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Centro Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos - UNICEPLAC

Curso de Pedagogia
Trabalho de Conclusão de Curso

A importância das brincadeiras para o processo de desenvolvimento


da criança na Educação Infantil

Gama-DF
2022
CELITA ANTUNES DE OLIVEIRA

A importância das brincadeiras para o processo de desenvolvimento


da criança na Educação Infantil

Artigo apresentado como requisito para conclusão


do curso de Pedagogia pelo Centro Universitário
do Planalto Central Apparecido dos Santos –
UNICEPLAC.

Orientadora: Profa. Dra. Maria Theresa de Oliveira


Corrêa

Gama-DF
2022
CELITA ANTUNES DE OLIVEIRA

A importância das brincadeiras para o processo de desenvolvimento


da criança na Educação Infantil

Artigo apresentado como requisito para conclusão


do curso de Pedagogia pelo Centro Universitário
do Planalto Central Apparecido dos Santos –
UNICEPLAC.

Gama-DF, 23 de novembro de 2022.

Banca Examinadora

Profa. Dra. Maria Theresa de Oliveira Corrêa


Orientadora

Prof. Rhêmora Ferreira da Silva Urzêda


Examinador (a)

Prof. Rennée Cardoso


Examinador (a)
A importância das brincadeiras para o processo de desenvolvimento
da criança na Educação Infantil

CELITA ANTUNES DE OLIVEIRA

Resumo
Na infância pode-se observar o quanto as brincadeiras contribuem para o desenvolvimento da
criança. deste modo, o lúdico é um recurso que deve ser estimulado na Educação Infantil e o
pedagogo precisa reconhecer a importância da utilização dessas atividades, que tanto contribuem
para o desenvolvimento integral da criança. Este trabalho de abordagem qualitativa e cunho
bibliográfico, objetivou investigar as contribuições das brincadeiras para o processo de
desenvolvimento da criança na Educação Infantil. As análises apresentaram que a criança depois
de um longo percurso teve seus valores reconhecidos e direitos conquistados, dentre eles o de
“brincar”. Identificou-se ainda que a criança passa por diversas fases de desenvolvimento, e para
cada fase as brincadeiras devem ser planejadas, conforme as experiências e interesses da mesma.
Os educadores devem priorizar o lúdico no contexto educacional infantil, pois, crianças necessitam
de uma mediação responsável e qualificada que possibilite um desenvolvimento significativo.
Através dos momentos lúdicos que se tem a oportunidade de interagir, explorar, assimilar, refletir,
ser autônomos e construir conhecimentos.

Palavras-chave: brincadeiras; Educação Infantil; desenvolvimento; criança.

Abstract
In childhood, it can be observed how much the games contribute to the development of the child,
so, the ludic is a resource that must be stimulated in Early Childhood Education, the pedagogue
needs to recognize the importance of using these activities, which contributes so much to the
development child's entirety. This qualitative and bibliographic work aimed to investigate the
contributions of games to the process of child development in Early Childhood Education. The
analyzes showed that the child, after a long journey, had their values recognized and rights
conquered, among them that of “playing”. It was also identified that the child goes through several
stages of development, and for each stage the games must be planned, according to their
experiences and interests. Educators should prioritize play in the children's educational context,
because children need a responsible and qualified mediation that allows a significant development.
Through playful moments, one has the opportunity to interact, explore, assimilate, reflect, be
autonomous and build knowledge.

Keywords: games; Child Education; development; child.

1
Graduanda do Curso de Pedagogia, do Centro Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos – Uniceplac.
E-mail: celitaantunes1@gmail.com
4

1. INTRODUÇÃO
Com o passar dos anos, a Educação Infantil sofreu consideráveis mudanças, a partir do
atendimento inicial da infância brasileira e da valorização da criança e dos seus direitos. O Estatuto
da Criança e do Adolescente – ECA (BRASIL,1990) em seu Art.16, inciso IV reconhecem como
direito da criança o “brincar, praticar esportes e divertir-se”.
Assim sendo, o presente trabalho refere-se a importância das brincadeiras para o processo
de desenvolvimento da criança na Educação Infantil. A priori, o brincar possui o papel primordial
para o desenvolvimento físico, intelectual, afetivo, social e para o entendimento da criança a
respeito do mundo no qual está inserida.
O brincar é uma atitude natural da criança que está presente em seu cotidiano, sendo assim,
algo que a inspira a realizar as principais atividades com prazer. Dentro dessa lógica, as
brincadeiras, além de serem prazerosas também, possuem um papel que ultrapassa a diversão e
exercem a função condutora das capacidades inatas da criança.
Barros e Rocha (2020, p.546) compreendem que “ A vida da criança gera em torno do
brincar, e é por essa razão que a escola de educação infantil deve priorizar as atividades lúdicas”.
Ao brincar as crianças podem adquirir noções das primeiras regras sociais, assim, como ampliar
suas capacidades de interação, comunicação, praticar a autonomia, desenvolver a personalidade,
descobrir seus limites.
As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação-DCNEI em seu Art.9, inciso I
(BRASIL, 2009) citam que as interações e a brincadeira são vistas como experiências que
proporcionam o autoconhecimento e entendimento do mundo através de dinâmicas que atiçam os
sentidos, expressões, considerando os interesses da criança.
Neste sentido, Albuquerque (2020) afirma que o professor deve ser responsável por criar
estratégias de ensino e aprendizagem, além, de proporcionar um ambiente com diversos elementos,
que possam motivar as crianças a desenvolverem suas habilidades. Uma das estratégias utilizadas
nesse contexto é trabalhar com o lúdico, como prática pedagógica, aliando-se assim a
aprendizagem e o desenvolvimento dos alunos.
Para (Vygotsky,1998, p.126), “É no brinquedo que a criança aprende a agir numa esfera
cognitiva, ao invés de numa esfera visual externa, dependendo das motivações e tendências
internas, e não dos incentivos fornecidos pelos objetos externos”. Assim sendo, a ludicidade auxilia
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na maneira como a criança se expressa, fazendo com que a mesma se adeque a realidade. Outrora
que a brincadeira é um dos alicerces para o desenvolvimento psicológico da criança.
Isto posto, considerando que a finalidade da Educação Infantil é o desenvolvimento integral
da criança, surge a questão central desta pesquisa de revisão bibliográfica: Quais as contribuições
das brincadeiras para o processo de desenvolvimento da criança na Educação Infantil? Logo, o
objetivo geral deste estudo é investigar as contribuições das brincadeiras para o processo de
desenvolvimento da criança na Educação Infantil. Para tanto, os objetivos específicos são:
contextualizar a Educação Infantil em seu processo histórico, descrever acerca do processo de
desenvolvimento da criança e discorrer a respeito da utilização das brincadeiras no contexto da
Educação Infantil. Tem-se por hipótese que o brincar contribui para o aspecto cognitivo, social,
físico, afetivo, psicológico e motor.
Dessa forma, essa pesquisa, poderá auxiliar os professores na aplicabilidade de brincadeiras
com intencionalidade educativa que contribuam para o desenvolvimento da criança na Educação
Infantil. Para tanto, além desta introdução, apresenta-se um breve histórico sobre a Educação
Infantil no Brasil, descreve-se acerca do processo de desenvolvimento da criança, e discorre-se
algumas brincadeiras exploradas na Educação Infantil e as possibilidades de desenvolvimento que
elas podem promover.
Disserta-se ainda acerca dos procedimentos metodológicos onde dispõe-se a respeito da
opção metodológica, período de coleta de informações, bases de dados consultadas, quantitativo
de trabalhos selecionados, critérios de inclusão e exclusão de produções e trabalhos utilizados.
A apresentação e análise dos dados, destaca e analisa as ideias centrais que constituíram a
revisão de literatura e na sequência, apresentam-se as considerações finais, que sintetizam os
resultados obtidos por meio desta pesquisa.

2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1 Contexto histórico da Educação Infantil no Brasil
Ao longo da história a infância foi esquecida e negada pela sociedade. Segundo Campos e
Ramos (2018) por diferentes tempos as crianças eram vistas como seres em formação, incompletos,
vazios e não participantes da sociedade. A noção de infância era distorcida, no qual esse período
era imperfeito e as crianças só eram introduzidas na sociedade progressivamente. Para Bastos
(2021), o infanto naquela época era semelhante ao adulto e não recebia um tratamento adequado
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para o seu desenvolvimento. Desta maneira, o único interesse era que eles servissem a sociedade,
assim como os adultos.
De acordo com Ariès (2006), no período medieval, as crianças eram diferenciadas dos
adultos apenas pela sua estatura, sendo consideradas até então, como mini adultos. Segundo este
autor, naquele período o sentimento de infância não existia. Entretanto, Ariès (2006) afirma que
nem por isto as crianças eram abandonadas ou negligenciadas. O sentimento da infância remete à
consciência das particularidades infantis, o que distingue essencialmente a criança do adulto,
destaca o autor. No século XIV, com os movimentos religiosos as famílias começam a ver as
crianças com outros olhos, esse momento foi constituído como paparicação e apego.
No século XVIII, com a Revolução Industrial, as mulheres tiveram que se inserir no
mercado de trabalho. Diante dessa situação e sem ter com quem deixar seus filhos sugiram as
primeiras instituições (creches) com intuito unicamente “assistencialista”, ou seja, não tinham o
compromisso de educar, apenas de cuidar e assim, a educação não era considerada prioridade.
Araújo (2021, p.3) acentua que “A instituição não tinha o intuito de proporcionar à criança a
criticidade e a emancipação através da educação, portanto sua qualidade de atendimento e educação
eram baixas”.
Desta forma Khulmann Jr. (1998, p. 182) afirma que:
[...] o assistencialismo, ele mesmo, foi configurado como uma proposta educacional
específica para esse setor [a infância pobre], dirigida para a submissão não só das
famílias, mas também das crianças das classes populares [...] A pedagogia das
instituições educacionais para os pobres é uma pedagogia da submissão, uma
educação assistencialista marcada pela arrogância que humilha para depois oferecer
o atendimento como dádiva, como favor aos poucos selecionados para o receber.

Por volta de 1980, ocorreram no Brasil consideráveis avanços em relação a valorização da


criança e de sua educação. O primeiro marco da história da Educação Infantil ocorreu com a
promulgação da Constituição Federal de 1988 (BRASIL, 1988). A partir desta legislação as
creches e pré-escolas foram reconhecidas como parte do sistema educacional do País. Em seu Art.
208; inciso IV esta legislação define que o “dever do Estado com a educação será efetivado
mediante a garantia de: educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 (cinco) anos de
idade”.
Com a aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional-LDB nº 9.394/1996
(BRASIL, 1996) a Educação Infantil passa a ser decretada como a primeira etapa da Educação
Básica, sendo ofertada em creches para crianças de 0 a 3 anos de idade e pré-escola de 4 a 5 anos,
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cujo propósito é possibilitar o desenvolvimento integral da criança. Esta legislação em seu artigo
29, prescreve que:
A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o
desenvolvimento integral da criança de até 5 (cinco) anos, em seus aspectos físico,
psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da
comunidade. (BRASIL,1996).

Conforme a LDB nº 9.394/1996 (BRASIL,1996), a Educação Infantil é responsável por


auxiliar a criança na construção de todos seus aspectos, desde a sua personalidade até o processo
de aprendizagem, uma vez que, esta Lei ressalta a importância do ensino familiar e do trabalho
educacional (SANTOS et al.,2020).
Dentre os documentos que orientam o trabalho pedagógico tem-se o Referencial Curricular
Nacional para a Educação Infantil-RCNEI (BRASIL, 1998). Nesse contexto, o RCNEI é uma
espécie de guia que servirá para auxiliar projetos dentro das instituições, para que as crianças se
desenvolvam dentro das suas particularidades, exercendo a cidadania e reconhecendo as realidades
sociais e culturais.
Ainda em consonância às conquistas da evolução na Educação Infantil no Brasil, vale
destacar as DCNEI (BRASIL, 2009), um dos documentos que norteiam o trabalho pedagógico
direcionado para a criança. Evidencia-se no artigo 9º desta legislação, que os eixos estruturantes
das práticas pedagógicas dessa etapa da Educação Básica são as “interações e a brincadeira”
(BRASIL,2009). Tais eixos são de suma importância para a educação da criança, que é entendida
pelas DCNEI (BRASIL, 2009, art.4º) como sujeito histórico e de direitos, que desenvolve sua
identidade advinda das brincadeiras resultante de suas vivencias e das interações sociais.
A Base Nacional Comum Curricular – BNCC (BRASIL, 2018), também é destaque na
evolução da legislação referente à Educação Infantil. Ela aponta as creches e pré-escolas como
recintos essenciais no processo de desenvolvimento da criança, considerando a importância da
intencionalidade educativa, associadas às práticas pedagógicas mediadas pelo professor. Este
documento enfatiza o brincar, como um dos eixos estruturantes nos anos iniciais da criança, e
estipula seis direitos para a aprendizagem e desenvolvimento nessa etapa.
Os respectivos direitos de aprendizagem e desenvolvimento são: conviver: promover a
convivência de crianças em grandes ou pequenos grupos utilizando diferentes linguagens; brincar:
estimula a criança as interações sociais, contribui para sua cultura, imaginação, atividades
sensoriais, emoções e cognitivas, participar: das atividades escolares e cotidianas gerando interação
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social, ampliando assim diversas áreas de conhecimento; explorar: diversas áreas que compõem a
vida da criança como objetos, sons, formas que ampliam a sua área de conhecimentos culturais;
expressar: de diferentes formas suas necessidades, emoções e sentimentos e conhecer-se:
desenvolver sua auto identidade, a imagem positiva de si, através de suas experiências, nas
interações e brincadeiras.(BRASIL,2018).
Nessa perspectiva, a BNCC define 5 campos de experiências que fazem parte do arranjo
curricular no qual estão inclusos situações, vivências concretas e o conhecimento das crianças,
esses campos são: O eu, o outro e o nós: a interação na qual a criança irá construir sua própria
maneira de ver e entender o mundo, agir dentro do mesmo, e através dessa vivência ela irá aprender
uma perspectiva distante da sua. Corpos, gestos e movimentos: através de atividades sensoriais, as
crianças exploram o meio onde vivem, produzindo assim, conhecimento de tudo o que o cerca e
sobre si, sobre seu social e cultural, tornando-se consciente sobre si mesmo. (BRASIL,2018).
Os demais campos são: Traços, sons, cores e formas: por meio do cotidiano da escola, as
crianças aprendem respeitar aspectos diferentes dos seus. Escuta, fala, pensamento e imaginação:
desde o princípio de sua vida a criança está submetida ao contato com sons e situações
comunicativa, criando assim, um aumento em seu vocabulário. Espaço, tempos, qualidades, relação
e transformações: ainda muito novas, as crianças buscam entender o espaço no qual estão inseridas,
uma vez que, estão sempre em contato com tempo e espaço (BRASIL, 2018).
As crianças são seres em desenvolvimento, que ao brincar ampliam conceitos, incorporam
ideias, desenvolvem a expressão verbal, reduzem a agressividade e constroem seu próprio
conhecimento nos momentos de brincadeira (Paiva, 2017).

2.2 Processo de desenvolvimento da criança


Segundo Longo (2017) o brincar ajuda a aumentar a versatilidade do desenvolvimento
humano, um processo ao longo da vida. Ao brincar, as crianças não apenas se divertem sem motivo,
mas também desenvolvem habilidades importantes como atenção, imitação, repetição, imaginação,
e memória, e desenvolvem essas habilidades no decorrer da vida.
De acordo com a teoria de Piaget1 (1982), o desenvolvimento infantil é um processo integral
que sustenta novas experiências de aprendizagem, que ocorre em função do desenvolvimento

1
A educação infantil, conforme a compreensão de Piaget, corresponde ao estágio sensório-motor (0 a 2 anos) até o
estágio pré operatório (2 a 7 anos). No entanto, para não desmembrar as ideias do autor, considerou-se descrever
todos os estágios, como forma de contribuição para a presente pesquisa.
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global. O desenvolvimento infantil é dividido em 4 estágios identificados pelo mesmo como fases
de transição, sendo elas: estágio sensório-motor; pré-operatório; operatório-concreto e estágio das
operações- formais, especificados a seguir:
No estágio sensório motor (0- 2 anos), a criança vive apenas por seus reflexos, com
movimentos voluntários e nessa fase ela pode compreender que algumas de suas atitudes podem
ter consequências. O seu desenvolvimento ocorre na área motora e sensorial. Nesse período os
comandos táteis, espacial e visual são expandidos, as crianças costumam manusear e brincar com
jogos de encaixe.
No estágio pré-operatório (2-7 anos), desenvolve-se a linguagem e a socialização. Nesta
fase a criança tem sua imaginação explorada e construída, assim como suas habilidades sociais
mediadas pelo brincar, inicia-se nessa etapa as brincadeiras de faz de conta. Nessa etapa é normal
o egocentrismo, uma vez que a criança é incapaz de ter outra perspectiva além da sua, uma outra
característica é não saber diferenciar o certo do errado.
Período operatório concreto (7-12 anos), a criança utiliza suas habilidades lógicas e
racionais, apoiando-se ainda a objetos concretos. Adquire noções de tempo e espaço, possui maior
capacidade de reconhecer seus erros e reverte-los. Isso ocorre devido a redução do seu
egocentrismo, inicia-se o processo de alfabetização e as brincadeiras em grupo (jogos de regras).
No estágio das operações formais (12 anos a cima), o pré-adolescente utiliza a capacidade
concreta e lógica, ou seja, ao se deparar com algum problema os resolve com deduções e hipóteses,
o uso da linguagem torna-se mais complexa, sua personalidade, autonomia, senso crítico vão
construindo-se gradativamente.
Paiva (2017, p.18) ressalta que:
Quando a criança está em desenvolvimento, sua brincadeira vai se estruturando
com base no que é capaz de fazer em cada momento. Ao longo do
desenvolvimento, as crianças vão adquirindo novas e diferentes competências, no
contexto das práticas sociais, que irão lhes permitir compreender e atuar de forma
mais ampla no mundo.

Na perspectiva de Wallon2 (1968) o desenvolvimento infantil ocorre entre o orgânico, social


e biológico, de maneira progressiva. Deste modo, os estágios de desenvolvimento são assim
estruturados: -Impulsivo e emocional, sensório-motor e projetivo, personalismo, categorial e
adolescência.

2
A educação infantil, segundo Wallon, compreende ao estágio I, impulsivo-emocional (0 a 1 ano), até o estágio 3 (3
a 6 anos), com o intuito de não fracionar as definições do autor, considerou-se todos os estágios.
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Estágio1- Impulsivo emocional (0-1 ano), caracterizado pelos impulsos motores e as


emoções, incapacidade de atuar em sua realidade, as relações sociais e com o ambiente são
estimuladas pela afetividade, sua comunicação ocorre pelos gestos, expressões, choro e agitação
corporal.
O Estágio 2- Sensório motor e projetivo (1-3 anos). Nessa fase a criança observa o meio
físico e suas propriedades, ela começa a construir sua realidade a partir de sua inteligência, inicia-
se também a aquisição da linguagem, também aprende a pegar, sentir e nomear alguns objetos que
estão ao seu alcance.
No estágio 3 tem-se o Personalismo (3-6 anos). Nele inicia-se a construção da personalidade
da criança, ela adquire as primeiras noções corporais, ocorre maior influência da afetividade. O
personalismo é caracterizado pela sedução, oposição e a imitação. A criança geralmente nessa fase
irá imitar o modo de ser e pensar das pessoas mais próximas como os pais, os colegas, etc.
No estágio 4- categorial (6-11 anos), prevalece a inteligência da criança, o pensamento
abstrato, o raciocínio. Nessa fase a criança tende a favorecer a autodisciplina, habilidades e atenção,
melhor conhecimento de si, predominância da criatividade, e interesse pelo mundo externo.
Por fim, tem-se o estágio 5 - Adolescência (11 anos a diante), nessa fase surgem as
transformações hormonais e psíquicas, decorrentes da transição da infância para a puberdade.
Nesse período é normal os conflitos internos e externos, e momentos de inquietação e
questionamentos.
De acordo com Pereira (2017, p.65):

A cada conquista de um novo estágio, há novas descobertas, novas aquisições de


conhecimento, novos elementos que começam a surgir, num processo
indissociável da pessoa, resultante de campos (conjuntos) funcionais, com o meio
exterior. Assim, numa relação entre orgânico, biológico e social, com o
movimento dinâmico da motricidade, inteligência e afetividade.

Diante das perspectivas de Pereira (2017) a respeito dos processos de desenvolvimento


infantil, nota-se que a cada etapa alcançada, surge no processo novo elemento inseparável da
pessoa, que geram novas descobertas, aquisição de conhecimentos, transformações, avanços e
conquistas. Envolvendo o movimento dinâmico de habilidades motoras, intelecto e emoções, nas
relações orgânicas, sociais e biológicas.

2.3 As Brincadeiras na Educação Infantil


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O brincar, as brincadeiras, os jogos e a ludicidade são elementos indispensáveis para o


desenvolvimento da criança, são vistos como atividades essenciais dentro do processo de educação
infantil. Barros e Rocha (2020, p.547) enfatizam que “Quanto mais se amplia a utilização dos
jogos e brincadeiras em sala de aula, mais a criança sente a necessidade desse processo para o seu
desenvolvimento”. A respeito dos jogos, Martello (2020, p.24) os define como “atividades que
estimulam a cooperação, a competição e a socialização, possuem regras que podem trabalhar as
mais diversas questões que são ou serão vivenciadas na sociedade”.
Kishimoto (2017) aponta que o impressionante é que todo jogo tem regras. Existem regras
explícitas, como no xadrez e amarelinha, e regras implícitas como nas brincadeiras de faz de conta,
onde as meninas fingem ser mães que cuidam de suas filhas. São as regras internas e ocultas que
organizam e orientam o jogo. Afinal, cada jogo se passa no tempo e no espaço com sua própria
jogabilidade única.
Para Santos (2016, p.23) “a brincadeira é um recurso metodológico, pois, tem a intenção de
facilitar o aprendizado da criança, tornando-a um sujeito que internaliza o que está aprendendo de
forma prazerosa, instigante e enriquecedora”. Então os profissionais de educação precisam
entender a importância de se incluir o uso de jogos e brincadeiras nas práticas educativas que
permitem o desenvolvimento da atenção, pensamento e da aprendizagem significativa. Um bom
profissional é essencial nesse processo, uma vez que ao construir um ambiente motivador, ele está
motivando a socialização e interação.
Ao se referir às diferentes concepções e às práticas que dizem respeito ao brincar, Silva
(2012, p.119) destaca que em uma delas “a brincadeira é vista como um instrumento para estimular
a aprendizagem das crianças; a ludicidade é um recurso para envolver as crianças, [..] Assim os
jogos e brincadeiras tem sido utilizado na Educação Infantil como recurso didático”. A vista disso,
Silva (2012) relata que os jogos são atividades sempre dirigidas por um professor ou por um adulto.
É o adulto quem propõe, dirige, coordena e seleciona os jogos e objetivos utilizados nas atividades
lúdicas. Dessa forma, elementos lúdicos são utilizados como recursos educacionais. Sendo o que
Waskjop (1990 apud, Silva, 2012, p.119) chamou de “didatização do lúdico”, ou seja, um método
de subordinar a vontade e ludicidade das crianças aos objetivos estabelecidos pelos adultos.
Silva (2012) prossegue afirmando que muitos autores defendem que a atividade lúdica deve
ser um ato livre e voluntário, e que quando se torna algo forçado, ou se torna tarefa ou obrigação
deixa de ser brincadeira. O brincar é um considerável meio de comunicação, pois através desse
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feito as crianças replicam seu cotidiano. O brincar atua de modo direto na evolução de
aprendizagem da criança e promove o desenvolvimento da autorreflexão, independência e
criatividade estabelecendo, desta forma uma relação estreita entre jogo e aprendizagem
(COLCHESQUI, 2015).
O lúdico é uma metodologia que representa um recurso importante para a educação infantil,
por possuir como estratégia a abordagem de conteúdos de forma dinâmica e criativa, se aliando
assim a metodologia tradicional, que para muitos estaria engessada e obsoleta e, atuando como
facilitadora do processo de aprendizagem da criança (SILVA, 2021).
De acordo com Barbosa (2018, p.31) “O professor tem procurado inserir no universo
escolar, brincadeiras que aumentem o potencial e a criatividade da criança”. Ou seja, implementar
nas escolas brincadeiras tradicionais, tais como: dança das cadeiras, jogos de tabuleiro, brincadeiras
de faz de conta, amarelinha, trava-língua, mímica e outras mais.
Continuando com Barbosa (2018, p.32) “O Brincar e o faz de conta é algo muito importante
para trabalhar seus sentimentos e pode-se dizer que se formula como a de uma autoterapia, que
através dela se desenvolvem, mentalmente e socialmente”. Ou seja, as brincadeiras de faz de conta
são bastante requisitadas no universo infantil, pois elas possuem valores significativos da
linguagem e na capacidade de representar simbolicamente os desejos internos da criança, os medos
e as interações sociais. Segundo Longo (2017, p.31) “As transformações que ocorrem na criança e
o desenvolvimento obtido em uma brincadeira de faz de conta estão diretamente ligadas a evolução
do pensar e agir do ser humano ao longo de sua vida ”.
Nas brincadeiras de mímica desenvolvem-se habilidades, como expressão artística,
motricidade, ritmo, capacidade de transmitir emoções, melhora a concentração, a consciência
corporal, favorece a socialização da criança, uma vez que está a todo momento em interação com
outras crianças. Nesse contexto, “A convivência com outras crianças pode ser muito
enriquecedora, pois elas estimulam e fortalecem tanto a autonomia quanto o crescimento”.
(GONÇALVES et al ,2020, p.622). O professor, nesse processo tem a oportunidade de através da
ludicidade inserir atividades que favoreçam o processo de desenvolvimento e conhecimento.
Mediante aos momentos lúdicos tem-se a oportunidade de interagir, ampliar ideias, explorar,
assimilar e refletir. (BARBOSA,2018).
Nesse contexto, o educador como mediador deve ter consciência do intuito do lúdico nas
brincadeiras. O profissional deve preparar estratégias pedagógicas que favoreçam a utilização desse
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recurso preparando o ambiente de forma acolhedora, envolvente, disponibilizando materiais


diversificados, verificando a idade da criança, sua cultura, observando suas especificidades,
compreendendo que cada indivíduo possui um ritmo e limitações distintas. (PACHECO;
CAVALCANTE; SANTIAGO, 2021).

3.PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A pesquisa apresentada é de abordagem qualitativa desenvolvida por meio de uma revisão
bibliográfica focado em apresentar as contribuições das brincadeiras para o processo de
desenvolvimento da criança na educação infantil. De acordo com Marconi e Lakatos (2017), os
métodos qualitativos visam uma análise e interpretação mais aprofundada, na medida em que
descrevem a complexidade do comportamento humano e fornecem dados detalhados sobre
pesquisas e tendências.
Segundo Gil (2019), uma pesquisa bibliográfica decorre da coleta e análise do número de
publicações já elaboradas, que permitirá que os pesquisadores aprofundem seus conhecimentos
sobre o assunto por meio de livros, revistas, artigos científicos, e-books e sites, na qual buscou-se,
investigar as contribuições das brincadeiras para o processo de desenvolvimento da criança na
Educação Infantil. Tendo por hipótese, que o brincar pode contribuir para o desenvolvimento dos
aspectos cognitivo, social, físico, psicológico e motor.
Logo, a presente pesquisa ocorreu no período compreendido entre agosto de 2022 a
novembro de 2022. Para tanto, foram consultadas produções acadêmicas relacionados ao tema da
pesquisa, sendo preciso recorrer as seguintes bases de busca de dados: Google acadêmico, Publish
or Perich, livros digitais e físicos, Repositório e trabalhos expostos em Revista Inter Ação, Revista
Científica eletrônica de Pedagogia, Revista Tempos e Espaços em Educação, Revista Ibero-
Americana de Humanidades, Ciências e Educação, Revista Multidebates. Para a execução destas
buscas foram empregues as seguintes palavras-chaves: Brincadeiras; Educação Infantil;
Desenvolvimento; Criança.
Foram também considerados trabalhos publicados no período de 2015 a 2022, livros
publicados entre 2006 a 2019, dentre eles, clássicos do ano de 1968 e 1982. Considerou-se
igualmente a legislação educacional atual que aborda direta ou indiretamente a importância das
brincadeiras para o processo de desenvolvimento da criança na Educação Infantil.
A princípio foram selecionados 51 trabalhos relacionados à temática, publicados entre os
14

anos de 2014 a 2022, sendo eles,17 artigos científicos, 9 livros, 4 teses de doutorado,15 trabalhos
de conclusão de curso -TCC, e legislação educacional.
Foram ainda usados por critérios de inclusão os materiais recentes relacionados a temática
da pesquisa e publicados no período de 2015 a 2022, encontrados em periódicos, repositórios
institucionais, biblioteca-Uniceplac, sites do Ministério da Educação -MEC. Foram excluídos, os
materiais que não abordavam os objetivos da pesquisa em questão, publicações de blog e
publicações acadêmicas anteriores a 2015.
Após a identificação, leitura e análise das produções acima, foram elegidas 31 publicações
diretamente relacionadas a questão colocada na presente investigação, sendo eles 8 livros, 8
Trabalhos de Conclusão de Curso -TCC, 9 Artigos científicos, 6 Legislações Educacionais. Na
sequência procedeu-se à composição e classificação dos tópicos e a redação deste estudo. A
discussão e análise de dados serão apresentados no capítulo a seguir.

4.APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS


A análise de dados será apresentada a partir dos objetivos específicos, definidos no estudo,
nas perspectivas dos autores, que tratam da Educação Infantil em seu processo histórico e da
importância das brincadeiras no processo de desenvolvimento da criança.
De acordo com Campos e Ramos (2018) a criança por um determinado tempo era percebida
como um sujeito imaturo, imperfeito, que foi pouco a pouco incluída na sociedade. Nessa mesma
vertente Bastos (2021), afirma que o infanto não recebia o cuidado, a atenção que merecia, sua
serventia era somente prestar serviço à sociedade. Na argumentação de Ariès (2006) na idade
medieval as crianças mesmo isentas do sentimento de infância, não eram negligenciadas, porém
eram vistas como adultos em miniatura, e somente por volta de o século XIV é que a família passou
a vê-las com amorosidade.
As primeiras creches foram criadas com a Revolução Industrial, com finalidade
assistencialista. Com isso, Araújo (2021) declara que tais instituições não tinham um propósito
educativo. Contudo, em sentido contrário a esta perspectiva, Khulmann Jr (1.998) afirma que o
assistencialismo tinha uma proposta educacional, dirigida para submissão das classes escolares e
para família, voltada para emancipação e criticidade. Porém, com a Constituição (BRASIL, 1988),
definiu-se que o Estado deveria garantir educação as crianças de até 5 anos de idade. A LDB
(BRASIL,1996) afirma que a Educação Infantil passa a ser reconhecida como a primeira etapa da
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Educação Básica, com o propósito de possibilitar o desenvolvimento integral da criança. Santos et


al (2020) concorda com a LDB que a Educação Infantil é importante, pois ela contribui na formação
da personalidade e aprendizagem da criança.
Reconhecendo a importância das conquistas na Educação Infantil no Brasil, as DCNEI
(BRASIL, 2009) definem as interações e brincadeira como eixos estruturantes, uma vez que nesta
legislação a criança é compreendida como um sujeito histórico e de direitos, que através das
brincadeiras expandem sua identidade. Seguindo essa linha, a BNCC (BRASIL,2018) declara as
creches e pré-escolas como locais indispensáveis para a evolução da criança, evidenciando o
brincar juntamente com as interações como eixos estruturante nessa primeira etapa de ensino, e
estabelece para essa fase seis direitos de aprendizagem e desenvolvimento.
Piaget (1982) divide o desenvolvimento infantil em 4 estágios: Sensório-motor, pré-
operatório, operatório-concreto e operatório-formal, para cada estágio há um desenvolvimento
específico sustentado pelas próprias experiências da criança. Por outro lado, Wallon (1968) coloca
que o desenvolvimento infantil se dá progressivamente entre o orgânico, social e o biológico, desse
modo Wallon assim como Piaget dividiu sua teoria em fases sendo elas: impulsivo emocional,
sensório motor e projetivo, personalismo, categorial e adolescência, porém ele diverge do
pensamento de que a criança se desenvolve de forma sequencial.
Nessa direção, Paiva (2017) ressalta que conforme as crianças crescem, as brincadeiras são
estruturadas com base no que elas podem fazer no momento. À medida que elas se desenvolvem
por meio da prática social, elas adquirem uma série de novas habilidades que as capacitam a
compreender e agir no mundo de forma mais completa. Pereira (2017) também afirma que, cada
fase tem suas características o que podem resultar em novas conquistas, avanços e saberes.
Santos (2016) afirma que a brincadeira como recurso metodológico proporciona um
aprendizado rico e prazeroso, porém faz-se necessário que o professor construa um ambiente
favorável, incluindo jogos e brincadeiras, o que viabilizará a socialização. Pacheco, Cavalcanti e
Santiago (2021) complementam o pensamento de Santos (2016) ao afirmar que o educador ao
utilizar o lúdico precisa levar em consideração a idade, a cultura e individualidade dos alunos.
Associado ao pensamento de Santos (2016), Barros e Rocha (2020) falam que a criança
compreende que os jogos e as brincadeiras são necessários para o seu desenvolvimento, à medida
que os mesmos são explorados em sala de aula. Colchesqui (2015) observa que é através do brincar
que a criança traduz as suas vivencias diárias, sua autonomia e criatividade. Gonçalves et al, (2020),
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concordam com essa lógica, quando afirmam que a autonomia e o crescimento infantil, são
resultantes das interações sociais.
Na perspectiva de Barbosa (2018), o professor ao inserir o lúdico em suas atividades está
favorecendo o saber e o desenvolvimento infantil. Nas brincadeiras de faz de conta a criança possui
liberdade para expressar seus desejos e sentimentos. Na mesma direção do pensamento de Barbosa
(2018), Longo (2017) afirma ser nas brincadeiras de faz de conta que ele transforma sua
imaginação, evolui seus pensamentos e ações.
Em referência aos jogos, Kishimoto (2017) relata que todo jogo tem regras, classificando-
os em regras implícitas e explícitas. Em consonância, Martello (2020), também os define como
algo que contêm regras e que promove a cooperação e socialização entre as crianças. Em
contrapartida Silva (2012) diz que em uma das concepções de brincadeiras, os professores e os
adultos são quem conduzem e selecionam os jogos, e os propósitos utilizados nessas atividades, o
que Waksjob (1990) intitulou como “didatização do lúdico”. Contrariando essa ideia, Silva (2012)
destaca uma outra concepção em que alguns autores defendem que as atividades lúdicas devem ser
um ato livre. Aproximando-se a esse pensamento, Longo (2017) ressalta que o brincar mesmo sem
pretensão de nada, contribui para o processo de desenvolvimento humano, uma vez que é brincando
que as crianças vão desenvolver no decorrer de sua vida habilidades relevantes, sendo assim, visto
pela autora como um facilitador no desenvolvimento infantil.

5.CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir do estudo apresentado, pode-se compreender que as brincadeiras, contribuem para
o processo de desenvolvimento da criança na Educação Infantil, nos aspectos cognitivo, afetivo,
físico e social, possuindo um papel relevante na infância.
Com essa pesquisa, contextualizando a Educação Infantil em seu processo histórico,
verificou-se o quanto a criança ganhou notoriedade na sociedade, no âmbito familiar e
principalmente na Educação. É evidente que durante a história houve um longo percurso para a
valorização da criança. Posteriormente à Constituição de 1988 surgiram outras leis que reforçaram
os direitos e valorização da criança como: o ECA (BRASIL, 1990), LDB (BRASIL 1996), o
RCNEI (BRASIL 1998) e as DCNEI (BRASIL 2009). Dentre esses direitos destaca-se o de“
brincar”.
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A pesquisa apontou que a criança passa por diferentes estágios de desenvolvimento, e para
cada estágio as brincadeiras devem ser estruturadas e reformuladas conforme suas experiências,
transformações, habilidades e até mesmo seus interesses, pois, em cada fase um novo sujeito vai
se formando, vai adquirindo autonomia, novas idéias e concepções.
Com isso, vê-se que as brincadeiras, os jogos, a ludicidade, são muito importantes e devem
ser exploradas na educação infantil. Assim, os profissionais que ali atuam devem preparar um
ambiente agradável e priorizar as brincadeiras, pois é brincando que a criança desenvolve
habilidades, como memória, coordenação motora, criatividade, concentração, autonomia, atenção,
a linguagem, etc. Nas brincadeiras, elas expõem seus sentimentos, suas emoções, medos, enfim as
brincadeiras contribuem significativamente para desenvolvimento infantil.
Assim, fica evidente que o brincar contribui para o desenvolvimento dos aspectos cognitivo,
social, físico, psicológico e motor da criança, pois a ludicidade está associada a todo processo de
desenvolvimento infantil.

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço a Deus, por me permitir chegar até aqui, sou grata a minha família
pelo constante incentivo nessa jornada.
As minhas amigas de graduação que foram meu suporte nos momentos em que pensei em
desistir.
Agradeço em especial a minha orientadora Maria Theresa de Oliveira Corrêa, por toda
paciência, confiança e amorosidade dedicados na construção deste estudo.

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