EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA ____ª VARA DO
TRABALHO DA COMARCA DE CIDADE-ESTADO
... (nome completo em negrito do reclamante), ... (nacionalidade), ... (estado civil), ... (profissã o), portador do CPF/MF nº ..., com Documento de Identidade de nº ..., residente e domiciliado na Rua ..., n. ..., ... (bairro), CEP: ..., ... (Município – UF), vem respeitosamente perante a Vossa Excelência propor: AÇÃO DE RECLAMAÇÃO TRABALHISTA em face de ... (nome em negrito do reclamado), ... (indicar se é pessoa física ou jurídica), com CPF/CNPJ de n. ..., com sede na Rua ..., n. ..., ... (bairro), CEP: ..., ... (Município– UF), pelas razõ es de fato e de direito que passa a aduzir e no final requer.: DOS FATOS O ora reclamante foi contratado pela requerida para exercer a funçã o de ...., em .../.../..., sendo que foi demitido em .../.../... Demissã o essa feita de forma discriminante, ferindo os mais elementares direitos e garantias fundamentais do cidadã o preceituado na pró pria Constituiçã o Federal. Tal assertiva de discriminaçã o se faz em funçã o de que a demissã o se deu ú nica e exclusivamente pelo fato do reclamante ser portador do vírus HIV (Soropositivo). Afirmaçã o essa que se comprovará através do contido na exordial e nas provas que se produzirã o nos autos. Por determinaçã o da requerida todos os funcioná rios se submetem periodicamente a uma série de exames médicos. Sendo que em fins de .... de ...., o reclamante foi submetido a esta bateria de exames. Ocorre, todavia, que apó s o resultado destes exames rotineiros, o Médico da requerida, Dr. ...., solicitou que fossem feitos mais três exames de sangue. Outrossim, apó s estes exames alertou ao reclamante que seu caso era muito sério e o encaminhou à Dra. .... (.... - em funçã o de manchas em seu corpo), que determinou novos exames e por fim diagnosticou o resultado positivo vírus do HIV. Do resultado final dos exames, foram indicados Marcadores Imunoló gicos de Membrana - que indica que o reclamante é portador do vírus HIV. E nos exames de nome - Coringa, expedido pelo laborató rio ...., datados de .../.../... e .../.../... Consta HIV = reagente, que faz de uma forma ....% segura o diagnó stico do HIV. No dia .... de .... de .... o reclamante foi chamado pelo Dr. .... no consultó rio da empresa. Comparecendo, recebeu a informaçã o de que era soropositivo para HIV. Apó s o choque inicial da notícia perguntou ao médico qual a posiçã o da empresa a cerca de tal fato e este respondeu que quem decidia era o diretor. Com a confirmaçã o inconteste do HIV no dia .... de .... de ...., a empresa no dia .... de .... de ...., imotivadamente, demitiu o reclamante (doc. ....). A dispensa imotivada fundamentada na discriminaçã o pode ser confirmada através do advogado da empresa em reclamató ria trabalhista onde ele afirma: "... que o fato do reclamante ser portador do Vírus HIV criou 'clima de apreensã o entre os colegas', que haveria perigo para os demais empregados, médicos e dentistas; bem como ocorreria reaçã o negativa entre sua clientela se mantivesse o autor e a notícia fosse veiculada." Item 4.2 da Contestaçã o: "... se ainda hoje (meados de 1993) assusta saber-se que alguém pró ximo é portador do HIV, no início de 1991 a situaçã o era de aterrorizar. Tanto assim era, que foi necessá rio desencadear campanhas de informaçã o do Tipo 'AIDS', nã o se contrai pelo cumprimento ..." A situaçã o entre os empregadores, e o risco, em relaçã o aos clientes nã o deixaram à reclamada outra alternativa: Precisou Dispensar o Reclamante ... Continuando mais adiante, alega: "O reclamante procura minimizar a importâ ncia do HIV, trazendo palavras de médicos e do Ministério da Saú de." E mais: "... ainda agora (e pior há dois anos atrá s) nã o se pode desprezar o sentimento de uma comunidade (de empregados) em relaçã o a uma realidade, muito menos o risco real a ela imposto." Ou seja, além da dispensa arbitrá ria e ultrajante, pois a empresa do porte da requerida, com convênios médicos e condiçõ es de proporcionar aos funcioná rios a mais completa assistência médica, (como tem feito a ...., .... em igual situaçã o), faz o contrá rio, tenta demonstrar que isso nã o é problema da empresa, alegando que a doença nã o o obriga a ficar com o funcioná rio, até porque a Lei assim nã o o requer. Justiça seja feita, pois no momento mais importante para o reclamante, o auxílio nã o foi dado, aliá s muito pelo contrá rio, sofreu toda a sorte de humilhaçõ es e ainda foi dispensado. O reclamante, propô s junto à Justiça do Trabalho reclamató ria trabalhista, onde requereu a reintegraçã o no cargo e todas as verbas e salá rios devidos durante a data da dispensa. Conseguiu pleno sucesso, sendo que da Sentença (em anexo) cumpre destacar alguns pontos quais sejam: "Em 1959 morria o suposto primeiro aidético, um marinheiro inglês com tantas doenças raras que, na época, o caso chegou a intrigar uma equipe de pesquisadores da Universidade de Londres 25 anos mais tarde, ao reexaminarem as amostras congeladas da bió psia, os cientistas constataram a presença do HIV naquele paciente." (REV. S. I. ano 6, nº 7, julho/92) A partir de 1980, com a descoberta oficial da doença e a divulgaçã o dos primeiros casos, iniciou o calvá rio dos seus portadores. Enfermidade que ataca diretamente o sistema imunoló gico, provocando sua derrocada, impede que ele reaja diante de qualquer ameaça a segurança do corpo humano. O organismo, entã o, nã o consegue mais defender-se eficientemente contra vírus, fungos e bactérias, responsá veis pela doenças oportunistas. Essas vã o provocar a morte, e, sem que ainda haja esperanças de cura, embora a sobrevida do doente venha aumentando com o arsenal químico existente para combater essas infecçõ es oportunistas. Do ponto de vista Médico, nã o se justificou o receio do reclamado em manter o autor no mesmo local de trabalho e funçã o. Continuando e citando o mestre Limongi França: "Além da obrigaçã o social do homem, o trabalho é objeto de um direito inaliená vel do ser humano, indispensá vel à auto realizaçã o em todos os setores de sua complexidade. Nã o pode, assim, o aidético ser discriminado na admissã o e no exercício de atividade produtiva, a nã o ser que, em razã o do tipo de trabalho e do está gio da moléstia, nã o haja possibilidade técnica de impedir o risco de contá gio. E acrescenta: Do mesmo modo, nã o pode ser a AIDS considerada causa jurídica de despedida do empregado." (RT - 661 - novembro/90, fls. 19) Juridicamente, portanto, nã o tem amparo o ato de despedida que deve ser entendido como nulo. A despedida, do ponto de vista social e humano. Vista a questã o do ponto de vista social e humano, também nã o há amparo a atitude do reclamado. Olvidou seu relevante papel social como empresa que é a busca da minimizaçã o do conflito entre o capital e o trabalho, a consciência de considerar o trabalhador nã o como uma peça sujeita a preço de mercado, ou descartá vel quando nã o se presta mais à finalidade, mas como pessoa humana, antes de tudo. Solidariedade. E, é ante a influência de sua idéia que se pode pensar em alterar a clá ssica definiçã o romana de Justiça, de "dar a cada um o que é seu" para "dar a cada um o que deve ser seu". Aliá s, Joã o Del Nero em sua interpretaçã o realista do Direito cita que já em 1850, empregadores cristã os reconheciam, na Declaraçã o de Doulfuss, que o patrã o deve ao operá rio mais do que o salá rio. Nã o basta a reforma das leis. É preciso igualmente transformar o espírito do homem, que causa a injustiça e outros males. A mudança pressupõ e valores morais e éticos, sem os quais o lado forte da relaçã o empregatícia continuará despreocupado com a miséria, com a assistência social e como o apoio ao carente, que pode ser seu pró prio colaborador no processo do lucro. E por fim conclusõ es da sentença: Toda proteçã o assegurada pelo ordenamento pá trio foi ignorado pelo reclamado, que movido mais pela desinformaçã o discriminou o autor, expelindo-o de seu quadro funcional. Embora à época da demissã o o autor ainda nã o fosse considerado doente, apenas portador do HIV, o fato é que cedo ou tarde os sintomas e as infecçõ es oportunistas da doença ocorrerã o. Em nã o se assegurando o emprego, estará o autor obstado em seu direito de obter auxílio doença, já que as chances de novo emprego serã o remotas. Nulo, portanto, o ato de dispensa, nos termos do art. 9º da CLT, incisos XIII e XLI, do art. 5º e inciso XXXI, do art. 7º, da Constituiçã o Federal de 1988. Conseqü ência da Nulidade, será a reintegraçã o ao emprego, nas mesmas funçõ es antes exercidas, já que nã o apontada nenhuma restriçã o neste aspecto, até o momento da prolaçã o da sentença. Perfeita a sentença trabalhista tanto no ponto de vista jurídico, médico e principalmente humano, pois nestes momentos que deve prevalecer a solidariedade entre os homens, de demonstrar que a vida é o patrimô nio mais importante. E o ato da requerida em dispensar arbitrariamente o reclamante lhe tira o direito de viver, pois lhe obsta de conseguir o auxílio doença, ú nico meio que teria para obter dinheiro e conseguir sobreviver. E como o argumento alega que nã o existe lei que impeça a dispensa de alguém doente. Ora a visã o social do direito, atenta para a vida real e se afasta de um pensamento ultrapassando o que é regido pela ló gica matemá tica, avança e requer uma aplicaçã o mais humana e justa. V. Cumpre salientar, que discriminaçã o se deu em funçã o de preconceitos contra o reclamado acerca da doença, fazendo-se necessá rio algumas consideraçõ es sobre ela: A AIDS é uma doença provocada pela infecçã o do organismo por um vírus denominado HIV. Este vírus pertence a família dos retrovirus, de característica instá veis. Sua atuaçã o se dá através da interrupçã o dos meios de alerta do organismo contra agentes externos. Portanto sua atuaçã o importa na infectaçã o dos Linfó citos T (CD4), dos monó citos e com os macró fagos. Na microbiologia, os Linfó citos T (CD4), os monó citos e macró fagos estabelecem uma importante interaçã o como o sistema imune. Infectados, tem como conseqü ência quantitativa. A infecçã o dos Linfó citos T (CD4) causa anomalias funcionais profundas, levando ao aparecimento de inú meras infecçõ es oportunistas e neoplasias (Fonte: Zambrano, A.A. Werner A. L. Laudanna, A.A. in compacta Gastroentereologico da escola Paulista de Medicina - 1992- vol III. Ano 37) O fato de ser alguém portador do vírus HIV - soropositivo - nã o implica dizer que é um "doente de AIDS". Esta pode demorar até 15 anos para se manifestar, segundo vídeo editado pela Enciclopédia Delta. A forma de transmissã o da AIDS, ou seja, da infecçã o pelo HIV é bem definido, somente, se dá por três vias, a saber: C.1) Via Venosa. Entendendo como via venosa qualquer forma de mistura de sangue contaminado com o sangue de alguém soronegativa para o HIV; C.2) Via Sexual. Entendendo como via sexual, relaçã o sexual íntima que envolva contato de mucosas com esperma ou secreçã o vaginal; C.3) Via Vertical. Entendendo como tal a transmissã o do vírus HIV entre a mã e e o bebê, antes, durante ou imediatamente apó s o parto. A transmissã o do HIV se dá apenas por estas três formas, sendo que no caso da sífilis, tuberculose e outras doenças infecto contagiosas a transmissã o se dá de inú meras formas. No entanto, a discriminaçã o e a perseguiçã o se faz mais presente no caso da AIDS, graças a letalidade da doença e da falta de informaçã o da populaçã o a seu respeito. Posto que as ú nicas formas de contá gio sã o as acima citadas, nã o faz sentido a demissã o arbitrá ria do reclamante, haja vista que para realizar suas atividades nã o ocorrerá nenhuma das hipó teses elencadas. Fato é que a falta de informaçã o está gerando inú meras injustiças. Vejamos o parecer do Ministério da Saú de: "A desinformaçã o da populaçã o, de que a doença nã o se transmite na convivência profissional e social, agrava significativamente esta situaçã o." (Ministério da Saú de - Secretaria Nacional de Programas Especiais de Saú de - Divisã o Nacional de Doenças Sexualmente Transmissíveis/AIDS, in Recomendaçõ es Técnicas e Aspectos É ticos - 1988, parte I, pg. 13). Preocupaçã o essa com a discriminaçã o que fez a Organizaçã o Mundial de Saú de recomendar aos países membros as seguintes atitudes: 1) Fomentar um espírito de compreensã o para as pessoas infectadas pelo vírus e os pacientes com AIDS; 2) Proteger os direitos humanos e a dignidade das pessoas infectadas pelo HIV e/ou doentes de AIDS. Evitar toda medida discriminató ria ou estigmatizaçã o contra elas na provisã o de serviços, empregos e viagens; 3) Garantir a índole confidencial das provas do HIV e promover a disponibilidade de assessoramento confidencial a outros serviços de apoio. Outrossim, a ONU (Naçõ es Unidas) em Declaraçã o de consenso elaborada na reuniã o consultiva sobre a AIDS e o local de trabalho, ficaram ainda, definidos os seguintes elementos de política: a) Pessoas que solicitam emprego: A detectaçã o do HIV/AIDS prévia à contrataçã o como parte das provas de aptidã o ao trabalho, é desnecessá ria e nã o deve em hipó tese alguma ser exigida; b) Confidencialidade: Deve-se respeitar o cará ter confidencial de toda informaçã o médica, inclusive sobre a situaçã o pessoal relativa ao HIV/AIDS; c) Informaçã o ao empregador: O trabalhador nã o deve ser obrigado a informar ao empregador sobre sua situaçã o em relaçã o ao HIV/AIDS; d) Proteçã o ao empregado: As pessoas afetadas ou suspeitas de ter HIV/AIDS devem ser protegidas no ambiente de trabalho de toda estigmatizaçã o ou discriminaçã o por parte dos colegas de trabalho, sindicatos, empregadores ou clientes, tanto a informaçã o como a educaçã o sã o essenciais para manter o clima de confiança mú tua, indispensá vel para obter essa proteçã o. e) Acesso dos empregados aos serviços: Os empregados e seus familiares devem ter acesso a programas de informaçã o e educaçã o sobre HIV/AIDS, assim como os meios adequados e assessoramento e consulta. f) Acesso à seguridade social: Os empregados infectados com o HIV, nã o devem ser objetos de discriminaçã o em relaçã o ao acesso das prestaçõ es normais de seguridade social e outras prestaçõ es de trabalho, bem como sua pró pria percepçã o. g) Arranjos razoavelmente possíveis para o trabalho: A infecçã o pelo HIV nã o significa, por si só , limitaçã o alguma da aptidã o para o trabalho. Se houver alguma intercorrência relacionada com o HIV, deverã o ser tomadas medidas alternativas adequadas para permitir o trabalho; h) Manutençã o da relaçã o de trabalho: A Infecçã o pelo HIV nã o é motivo para cessar a relaçã o de trabalho. Assim como ocorrer como outras enfermidades, as pessoas que tenham doenças relacionadas como o HIV devem continuar trabalhando, enquanto estiverem em condiçõ es de desempenhar um trabalho apropriado; i) Primeiros socorros: Em toda situaçã o que exija primeiros socorros no local de trabalho, devem ser tomadas precauçõ es para reduzir o perigo de transmissã o de infecçõ es sangü íneas, entre ela a hepatite B. Essa precauçã o geral será igualmente eficazes contra a transmissã o HIV. A despeito de todas essas consideraçõ es acerca da doença, onde se denota que o vírus HIV se transmite em condiçõ es específicas, nã o pode a requerida com todo o aparato médico, social, a sua disposiçã o, alegar sua completa desinformaçã o, para manter no local de trabalho a pessoa infectada, sem o perigo de contaminaçã o, até porque em 1991 (época da discriminaçã o) o Ministério da Saú de já havia feito diversas campanhas de conscientizaçã o da doença junto a populaçã o, nã o havendo portanto risco de contaminaçã o. No entanto, antes mesmo do reclamado se tornar doente por causa da AIDS, o que pode demorar até mais de 15 anos, ele foi demitido sumariamente. DO DIREITO Determina o artigo 5º, inciso X da Carta Magna "in verbis": X. "Sã o inviolá veis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenizaçã o pelo dano material ou moral decorrente desta violaçã o. A demissã o do reclamante o fez sofrer a mais penosa das dores, que é a dor da alma, da sua honra, do seu espírito, seu bem estar íntimo, suas virtudes, sua integridade psíquica. E plagiando o Ilustre Jurista Yussef Said Cahali, dizer que a discriminaçã o sofrida pelo reclamante nã o é somente sinal de dor, é a pró pria dor; é o sofrimento moral íntimo; donde surge para logo, necessariamente, logicamente, a idéia de dano ou, melhor, de dor moral, esteja ou nã o escrito nas Leis". (Dano Moral - Clayton Reis - pg. 57) As humilhaçõ es sofridas pelo reclamante tiveram seu início no momento que viu negado pela empresa requerida o apoio moral e material para que pudesse lutar contra o mal letal. Como o direito busca o equilíbrio e a harmonia social, logo se faz mister a indenizaçã o por Dano Moral, nã o como uma forma de pagamento em dinheiro de um mal causado, mas como uma compensaçã o que mitigará , em parte, a dor moral, e atenuara as conseqü ências dos prejuízos sofridos, a indenizaçã o recebida, apenas pode arcar com sua despesa durante alguns meses, depois teve que procurar ajuda em casa assistências e morar de favor na casa dos amigos. Talvez essa seja a dor maior: o desamparo, o desespero, no momento mais angustiante de sua vida, fato que por si só fazem jus a uma indenizaçã o que dá ensejo a uma indenizaçã o, deverá ser arbitrado em .... salá rios mínimos, cujo valor deverá proporcionar ao reclamante a estabilidade que a requerida deveria lhe prestar, através dos meios que dispunha como assistência médica e auxílio doença para o resto de sua vida. Tal cá lculo se faz com base nos gastos com medicamentos, assistência médica, psíquica, que o reclamante necessita de alimentaçã o adequada e casa decente, para que possa viver. O pedido também é fundado 186 do Có digo Civil, senã o vejamos: DOS PEDIDOS Ante o exposto requer: a) Citaçã o do reclamado na pessoa do seu representante legal, no endereço anteriormente mencionado, para, querendo, contestar a presente, no prazo legal, sob pena de revelia e confesso; b) A procedência do feito e conseqü ente condenaçã o do reclamado ao pagamento de .... salá rios mínimos de indenizaçã o, conforme já explanado, custas, honorá rios advocatícios e demais incidências; c) A produçã o de todas as provas em direito admitidas, inclusive pericial, documental e testemunhal, cujo rol oportunamente será apresentado em juízo; d) A concessã o da Justiça Gratuita, nos termos da Lei nº 1.060/50, assegurados pela Constituiçã o Federal, artigo 5º, LXXIV e pela Lei 13.105/2015 (NCPC), artigo 98 e seguintes. Dá -se à causa o valor de R$ ..... Nestes termos, pede e espera deferimento. ... (Município – UF), ... (dia) de ... (mês) de ... (ano). ADVOGADO OAB nº .... - UF Atenção Dentre as principais mudanças trazidas pela Reforma Trabalhista, importante destacar sobre a necessá ria liquidaçã o prévia dos valores pleiteados, considerando a alteraçã o do Art. 840 da CLT, passando a adotar a seguinte redaçã o: § 1o Sendo escrita, a reclamaçã o deverá conter a designaçã o do juízo, a qualificaçã o das partes, a breve exposiçã o dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido, que deverá ser certo, determinado e com indicaçã o de seu valor, a data e a assinatura do reclamante ou de seu representante. § 2o Se verbal, a reclamaçã o será reduzida a termo, em duas vias datadas e assinadas pelo escrivã o ou secretá rio, observado, no que couber, o disposto no § 1o deste artigo. Com isso, tem-se a necessidade de se apresentar os valores discriminados das verbas pleiteadas e todos os seus reflexos, sob pena de extinçã o do processo, conforme redaçã o do referido artigo 840 em seu § 3º: § 3o Os pedidos que nã o atendam ao disposto no § 1o deste artigo serã o julgados extintos sem resoluçã o do mérito. A importâ ncia de uma discriminaçã o minuciosa dos valores pleiteados ganha especial relevâ ncia, uma vez que estes valores serã o tomados por base para o pagamento das verbas de sucumbência, outra novidade trazida pela reforma trabalhista. http://modelo.legal/indenizacao-por-dano-moral-hiv/