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Fichas/Questões de aula
ESCRITA
Ficha/Questão de aula 1 – Diário (p. 117)
Cenário de resposta
6 de novembro de 2021
Querido diário!
Hoje venho falar contigo sobre sonho. Qual é o meu
sonho maior? O que quero ser e fazer no futuro? Será
que tenho essa certeza hoje? Acho que vou descobrir
isso hoje, falando contigo, querido diário… Ou talvez
não.
Desde pequenos, os pais, os professores, as pessoas
que nos rodeiam perguntam-nos «O que queres ser
quando fores grande?». É uma grande pressão! Eu sinto
essa pressão. Gosto de tantas coisas, não gosto de
outras tantas, mas não sei dizer o que quero ser e fazer
quando crescer. Poderei ser um(a) médico(a), um(a)
arquiteto(a), um(a) polícia, um(a) empregado(a) de café
ou restaurante, um(a) empresário(a)… tanta coisa. Sei
lá…!
Há tantas possibilidades, mas eu acho que o mais
importante, neste momento, é aproveitar a fase da vida
em que estou. Aprender bem. Estudar bem. Estar e
divertir-me com os meus amigos e tirar o maior
proveito da minha vida no presente. Acredito que
assim, seja qual vier a ser o meu futuro, estarei
certamente preparado(a) para ser bem-sucedido(a).
Quanto ao meu maior sonho? Sonho todos os dias em
ser feliz, a cada dia, e espero que no futuro eu possa
contribuir para um mundo melhor sendo um(a)
cidadão/cidadã responsável, feliz e com uma profissão
que realize.
Quando lá chegar, virei ler esta página tua, querido
diário.
Ficha/Questão de aula 2 – Diário (p. 119)
Cenário de resposta
6 de novembro de 2021
Querido diário!
Hoje gostava de falar um pouco contigo sobre o que os
meus olhos veem sobre o mundo que me rodeia.
Os meus olhos veem muitas coisas boas – vejo que as
pessoas se respeitam mais umas às outras, assim como
respeitam todas as formas de vida do planeta. Mas
também vejo que ainda há muito para continuar a
fazer:
• ser mais solidário e bondoso, com pequenos gestos
diários, mesmo junto da nossa família e dos nossos
amigos;
• deixar de usar plástico definitivamente;
• não usar tanto telemóveis e computadores;
• passar mais tempo na natureza;
• ter uma alimentação mais saudável;
• fazer atividades físicas regulares;
• etc.
Eu quero que o nosso planeta seja o melhor lugar para
viver: um lar harmonioso, com muita alegria, pessoas
felizes, animais bem tratados, mares e rios limpos,
florestas verdes, terra fértil. Acredito que assim será, um
dia!
Eu decidi fazer a minha parte, com o meu exemplo. Mas
é preciso que cada um faça a sua.
Até amanhã!
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Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 8.o ano
Ficha/Questão de aula 3 – Entrevista (p. 121)
Cenário de resposta
À conversa com Neil Armstrong, o herói que não
gostava de o ser!
Neil Armstrong ficou mundialmente conhecido por, em
20 de julho de 1969, ter sido o primeiro ser humano a
pisar solo lunar, quando desceu os nove degraus e
deixou para trás a Nave Apollo 11 que pilotava,
juntamente com Michael Collins e Edwin «Buzz» Aldrin,
desde o Cabo Canaveral (Flórida), de onde tinham
partido quatro dias antes.
Para começar, gostaria que nos situasse relativamente
à sua origem.
Eu nasci em 1930, mais concretamente no dia 5 de
agosto, em Wapakoneta, uma cidade situada no estado
americano do Ohio.
Aprendeu a pilotar muito cedo. Quer explicar-nos
como tudo começou?
Desde muito cedo que os aviões eram a minha paixão.
Aos 15 anos consegui iniciar as lições de voo no
aeroporto da minha cidade, mas, esta minha paixão era
algo muito dispendioso, por isso, ao mesmo tempo que
aprendia a voar, fazia várias coisas para ganhar algum
dinheiro. Valeu a pena, porque rapidamente consegui
atingir o meu objetivo e obtive licença para pilotar
aviões.
Como e onde prosseguiram os seus estudos?
Quando, em 1947, terminei o ensino secundário,
consegui obter uma bolsa de estudo da Marinha do
meu país, o que me permitiu inscrever no curso de
engenharia aeronáutica, na Universidade de Purdue.
Desde o final da sua licenciatura até à chegada à Lua
vai um longo percurso. Gostaríamos que nos falasse
um pouco desses tempos.
De facto, entre 1949 e 1952 estive ao serviço da
Marinha dos Estados Unidos e participei em várias
dezenas de missões na guerra da Coreia; o meu avião
foi mesmo atingido numa dessas missões, mas consegui
pousá-lo e salvar-me.
Depois, tornei-me piloto de testes na NACA (agência
que deu origem à NASA), onde fiquei até 1962, quando
fui selecionado para integrar o programa da agência
espacial americana. Em 1966, fiz a minha primeira
missão espacial como comandante a bordo da «Gemini
8», mas o grande ano da minha carreira foi, sem dúvida,
o de 1969.
Em 1969 passou a ser mundialmente conhecido. O que
se sente num momento tão marcante para a
Humanidade como aquele que protagonizou?
Depois de quatro dias no espaço, a Apollo 11 podia,
finalmente, descer na Lua, mas o local inicialmente
escolhido não se revelou favorável porque estava cheio
de pedras enormes. Pensei que seria uma imensa
frustração não levar a missão até ao fim! Então,
procurámos uma alternativa e, com o controlo manual
da nave, conseguimos descer num outro local mais
favorável.
Fui o primeiro a descer os nove degraus que nos
separavam do solo lunar e, sim, esse momento
continua bem vivo na minha memória! Aquelas palavras
que me saíram não foram previamente planeadas:
aquilo foi o que senti no momento – «um pequeno
passo para um homem, mas um salto gigante para a
Humanidade»…
E depois disso, o que se faz com a fama e glória?
Depois disso fiz muitas outras coisas, pois nunca me
senti vocacionado para ser estrela, nem herói; o que
fizemos foi o resultado de muitas horas de trabalho de
muitos milhares de engenheiros, técnicos,
matemáticos, etc.!
Hoje ocupo o meu tempo a pilotar planadores porque
isso é o mais perto que o homem consegue chegar dos
pássaros.
Ficha/Questão de aula 4 – Entrevista (p. 123)
Cenário de resposta
Katherine Johnson:
Quando a paixão pelos números fala mais alto do que
todas as barreiras sociais
«Katherine G. Johnson recusou-se a ser limitada pelas
expectativas da sociedade relativamente a género e
raça, ao mesmo tempo que expandia os limites do
alcance da Humanidade» diria o então presidente dos
Estados Unidos, Barack Obama, quando, em 2015, lhe
atribuiu a Medalha Presidencial da Liberdade.
Desde 1953 a trabalhar como «computador humano»
nas instalações da NASA, Katherine formava,
juntamente com outras mulheres negras, o grupo que
ocupava um espaço identificado como «Computadores
de cor».
Para começar, gostaria que nos situasse relativamente
à sua origem e aos seus primeiros passos no mundo
adulto.
Eu nasci a 26 de agosto de 1918, em White Sulphur
Springs, na Virgínia Ocidental e foi aí que cresci e
estudei, desde os primeiros anos até terminar o ensino
secundário; depois, consegui inscrever-me na
Universidade Estadual da Virgínia, onde, em 1936, na
altura com 18 anos, conclui a licenciatura em
Matemática.
Como foi enfrentar um mundo cheio de preconceitos e
de barreiras sociais? Que tipo de estratégias usou para
conseguir atingir os seus objetivos?
Não foi fácil! Numa altura em que as mulheres não
tinham direito a votar e em que a segregação racial, não
só era permitida como era legal e praticada de forma
sistemática, uma jovem negra podia ambicionar ser
professora ou enfermeira, nunca outra coisa e, muito
menos, ser aceite num mundo quase exclusivo de
homens brancos.
A minha estratégia foi nunca desistir. Eu sabia que era
boa com os números, adorava a Matemática e os
números iam comigo para todo o lado! Acho que, sem o
saber, fui aquilo a que hoje chamamos de resiliente.
De forma sucinta, explique-nos porque é que o seu
contributo foi tão importante para o desenvolvimento
do programa espacial norte-americano.
Quando, em 1953, comecei a trabalhar como
«computador», a nossa tarefa – minha e de outras
mulheres negras – era fazer à mão os cálculos
complexos que as máquinas ainda não conseguiam
fazer. Chamavam-nos as «subprofissionais»…
Mais tarde, quando começou a corrida ao espaço,
passei a fazer os cálculos das trajetórias orbitais. Até me
aposentar, em 1986, estive sempre ligada a todos os
programas espaciais da agência e os astronautas
confiavam inteiramente nos meus cálculos.
Como é que alguém que teve um papel tão relevante
na História recente da América e do mundo passa os
seus dias?
Até muito recentemente, a minha vida era calma e
muito pacata: só passei a ser conhecida nos últimos
anos. Primeiro, foi a medalha entregue pelo Presidente
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Obama e, depois, o lançamento de um livro sobre esse
grupo de mulheres negras e o filme que se lhe seguiu.
Para mim, a fama chegou muito perto dos 100 anos!
Ficha/Questão de aula 5 – Comentário (p.
125)
Cenário de resposta
O cartoon apresentado é da autoria do mexicano Dario
Castillejos, intitula-se «Greta Thunberg» e venceu a
categoria de caricatura na edição de 2021 do World
Press Cartoon. Com este desenho, o autor homenageia
a jovem Greta Thunberg, alertando, ao mesmo tempo,
para os perigos que ameaçam o nosso planeta.
A imagem representa a jovem ativista sueca
«disfarçada» de Capuchinho Vermelho, mas, ao
contrário do que acontece na história infantil, em que a
Capuchinho usa o seu cesto para levar comida à avó, no
desenho de Castillejos ela usa-o para transportar o
globo terrestre.
O planeta Terra parece, portanto, ameaçado pelos
«lobos maus» e cabe à Capuchinho protegê-lo, numa
mensagem bastante clara: embora, até aqui, tenha sido
uma adolescente (Greta Thunberg) a alertar para a
emergência da crise climática no mundo, carregando a
responsabilidade de não deixar o tema cair no
esquecimento, cabe-nos a todos nós a missão de cuidar
do planeta em que vivemos, assumindo o papel de
Capuchinho Vermelho.
Finalmente, as cores escolhidas pelo cartoonista
parecem refletir uma mensagem de esperança, com
destaque para o verde da floresta que lhe serve de
fundo, o vermelho da capa da figura feminina e, ainda,
o azul que ajuda a colocar a Terra destacadamente no
centro da imagem (e no centro das preocupações).
Ficha/Questão de aula 6 – Comentário (p.
127)
Cenário de resposta
Por vezes, quando presenciamos algumas situações, no
nosso dia a dia, ficamos incomodados com o que vemos
ou ouvimos. Foi exatamente isso que aconteceu, há
algum tempo, durante um intervalo das aulas na minha
escola.
Depois da maior parte dos alunos ter saído das suas
salas, percebi que havia alguma movimentação num
determinado espaço e, com a curiosidade aguçada, fui
tentar perceber o que se estaria a passar. O que vi
deixou-me bastante desconfortável: um grupo de três
colegas que aparentavam ser mais velhos ou, pelo
menos, mais altos, tinha feito cair um quarto aluno –
bastante mais pequeno, por sinal –, insultavam-no e, a
certa altura, começaram mesmo a agredi-lo.
À sua volta tinha-se formado um círculo de curiosos que
aproveitavam a barafunda para filmar e tirar fotos com
os seus telemóveis, ao mesmo tempo que aplaudiam o
que estava a acontecer, sendo que a situação só ficou
resolvida com a intervenção de alguns adultos que,
entretanto, se aperceberam e acorreram ao local.
Durante muito tempo aquele episódio não me saiu da
cabeça: a agressividade de tudo aquilo tinha-me
incomodado, o facto de nenhum dos colegas ter
procurado intervir e, ainda, terem aproveitado para se
divertirem também me parecia mau demais! Mas o que
mais me deixava desconfortável fora a minha própria
reação – eu tinha sido mais um(a) a assistir… E se fosse
eu o(a) agredido(a)?!