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O Adamastor, de Os Lusíadas, e o Mostrengo, de Fernando Pessoa

2. O Gigante Adamastor d’ Os Lusíadas, de Camões:

 refere-se à viagem de Vasco da Gama, em 1497, quando os navegantes passaram o


Cabo da Boa Esperança;

 figura enorme, disforme mas com aspecto e atitudes humanas, surge numa noite
escura e tempestuosa;

 inspira medo, que, mais tarde, irá ser superado;

 relação de desigualdade;

 exalta e elogia o povo português;

 desaparece subitamente;

 conhece bem os feitos dos portugueses;

 representa o Cabo da Boa Esperança ou das Tormentas; as tempestades, os


naufrágios, as mortes e todos os perigos que os portugueses enfrentarão e simboliza a
excelência do homem em relação aos deuses.

O «Mostrengo» da Mensagem, de Fernando Pessoa:

 refere-se à viagem de Bartolomeu Dias, em 1487, quando foi dobrado o Cabo da Boa
Esperança;

 o Mostrengo, semelhante a um animal, voa e chia e surge na noite escura;

 inspira medo através de movimentos circulares, ameaçadores e opressivos; mais tarde,


esse medo irá ser superado;

 relação de desigualdade;

 reconhece a coragem do marinheiro, representante da vontade do Rei e do povo


português;

 simboliza todos os perigos que advêm da navegação por mares desconhecidos.

Elementos específicos do poema de Fernando Pessoa:

 abundância de formas verbais que sugerem movimento;

 relativamente à forma verbal «tremer», verifica-se a utilização do gerúndio (ideia de


continuidade da ação), do pretérito perfeito (ação acabada) e do infinitivo (ação
assumida, sugere a superação do medo);

 uso de repetições que intensificam a ação do Mostrengo, a frequência de sons


sibilantes lembra o ruído do voo;

 uso de interrogações e exclamações serve para dar vivacidade ao diálogo entre o


Mostrengo e o «homem do leme»;

O Gigante Adamastor, de Os Lusíadas, e o Mostrengo, de Fernando Pessoa Folha 1 de 1


 referência constante ao número 3 (três estrofes com nove versos cada, refrão de seis
sílabas, forma verbal «tremer» utilizada três vezes.. .), trata-se de um número que
exprime a totalidade e a perfeição da unidade divina.

O Gigante Adamastor, de Os Lusíadas, e o Mostrengo, de Fernando Pessoa Folha 2 de 1

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