Professional Documents
Culture Documents
Farmacologia Do Sistema Nervoso Autônomo e Motor Somático
Farmacologia Do Sistema Nervoso Autônomo e Motor Somático
PROPÓSITO
Compreender as diferenças entre sistema nervoso autônomo e sistema
nervoso motor somático, bem como as características farmacológicas que
afetam o funcionamento e as respostas mediadas por cada sistema.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
MÓDULO 3
APRESENTAÇÃO
SEGUINDO AS INVESTIGAÇÕES, OS
CIENTISTAS VISUALIZARAM QUE
ESTIMULAÇÕES DO SISTEMA NERVOSO
REGULAVA DIRETAMENTE O
FUNCIONAMENTO DE OUTROS ÓRGÃOS,
:
COMO O CORAÇÃO, OS PULMÕES,
INTESTINOS, RINS.
Eles perceberam que essa interação entre o sistema nervoso central e esses
reflexos apresentados no sistema nervoso periférico ocorria de forma
autônoma, ou seja, sem o controle direto das vontades apresentadas pelo
indivíduo, sendo chamado de sistema nervoso autônomo.
MÓDULO 1
INTRODUÇÃO
O sistema nervoso de todos os mamíferos apresenta duas divisões: o
sistema nervoso central (SNC) e o sistema nervoso periférico (SNP). Neste
módulo, identificaremos fatores importantes da excitabilidade de membrana e
transmissão do impulso elétrico, vias de síntese e liberação de
neurotransmissores. Conheceremos importantes componentes do sistema
nervoso periférico, discutiremos as diferenças entre o sistema nervoso
autônomo (SNA) e sistema nervoso motor somático (SNMS).
Anatomia de um neurônio
CARREADORAS
CANAIS
As proteínas carreadoras ligam solutos (íons) específicos e os transferem
através da bicamada lipídica, alterando sua conformação e promovendo a
permeabilidade aos íons através da membrana. Algumas proteínas
carreadoras transportam um único soluto a favor do seu gradiente
eletroquímico, enquanto outras atuam como bombas, carreando os íons
contra o gradiente eletroquímico e utilizando energia pela hidrólise de ATP na
promoção do transporte, como, por exemplo, a bomba de sódio/potássio ou
Na+/K+ ATPase.
:
Proteína carreadora
ATENÇÃO
ETAPA 1
Uma mudança de potencial elétrico na célula pré-sináptica desencadeia a
liberação de pequenas moléculas sinalizadoras, conhecidas como
neurotransmissores, que estão armazenadas em vesículas sinápticas,
envoltas por membrana e liberadas por exocitose.
ETAPA 2
O neurotransmissor difunde-se rapidamente através da fenda sináptica e
provoca uma mudança elétrica na célula pós-sináptica por ligação nos canais
iônicos controlados por transmissor. Após a liberação do neurotransmissor,
ele é rapidamente removido, degradado por enzimas específicas na fenda
sináptica, ou é captado novamente pelas terminações nervosas que o
liberaram ou pelas células gliais presentes na sinapse.
ETAPA 3
A recaptação é mediada por uma variedade de proteínas carreadoras de
Sinapse Química
:
Vamos tratar especificamente do sistema nervoso autônomo simpático,
parassimpático e do sistema nervoso motor somático. Para tal, há duas
grandes famílias de neurotransmissores envolvidos. Quando tratarmos do
sistema nervoso autônomo simpático, conheceremos as vias adrenérgicas.
Ao passo que, no sistema nervoso autônomo parassimpático e motor
somático, veremos as vias colinérgicas de neurotransmissão.
SISTEMA COLINÉRGICO
RECEPTORES MUSCARÍNICOS
SISTEMA ADRENÉRGICO –
CATECOLAMINAS
Membro da família das aminas biogênicas, os neurotransmissores
adrenérgicos desempenham muitas funções no SNC, mas também realizam
importantes ações no SNP. As aminas biogênicas que compõem o sistema
adrenérgico são as catecolaminas (dopamina, noradrenalina e adrenalina).
Todas as catecolaminas são sintetizadas a partir de um aminoácido
precursor: tirosina. O primeiro passo na síntese das catecolaminas é
catalisado pela enzima tirosina hidroxilase, que sintetizará, a partir da
tirosina, a dihidroxifenilalanina (DOPA), molécula precursora da dopamina.
ATENÇÃO
ATENÇÃO
DIVISÃO SIMPÁTICA
DIVISÃO PARASSIMPÁTICA
DIVISÃO SIMPÁTICA
DIVISÃO PARASSIMPÁTICA
DIVISÃO SIMPÁTICA
DIVISÃO PARASSIMPÁTICA
DIVISÃO SIMPÁTICA
LISOS
Revestem o tubo digestivo e as artérias, onde vimos anteriormente que
podem regular o peristaltismo e a pressão arterial. É inervado e influenciado
pela ação do SNA.
:
ESTRIADO CARDÍACO
É o músculo do coração com contração rítmica, mesmo sem inervações, pela
presença do sistema de marca-passo. É inervado e influenciado pela ação do
SNA.
SISTEMA COLINÉRGICO X
SISTEMA ADRENÉRGICO
MÓDULO 2
INTRODUÇÃO
As drogas ativadoras e inibidoras dos receptores colinérgicos são aquelas
que atuam no SNA parassimpático. Existem dois tipos de receptores
colinérgicos (receptores de acetilcolina), os muscarínicos e os nicotínicos.
Dentro desses dois tipos, há os subtipos, sendo que, nas ações no SNA, os
muscarínicos se subdividem em M1, M2 e M3, e os nicotínicos dividem-se
em receptores nicotínicos de placa motora e nicotínicos ganglionares.
:
Receptores colinérgicos
Muscarínicos Nicotínicos
Receptoresnicotínicos
M1 M2 M3 Nicotínicosganglionares
de placamotora
MUSCARÍNICOS
NICOTÍNICOS
M1
:
É mais expresso no SNC e atua alterando, por exemplo, fome, memória,
reações emocionais etc.
M2
M3
OS RECEPTORES COLINÉRGICOS
MEDEIAM IMPORTANTES EFEITOS QUE
PODEM SER MODULADOS PELA AÇÃO DE
AGENTES FARMACOLÓGICOS.
:
AGONISTAS DE RECEPTORES
MUSCARÍNICOS
Agonistas de receptores muscarínicos colinérgicos podem ser divididos em
dois grupos:
ALCALOIDES COLINOMIMÉTICOS DE
OCORRÊNCIA NATURAL E SEUS
CONGÊNERES SINTÉTICOS
Os principais agonistas alcaloides naturais (particularmente pilocarpina,
muscarina e arecolina), muscarina, pilocarina e arecolina, têm os mesmos
sítios de ação que os ésteres da colina. A muscarina atua em receptores
muscarínicos, e a classificação desses receptores deriva das ações deste
:
alcaloide.
USOS TERAPÊUTICOS
METACOLINA
BETANECOL
CARBACHOL
CLORIDRATO DE PILOCARPINA
É administrada por inalação para o diagnóstico de hiperatividade das vias
aéreas brônquicas em pacientes que não têm asma clinicamente aparente.
Enquanto agonistas muscarínicos podem causar broncoconstrição e
aumento de secreções traqueobrônquicas em todos os indivíduos, pacientes
asmáticos respondem com intensa restrição brônquica e redução da
capacidade vital.
FÁRMACOS ANTAGONISTAS DO
RECEPTOR MUSCARÍNICO
EFEITOS FARMACOLÓGICOS DE
ANTAGONISTAS MUSCARÍNICOS
Coração humano
ATENÇÃO
ATENÇÃO
ATROPINA
ESCOPOLAMINA
A atropina tem efeitos mínimos no SNC em doses terapêuticas, embora
possa ocorrer leve estimulação dos centros medulares parassimpáticos. Com
doses tóxicas de atropina, a excitação central se torna mais proeminente,
levando à inquietação, irritabilidade, desorientação, às alucinações ou ao
:
delírio. Com doses ainda maiores, a estimulação é seguida pela depressão,
levando ao colapso circulatório e à insuficiência respiratória após um período
de paralisia e coma.
IPRATRÓPIO E TIOTRÓPIO
Intestino
:
Junção neuromuscular do músculo esquelético
TOXICOLOGIA
ATENÇÃO
RECEPTORES NICOTÍNICOS DE
ACETILCOLINA
:
A ligação de Ach no receptor nicotínico de Ach inicia sinais despolarizantes,
que se direcionam ao potencial da placa motora (EPM) na muscular
esquelética ou um potencial excitatório pós-sináptico (EPSP) nos gânglios
periféricos.
AGENTES DE BLOQUEIO
NEUROMUSCULAR
AGENTE DESPOLARIZANTE
Os agentes despolarizadores, como a succinilcolina, agem por um
mecanismo diferente. Sua ação inicial é despolarizar a membrana, abrindo
canais iônicos da mesma forma que a Ach. No entanto, eles persistem por
efeitos mais duradouros na junção neuromuscular, principalmente por causa
de sua resistência ao AChE. Essa despolarização inicial é seguida pelo
bloqueio da transmissão neuromuscular e da paralisia flácida; isto posto,
essa sequência é influenciada por alguns fatores, como os agentes
anestésicos usados simultaneamente aos bloqueadores musculares.
AGENTES COMPETITIVOS
A tubocurarina e outros agentes de bloqueio neuromuscular são
desprovidos de efeitos centrais após doses clínicas comuns devido à sua
incapacidade de penetrar a barreira hematoencefálica.
ESTUDO DE CASO
Neste vídeo, veremos um estudo de caso sobre intoxicação com
organofosforados (“chumbinho”).
:
VERIFICANDO O APRENDIZADO
MÓDULO 3
INTRODUÇÃO
SIMPATOMIMÉTICOS ENDÓGENOS
ADRENALINA
ATENÇÃO
:
Devido à incapacidade deste composto bastante polar de entrar no CNS, a
adrenalina em doses terapêuticas convencionais não é um poderoso
estimulante. Embora a droga possa causar inquietação, apreensão, dor de
cabeça e tremores em muitas pessoas, esses efeitos em parte podem ser
secundários aos efeitos da adrenalina no sistema cardiovascular,
musculoesquelético, ou seja, podem ser o resultado de manifestações
somáticas de ansiedade.
Angina pode ser induzida por adrenalina em pacientes com doença arterial
coronariana. O uso de adrenalina geralmente é contraindicado em pacientes
que estão recebendo antagonistas não seletivos do receptor β, uma vez que
suas ações não colocadas em receptor vascular α1 podem levar à
hipertensão grave e hemorragia cerebral.
:
:
USOS TERAPÊUTICOS
NORADRENALINA
USOS TERAPÊUTICOS
DOPAMINA
ISOPROTERENOL
:
Isoproterenol é um potente agonista não seletivo de receptores β com baixa
afinidade para α receptores.
DOBUTAMINA
AGONISTAS β2 - SELETIVO DE
:
RECEPTORES ADRENÉRGICOS
Alguns dos principais efeitos adversos dos agonistas β no tratamento de
asma ou DPOC são causados pela estimulação de receptores β1 no
coração. Assim, foram desenvolvidas drogas com afinidade preferencial para
receptores β2 em comparação com os receptores β1. No entanto, essa
seletividade é relativa, não absoluta, e se perde em altas concentrações
dessas drogas. Além disso, até 40% dos receptores β no coração humano
são receptores β2, que podem causar estimulação cardíaca.
AGONISTAS α1 SELETIVOS DE
RECEPTORES ADRENÉRGICOS
SAIBA MAIS
ANFETAMINAS
ATENÇÃO
ANTAGONISTAS DE RECEPTORES
ADRENÉRGICOS
Parâmetros farmacocinéticos.
USOS TERAPÊUTICOS
ESTUDO DE CASO
Neste vídeo, veremos um estudo de caso sobre o uso de agonista β-
adrenérgicos no tratamento das doenças respiratórias.
:
VERIFICANDO O APRENDIZADO
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Durante toda a discussão deste tema, conhecemos os componentes do
sistema nervoso, bem como sua divisão em sistema nervoso autônomo e
motor somático. Compreendemos que o sistema nervoso autônomo age
através de suas divisões simpática e parassimpática, com a ação das
catecolaminas e da acetilcolina, respectivamente.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
ALBERTS, B.; JOHNSON, A.; WALTER, P. Biologia molecular da célula. 5.
ed. Porto Alegre: Artmed, 2010.
CONTEUDISTA
CURRÍCULO LATTES
: