Os setores da economia da Oceania

● A economia da Oceania é bem diversificada, uma vez que seus países têm diferentes níveis de
desenvolvimento.
● A Austrália e a Nova Zelândia são os países que apresentam níveis de desenvolvimento mais
elevados.
● Já os demais países são ilhas que têm como base economias tradicionais, voltadas para o setor
primário (agricultura, pecuária e extrativismo) ou para as atividades relacionadas ao turismo (setor
terciário).
● Os setores da economia da Oceania
Vale lembrar que a formação territorial é geologicamente recente, uma vez que se trata de um arquipélago
formado por ilhas vulcânicas devido à intensa atividade tectônica e vulcânica da região.
Devido ao solo rico em minerais, vários países se destacam no extrativismo mineral.
Um exemplo notável é a Papua-Nova Guiné, que possui riquezas em petróleo, em gás natural e em outros
minérios.

Setor primário: agricultura e pecuária

A agricultura australiana tem como característica marcante a mecanização, empregando menos de 4%
da População Economicamente Ativa (PEA). Seus principais produtos são o trigo, a aveia e a cevada, a
cana-de-açúcar e o algodão.
Já na pecuária, destaca-se pela exportação de carne bovina e pelo numeroso rebanho de ovinos – o
maior do mundo, cuja produção de lã representa aproximadamente 25% do total mundial.
A criação de ovinos também é uma importante atividade econômica na Nova Zelândia, cujas indústrias se
dedicam, principalmente, ao processamento de produtos da pecuária (carnes, leite e lã).

O setor secundário na Oceania

Já no setor secundário, os países que se destacam na atividade industrial são a Austrália e a Nova
Zelândia, devido aos desenvolvimentos tecnológicos dessas duas nações.
Na Austrália, os principais ramos industriais são as indústrias de base (siderúrgicas, metalúrgicas e
químicas); além de bens de consumo, como as automobilísticas, têxteis e alimentícias, e as indústrias
relacionadas às tecnologias mais avançadas, como informática e eletrônica.

Indústria de mineração na Austrália

A Austrália tem uma indústria de mineração muito desenvolvida, responsável por quase 8% do total do
Produto Interno Bruto (PIB) do país e por 55% de suas exportações.
Os minérios mais explorados são: bauxita (minério de alumínio), zinco, minério de ferro, ouro, diamante e
urânio.
Atualmente, os principais parceiros comerciais na compra desses recursos minerais que servem de
matérias-primas são: a China e o Japão.

O setor terciário na Oceania

O setor terciário se destaca na Oceania. Sobretudo o turismo - principal atividade de muitos países
oceânicos.
O clima quente e as paisagens diversificadas - que incluem desertos, praias paradisíacas, florestas
tropicais, recifes de corais e piscinas naturais termais em crateras de vulcão – atraem turistas de todo o
mundo.
O setor terciário na Oceania
A Austrália tem localidades consideradas Patrimônio da Humanidade pela Unesco (Organização das
Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) por sua importância natural e cultural.
Uma delas, já falada na aula, é a Grande Barreira Coralínea, formada por diversos anéis de coral, que
ficam próximos uns dos outros, uma atração para mergulhadores do mundo todo.

O setor terciário na Oceania

Na Nova Zelândia há diversos parques naturais. O país se tornou referência mundial na categoria turismo
de aventura.
Atividades como parapente, ciclismo, asa-delta, balonismo, canoagem, rafting, mergulho, bungee jumping
(salto em queda livre, em que a pessoa é amarrada pelos pés com um elástico), esqui e snowboarding
(descida na neve utilizando pranchas) são algumas das atividades mais procuradas pelos turistas.

Setor primário na Europa
A agricultura na Europa é altamente produtiva
em virtude do desenvolvimento técnico e da
intensa mecanização dos processos agrícolas.
Os europeus utilizam técnicas avançadas e
modernas para aproveitar ao máximo seus
solos, que geralmente são férteis.
Dessa forma, a produção agrícola europeia é
bastante diversificada.
A maioria da produção é destinada para o
consumo dos europeus, por conta da alta
demanda interna.
As atividades agrícolas praticadas pelos países
europeus estão muito associadas aos fatores
naturais, por exemplo, o clima.
Na Europa Meridional (sul da Europa), também
conhecida como Europa Mediterrânea, que
possui clima mediterrâneo ou temperado,
destacam-se a produção de frutas
(especialmente uva, limão, cidra, tangerina e
laranja), tomates, azeitonas e hortaliças.
Já nos países localizados nas regiões Centro e
Norte da Europa, onde predominam climas
temperados e frios, a agricultura é voltada para
a produção de cereais, com destaque para
França, principal produtor de cereais do
continente.
A pecuária europeia é responsável por uma
grande variedade de produtos, desde a carne até
o queijo e a manteiga.
A produção caracteriza-se pelo intenso
acompanhamento do rebanho, proporcionando
maior rendimento.
Os rebanhos de ovinos e bovinos se destacam,
são criados principalmente no norte do
continente, especialmente na Rússia, Ucrânia,
Alemanha e Polônia.
A pesca também é muito importante para a
economia europeia.
Em relação às atividades extrativistas, os
produtos explorados na Europa são: petróleo,
carvão mineral, ferro e manganês.
O petróleo é explorado tanto em áreas
continentais como oceânicas, sendo seus
maiores produtores a Rússia, o Azerbaijão, o
Reino Unido e a Noruega.
O carvão mineral é extraído em maior
quantidade na Ucrânia, no Reino Unido, na
Alemanha e na Polônia.
O minério de ferro é explorado na Rússia, na
França e na Suécia.
O manganês tem como principais produtores
Rússia, Ucrânia, Romênia e Hungria.
Vale destacar que, por conta de seu grande
consumo e industrialização, a maioria dos países
europeus importa (compra) recursos minerais
e energéticos.
Setor secundário na Europa
Como vimos, o continente europeu foi pioneiro
no desenvolvimento da indústria com a
Revolução Industrial, mais especificamente na
Inglaterra.
E esse papel de destaque se mantém até os
dias atuais, sobretudo na Alemanha, França,
Reino Unido e Itália.
Juntos, esses países abrigam os principais
centros industriais da Europa.
As indústrias localizadas na Europa Ocidental
caracterizam-se pelo uso de tecnologia
avançada no processo produtivo e pelo
investimento de capital em pesquisa,
desenvolvimento de projetos, qualificação e
treinamento de mão de obra.
Entre as indústrias europeias, destacam-se as
indústrias de:
● base (siderúrgicas, petroquímicas e
metalúrgicas);
● bens de consumo (automobilísticas,
farmacêuticas, têxteis e alimentícias);
● alta tecnologia (informática,
biotecnologia, eletrônica, robótica,
telecomunicações, química, aeroespacial etc.).
Setor terciário na Europa
E agora chegou a vez das atividades econômicas
que são as mais lembradas quando falamos em
Europa atualmente: o comércio e o turismo!
E não é para menos, afinal, o setor de serviços
europeu corresponde a mais da metade da
riqueza gerada pelo continente.
É nesse setor que está a maioria da população
economicamente ativa.
A Europa é o maior polo turístico do mundo,
cuja infraestrutura para receber os visitantes é a
mais desenvolvida.
Entre as cidades mais visitadas, destacam-se:
Paris, Londres, Roma, Barcelona, Berlim e Viena
que recebem milhões de turistas anualmente.
Além do turismo cultural, a Europa atrai
pessoas em busca de negócios, eventos,
estudos e intercâmbios.
Setores da economia: Ásia

A Ásia é um continente que apresenta dimensões tanto territoriais como econômicas, sociais e culturais.
Em relação aos setores da economia, as atividades desenvolvidas nos países asiáticos também são bem
diversificadas e podemos encontrar o desenvolvimento de:
● agricultura de subsistência/auto sustento de baixa produtividade, bem como a altamente mecanizada com
grande produtividade;
● indústrias com mão de obra barata e que apresentam setores industriais com alta tecnologia e investimentos
em pesquisa e ciência.
Na Ásia, encontramos alguns países, como Japão e Coreia do Sul, com economias bem dinâmicas, mão de obra
altamente qualificada e altos níveis socioeconômicos.
Outros países, como China e os Tigres Asiáticos, vêm apresentando grande crescimento econômico nas últimas
décadas, mas ainda apontam índices variados de desenvolvimento.
● Existem também países que apresentam baixíssimos índices de desenvolvimento econômico, como
Afeganistão e Iêmen.
Setor primário na Ásia
A maioria da população da Ásia vive em áreas rurais e se dedica principalmente ao setor primário da economia.
A agricultura, pecuária e exploração de recursos naturais são atividades essenciais, especialmente para os
países em desenvolvimento no continente.
Em geral, as atividades agrícolas no continente asiático são realizadas com pouca tecnologia, baixo nível de
mecanização e emprego de mão de obra familiar, e a produção é destinada basicamente ao consumo interno.
Vários povos praticam a agricultura de subsistência, para consumo da própria família.
Entretanto, existem países asiáticos, como Japão e Israel, que empregam técnicas modernas com alta produtividade.
A rizicultura (cultivo de arroz) ocupa grandes áreas de plantio no continente asiático.
China e Índia são os dois maiores produtores mundiais de arroz, seguidos por Bangladesh e Vietnã.
Já o cultivo de cereais fica concentrado em regiões mais ao norte da Ásia, sobretudo no Cazaquistão, Uzbequistão e
Rússia.
Na Ásia, a pecuária é predominantemente extensiva e tem como foco principal a subsistência.
Os principais rebanhos são de bovinos, suínos, ovinos e bufalinos.
Essa atividade ocorre em grandes áreas de terra na Ásia Central e no Oriente Médio, onde as pastagens são
compostas por vegetação de baixo porte, como as estepes.
No extrativismo, sobretudo no extrativismo mineral, o destaque é a China, pois esse país possui muitas reservas de
carvão – principal fonte de energia – e petróleo, apesar de ser um dos maiores importadores mundiais desse
recurso.
Além disso, o país extrai outros minerais, como estanho, cobre, chumbo, zinco, ferro e urânio, favorecendo o
estabelecimento de usinas nucleares.
A China tem explorado intensamente seu grande potencial hidrelétrico com a construção da hidrelétrica de Três
Gargantas, no rio Yangtse.
No entanto, a maior parte da energia consumida na China é produzida em usinas termelétricas que utilizam carvão
mineral, gerando uma intensa poluição nos principais centros urbanos chineses.

Setor secundário na Ásia

Japão é o país mais industrializado da Ásia, sendo referência mundial nos setores de informática, robótica,
eletroeletrônica e automobilismo.
A Coreia do Sul também se destaca em diversos setores industriais, desde automóveis até a indústria naval,
impulsionada por investimentos em universidades e institutos de pesquisa.
No Sudeste Asiático, países como Taiwan, Cingapura, Hong Kong, Malásia, Vietnã, Indonésia, Filipinas e Tailândia
experimentaram um rápido processo de industrialização, focado na produção e exportação de artigos com preços
competitivos internacionalmente. Esses países ficaram conhecidos como Tigres Asiáticos.
A China, por sua vez, apresenta um alto índice de crescimento em razão da abundância de mão de obra barata,
de recursos naturais e do mercado consumidor em expansão.
Já Índia teve um crescimento industrial considerável nos setores mecânico, têxtil, siderúrgico e de informática.
Nos últimos anos, o país se destacou no setor de Tecnologia da Informação (TI), principalmente na cidade de
Bangalore, no sul do país.
Empresas indianas oferecem serviços de TI para grandes corporações internacionais, desenvolvendo aplicativos,
programas e outros produtos.
 Um fator importante para esse crescimento é o retorno de jovens indianos altamente capacitados em informática e
engenharia, que se formaram em renomadas universidades dos Estados Unidos e do Reino Unido.
Essa mão de obra qualificada tem impulsionado o desenvolvimento da indústria de TI e a criação de escolas de
engenharia de alto nível na Índia.

Setor terciário na Ásia

Atualmente, o país asiático que merece destaque no setor de serviços é a Índia.
Isso se deve ao número expressivo de empresas de telemarketing (autoatendimento) e de alta tecnologia,
especialmente no desenvolvimento de softwares.
Outro destaque indiano é a economia criativa com destaque para o setor cinematográfico, ou seja, o cinema
indiano conhecido como Bollywood.
Atualmente, são produzidas centenas de filmes e séries que, além de atender ao mercado interno, também são
exportados para diversos países, especialmente na Ásia.

"Tigres Asiáticos” - Cingapura, Coreia do Sul, Hong Kong e Taiwan formam o grupo dos Tigres Asiáticos.

● Os Tigres Asiáticos são caracterizados pelo rápido crescimento econômico e industrial pautado pelos investimentos
estrangeiros e pelas exportações.
● Esse processo aconteceu a partir da segunda metade do século XX.

● Os investimentos japoneses após a década de 1960 foram de grande importância para o surgimento dos Tigres
Asiáticos.
● Internamente, a criação de uma densa rede de infraestrutura (energia, transportes e comunicação) e a mão de obra
barata e altamente qualificada proporcionaram a maior atração de indústrias estrangeiras.
● O nome do grupo faz referência à competitividade e força do tigre, animal que habita a Ásia.

● O crescimento dos Tigres Asiáticos influenciou no surgimento dos Novos Tigres Asiáticos (Filipinas, Indonésia,
Tailândia, Malásia, Vietnã)."

"Novos Tigres Asiáticos

Os Novos Tigres Asiáticos são um conjunto de países do sudeste da Ásia que experimentaram um
processo recente de modernização e industrialização.

O grupo é formado pelos seguintes países: Filipinas, Indonésia, Malásia, Tailândia, Vietnã.

Essas economias foram impulsionadas pelo desenvolvimento dos Tigres Asiáticos e pelo capital
estrangeiro oriundo de outras regiões do globo.

Durante a segunda metade da década de 1990, empresas estrangeiras transferiram parte do seu processo
produtivo para os Novos Tigres em função de incentivos locacionais, como mão de obra abundante e
barata, grande oferta de matérias-primas e incentivos governamentais.

Os principais segmentos industriais que se instalaram nesses países foram o têxtil, alimentício, de
brinquedos, de calçados e vestuário e, mais tarde, de produtos e componentes eletrônicos.

A produção é voltada para a exportação.

O crescimento econômico dos Novos Tigres não foi acompanhado de melhorias em outras áreas, como na
educação."