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ALUNA: PAOLA DA COSTA DUARTE QUINTANILHA

MATRICULA: 1190200953

AO DOUTO JUÍZO DA 80ª VARA DO TRABALHO DE CUIABÁ – MT

Processo nº: ...

TECELAGEM FIO DE OURO S/A. pessoa jurídica de direito privado, inscrito no


CNPJ sob nº xxxxxxxxxx, representado por seu sócio gerente, endereço eletrônico
xxxxxxxx, com sede na rua xxxxxx, nº xxxx, cep xxxxxx-xxx, (cidade), (estado), vem
respeitosamente perante Vossa Excelência, por seu advogado infra -assinado,
endereço eletrônico xxxxxxxx, com endereço profissional à xxxxxx,
tempestivamente, apresentar sua

CONTESTAÇÃO

com base nos artigos 847 da CLT C/C o artigo 300 do CPC, às alegações
formuladas por JOANA DA SILVA, já qualificada nos autos da Reclamação
Trabalhista, pelas relevantes razões de fato e de direito que passa a expor:

I-DA SÍNTESE DA PETIÇÃO INICIAL

Joana requereu da ex-empregadora o pagamento de indenização por dano


moral, alegando ser vítima de doença profissional, já que o mobiliário da empresa,
segundo diz, não respeitava as normas de ergonomia, disse, ainda, que a empresa
fornecia plano odontológico gratuitamente, requerendo, então, a sua integração,
para todos os fins, como salário utilidade. Afirma que, nos últimos dois anos, a
sociedade empresária fornecia a todos os empregados, uma cesta básica mensal,
suprimida a partir de 1 de agosto de 2018, violando o direito adquirido, pelo que
requer o seu pagamento nos meses de agosto e setembro de 2018. No ano de
2018, permanecia duas vezes na mesma semana, por mais de uma hora na sede da
sociedade empresarial para participar de um culto ecumênico, caracterizado tempo à
disposição do empregador, que deve ser remunerado como hora extra, o que
requereu. Afirma ter sido coagida moralmente a pedir demissão, pois, se não o
fizesse, a sociedade empresária alegaria por justa causa, apesar de ela nada ter
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feito de errado. Assim, requer a anulação do pedido de demissão e os pagamentos


do direito sendo como uma dispensa sem justa causa. Reclama ainda que foi
contratada como cozinheira, mas que era obrigada, desde o início do contrato, após
preparar os alimentos, a colocá-los em uma bandeja e levar a refeição para os 5
empregados do setor. Esse procedimento caracteriza acúmulo funcional com
atividade de garçom, pelo que requer o pagamento de um ajuste de 30% sobre seu
salário Formulou um pedido de adicional de periculosidade, juntou também, com a
petição inicial, os laudos de ressonância magnética da coluna vertebral com o
diagnóstico de doença degenerativa, e a cópia do cartão do plano odonto lógico, que
lhe foi entregue pela sua empresa na admissão. Juntou ainda, a cópia da convenção
coletiva que vigorou de julho 2016 a julho de 2018, na qual consta a obrigação de os
empregadores fornecerem uma cesta básica aos seus colaboradores a cada mês, e,
como não foi entabulada a nova convenção desde então, advoga que a anterior se
prorrogou automaticamente. Por fim, juntou a circular da empresa que informava a
todos os empregados que eles poderiam participar de um culto na empresa, que
ocorreria todos os dias ao fim do expediente.

II-DA PRELIMINAR DE INÉPCIA AO PEDIDO DE ADICIONAL DE


PERICULOSIDADE.

Requer o reconhecimento da inépcia ao pedido de adicional de


periculosidade, com a extinção do processo sem resolução do mérito a esse pleito,
na formado art. 330, §1º, inciso I, e do art. 485, inciso I, ambos do CPC.

III-DA PRESCRIÇÃO QUINQUENAL

A reclamante trabalhou para a reclamada no período de 10/08/2018 a


29/09/2018, tendo distribuído a presente ação aos 15/10/2018.A reclamada, arguiu
nessa a oportunidade a prescrição quinquenal prevista no art. 7º, inciso XXIX, da
CF/88 em relação a qualquer direito anterior a 15/10/2013.Assim se algum valor for
devido ao reclamante, o que aqui admite-se em observância ao princípio da
eventualidade, somente poderá ser deferido ao período imprescrito.

IV- DA INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS.


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Podemos verificar que a doença degenerativa não é considerada doença


profissional, nem ao menos doença do trabalho, conforme art. 20, § 1º, alínea a), da
lei nº8.213/91, não sendo devido o pagamento da indenização por dano moral.

V- DO PLANO ODONTOLÓGICO

Com relação ao plano odontológico, não se caracteriza salário utilidade por


expressa vedação legal, na forma do art. 458, §2, inciso IV e §5, da CLT, motivo
pelo qual não poderá ser integrado ao salário.

VI- DA CESTA BÁSICA

De simples análise, concluímos que a norma coletiva juntada não possui


ultratividade, a forma do art.614, §3, da CLT.

VII- DA PRÁTICA RELIGIOSA DENTRO DA EMPRESA

A empresa convidou todos os empregados para participarem voluntariamente


das práticas religiosas que ocorreriam dentro da empresa e, não caracteriza, na
forma do art. 4º, §2, inciso I, da CLT.

VIII- DA CARTA DE DEEMISSÃO

Não houve nenhum tipo de coação no pedido de demissão e o ônus de provar


o alegado vicio de consentimento pertence à autora, na forma do art. 818, inciso I,
da CLT e do art. 373, inciso I, do CPC. Alternativamente, será aceita a tese de negar
a prática de qualquer ato ilícito capaz de provocar danos, conforme art. 186 e 927
CC.

IX- DO ACÚMULO DE FUNÇÃO

Com relação ao pedido de acúmulo de função, deve ser negado, pois


atividade desempenhada era compatível com sua condição pessoal e profissional,
na forma do art. 456, parágrafo único, da CLT.

X- DA COMPENSAÇÃO E DEDUÇÃO FISCAL E PREVIDENCIÁRIA

Caso ocorra a condenação, que sejam já pagos e devidamente compensados


a títulos fiscais e previdenciários.
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XI- DOS REQUERIMENTOS FINAIS

Isto, posto aguarde-se o acolhimento das preliminares arguidas, ou no mérito


deve a reclamação trabalhista ser julgada improcedente, condenando o
reclamante ao pagamento de custas processuais.

XII- DAS PROVAS

Requer provar o alegado por todos os meios e provas em direito


admitidos,especialmente pelo depoimento pessoal do representante legal do
reclamado, sob pena de confissão; oitiva de testemunhas e as demais que se
fizerem necessárias no curso da lide.

Termos em que,

Pede deferimento

Local/data

Advogado. OAB. Nº

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