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Aspectos fisicos e evolucso das recomendacées de adubacado e Calagem para 0 estado do Parana A agricultura paranaense é rica na diversidade de ve drea de transigéo entre os climas subtr ‘getacao natural e culturas agricolas por estar em acima de 22 ‘Opical (Cfa), com temperatura média no més mais quente °C, € temperado (Cfb), com temperatura média no més mais quente abaixo de 22°C (Figura 1.1). A mesma riqueza também Pode ser observada na formacio geoldgica do Estado, que tem grande diversidade de rochas sedimentares, igneas e metamérficas (Figura 1.2). Essa variacéo no material de origem e no clima associada as variagécs de relevo, organismos tempo de formacio determinam a ocorréncia de grande diversidade de solos quanto ao grau de intemperismo, textura ¢ fertiidade (Figura 1.3). A vegetacio de florestas (estacional semidecidual, ombréfla dense o ombréfila mista), estepe gramineo-lenhosa (campo subtropical) ¢ savana arborizada (cerrado) sio as mais abundantes (Figura 1.4). Solos de alta fertilidade natural, que se estendem de sul a norte do Estado, nos quais @ necessidade inicial de corregio da acidez e adubos nao foi um impedimento ao estabelecimento de culturas agricolas formaram a base de sustentacio da agriculeura paranaense. Mas, o Estado também possui solos muito dcidos na Regio Centro-Sul, na qual se cultiva a erva-mate, uma cultura nativa e tradicional, que se manteve em fungio de sua adaptabilidade a essas condicoes adversas. Nessa regido ocorrem resquicios de cerrado ¢ campo nativo subtropicais, nos quais espéiesflorestais com alta resisténcia a acidere caréncia nuicional fram esac Contuo, a incluso desis das de cevada acer buna frdade no proceso incensvo de produto s foi posivel com a aplicagio de corretvoseadubes. Por outro lado solos naturalmente fis do norte, oeste e sudoeste do Estado permitiram a implantagao e répida expansio de espécies agricolas exigentes em condig6es amenas de acidez.¢ de alta disponibilidade de nutrientes, como café, soj¢ ttigo. / { om a necesidade do uso da alchphoe de conve de wide aor ig ee ee 1941), adubos fosfatados ; ate! publicados no inicio da década de 1940 provavelmente mare, ° inicio des wh Bo Lae Period jé hava preocupagio com a neces Of Oo blcades foram aprimorandd a JR 1949). A parte esse Ped ao sido publiados no perlodo de 1951 a 1970 divers Teomendages de clagem ¢ ad er e i an de andes quimicas dos sls Teen eee goo: MUZILLL S96), adubagio (SCOTT etal, 196: (KALCKMANN; MUNHOZ, 1969: 1» 1969), capitulo! «9 Digitalizado com CamScanner Classinenesoetimiieg Fonte: Adaptado de Cavighone etal 2000) Figura 12. Mapa simplificado da clasificagio climatica de Képpen para o estado do Parana [Compartimentos Geolagiccs| apa P Fonte: Adaptado de Mineropar (2008) FiguraL2. Mapa seoldsico simolificado do estado do Parand Digitalizado com CamScanner [orders de Solos Fat Lee i eo neo Fonte: Adaptadode Curco et al.(2012) Figura13. Mapa simplificado de solos do estado do Parana Fonte: Adaptado de TCG (2009) Figured. Mapa simplitcado da vegetagto original do estado do Parand capiuiol = Digitalizado com CamScanner RISPOLI; BODZIAK JR., 1969) ¢ calagem (MUZILLI; MUZILLI; KALCKMANN; MUNHOZ i969. UZILLI; KALCKMANN; MENDEs, 1969, A partir da década de 1970 foram divulgadas recomendagoes de adubacio cal dela jé baseadas em trabalhos de ealibragio para as principaisespécieseultvada, in 1978: MUZILLI) LANTMANN, 1978; OLEYNIK, 1978; SFREDO et al, 19804 MU OLIVEIRA, 1982; LANTMANN er al, 1982; MUZILLI; PARRA, 1982; PALFIANG oe! 1984; CHAVES, 1986; STAMMEL, 1991a, b; PAVAN; OLIVEIRA, 1997; EMBRAPA on OLIVEIRA, 2003), : » 1998; A criagio do Instituto Agrondmico do Parana (IAPAR), em 1972, o estabeleci unidades da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria (EMBRADA oja em em em 1984), criago de programas de pesquisa pelas cooperativas (Ocepar em 1974 e Cada 1995, dentre outras) ¢ de fundagées de pesquisa (Fundagéo ABC para Assistencia e Divulisa Técnica Agropecusria em 1984 ¢ Fundacio Agréria de Pesquisa Agropecudria em 1994) vive tum importante papel no desenvolvimento da pesquisa no estado do Parand. Mais recentemen” a expansio do niimero de universidades ¢ de cursos, especimente de mestrdo e deutonn fer com que aumentasse 0 niimero de pesquisas com adubagio das culturas e corregio de cel, principalmente nas instituigées puiblicas. ‘A mudanga do sistema convencional de preparo do solo para o sistema de semeaduta diteta oy semeadura direto na palha desenvolvido por pioneiros estabelecidos em Rolindia e nos Campo. Gerais proporcionou grande impacto sobre a agriculeura paranaense, pois levou a alteraes. significativas nas préticas de conservagio do solo e, também, de adubacéo, calagem e gessagem (SA, 1996; CAIRES et al., 1998; PAULETTI; SEGANFREDO, 1999; FONTOURA; BAYER, 2006). Pesquisas desenvolvidas pelas fundagdes associadas &s cooperativas ganharam importincia tendo como base o sistema de semeadura direta ¢ o atendimento as demandas locais (SA, 1995; COSTA; SIMIONATO, 2002; FONTOURA, 2005), pois nao sé a quantidade, mas também + forma de aplica¢ao dos insumos foi bastante debatida (FONTOURA, 2005; PAULETTI, 2006). Desafios na adubacio ainda persistem, com destaque para técnicas de melhor uso de estercos ¢ residuos orginicos, produgio integrada e sistemas integrados envolvendo uma ou mais asociagées de culturas como a agrossilvipastoril (MELLO; ASSMANN, 2002). A agricultura de precisio também vem promovendo a possibilidade de interpretagéo da fertilidade do solo ¢ da nutrcio das plantas e, consequentemente, de correcio de deficiéncias de forma localizada nos talhées, conferindo um novo sentido a adubagio, possibilitando diminuir distorgées da amostragem por talhdo. A adubacéo que sempre eve o foco na produtividade e na economicidade para 2 determinagio de doses passou a ser estudada quanto a qualidade dos produtos aplicados, quest ambientais, sociais e nutricionais dos alimentos consumidos pelo homem ¢ pelos animais. Na questio ambiental, os balangos de entrada e saida de nutrientes dos sistemas de produsio, abrangendo propriedades, microbacias e bacias hidrogréficas, necessitam atengio, pois existem situag6es muito contrastantes no estado do Parand. De um lado, hé sistemas de producio que se caracterizam pelo esgotamento das reservas de nutrientes do solo, pois ocorre apenas a retirada de nutrientes pela colheita, comprometendo a produtividade a longo prazo. De outro lado, ocorre uso de nutrientes muito acima da capacidade de absorgio das plantas, gerando aciimulo ou perds. Mesmo solos com teor natural baixo de nutrientes podem apresentar, atualmente, teores multe levados, em virtude do uso de adubos minerais ¢ orginicos sem critérios récnicos. Embora tenha havido expressivo aumento no ntimero de laborat6rios de anilise de a residuos, persistem em muitas condigées 0 uso de formulados desbalanceados em relagéo 20s ce ey que ocorrem no solo, simplesmente por serem férmulas tradicionais para determinada ae ow espécie cultivada. Assim como o teor de nutrientes, solos naturalmente muito dcidos poo" ‘GCM, Muitas Digitalizado com CamScanner apresentar pH em valores cl ape aoe ae or atualmente, muito em virtude do néo acompanhamento es ee ou seja, passa-se de uma condigéo de elevada caréncia de Eee eerie 1 do considerado ideal para os solos ¢ plantas. Nesses dois contextos, os fn de wo SEES terio cada vex mais a incumbéncia de estimular politicas a e adubos minerais ¢ organicos vi Fespendicios e contaminagio do ambieme ginicos visando a sustentabilidade ¢ evitando Informagées como as as c ae fpARANA, 20056) ele ceatlcas na publicagio Geoguimica de Solo do Estado do Parand ee ana i Ee melhor uso do solo, pois o enfoque das pesquisas ¢ as andlises assam a a andas e nao exclusivam it az n je a vere nfves de metals pesedos noe alas jente o suprimento dos nutrientes essenciais, O Manual de Adubagé fp ene © Calagem para 0 Estado do Parand surgiu da necessidade de se gerar ee re a unio de toda a comunidade da ciéncia do solo paranaense. A partir ee ae le contidas, podem ser levantadas novas demandas de pesquisa ¢ extensio misses permanentes para debater e estudar as areas de adubagao ¢ calagem, ntribul , Be contribuindo de forma organizada e propositiva para as futuras atualizagées do seu contetido. Referéncias BHERING, 8. By SANTOS, H. 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C8" Ocepar, 1991. p. 83-89. 14 Mamaldeaduharina ratacemnarainactarn dn Baran Digitalizado com CamScanner Principais classes de solo do estado do Parana ee aan eae are Siena Bra de Classifcagéo de Solos (SiBCS), 0 qual se encontra segundo propriedades em comum e reesbem denominayies pe a eas atual do conhecimento cientifico. No SiBCS, Tonsil iin as ‘ . , os solos sio classificados principalmente com base em propriedades que resultam dos processos de génese do solo, ou seja, do modo como foram formados. ‘O SIBCS é um sistema taxonémico de classificacao de solos multicategérico no qual so previstos seis niveis, embora somente quatro estejam atualmente definidos. As categorias deste sistema séo: ordem, subordem, grande grupo, subgrupo, familia ¢ série. Essas categorias sao divididas em classes, separadas por caracteristicas diferenciais: horizontes diagnésticos ¢ atriburos diagnésticos. No primeiro nivel categérico existem 13 ordens, as quais sio separadas pela presenea ot cdades que sio caracteristicas passiveis de auséncia de atributos, horizontes diagnésticos ou propric: ipo e grau de desenvolvimento de um serem identificadas no campo, mostrando diferencas no ti conjunto de processos que atuaram na formagao do solo. As 13 ordens sio: Organossolos (O), Neossolos (R), Vertissolos (V), Espodossolos (E), Planossolos (8), Gleissolos (G), Latossolos (L), Chernossolos (M), Cambissolos (C), Plintossolos (F), Luvissolos (T), Nitossolos (N) ¢ Argissolos (P). As letras maitisculas entre parénteses sio padronizadas e utilizadas para identificar as ordens nos “ia em 1999, foi retirada na segunda edicio do SiBCS, sendo mapas de solos. A ordem Alissolo, cria ; > cen foram incluidos, principalmente, nas ordens Argissolos ¢ Nitossolos. ‘Atualmente, as 13 ordens do SiBCS dividem-se em 44 subordens, 192 grandes grupos ¢ 938 subgrupos. "Dor exemplo, na classe de solo Neossolo Litdlico Distrdfico tipico, 0 Neossolo a ordem, a subordem é Neossolo Litdlico, o grande grupo é Neossolo Litdlico Distréfico ¢ subgrupo é Neossolo Litélico Distréfico tipico. Para classificar um solo, ou seja» atribuir-lhe um nome, (SANTOS et al., 2018) com base nos horizontes diagnésticos (su atributos diagnésticos. que os solos desta ord necessria uma chave de classificagio perficiais e subsuperficias) € nos do do Parana _ a hecer os levantamentos 21 Levantamentos de Solos no Esta F E no estado do Parand con bre le er utilizg-los como apoio 3s reco rendagoes técnicas. Jos, de forma a pod! apoio as recomendag! sobre solos, coptulo2 5 Digitalizado com CamScanner cu cm 1966, dividindo-se sito de solos do Patan 0co' © sad ntamento ¢ 0 0 ino de aa longo dos os Exe eo ger a publican de gy \driculas que fora 6 Estado. segcine de levancamenco de wits Ares do Esta eae plein de kvane tg Lenantamento de Reconbecimenta de Solos do Eitady dy py, 9 foi public: = 7 e dois ce trang 1984, fo vonstitufdo por um mapa (eseatla 1,600,000) e dois tomes, com mead (EMBRAPA, 1984), co los do estado, reunindo todo o esforgo de Bh, Kamen tg, — tos rncontra esgotada nad Pee 1B se no repositrio da Embrapa'. Embora nel ands cg . " " & um importante referencia! para aquly , nda pode ser encon perfis descritos realizados at algumas bibliotecas técnicas NO jor a 1999, ado esta publicagio ; las sobre os solos do Parana. Posteriormente foi publicado o Mapa de Solos do Estado do fae ~ Legenda Atualizady (BHERING; SANTOS, 2008), 0 qual, além de atualizar a legenda do levantamento ao SiBcs (egunda edigio), também incorporou informagdes de levantamentos mais recentes, Esta ob rio foi um novo levantamento de solos, mas a atualizagio da legenda do mapa do levantamenty publicado em 1984, Um aspecto importante deste mapa com legenda atualizada foi disponibiliza, fos mapas nas escalas 1:600.000 ¢ 1:250,000, em formatos PDF JPG. No geoportal digital da Embrapa Solos, os mapas também estéo disponiveis em formato editivel (shapefile). Este material cesté publicado em escala pequena (1:250.000), 0 que limita seu uso, embora possa servir como referéncia para estudos mais detalhados. Sio poucos os levantamentos mais detalhados realizados no estado do Parana representados em escalas entre 1:100.000 e 1:50.000 como, por exemplo, partes do noroeste do Estado (FASOLO et al., 1988), varzeas do Rio Ivai (HENKLAIN, 1989), virzeas dos rios das Cinzs, Laranjinha, Sapé, Iguacu, Piquiri, Pirapé e do Litoral (HENKLAIN, 1994) ¢ municipios de Castro (FASOLO er al., 2002), Carambei (BOGNOLA et al., 2002), Piraf do Sul (POTTER ec al. 2002), Tibagi (CARVALHO et al., 2002), Londrina (BOGNOLA et al., 2011), Cambé (FARIAS, 2012) e Bela Vista do Paraiso (GOMES ct al., 2012). Se o profissional atua em uma destas dreas i levantadas com maior detalhamento, é importante consulté-las. 2.2 Principais Solos do Estado do Parana As principais ordens de solos que ocorrem no estado do Parana (Figura 1.3) sio Latossolos, Neossolos, Argissolos, Nitossolos ¢ Cambissolos (BHERING; SANTOS, 2008). Algumas ondens como as dos Gleissolos, Organossolos, Espodossolos e Chernossolos ocorrem em dea menor Estado. Os Chernossolos, por exemplo, sio predominantes em apenas 0,05% da rea das unidades de mapeamento de solos do Estado (BHERING; SANTOS, 2008), embora possam ocorrer com? componentes da legenda ou inclusées em algumas unid, lades de mapeamento. As ordens Planossolos, Plintossolos, Luvissolos e Vertissolos nio sio descritas na legend do Mapa de Solos do Estado do Parand ~ Legenda Atwalizada (BHERING; SANTOS, 2008), ¢mb0" eralhados Possam existir no Estado. Os Planossolos, por exemplo, foram descritos em estucdos mais d Como no levantamento realizado nas vérzeas do Rio Ival (HENKLAIN, 1989), 2.21 Latossolos 4) Conceito resumido: Gi Digitalizado com CamScanner b) Aspectos usuais e significado agricola: Solos com sequéncia de horizontes A-Bw-C (Figura 2.14), geralmente muito profundos, bastante intemperizados ¢ alterados em relagéo a0 material de origem. Ocupam normalmente os topos das paisagens, em relevo plano a suave ondulado (Figura 2.1b), sendo muito porosos, permedveis ¢ fortemente a acentuadamente drenados ¢ sem pedregosidade. Em fungao desses atributos, facil iio, sendo muito utilizados na produgao agrossilvipastoril. Embora sejam geralmente de baixa fertilidade quimica, as priticas de adubagio ¢ correc do solo realizadas pelos produtores rurais os tornam mais produtivos. No entanto, encontram-se Latossolos com cariter cutréfico no estado, principalmente em algumas areas de solos derivados do basalto. O relevo plano e as caracter{sticas fisicas adequadas determinam que a maioria dos Latossolos apresentem baixo risco de eroséo e grande capacidade para suportar estradas e construgées urbanas ou rurais. Contudo, os Latossolos do Noroeste do Parand tém textura predominantemente média e, por esse motivo, sio mais suscetiveis 4 erosto € ambientalmente mais frdgeis, apesar do relevo plano a suave ondulado. écia de Larossolos 2° sanorte PR € palagem de 060" jicipio de Figura21. Perfil de Larossolo no mun icipi tmunieinio de Tussara — PR (b) re Digitalizado com CamScanner ¢) Ocorréncia: E a principal classe de solo ENCOntrace nO crane ee cee unante en 30,76% das areas das unidades de mapeamento do Estado (BHERING; SANTOS, 2008), além, de ocorrer como classe néo predominante ou como incluso em outras unidades de mapeamento, A planicie litorinea ¢ as regides com terrenos mais declivosos do estado apresentam meno, ocorréncia desta classe de solo. 2.2.2 Neossolos a) Conceito resumido: Grupamento de solos pouco evoluidos, sem horizonte B diagnésticg definido e com predominio de caracteristicas herdadas do material de origem (ANJOS ct al, 2012). b) Aspectos usuais e significado agricola: A sequéncia de horizontes nestes solos, normalmente, é A-R, A-C-R, ou A-C (Figura 2.2a). A maior parte destes solos no Parand si Neossolos Regoliticos (predominantes) ¢ Neossolos Litélicos, tendo como principais obstéculos 20 seu uso o relevo declivoso, serem predominantemente pouco profundos (50 a 100 cm de espessura) ou rasos (até 50 cm de espessura) e, muitas vezes, pedregosos (Figura 2.2b). Podem ser eutréficos (maioria) ou distréficos. Quando possuem melhor fertilidade, principalmente aqueles formados a partir de rochas igneas basicas (como basalto), sio muito utilizados para agricultura ou pecudria, principalmente por agricultores familiares. Quando possuem baixa fertilidade e ocorrem em relevos mais declivosos sio mais utilizados para pastagens, reflorestamento ou preservacio, embora também sejam usados para culturas anuais. Considerando as caracterfsticas jé relatadas, principalmente elevada declividade e reduzida espessura, constituem dreas muito frdgeis. A perda de solo por erosio € muito relevante para essa classe de solo que, em geral, apresenta perfis de profundidade efetiva reduzida. ©) Ocorréncia: Predominantes em 22,22% das dreas das unidades de mapeamento do Estado (BHERING; SANTOS, 2008), também ocorrem como classe ndo predominante ou como incluséo em outras unidades de mapeamento. Os Neossolos estéo presentes em todas as regides do Estado, porém com pouca incidéncia na Regiio Noroeste. Os Neossolos Regoliticos Neossolos Litdlicos sio os mais comuns no Estado, que possui reduzida area de Neossolos Flivicos € Neossolos Quartzarénicos. 2.2.3 Argissolos 4) Conceito resumido: Solos com horizonte B textural e com argila de atividade baixa ou argila de atividade alta conjugada com saturacao por bases baixa ou carater alitico (ANJOS etal. 2012). 4) Aspectos usuais e significado agricola: Apresentam sequéncia de horizontes A-BeC (Figura 2.3a), geralmente com actimulo de argila no horizonte B em comparagao com o horizonte A maioria dos Argissolos Vermelho-Amarelos mapeados no Parana sao distréficos (V < 50%): embora os Argissolos Vermelhos possam ser tanto eutréficos (V > 50%) quanto distréficos O televo mais comum de ocorréncia no Estado é ondulado (Figura 2.3b), embora tenham sido mapeados desde planos até montanhosos. Devido ao maior teor de areia no horizonte A. & telacéo ao horizonte B, a maioria dos Argi solos sio mais suscetiveis & erosio, principalmente « relevos mais declivosos. Muitos dos problemas de erosio existentes no Noroeste do Parand ocorre! neste tipo de solo, Nesta regido é comum a presenca de Argissolos cujos perfis esto decapitado™ sem a presenga de horizonte A, jd removido pela erosio. ©) Ocorréncia: Predominantes em 15,53% das éteas das unidades de mapeamento do Estas? (BHERING; SANTOS, 2008), também ocorrem como classe ndo predominante ou co"? 18 Manual de adubacio ecalagem para oestado do Parand Digitalizado com CamScanner Figura22. Perfil de Neossolo no municipio de Guarapuava — PR (a) ¢ érea de ocorréncia de Neossolos no municipio de Renascenga ~ PR (b) inclusio em outras unidades de mapeamento. Os Argissolos sio observados desde o litoral até 0 noroeste, mas sio pouco frequentes nas regides de rochas basilticas do Estado (regides Norte, Oeste ¢ Sudoeste). 224 Nitossolos 4) Conceito resumido: Grupamento de solos com horizonte B nitico abaixo do horizonte A 0s horizontes A ¢ B, apresentando estrucura (Figura 2.4a), com pequeno gradiente textural entre em blocos subangulares ou angulares, ou prismatica, de grau moderado 08 forte, om cerosidade expressva ou superficies brilhantes nas unidadesestrururas, ou carter et (ANJOS eval., 2012). capiuio2 19 Digitalizado com CamScanner Figura2.. Perfil de Argissolo no municipio de Paranavat — PR (a) e drea de ocorréncia de Argissolos no municipio de Peabiru — PR (b) ) Aspectos usuais e significado agricola: Solos catacterizados pela presenga de horizonte B com estrutura desenvolvida, cujos agregados normalmente apresentam em sua superticie brilho caracteristico (cerosidade). Nas reas dos derrames basilticos, é facilmente observiv«! no campo a diferenciagdo entre a estrutura granular predominantemente forte da maiorit dos Latossolos em comparagio & estrutura forte em blocos ou prismatica dos Nitossolos. No Parand, hd muitos Nitossolos Vermelhos com cariter eutrdfico (V 2 50%), embora os Nirossoles Brunos, principalmente, sejam distréficos ¢ até mesmo aluminicos. Sio largamente uilaades na agricultura, principalmente aqueles com maior saturagio por bases. Por ocorrer €™ lew predominante ondulado, podem ter considervel risco de erosio entre sulcos ou em sulcos qu ‘manejados inadequadamente. De acordo com Bhering e Santos (2008), estes solos caracteriza™* pela fracao argila apresentar baixa capacidade de troca de cétions, predominantemente cau com baixo gradiente textural, e ser muito rica em sesquidxidos de ferro ¢ aluminio € derivados 20 Manual de adubacoecalagem para estado do Pacand Digitalizado com CamScanner ruptivas bisicas, sendo 4 ; rochas erupt as, sendo solos de coloragio uniforme, avermelhados, profundos, argilosos, porosos e bem drenados. Ocorréncia: Predomi (aHRRING: SANTOS, 3008) €m 15,18% das dreas das unidades de mapeamento do estado voenato em ountas Unidad nnn Pet Sorrem como classe néo predominante ou como ae de rochas basdlticas isi mapeamento, Os Nitossolos estéo presentes principalmente nas iy as do Estado (regises Norte, Oeste ¢ Sudoeste), em relevos ondulados (Figura 2.4b).. 5 i aisagem de ocorréncia de Nitossolos no Figura2.4, Perfil de Nitossolo no municipio de Palotina ~ PR (a) e paisagem de ocorten municipio de Jussara — PR (b) copitulo2 = Digitalizado com CamScanner 2.2.5 Cambissolos ‘a) Conceito resumido: Solos pouco desenvolvids, com horizonte B incipiente, desde que nio satisfaga aos critérios de Chernossolos (ANJOS et al., 2012). b) Aspectos usuais e significado agricola: Geralmente pouco profundos (50 a 100 cm de espessura), apresentam horizonte B ainda em estigio inicial de formagéo (Figura 2.5a), embora scam encontrados perfis mais profundos desta classe de solo. A fertilidade quimica é bastante variivel, podendo ser alta ou baixa, dependendo da rocha de origem ¢ do clima, A mai dos Cambissolos ocorre em relevo menos movimentado (Figura 2.5b) comparativamente aos Neossolos. Quando férteis, sio intensamente utilizados na agricultura, apesar do relevo mais acidentado, No entanto, a maioria dos Cambissolos do estado do Parana apresenta baixa satura¢éo por bases ¢ elevada saturacio por aluminio, Porém, quando situados em relevos mais aplainados, podem ser utilizados para cultivos agricolas apés a corregio da acidez ¢ fertilidade, como ocorre, por exemplo, na regiéo de Lapa - PR e em Campo do Tenente ~ PR. Na planicie litoranea de Figura 25. Perfil de Cambissolo no municipio de Pinhais ~ PR (a) e paisagem de ocorré i ct ee ae paisagem de ocorréncia de Cambissolos (em 22 Manual de adubagdoe calagem para. estado doParan Digitalizado com CamScanner influéncia continental, sio observados Cambissolos Flivicos em relevo plano, largamente uilizados para cultivo de olericolas e algumas frutiferas, como em Morretes ~ PR ¢ Antonina ~ PR. Os Cambissolos pouco profundos e que ocorrem em relevos declivosos sio mais suscetiveis 4 erosio, que se agrava quando, juntamente com o solo, sio levados adubos e agrot6xicos, que podem contaminar rios e reservatérios. Frequentemente encontram-se Areas de Cambissolos cujo horizonte A ja foi perdido pela erosdo, e os cultivos agricolas sio desenvolvidos no horizonte B. As reas declivosas ¢ com perfis menos profundos deveriam destinar-se & preservagao da fauna ¢ da flora ou a pastagens. ¢) Ocorréncia: Predominantes em 10,63% das teas das unidades de mapeamento do Estado (BHERING; SANTOS, 2008), ocorrem como classe nao predominante ou como inclusio em outras unidades de mapeamento. Os Cambissolos sio encontrados principalmente no litoral, primeiro ¢ segundo planaltos paranaenses e, em menor proporgao, também em algumas dreas do Terceiro Planalto. 2.26 Espodossolos 4) Conceito resumido: Solos com B espédico em sequéncia a horizonte E (élbico ou nao) ou horizonte A (ANJOS et al., 2012). 4) Aspectos usuais e significado agricola: Sa0 solos arenosos, com actimulo de matéria orginica e/ou dxidos de ferro no horizonte Bh ou Bs, frequentemente com horizonte E acima deste (Figura 2.6a). Em muitos casos, este horizonte pode ser muito duro e pouco permedvel & Agua (Bsm ou Bhm), caracterizando 0 ortstein, popularmente conhecido por “pigarra” na regido litoranea. Ocorrem usualmente em relevo plano (Figura 2.6b). Considerando a grande quantidade de areia, esses solos apresentam baixa fertilidade quimica ¢ baixa capacidade de retencao de nutrientes. Sua drenagem é muito variavel, indo do excessivamente drenado ao mal drenado, dependendo da posi¢ao na paisagem e da presenca ou auséncia de ortstein. Com todas essas limitagoes, 40 utilizados apenas esporadicamente para a agricultura, em pequenas areas, ©) Significado ambiental: Por serem arenosos, sio extremamente frageis ¢ deveriam set utilizados apenas para a preservacao ambiental. Devido & grande capacidade de infiltragao e baixo poder de retengio de poluentes, o lencol fredtico pode set facilmente contaminado por adubos aplicados em excesso, agrotéxicos e poluentes urbanos ou industriais. A exuberdncia das espécies florestais nativas é dependente da mineralizagao continua da matéria orginica ¢ liberagao de nutrientes para o solo (ciclagem de nutrientes), favorecida pelo clima quente ¢ timido do litoral, Visto que a fertilidade quimica do solo é baixa. Muitas areas de Espodossolos sio ocupadas por unidades de conservagao (parques, estacées ecoldgicas etc.) no litoral do Parand. No entanto, outras éreas de Espodossolos sao utilizadas para loteamentos, quando préximas orla marinha, quando sio terraplanados ¢ é eliminado o sistema natural de cordées ¢ intercord6es litorancos. d) Ocorréncia: Predominantes em 0,42% das Areas das unidades de mapeamento do Estado (BHERING; SANTOS, 2008), além de ocorrer como inclusio em outras unidades de mapeamento, Estio presentes somente na planicie litoranea do Estado, 2.27 Gleissolos / / 4) Conceito resumido: Solos com presenga de horizonte glei, Bo aa cc cg Geral equéncia de horizontes 5) Aspect is ¢ significado agricola: Geralmente, apresenta s : ACg saa See subsuperficial de cor usualmente acinzentada (Figura 2.72), devido aos processos de redugao do ferro ocorrentes neste solo. Normalmente, estes solos situam-se evidenciando expressiva capulo2 2B Digitalizado com CamScanner Figura26. Perfil de Espodossolo no municipio de Paranagud ~ PR (a) c dtea de ocorréncia de Espodessolos na Floresta Estadual do Palmito, em Paranagud ~ PR (b) em relevo plano nas areas de planicie aluvial dos rios (Figura 2.7b). Apés retirado o excesso de égu por drenagem, podem ser utilizados na agricultura. Normalmente, sao solos de baixa fertilidade quimica, 0 que implica no emprego de adubos e corretivos. ©) Significado ambiental e urbano: Localizam-se préximos aos rios ¢, em razdo Encosta Vatzea”.@ ae — ro ee OD D Plano 0 (eyoic! -Coleta de pontos Figura3. Modelo esquemtico de definigéo de éreas para amostragem, resultando na colera de cineo amostas na propriedade ada de cada amostra simples deve ser limpo apenas retirando-se os restos de sem revolver a sua camada superficial (no raspar). Quando urilizada apd de corte, deve-se abrir um buraco na profundidade desejada com 0 enxadio. A seguir, cortar com a pa de corte, num dos lados, uma fatia de solo, climinando as porgées laterais ¢ coletando o terco médio da fatia de solo. Cuidar para que as amostras simples tenham volume de solo iguais ou muito préximos em todas as amostras simples. vr ser colocadas em recipientes usados ou sujos,tanco durante o proceso da amostra composta 20 laborat6rio, com a O local de r plantas da superficie do solo, As amostras nao deve de coleta de amostras simples quanto para envio devida identificagao (Figura 3.2b). Para manter a homogeneidade nas coletas, simples em locais com presenca de eroséo laminar ou em § formigueiros, cupinzeiros, cochos, saleiros, locais de mobi estradas ou terracos, locais de deposigéo de correrivo’ aia outros, . ee foe — copies Digitalizado com CamScanner nao se deve realizar a retirada de amostras sulcos, proximo a carteadores, érvores, ilizagio de solo para construcio de Iturais ¢ dejetos animais, dentre Trado, Trado Pade ete, nolandés —calador corte | ‘ | Municipio: | EE Gleba: Amostra n®: Profundidade: Escolha a andlise | -Rotina: Micro Os | Fisica: Figura3.2. Equipamentos utilizados para amostragem de solo (a) e sugestio de etiqueta com informagées sob amostra (b) 3.1.4 Local e profundidade da amostragem de: solo 3.14] Amostragem em dreas com mobilizacdo de solo ou a serem adequadas Em dreas com mobilizagéo mecinica ou de adequagio da fertilidade do solo para iniciar novos cultivos, amostrar na profundidade de 0 a 20 cm. A amostragem de camadas mais profunds, de 20 2 40 cm, possibilita avaliar a necessidade de corregio de impedimentos quimicos o desenvolvimento radicular, tais como: elevada acidez, elevados teores de aluminio, baixos teors de cilcio, teores de nutrientes de maior mobilidade (enxofre ou boro), relevantes para muitss culturas, especialmente plantas perenes e culturas sensiveis & acidez ou exigentes nestes nutrients No caso de coletas em mais de uma profundidade, apés coletar a primeira camada (0 a 10 cm ou 0.220 cm), deve-se proceder & retirada do excesso de terra que cait: no buraco para, na sequéncs, efetuar a coleta na profundidade de 10 a 20 cm ou de 20 a 40 cm. Nas culturas com pteparo de solo profundo, tais como cana-de-agticar ¢ batata, as amosts devem ser coletadas na profundidade de 0 a 30 cm. 314.2 Amostragem de solo em sistema de semeadura direta Na semeadura direta, a variabilidade espacial da fertilidade do solo € maior do que em areas oO" mobilizacéo mecinica, especialmente pela formagao de gradiente em profundidade. Este decor da permanéncia dos residuos vegetais na superficie do solo, da aplicagao dos adubos nas camadss mais superficiais (a lango ou em sulco) e da aplicagio superficial de calcario, dentre outros fatores bem como pela formacéo de gradientes horizontais decorrentes principalmente da aplicas#? de adubos em sulcos. Esta variabilidade espacial aumenta com o espagamento das culturas. No eee cet variabilidade horizontal provocada pela aplicagao de adubos em sulcos tende a desaparecer Digitalizado com CamScanner «g eempo como resultado da consolida efeitos ds sitimas saftas, Alem disso, cals eh, i lee 6 ‘oleta aleatéri; da ilima saffay nfo permite identifiear tore on rmanecer com clevada concentragio desk thas Portanto, a amostragem deve ser fe a, pode indusl ; seal, pd nd 3 rs de ny : fa, Pata nao corter tiscos, em gre onsequent spd Ta nl coe hsm as om sonceatentements da dose dead ae -a fazer a amostragem é no final do e, agio de adubo part do ciclo ou api = distinguir as linhas da p68 a colheita da ci 4 po in cura presences car de vei, quand ind de inverno c alcangard mais rapidamentea homogeneizacie dy na et cular adubard a cultura . a seneizacig importante em dr wencagao da dea, B é part importante em seas de Baia ov media aug oe te Ee sp pulment pode ser muito mais fértil do que o das entrelinhas, — PtOxime & linha de semeadura n has, Considerando resultados recentes obtidos 10 da semeady « direta, permanecendo basicamente os Por mais que direcionada para a entrelinha de cultivos anteriore: jossam ainda vos anterior aaa © que possam ai pel nhas das culturas. Caso sek ae Ituras. Caso sejafeita no sulco de uilcos, a melhor época ft exPerimentosem sistema de semeadura deta de age mpontoramento vertical da ferlidade no pet te Penida de 0 2 20 cm, quando do , real do solo, sambe para avaliagio da disponibildade de enxofre, cileio ed acre. soporte 204A em cil 3143 Amostragem de solo em culturas perenes Na definigio de dreas homogéneas, além dos aspectos mencionados n considerar as diferencas na idade das plantas, producio, stern de mda f , , sate : espacamento, cultivares e combinacao de porta-enenos, mame ieee Quando realizada antes da implantagao da cultura, a coleta deve ser efetuada nas camadas de 0 2.20 cme de 20 a 40 cm, Em reas com a cultuta jé instalada e que recebam aplicacéeslocalvadas de adubos, a coleta das amostras deve ocorrer nos locais onde o adubo é aplicado ¢ nas meomes profundidades. 31.44 Amostragem de solo em pastagens Em reas de implantacao ou reforma de pastagens deve-se amostrar 0 solo na profundidade de 0.220 cm. Em Areas com pastagens ja instaladas, em que as aplicagées de adubos e corretivos so realizadas a lango ¢ sem incorporagio, deve-se monitorar a fertilidade do solo em duas profundidades: de 0 a 10 cme de 10 a 20 cm. 31.5 Frequéncia e época de amostragem [A definicao da frequéncia no monitoramento da fertilidade do solo eda époce prferencil das | © sustentavel de adubos € corretivos. Elas dependem do amostragens possibilita 0 uso racional J i plo d dda intensidade das adubagoes € corresses, poder tampio do solo, do sistema de manejo utilizado, do planejamento das rotagées ¢ das sequéncias de culturas. ‘A amostragem para fins de diagnose da fert anos. Devido & variacao minima com 0 tempos ae area. ser relizada somente na primeira amostragem da 4 cio devese ena asst080 a ais e em rotaga Em Areas cultivadas com espécies anus Nee ‘ roducio. Em pastagens ja preferencialmente, apés a colhelta da cultura prin fa Comets do perimens vegetative , Je erés mes a i a. amostragem cerca is dois meses apés @ eee cs de ae ‘a amostragem pode ser feita cerca & maximo. No caso de culturas , tltima adubagéo de manutencio ou logo apés# colheis — cada dois ou trés dade do solo deve ser realizada ee ee site arg) pode a andlise granulométrica (areia, = raninio3 8 Digitalizado com CamScanner Jeve considerar 0 tempo necessario para nd io di SC real i s € para a reagao dos correti aplicar os insumos e p ah ivos, rambém agem camber énoca de amostt® A época de amor ceber © i at lise, comprar FC nterpretar a io a0 laboratorio onadas em embalagens livres de Contamin, As amostras compo sixas de papelio apropriadas). Se a amostra de solo estives mali MP te caloci-la na embalagem para remessa a0 laboratério, Cada ams is gemaeaat’delmigdo Gile os caultaded posse a ram eoletadas,além de conter as informagbes bi ode amostras para envi 3.1.6 Preparas: em ser acond ostas de 0 -la ao ar nt el licionad, fn Mote tiquetas 4 Safe Protegids composta deve ser devid ; se a ctivas dreas em que for - 7 b dh propriedade, partic {rio ¢ localizacio (Figura 3.2b). Caso sejam utilizadas ¢ da propriedade, c ‘as devem ser preenchidas a Kipis ou caneta que nao borre e fi tas identificaga umidade, 6 laboratério escolhido para realizar a andlise esteja participandy de algun conv sar de qualidade, No Parani, a maior parte dos laborat6rios Participa do contol de qualidade realizado pela Comissio Estadual de Laboratérios de Andlises Agronémicas, (CEL, que existe desde 1995. A CELA! realiza trimestralmente o controle de qualidade de todos ot Inboratrios vinculados e emit selo de qualidade Aqueles com baixa variabilidade em suse andlise, 3.2 Amostragem de Solo para Agricultura de Precisio Considerando que os solos possuem variabilidade espacial, a amostragem de solo em ur de gerenciamento de agricultura de precisio deve impactar diretamente nas doses de corretivos e aduby Assim, podem ser consideradas agricultura de precisi im sistema Ser a mais representativa possivel, pois pode 08, trés formas de se realizar a coleta de amostras de solo para logia que consiste em gerar uma malha com distinc de amostras (Figura 3, 3). Com 0 objetivo de conhecer mapas de fertilidade, menotes, dentro dos mostra composta, de amostras simples & de 19 tamanho da célul quantidade de nto negativo, hi o risco de nao se coletat ‘S40 da variabilidade real do solo. Sm custo reduzido em relagao & amostrage® eS Beoestacisti io de maps bom SB sticas para a geracio ancl nado 8 fertlidade do sais PEESEREES No campo sao causadas por algut™ a lo. Podem ser utilizar mapas de produtivi Worms sonsencaad me ism: wn "Usb ncparare bry 4 Manual de, Subag0 calsgem para. “ fem como obj Problema relay Digitalizado com CamScanner © 76-91 (5.108 ha-13,8%) © 19.26 (5.431 ha -146%) © 55-76 (5.378 ha-14,5%) © 14-19 (5,148 ha-13,9%) © 37-85 (5.523 ha - 14,9%) © 26-37 (5.324 ha- 14,4%) oom © 9.270 © 4.010 © 7.910 © 2.240 © 11-14 (5.189 ha - 14,0%) © 6.670 © 0.000 © 5.410 Figura33. Amostragem de solo em grade gular (2), mapas eaborados a partic das andlise das amostascoleradas para saturago por bases (V9) (b)e dose de calcio (hig ha) a ser apicade() Produtividade (%) 110-175 90-110 © 45-90 merry Figura3.4, Definigao das éreas homogéneas para coleta de Prévio de: Produtividade ‘amostras composta de slo, de acordo com o mapeamento Copitio3 35 Digitalizado com CamScanner que possam indicar onde a cultur, reialprodutivo. Por exemplo, os indices de vegetacio, que podem veleutos aércos no tripulados (VANT) equipady, rs or por imagens de saéite, Os indices de vegetagao slo mais bem nie sensiveis 3s variagbes de fertlidade e que apresentem correacin tra produtividade do produto a sercolhido, por exemplo, nay ‘cena, Nesta metodologia, os pontos ce coleta de amostra sig sronesse e nao aleatorias, O niimero de amostras simples em cadz 4125, segundo procedimento descrito no item 3.1.2. jamento: £ uma metodologia mais completa, izadas varias ferramentas btidos por sensoresinstalads nas colhedoras ou mapas snot pote 1 Gpticos terrestres, tem maior ou m ser obtidos por sensore com eimeras multiesp aproveitados em culearas m centre a biomassa aérea da p culturas de milho, trigo, aveia direcionados para regibes de regio de interesse deve ser de 20 nostragem por tinidade de manejo ou gerenc! enta resultados de médio ¢ longo prazo. Neste caso, so ut nea delimitar diferentes unidades de gerenciamento (Figura 3.5), que serio Smostradas e manejadas de forma diferente. Podem ser utilizados os mapas de produtividade afras ¢ culturas diferentes, 0 tipo de solo, textura do solo, condutividade elétrica do solo os indices de vegetagio também obtidos em safras ¢ culturas diferentes. A combinacio de vovdas essa informagées por uma andlise de agrupamento (cluster) permite delimitar dreas com caracteristicas distintas nfo apenas em termos de fertilidade, mas também pode se considerar a fisica do solo. Cada Area delimitada se torna um subtalhao com potencial produtivo diferente, no qual a amostragem de solo € realizada dentro de cada unidade de gerenciamento, distribuindo-se as 20 a 25 amostras simples de forma aleat6ria para a constituicéo de uma mostra composta, Esta metodologia permite a definicéo de doses de corretivos ¢ adubos para ‘eis, com doses uniformes dentro de cada area mas diferentes entre elas. que apre em conjunto de aplicagio em taxas va " 2 c © 0,74-0,77 © 0,63-0,65 ® 6,07-8,33 © 3,15-3,44 © Alta © 0,69-0,74 © 0,62-0,63 © 4,56-6,07 © 2,85-3,15 © Média © 0,66-0,69 © 0,55-0,62 © 3,82-4,56 @ 1,55-2,85 © Baixa © 0,65-0,66 © 3,44-3,82 a i008 Figura33. Indie de vegetagio em trigo (NDVI (a) e condutivdade elérica do solo (b), utlizados na definigio das tunidades de mangjo (€) nas quais serio coletadas amostras compostas dle solo 3.3 Determinagées Analiticas Na anilise de solo, a amostra recebida & previamente seca (ao at, na sombra ou em estufa com circulagio forcada de ar sob temperatura de até 40 °C), moida e passada em peneira com malha d¢ 2 mm (peneira ABNT 10). Em seguida, a amostra de solo é colocada em. entero com 0 extratoh em proporgio (relagio solo:solugio) e tempo definidos e, posteriormente, agitada. Posteriorment® a fuse s6lida é separada da liquida, por decantacéo e/ou filtragem, brendo-se 0 extrao (is , a partir do qual sto deterinados os iri ti rninados os atributos quimicos desejados, de incercsse fersiidede do salo e nutricio de plantas. 7 ecto Digitalizado com CamScanner {solo + extrator #5 extrato (pH,Ca, Mg, K,P,Cu,Min, Zn, AL..)] Os extratores sa solugoes dilufdas cons norginicas ou orginicas, como solucées sal (fcido + sal; base + sal) e substincias séliclas (res : ae ane ee a ¢ No principio de que estas substincias, em substitui¢éo ; os elementos do solo em quantidades que se correlacionam com 0 crescimento ¢ 0 desenvolvimento delas, ou seja, variagbes nos teores extraidos do solo implicam em variagées nas quantidades absorvidas ¢, consequentemente, no crescimento vegetal. Nesta concep¢do, um extrator pode estimar a forma disponivel de varios elementos, assim como varios extratores podem ser utilizados para estimar o teor dispontvel de um elemento. 4 oe diferem entre si quanto & capacidade de extragio, a qual é fungio da composicio, las caracteristicas de operagio e da interagio solo-extrator. As diferengas na capacidade de extracio ‘lacionadas & sua cot igdo sa " relaciona mposi¢ao so determinadas pelos diferentes mecanismos de interagio entre os constituintes do extrator e as formas de ocorrén tuidas de uma ou mais substincias quimicas puras, solugées dcidas, solugées basicas, solugées mistas ‘as trocadoras de citions ou anions). n do clemento no solo. As diferengas resultantes das caracteristicas operacionais sio atenuadas por meio da padronizagio da metodologia de anilise, abrangendo: + Acomposicio do extrator; * Arelacio solo:solugio; + Otempo de contato na agitacao; * Otempo de contato apés a agitagao (decantacao ou filtragao); * Procedimentos para determinagao do elemento no extrato. Os programas de controle de qualidade de anilises de solos tém contribuido expressivamente para a diminuigao das diferengas decorrentes da operacionalizagio da metodologia de andlise. Na Tabela 3.1 so apresentadas as determinag6es analiticas realizadas no estado do Parand ¢ os respectivos extratores, sua composi¢ao, relagio solo:solugao ¢ 0 tempo de contato. 34 Interpretacao dos Resultados da Andlise de Solo A disponibilidade do elemento para as plantas é funcao dos fatores quantidade, intensidade e capacidade do solo. Os teores estimados por extratores quimicos expressos na anilise de solo sio, na maioria das situag6es, uma estimativa do fator quantidade. Na perspectiva do “extrator universal”, admite-se que o extrator deve ser minimamente influenciado pelas caracteristicas do solo, o que néo ocorre. Os extratores tém a capacidade & extracao, de estimar 0 teor disponivel as plantas, influenciada, em maior ou menor grau, pelas caracteristicas do solo. . ‘ O extrator nio é melhor ou pior porque extrai mais ou menos puatientes. A premisst fundamental é a existéncia de correlacéo entre os teores extraidos So crescimento vegetal. Extratores diferentes extraem teores diferentes ¢ apresentam niveis Coes aA ce entre solos, Assim, os critérios de interpretagio $40 especies aa Deve se sempre considerar este aspecto quando serealaa 2am TE Ot an pats, ‘As diferengas de niveis criticos entre solos para um i eveidade tampao o teor de agi, 1 nnn de eda tipo desl. Si indzadores da pe a def 0 a capacidade de troca catiénica (CTO), a retensao de dgua, a caps ee abilidade 7 dep fe veemitem major ou menor gra s os quais permitem \ mm, com fsfororemanescene, entre outros, ¢° permite tos do slo ue BCP xe andlise de solo. forinagaes contidas 1 = SANS Nis —___— capitue3 37 es i Digitalizado com CamScanner ceseaynou ap runowinyay zy ‘erSmapluns =p ranownyan Sy 2 ¥>, ‘opeyleoy anaurEANpEL HRA Hoe Hd OF p eINSuIDadg ‘S4OrdDe HOHWONY eBSIOSgY 9p HWA Sy, Supe ‘OFSNpSHRNO ap HRSUMIO <0 eae cP OW SO OFA PE APICAL a tp om $z10'0'OS'H Digitalizado com CamScanner Sau no 2 PAP supe ng %, up: sS3O~dD1 90 VY ou ou ont Aer eaean at TAPP UZ “UW ND 2g <0 (A 009) § ‘aun up Su ADT RO ve 2 BHP [Our 10 Up sSYO-dD] No rMeUTHIOIOD so “oud ras SEPTOW TOOT" ange wa ‘oupq ap or2101>) a UP [ow ZVOH we cup Sur 2$9O-d1 No eneunprqany, weeny ee str ‘dP up Bur gOS ‘oopp]pooUOUT ortysoy s ‘OH “Coa'HD up youn umnauiopuaey 1 st oer ans WH tip “jou Sapo 7 lUp Jou $7100 'OSH = x os a nu ou out ty ee TPH a 5 einouinjaa 104 py 9 & Spies eases nae ol or ort SEP [OW | [Dy orssyiod ap 0123013) Wan e aa UP Jou 10°04 UP [8 19'0 FD. ns Py cea P 104 10'0 OED POW 100 DD os oH oH ere] OP oper ou Soper ssrovenxs > 9pepy|suaj 9p sty ered ojos op soxypue seu SOpel[eae soanGUNY "TEIOGEL, anual de cuba eager para estado doParang 6 ie maior abrangéncia, indicativos da atividade da fragio argila do solo, seria mais adequado para 0 mangjo de citions ¢ anions, especialmente em especificidades pedogenéticas determinadas pelas diferengas dos processos de formagio do solo, Contudo, deve-se reconhecer que a consideragao do teor de argila constitu um avango e, no minimo, é 0 ponto de partida no auxilio da interpretacao. Nivel ritico ou teor critico é assumido como o teor do elemento no solo que proporciona a misma producio fisica ou produgéo de interesse, considerando também aspectos econdmicos. Na aioria dos casos, 0 teor do nutriente no solo que proporciona 0 maximo retorno econdmico é uum pouco inferior a0 que proporciona a méxima produtividade ou o maximo rendimento relativo. Por isso, o nivel crftco € definide como o teor do elemento no solo capaz de proporcionar 90% da roduéo méxima, Neste Manual serio utilizadse ag nny i a : pin i as seguintes classes de interpretagao das andlises 1. Muito baixor Teor que proporciona até 40% da produgio méxima; 2, Baixo: Teor que proporciona de 40% a 70% da produgéo méxima; 3, Médio: Teor que proporciona de 70% a 90% da produgéo méximas 4, Alto: Teor que proporciona de 90% a 100% da produgéo maxima; 5. Muito alto: Teor que pode proporcionar limitagio de produgio; aq 6. Condisao a evitar: Teor que pode proporcionar decréscimo de producio, por desequilibrio nutricional ou toxidez. por excesso do nutriente, € risco de contaminagio ambiental. A observancia de teor muito alto para os nutrientes constitui alerta para a hipdtese de limitagdo de producio, que poderé estar ocorrendo ou nio, estando a aceitagéo desta possibilidade condicionada a observacées in loco, considerando-se, sempre, aspectos do rendimento efetivo que estd sendo obtido € do histérico de manejo da area. O teor classificado na condicio a evitar geralmente est associado a0 uso continuo e exagerado de insumos. No caso do AP* e da saturacéo por aluminio (m), a correlacao entre 0 teor no solo e a produgio é inversa: aumentando-se esses valores tem-se maior probabilidade de diminuicao de produgio; deve-se interpretar de forma inversa daquela para os nutrientes, sendo desejavel que os teores sejam muito baixos, proximo de 2e10. Nas Tabelas 3.2 a 3.5 sao apresentados os niveis de interpretagio de atributos quimicos do solo, de acordo com resultados de pesquisa existentes no Parana. Os niveis de interpretagdo para os micronutrientes, especialmente manganés, devem ser considerados com cautela, uma vez. que as calibrag6es sf em pequeno ntimero € com resultados varidveis. Nao sio apresentados niveis de interpretago para alguns micronutrientes como ferro, molibdénio, cloro € niquel, tanto 100: 90; 80: 70} 60 50 40 30, 20: 10 0 Rendimento relativo (%) + + t ae ito baixo —- médio alto muito alt x0 > F235, Relaco entre rear de um nutrie no slo ¢rendimento rlaivo Gapituo3 39 Digitalizado com CamScanner pela auséncia de resultados suficientes que permitam a definigao de niveis criticos quanto pe, dificuldades de as metodologias existentes representarem as variabilidades que ocorrem a camp, na relacio entre teor medido no solo e produtividade das espécies cultivadas. Fatores climatico, cultivar utilizada, procedimento analitico ¢ 0 tipo de solo interferem sobremancira no Tesultads obtido pata os micronutrientes, Muito baixo <4,0 <47 <03 <05 <02 <5 <20 Baixo 4,0-4,4 4,7-5,1 0,3-0,7 0,5-1,0 0,2-0,4 5-10 21-35 5-7 1-20 48 07-14 Médio — 4,5-4,9 5,2-5,6 0,8-1,5 1,1-2,0 0,5-1,0 11-20 3650 814 21-40 9-14 15.24 Alto 5,0-5,5 5,7-6,2 1,6-2,5 2,1-6,0 11-20 21-50 51-70 15-24 41-80 15-20 2,534 Muitoako >55 >62 >2,5 >60 >20 >50 >70 >24 80 >20 >34 ee ae OPES 67 oss co n= aE AE Mega SO I eieatyeada '- "am: Saturagio por Al" *V: Saturagio por bases; CTC: Capacidade de toca de citions: CO: Carbono — Para transformar CO em satéra orginica, muliplicar por 1,724; *MO: Matéia orginica Tabela33. Interpretacio para o fésforo disponivel no solo (extraido por Mehlich-1) para o estado do Parana Muito baixo <6 <4 <3 <8 <2 Baixo 612 48 36 8.20 23 23 Médio 13.18 9-12 79 21-50 45 46 Alto 19.24 13-18 10-12 51-100 67 ma Muito alto >24 > 18 >12 > 100 >7 >10 Condiséoacvitar > 120 >90 > 60 > 300 > 28 > 40 "Para a ervemateinterpretar oP dsponivel considerando o or de aria do solo, Tabela3.s.Imerpretaco para @ potssio woctvel no solo (exraldo por Mehlich-1) para o estado do Pacand café ' < 0,06 < 05 3,0 > 1,20 > 10,0 a Digitalizado com CamScanner Tabela3.5. Intespretagio para enxofrec alguns micronutrientes disponives no solo para o estado do Parand <30 <0,10 I 1,0-2,0 3,0-6,0 0,11-0,20 0,2-0,5 5-15 0,4-0,8 Médio 2130 6190 021-030 06.08 1630 09-12 Alo 31-60 951-120 0431-060 09.30 31-100 1,3-10,0 Muito alto >60 > 120 > 0,60 >30 > 100 > 100 Condigéo a evitar - : 2,0 >20 > 200 > 30,0 "Bxtaido por cloreto de birio em gua quente;*Extraido por Mehlich-l Referéncias FONTOURA, S. M. V. et al. Camada diagnéstica e critérios de manejo da fertilidade de solos em plantio direto na regiéo Centro-Sul do Parand. Guarapua Fundacio Agriia de Pesquisa Agropecuiria, 2011. 64 p. LANA, M. C. et al. Andlise quimica de solo ¢ tecido vegetal: priticas de laboratério. Cascavel: Edunioeste, 2010. 130 p. PAULETTI, V. etal. Atributos quimicos de um Larossolo Bruno sob sistema plantio direto em fungéo da estratégia de adubacio ¢ do método de amostragem de solo. Revista Brasileira de Ciéncia do Solo, Vigosa, v. 33, 1,3, p. 581-590, mar./jun. 2009. RAI}, B. van etal. (Ed.). Recomendagées de adubagio € calagem para o estado do Sao Paulo. 2. ed. Campinas: Instituto Agronémico & Fundasio IAC, 1996, 285 p, (Boletim Técnico, 100). SOCIEDADE BRASILEIRA DE CIENCIA DO SOLO; COMISSAO DE QUIMICA E FERTILIDADE DO SOLO. Manual de adubagio ede ‘alagem para os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. 10. ed. Porco Alegre: Sociedade Brasileira de Giéncia do Solo - Nicleo Regional Sul, 2004. 400 p. VIEIRA, J. M. Plantio direto. In: INSTITUTO AGRONOMICO DO PARANA - IAPAR. ‘Amostragem de solo para anlise quimica: plantio dircto e convencional, culturas perenes, virzcas, pastagens © capineiras. Londrina, 1996. p. 11-14. (Circulas, 90). VIEIRA, R. C. B. et al. Critéios de calagem ¢ teores cxticos de fésforo e potissio em Latossolos sob plantio direto no centro-sul do Parand. Revista Brasileira de Citneia do Solo, Vicosa,v. 37, n. 1, p. 188-198, jan.! fev, 2013. VIEIRA, R. C. B. Recomendagio de adubacio fosfatada e potissica para rotagio de culturas em Latossolos em plantio direto de longa duragio no ‘centro-sul do Parand. 2014. 81 £ Tese (Doutorado em ‘Citncia do Solo) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2014 cits 4 Digitalizado com CamScanner Diagnose do estado nutricional das plantas No Ambito agricola, a diagnose do estado nutricional das plantas é baseada na premissa de que existe uma relacio entre a concentragéo de determinado nutriente na planta, obtida pela andlise quimica de tecido vegetal, e seu crescimento ou produtividade, mesmo considerando-se a multiplicidade de fatores que podem influencié-los. No entanto, para a nutrig4o de plantas, os objetivos da andlise quimica de tecido vegetal sio variados, como: + Diagnostica um problema nutricional nao identificado visualmente (fome oculta); + Identificar sintomas visuais observados no campo; + Localizar éreas que apresentam suprimento marginal de nucrientes; + Identificar se um determinado nutriente aplicado foi absorvido pela planta; + Identificar interagGes e antagonismos entre nutrientes; + Identificar a mobilidade, a redistribuigao, a flutuagéo estacional e o local de armazenamento de um determinado nutriente; + Indicar a necessidade de uma andlise complementar de solo para verificar a causa especifica de um problema nutricional; * Ausiliar 0 programa de aplicagdo de adubos e cortetivos, juntamente com a andlise de solo; * Avaliar a demanda ou exportacéo de nutrientes; * Mapear dreas de fertilidade do solo * Estimar os niveis de nutrientes em materiais vegetais uti animal; e * Avaliar processos de fitorremediagao, co! minimizar o impacto da polui¢éo quimica. As partes das serem amostradas devem se! ; relagéo eee a composicéo mineral, mas que tenham sensibilidade para a Fe Vatiagbes de composigdo em Fungo do suprimento de nutrients, Geralmente, © PA C* ue melhor reflete essas condig6es & a folha. Assim, dependendo da cular eee folha inteiras, apenas o limbo foliar, as nervuras ou o pecilo ce determina’ Ns MTN A idade da folha ou tecido vegetal a ser coletado depende das caracreriscs OM i ém-maduras, completamente avaliads, Para herbiceas, so amostradas comumente as folhas recémrninc™t ag *envolvidas; jé para as lenhosas, as folhas do tergo médio da brotacao do ano, Afnida eon ners, lizados na alimentagio humana ou ma selegio de plantas porenciais que possam + as que apresentam maior esabilidade em 6 Gute ee eit 8 Digitalizado com CamScanner Dependendo da cultura e do objetivo da andlise quimica do tecido vegetal, podem we analisadas as seguintes partes: * lores; * Seiva ou suco celular de tecidos condutores; + Frutos; + Raizes; Sementes; e Toda a parte aérea. Assim, ertérios de amostragem de tecido vegetal devem estar inevtavelmenteassciads ay critétios de interpretagio dos resultados, Neste Manual, as orientagées sobre a tecido ou parte dele deve ser coletado, bem como sobre a época da coleta pata fi do estado nutricional da planta sio a al5. quantidade e qu ins de interpretagin presentadas especificamente para cada espécie nos capitulo 4.1 Amostragem de Tecido ‘Vegetal e Envio ao Laboratério A.amostragem é uma etapa que deve ser planejada e executada com a maior eficiéncia posstvel, pois qualquer falha pode comprometer a interpretagio dos dados. A amostea coletada deve representar populagio analisada, De preferéncia, esta pritica deve ser confiada » pessoas treinadas. O primeiro passo para a amostragem de tecido ve; modalidade de diagnéstico nutticion, que afetam uma cultura é plantas, getal € averiguar se, realmente, esa a exclusio de fatores bisticos e abitixs al € valida, Para isso, maior demanda, o sintoma de deficié velhos, especialmente nas folhas, ‘a planta, ou seja, no pode ser retirado do Srgio em que foi iniciam-se nas folhas e tecidos mais jovens, tecidos mais velhos, ncia ocorre primeiro ¢ é m8 acentuado nos tecidos mais Quando o nutriente é pouco mével depositado incilmente, 0 sino diminuindo e até desaparecendo nas folhas ¢ «a, simetria € a ocorténcia similar da deficiéncia em tecidos da mesma idade, ous ° da mn core em determinada folha do lado esquende planta, 6 mesmo deve ocore fh da mesma posigio ou idade no la Na Figura 4.1. possivel observar tanto 0 gotlit quanto a simetria dos sintomas de de potissio em soja, ido dicito, deficiéncia ; os nal nas pl arn reidade, come Ht aparentes de deficiéncia ou toxicidade, i ert tals ¢ iagée: ; jes ot fortes); Niremas (variagbes de temperatura, umidade, imundagoe aio anerais, sin * ou interagio de produtos (adubos minerals vento); mal preparo, excesso de w ali Digitalizado com CamScanner

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