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PEDRO TOMÉ ANTÓNIO DIAS

TEMA

AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DE MÉTODOS ALTERNATIVOS E QUÍMICOS


NO CONTROLO DE PRAGAS E FITOPATÓGENOS NA CULTURA DE
REPOLHO (BRASSICA OLERACEA VAR. CAPITATA), NAS CONDIÇÕES
EDAFO-CLIMATICA DO DISTRITO DE LICHINGA.

Universidade Rovuma

Extensão de Niassa

2022
PEDRO TOMÉ ANTÓNIO DIAS

AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DE MÉTODOS ALTERNATIVOS E QUÍMICOS NO


CONTROLO DE PRAGAS E FITOPATÓGENOS NA CULTURA DE REPOLHO
(BRASSICA OLERACEA VAR. CAPITATA), NAS CONDIÇÕES EDAFO-CLIMATICA
DO DISTRITO DE LICHINGA.

Projeto de pesquisa, a ser submetida à Faculdade de Ciências


Alimentares e Agrária, universidade Rovuma como requisito
parcial para o ambito avaliativo na cadeira de Metodologia de
Investigação Cientifica, orientado pelo, Msc. Zito Antonio

Universidade Rovuma

Extensão de Niassa

2022
SUMÁRIO
1.INTRODUÇÃO..........................................................................................................................................1

1.1.Problema de estudo:.................................................................................................................................2

1.2.Justificativo do problema.........................................................................................................................2

1.4. Objectivos...............................................................................................................................................3

1.4.1. Objectivo Geral....................................................................................................................................3

1.4.2. Objectivos Específicos.........................................................................................................................3

2.REVISÃO DE LITERATURA...................................................................................................................4

2.1. Generalidade...........................................................................................................................................4

2.2. Clima......................................................................................................................................................6

2.3. Solo........................................................................................................................................................6

2.4. Sementeira..............................................................................................................................................6

2.5. Transplante.............................................................................................................................................6

2.6. Irrigação.................................................................................................................................................7

2.7. Pragas....................................................................................................................................................7

2.8. Doenças..................................................................................................................................................7

2.9. Adubação................................................................................................................................................7

2.10. Colheita................................................................................................................................................8

3. METODOLOGIA......................................................................................................................................9

3.1. Localização Geográfica..........................................................................................................................9

3.2.1. Clima...................................................................................................................................................9

3.2.3. Solos..................................................................................................................................................10

3.2.4. Precipitação.......................................................................................................................................10

3.3. Fontes de Consultas..............................................................................................................................10

3.4. Materiais...............................................................................................................................................10
3.4. Método.................................................................................................................................................11

3.5. Descrição de metodologia.....................................................................................................................11

3.5.1. Delineamento experimental...............................................................................................................11

3.6. Descrição dos tratamentos em cada bloco.............................................................................................12

3.7.1. Preparação do solo.............................................................................................................................13

3.7.3.Transplante.........................................................................................................................................14

3.7.4.Retancha.............................................................................................................................................14

3.7.5.Adubação............................................................................................................................................14

3.7.6.Sacha..................................................................................................................................................14

3.7.7.Rega....................................................................................................................................................14

3.7.8.Colheita..............................................................................................................................................15

3.8.Variáveis em estudo...............................................................................................................................15

3.9.Análise de dados....................................................................................................................................16

4.RESULTADOS ESPERADOS.................................................................................................................17

5.CRONOGRAMA DAS ACTIVIDADES.................................................................................................18

6.PLANO ORÇAMENTAL........................................................................................................................19

7.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................................................20
1. INTRODUÇÃO

O repolho (Brassica oleracea var. capitata) pertence à família Brassicaceae, sendo uma
espécie herbácea que possui a característica das folhas aparecerem encaixadas umas nas outras,
formando o que é designado como uma “cabeça” compacta. Entretanto, com o tempo, foram
obtidas cultivares adaptadas a temperaturas elevadas, ampliando consequentemente os períodos
de plantio e de colheita (Filgueira, 2013).

Segundo Cassol, Lenhardt e Gabriel (2017), a produção do repolho tem se destacado


pela grande importância sócio-económica, pois exige mão-de-obra intensiva em pequenas áreas
de cultivo, sendo muito produzidas principalmente por agricultores familiares. Assim, a análise
de custos na produção de repolho pode ajudar os agricultores a ter conhecimento do custo-
benefício. Muitos produzem repolho, mas ao final da colheita não sabem ao certo se a receita
final gerou lucro ou prejuízo.

É um alimento depurativo do sangue e, por isso, indicado para os anémicos, desnutridos


e debilitados. Estimula a digestão e o bom funcionamento de todos os órgãos do aparelho
digestivo, e auxilia no combate à tuberculose. A cultura do repolho, como qualquer outra
hortícola, apresenta importância social devido ao número de empregos gerados em
consequência da alta exigência de mão-de-obra. Estima-se que cada hectare plantado com
hortícolas possa gerar em média, entre 3 a 6 empregos directos e um número idêntico de
indirectos (Melo & Vilela, 2007).

Segundo Boiça Júnior et.al., (2005) “ O uso de insecticidas químicos é a principal


forma de controlo das pragas que assolam a Cultura de repolho ao nível mundial e em
particular a vila Ulónguè”.

Contudo, repetidas pulverizações de insecticidas químicos são Indesejáveis uma vez


que podem aumentar o custo da produção, causando efeitos adversos ao Agro-ecossistema,
deixar resíduos nos alimentos, seleccionar populações de pragas resistentes aos princípios
activos dos produtos, além de causar mortalidade dos inimigos naturais da praga ( Boiça Júnior
et al., 2005).
1.1. Delimitação do tema
Esta pesquisa realizar-se-á no Distrito de Lichinga, limitando-se a Avaliar a eficiência de
método alternativo e Químico no controlo de pragas e fitopatógenos na cultura de repolho de
Lichinga

1.1.1. Problema de estudo


A provincia de Niassa principalmente o distrito de Lichinga possui enormes
potencialidades para a produção de várias culturas e no caso da cultura de repolho, devido a
susceptibilidade de ataques de pragas tem se verificado uma tendência ao uso massivo e
frequente de insecticidas químicos. A insuficiência de conhecimento de efeitos de insecticidas
químicos, acabam afectando negativamente os custos de produção e causando desequilíbrio nos
ecossistemas tanto como a saúde pública e a de próprio produtor. Nesse sentido formula-se o
seguinte problema:

Qual será a influência de uso de diferentes métodos de controlo de pragas e fitopatogenos na


cultura de repolho nas condições edafo-climáticas de Lichinga?

Na sequência surge a necessidade de encontrar métodos alternativos capazes de


controlar as pragas e sem aumentar os custos de produção garantindo uma maior estabilidade
dos ecossistemas Agrários.

1.1.2. Justificativa do problema

Em Moçambique tem sido frequente a produção de repolho em pequenas propriedades,


próximos das fontes de água, como rios e poços, facto este que não justifica o uso excessivo
dos insecticidas pós contribuem assim negativamente para a saúde pública. A utilização de
insecticidas químicos têm aumentado a preocupação com relação à poluição do lençol freático,
contaminação de solos, existência de resíduos químicos em alimentos, contaminação de água

2
potável, e intoxicações por substâncias químicas e poluentes orgânicos persistentes. Embora o
modelo agrícola convencional tem contribuído para os sucessivos recordes de produtividade
agrícola, não se traduziu num modelo sustentável (Alencar et. al., 2013).

Para minimizar os efeitos negativos que os insecticidas químicos podem causar, na


cadeia produtiva de repolho, houve a necessidade de se procurar métodos alternativos capazes
de controlar as pragas e os fitopatógenos, contribuindo para a sustentabilidade dos ecossistemas
Agrários.

Segundo Castelo Branco & Guimarães (2015), “relatam que o método alternativo de
controlo de pragas trás vantagens de retardar populações de insectos resistentes e redução do
custo de produção no número de aplicações, reduzindo também a contaminação ambiental”.

O controlo alternativo de pragas e fitopatogenos é um dos principais entraves da agro-ecologia,


tendo em vista que a sustentabilidade agrícola implica, necessariamente, em resolver esses
problemas, visando à conservação dos recursos naturais e o aumento da biodiversidade nos
diversos modelos de cultivos (Prates Júnior; Oliveira; Barbosa, 2011).

1.2. Hipóteses
 H0 (hipótese nula): As variações dos métodos de controlo alternativo de pragas e
fitopatógenos não têm influência sobre o rendimento da cultura de repolho.

 H1 (hipótese alternativa): As variações dos métodos de controlo alternativo de pragas e


fitopatógenos têm influência sobre o rendimento da cultura de repolho.

1.4. Objectivos
1.4.1. Objectivo Geral
 Avaliar a eficiência de método alternativo e Químico no controlo de pragas e
fitopatógenos na cultura de repolho.

1.4.2. Objectivos Específicos


 Descrever os efeitos do método alternativo e Químico no controlo de pragas
fitopatógenos sobre o rendimento na cultura de repolho;
 Determinar a produtividade sobre os métodos de controlo Alternativo e Químico;
 Avaliar a relação entre a infestação e Rendimento.

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2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1. Generalidade

Segundo Filgueira (2008). “A planta de repolho é herbácea, formada por inúmeras


folhas arredondadas e cerosas que se imbricam, dando origem a uma cabeça compacta, que
constitui a parte comestível da planta”.

Entre as várias hortaliças ofertadas as comunidades, o repolho é a hortaliça de maior


importância económica entre as variedades botânicas da espécie Brassica oleracea. É
considerada uma das hortaliças mais eficientes na produção de alimento, devido à alta taxa de
crescimento, além de ter alto valor nutritivo, sobretudo pelo teor de cálcio e de vitamina C. O
sistema de produção de repolho tradicionalmente utilizado pelas comunidades é baseado no
preparo de solo por meio de aração e gradagem sucessivas, muitas vezes seguidas de
encanteiramento, mesmo em terrenos declivosos. (França, 2007).

O repolho é originário da Costa Norte Mediterrânea, Ásia Menor e Costa Ocidental


Europeia. Em sua forma selvagem, o repolho era utilizado pelos egípcios, sendo que o seu uso
generalizou-se com as invasões arianas entre 2000 e 2500 aC. Acredita-se que o repolho tenha
sido introduzido na Europa pelos celtas no século IX. Na América, o repolho foi trazido pelos
conquistadores europeus por volta do século XV. A planta de repolho é herbácea, formada por
inúmeras folhas arredondadas e cerosas que se imbricam, dando origem a uma cabeça
compacta, que constitui a parte comestível da planta (Filgueira, 2008; Tivelli & Purquerio,
2005).

Em Moçambique, a produção de repolho iniciou a um grande incremento nos princípios


de década 70, desenvolvida por produtores portugueses e chineses. São conhecidas as várias
razões do incremento da produção das hortaliças, principalmente o repolho, couve, etc. Dentre
quais pode-se citar: área de produção, volume de produção e pelo consumo. Actualmente,
estimativas de rendimentos obtidos em Moçambique rondam nas 24 toneladas por hectare
(Jaime, 2016 apud. FAO, 2012).

O repolho (Brassica oleracea L. var. capitata) é uma hortaliça pertencente à família


Brassicaceae. Suas folhas são arredondadas e cerosas, sendo que as folhas centrais ficam
dispostas umas sobre às outras, formando uma cabeça compacta. O caule é curto, não

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apresentando ramificações. O sistema radicular pode atingir até 1,5 m de profundidade, no
entanto, a maioria das raízes concentra-se nos primeiros 30 cm do solo. Do centro da cabeça,
emerge o pendão floral, onde se formam pequenas vagens, que se abrem, quando secas,
expondo as sementes. É uma cultura que tem seu melhor desenvolvimento em regiões de clima
frio e temperaturas amenas, podendo variar entre 15° e 25 °C (FAO 2012).

Entre os objectivos deste maneio cultural tem-se: redução do ciclo; melhora da cobertura e
protecção do solo; redução da infestação do cultivo por plantas daninhas; aumento da eficiência
no aproveitamento de insumos aplicados (fertilizantes e agro-tóxicos) e recursos disponíveis
(água, luz e área); redução do tamanho do produto a ser comercializado e aumento de
produtividade. Entretanto, se as plantas estiverem muito próximas e a folhagem se sobrepor em
grande extensão, nestes lugares a fotossíntese será deficiente e, consequentemente, a
produtividade da cultura será reduzida (Barros at. al. 2013).

O ataque de insectos na Cultura de repolho constitui um problema que se agrava cada vez mais
devido, principalmente, ao desconhecimento dos produtores quanto à utilização e ao maneio de
substâncias químicas. Esses fatos conduzem à necessidade de se estabelecer medidas de
controlo de pragas, através de métodos alternativos, sem desencadear problemas provocados
pelos insecticidas sintéticos químicos. Em um ecossistema onde os produtos químicos são
aplicados, pode resultar na contaminação ambiental e, em consequência, provocar danos à
saúde humana, poluir os recursos hídricos, provocar o surgimento de insectos resistentes e
deixar resíduos tóxicos para o ser humano, além de onerar os custos de produção (Luz, 2008).

Actualmente são demandadas alternativas sustentáveis para controlar as espécies de pragas de


diversas culturas, especialmente hortaliças, com princípios activos que não degradem o meio
ambiente, a biodiversidade e principalmente a saúde do agricultor e consumidor. Ressalta-se
ainda que alguns dos controlos alternativos usados pelos produtores são aplicados para mais de
uma praga e isso tem dificultado o combate às mesmas. O preparo de todos os extractos e
caldas utilizado no controle alternativo de pragas nas culturas é produzido pelos próprios
produtores rurais, em geral com matéria-prima proveniente das áreas de produção (Abreu
Júnior, 2011).

2.2. Clima
Segundo Haber et al., (2015) “A maioria das informações técnicas relacionadas ao
repolho indica as regiões de clima temperado e húmido como mais adequadas ao seu cultivo”

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2.3. Solo
O solo mais apropriado para o cultivo do repolho é aquele de textura média, solto, profundo e
rico em matéria orgânica. É uma cultura tolerante à acidez, podendo desenvolver-se em faixas
de pH entre 5.5 a 6.8. Nos solos de baixa fertilidade e ácidos, é imprescindível a elevação da
fertilidade, do teor de matéria orgânica e a correcção, elevando o pH até a faixa de 6.0.

Segundo Araújo (2009), “A área de cultivo deve ser bem ensolarada, próximo a uma
fonte de água limpa, contínua, situada em local que não tenha sido cultivado antes com outras
brássicas, como couve, couve-flor e o próprio repolho”.

2.4. Sementeira
É feito em canteiros preparados para a sementeira e formação das mudas, até que
atinjam a idade ideal de transplante para o local definitivo. A sementeira é feita distribuindo-se
as sementes em sulcos de 1 cm de profundidade, distanciados de 15cm. Após a sementeira, as
sementes são cobertas com solo do próprio canteiro. Nessa fase, a sementeira deve estar coberta
com palha a uma altura de 1m. A cobertura deve ser retirada aos poucos, até a completa
formação das mudas, (Barros at. Al. 2013).

2.5. Transplante
O transplante das mudas é feito quando as plantas apresentarem de quatro a seis folhas
definitivas. As mudas formadas em sementeira e viveiro devem ser arrancadas com torrão e
transplantadas, no menor espaço de tempo possível, para covas com profundidade de 10 a
15cm. O espaçamento no local definitivo é de 80 x 40cm. Enterrar as mudas até a altura
próxima dos cotilédones, pressionando bem a terra no pé da planta. Seleccionar as mudas e
transplantar apenas as mais vigorosas sem qualquer dano na parte aérea e raízes. Transplantar
no final da tarde e fazer uma irrigação leve logo após. (Balbach, 2012).

2.6. Irrigação
O repolho é muito exigente em água. Para se atingir níveis de humidade satisfatórios para
a cultura, a Embrapa (2011), propõe a aplicação diária de 1 a 2mm de água (1 a 2 litros/m2) nos
primeiros 20 dias após o transplante. Após esse período, as irrigações podem ser feitas em
turnos de 2 a 3 dias, aplicando-se, por vez, 4mm de água. O sistema de irrigação mais usado no
cultivo de repolho é a aspersão. No entanto, pode-se adoptar outros sistemas, como, sulcos,
gotejamento e microaspersor.

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2.7. Pragas
As pragas devem ser controladas, mas deve-se manter os insectos parasitas e
predadores. Eliminar as pragas em focos, Reboleira e em casos generalizados quando em alta
incidência. Dentre as mais frequentes na cultura de repolho são: Broca Da Couve
(Hellulapphidkafs Walker),Curuquerê da couve (Ascia monune orseis), Grilo (Gryllus
assimilis), Lagarta rosca (Agro (is ipsilon), Pulgão-da-Couve (Brevicory nebrassicae (L.),
Traga das Brassicas (PMeü axylostella L.), Vaquinha (Diabrotica speciosa) (Luz, 2008).

2.8. Doenças
As doenças são causadas por bactérias, vírus, fungos ou nematóides. O tratamento mais
eficaz é o preventivo, ou seja evitar a entrada do patógeno no campo ou reduzir a fonte de
inoculo existente.

2.9. Adubação
Segundo Jaime (2016), “a forma de adubo nitrogenado mais indicado para o repolho é o
sulfato de amónio. É uma Adubação suplementar recomendada em casos de deficiência
nutricional ou de forma complementar à Adubação de fundo”.

2.10. Colheita
A colheita é feita forçando-se a planta para o lado e cortando o caule rente a folha mais
baixa. Para fins de comercialização são deixadas 4 a 7 folhas externas sadias em volta da
cabeça. Segundo Santos (2014), “Cabeças colhidas imaturas murcham e deterioram-se
facilmente, não suportando o transporte e o armazenamento”.

A partir dos 90 a 120 dias após a sementeira pode ter inicio a colheita do repolho, que
tem um período curto, variando entre 3 a 4 meses. A identificação do ponto de colheita é feita
quando as cabeças estão compactas e grandes; as folhas que revertem cabeça apresentam os
bordos voltados para trás; as folhas externas ficam mais caídas; ocorre mudança de coloração
verde para um tom mais claro. Quando colhidos tardiamente, as folhas externas da cabeça
começam a rachar e ficam mais fibrosas.

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3. METODOLOGIA
3.1. Localização Geográfica
O experimento será conduzido no distrito de Lichinga, na área experimental do campo da
faculdade de Ciências Alimentares e Agrárias da universidade Rovuma, o distrito de Lichinga
tem como limites o rio Sambula e a localidade de Lussanhando a Noroeste, o posto
administrativo de Lione e Meponda a oeste, e o posto de Chinbonila ao sul. (MAE, 2005).

3.2.3. Solos
Os solos do distrito de Angónia são do tipo ferralíticos, vermelhos e castanho-
avermelhados, de textura pesada, profundos e moderadamente bem drenados ligeiros e
fortemente lixiviados, contudo apresentam boas capacidades de retenção de água (MAE, 2005).

3.2.4. Precipitação
O ponto mais alto do Distrito de Angónia é o monte Dómuè, com cerca de 2093m de
altitude, local onde se encontra localizado o Posto Agronómico de Ntengo Umodzi com uma
precipitação que varia entre 400mm a 1000mm (MAE, 2005).

3.4. Materiais
Para a efectivação desta prática será necessário a utilização dos seguintes matérias

 Enxada
 Fita métrica
 Corda
 Ancinho
 1 Pacote de Semente de repolho
 2 kg de Adubos
 Regador para humedecer o substrato antes e após a sementeira da cultura.

3.4. Método
O método de pesquisa a ser usado no presente trabalho será o método experimental,
porque vai se basear na manipulação de certos aspectos de realidade, dentro das condições pré-
definida, observando as consequências destas modificações, buscando a relação entre os
fenómenos, procurando relações de causas e efeito, que possam ser explicada interferindo no
determinado problema.

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3.5. Descrição de metodologia
A presente pesquisa visa, essencialmente, mostrar aspectos relacionados com os efeitos
de controlo alternativos e químico no combate de Pragas e fitopatógenos na cultura de Repolho,
nas condições agro-ecológica de distrito de Lichinga. Sendo assim para a sua abordagem
seguir-se-á a seguinte metodologia.

3.5.1. Delineamento experimental


Para a condução deste experimento será usado o (DBC) delineamento de blocos
casualizados que é apropriado para ambientes heterogéneos, com três (3) tratamentos, uma
testemunha e quatro repetições, implantada numa área total de 128 m 2, sendo 13,5 m de
comprimento e 9,5 m de largura.

A área experimental será constituída por quatro (4) tratamentos com quatro (4) repetições e
com desaseis (16) parcelas, na qual, cada parcela apresentara dimensão de 3 m de comprimento
e 2 m de largura, totalizando 6 m 2 por parcela, onde, a área útil das parcelas será de 128 m 2 e a
distância de separação entre as repetições será de 0,5 m e dos tratamentos será de 0,5 m.

Os tratamentos serão constituídos por três métodos de controlo e uma testemunha onde não
irá constar nenhum método de controlo.

1. Será aplicado o método de controlo de pragas com o uso de Extracto de pimenta, onde irá
ser utilizado a quantidade de 100g de pimenta, será moído e coada depôs será misturado
com 1 litro de álcool depôs será tapado. Depôs de uma semana será aplicada na cultura
(Embrapa, 2009). A sua aplicação será feita com um pulverizador dorsal de 16 litros
contendo estrato diluído, e aplicado no período da tarde nas horas frescas pois quando a
nicotina é exposta ao sol, diminui sua acção em poucos dias. A sua aplicação será 15 em
15 dias.

2. Serão Triturados 100 gramas de alho, misturado em 1 litro de álcool e colocado em um


recipiente com tampa. Depôs de sete (7) dias, será misturado com 50 gramas de sabão
Dissolvido e neutro em 1 litro de água quente, no dia da aplicada sobre as plantas, será
coado os extractos e depois colocado 20 ml do extracto de pimenta, 10 ml do extracto de
alho e um 100 ml da solução de sabão neutro. A sua aplicação será feita com um
pulverizador dorsal de 16 litros contendo os estratos diluído num intervalo de 15 em 15
dias.

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3. Cipermetrina utilizando a quantidade de 9,226 ml por m 2 será aplicado 15 em 15 dias. Em
caso de forte infestação ou surgimento de novas infestações, deve repetir-se a aplicação a
intervalos de 10 a 12 dias, com o compasso 80 cm x 40 cm. A aplicação de todos extractos
será no mesmo dia de preparação dos mesmos.
Designação dos tratamentos por bloco
T0 Sem aplicação de Método de Controle
T1 Será aplicado o extracto aquoso de Pimenta.
T2 Será aplicado o extracto aquoso de alho misturado com sabão
T3 Constituirá na aplicação do insecticida químico (cipermetrina).

3.6. Descrição dos tratamentos em cada bloco

13, 5 m

T2 T0 T3 T1

2m
0.5 m
9.5 m
T0 T3 T1 T2

T3 T1 T2 T0 3m
1m

T1 T2 T0 T3

Figura 1: Croqui da unidade experimental na Faculdade de Ciências Alimentares e Agrárias

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3.7. Condução do Ensaio

3.7.1. Preparação do solo


O preparo do solo será realizado no mês de Setembro de 2022 de forma manual. Para esta
produção será realizada quatro (4) actividades principais: primeiramente será feito a limpeza,
de seguida será a medição da área, depôs será feito a lavoura terminando com uma gradagem
usando enxada de cabo-curto com a finalidade de quebrar os torrões no solo. Após a gradagem
serão preparados sulcos, com 10 cm de profundidade, onde serão transplantadas as mudas.

3.7.2. No alfobre

Jaime & Zita, (2016) pressupoem que Dever-se-á fazer pequenas linhas com
espaçamento aproximado entre 10 a 15cm; Necessitam depois duma transplantação para o
campo definitivo logo que atingirem uma certa idade de 12 cm de altura, aproximadamente 30
dias e com 4 a 6 folhas.

3.7.3. Transplante
O transplante será realizado quando as plântulas tiverem: 4 a 6 folhas e efectuar-se-á o
transplante pela manhã cedo ou ao fim da tarde, isto no mês de Outubro de 2022.

3.7.4. Retancha
Esta prática far-se-á entre os 7 a 10 dias depois do transplante. Será feito através de uma
enxada abrir os covacho e substituir as os locais na qual ainda nao emergiram consoante as
outras.

3.7.5. Adubação
Serão feitas três aplicações de fertilizantes minerais a primeira será adubação do fundo
com NPK isto no momento do transplante usando a formulação (14-18-18), far-se-á no mês de
Outubro de 2022 a quantidade a aplicar será de 3.7 kg/m 2. A primeira adubação de cobertura
será aplicado ureia 2.6kg/m2 de N aos 17 dias após transplante e segunda adubação de cobertura
será efectuada 40 dias após o transplante utilizando-se 3.7 kg/m2 de N (Torres, 2004).

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3.7.6. Sacha

De acordo com Naika, et al. (2006), é importante que o campo se mantenha sem
ervas daninhas partindo dos 15 dias depois do transplante.

Portanto a sacha Será realizado de forma manual com auxílio de uma enxada e prevêem-se a
realização de duas sachas mas, caso haver necessidades far-se-á o controle com vista a manter o
campo isento de infestantes. Será feita de forma cuidadosa para não danificar o sistema
radicular e as folhas.

3.7.7. Rega
As actividades de maneio da água serão do regime de sequeiro em condições de
dependência de chuva.

3.7.8. Colheita
O ponto de colheita será determinado por firmeza da cabeça e pelas folhas de coberturas
se começarem a enrolarem-se levemente para trás expondo as internas mais claras e a colheita
será através de arranque manual, isto no início de 120 dias após a sementeira.

3.8. Variáveis em estudo


Na realização da colecta de dados do ensaio serão feitas análise de certas variáveis, com
a escolha de 10 plantas aleatória por cada parcela. Que consistira na analise de:

 Percentagem de plantas infestadas


Corresponde a percentagem de plantas infestadas em relação as plantas observadas. Será
calculada baseando a seguinte fórmula:

Nr . de plantas infestadas
PPI ¿ * 100%
Nr de plantas Observadas

PPI – Percentagem de Infestação

 Densidade populacional
A densidade populacional será calculada usando a seguinte fórmula:

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Nr . de individuos nas plantas observadas
DP ¿ * 100%
Nr . total de plantas Observadas

DP- Densidade populacional

 Nível médio de ataques de cada praga.


O nível médio de ataque de pragas será avaliado tomando em consideração o tipo, o
número de pragas presentes e sintomas visíveis nas diferentes partes da planta usando índice
com 5 classes a saber:

1. Sem nenhum sintoma


2. Presença de algumas pragas, mas sem provocar danos
3. Presença de algumas pragas e ataque ligeiro
4. Presença de algumas pragas e ataque médio
5. Presença de algumas pragas e ataque sério.

Rendimento
O rendimento será calculado usando cabeças comercializáveis, com base na seguinte
fórmula

Peso de cabe ç as comercializ á veis(kg)


Rend. Kg/ha¿ * 10000 m2
á rea util (m2)

3.9. Análise de dados


A análise de dados será feita mediante o pacote estatístico ASSISTAT (assistência
estatística), para Windows, onde, primeiro será feito o teste de normalidade (Shapiro Wilk) e
de seguida o teste de homogeneidade (Breusch - Pagan). Em seguida será feita a análise de
variância (ANOVA) para delineamento de blocos casualizados (DBC), e o teste de Tukey para
comparação de médias a um nível de significância de 5%. e o pacote informático Microsoft
Excel modelo 2016 para a obtenção construção de gráficos, possibilitando a organização das
informações obtidas na pesquisa de campo, na compreensão dos resultados.

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4. RESULTADOS ESPERADOS
Com a efectivação do projecto espera-se:

Identificar o melhor método de controlo de praga e fitopatógenos que nos propicie altos
rendimentos sem elevar os custos de produção da cultura.
Que com a implantação do projecto e a demonstração dos resultados haja maior
consciencialização da população de Distrito de Lichinga, na tomada de decisão de
produção e adequar o melhor método de modo alcançar melhores rendimentos.

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5. CRONOGRAMA DAS ACTIVIDADES

Meses

Actividades 2022

Jun. Jul. Set. Out. Nov. Dez. Jan. Fev. Mar.

Elaboração do tema do projecto X X

Identificação, limpeza, demarcação da área X

Lavoura e gradagem Sementeira no alfobre X

Sementeira no alfobre X

Transplante X

Sacha e amontoa X

Controle de nível infestação e ataques de praga X X

Tratamento Fitossanitário X X

Avaliação do rendimento X X

Medição da Massa fresca da cabeça X X

Colectas de dados X X

Análise e processamento de dados e Redacção X X

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6. PLANO ORÇAMENTAL

Descrição Preço Unitário (Mt) Qt. Total (Mt)

Equipamentos

Descrição Preço Unitário (Mt) Qt. Total (Mt)

Equipamentos

Botas do campo 550 2 1100.00

Fardamento do Campo 1200.00 1 800.00

Materiais

Ancinho 200.00 2 400.00

Bambus 25.00 4 100.00

Bloco de nota 50.00 1 50.00

Computador 12,000.00 1 12,000.00

Corda 50.00 2 100.00

Enxada 150.00 2 300.00

Esferográficas 10.00 3 30.00

Fertilizantes 20.00 5kg 120.00

Fita métrica 250.00 1 250.00

Pesticidas 500.00 2 1000.00

Semente 250.00 1kg 250.00

Recursos Humanos 1,250.00 2 2,500.00

Meio de transporte 1300.00/h 2 h. 3,600.00

Total ------------------------- ----------- 23,800.00

Margem de Erro! (5%) ------------------------- ----------- 993.00

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Total do orçamento -------------------- ------------ 24,793.00

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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Abreu Júnior, H. (2011). Práticas alternativas de controlo de pragas e doenças na
agricultura: Campinas, EMOPI, 11 5p.

2. Araújo, L. C. P. (2009). Efeitos de população de plantas em cultivares de repolho de verão


(Brassicaoleracea, var. capitata, L.). Dissertação (Mestrado em Fitotecnia) – Escola
Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Universidade de São Paulo, Piracicaba.

3. Balbach, A. (2012). As hortaliças na medicina doméstica. São Paulo: Edificação do Lar.

4. Barros, R.; Albert Júnior, I. B.; Oliveira, A. J.; Souza, A. C. F.; Loges, V. (2013). Controle
químico da traça das crucíferas, Plutella xylostella (Lepidoptera: Plutellidae) em repolho.
Anais da Sociedade Entomológica do Brasil, Londrina, (v. 22, n. 3, p. 463-469).

5. Boiça Júnior, A. L.; Torres, A. L. (2005). Efeito de extractos aquosos de plantas na


repelência para oposição de Plutella xylostella(L., 1758) em couve. In: Congresso
Brasileiro de Entomologia.

6. Cassol, S.P.; Lenhardt, E.R.; Gabriel, V.J. (2017). Caracterização dos estádios fenológicos
e a exigência de adubação do repolho. Ciências agro-veterinárias e alimentos, n.2, p.1-12,.
Disponível em: < http://revista.faifaculdades.edu.br/index.php/cava/article/view/389/244 >.
acesso em: 08 Jul. 2021.

7. Castelo Branco, M.; Guimarães, A. L. (2004). Controle da traça das crucíferas em repolho.
Horticultura Brasileira, (9.ª ed.), v. 10, n. 1, p. 24-25, Brasília: Fiocus.

8. Castelo Branco, M.; Guimarães, A. L. (2015). Controle da traça das crucíferas em repolho.
Horticultura Brasileira, (2.ª ed. v. 10, n. 1, p. 24-25). Brasília.

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11. FAO. Food and Agriculture Organization of the United Nations (2012), FAO Statistical
Database 2012 . http//faostat.fao.org. Accessed on line 23 jun. 2021.

12. FAOSTAT. Countries by commodity (2017). Disponível em:


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13. Ferreira WR; Ranal MA; Filgueira FAR. (2002). Fertilizantes e espaçamento entre plantas
na produtividade da couve da malásia. Horticultura Brasileira 20: 635-640.

14. Filgueira, F. A. R. (2008). manual de olericultura: agrotecnologia moderna na produção e


comercialização de hortaliças. Viçosa: UFV. p. 279-299.

15. Filgueira, F. A. R. (2013). Novo manual de olericultura: agrotecnologia moderna na


produção e comercialização de hortaliças. 3.ed.rev. ampl. Viçosa,MG: UFV.

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Produção e de Pós-Colheita, Brasília, DF, 2015. Disponivel em:
http://fsg.afre.msu.edu/Mozambique/Horticultura_em_Mo%C3%A7ambique_PDF.pdf

18. Inia (1999). Workshop Nacional de Investigação e desenvolvimento para extensão de


produção de hortícolas em Moçambique, 35 pp.

19. Jaime, J. (2016). efeitos de doses de P e N em repolho da época fresca sob três níveis de
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20. Lédo, F. J. S.; Sousa, J. A. de; Silva, M. R. (2000). Avaliação de cultivares e híbridos de
repolho no Estado do Acre. Horticultura Brasileira, Brasília, v. 18, n. 2, p. 138-140.

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