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Leite no Brasil
Por sua vez os Estados da Região Sul, também são destaques na produção leiteira
nacional, no ano de 2013, juntos os três Estados (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande
do Sul), produziram 11,7 bilhões de litros de leite. Produção superior a da Argentina que
no mesmo ano registrou 11,1 bilhões de litros produzidos.
Por outro lado, temos estados de pouca tradição na criação do gado leiteiro, aonde
esta atividade tem pouca representatividade, como o caso de alguns estados do norte e
nordeste como podemos visualizar na tabela anterior.
Estes estados possuem clima quente, o que dificulta a criação das raças leiteiras
mais produtivas como: a holandesa, jersey e pardo-suíço. Nestas regiões, são criadas
raças mistas que geralmente apresentam uma menor produtividade. Também existe uma
deficiência natural nas pastagens destas regiões, dificuldades climáticas e solos mais
pobres que não permitem o cultivo de pastagens de qualidade superior, ou para a
implantação destas os custos são muito elevados. Outro ponto é a suplementação
alimentar, que muitas vezes se torna cara nestas localidades pela dificuldade de se
produzir alimentos.
Devido a estes fatores a atividade leiteira é tão distinta em nosso território nacional,
com tantas particularidades e diferentes níveis tecnológicos entre as regiões.
A maior parte dos Estados aonde caiu o rebanho de ordenha, estão situados nas
regiões norte e nordeste do país.
Mercado Externo
A boa produção interna, aliada a alta da tonelada dos lácteos no mercado externo
devido a valorização do dólar frente ao real, foi o fator que impulsionou a maior
exportação. O produto mais exportado pelo Brasil em 2014 foi o leite em pó. Os principais
ESTADO DO PARANÁ
Ano 2008
N° de Vacas Ordenhadas Produção (mil Lts) Prod. vaca/ ano (L) Prod.vaca/dia (L)*
1.331.683 2.825.931 2.122 7,80
Ano 2009
N° de Vacas Ordenhadas Produção (mil Lts) Prod. vaca/ ano (L) Prod.vaca/dia (L)*
1.489.241 3.339.306 2.242 8,30
Ano 2010
N° de Vacas Ordenhadas Produção (mil Lts) Prod. vaca/ ano (L) Prod.vaca/dia (L)*
1.550.396 3.595.775 2.319 8,6
Ano 2011
N° de Vacas Ordenhadas Produção (mil Lts) Prod. vaca/ ano (L) Prod.vaca/dia (L)*
1.588.638 3.819.187 2.404 8,9
Ano 2012
N° de Vacas Ordenhadas Produção (mil Lts) Prod. vaca/ ano (L) Prod.vaca/dia (L)*
1.615.916 3.968.506 2.455 9
Ano 2013
N° de Vacas Ordenhadas Produção (mil Lts) Prod. vaca/ ano (L) Prod.vaca/dia (L)*
1.715.686 4.347.493 2.533 9,3
Fonte: IBGE e SEAB/DERAL
Elaboração: SEAB/DERAL
N° de Vacas Ordenhadas Produção (mil Lts) Prod. vaca/ ano (L) Prod.vaca/dia (L)*
1.781.546 4.714.981 2.640 9,6
Metodologia de cálculo para se chegar aos números de 2014:
1 - Foi retirado o percentual de crescimento a cada ano;
2 – Este percentual foi somado e dividido pelo número de anos analisados, para se tirar uma média de crescimento
percentual;
3 – Esta média foi usada no cálculo para se obter os números de 2014;
Na análise das principais bacias leiteiras paranaenses, o Sudoeste foi a região que
mais cresceu em rebanho e produção de 2008 a 2013. Entres estes anos a sua produção
dobrou, tornando esta bacia a maior produtora em volume do nosso estado. Muitos
produtores desta região ingressaram na atividade leiteira e os que já possuíam o leite nas
propriedades intensificaram e modernizaram a atividade aumentando sua produção.
Alguns projetos do governo também têm incentivado a cadeia nesta região.
O Oeste paranaense é uma importante e tradicional região produtora de leite,
aonde se destacam municípios como Toledo e Marechal Cândido Rondon. Entre as mais
importantes, foi a região que menos cresceu em número de vacas em lactação e
produção entre o período analisado. Muitos produtores desta região passaram ou
desenvolvem atividades agrícolas, no plantio principalmente da soja e milho, sendo este,
um dos fatores que limitou o avanço da atividade leiteira na região.
A região Centro - Oriental apresentou também crescimento significativo entre os
seis anos analisados, acrescendo em 41% o número de vacas ordenhadas, aumentando
com isso consequentemente a sua produção (61%). Esta região possui também grande
tradição na produção leiteira, aonde descendentes Alemães e Holandeses, desenvolvem
a atividade com grande qualidade e sucesso. Embora não seja a maior produtora em
volume esta região é a que tem maior média de produção por animal, não sendo incomum
rebanhos que tem vacas que atingem 10.000 litros em uma lactação anual.
Outro destaque para a região Centro-Oriental é a qualidade genética dos planteis
de vacas leiteiras e o emprego de tecnologias de ponta nas propriedades, aonde
destacasse aspectos como: manejo adequado, produção de forrageiras e qualidade
nutricional.
VBP
Ano VBP nominal deflacionanado Participação
(jun13=100)
1997 408.482.689,68 1.483.777.493,39 5%
1998 412.925.174,35 1.441.145.313,21 5%
1999 483.135.171,25 1.551.155.826,94 4%
2000 645.454.781,69 1.816.447.466,10 5%
2001 626.296.347,32 1.580.847.930,09 4%
2002 707.842.395,30 1.628.582.716,16 4%
2003 1.027.796.897,82 1.863.201.576,20 4%
2004 1.142.842.846,50 1.881.179.409,39 4%
2005 1.288.523.788,66 1.991.498.839,10 5%
2006 1.282.080.746,33 1.962.278.003,23 5%
2007 1.812.122.281,76 2.667.669.350,47 6%
2008 2.066.870.413,66 2.669.779.066,12 5%
2009 2.262.394.181,26 2.900.757.205,90 6%
2010 2.553.714.293,96 3.116.171.072,30 6%
2011 3.157.779.599,52 3.546.483.473,75 6%
2012 3.341.537.536,00 3.551.679.028,15 6%
2013* 4.152.543.675,60 4.152.543.675,60 6%
2014** 4.821.464.298,13 4.557.713.949,58 6%
*1ª versão **estimativa
2003 0,41
2004 0,45
2005 0,46
2006 0,43
2007 0,55
2008 0,60
2009 0,62
2010 0,68
2011 0,78
2012 0,80
2013 0,94
2014 0,98
Proveniente dos Estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e em menor parte do
Mato Grosso (para laticínios do noroeste e norte do Estado).
Longa Vida
O leite longa vida entra de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, de onde também vem
leite a granel em menor quantidade.
Pasteurizado (saquinho)
Estabelecimentos Industriais
O setor lácteo brasileiro e paranaense teve nos últimos dois anos (2013/2014), um
acréscimo nos preços pagos aos produtores que deram um fôlego para a atividade,
muitos recuperaram suas finanças e realizaram novos investimentos. Houve também o
ingresso de novos criadores neste período.
14 e porte
OO segmento de laticínios
paranaense conta com 301
estabelecimentos industriais
formais
A grande maioria, 239 deles (79%),
enquadra-se na categoria de micro
Responsável: Fábio P. Mezzadri
Contato: fmezzadri@seab.pr.gov.br ; (41) 3313-4102 20
e