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LÓGICA DE PROGRAMAÇÃO

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121 minutos

seõçatona reV
 Aula 1 - Conceitos introdutórios
 Aula 2 - Definições de lógica

 Aula 3 - Elementos fundamentais de programação

 Aula 4 - Algoritmos

 Referências

Aula 1

CONCEITOS INTRODUTÓRIOS
Nesta aula iniciamos os estudos sobre programação de computadores em que você terá
contato com os primeiros conceitos de algoritmos, variáveis, tipos de dados e os operadores
básicos.
33 minutos

INTRODUÇÃO
Olá, estudante.

Nesta aula iniciamos os estudos sobre programação de computadores em que você terá contato com os
primeiros conceitos de algoritmos, variáveis, tipos de dados e os operadores básicos. A compreensão dos
fundamentos da programação é importante para que o restante do aprendizado adiante não seja
comprometido, assim como compreender a base sobre a qual a grande área de Tecnologia da Informação é
construída. Desse modo, aproveite esta etapa para estudar com calma, lendo e relendo os conceitos e
exemplos apresentados, realizando os exercícios, assistindo aos vídeos das aulas para que o conteúdo seja
entendido de modo adequado e sua jornada seja tranquila.

Bons estudos!

PRIMEIROS CONCEITOS
Vamos começar abordando os primeiros conceitos da lógica de programação e a definição de algoritmo, que
é o núcleo da sua aprendizagem nesta disciplina.

A programação de computadores é um termo abrangente e que pode ser compreendido de diversas


formas. “Programar”, no nosso contexto, refere-se a aplicar técnicas e sequências de instruções a um dado
artefato tecnológico com o objetivo de que suas tarefas sejam executadas automaticamente. Pense no
exemplo dos robôs de limpeza utilizados para limpar o chão de casas de modo autônomo. Para que este
artefato tecnológico consiga realizar suas tarefas sem danificar objetos da residência, muitas instruções
estão gravadas em seu sistema para controlar sua operação. A partir do momento que ele é ligado, deve
mapear o ambiente, verificar a existência de móveis, calcular a rota e assim por diante. Todas essas
operações já estão programadas. Por exemplo, caso encontre um objeto à frente, gire 90º para a direita e
siga em frente. Para que uma instrução como essa seja salva no sistema do robô, é necessário que
linguagens específicas sejam utilizadas, afinal, o objetivo é instruir uma máquina formada por dezenas e
milhares de transistores, resistores e circuitos. Assim, uma instrução na linguagem humana deve ser
traduzida para linguagens compreendidas pela máquina por meio do que chamaremos de comandos.
Portanto, uma operação que pode parecer simples do nosso ponto de vista muitas vezes será dividida em
dezenas, centenas ou milhares de comandos para a máquina.

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Desse modo, é possível inferir que o estudo da programação deve ser composto de outras áreas do
conhecimento, como a lógica, pois é necessário que as sequências de comandos estejam organizadas
logicamente de modo a fazer funcionar a máquina em toda sua complexidade. Além disso, elementos da
matemática e até mesmo da linguística também são utilizados, pois para escrever um programa com
instruções e comandos é fundamental que sigam as sintaxes e padrões estabelecidos.

0
O que é algoritmo

seõçatona reV
É comum hoje nos depararmos com a palavra algoritmo em notícias, vídeos, reportagens, pois ela é utilizada
em contextos diferentes como: eleições, propagandas, recomendação de filmes e séries, etc. O motivo para
a difusão desta palavra é simples: o algoritmo é a base da programação. Mais especificamente, um
programa de computador é a implementação de um ou mais algoritmos como solução para resolver um
problema.

Do modo sucinto, pois abordaremos os detalhes em outro momento, um algoritmo é uma sequência de
instruções e comandos para resolver um problema.

 Reflita
Quais algoritmos você já utilizou em sua vida? Podemos pensar no ensino fundamental, quando
aprendemos o algoritmo da divisão. Ou então os passos para resolver uma fórmula de Bhaskara; os
passos para descobrir se um número é primo, entre outros.

Em resumo, um algoritmo é como uma receita, isto é, a descrição dos passos necessários para se chegar a
um resultado esperado.

Variáveis, tipos e operadores


Para que um programa implemente um algoritmo é preciso, além da lógica do algoritmo em si, um
ferramental para manipular os dados e organizar as instruções. De modo geral, a maioria das linguagens de
programação apresentam variáveis para armazenar dados, que possuem tipos específicos e podem ser
relacionadas por meio de operadores.

Ao retomarmos o exemplo do robô aspirador, podemos imaginar de que modo vamos guardar a direção
que o robô se encontra, sua velocidade, sua energia, se há ou não objetos próximos e assim por diante.
Todas as informações devem ser armazenadas em variáveis. E, caso necessário, seus valores podem ser
alterados, como ao alterar a direção. Por essa capacidade de modificar os dados armazenados chamamos a
estrutura de variáveis, em oposição a constantes, que são dados armazenados imutáveis. Por exemplo: o
peso do robô será uma constante, pois não deve sofrer variações de acordo com sua execução. Por último,
para que as variáveis sejam alteradas é necessário manipulá-las, o que é feito com os operadores.

UM PROGRAMA E SEUS ELEMENTOS


Agora, vamos aprofundar o estudo inicial de programas de computador e uso e tipos de variáveis. Para
iniciar, temos uma receita de bolo abaixo:

Receita de bolo
• 2 xícaras de açúcar

• 3 xícaras de farinha

• 4 colheres de manteiga

• 3 ovos

• 1 colher de fermento

Modo de preparo:

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• Bata as claras em neve;

• Misture as gemas, o açúcar e a manteiga;

• Acrescente o leite e a farinha de trigo aos poucos;

• Adicione as claras em neve e o fermento;

0
• Despeje a massa em uma forma grande de furo central;

seõçatona reV
• Asse em forno médio a 180 °C, preaquecido, por aproximadamente 40 minutos.

Observe que uma receita tem duas partes principais: os ingredientes utilizados e o modo de preparo (no
nosso caso, o algoritmo), que é o passo a passo da manipulação dos ingredientes para obter o bolo
conforme esperado. Assim, a sequência correta da execução das instruções é essencial para o resultado
correto. Caso a última instrução fosse executada antes da hora, provavelmente o bolo não seria saboroso.
Da mesma forma, as instruções de um programa de computador devem seguir uma sequência lógica de
passos.

Ademais, não basta seguir a sequência correta se os recipientes e ingredientes não estiverem de acordo
com a receita. Observe que na receita há um número certo de xícaras de farinha. Na nossa analogia da
receita com um programa, os ingredientes seriam as variáveis, que podem ter suas quantidades alteradas
de acordo com o tamanho do bolo desejado e manipulados de acordo com cada operador, como adicionar
as claras em neve e o fermento.

Tomemos agora um exemplo de um programa em que se deseja calcular a média de três números inteiros.
Poderíamos escrever as instruções desse programa da seguinte maneira:

• Some os três números.

• Divida a soma dos três números pelo número 3.

• Imprima na tela o resultado.

Para os números 3, 4 e 9, por exemplo, poderíamos escrever o seguinte programa:

1. 3 + 4 + 9

2. (3 + 4 + 9) / 3 → Observe que os parênteses são utilizados da mesma forma que na


notação da matemática

3. imprimir((3+4+9)/3))

Porém, caso quiséssemos utilizar o programa para calcular a média de 6, 7 e 10, teríamos que reescrever
todo o programa para tal.

1. 6 + 7 + 10

2. (6 + 7 + 10) / 3

3. imprimir((6 + 7 + 10)/3))

E assim por diante, isto é, para cada três novos valores seria necessário reescrever todo o programa.

Para resolver esta situação, introduzimos o uso das variáveis e assim nosso código pode ser reutilizado.
Utilizaremos as variáveis x, y e z para representar os números, mas observe que você pode dar o nome que
quiser, desde que o primeiro caractere seja uma letra. Por exemplo: numero1, numero2 e numero3, ou a, b
e c, etc. E as variáveis soma e média representarão outras variáveis auxiliares.

Desse modo, o programa ficaria da seguinte maneira:

1. soma ← x + y + z

2. media ← (soma)/3

3. imprimir(media)

E, com isso, pode ser reaproveitado para quaisquer números, bastando modificar os valores de x, y e z.
Assim temos um programa mais completo e eficiente. Contudo, ainda é preciso estar atento aos tipos das
variáveis, afinal, a divisão de números inteiros nem sempre é inteira. Desse modo, é preciso especificar qual
o tipo numérico de cada variável:
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1. x: inteiro;

2. y: inteiro;

3. z: inteiro;

0
4. soma: inteiro;

seõçatona reV
5. media: decimal;

Desse modo, nosso primeiro programa está praticamente completo, com as variáveis e tipos definidos e o
algoritmo de cálculo da média implementado: a primeira parte refere-se ao que chamamos de declaração
das variáveis e a segunda parte às instruções propriamente ditas do algoritmo:

// Declaração das variáveis

1. x: inteiro;

2. y: inteiro;

3. z: inteiro;

4. soma: inteiro;

5. media: decimal;

// Instruções do programa

6. soma ← x + y + z

7. media ← (soma)/3

8. imprimir(media)

Apesar de completo, este exemplo tem fins apenas didáticos, pois não está em uma linguagem reconhecida
por nenhum compilador ou tradutor de linguagem de máquina. É o que chamamos de pseudocódigo, pois
simula o código de um programa em linguagem e símbolos mais fáceis de serem compreendidos por nós, o
que é a forma ideal de iniciar na programação.

O USO DE VARIÁVEIS E OPERADORES


Agora, veremos alguns exemplos de criação de programas básicos e sua implementação utilizando
pseudocódigo para representar as variáveis e as operações.

Tome o exemplo a seguir:

1. x: inteiro;

2. y: inteiro;

3. x ← 2

4. y ← x

5. imprimir(y)

Qual o valor de y após a execução das duas linhas?

Neste caso, a variável y recebe o valor que estava armazenado em x, no caso, o valor 2.

Agora observe o caso a seguir:

1. x: inteiro;

2. y: inteiro;

3. x ← 2

4. imprimir(x)

5. y ← x + 1

6. x ← x + y

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7. imprimir(x)

O programa possui dois comandos de impressão na tela. Quais os valores de x serão impressos?

Pare responder a essa pergunta precisamos executar o código passo a passo. Quando o programa executar
o primeiro comando “imprimir(x)” (linha 4), o valor de x será 2, pois até aquele momento foi a última

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atualização da variável x.

seõçatona reV
Contudo, no momento da execução do segundo comando “imprimir(x)” (linha 7), o valor impresso será 5,
você sabe explicar o porquê?

Após a primeira impressão, a variável y recebe o valor armazenado na variável x (que é igual a 2) mais o
número 1, portanto, y está valendo 3. No próximo comando, a variável x recebe a soma dos valores
armazenados em x (igual a 2) mais o valor armazenado na variável y (igual a 3). Portanto, a variável x é
atualizada para o valor 5. Ou seja, deixa de armazenar o valor 2 para armazenar o valor 5.

Façamos agora um outro exemplo para fixar o conteúdo visto até o momento.

O objetivo do programa será implementar um algoritmo que leia o nome de duas pessoas junto com suas
respectivas idades e imprima na tela uma mensagem de texto informando a soma da idade das duas
pessoas. Por exemplo: se o usuário digitar o nome João e a idade 24 e o nome Maria com a idade 25, deve
imprimir na tela a mensagem: “A soma da idade de João e Maria é 49”.

Para tanto, passamos a precisar de variáveis que representem texto e variáveis que representam números
inteiros. Além disso, é preciso ler os nomes e idades, calcular a soma das idades e imprimir a mensagem
solicitada, conforme o programa abaixo.

1. nome1: texto;

2. nome2: texto;

3. idade1: inteiro;

4. idade2: inteiro;

5. Ler(nome1); //neste momento é lido o primeiro nome

6. Ler(idade1); //neste momento é lida a primeira idade

7. Ler(nome2); //neste momento é lido o segundo nome

8. Ler(idade2); //neste momento é lida a segunda idade

9. soma ← idade1 + idade2;

10. Imprimir(“A soma da idade de “ nome1 “ e “ nome2 “ é “ soma);

 Observação
As duas barras // indicam um comentário. Isso significa que o texto após as barras não faz parte do
código, como nas linhas 5, 6, 7 e 8.

Como último exercício de fixação, execute mentalmente (ou em um papel) o programa acima com diferentes
nomes e idades e observe quais mensagens serão impressas ao final. Este é um bom exercício para
compreender que um programa deve poder ser utilizado para diferentes tipos de valores, o que chamamos
de entradas de dados.

Nesta aula, você aprendeu de maneira introdutória os principais conceitos de algoritmo, programa,
variáveis, tipos de dados e alguns operadores. Bons estudos!

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VÍDEO RESUMO
Olá, estudante, no vídeo desta aula abordaremos os primeiros conceitos da lógica de programação de modo
a complementar este material escrito. Abordaremos e ilustraremos a definição e os exemplos do uso de
variáveis com os principais operadores de maneira a consolidar essa etapa introdutória e essencial ao seu

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aprendizado.

seõçatona reV
 Saiba mais
O estudo da lógica de programação e dos primeiros passos para pensar e construir algoritmos pode ser
uma novidade interessante e desafiadora para muitas pessoas. Por isso, há diversas ferramentas
disponíveis para auxiliar os estudantes nesta etapa. Uma das mais utilizadas para o nível introdutório é
a linguagem Scratch, criada em 2007 pelo MIT e que utiliza elementos ilustrativos e blocos para ensinar
o pensamento algoritmo de maneira lúdica e didática.

O Scratch, sua documentação e instruções para download estão disponíveis em seu site.

Aula 2

DEFINIÇÕES DE LÓGICA
Nesta aula, você conhecerá uma temática fundamental para a compreensão do pensamento
algorítmico: a lógica proposicional, o ramo da lógica que auxilia a compreender e organizar as
variáveis, os métodos e as funções de maneira estruturada.
29 minutos

INTRODUÇÃO
Olá, estudante.

Nesta aula, você conhecerá uma temática fundamental para a compreensão do pensamento algorítmico: a
lógica proposicional, o ramo da lógica que auxilia a compreender e organizar as variáveis, os métodos e as
funções de maneira estruturada. Assim, por meio de definições e conceitos iniciais, você aprenderá o básico
da lógica, os principais conectivos como conjunção, disjunção e condicional, bem como sua representação
utilizando a tabela verdade.

Portanto, é importante que você acompanhe este material com atenção para que o conteúdo abordado
sirva como base para o seu desenvolvimento futuro no mundo da programação.

Bons estudos!

INTRODUÇÃO À LÓGICA
A lógica é um campo fundamental da ciência e da filosofia que estuda a representação do conhecimento, em
que a preocupação principal é a validação da argumentação. Assim, a lógica, como veremos nesta aula, não
busca verificar se uma ou mais afirmações são verdadeiras, mas se o modo como as afirmações são
organizadas é válido.

No programação, um dos maiores desafios é como representar as informações do mundo real que são
necessárias para a operação correta de um sistema. Assim, o estudo da lógica nos servirá para compreender
a linguagem de representação de informações do mundo real assim como validar e organizar as instruções
nos algoritmos.

A lógica é um extenso campo subdividido em diversos ramos. Entre eles, podemos destacar a lógica clássica
(também chamada de lógica aristotélica em referência a Aristóteles), que é composta em alguns princípios
elementares que definem suas regras:

• O princípio da identidade: este princípio, um tanto óbvio, afirma que algo é sempre algo. Isto é, a = a e b
= b;

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• O princípio da não contradição: estabelece que se uma afirmação é falsa, sua contraditória deve ser
verdadeira. Ou seja, se uma afirmação A é verdadeira e outra afirmação B é o contrário de A, então B deve,
obrigatoriamente, ser falsa;

• O princípio do terceiro excluído: estabelece que uma afirmação não pode ser falsa e verdadeira ao

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mesmo tempo.

Assim, uma vez definidos os princípios, é preciso definir o que é uma proposição. Uma proposição lógica é

seõçatona reV
uma afirmação, uma declaração de algo. Mas, atenção, pois nem toda sentença é uma proposição lógica.
Por exemplo: "Feliz ano novo" é uma sentença exclamativa e não declarativa e, portanto, não é uma
proposição. Para identificar uma proposição é preciso sempre pensar que deve ser possível atribuir um
valor lógico, isto é, uma proposição será sempre verdadeira ou falsa. Por exemplo: "5 é menor que 3".

Neste caso há uma declaração e a proposição em questão tem valor lógico falso, pois 5 não é menor que 3.
Um outro exemplo de proposição é: "O Brasil é o maior país da América do Sul e o Amazonas é o maior
estado do Brasil".

Neste caso, temos duas proposições que formam uma proposição composta. Como podemos verificar, as
duas proposições simples são verdadeiras e, portanto, a proposição composta também é verdadeira.

Por fim, podemos observar um último elemento importante que abordaremos em maior profundidade a
seguir que são os conectores. A proposição composta anterior foi formada por meio do conector e, que
uniu as duas proposições menores. Os conectores que estudaremos são conjunção, disjunção, negação e
condicional. A conjunção é também representada pelo e, a disjunção pelo ou, a negação pelo não e a
condicional pelo se.

ELEMENTOS DA LÓGICA PROPOSICIONAL


A lógica proposicional é baseada no estudo dos valores lógicos, sentenças e afirmações que se representam
por meio de proposições, como você observou no bloco anterior. Assim, você verá como essas sentenças
declarativas podem ser relacionadas, formando proposições compostas em que o valor lógico depende dos
valores de cada variável. Neste sentido, vamos aprofundar o conhecimento de cada uma delas para, no
último bloco, analisar a aplicação desses conceitos por meio da tabela verdade.

Negação
A primeira das relações a ser estudada é a mais simples, a negação. Nesta operação, se uma variável p tem
certo valor lógico, sua negação (representada por ~p) terá o valor oposto.

Por exemplo, dada a proposição:

p: o céu é amarelo

Sua negação será:

~p: o céu não é amarelo

A negação pode ser aplicada a uma variável isolada ou em proposições com mais variáveis.

Conjunção
A próxima operação analisada é a conjunção, que necessita de duas variáveis para sua aplicação. A
conjunção nada mais é do que o conectivo que representa a intersecção, ou então, na língua portuguesa o E,
isto é, uma coisa e outra. Por exemplo, tomando duas proposições p e q:

p: Brasília é a capital do Brasil

q: Buenos Aires é a capital da Argentina

Neste caso, a conjunção é representada da seguinte forma

p^q: Brasília é a capital do Brasil e Buenos Aires é a capital da Argentina

E, como ambas as proposições são verdadeiras a proposição resultante também é.

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Disjunção
Outro conectivo muito importante é a disjunção, que representa a união da matemática, ou, em língua
portuguesa, o OU. Mas atenção: a disjunção será verdadeira quando uma das variáveis for verdadeira ou
ambas forem verdadeiras. Como exemplo temos as duas proposições p e q:

0
p: a água é transparente

q: o mar é vermelho

seõçatona reV
Deste modo, a disjunção é representada da seguinte forma:

p V q: a água é transparente ou o mar é vermelho

Condicional e bicondicional
Outros dois conectivos fundamentais para o estudo da lógica são o condicional e o bicondicional. Como o
nome indica, a operação condicional representa uma condição e pode ser lida como se p então q (indicado
pela seta à). Por exemplo,

p: choveu hoje

q: o asfalto está molhado

Assim, a condicional é representada por:

p à q: se choveu hoje então o asfalto está molhado

De modo análogo, temos a bicondicional, que é a condicional aplicada a ambas as direções e lida como p se
e somente se q(representada por <->). Como exemplo temos:

p: a é primo

q: a é divisível por 2

Neste caso, a bicondicional é representada por:

p <-> q: a é primo se e somente se a é divisível por 2

Que, observando os valores lógicos de p e q, é falso.

Desse modo, você conheceu os principais conectivos lógicos da lógica proposicional que conformam o
arcabouço que auxilia na compreensão e no desenvolvimento do pensamento algorítmico necessário para a
programação.

A TABELA VERDADE E ALGUNS EXEMPLOS


Agora, veremos a aplicação dos conceitos da lógica por meio de exemplos e do uso da tabela verdade para a
validação das proposições.

Tabela verdade
A representação mais interessante no início dos estudos da lógica proposicional é a tabela verdade, pois
permite avaliar os valores lógicos resultantes das operações entre as proposições de maneira mais direta.

A tabela é formada por colunas, sendo uma para cada variável proposicional e uma ou mais colunas para a
proposição composta resultante, a depender do seu tamanho. No nosso caso, utilizaremos apenas a tabela
com três colunas, conforme o exemplo a seguir, que representa a operação E indicada pelo operador ^.
Observe que temos duas variáveis, p e q e, para cada uma, há 4 linhas com os possíveis valores lógicos. A
terceira coluna corresponde à proposição composta p ^ q e possui os valores de todas as combinações
possíveis entre os valores lógicos de cada variável.

Tabela 1 | Tabela verdade da conjunção

p q p^q

F F F

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F V F

V F F

V V V

0
Fonte: elaborada pelo autor.

seõçatona reV
Observe que a primeira linha interna da tabela tem a variável p com valor falso (F), a variável q também com
F e, na terceira coluna, o resultado da operação p ^ q com ambas as variáveis F, que resulta em F. Na
segunda linha, quando p é verdadeiro (V), q é F, o resultado de p ^ q é F, afinal, para a conjunção ser
verdadeira, é necessário que ambas as proposições sejam verdadeiras, o que ocorre apenas na última linha
da tabela.

A seguir temos a tabela da disjunção, isto é, dados p e q, a operação p V q. É importante lembrar que a
disjunção é a operação também conhecida como OU, ou seja, o resultado será verdadeiro quando uma das
duas proposições forem verdadeiras (ou ambas) – como observamos nas três primeiras linhas – e falso
quando nenhuma das duas forem verdadeiras, conforme observamos na primeira linha da tabela.

Tabela 2 | Tabela verdade da disjunção

p q p∨q

F F F

F V V

V F V

V V V

Fonte: elaborada pelo autor.

É importante observar que a aplicação da tabela verdade é útil em muitos casos, mas pode se tornar inviável
a depender do número de variáveis que compõem a proposição. Suponha que tenhamos 10 proposições
simples formando uma proposição composta por meio de operadores lógicos. Qual seria o número de
linhas da tabela verdade?

Para responder a essa questão é preciso observar que o número de linhas de uma tabela com uma única
variável será 2, pois há apenas duas combinações possíveis. A tabela as seguir ilustra a tabela verdade com
apenas a variável p formando a proposição ~p, que é a negação de p.

Tabela 3 | Tabela verdade da negação

p ~p

F V

V F

Fonte: elaborada pelo autor.

Assim, retornando ao questionamento, uma tabela com uma variável possui 2 linhas, uma tabela com duas
variáveis possui 4 linhas, uma tabela com 3 variáveis terá 8 linhas. Forma-se um padrão que é representado
pela expressão , portanto uma proposição composta por 10 variáveis terá 2¹⁰ linhas, ou 1024 linhas, o que
torna difícil sua representação para muitas variáveis.

VÍDEO RESUMO
Olá, estudante, no vídeo desta aula abordaremos alguns conceitos da lógica, sua definição e elementos
práticos de como manipular e validar argumentos por meio de exemplos e da construção da tabela verdade.

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 Saiba mais
O estudo da lógica proposicional pode ser complementado por estudos paralelos e pela prática em
forma de exercícios. Desse modo, seguem alguns links com jogos educativos para praticar seu
conhecimento em relação aos conceitos apresentados:

0
Lógica Proposicional Clássica - Quiz com exercícios sobre lógica.

seõçatona reV
Raciocínio Lógico - Conceitos Básicos – I - Quiz com perguntas.

Aula 3

ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DE PROGRAMAÇÃO


Nesta aula você terá contato com os primeiros elementos necessários para iniciar o
desenvolvimento de programas de computador, o que será essencial para a evolução na sua
aprendizagem.
31 minutos

INTRODUÇÃO
Olá, estudante.

Nesta aula você terá contato com os primeiros elementos necessários para iniciar o desenvolvimento de
programas de computador, o que será essencial para a evolução na sua aprendizagem. Veremos como os
algoritmos formam a base da computação e são fundamentais para que um sistema possa ser executado de
maneira eficiente e adequada. Veremos também elementos estruturantes para a produção de códigos como
os principais operadores aritméticos, lógicos e relacionais, e a noção e manipulação de variáveis e
constantes. Esperamos que este material contribua para que seus estudos na introdução à programação
sejam completos e auxiliem em sua vida acadêmica e profissional.

Bons estudos!

OS ALGORITMOS NA PROGRAMAÇÃO
A computação tem como objetivo central a resolução de problemas pelo uso de máquinas potentes que são
capazes de realizar bilhões de operações por segundo. E para que essas máquinas e esses equipamentos
possam realizar seus cálculos e operações corretamente é necessário que as instruções sejam estruturadas
de maneira lógica. Para isso, cabe aos programadores a tarefa de escrever as instruções a serem
executadas. Assim, programar não é uma tarefa simples, pois exige conhecimentos sobre os equipamentos,
linguagens de programação e, principalmente, sobre as melhores maneiras de resolver os problemas.

Neste sentido, antes de escrever as dezenas, centenas ou milhares de linhas de código para um sistema
computacional, é fundamental o estudo e planejamento da solução e de sua lógica, para só então
transformá-la em programas de computador. E é aqui que são desenvolvidos os algoritmos, que são as
instruções de um programa em sequência e ordem determinadas, as quais garantem que uma entrada de
dados será processada e resultará em uma saída que deve resolver o problema. É análogo a uma receita de
bolo, em que o algoritmo deve instruir o cozinheiro ou cozinheira como processar os ingredientes e
transformá-los em um bolo perfeito.

Desse modo, faz-se essencial estudar como desenvolver um bom algoritmo e conhecer as ferramentas
utilizadas para construí-los e transformá-los em código. Para tanto, nesta aula abordaremos alguns dos
elementos para darmos início à construção de códigos, como os operadores aritméticos, operadores
relacionais, operadores lógicos, variáveis e constantes.

Em linhas gerais, os operadores possibilitam manipular e relacionar dados. Estes dados podem ser de
vários, tipos: numéricos, textuais, lógicos, entre outros. E, na programação, a lógica de manipulação segue a
lógica matemática que você conhece do ensino médio. Assim, como os dados podem sofrer alterações
durante o algoritmo, há estruturas conhecidas como variáveis que servem para armazenar

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temporariamente um dado valor de dado tipo, de acordo com o que o programador definir. Essas variáveis,
como o nome indica, podem sofrer variações em seus valores durante a execução do programa, diferente
das constantes, que são dados imutáveis.

Ressaltamos a importância deste momento do aprendizado, pois a manipulação correta de variáveis, por

0
exemplo, é a base para a execução eficiente de um programa de computador. Imagine, por exemplo, um
programa de computador para orientar o lançamento de foguetes espaciais. São inúmeros cenários e

seõçatona reV
fatores que podem decidir o sucesso ou fracasso do lançamento que devem ser todos considerados para o
desenvolvimento do sistema. Como são milhares ou milhões os fatores que podem ser transformados em
dados e analisados pelos programas, é dever do programador criar algoritmos corretos e eficientes
utilizando corretamente as variáveis e as operações pois um programa com excesso de variáveis pode levar
a estourar a capacidade de memória, e um algoritmo com operações em excesso pode sobrecarregar a
capacidade de processamento. São detalhes como este que fazem diferença tanto no mercado de trabalho
quanto na vida acadêmica de computação e que iniciaremos o estudo nesta aula.

O USO DE OPERADORES E VARIÁVEIS


Vamos aprofundar os conhecimentos sobre os operadores, variáveis e constantes, definindo cada um deles.

Operadores aritméticos
Os operadores aritméticos são aqueles utilizados para realizar cálculos aritméticos, da mesma maneira que
você aprendeu na matemática. Neste bloco veremos os 4 principais: adição, subtração, divisão e
multiplicação:

1. Adição
O operador de adição é o símbolo +. Para utilizá-lo, basta relacionar dois elementos sejam eles variáveis,
constantes ou números. Por exemplo: a expressão 3 + 2 é uma adição válida, assim como 3 + num, desde
que a variável num seja do tipo numérico. É possível também associar duas variáveis como num1 + num2,
ou então variáveis e constantes, como em num2 + NUM3, em que num2 é uma variável e NUM3 uma
constante. A ordem neste caso não faz diferença.

2. Subtração
O operador da subtração é o símbolo -. Analogamente à adição, é possível relacionar números, variáveis e
constantes, como 3 - 4, ou então num1 - num2, ou então NUM3 - 4.

3. Divisão
O operador da divisão utilizado na maioria das linguagens de programação e em pseudocódigo é o /. Com
ele é possível realizar divisões entre valores numéricos (números, variáveis e constantes). Assim como na
matemática, também pode ser necessário o uso de parênteses para o correto resultado. Por exemplo, a
divisão 3 + 4/2 é diferente de (3+4)/2. Uma observação importante é que a divisão de números inteiros
geralmente resultará um um resultado inteiro, portanto, é preciso estar atento ao tipo das variáveis e
números utilizados.

4. Multiplicação
O último operador aritmético analisado é o de multiplicação, com o símbolo *. Neste caso, assim como na
divisão, é preciso estar atento ao uso de parenteses. Por exemplo, 5 * 2 - 3 é igual a 7, já 5 * (2 - 3) é igual a
5.

Uma característica importante, assim como na matemática, é a precedência dos operadores, pois a divisão e
a multiplicação são realizadas antes da soma e da subtração.

Com base no que vimos, um exercício interessante é descobrir qual o valor da seguinte expressão: 4 - (5 * 2)
/5?

Operadores relacionais

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Os operadores relacionais servem para testar os valores lógicos de uma dada expressão, isto é, se a
expressão é verdadeira ou falsa.

1. Igualdade
Para testar a igualdade, utilizaremos o símbolo ==, como no exemplo: 5 == 7. Neste caso, o resultado da

0
expressão é falso, pois 5 não é igual a 7.

seõçatona reV
2. Diferença
Para testar a diferença, utilizamos o operador !=, como no exemplo 5 != 7. Neste caso, o resultado da
expressão é verdadeiro, pois 5 é diferente de 7.

3. Maior e menor
Já para testar se um valor é maior ou menor que outro, utilizamos os mesmos operadores que a
matemática, > para testar se um valor é maior que outro e < para testar se um dado valor é menor que
outro. Por exemplo, 5 < 2 possui valor lógico falso, pois não é verdade que 5 é menor que 2, enquanto 5 > 2
retorna verdadeiro, pois de fato 5 é maior que 2. Ainda é importante salientar que é possível utilizar o
símbolo >= e <= para testar se valores são maiores ou iguais e menores ou iguais a outros, respectivamente.

Operadores lógicos
Os operadores lógicos são utilizados, no nosso caso, para concatenar expressões, isto é, se uma expressão
composta é verdadeira ou falsa. Por exemplo: se quisermos avaliar as expressões 4 > 5 e a expressão 5 > 6
pela conjunção, escrevemos da seguinte maneira:

4 > 5 && 5 > 6. Neste caso, o resultado será falso, já que ambas as expressões são falsas.

No caso da disjunção utilizaremos o símbolo ||. Por exemplo: 5 > 3 || 6 >= 7. Neste caso, a expressão 5>3 é
verdadeira e a expressão 6>=7 é falsa. Porém, a expressão completa 5 > 3 || 6 >= 7 é verdadeira, pois trata-
se de uma disjunção.

Variáveis e constantes
Por fim, vamos conhecer um pouco mais sobre variáveis e constantes.

Uma variável é um espaço na memória reservado para armazenar um valor de tipo pré-determinado. Por
exemplo: se quisermos armazenar um número inteiro, devemos declarar uma variável com um nome que o
programador escolhe e o tipo desta variável. Para declarar uma variável inteira e uma real, é possível indicar:

num1: inteiro;

num2: real;

A partir de então é possível armazenar valores nestas variáveis, utilizá-las em expressões e até mesmo
substituir seus valores.

Já as constantes são valores fixos. Uma vez atribuídos valores para as constantes (que também recebem
nomes e tipos), estes valores não podem mais ser modificados. Convenciona-se escrever as constantes em
letra maiúscula, como no exemplo a seguir:

NUM1: inteiro;

NUM1 <- 5;

A partir deste momento a constante NUM1 sempre conterá o valor 5.

EXEMPLOS DE ALGORITMOS COMPLETOS


Agora, você irá consolidar o conhecimento adquirido anteriormente por meio da aplicação da lógica de
desenvolvimento de um algoritmo, a noção de operadores e a manipulação de variáveis na solução de
problemas.

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A primeira etapa, conforme abordamos, é compreender o problema proposto. Vamos iniciar com um
problema simples: imprimir a soma de dois números inteiros.

Para isso, temos como entrada dois números, que precisamos salvar em duas variáveis, como no código a
seguir:

0
1. num1: inteiro;

seõçatona reV
2. num2: inteiro;

3. soma: inteiro;

4. ler(num1, num2);

Observe que nas três primeiras são declaradas as variáveis inteiras que utilizaremos. A seguir, é
necessário utilizar o operador aritmético de adição para realizar a soma das variáveis e operador de
atribuição para salvar o resultado na variável soma:

1. num1: inteiro;

2. num2: inteiro;

3. soma: inteiro;

4. ler(num1, num2);

5. soma <- num1 + num2;

6. imprime(soma);

Na linha 5 realizamos a operação de soma e, na linha 6, imprimimos na tela o resultado calculado.

Agora passemos a um exemplo mais completo: ler 5 números inteiros e imprimir na tela quantos
números positivos e negativos.

Para isso, é preciso inicialmente fazer a leitura de cada número. Quando um número é lido, é necessário
salvar em uma variável, que neste caso será do tipo inteiro. Em seguida, é necessário utilizar o operador
relacional para comparar se o número é maior ou menor que zero e então incrementar a variável
correspondente, conforme o pseudocódigo a seguir:

1. contador: inteiro;

2. num: inteiro;

3. qtdePositivos: inteiro;

4. qtdeNegativos: inteiro;

5. contador <- 0, qtdePositivos <- 0, qtdeNegativos <- 0;

6. enquanto contador < 5 faça:

7. ler(num)

8. se num > 0 então:

9. qtdePositivos <- qtdePositivos + 1;

10. se num < 0 então:

11. qtdeNegativos <- qtdeNegativos + 1;

12.

13. imprima(qtdePositivos, qtdeNegativos);

Agora vamos compreender o código acima. Nas linhas 1 a 4 são declaradas as variáveis que serão utilizadas,
bem como o tipo de cada uma, que no caso são inteiras. A variável contador servirá para contar a
quantidade de números lidos; as variáveis qtdePositivos e qtdeNegativos servem para contar a quantidade
de números positivos e negativos, respectivamente; a variável num armazena cada número lido por vez. Na
linha 5, há a inicialização dos valores de cada variável utilizando o operador de atribuição. A linha 6 declara

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um laço de repetição, assunto que será abordado em aulas futuras. Entre a linha 7 e a linha 11, o algoritmo
em si, conforme explicado anteriormente, é executado com sua lógica de comparação e incremento das
variáveis. E, por fim, na linha 13 há a impressão do resultado.

Observe que no decorrer do código utilizamos os operadores aritméticos de adição, os operadores

0
relacionais de maior e menor e operador de atribuição. Um exercício interessante para fixar ainda mais o
conteúdo é reler o código e marcar todas as ocorrências de cada operador indicando seu tipo.

seõçatona reV
Desse modo você aprendeu a manipular variáveis e operadores para construir algoritmos básicos utilizando
pseudocódigo.

VÍDEO RESUMO
Olá, estudante, no vídeo desta aula abordaremos a importância de pensar em algoritmos, como desenvolver
um algoritmo eficiente, assim como os principais elementos que o constituem como variáveis, constantes e
os principais operadores.

 Saiba mais
O pensamento algorítmico é fundamental para um bom programador. Nesse sentido, uma das
maneiras de entrar no mundo dos códigos é por meio dos jogos.

CodeCombat - Jogo online para aprender a programar.

CodinGame - Jogo que envolve programação em várias linguagens.

Aula 4

ALGORITMOS
Nesta aula você terá um contato mais aprofundado com a construção e o desenvolvimento
dos algoritmos. Serão introduzidos conceitos importantes de representação de algoritmos
antes do momento da implementação utilizando linguagens de programação.
27 minutos

INTRODUÇÃO
Olá, estudante.

Nesta aula você terá um contato mais aprofundado com a construção e o desenvolvimento dos algoritmos.
Serão introduzidos conceitos importantes de representação de algoritmos antes do momento da
implementação utilizando linguagens de programação. Afinal, você deve se perguntar se um algoritmo só
pode ser implementado utilizando uma linguagem específica como a C, Java ou outras. E, para isso,
mostraremos as técnicas de descrição narrativa e pseudocódigo, além de abordar a declaração de variáveis
e entrada e saída de dados por meio delas.

Bons estudos!

CONSTRUÇÃO DE ALGORITMOS
Estudante, neta aula, você aprenderá mais algumas características dos algoritmos que são importantes
neste momento do início da sua jornada pelo mundo da programação.

Você já aprendeu que para desenvolver uma solução para qualquer problema computacional é preciso
compreender o problema, esboçar uma solução e aí então iniciar a escrita. Neste momento, introduziremos
duas maneiras de escrever o projeto de algoritmos: a descrição narrativa e o pseudocódigo.

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Vale ressaltar que ambas as técnicas não são programas em linguagem de máquina, isto é, que podem ser
compilados e executados, mas, sim, instruções redigidas em ordem e estrutura definidas para que a lógica
da programação esteja clara para futuros desenvolvimentos.

Neste sentido, podemos afirmar que essas técnicas assemelham-se a um esboço do código final,

0
apresentando os principais passos para resolver um problema em um nível de abstração mais alto, em que
detalhes da implementação por vezes não estão presentes. Por isso, esse tipo de representação pode ser

seõçatona reV
chamado de também de alto nível, pois o nível de abstração é maior, em oposição às linguagens de baixo
nível, que são linguagens mais próximas à linguagem utilizada para a manipulação direta das estruturas
físicas do computador.

Assim, a definição da descrição narrativa pode ser ampliada para a representação passo a passo em
linguagem natural das instruções do algoritmo e o pseudocódigo, de modo muito similar, da descrição dos
passos em maiores detalhes e com maior capacidade de representação de estruturas. Por exemplo: com o
pseudocódigo é possível explicitar a declaração de variáveis, isto é, deixar claro o nome da variável e seu
tipo, como no exemplo a seguir:

num1: inteiro;

Neste caso foi declarada a variável chamada num1 do tipo numérico inteiro. Note que, na descrição
narrativa, não há a preocupação em declarar as variáveis, mas apenas informar passos mais gerais. Outro
elemento que a técnica de pseudocódigo permite aprofundar é a entrada e saída de dados, que são as
operações de leitura e impressão, por exemplo. São estas operações que realizam a comunicação com
cenários externos ao programa, pois recebem os dados que serão utilizados para a execução de um
programa e, após seu processamento, devolvem o resultado em forma de saída. Uma maneira de
representar a leitura de um número no pseudocódigo seria:

ler(num1);

Assim, informa-se ao leitor que será realizada a operação (função ou método) de leitura de algum valor e
que este valor será armazenado na variável chamada num1. Analogamente, a saída de dados também é
representada da seguinte forma:

imprime(num1);

Neste caso está representada uma chamada a uma operação de impressão da variável num1. Esta
impressão poderia ser realizada em um terminal de saída, por exemplo, ou até mesmo gravada em
arquivos.

ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO DE ALGORITMOS


Você já estudou sobre a importância de um bom algoritmo para resolver um problema computacional,
conheceu os principais operadores, as variáveis e constantes, porém pode se questionar qual o próximo
passo. Afinal, o projeto de algoritmos mentalmente é importante, porém não suficiente, já que é preciso
documentar e escrever os passos utilizados.

Contudo, como estamos introduzindo o ensino da programação, antes de iniciar os códigos diretamente
utilizando uma linguagem de programação como o C, Java ou Python, você aprenderá duas técnicas úteis
para representar o algoritmo de modo inicial, de modo a auxiliar no planejamento e visualização de uma
solução para algum problema proposto.

Descrição narrativa
A técnica da descrição narrativa tem como função a descrição em linguagem natural (no nosso caso o
português) dos passos necessários para resolver o problema proposto. Ou seja, trata-se da descrição do
algoritmo em uma linguagem mais próxima da resolução mental proposta e, por isso, é a primeira forma de
documentar e planejar um programa. Podemos pensar em uma receita que buscamos na internet como
uma descrição narrativa, pois ali estão descritos os passos para realizar um prato em língua portuguesa, ou
seja, é altamente compreensível para o ser humano mas não é capaz de executar um programa de
computador. Para escrever uma descrição narrativa, basta inserir cada passo da solução por linha. Por
exemplo, para calcular o menor número dentre dois números dados, o algoritmo em descrição narrativa
seria o seguinte:
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1. Ler os dois números

2. Comparar os números

3. Imprimir o menor

0
Dessa maneira, nota-se que a descrição narrativa é mais enxuta e objetiva.

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Um elemento que aparece neste caso é a entrada e saída de dados. A entrada está representada na linha 1,
em que a instrução de leitura de dois números é informada. Esta leitura pode ser do teclado ou de um
arquivo. E a saída pode ser a impressão na tela, ou a gravação em algum arquivo

Pseudocódigo
O uso do pseudocódigo pretende utilizar a linguagem natural com maiores detalhes técnicos, indicando
quais variáveis serão utilizadas e como as expressões serão formadas. Para resolver o mesmo problema
anterior, o pseudocódigo seria o seguinte:

1. num1: inteiro;

2. num2: inteiro;

3. ler(num1, num2);

4.

5. se num1>num2:

6. imprime(num2);

7. se num2 > num1:

8. imprime(num1);

Observe que neste caso deixamos claro quais as variáveis, seu tipo, como serão lidas e alguns elementos
mais claros de sintaxe, como o uso de ponto e vírgula ao fim de cada linha. Apesar de possuir mais regras de
sintaxe que a descrição narrativa, o pseudocódigo também não serve para ser executado como um
programa de computador, mas sim para elucidar e auxiliar no planejamento de algoritmos.

ALGORITMOS NA PRÁTICA
Agora, veremos alguns exemplos práticos na construção de algoritmos utilizando a descrição narrativa e a
técnica de pseudocódigo apresentadas anteriormente.

Tomemos como base para a construção dos códigos o seguinte problema: você deve desenvolver um
programa de computador para uma agência de monitoramento climático e foi solicitado que, com os dados
de temperatura de sete dias da semana, você escreva um programa que calcule a média das temperaturas.

Para iniciar o desenvolvimento do código, é preciso, inicialmente, estudar o problema e analisar as entradas
do programa. Neste caso, o problema principal é calcular a média de 7 temperaturas e a solução é aplicar a
fórmula da média, sendo dividir a soma dos valores pela quantidade de valores, no caso o número de dias
da semana. Para analisar as entradas, observamos que o programa irá receber 7 valores de temperatura,
que serão valores reais. Portanto, até o momento, já sabemos a fórmula que devemos implementar e os
tipos dos valores utilizados que serão transformados em variáveis.

Por fim, é preciso analisar qual será a saída do programa, isto é, qual o resultado. No nosso caso, o
resultado será a impressão da média calculada.

Desse modo, temos as condições necessárias para desenvolver o código. Iniciaremos mostrando o código
em descrição narrativa:

1. Ler os 7 valores de temperatura

2. Somar os 7 valores

3. Dividir a soma dos valores por 7

4. Armazenar o resultado na média

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5. Imprimir a média calculada

Assim, é possível notar que o programa em descrição narrativa é simples e direto, evidenciado em linhas
gerais os passos que serão efetuados, porém sem apresentar detalhes maiores, como as variáveis utilizadas.

Em seguida, apresentamos o código em pseudocódigo:

0
1. temp1: real;

seõçatona reV
2. temp2: real;

3. temp3: real;

4. temp4: real;

5. temp5: real;

6. temp6: real;

7. temp7: real;

8. soma: real;

9. media: real;

10.

11. ler(temp1, temp2, temp3, temp4, temp5, temp6, temp7);

12. soma <- temp1 + temp2 + temp3 + temp4 + temp5 + temp6 + temp7;

media <- soma/7;

13. media <- soma/7;

14. imprime(media);

Em relação ao exemplo em pseudocódigo, é possível observar que o código tem mais detalhes que a
descrição narrativa e é mais próximo a uma implementação real em linguagem de programação. Neste caso,
são descritas quais as variáveis e quais seus tipos, como descrito das linhas 1 a 9, como se dá a entrada de
dados, na linha 11, as operações em si, linhas 12 e 13 e a saída de dados na linha 14.

Assim, você aprendeu duas técnicas para representar algoritmos que auxiliam no planejamento e projeto,
etapas importantes para a futura implementação nas linguagens de programação.

VÍDEO RESUMO
Neste vídeo você verá maiores detalhes sobre as técnicas de descrição narrativa e pseudocódigo por meio
de mais um exemplo de cada, de modo a fixar este importante conteúdo. Também abordaremos as
estratégias de construção de algoritmos utilizando variáveis e entrada e saída de dados.

 Saiba mais
O uso de pseudocódigo é muito importante para visualizar a estratégia de resolução de problemas
antes da implementação em si. Existem diversas ferramentas que auxiliam no aprendizado como a
linguagem em pseudocódigo Portugol.

REFERÊNCIAS
1 minutos

Aula 1
DASGUPTA, S.; PAPADIMITRIOU, C.; VAZIRANI, U. Algoritmos. Porto Alegre: AMGH Editora, 2009.

ZIVIANI, N. et al. Projeto de algoritmos: com implementações em Pascal e C. Luton: Thomson, 2004.
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Aula 2
LABRA, J. E.; FERNÁNDEZ, A. I. Lógica proposicional para informática. Cuaderno Didáctico, n. 12, 1998.

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MORTARI, C. A. Introdução à lógica. Unesp, 2001.

seõçatona reV
Aula 3
DASGUPTA, S.; PAPADIMITRIOU, C.; VAZIRANI, U. Algoritmos. Porto Alegre: AMGH Editora, 2009.

ZIVIANI, N. et al. Projeto de algoritmos: com implementações em Pascal e C. Luton: Thomson, 2004.

Aula 4
DASGUPTA, S.; PAPADIMITRIOU, C.; VAZIRANI, U. Algoritmos. Porto Alegre: AMGH Editora, 2009.

ZIVIANI, N. et al. Projeto de algoritmos: com implementações em Pascal e C. Luton: Thomson, 2004.
Imagem de capa: Storyset e ShutterStock.

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