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 Teocentrismo:

 Concílio de Nicéia (325): definição do cristianismo


De acordo com eles, Jesus deveria ser visto como o verdadeiro Deus. Esse posicionamento foi
embasado pela forma como Cristo é apresentado na Bíblia, que contém as bases de
transmissão da crença cristã elaboradas pelos apóstolos. (indo contra as ideias arianistas)

Promulgação dos cânones da Igreja. Basicamente, eles são leis imutáveis que estruturam o
sistema de crença. Além disso, a assembleia dos bispos definiu que a Páscoa deveria ser
celebrada no primeiro domingo após a primeira lua cheia da primavera.

 Reforma educacional:

 Império Carolíngio
Carlos Magno preocupou-se em preservar a cultura greco-romana, investiu na
construção de escolas, criou um novo sistema monetário e estimulou o desenvolvimento
das artes. Graças a estes avanços, o período ficou conhecido como o Renascimento
Carolíngio.

O monge inglês Alcuíno foi o responsável pelo desenvolvimento do projeto escolar de


Carlos Magno. A manutenção dos conhecimentos clássicos (gregos e romanos) tornou-
se o objetivo principal desta reforma educacional. As escolas funcionavam junto aos
mosteiros (escolas monacais), aos bispados (escolas catedrais) ou às cortes (escolas
palatinas).

Estas escolas eram frequentadas, sem distinção de tratamento, por meninos de famílias
pobres e por filhos de nobres. Nelas eram ensinadas as sete artes liberais: aritmética,
geometria, astronomia, música, gramática, retórica e dialética.

Doação de Constantino (337)


Os clérigos da alta cúpula cristã apresentaram a chamada Doação de Constantino, um
documento de 337 onde o imperador romano de mesmo nome teria reservado todo o
Império Romano do Ocidente para a Igreja. Apesar de não ter assumido os reinos
europeus diretamente, esse mesmo documento teve grande força política para expressar
a influência dos chefes cristãos frente os reinos que se organizavam naquele tempo.

É assim que vemos, entre outros argumentos, de que modo a Igreja acumulou seu poder
de interferência em questões políticas da Europa. Contudo, o peso desse documento
acabou sendo desmascarado no século XV, quando o estudioso Lorenzo Valla
apresentou uma série de documentos que comprovaria a falsidade do tempo em que o
documento da doação teria sido feita.

Trégua de Deus e Paz de Deus:

Face a esta insegurança, a Igreja, principalmente a de França, onde a situação era pior, avança
com um movimento de reforma espiritual, procurando conter os numerosos abusos praticados,
baseados na lei do mais forte. Procurava também, transformar as igrejas e mosteiros em locais
de asilo, onde a violência não poderia entrar, e moderar as actividades militares.
Para isso, avança com dois movimentos ideológicos: a “Paz de Deus”, que nasce em Puy, no
ano de 900, onde se proíbe o ataque às populações desprevenidas e aos bens da Igreja, e, mais
tarde, pelo concílio de Elne, em 1027, a “Trégua de Deus”, interditando a acção guerreira entre
sexta-feira e segunda, em comemoração do tempo pascal, vindo a ser promulgados pelo Papa
em 1095.

Em alguns momentos, a situação entre imperadores e papas chegou a gerar enormes


tensões. Com o Sacro Império Romano-Germânico, alguns dos imperadores tentaram
exercer influência sobre o clero, interferindo inclusive na nomeação de cargos dentro da
Igreja. A rejeição da Igreja às propostas dos imperadores provocou a chamada Querela
das Investiduras, isto é, disputas entre papas e imperadores com relação ao direito de
investir (nomear e autorizar) clérigos e nobres.

Reforma Gregoriana

Um dos principais momentos dessa querela foi a Reforma Gregoriana, ocorrida no


século XI. Essa reforma levou esse nome em referência ao Papa Gregório VII (1020-
1085), que elaborou um programa de regulamentações do pontificado católico. As
principais diretrizes da reforma de Gregório VII foram redigidas no famoso
documento intitulado Dictatus Papae (Ditos do Papa). Essas diretrizes passaram a ser o
molde de várias alterações que foram feitas pela Igreja Católica e articuladas com os
imperadores até 1215 com o IV Concílio de Latrão.

Entre essas diretrizes, estavam: um estabelecimento claro das diferenças de papeis entre
os leigos (pessoas não ordenadas ao sacerdócio da Igreja) e clérigos — essa primeira
diretriz reforçava a instituição do celibato clerical (os padres não podiam contrair
matrimônio ou manter relações sexuais), que vigorava desde o século IV; a instituição
dos sete sacramentos: batismo, crisma, eucaristia, ordem (apenas para clérigos),
casamento (apenas para leigos), confissão e unção dos enfermos. Essa última diretriz
visava também à orientação espiritual durante toda a vida do fiel católico a fim de torná-
lo cônscio do papel da Igreja como “corpo de Cristo” na Terra. Além disso, houve o
reconhecimento das ordens monásticas mendicantes, como os franciscanos e
dominicanos.

CRUZADAS
Como foi dito anteriormente, o mundo cristão se encontrava dividido. Por não concordarem
com alguns dogmas da Igreja Romana (adoração a santos, cobrança de indulgências, etc.), os
católicos do Oriente fundaram a Igreja Ortodoxa. Jerusalém, a Terra Santa, pertencia ao
domínio árabe e até o século XI eles permitiram as peregrinações cristãs à Terra Santa. Mas no
final do século XI, povos da Ásia Central, os turcos seldjúcidas, tomaram Jerusalém.
Convertidos ao islamismo, os seldjúcidas eram bastante intolerantes e proibiram o acesso dos
cristãos a Jerusalém.

Em 1095, o papa Urbano II convocou expedições com o intuito de retomar a Terra Sagrada. Os
cruzados (como ficaram conhecidos os expedidores) receberam esse nome por carregarem
uma grande cruz, principal símbolo do cristianismo, estampada nas vestimentas. Em troca da
participação, ganhariam o perdão de seus pecados.
A Igreja não era a única interessada no êxito dessas expedições: a nobreza feudal tinha
interesse na conquista de novas terras; cidades mercantilistas como Veneza e Gênova
deslumbravam com a possibilidade de ampliar seus negócios até o Oriente e todos estavam
interessados nas especiarias orientais, pelo seu alto valor, como: pimenta-do-reino, cravo, noz-
moscada, canela e outros. Movidas pela fé e pela ambição, entre os séculos XI e XIII, partiram
para o Oriente oito Cruzadas.

A primeira (1096 – 1099) não tinha participação de nenhum rei. Formada por cavaleiros da
nobreza, em julho de 1099, tomaram Jerusalém. A segunda (1147 – 1149) fracassou em razão
das discordâncias entre seus líderes Luís VII, da França, e Conrado III, do Sacro Império. Em
1189, Jerusalém foi retomada pelo sultão muçulmano Saladino. A terceira cruzada (1189 –
1192), conhecida como ‘”Cruzada dos Reis”, contou com a participação do rei inglês Ricardo
Coração de Leão, do rei francês Filipe Augusto e do rei Frederico Barbarruiva, do Sacro
Império. Nessa cruzada foi firmado um acordo de paz entre Ricardo e Saladino, autorizando os
cristãos a fazerem peregrinações a Jerusalém. A quarta cruzada (1202 – 1204) foi financiada
pelos venezianos, interessados nas relações comerciais. A quinta (1217 – 1221), liderada por
João de Brienne, fracassou ao ficar isolada pelas enchentes do Rio Nilo, no Egito. A sexta (1228
– 1229) ficou marcada por ter retomado Jerusalém, Belém e Nazaré, cidades invadidas pelos
turcos. A sétima (1248 – 1250) foi comandada pelo rei francês Luís IX e pretendia, novamente,
tomar Jerusalém, mais uma vez retomada pelos turcos. A oitava (1270) e última cruzada foi um
fracasso total. Os cristãos não criaram raízes entre a população local e sucumbiram.

As Cruzadas não conseguiram seus principais objetivos, mas tiveram outras consequências
como o enfraquecimento da aristocracia feudal, o fortalecimento do poder real, a expansão do
mercado e o enriquecimento do Oriente.

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