define-se Hepatite C crônica quando:
• Anti-HCV + > 6 meses E Positivação do HCV RNA > 6 meses
Tratamento
• Em um passado sombrio....
Hepatite C Hepatite C
diagnosticada tratada
Hepatite C
Quadro clínico-laboratorial compatível
Anti-HCV
Houve
contato?
Há infecção
crônica? HCV-RNA HCV-RNA
Hepatite C aguda
Hepatite C
Quadro clínico-laboratorial compatível
Anti-HCV
Houve
contato? O tratamento
da hepatiteC está
indicado na presença de infecção aguda
Há infecção ou crônica pelo HCV, independente do
crônica? HCV-RNA HCV-RNA
grau de fibrose hepática, ou seja,
HEPATITE C DIAGNOSTICADA =
Conduta Seguimento TTO
HEPATITE C TRATADA*
Hepatite C aguda
*Salvo exceções: < 3 anos, expectativa de vida < 12 meses, hipersensibilidade ou intolerâncias medicamentosas, gestantes.
Hepatite C Aguda - Tratamento
Por que tratar a Hepatite C Aguda?
• Maior chance de resposta que nos pacientes crônicos ATENÇÃO:
estudos da época sem DAAs
Quando tratar?
• A maioria (70%) cronificarão
• Aguarda-se pelo menos 12 a 16 semanas (média de 3 meses) para avaliar
a possibilidade de eliminação espontânea
• Se HCV RNA + > 3 meses = iniciar tratamento
• Se portador de IRC em hemodiálise, iniciar tto imediato (cronificação em
96%)
Hepatite C Aguda - Tratamento
Como tratar?
• PCDT Hepatite C 2019 (março)
• Liberado uso de DAAs (antivirais de ação direta) para tto também da
Hepatite C Aguda
• Antigamente eram usados esquemas com Interferon
• Tempo e esquema de acordo com os genótipos. Da mesma forma que a
crônica
O que é preciso saber antes do tratamento?
1- Qual o genótipo?
Clínico
Laboratorial Imagem
Testes não
Histológico invasivos
Classificação de Child-Turcotte-Pugh
Pontos 1 2 3
Albumina (g/dL) > 3,5 2,8 a 3,5 < 2,8
TP
ou t segundos 1a3 4a6 >6
RNI < 1,7 1,7 a 2,3 > 2,3
Sobrevida em 1 Sobrevida em 2
Classe Pontos
ano anos
C 10 a 15 45% 35%
Genótipo 1
Sem cirrose ou com cirrose Child A: LDV/SOF +/- RBV por 8 a 12 semanas
Com cirrose Child B ou C: LDV/SOF +/- RBV por 12 a 24 semanas
Genótipo 2 a 6
Sem cirrose ou com cirrose Child A: SOF/VEL+/-RBV por 12 semanas
Com cirrose Child B ou C: SOF/VEL+/- RBV por 12 ou 24 semanas
LDV/SOF 12s*
SOF/VEL 12 sem **
LDV/SOF 12s*
SOF/VEL 12 sem **
8 ou 12
GLE/PIB sem
Não liberado pelo PCDT
Graus de fibrose e Child Child Child
F0 F1 F2 F3 F4
Child A B C
12sem + RBV ou
LDV/SOF 12sem (ou 8 semanas)
24 sem
• É simples (1 cp ao dia)
Alta eficácia (RVS > 95% em todas as
populações)
• Pangenotípico
• Independe do estágio ou presença de
cirroses
• Baixos efeitos adversos
32% 50%
12%
Acompanhamento após tratamento
HCV-RNA 12 ou 24 semanas após tratamento: se negativo → RVS!
Imunização ativa:
• Não disponível
Gamaglobulina anti-HCV:
• Não disponível
Perguntando para gravar!
“Todos os vírus hepatotrópicos podem causar hepatite aguda?”