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Celita Antunes de Oliveira
Celita Antunes de Oliveira
Curso de Pedagogia
Trabalho de Conclusão de Curso
Gama-DF
2022
CELITA ANTUNES DE OLIVEIRA
Gama-DF
2022
CELITA ANTUNES DE OLIVEIRA
Banca Examinadora
Resumo
Na infância pode-se observar o quanto as brincadeiras contribuem para o desenvolvimento da
criança. deste modo, o lúdico é um recurso que deve ser estimulado na Educação Infantil e o
pedagogo precisa reconhecer a importância da utilização dessas atividades, que tanto contribuem
para o desenvolvimento integral da criança. Este trabalho de abordagem qualitativa e cunho
bibliográfico, objetivou investigar as contribuições das brincadeiras para o processo de
desenvolvimento da criança na Educação Infantil. As análises apresentaram que a criança depois
de um longo percurso teve seus valores reconhecidos e direitos conquistados, dentre eles o de
“brincar”. Identificou-se ainda que a criança passa por diversas fases de desenvolvimento, e para
cada fase as brincadeiras devem ser planejadas, conforme as experiências e interesses da mesma.
Os educadores devem priorizar o lúdico no contexto educacional infantil, pois, crianças necessitam
de uma mediação responsável e qualificada que possibilite um desenvolvimento significativo.
Através dos momentos lúdicos que se tem a oportunidade de interagir, explorar, assimilar, refletir,
ser autônomos e construir conhecimentos.
Abstract
In childhood, it can be observed how much the games contribute to the development of the child,
so, the ludic is a resource that must be stimulated in Early Childhood Education, the pedagogue
needs to recognize the importance of using these activities, which contributes so much to the
development child's entirety. This qualitative and bibliographic work aimed to investigate the
contributions of games to the process of child development in Early Childhood Education. The
analyzes showed that the child, after a long journey, had their values recognized and rights
conquered, among them that of “playing”. It was also identified that the child goes through several
stages of development, and for each stage the games must be planned, according to their
experiences and interests. Educators should prioritize play in the children's educational context,
because children need a responsible and qualified mediation that allows a significant development.
Through playful moments, one has the opportunity to interact, explore, assimilate, reflect, be
autonomous and build knowledge.
1
Graduanda do Curso de Pedagogia, do Centro Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos – Uniceplac.
E-mail: celitaantunes1@gmail.com
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1. INTRODUÇÃO
Com o passar dos anos, a Educação Infantil sofreu consideráveis mudanças, a partir do
atendimento inicial da infância brasileira e da valorização da criança e dos seus direitos. O Estatuto
da Criança e do Adolescente – ECA (BRASIL,1990) em seu Art.16, inciso IV reconhecem como
direito da criança o “brincar, praticar esportes e divertir-se”.
Assim sendo, o presente trabalho refere-se a importância das brincadeiras para o processo
de desenvolvimento da criança na Educação Infantil. A priori, o brincar possui o papel primordial
para o desenvolvimento físico, intelectual, afetivo, social e para o entendimento da criança a
respeito do mundo no qual está inserida.
O brincar é uma atitude natural da criança que está presente em seu cotidiano, sendo assim,
algo que a inspira a realizar as principais atividades com prazer. Dentro dessa lógica, as
brincadeiras, além de serem prazerosas também, possuem um papel que ultrapassa a diversão e
exercem a função condutora das capacidades inatas da criança.
Barros e Rocha (2020, p.546) compreendem que “ A vida da criança gera em torno do
brincar, e é por essa razão que a escola de educação infantil deve priorizar as atividades lúdicas”.
Ao brincar as crianças podem adquirir noções das primeiras regras sociais, assim, como ampliar
suas capacidades de interação, comunicação, praticar a autonomia, desenvolver a personalidade,
descobrir seus limites.
As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação-DCNEI em seu Art.9, inciso I
(BRASIL, 2009) citam que as interações e a brincadeira são vistas como experiências que
proporcionam o autoconhecimento e entendimento do mundo através de dinâmicas que atiçam os
sentidos, expressões, considerando os interesses da criança.
Neste sentido, Albuquerque (2020) afirma que o professor deve ser responsável por criar
estratégias de ensino e aprendizagem, além, de proporcionar um ambiente com diversos elementos,
que possam motivar as crianças a desenvolverem suas habilidades. Uma das estratégias utilizadas
nesse contexto é trabalhar com o lúdico, como prática pedagógica, aliando-se assim a
aprendizagem e o desenvolvimento dos alunos.
Para (Vygotsky,1998, p.126), “É no brinquedo que a criança aprende a agir numa esfera
cognitiva, ao invés de numa esfera visual externa, dependendo das motivações e tendências
internas, e não dos incentivos fornecidos pelos objetos externos”. Assim sendo, a ludicidade auxilia
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na maneira como a criança se expressa, fazendo com que a mesma se adeque a realidade. Outrora
que a brincadeira é um dos alicerces para o desenvolvimento psicológico da criança.
Isto posto, considerando que a finalidade da Educação Infantil é o desenvolvimento integral
da criança, surge a questão central desta pesquisa de revisão bibliográfica: Quais as contribuições
das brincadeiras para o processo de desenvolvimento da criança na Educação Infantil? Logo, o
objetivo geral deste estudo é investigar as contribuições das brincadeiras para o processo de
desenvolvimento da criança na Educação Infantil. Para tanto, os objetivos específicos são:
contextualizar a Educação Infantil em seu processo histórico, descrever acerca do processo de
desenvolvimento da criança e discorrer a respeito da utilização das brincadeiras no contexto da
Educação Infantil. Tem-se por hipótese que o brincar contribui para o aspecto cognitivo, social,
físico, afetivo, psicológico e motor.
Dessa forma, essa pesquisa, poderá auxiliar os professores na aplicabilidade de brincadeiras
com intencionalidade educativa que contribuam para o desenvolvimento da criança na Educação
Infantil. Para tanto, além desta introdução, apresenta-se um breve histórico sobre a Educação
Infantil no Brasil, descreve-se acerca do processo de desenvolvimento da criança, e discorre-se
algumas brincadeiras exploradas na Educação Infantil e as possibilidades de desenvolvimento que
elas podem promover.
Disserta-se ainda acerca dos procedimentos metodológicos onde dispõe-se a respeito da
opção metodológica, período de coleta de informações, bases de dados consultadas, quantitativo
de trabalhos selecionados, critérios de inclusão e exclusão de produções e trabalhos utilizados.
A apresentação e análise dos dados, destaca e analisa as ideias centrais que constituíram a
revisão de literatura e na sequência, apresentam-se as considerações finais, que sintetizam os
resultados obtidos por meio desta pesquisa.
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1 Contexto histórico da Educação Infantil no Brasil
Ao longo da história a infância foi esquecida e negada pela sociedade. Segundo Campos e
Ramos (2018) por diferentes tempos as crianças eram vistas como seres em formação, incompletos,
vazios e não participantes da sociedade. A noção de infância era distorcida, no qual esse período
era imperfeito e as crianças só eram introduzidas na sociedade progressivamente. Para Bastos
(2021), o infanto naquela época era semelhante ao adulto e não recebia um tratamento adequado
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para o seu desenvolvimento. Desta maneira, o único interesse era que eles servissem a sociedade,
assim como os adultos.
De acordo com Ariès (2006), no período medieval, as crianças eram diferenciadas dos
adultos apenas pela sua estatura, sendo consideradas até então, como mini adultos. Segundo este
autor, naquele período o sentimento de infância não existia. Entretanto, Ariès (2006) afirma que
nem por isto as crianças eram abandonadas ou negligenciadas. O sentimento da infância remete à
consciência das particularidades infantis, o que distingue essencialmente a criança do adulto,
destaca o autor. No século XIV, com os movimentos religiosos as famílias começam a ver as
crianças com outros olhos, esse momento foi constituído como paparicação e apego.
No século XVIII, com a Revolução Industrial, as mulheres tiveram que se inserir no
mercado de trabalho. Diante dessa situação e sem ter com quem deixar seus filhos sugiram as
primeiras instituições (creches) com intuito unicamente “assistencialista”, ou seja, não tinham o
compromisso de educar, apenas de cuidar e assim, a educação não era considerada prioridade.
Araújo (2021, p.3) acentua que “A instituição não tinha o intuito de proporcionar à criança a
criticidade e a emancipação através da educação, portanto sua qualidade de atendimento e educação
eram baixas”.
Desta forma Khulmann Jr. (1998, p. 182) afirma que:
[...] o assistencialismo, ele mesmo, foi configurado como uma proposta educacional
específica para esse setor [a infância pobre], dirigida para a submissão não só das
famílias, mas também das crianças das classes populares [...] A pedagogia das
instituições educacionais para os pobres é uma pedagogia da submissão, uma
educação assistencialista marcada pela arrogância que humilha para depois oferecer
o atendimento como dádiva, como favor aos poucos selecionados para o receber.
cujo propósito é possibilitar o desenvolvimento integral da criança. Esta legislação em seu artigo
29, prescreve que:
A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o
desenvolvimento integral da criança de até 5 (cinco) anos, em seus aspectos físico,
psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da
comunidade. (BRASIL,1996).
social, ampliando assim diversas áreas de conhecimento; explorar: diversas áreas que compõem a
vida da criança como objetos, sons, formas que ampliam a sua área de conhecimentos culturais;
expressar: de diferentes formas suas necessidades, emoções e sentimentos e conhecer-se:
desenvolver sua auto identidade, a imagem positiva de si, através de suas experiências, nas
interações e brincadeiras.(BRASIL,2018).
Nessa perspectiva, a BNCC define 5 campos de experiências que fazem parte do arranjo
curricular no qual estão inclusos situações, vivências concretas e o conhecimento das crianças,
esses campos são: O eu, o outro e o nós: a interação na qual a criança irá construir sua própria
maneira de ver e entender o mundo, agir dentro do mesmo, e através dessa vivência ela irá aprender
uma perspectiva distante da sua. Corpos, gestos e movimentos: através de atividades sensoriais, as
crianças exploram o meio onde vivem, produzindo assim, conhecimento de tudo o que o cerca e
sobre si, sobre seu social e cultural, tornando-se consciente sobre si mesmo. (BRASIL,2018).
Os demais campos são: Traços, sons, cores e formas: por meio do cotidiano da escola, as
crianças aprendem respeitar aspectos diferentes dos seus. Escuta, fala, pensamento e imaginação:
desde o princípio de sua vida a criança está submetida ao contato com sons e situações
comunicativa, criando assim, um aumento em seu vocabulário. Espaço, tempos, qualidades, relação
e transformações: ainda muito novas, as crianças buscam entender o espaço no qual estão inseridas,
uma vez que, estão sempre em contato com tempo e espaço (BRASIL, 2018).
As crianças são seres em desenvolvimento, que ao brincar ampliam conceitos, incorporam
ideias, desenvolvem a expressão verbal, reduzem a agressividade e constroem seu próprio
conhecimento nos momentos de brincadeira (Paiva, 2017).
1
A educação infantil, conforme a compreensão de Piaget, corresponde ao estágio sensório-motor (0 a 2 anos) até o
estágio pré operatório (2 a 7 anos). No entanto, para não desmembrar as ideias do autor, considerou-se descrever
todos os estágios, como forma de contribuição para a presente pesquisa.
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global. O desenvolvimento infantil é dividido em 4 estágios identificados pelo mesmo como fases
de transição, sendo elas: estágio sensório-motor; pré-operatório; operatório-concreto e estágio das
operações- formais, especificados a seguir:
No estágio sensório motor (0- 2 anos), a criança vive apenas por seus reflexos, com
movimentos voluntários e nessa fase ela pode compreender que algumas de suas atitudes podem
ter consequências. O seu desenvolvimento ocorre na área motora e sensorial. Nesse período os
comandos táteis, espacial e visual são expandidos, as crianças costumam manusear e brincar com
jogos de encaixe.
No estágio pré-operatório (2-7 anos), desenvolve-se a linguagem e a socialização. Nesta
fase a criança tem sua imaginação explorada e construída, assim como suas habilidades sociais
mediadas pelo brincar, inicia-se nessa etapa as brincadeiras de faz de conta. Nessa etapa é normal
o egocentrismo, uma vez que a criança é incapaz de ter outra perspectiva além da sua, uma outra
característica é não saber diferenciar o certo do errado.
Período operatório concreto (7-12 anos), a criança utiliza suas habilidades lógicas e
racionais, apoiando-se ainda a objetos concretos. Adquire noções de tempo e espaço, possui maior
capacidade de reconhecer seus erros e reverte-los. Isso ocorre devido a redução do seu
egocentrismo, inicia-se o processo de alfabetização e as brincadeiras em grupo (jogos de regras).
No estágio das operações formais (12 anos a cima), o pré-adolescente utiliza a capacidade
concreta e lógica, ou seja, ao se deparar com algum problema os resolve com deduções e hipóteses,
o uso da linguagem torna-se mais complexa, sua personalidade, autonomia, senso crítico vão
construindo-se gradativamente.
Paiva (2017, p.18) ressalta que:
Quando a criança está em desenvolvimento, sua brincadeira vai se estruturando
com base no que é capaz de fazer em cada momento. Ao longo do
desenvolvimento, as crianças vão adquirindo novas e diferentes competências, no
contexto das práticas sociais, que irão lhes permitir compreender e atuar de forma
mais ampla no mundo.
2
A educação infantil, segundo Wallon, compreende ao estágio I, impulsivo-emocional (0 a 1 ano), até o estágio 3 (3
a 6 anos), com o intuito de não fracionar as definições do autor, considerou-se todos os estágios.
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feito as crianças replicam seu cotidiano. O brincar atua de modo direto na evolução de
aprendizagem da criança e promove o desenvolvimento da autorreflexão, independência e
criatividade estabelecendo, desta forma uma relação estreita entre jogo e aprendizagem
(COLCHESQUI, 2015).
O lúdico é uma metodologia que representa um recurso importante para a educação infantil,
por possuir como estratégia a abordagem de conteúdos de forma dinâmica e criativa, se aliando
assim a metodologia tradicional, que para muitos estaria engessada e obsoleta e, atuando como
facilitadora do processo de aprendizagem da criança (SILVA, 2021).
De acordo com Barbosa (2018, p.31) “O professor tem procurado inserir no universo
escolar, brincadeiras que aumentem o potencial e a criatividade da criança”. Ou seja, implementar
nas escolas brincadeiras tradicionais, tais como: dança das cadeiras, jogos de tabuleiro, brincadeiras
de faz de conta, amarelinha, trava-língua, mímica e outras mais.
Continuando com Barbosa (2018, p.32) “O Brincar e o faz de conta é algo muito importante
para trabalhar seus sentimentos e pode-se dizer que se formula como a de uma autoterapia, que
através dela se desenvolvem, mentalmente e socialmente”. Ou seja, as brincadeiras de faz de conta
são bastante requisitadas no universo infantil, pois elas possuem valores significativos da
linguagem e na capacidade de representar simbolicamente os desejos internos da criança, os medos
e as interações sociais. Segundo Longo (2017, p.31) “As transformações que ocorrem na criança e
o desenvolvimento obtido em uma brincadeira de faz de conta estão diretamente ligadas a evolução
do pensar e agir do ser humano ao longo de sua vida ”.
Nas brincadeiras de mímica desenvolvem-se habilidades, como expressão artística,
motricidade, ritmo, capacidade de transmitir emoções, melhora a concentração, a consciência
corporal, favorece a socialização da criança, uma vez que está a todo momento em interação com
outras crianças. Nesse contexto, “A convivência com outras crianças pode ser muito
enriquecedora, pois elas estimulam e fortalecem tanto a autonomia quanto o crescimento”.
(GONÇALVES et al ,2020, p.622). O professor, nesse processo tem a oportunidade de através da
ludicidade inserir atividades que favoreçam o processo de desenvolvimento e conhecimento.
Mediante aos momentos lúdicos tem-se a oportunidade de interagir, ampliar ideias, explorar,
assimilar e refletir. (BARBOSA,2018).
Nesse contexto, o educador como mediador deve ter consciência do intuito do lúdico nas
brincadeiras. O profissional deve preparar estratégias pedagógicas que favoreçam a utilização desse
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3.PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A pesquisa apresentada é de abordagem qualitativa desenvolvida por meio de uma revisão
bibliográfica focado em apresentar as contribuições das brincadeiras para o processo de
desenvolvimento da criança na educação infantil. De acordo com Marconi e Lakatos (2017), os
métodos qualitativos visam uma análise e interpretação mais aprofundada, na medida em que
descrevem a complexidade do comportamento humano e fornecem dados detalhados sobre
pesquisas e tendências.
Segundo Gil (2019), uma pesquisa bibliográfica decorre da coleta e análise do número de
publicações já elaboradas, que permitirá que os pesquisadores aprofundem seus conhecimentos
sobre o assunto por meio de livros, revistas, artigos científicos, e-books e sites, na qual buscou-se,
investigar as contribuições das brincadeiras para o processo de desenvolvimento da criança na
Educação Infantil. Tendo por hipótese, que o brincar pode contribuir para o desenvolvimento dos
aspectos cognitivo, social, físico, psicológico e motor.
Logo, a presente pesquisa ocorreu no período compreendido entre agosto de 2022 a
novembro de 2022. Para tanto, foram consultadas produções acadêmicas relacionados ao tema da
pesquisa, sendo preciso recorrer as seguintes bases de busca de dados: Google acadêmico, Publish
or Perich, livros digitais e físicos, Repositório e trabalhos expostos em Revista Inter Ação, Revista
Científica eletrônica de Pedagogia, Revista Tempos e Espaços em Educação, Revista Ibero-
Americana de Humanidades, Ciências e Educação, Revista Multidebates. Para a execução destas
buscas foram empregues as seguintes palavras-chaves: Brincadeiras; Educação Infantil;
Desenvolvimento; Criança.
Foram também considerados trabalhos publicados no período de 2015 a 2022, livros
publicados entre 2006 a 2019, dentre eles, clássicos do ano de 1968 e 1982. Considerou-se
igualmente a legislação educacional atual que aborda direta ou indiretamente a importância das
brincadeiras para o processo de desenvolvimento da criança na Educação Infantil.
A princípio foram selecionados 51 trabalhos relacionados à temática, publicados entre os
14
anos de 2014 a 2022, sendo eles,17 artigos científicos, 9 livros, 4 teses de doutorado,15 trabalhos
de conclusão de curso -TCC, e legislação educacional.
Foram ainda usados por critérios de inclusão os materiais recentes relacionados a temática
da pesquisa e publicados no período de 2015 a 2022, encontrados em periódicos, repositórios
institucionais, biblioteca-Uniceplac, sites do Ministério da Educação -MEC. Foram excluídos, os
materiais que não abordavam os objetivos da pesquisa em questão, publicações de blog e
publicações acadêmicas anteriores a 2015.
Após a identificação, leitura e análise das produções acima, foram elegidas 31 publicações
diretamente relacionadas a questão colocada na presente investigação, sendo eles 8 livros, 8
Trabalhos de Conclusão de Curso -TCC, 9 Artigos científicos, 6 Legislações Educacionais. Na
sequência procedeu-se à composição e classificação dos tópicos e a redação deste estudo. A
discussão e análise de dados serão apresentados no capítulo a seguir.
concordam com essa lógica, quando afirmam que a autonomia e o crescimento infantil, são
resultantes das interações sociais.
Na perspectiva de Barbosa (2018), o professor ao inserir o lúdico em suas atividades está
favorecendo o saber e o desenvolvimento infantil. Nas brincadeiras de faz de conta a criança possui
liberdade para expressar seus desejos e sentimentos. Na mesma direção do pensamento de Barbosa
(2018), Longo (2017) afirma ser nas brincadeiras de faz de conta que ele transforma sua
imaginação, evolui seus pensamentos e ações.
Em referência aos jogos, Kishimoto (2017) relata que todo jogo tem regras, classificando-
os em regras implícitas e explícitas. Em consonância, Martello (2020), também os define como
algo que contêm regras e que promove a cooperação e socialização entre as crianças. Em
contrapartida Silva (2012) diz que em uma das concepções de brincadeiras, os professores e os
adultos são quem conduzem e selecionam os jogos, e os propósitos utilizados nessas atividades, o
que Waksjob (1990) intitulou como “didatização do lúdico”. Contrariando essa ideia, Silva (2012)
destaca uma outra concepção em que alguns autores defendem que as atividades lúdicas devem ser
um ato livre. Aproximando-se a esse pensamento, Longo (2017) ressalta que o brincar mesmo sem
pretensão de nada, contribui para o processo de desenvolvimento humano, uma vez que é brincando
que as crianças vão desenvolver no decorrer de sua vida habilidades relevantes, sendo assim, visto
pela autora como um facilitador no desenvolvimento infantil.
5.CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir do estudo apresentado, pode-se compreender que as brincadeiras, contribuem para
o processo de desenvolvimento da criança na Educação Infantil, nos aspectos cognitivo, afetivo,
físico e social, possuindo um papel relevante na infância.
Com essa pesquisa, contextualizando a Educação Infantil em seu processo histórico,
verificou-se o quanto a criança ganhou notoriedade na sociedade, no âmbito familiar e
principalmente na Educação. É evidente que durante a história houve um longo percurso para a
valorização da criança. Posteriormente à Constituição de 1988 surgiram outras leis que reforçaram
os direitos e valorização da criança como: o ECA (BRASIL, 1990), LDB (BRASIL 1996), o
RCNEI (BRASIL 1998) e as DCNEI (BRASIL 2009). Dentre esses direitos destaca-se o de“
brincar”.
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A pesquisa apontou que a criança passa por diferentes estágios de desenvolvimento, e para
cada estágio as brincadeiras devem ser estruturadas e reformuladas conforme suas experiências,
transformações, habilidades e até mesmo seus interesses, pois, em cada fase um novo sujeito vai
se formando, vai adquirindo autonomia, novas idéias e concepções.
Com isso, vê-se que as brincadeiras, os jogos, a ludicidade, são muito importantes e devem
ser exploradas na educação infantil. Assim, os profissionais que ali atuam devem preparar um
ambiente agradável e priorizar as brincadeiras, pois é brincando que a criança desenvolve
habilidades, como memória, coordenação motora, criatividade, concentração, autonomia, atenção,
a linguagem, etc. Nas brincadeiras, elas expõem seus sentimentos, suas emoções, medos, enfim as
brincadeiras contribuem significativamente para desenvolvimento infantil.
Assim, fica evidente que o brincar contribui para o desenvolvimento dos aspectos cognitivo,
social, físico, psicológico e motor da criança, pois a ludicidade está associada a todo processo de
desenvolvimento infantil.
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AGRADECIMENTOS
Primeiramente agradeço a Deus, por me permitir chegar até aqui, sou grata a minha família
pelo constante incentivo nessa jornada.
As minhas amigas de graduação que foram meu suporte nos momentos em que pensei em
desistir.
Agradeço em especial a minha orientadora Maria Theresa de Oliveira Corrêa, por toda
paciência, confiança e amorosidade dedicados na construção deste estudo.