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Educacao Critica Reflexao 620335
Educacao Critica Reflexao 620335
COLETÂNEA DE ARTIGOS
Prefácio
“Penso, logo existo”. Essa é uma famosa frase do filósofo francês René
Descartes. Através dessas poucas palavras somos encorajados a aprofundar
nossas perspectivas quanto a importância do pensamento, da reflexão, do
discernimento e da meditação. Quando nos propomos a pensar e refletir
sobre a vida, somos transportados para um mundo de constante aprendizado,
aprimoramento e evolução. Isso nos faz sentir vivos, nos faz desejar mais, nos
estimula a romper barreiras e a conquistar lugares ainda não explorados em
nossa mente.
René Descartes morreu em 1650 d.C. e de lá pra cá muita coisa mudou quanto
ao modo pelo qual nós acessamos, exploramos, processamos e
compartilhamos o conhecimento, e isso é fantástico. É maravilhoso viver em
uma época de maior acesso, com mais caminhos a serem explorados, mais
capacidade de processamento e de uma maneira muito especial, viver num
tempo em que existem ainda mais possibilidades de se compartilhar o saber.
Apresentação
Discorrer sobre os temas que compõe a educação de forma crítica e reflexiva,
em um primeiro momento pode parecer que é uma tarefa fácil e simples, uma
vez que esse assunto permeia a vida de todas as pessoas e na atual
conjuntura suscita até paixões. Sem pautar por nenhuma ideologia, e com foco
centrado em análises científicas acerca dos temas que permeiam todo o
universo dos espaços de aprendizagem, as proposições e inquietações
contidas nos artigos que já foram publicados, conduz o leitor por novas
perspectivas com base não somente pela ciência, mas também pelas
experiências vividas pelo autor.
O autor
EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
Sumário
1
TECNOLOGIAS INTEGRADAS À SALA DE 11
AULA: DIÁLOGOS COM AS TEORIAS DE
APRENDIZAGEM
INTRODUÇÃO 12
DESENVOLVIMENTO 13
CONSIDERAÇÕES FINAIS 14
REFERÊNCIAS 15
2
ENSINO HÍBRIDO: DISRUPÇÃO COMO 20
ALTERNATIVA
INTRODUÇÃO 21
EVOLUÇÃO DO ENSINO HÍBRIDO 22
O PAPEL DO PROFESSOR NO ENSINO HÍBRIDO 24
O PAPEL DOS APRENDIZES 25
SISTEMAS AVALIATIVOS 26
PLANEJAMENTO 28
CONSIDERAÇÕES FINAIS 29
REFERÊNCIAS 31
3
PAPEL DA PEDAGOGIA NA EDUCAÇÃO 32
PROFISSIONAL: DESAFIOS E PARADOXOS
INTRODUÇÃO 33
METODOLOGIA 34
RESULTADOS E DISCUSSÃO 34
CONSIDERAÇÕES FINAIS 49
REFERÊNCIAS 52
EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
4
INTELIGÊNCIA DE NEGÓCIOS NAS 54
AVALIAÇÕES EM GRANDE ESCALA DA
QUEBRA DE AXÍOMAS TERATOLÓGICOS ATÉ
O ETHOS CONTEMPORÂNEO
INTRODUÇÃO 55
METODOLOGIA 57
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 57
CONSIDERAÇÕES FINAIS 63
REFERÊNCIAS 65
5
TECNOLOGIA EDUCACIONAL ADAPTATIVA: 66
ESTUDO DE CASO DA PLATAFORMA
EDUCACIONAL SIMPLIX
INTRODUÇÃO 67
OBJETIVOS 71
OBJETIVO GERAL 71
OBJETIVOS ESPECÍFICOS 71
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 74
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 74
ESTUDO DE CASO: PLATAFORMA 77
EDUCACIONAL SIMPLIX
AMBIENTES DIGITAIS DE APRENDIZAGEM 78
VALORIZAÇÃO DA DIVERSIDADE E DO 82
CONHECIMENTO
A MEDIAÇÃO ADAPTATIVA COM 83
TECNOLOGIAS COMO PRÁTICA DE
INTERVENÇÃO
MODELOS DE PRANCHA PARA A MEDIAÇÃO 83
PEDAGÓGICA
REFERÊNCIAS 87
6
EDUCAÇÃO 4.0 90
INTERLIGANDO PESSOAS E SABERES POR
MEIO DA TECNOLOGIA
INTRODUÇÃO 91
DESENVOLVIMENTO 92
TECNOLOGIA X METODOLOGIA 96
METODOLOGIAS ATIVAS 97
BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR 99
CULTURA DIGITAL 100
CONSIDERAÇÕES FINAIS 101
REFERÊNCIAS 102
EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
7
O ENSINO HÍBRIDO COMO ALTERNATIVA NA 105
INCLUSÃO ESCOLAR? ANÁLISE DO CENÁRIO
BRASILEIRO NA EDUCAÇÃO ESPECIAL
INCLUSIVA EM TEMPOS DE PANDEMIA
INTRODUÇÃO 106
METODOLOGIA 107
DESENVOLVIMENTO 108
O CENÁRIO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO 108
BRASIL
O CENÁRIO DO USO DE TECNOLOGIAS 111
CONSIDERAÇÕES FINAIS 125
REFERÊNCIAS 127
8
A EDUCAÇÃO INFANTIL E A INFLUÊNCIA DAS 128
TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO
INTRODUÇÃO 129
EMBASAMENTO TEÓRICO 131
PROJETO: TEÓRICOS 138
RELEVÂNCIA E APLICAÇÃO DO TRABALHO NA 144
SOCIEDADE
CONSIDERAÇÕES FINAIS 146
REFERÊNCIAS 147
9
ECONOMIA DIGITAL: ESCASSEZ DE MÃO DE 149
OBRA EM TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
INTRODUÇÃO 150
DESENVOLVIMENTO 153
CONSIDERAÇÕES FINAIS 163
REFERÊNCIAS 166
1
CAPÍTULO
EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
INTRODUÇÃO
[1] Esse texto é uma versão adaptada do artigo publicado na Revista Científica Multidisciplinar
Núcleo do Conhecimento Ano 05, Ed. 09, Vol. 02, pp. 21-29, setembro de 2020. ISSN: 2448-
0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/educacao/tecnologias-
integradas, DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/educacao/tecnologias-integradas.
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EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
DESENVOLVIMENTO
[…] essa nova sociedade, que está se formando, e que tem por
base o capital humano ou intelectual, é chamada de Sociedade
do Conhecimento. Nessa sociedade onde as ideias, portanto,
passam a ter grande importância, estão surgindo, em várias
partes do mundo, os Think Thanks, que nada mais são do que
grupos ou centros de pensamentos para a discussão de ideias.
Esses centros têm por objetivo a construção de um mundo, de
uma sociedade mais saudável, do ponto de vista econômico e
social, que possa desfrutar de uma melhor qualidade de vida
(LUCCI, 2000, p. 5).
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EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
Na mesma direção e sentido, Lévy (1993) nos oferece a seguinte afirmação: ”as
novas tecnologias, utilizadas como ferramentas pedagógicas nas escolas,
redefinem as funções docentes, pois, agregam às práticas de ensino e
aprendizagem, novos modos de acesso aos conhecimentos”.
Sendo o ser humano, um ser social, não está imune ao que lhe acontece ao
seu entorno. Vygotsky (1991), é enfático nas suas considerações sobre como
ocorre a aprendizagem, e afirma que o interacionismo é o ponto e a força axial
no que se refere ao processo de aprender das pessoas.
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EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
Como bem preconizou Piaget (1978), nas suas afirmações sobre equilibração
majorante (nos conceitos de assimilação, acomodação e desequilibração), com
efeito, o uso de novas tecnologias nos processos de ensinar e aprender
podem colaborar para que se possa existir um constante e cíclico
desequilíbrio, uma vez que se utilizam outras fontes e formas de aprender (uso
de tecnologias adaptativas, ensino híbrido, sala de aula invertida, uso de vídeos
e plataformas de colaboração).
Gardner (2006) e sua teoria das Inteligências Múltiplas pode ser evocada, e
suas ideias se colocam em marcha no sentido de consubstanciar que o
elemento essencial em ambientes de aprendizagem é uma participação ativa
(dos seus agentes) e a troca de experiências (teóricas e empíricas) mediadas
pelo diálogo e com interação dialógica/dialética que privilegie o intercâmbio de
novas ideias, mas, sobretudo, em impelir o desenvolvimento da cognição, bem
15
EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
Não obstante, desse caudaloso caos, que possa sugerir uma anarquia digital,
compreender que novas informações estão sendo continuamente produzidas,
compartilhadas e, como consequência, novos conhecimentos em sua gênese
podem surgir. É vital ensinar a habilidade de distinguir entre o que é
importante e o que não é. O que se pode fazer e o que não se pode fazer, as
balizas mestras da ética, dos bons costumes, da moral estabelecida em
sociedade, precisam estar sempre no cerne de todo e qualquer processo de
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EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
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EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
E por fim, não basta apenas ensinar sobre a tecnologia e com a tecnologia,
imperativamente, nos dias atuais, é mais que necessário, educar para a
cidadania digital, para que se possa extrair o máximo que a tecnologia
proporcione, ao mesmo tempo em que se possa construir uma sociedade
mais justa, mais humana e fraterna, com o uso que o conhecimento
impulsiona à humanidade.
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EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
REFERÊNCIAS
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2
CAPÍTULO
EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
INTRODUÇÃO
Fato é que muita coisa mudou dessa realidade presente na educação grega,
passando pela Idade Média e pela Idade Moderna. Ou seja, da Grécia para a
contemporaneidade, esse ideal filosófico (ideal centrado na busca pelo pensar,
como foi proposto por exemplo, por Sócrates e Platão), ainda permanece no
ideário e na busca filosófica, de que as pessoas com educação possam se
constituir como seres humanos e, na mesma medida e proporção, também as
sociedades sejam livres, democráticas e, de forma mais holística, integrem
todos e todas em prol de um bem comum.
[2] Esse texto é uma versão adaptada do artigo publicado na Revista Científica Multidisciplinar
Núcleo do Conhecimento Ano 06, Ed. 07, Vol. 09, pp. 130-143. Julho de 2021. ISSN: 2448-0959,
Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/educacao/disrupcao-como-
alternativa.
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EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
Com efeito, o ensino híbrido tem uma maior aderência em instituições que
buscam inovar em suas práticas pedagógicas, e ampliam seus horizontes para
instituir uma educação alicerçada em potencializar as habilidades e as
competências, não somente de seus alunos e suas alunas, mas também dos
profissionais de educação que integram suas fileiras.
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EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
De acordo com Bacich et al. (2015), alguns modelos fazem parte dessa
modalidade de ensino. O diagrama da Figura 2 mostra alguns modelos no
ensino híbrido.
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EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
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EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
Com efeito, essa mediação promove mais eficiência e eficácia nas abordagens,
nos projetos e na jornada pelo conhecimento, que agora não está mais
centralizado na figura docente e, sim, pautada em planejamento
multidisciplinar e transversal. Como um curador, o professor articula ações
buscando a integralidade de todos os agentes envolvidos e promove um
acolhimento individual com orientações pontuais, específicas, mas, por vezes,
também genéricas.
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EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
Nessa linha de raciocínio, Schell (2015) afirma que as salas de aula invertida, de
alguma forma podem se valer da disponibilização não somente dos vídeos
(multimídia), mas também ir além de apenas realizar o trabalho em casa, pode-
se avançar dentro do conceito de Just-in-time Teaching, que é um ensino sob
medida, bem como da instrução pelos colegas, denominada peer instruction.
SISTEMAS AVALIATIVOS
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EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
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EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
PLANEJAMENTO
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EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O ensino híbrido tem por objetivo permitir aos atores envolvidos — por meio
dos contratos didáticos arrimados no compromisso, na ética e na efetiva
participação, com o uso e aplicação da tecnologia, dispondo disciplinas e
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EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
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CRÍTICA & REFLEXÃO
REFERÊNCIAS
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3
CAPÍTULO
EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
INTRODUÇÃO
[3] Esse texto é uma versão adaptada do artigo publicado no CINTED/Editora Realize disponível
em: https://www.editorarealize.com.br/index.php/artigo/visualizar/74171.
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EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
METODOLOGIA
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Ao longo da história, a Pedagogia foi constituindo como ciência, que tem como
objeto de reflexão a educação e seus desdobramentos, envolvendo os
processos de ensino e aprendizagem que visam educar as novas gerações,
constituídas por crianças e jovens que são percebidos como sujeitos
socioculturais. Conforme Eboli (2004):
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EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
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EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
ideias de Pestalozzi, que defendia uma educação baseada na ação. Com efeito,
o modelo despótico prussiano de educação que se instaura no mundo
moderno como modelo inspirador adotado por vários países, inclusive pelos
Estados Unidos da América, tem como premissa fundamental a preparação
para o trabalho, sobretudo para o trabalho em Estados em tempo de guerra.
Nos EUA, Calvin Ellis Stowe (1802-1886), foi o principal difusor do modelo
prussiano despótico de educação, cujo principal objetivo – como já foi dito -
era a preparação em massa da população, sobretudo dos infantes para
atuação militar. John Dewey (1859-1952) foi sem sombra de dúvida o ícone e o
difusor na América Latina da educação que vivenciou um período de entre
guerras internas americanas, bem como o emergir da segunda revolução
industrial dentro do solo americano, em que ancorou suas ideias de uma
educação moldada pelo modelo prussiano fundamentada no pragmatismo. Na
década de 1930 no Brasil, tanto o modelo prussiano de educação, bem como
as ideias pragmáticas de Dewey, eram verdadeiras joias para um país que
possuía uma gigantesca massa de analfabetos num contexto efetivamente
agrário e de incipiente industrialização, com o governo autoritário e populista
de Getúlio Vargas que simpatizava com as ideias fascistas vindas da Europa.
Segundo Lopes, Filho e Veiga (2000, p. 2016):
36
EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
Nesse contexto histórico, Moraes (1990, p. 1, apud BATISTA, 2013, p. 32), nos
convida para a seguinte reflexão:
Todo esse cenário agradava não somente a elite, que emergia sob a estrutura
da industrialização brasileira, mas também a classe menos favorecida, carente
de emprego e condições de subsistência. O Brasil do Estado Novo, saia de um
modelo de exploração colonial tanto na economia quanto em seus meios de
produção, e rumava para um modelo industrial, em que a mão de obra era
quase inexistente e as escolas, inspiradas num modelo despótico e voltada
para fins militares, cuja estrutura deixou marcas indeléveis. Sobre a política
educacional do Estado Novo, Manfredi (2003, p. 95) afirma que ela:
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EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
trabalho.
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EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
[4] UNESCO – Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura.
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CRÍTICA & REFLEXÃO
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EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
Isso está em consonância com as ideias de Eboli (2004, p. 32, apud SILVEIRA,
2011, p. 35):
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EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
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EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
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EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
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EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
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EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
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EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
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EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
guerra."
A pedagogia para a próxima década terá que lidar também com a capacidade
de atrair, capacitar e reter talentos, ser capaz de gerir competências e
conhecimento, planejar ações centradas em entregar para o mercado o perfil
de profissional demandados pelos respectivos setores da economia, uma vez
que há uma demanda reprimida por profissionais que possam atuar em time,
e com forte formação em princípios éticos, como nos auxilia Eboli (2004, p. 44):
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EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Qualificação dos pedagogos (as) para atuarem nesse cenário. Uma vez que
grande parte destes profissionais já atuantes não foram qualificados para
atuarem com o público de jovens e adultos no tocante a formação
profissional; via de regra em nível nacional, as grades curriculares dos
cursos de licenciatura em pedagogia não contemplam formação no uso de
novas mídias e tecnologias nos processos do ensino e aprendizagem.
Desconhecimento do parecer de 2006, que embora não restringe a área
de atuação da pedagogia, sobre tudo no tocante à educação profissional,
no entanto, não é o que acontece na formação acadêmica do profissional
em pedagogia na grande maioria das universidades.
Capacitação em tecnologia dos(as) pedagogos(as) que não são
expostos(as) a gama de recursos disponíveis e que não foram
preparados(as) na universidade para atuarem com tais tecnologias.
Valorização do capital humano. É histórico a desvalorização do capital
humano em pedagogia, que possui baixa remuneração e como
consequência, as instituições escolares são carentes dos bons
profissionais, que não raro são atraídos para outras áreas em detrimento a
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EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
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CRÍTICA & REFLEXÃO
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EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
REFERÊNCIAS
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EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
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4
CAPÍTULO
EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
INTRODUÇÃO
Não raro a aplicação de avaliação, até bem pouco tempo no Brasil, tinha um
caráter muito mais próximo do punitivo. Todavia, com o advento de novas
tecnologias, como o Business Inteligence e suas versões análogas, uma nova
ótica vem se estabelecendo por parte dos gestores educacionais, em todos os
níveis. Seguindo uma tendência internacional, esses instrumentos de
tecnologia são capazes de auxiliar na consolidação de dados e informações
que, por sua vez, podem ser utilizados para produzir conhecimento acerca do
universo educacional de uma nação. Isso porque o conhecimento abstraído da
fonte primária de dados, que as avaliações em grande escala proporcionam
para a análise, auxiliam na tomada de decisões e, até em última instância, nas
proposições de políticas públicas. Conforme Souza e Ferreira (2019, p. 14):
Com camadas cada vez mais densas em seus níveis de tomada de decisão, as
instituições escolares (federais, estaduais e municipais) e as organizações
privadas, precisam revisar perenemente as práticas pedagógicas e as
[6] Esse texto é uma versão adaptada do artigo publicado na revista RCMOS – Revista Científica
Multidisciplinar o Saber. Disponível em:
http://revistacientificaosaber.com.br/ojs/envieseuartigo/index.php/rcmos/article/view/97/72.
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CRÍTICA & REFLEXÃO
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CRÍTICA & REFLEXÃO
METODOLOGIA
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
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CRÍTICA & REFLEXÃO
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CRÍTICA & REFLEXÃO
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EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
[7] Trade Off é o nome que se dá a uma escolha que se faz em detrimento de outra. Por
exemplo: as pessoas enfrentam o trade off entre consumo e lazer. Ou seja, para obter mais
consumo é necessário trabalhar mais, logo, abdicar de tempo de lazer.
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EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
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CRÍTICA & REFLEXÃO
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CRÍTICA & REFLEXÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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CRÍTICA & REFLEXÃO
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EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
REFERÊNCIAS
BAUER, A., ALAVARSE. O. M.; OLIVEIRA, R. P. de. Avaliações em larga escala: uma
sistematização do debate. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 41, n. spe., p.
1367-1382, 2015. DOI: https://doi.org/10.1590/S1517-9702201508144607 .
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5
CAPÍTULO
EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
INTRODUÇÃO
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EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
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EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
Nos dias atuais, graças aos avanços tecnológicos, as novas mídias estão ao
alcance da maioria das pessoas, e inseri-las nos processos do ensino e da
aprendizagem, como ferramentas riquíssimas e facilitadoras, favorece a
ampliação do conhecimento e a melhoria da qualidade do ensino.
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EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
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EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
aprendizagem.
Como já vimos, educar para a cidadania é uma meta transversal das políticas
educacionais e precisa ser incorporada nos projetos pedagógicos por meio da
valorização das necessidades, na elaboração de novos espaços de socialização,
novas manifestações culturais, na questão mais ampla da acessibilidade e na
inclusão de recursos específicos, que proporcionem o acesso às TIC como
instrumento de aprendizagem, de modo a possibilitar o desenvolvimento
cognitivo e criativo dos estudantes.
Diante de tudo isso, fica evidente que o entrelaçamento entre o uso das
tecnologias digitais e educação é uma discussão extremamente importante
quando pensamos na aprendizagem e no desenvolvimento de habilidades,
pois a tecnologia passa a atuar como instrumento e alternativa para a
construção do conhecimento.
OBJETIVOS
OBJETIVO GERAL
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
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CRÍTICA & REFLEXÃO
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CRÍTICA & REFLEXÃO
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CRÍTICA & REFLEXÃO
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
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CRÍTICA & REFLEXÃO
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EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
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EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
A inclusão escolar, via de regra, está alicerçada por três grandes pilares: o
primeiro é o contingente de pessoas com deficiências e suas necessidades, o
segundo são as políticas públicas e seus investimentos para o setor, e o
terceiro, é o conjunto de tecnologias educacionais disponíveis para atender às
demandas.
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CRÍTICA & REFLEXÃO
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CRÍTICA & REFLEXÃO
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CRÍTICA & REFLEXÃO
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EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
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EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
Há diferenças e há igualdades, e nem tudo deve ser igual nem tudo deve ser
diferente, [...] é preciso que tenhamos o direito de ser diferente quando a
igualdade nos descaracteriza, e o direito de ser iguais quando a diferença nos
inferioriza (MANTOAN, 2006, p. 7-8).
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CRÍTICA & REFLEXÃO
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CRÍTICA & REFLEXÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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comunicacionais.
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CRÍTICA & REFLEXÃO
REFERÊNCIAS
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CAPÍTULO
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CRÍTICA & REFLEXÃO
Educação 4.0:
interligando pessoas e saberes por
meio da tecnologia
Geisse Martins
INTRODUÇÃO
91
EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
aprendizagem.
Com efeito, toda essa multiplicidade entre desejo de acesso e avidez por
informação e conhecimento é fomentado pela colaboração que impulsiona a
construção de conhecimento no mundo atual e permeia a vida das pessoas de
forma irrestrita e independentemente da localização.
DESENVOLVIMENTO
92
EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
Um pouco mais adiante, por volta dos anos 1950, os modelos de ensino
passaram por uma transmutação considerável. A colaboração passa a ser o
esteio para os processos do ensino e da aprendizagem, modelos híbridos
germinam com mais intensidade, as modalidades presenciais e a distância
mesclam-se e inicia-se o uso de múltiplos recursos tecnológicos com destaque
para a utilização da multimídia. Em paralelo, estudos pedagógicos são
dimensionados e ancorados cientificamente:
estudos do sociointeracionismo de Vygotsky, Luria e Leontiev (2019);
análises e epistemologia genética de Jean Piaget (1973);
investigações comportamentais de Skinner (2003);
taxonomia de Bloom (1986), e a estruturação da declaração dos objetivos
interligados ao desenvolvimento da cognição (afetivo, cognição e
psicomotricidade);
aprendizagem significativa, com ponderações de Rogers (1973) e Ausubel,
Novak e Hanesian (1980).
93
EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
Com efeito, até mesmo a Sétima Arte explicitou esses conceitos, como no filme
de Stanley Kubrick “2001: uma odisseia no espaço”, baseado na obra
homônima de 1968 de Arthur C. Clarke, que trouxe a relação entre humano e
máquina, tal qual uma tessitura que se enlaça numa projeção de passado e do
futuro.
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CRÍTICA & REFLEXÃO
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CRÍTICA & REFLEXÃO
TECNOLOGIA x METODOLOGIA
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CRÍTICA & REFLEXÃO
METODOLOGIAS ATIVAS
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CRÍTICA & REFLEXÃO
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CRÍTICA & REFLEXÃO
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CRÍTICA & REFLEXÃO
CULTURA DIGITAL
100
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CRÍTICA & REFLEXÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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CRÍTICA & REFLEXÃO
102
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CRÍTICA & REFLEXÃO
REFERÊNCIAS
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CRÍTICA & REFLEXÃO
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CAPÍTULO
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CRÍTICA & REFLEXÃO
INTRODUÇÃO
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METODOLOGIA
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CRÍTICA & REFLEXÃO
DESENVOLVIMENTO
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EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
(população que se declara com algum tipo de deficiência). Ainda segundo esse
instituto, 6,7% da população tem dificuldades para enxergar, ouvir, caminhar,
são deficientes mentais ou intelectuais.
109
EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
Com efeito, é importante salientar que, no que tange ao acesso e uso de novas
tecnologias por parte das pessoas com deficiência nos ambientes escolares
brasileiros, isso está muito distante de uma realidade esperada. A educação
brasileira, no que concerne, sobretudo, à educação pública, é claudicante no
uso de novas tecnologias para as pessoas com deficiência.
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EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
[11] Fundação Carlos Chagas (FCC), Universidade Federal do ABC (UFABC), Universidade
Federal do Espírito Santo (UFES) e a Universidade de São Paulo (USP).
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CRÍTICA & REFLEXÃO
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CRÍTICA & REFLEXÃO
Como pode ser visto no gráfico acima, no tocante às estratégias para o ensino
remoto, o relatório informa que, em meados de julho de 2020, as redes ou as
escolas não tinham nenhum tipo de organização para o ensino remoto. Em
sua grande maioria, ainda estavam realizando algum tipo de atividade não
presencial (com uso de material impresso, por exemplo) tanto nas classes
comuns quanto no atendimento educacional especializado. Em alguns casos,
aulas estavam sendo gravadas, mas em modo experimental com recursos
tecnológicos dos próprios professores.
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CRÍTICA & REFLEXÃO
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CRÍTICA & REFLEXÃO
118
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CRÍTICA & REFLEXÃO
Ainda que exista um sentimento de apoio por parte dos professores e das
professoras que atuam no AEE, em relação à rede/escola, via de regra, esse
apoio deriva de um histórico de solidariedade e assistencialismo que permeia
a Educação Especial Inclusiva, e que faz parte da cultura brasileira em assumir
e insistir para um sentimento de complacência mesclado com pena para com
as pessoas com deficiência. Tal sentimento cultural deveria ser substituído por
respeito com as pessoas com deficiência e para fazer valer os direitos
conquistados ao longo de décadas, conquistados através de lutas homéricas,
diga-se de passagem.
119
EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
120
EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
121
EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
122
EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
Vale ressaltar aqui, que esses números também são reflexo do belíssimo
trabalho dos profissionais da educação que se dedicam na inclusão da pessoa
com deficiência. Ainda que em condições precárias de trabalho, jornadas
extenuantes, ausência de quase tudo, esses profissionais atuam como
verdadeiros Atlas, da mitologia grega, carregando em suas costas um mundo
pesado de problemas, são resilientes, porém sem deixar o afeto, a dedicação,
os estudos, as pesquisas e o sentimento de altruísmo, envidando esforços
para promover a inclusão de fato e de direito para as pessoas com deficiência.
123
EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
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EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Educar pessoas com deficiência na atual conjuntura, requer muito mais que
formas analógicas amplamente utilizadas num passado recente.
Em uma era cada vez mais digital, pensar novas alternativas para a educação e
para os processos do ensino e da aprendizagem se tornou essencial. As
práticas docentes se adaptam conforme a necessidade e os avanços que o
cenário tem proporcionado, tanto para educadores quanto para estudantes.
Diante desse contexto de pandemia, é preciso se atentar às mudanças e ao
que elas podem trazer de melhor. É imprescindível discutir, planejar, organizar
e controlar as ações e as práticas pedagógicas em face dos desafios propostos
à educação e que a pandemia impôs de forma geral, não se esquecendo de
que para a Educação Especial Inclusiva, esses desafios são ainda mais
complexos.
É preciso reconhecer que existiu todo um esforço por parte dos professores e
125
EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
O ensino remoto adotado foi precário e insuficiente para poder dar suporte e
continuação às práticas pedagógicas propostas. O ensino híbrido como
alternativa, precisa ser pensado e articulado com práticas inclusivas reais e que
possa contemplar e abarcar todas as pessoas, sem ser excludente em seus
processos.
126
EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
REFERÊNCIAS
FREYRE, G. Casa-grande & senzala. 42. ed. Rio de Janeiro: Record, 2001.
127
8
CAPÍTULO
EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
INTRODUÇÃO
A partir de uma abordagem descritiva, foi feito um estudo detalhado por meio
de levantamento de informações técnicas, análise do objeto de estudo,
levantamento teórico e pesquisas, para assim chegarmos ao aprofundamento
do conhecimento acerca do tema em questão.
Como base para o tema abordado, foram utilizados três teóricos relevantes na
área de educação: Jean William Fritz Piaget, Lev Semyonovich Vygotsky, e
Augusto Cury. Piaget (1997), aborda a importância do relacionamento da
criança com o objeto de conhecimento, e é um dos pioneiros no
desenvolvimento da teoria do Construtivismo.
Nesta obra, o autor aborda a teoria pela qual as crianças devem experimentar
e processar o conhecimento através do ambiente, ele afirmava que a infância é
o tempo de maior criatividade na vida de um ser humano, logo esse período
deveria ser explorado da melhor forma possível. O ensino deveria ser baseado
em criar situações em que estruturas podem ser descobertas (PIAGET, 1997).
Vygotsky (1989), por sua vez, nos fará perceber a importância da relação social
no convívio infantil, ponto que está sendo posto de lado por conta do uso
excessivo e solitário dos eletrônicos. O autor afirmava que a criança já nasce
inserida num meio social, a família, e nela estabelece as primeiras relações
com a linguagem, na interação com os outros.
129
EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
130
EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
A partir de uma abordagem descritiva, foi feito um estudo detalhado por meio
de levantamento de informações técnicas, análise do objeto de estudo,
referências bibliográficas e pesquisas, chegando assim ao aprofundamento do
conhecimento acerca do tema em questão.
EMBASAMENTO TEÓRICO
Hoje muitos desses estímulos podem estar se perdendo por conta da falta de
experiências ao ar livre por exemplo. Existe uma grande diferença de ver uma
árvore na televisão e de ter a possibilidade de experimentar o contato com a
mesma, sentir o aroma da sua folha, o frescor da sua sombra e a textura do
seu caule, por exemplo.
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EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
Cury (2017), por sua vez, aborda o contraste da robusta evolução tecnológica e
de lazer com a drástica queda de inteligência e saúde emocional, observada na
geração atual. A constante insatisfação, o aumento de casos de depressão e
suicídio, a apuração de doenças psíquicas como nunca houve na história, tudo
isso devido a possível substituição de valores e princípios fundamentais para a
manutenção de uma mente saudável pelo uso de eletrônicos.
A velocidade pela qual às informações chegam até nós nesses dias, pode estar
além daquilo que podemos administrar. A substituição dos relacionamentos
reais pelos quais são forjados caráteres, vínculos, elos de segurança e
referência, estão sendo substituídos por emoticons e mensagens virtuais. Para
o autor não só as crianças devem ter uma relação cautelosa e regulamentada
com os eletrônicos como também os adultos, tendo em vista a manutenção de
sua saúde emocional (CURY, 2017).
Bill Gates, o criador da Microsoft, afirmou em 2017 que sua família não
permitia telefones na mesa na hora da refeição, e só permitia celulares para
seus filhos quando completassem 14 anos (FORBES, 2017). Algo muito
semelhante foi dito por Steve Jobs, criador da Apple, em entrevista ao The New
York Times em 2010, o mesmo afirmou que proibia os filhos de usarem o
recém criado iPaid, e que o uso da tecnologia era limitado para os mesmos em
sua casa.
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EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
Entende-se, por exemplo, nessa escola, que se um círculo perfeito é feito pelo
computador, ele deixa de ser feito através de uma tentativa humana de
alcançar a perfeição.
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EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
Logo, pode-se concluir que a escrita por exemplo, é uma base fundamental do
processo ensino-aprendizagem, visto que a matéria é registrada de forma
diferenciada pelo cérebro. Porém, 0muitas escolas têm substituído a escrita
manual por digitação e consulta em web sites, por exemplo.
Alguns professores reclamam, por exemplo, que quando enviam deveres para
as crianças fazerem de forma manual em casa, como de recorte e colagem, os
pais começam a questionar e reclamar pois se pudesse ser uma atividade
digital, eles terminariam mais rápido.
Para que essa realidade seja observada e cuidada, de maneira que nossas
crianças sejam desenvolvidas em seu potencial máximo, nós precisamos do
empenho de todos os envolvidos da comunidade escolar, incluindo
autoridades relacionadas e responsáveis.
134
EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
A recomendação feita em 2019 alerta ainda, que bebês com menos de um ano
de idade não devem passar nem um minuto sequer na frente dos dispositivos.
A Digital Diares, pesquisa realizada desde 2010, pela AVG Technologies com
mães de todo o mundo, mostraram em 2014 um relatório que alegava que na
faixa etária entre três e cinco anos, 66% das crianças conseguiam operar jogos
de computador e 47% delas sabiam usar um smartphone. Em contrapartida,
somente 14% eram capazes de amarrar os cadarços e só 23% sabiam nadar.
A sociedade moderna precisa despertar e mudar a sua atitude diante dos fatos
que já foram apurados, as crianças trocaram a brincadeira, o movimento, a
relação com os amigos, e a criatividade, tudo isso por um período em
aplicativos, bebês de quatro meses já possuem uma pequena televisão
acopladas em seus carrinhos.
Talvez seja bem interessante para os próprios pais e responsáveis, não terem
as crianças correndo, gritando, pulando, pintando as paredes, ou penteando o
cachorro com a escova da mamãe, ao invés disso ter silêncio e tranquilidade
para chegar do trabalho, tomar um banho e receber amigos em casa, sabendo
que o filho estará em silêncio jogando online.
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EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
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EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
O campo “o eu, o outro e o nós” por exemplo, trata-se de algo que tem sido
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EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
PROJETO: TEÓRICOS
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EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
A revista PAIS & FILHOS (2020), publicou uma matéria informando que A
Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) recomenda que as crianças de até dois
anos não tenham acesso a telas digitas, e que a partir de dois anos não usem
por mais que uma hora por dia. Alegando que os efeitos negativos podem ser
drásticos.
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EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
Dessa forma, a criança perde, de acordo com Vygotsky (1989), muito de suas
atividades dominantes dentro da primeira infância. O eletrônico se torna o
substituto de práticas fundamentais como a comunicação direta com o adulto
e a manipulação de objetos.
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EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
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EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
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EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
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EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
Jogos online com cenas de tiroteios com mortes ou desastres que ganhem
pontos de recompensa como tema principal, não são apropriados em
qualquer idade, pois banalizam a violência como sendo aceita para a resolução
de conflitos, sem expor a dor ou sofrimento causado às vítimas, contribuem
para o aumento da cultura de ódio e intolerância, e devem ser proibidos
(AZEVEDO, 2016).
Muitos pais e responsáveis, devido a insegurança das ruas nos dias atuais, a
carga de trabalho intensa, somado ao período longo gasto em trânsito e
locomoção, e por fim terem de estar muito tempo ausentes, acabam optando
por deixar seus filhos de forma irresponsável em aparelhos celulares ou
computadores, sem observar o que assistem e quanto tempo gastam
assistindo.
144
EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
O tema deve ser abordado não só de forma positiva, que com certeza existe,
mas também deve ser abordado de forma preventiva, de forma a trazer mais
consciência de seus malefícios a curto e longo prazo.
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EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
146
EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
REFERÊNCIAS
CURY, A. Treinando a emoção pra ser feliz. 2. ed. São Paulo: Academia,
2017.
GUIMÓN, P. Os gurus digitais criam os filhos sem telas. Jornal El Pais, Palo
alto, 2019. Disponível em:
https://brasil.elpais.com/brasil/2019/03/20/actualidad/1553105010_527764.ht
ml. Acesso em: 23 mar. 2020.
147
EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
PAIS E FILHOS, Uol. Crianças e o uso das telas, você não precisa evitar se
é impossível para a sua família. Brasil: Uol. Disponível em
https://paisefilhos.uol.com.br/blogs-e-colunistas/bianca-sollero/criancas-e-o-
uso-das-telas-voce-nao-precisa-evitar-100-se-e-impossivel-para-a-sua-familia/.
Acesso em: 02 out. 2020.
148
9
CAPÍTULO
EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
INTRODUÇÃO
Na mitologia Grega, Hefesto, filho de Zeus e rejeitado por sua mãe a Deusa
Era, desenvolveu incomensuráveis habilidades e competências na área da
metalurgia; utilizando-se de lava de vulcões, ele criava as mais poderosas
armas e as mais belas joias. Hefesto, o artista rejeitado e habilidoso, é a
inspiração mitológica que representa o deus do fogo e da metalurgia que tem
domínio sobre as tecnologias, e o criador das armas de muitos dos deuses do
Olimpo.
150
EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
Com um salto da Grécia antiga até os dias atuais, em que essas novas
tecnologias se apresentam como propostas para disrupção, ao impelir novos
desafios aos administradores, é preciso uma breve digressão para poder
compreender ao que se pretende investigar.
Com mercados cada vez mais aquecido em virtude do uso da internet para
transações comerciais, somado ao acesso e uso de tecnologias que propiciam
acesso à internet (smarthones, tabletes, notebooks, computadores).
[14] A Titanomaquia, na mitologia grega, foi a guerra entre os titãs, liderados por Cronos,
contra os deuses olímpicos, liderados por Zeus, que definiria o domínio do universo. Zeus
conseguiu vencer Cronos após resgatar seus irmãos depois de uma luta que durou dez anos.
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EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
152
EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
DESENVOLVIMENTO
[15] De acordo com o SEBRAE uma startup pode ser definida como um grupo de pessoas
iniciando uma empresa, trabalhando com uma ideia diferente, escalável e em condições de
extrema incerteza.
153
EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
[16] Fonte: Impacto COVID-19 na pesquisa de gastos de TI: O impacto do COVID-19 no gasto
de segurança esperado varia de acordo com a vertical do mercado e o tamanho dos negócios
(idc.com)
154
EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
Com uma dinâmica global se direcionando para uma economia digital latente,
em que as organizações além dos investimentos em infraestrutura em novas
tecnologias, também criaram novos produtos e serviços, investiram em
reestruturação de marketing e com consequente alterações nas força de
venda e marketplace digitais e também ampliaram suas plataformas de
prospecção e relacionamento com clientes internos e externos, tudo dentro de
um espaço de tempo com alto grau de incerteza e com orçamentos cada vez
mais restritivos.
Sendo o Brasil um país que se destaca no cenário mundial, não somente como
um país industrializado, mas sobretudo como parte integrante da grande teia
da tecnologia informação. Com efeito, esse país de dimensões continentais
também sente os impactos da escassez da mão de obra qualificada para o
respectivo setor. Com questões sociais ainda não resolvidas no Brasil e que
resvalam na economia do país, como a questão da qualidade do ensino que
não raro sempre está em queda na comparação internacional, somado ao
baixo nível de proficiência da língua inglesa por parte da população.
155
EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
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EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
157
EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
158
EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
Um outro fator de impacto positivo que faz aumentar a oferta de trabalho para
os profissionais de TI é a taxa de crescimento da oferta de serviços de
telecomunicações, associadas com os investimentos em infraestrutura e
também acesso aos dispositivos tais como smartphones, tablets,
computadores e seus similares. Importante ressaltar que não somente o
trabalho remoto demandou uma nova estrutura no parque tecnológico
(interno e externo), mas também interferiu nas relações de trabalho que
precisaram ser apoiadas de tecnologia para otimizar os tempos e os
movimentos que balizam colaboradores e as lideranças dentro das
organizações.
159
EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
Frente a tudo que isso que foi explicitado e analisado, é imperioso que seja
lembrado que aos gestores o desafio lancinante de atrair e reter mão de obra
qualificada para atuação efetiva no tocante a estratégia e vantagem
competitiva das organizações dentro do cenário de mudança para uma
economia digital em que as novas tecnologias são ferramentas poderosas
como foram as armas feitas por Hefesto lá na Grécia antiga e entregues aos
Deuses do Olimpo liderados por Zeus. Dominar o uso e aplicação das novas
TDICs é condição “sine qua non” para estarem preparados para outras
batalhas titânicas que o futuro não encerra.
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EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
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EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
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EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
informação pode ser explicado por fatores que vão desde os efeitos sociais e
econômicos diligentes pela pandemia causada pela covid19 que impulsionou e
acelerou processos das organizações que agora para sobreviver lançaram-se
na economia digital através de seus negócios, produtos e serviços suportados
por novas tecnologias e também aos processos transacionais até pela
mudança de modelos analógicos por modelos digitais. Há um cambiar de uma
subjetividade linear e cartesiana para uma subjetividade complexa mediatizada
pelo uso de novas tecnologias em todos os níveis dentro das empresas. Essa
mudança ocorre de forma consciente em muitos casos e inconsciente em
alguns poucos casos.
164
EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
Nuvem que pode mobilizar 3,0 bilhões e com crescimento projetado para
acima de 45%. A Edge Computing somente na parte de modernização da
infraestrutura, cuja objetivo é melhorar a eficiência e eficácia via automação
com otimização de processos e conseguinte redução de custo está estimada
com crescimento escalar de 16% ao ano. A inteligência artificial vai movimentar
mais de quatrocentos mil dólares até 2023, na mesma direção e sentido as
plataformas digitais de gestão (na Nuvem) irá representar 14% dos gastos das
organizações com soluções de ERP. Sem óbices mobilidade e conectividade
(dados e banda larga) é esperado uma movimentação não menor que 431
bilhões em todo o mundo um aumento previsto de 4,6% ao ano.
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EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
REFERÊNCIAS
EXAME. 260.000 vagas sem dono: um raio-x das vagas mais quentes
agora (e no futuro). [online] Exame, 2021. Disponível em:
https://exame.com/carreira/260-000-vagas-de-trabalho-sem-dono-conheca-o-
setor-que-ganhou-forca-com-a-pandemia/. Acesso em: 02 nov. 2021.
MINAYO, M.; DESLANDES, S.; Gomes, R. Pesquisa social. Petrópolis, RJ: Vozes,
2001.
SHOW, C.; SMOLUCHOWSKI, R. The Two Cultures and the Scientific Revolution.
Physics Today, [impresso], 14(9), pp.62-63, 1959.
166
EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
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EDUCAÇÃO:
CRÍTICA & REFLEXÃO
O LIVRO EDUCAÇÃO: CRÍTICA E REFLEXÃO APRESENTA
UMA COLETÂNEA DE ARTIGOS QUE TRATAM DAS NOVAS
ABORDAGENS SOBRE O ENSINO-APRENDIZAGEM DO
SÉCULO XXI EM DIÁLOGO COM AS PRÁTICAS
PEDAGÓGICA E ANDRAGÓGICA. O LIVRO FAZ
CONSIDERAÇÕES SOBRE A INTEGRAÇÃO DE NOVAS
TECNOLOGIAS EM SALA DE AULA E O DIÁLOGO QUE
EXISTE COM AS TEORIAS DE ENSINO-APRENDIZAGEM.
EXPLORA TAMBÉM O ENSINO HÍBRIDO E COMO ESSA
METODOLOGIA TEM IMPACTO NA
CONTEMPORANEIDADE. ABORDA SOBRE O PAPEL DA
PEDAGOGIA NA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL. TRAZ
TAMBÉM CONSIDERAÇÕES SOBRE OS SISTEMAS
AVALIATIVOS. COM EFEITO E ENTRELAÇADO COM O
USO E APLICAÇÃO DE NOVAS TECNOLOGIAS À
EDUCAÇÃO 4.0, TAMBÉM FIGURA NESSA OBRA E TRAZ
À LUME, CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES E ATUAIS A
RESPEITO DA INTERLIGAÇÃO DE SABERES, SEM DEIXAR
DE FORA A INCLUSÃO ESCOLAR.