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1

BACHAREL EM
TEOLOGIA

2
MESTRANDO EM DIVINDADE
ÊNFASE EM PREGAÇÃO

3
OBJETIVOS:
CONSCIENTIZAR de que o cristão precisa tem uma
perspectiva bíblica sobre o papel e a importância do
estado.

CONHECER a maneira adequada de se relacionar com o


Estado e com as autoridades constituídas.
MOSTRAR : 1º) Temos o dever de respeitar e obedecer as
autoridades. 2º) A Obediência não é cega e sem limites. 3º) Igreja e
estado devem estar separados. 4º) É necessário discernir os
tempos.
4
“Dai, pois, a César o
que é de César e a
Deus o que é de
Deus”(Lucas 20.25)

5
“... Temei a Deus,
honrai o rei”( 1 Pe
2.17b)

6
“Por meu intermédio, reinam os
reis, e os príncipes decretam
justiça. Por meu intermédio,
governam os príncipes, os
nobres e todos os juízes da
terra”(Pv 8.15-16).

7
“Disse Daniel: Seja bendito o
nome de Deus, de eternidade a
eternidade, porque dele é a
sabedoria e o poder; é ele quem
muda o tempo e as estações,
remove reis e estabelece reis; ele
dá sabedoria aos sábios e
entendimento aos inteligentes”.
(Daniel 2.20-21)

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“Não há um centímetro
quadrado deste mundo
do qual Cristo não
possa dizer: é meu”
(Abraham Kuyper)

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1º - O QUE É O ESTADO
O Estado é o governo civil
como reconhecido tanto
pelos cidadãos de um
país como por potências
estrangeiras.

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É o povo
organizado política
e juridicamente,
que exerce sua
soberania dentro
de um território.
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Art. 1º A República Federativa do Brasil,
formada pela união indissolúvel dos
Estados e Municípios e do Distrito
Federal, constitui-se em Estado
Democrático de Direito e tem como
fundamentos:
I – a soberania;
II – a cidadania;

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III – a dignidade da pessoa humana;
IV – os valores sociais do trabalho e
da livre iniciativa;
V – o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder
emana do povo, que o exerce por
meio de representantes eleitos ou
diretamente, nos termos desta
Constituição. 13
Art. 3º Constituem objetivos
fundamentais da República
Federativa do Brasil:

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I – construir uma sociedade livre, justa e
solidária;
II – garantir o desenvolvimento nacional;
III – erradicar a pobreza e a marginalização e
reduzir as desigualdades sociais e regionais;
IV – promover o bem de todos, sem
preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade
e quaisquer outras formas de discriminação.

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Art. 5º - Todos são iguais perante a lei, sem
distinção de qualquer natureza, garantindo-
se aos brasileiros e aos estrangeiros
residentes no País a inviolabilidade do
direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos
seguintes:

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VI – é inviolável a liberdade de
consciência e de crença, sendo
assegurado o livre exercício dos
cultos religiosos e garantida, na
forma da lei, a proteção aos locais
de culto e a suas liturgias;
.

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VII – é assegurada, nos termos
da lei, a prestação de
assistência religiosa nas
entidades civis e militares de
internação coletiva;

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VIII – ninguém será privado de
direitos por motivo de crença
religiosa ou de convicção filosófica
ou política, salvo se as invocar para
eximir-se de obrigação legal a
todos imposta e recusar.

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É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e
aos Municípios: I – Estabelecer cultos religiosos ou
igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o
funcionamento ou manter com eles ou seus
representantes relações de dependência ou aliança,
ressalvada, na forma da lei, a colaboração de
interesse público;
(Art. 19 da Constituição da República Federativa
do Brasil de 1988)

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2º – A FONTE DE AUTORIDADE DOS
MAGISTRADOS
A autoridade sobre os homens não pode
originar-se de homens. Nem mesmo de uma
maioria em oposição a uma minoria... “toda
autoridade de governo sobre a terra
origina-se somente da Soberania de
Deus”.
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Nenhuma autoridade assume o poder,
senão pela vontade imperativa, diretiva ou
permissiva de Deus. Pilatos, diante do Filho de
Deus, temporariamente submetido ao seu poder e
arbítrio, pensou que o poder que exercia emanava
dele mesmo ou provinha do magistrado superior de
Roma, mas o Mestre mostrou-lhe que sua
autoridade era, na verdade, uma concessão de Deus
( Jo 19.10-11/ Rm 13.1/ 1 Pe 2.13-14).
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3º – PORQUE O MAGISTRADO EXISTE

O Calvinismo tem colocado aqui no


primeiro plano como a verdade primordial
QUE DEUS TEM INSTITUÍDO OS
MAGISTRADOS POR CAUSA DO
PECADO.

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“Se o pecado não tivesse
entrado, Deus continuaria
sendo o único rei de todos
os homens, e esta condição
retornará na glória por vir,
quando Deus uma vez mais
será tudo em todos”.

24
Portanto, quando a humanidade desintegra-se por
causa do pecado numa multiplicidade de povos
separados; quando o pecado, no seio destas nações,
separa os homens e os arrasa, e quando o pecado
revela-se em todo tipo de vergonha e iniqüidade – a
glória de Deus exige que estes horrores sejam
refreados, que a ordem retorne a este caos, e que uma
força compulsória, de fora, faça-se valer para tornar a
sociedade humana uma possibilidade.

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4º- PARA QUÊ O MAGISTRADO
EXISTE

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O magistrado é um instrumento da
“graça comum”, para frustrar
toda desordem e violência e
para proteger o bem contra o
mal.

27
Ele é instituído por Deus como seu
servo, a fim de que ele possa preservar
a gloriosa obra de Deus, na criação da
humanidade, da destruição total. O
pecado ataca o trabalho manual de Deus, o
plano de Deus, a justiça de Deus, a honra
de Deus como o supremo Artífice e
Construtor.
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IV– PARA QUE O MAGISTRADO EXISTE
Para Abraham Kuyper as nações
existem para a glória de Deus :
“Existem por ele e são sua
propriedade. E por isso todas estas
nações, e nelas a humanidade,
devem existir para sua glória”.

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“Todo homem esteja sujeito às
autoridades superiores; porque
não há autoridade que não
proceda de Deus; e as
autoridades que existem foram
por ele instituídas”.(Rm 13.1)

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Deus, o Senhor Supremo e Rei de
todo o mundo, para a sua glória e
para o bem público, constituiu
sobre o povo magistrados civis
que lhe são sujeitos, e a este fim,
os armou com o poder da
espada para defesa e incentivo
dos bons e castigo dos
malfeitores ( CFW, Capitulo
XXIII.1) 31
É dever do povo [de Deus]
orar pelos magistrados, honrar
as suas pessoas, pagar-lhes
tributos e outros impostos,
obedecer às suas ordens
legais e sujeitar-se à sua
autoridade, e tudo isto por amor
da consciência. ( CFW capitulo
XXIII.4)
32
Incredulidade ou indiferença
religiosa não anula a justa e
legal autoridade do magistrado,
nem absorve o povo da
obediência que lhe deve,
obediência de que não estão
isentos os eclesiásticos.
( CFW capitulo XXIII.4)

33
“... Temei a Deus,
honrai o rei”( 1 Pe
2.17b

34
É DEVER DO CRISTÃO ORAR PELAS
AUTORIDADES.
“Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática
de súplicas, orações, intercessões, ações de
graças, em favor de todos os homens, em favor
dos reis e de todos os que se acham investidos
de autoridade, para que vivamos vida tranquila e
mansa, com toda piedade e respeito. ”( 1 Tm 2.1-
2)
35
Comentando Jeremias 29.7,
Calvino disse: “Pois, se por
essa razão era dever dos judeus
orar pelo bem-estar dos
caldeus, porque ficariam por
algum tempo debaixo da
autoridade deles, não há
desculpas para nós...”.
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quando vivemos sob o governo de
um príncipe legitimo, não somente
por poucos dias, se não
testificarmos nossa submissão
voluntária diante de Deus; e aquele
que ora em favor de um estado feliz
na nação em que vive, esse não
negligenciará seus outros deveres”.

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É DEVER DO CRISTÃO RECOLHER OS
TRIBUTOS DEVIDOS.
A sonegação em nosso país é generalizada, o que tem
levado membros de igrejas evangélicas, que fizeram votos
de fidelidade às Escrituras, quando professaram a fé em
Cristo, a participarem dos ilícitos recursos de ocultação de
rendas ou de fraudes comerciais, documentárias e
contábeis, com objetivos sonegadores. Tais
procedimentos pecaminosos não são admissíveis a um
servo de Deus (Rm 13.6-7).
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É DEVER DO CRISTÃO RESPEITAR
AS AUTORIDADES.
O desrespeito às autoridades gera anarquia e
conturbação da ordem social. Somos cidadãos
dos céus, mas vivemos na terra, sujeitos ao
potentados, aos quais devemos subordinação
respeitosa.

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É DEVER DO CRISTÃO EXERCER O OFICIO DE
MAGISTRADO QUANDO FOR CHAMADO.

Aos cristãos é lícito aceitar e exercer o ofício de


magistrado, sendo para ele chamados; e em sua
administração, como devem especialmente manter a
piedade, a justiça, e a paz, segundo as leis salutares
de cada Estado, eles, sob a dipensação do Novo
Testamento e para conseguir esse fim, podem
licitamente fazer guerra, havendo ocasiões justas e
necessárias ( CFW XXIII -2)

40
O caminho para se chegar à
magistratura, no que se refere ao
cristão, não pode ser o do suborno,
o do engodo, o da influência
monetária, o do ataque, sem motivo
justificável, aos concorrentes, nem o
da negação, renúncia, distorção ou
apostasia de sua fé evangélica.
41
A Igreja é separada do Estado, e
esta separação deve ser mantida
em virtude da salubridade
democrática. O governante crente
não pode priorizar o seu credo
em detrimento de outros e dos
não-cristãos.
42
“Sou impelido pela necessidade a fazer
isso, especialmente porque, de uma parte,
homens dementes e bárbaros tentam
furiosamente subverter esta ordem
divinamente estabelecida; de outra, porém,
os aduladores dos príncipes, exaltando-lhes
desmedidamente o poder, não duvidam
opô-la ao domínio do próprio Deus. A
menos que se resista a um e outro desses
dois males, a integridade da fé
perecerá.”(AS INSTITUTAS, Livro 4)

43
Sujeitai-vos a toda instituição
humana por causa do Senhor,
quer seja ao rei, como
soberano, quer às autoridades,
como enviadas por ele, tanto para
castigo dos malfeitores como
para louvor dos que praticam o
bem. ( 1 Pedro 2.13-14)

44
Diante de tudo que vimos, chegamos a
conclusão que devemos obediência ao
magistrado civil.
Obedecer e corresponder ao estado é
um elemento básico do viver cristão (1
Pe 2.13-14). 45
Os cristãos protestantes na Alemanha reunidos
como Sínodo chegaram a seguinte conclusão: A
Escritura nos diz que o Estado tem o dever,
conforme ordem divina, de zelar pela justiça e pela
paz no mundo ainda que não redimido, no qual
também vive a Igreja, segundo o padrão de
julgamento e capacidade humana com emprego da
intimidação e exercício da força. A Igreja reconhece
o benefício dessa ordem divina com gratidão e
reverência a Deus.(Declaração Teológica de
Barmen, 31 de Maio de 1934) 46
A única autoridade absoluta é a palavra
de Deus. Se o governo confrontar os
princípios morais e espirituais contidos
nas Escrituras, nossa obediência
momentaneamente cessa. (At 5.27-29).

47
É dever do cristão sujeitar as
autoridades exceto quando o
cumprimento da ordem envolve
pecado ( 1 Pe 2.13-14/Apo 13).

48
O REI IDEAL X A BESTA
• DOMICIANO EXIGE CULTO.
• O CIDADÃO DEVERIA CHAMÁ-LO DE
FILHO DE DEUS
• EXIGE SER CHAMADO DE SENHOR
• A SUA MENSAGEM É CHAMADA DE
EVANGELHO.

49
A igreja não pode perder de
vista a necessária separação
do Estado.

50
Os magistrados civis não podem tomar sobre si a
administração da palavra e dos sacramentos ou o
poder das chaves do Reino do Céu, nem de modo
algum intervir em matéria de fé; contudo, como pais
solícitos, devem proteger a Igreja do nosso comum
Senhor, sem dar preferência a qualquer denominação
cristã sobre as outras, para que todos os
eclesiásticos sem distinção gozem plena, livre e
indisputada liberdade de cumprir todas as partes das
suas sagradas funções, sem violência ou perigo...
(CFW XXIII.3)

51
Como Jesus Cristo constituiu em sua Igreja um governo
regular e uma disciplina, nenhuma lei de qualquer Estado
deve proibir, impedir ou embaraçar o seu devido exercício
entre os membros voluntários de qualquer denominação
cristã, segundo a profissão e crença de cada uma. E é
dever dos magistrados civis proteger a pessoa e o bom
nome de cada um dos seus jurisdicionados, de modo que
a ninguém seja permitido, sob pretexto de religião ou de
incredulidade, ofender, perseguir, maltratar ou injuriar
qualquer outra pessoa; e bem assim providenciar para que
todas as assembléias religiosas e eclesiásticas possam
reunir-se sem ser perturbadas ou molestadas.

52
• O GOVERNO É JUSTO?
• AS LEIS SÃO JUSTAS?
• AS LEIS INTERFERIRÃO NA LIBERDADE
DO PAÍS?
• AS LEIS ESTÃO DE ACORDO COM O
PADRÃO ESTABELECIDO POR DEUS?
• DEMOCRACIA?
53
Em seu Comentário sobre Samuel,
Calvino admoesta os irmãos: “E vós,
Ó povos, a quem Deus deu a
liberdade de escolher seus próprios
magistrados, cuidem-se de não se
privarem deste favor, elegendo para
a posição de mais alta honra, patifes
e inimigos de Deus.”

54
“Ouvistes que foi dito:
Olho por olho, dente
por dente. Eu, porém,
vos digo: não resistais ao
perverso; mas, a qualquer
que te ferir na face direita,
volta-lhe também a
outra”( Mt 5.38-39)
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56
57
EM 10 ANOS 600 MIL
BRASILEIROS FORAM
ASSASSINADOS.

58
O lema da Reforma “Igreja
Reformada Sempre Reformando”
deve nortear nossos passos não
somente no que acontece na
igreja, mas também na sociedade.

59
A reforma tem de ser
universal. Reforma de todos
os lugares, de todas as
pessoas e vocações: reforma
das cortes de julgamento e
dos magistrados inferiores...

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Reforma das universidades,
reforma das cidades, reforma dos
países, reforma das escolas
inferiores de instrução, reforma
do domingo, reforma das
ordenanças, da adoração a
Deus... Vocês tem mais trabalho
a fazer do que lhes posso falar (
Thomas Case 1641) 61
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PALESTRAS

O papel dos presbíteros e diáconos


na Igreja.
O papel das mulheres na Igreja
Oração e piedade na vida da Igreja.
Aconselhamento Bíblico Mútuo
O ministério de Misericórdia da Igreja

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