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Tese Desoneração Folha Final - Cvefzn4y
Tese Desoneração Folha Final - Cvefzn4y
TESE – DESONERAÇAO DA
FOLHA DE SALÁRIOS
VERBAS DE NATUREZA
INDENIZATÓRIA – NÃO INCIDÊNCIA
x
ENTÃO COMO RECUPERAR AS
CONTRIBUIÇÕES PAGAS
INDEVIDAMENTE?
ART. 11, § ÚNICO – alínea “a” LEI 8212/91
O art. 11, parágrafo único, alínea “a” da Lei nº 8.212/91, estabelece que são contribuições
sociais as das empresas “incidentes sobre a remuneração paga ou creditada aos segurados a seu
serviço”.
Art. 11. No âmbito federal, o orçamento da Seguridade Social é composto das seguintes
receitas:
(...)
Parágrafo único. Constituem contribuições sociais:
a) as das empresas, incidentes sobre a remuneração paga ou creditada aos segurados a seu
serviço;
ART. 22, INCISO I LEI 8212/91
Art. 22. A contribuição a cargo da empresa, destinada à Seguridade Social, além do disposto no art.
23, é de:
20%
I ‐ vinte por cento sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas a qualquer título,
durante o mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos que lhe prestem serviços,
destinadas a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos
habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos
serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de
serviços, nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou
sentença normativa. (Redação dada pela Lei nº 9.876, de 1999). (Vide Lei nº 13.189, de 2015)
PROBLEMÁTICA!!!!!
•NÃO INCIDÊNCIA
CONTRIBUIÇÕES ‐ NÃO INCIDÊNCIA SOBRE ESTAS VERBAS
1. SALÁRIO MATERNIDADE;
2. AVISO PRÉVIO INDENIZADO E SEUS REFLEXOS;
3. DOS 15 (QUINZE) PRIMEIROS DIAS DE AFASTAMENTO (AUXÍLIO‐DOENÇA/AUXÍLIO‐ACIDENCTÁRIO/ACIDENTE)
4. AUXÍLIO CRECHE;
5. AUXÍLIO EDUCAÇÃO;
6. AUXÍLIO ‐NATALIDADE E AUXÍLIO‐FUNERAL;
7. ABONO ASSIDUIDADE;
8. ABONO ÚNICO ANUL;
9. VALE‐TRANSPORTE PAGO EM PECÚNIA (DINHEIRO);
10. DIÁRIA VIAGEM – NÃO EXCEDAM 50% REMUNERAÇÃO;
11. FÉRIAS GOZADAS E INDENIZADAS;
12. SALÁRIO FAMÍLIA;
SALÁRIO
MATERNIDADE
10
1. SALÁRIO MATERNIDADE – STF = Tema 72 – RE 576967/PR
O entendimento do relator foi seguido pelos ministros Edson Fachin, Rosa Weber,
Luiz Fux, Cármen Lúcia, Marco Aurélio e Celso de Mello. Ficaram vencidos os
ministros Alexandre de Moraes, Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes e Dias
Toffoli, que negavam provimento ao RE.
Nesse sentido também: AgInt no REsp n. 1.621.558/RS, Rel. Ministro Francisco Falcão, Segunda
Turma, julgado em 8/2/2018, DJe 14/2/2018; REsp n. 1.775.065/PR, Rel. Ministro Herman
Benjamin, Segunda Turma, julgado em 13/12/2018, DJe 19/12/2018.
(continuação)
Nesse sentido também: AgInt no REsp n. 1.621.558/RS, Rel. Ministro Francisco Falcão,
Segunda Turma, julgado em 8/2/2018, DJe 14/2/2018; REsp n. 1.775.065/PR, Rel. Ministro
Herman Benjamin, Segunda Turma, julgado em 13/12/2018, DJe 19/12/2018.
(continuação)
Art. 393 CLT. Durante o período a que se refere o art. 392, a mulher terá
direito ao salário integral e, quando variável, calculado de acordo com a
média dos 6 (seis) últimos meses de trabalho, bem como os direitos e
vantagens adquiridos, sendo‐lhe ainda facultado reverter à função que
anteriormente ocupava” (grifo nosso).
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2. AVISO PRÉVIO INDENIZADO E REFLEXOS
Não incidência:
STJ ‐decisão, julgou em 10/03/2020, nos autos do REsp 1858489/DF, Relator Ministro
HERMAN BENJAMIN, T2 ‐ SEGUNDA TURMA, Data da Publicação DJe 21/08/2020;
(i) uma vez que são pagas nos períodos em que o empregado não presta
serviços ao empregador;
Primeira Seção e a Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça ‐ RESp 1230957/RS e nos
autos do AgRg no RESp 1403607/SP, respectivamente:
1º caso ‐ a importância paga não é destinada a retribuir o trabalho, até mesmo porque há
interrupção do contrato laboral;
2º caso ‐ nos autos do o caráter é de compensar o segurado de sequelas que reduzam a sua
capacidade laboral, motivos pelos quais não há que se falar em incidência da contribuição
previdenciária em tais
AUXÍLIO CRECHE
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4. AUXILIO CRECHE – ART. 389, §§ 1º E 2º CLT
(i) uma indenização, visto que tem função reparadora, não servindo como
retribuição do trabalho;
(ii) Não possui natureza habitual, pois é pago somente à empregada que
possui filho e apenas no período determinado.
4. AUXILIO CRECHE – LEI 8212/91, § 9º,ALÍNEA “S”
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5. AUXILIO‐EDUCAÇÃO
não constitui assim mero benefício pago pelo empregador, não servindo
como retribuição ao trabalho efetivo do empregado;
XIX ‐ o valor relativo a plano educacional ou bolsa de estudo que vise à educação básica de empregados e de
seus dependentes e, desde que vinculada às atividades desenvolvidas pela empresa, à educação profissional e
tecnológica de empregados, nos termos do disposto na Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, observados os
seguintes requisitos: (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
a) o valor não ser utilizado em substituição de parcela salarial; e (Incluída pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
b) o valor mensal do plano educacional ou da bolsa de estudo, considerado individualmente, não ultrapassar
cinco por cento do valor da remuneração do segurado a que se destina ou o valor correspondente a cento e
cinquenta por cento do valor do limite mínimo mensal do salário de contribuição, o que for maior; (Incluída
pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
5. AUXILIO‐EDUCAÇÃO – IN 971/09 – ART.58
XIX ‐ o valor relativo ao plano educacional que vise à educação básica, nos termos do art. 21
da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e a cursos de capacitação e de qualificação
profissionais vinculados às atividades desenvolvidas pela empresa, desde que não seja
utilizado em substituição de parcela salarial e desde que todos empregados e dirigentes
tenham acesso a esse valor; (grifamos)
5. AUXILIO‐EDUCAÇÃO – ART. 458, §2º, II CLT
NÃO CONSTITUI SALÁRIO ‐ artigo 458, §2º, inciso II da CLT consigna expressamente que o
valor pago ao empregado destinado à educação não constitui salário, nos seguintes
termos:
§2º Para os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas como salário as seguintes
utilidades concedidas pelo empregador:
Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça decidiu, nos autos do AgRg no RESp
No 1.079.978/PR, que, por não integrar o salário de contribuição, não há incidência
da contribuição previdenciária.
AUXÍLIO ‐NATALIDADE
E
AUXÍLIO‐FUNERAL
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6. AUXÍLIO‐NATALIDADE E AUXÍLIO‐FUNERAL
“(...)
2. Não se vislumbra a possibilidade fática de o pagamento do auxílio‐
funeral ocorrer de modo permanente ou habitual, já que referido
benefício corresponde a valor repassado aos dependentes do falecido
para as despesas relativas ao sepultamento que, salvo melhor juízo,
ocorre apenas uma vez.
ABONO ASSIDUIDADE
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7. ABONO ASSIDUIDADE – ART.457, §§1º E 2º
“Art. 457 ‐ Compreendem‐se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do
salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que
receber.
... e) as importâncias:
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8. ABONO ÚNICO ANUAL – ART. 457, §§ 1ºE 2º CLT
“Art. 457 ‐ Compreendem‐se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário
devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que receber.
§ 1º ‐ Integram o salário não só a importância fixa estipulada, como também as comissões, percentagens,
gratificações ajustadas, diárias para viagens e abonos pagos pelo empregador.
§ 2º ‐ As importâncias, ainda que habituais, pagas a título de ajuda de custo, auxílio‐alimentação, vedado
seu pagamento em dinheiro, diárias para viagem, prêmios e abonos não integram a remuneração do
empregado, não se incorporam ao contrato de trabalho e não constituem base de incidência de
qualquer encargo trabalhista e previdenciário.
8. ABONO ÚNICO ANUAL – LEI 8212/91, § 9º, “E” ‐7
... e) as importâncias:
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9. VALE‐TRANSPORTE PAGO EM PECÚNIA (DINHEIRO) – LEI 8212/91, ART. 28, §9º, “F”
Art. 4º ‐ A concessão do benefício ora instituído implica a aquisição pelo empregador dos Vales‐Transporte
necessários aos deslocamentos do trabalhador no percurso residência‐trabalho e vice‐versa, no serviço de
transporte que melhor se adequar Parágrafo único ‐ O empregador participará dos gastos de deslocamento do
trabalhador com a ajuda de custo equivalente à parcela que exceder a 6% (seis
por cento) de seu salário básico. (grifos nossos)
12. Ou seja, o empregador somente poderá suportar a parcela que exceder a seis por cento do salário básico do
empregado. Caso deixe de descontar este percentual do salário empregado, ou faça o desconto em percentual
inferior, a diferença deve ser considerada como salário indireto e sobre ela incidirá contribuição previdenciária e
demais tributos.
(CONTINUAÇÃO)
Conclusão
15.1. Não incide contribuição previdenciária sobre os valores pagos a título de vale‐
transporte por meio de vale‐combustível ou semelhante, limitado ao valor equivalente ao
estritamente necessário para o custeio do deslocamento residência‐trabalho e vice‐versa,
em transporte coletivo, conforme prevê o art.1º da Lei nº 7.418, de 1985 (e a Solução de
Consulta Cosit nº 143, de 2016).
(...)”.
9. VALE‐TRANSPORTE PAGO EM PECÚNIA (DINHEIRO) ‐JURISPRUDÊNCIA
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10. DIÁRIA VIAGEM – NÃO EXCEDAM 50% REMUNERAÇÃO
“Art. 457 ‐ Compreendem‐se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do
salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas
que receber.
“3. As Turmas que compõe a Esta Corte Superior também considera indevida
a exação de contribuição previdenciária sobre as diárias para viagens, desde que
não excedam a 50% da remuneração mensal. Precedentes: EDcl no AgRg no
REsp n. 1.137.857/RS, Rel. Ministro Humberto Martins, Segunda Turma, julgado
em 13/4/2010, DJe 23/4/2010 e EDcl no AgRg no REsp n. 971.020/RS, Rel.
Ministro Herman Benjamin, Segunda Turma, julgado em 17/12/2009, DJe
2/2/2010.
FÉRIAS GOZADAS E INDENIZADAS
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11. FÉRIAS GOZADAS E INDENIZADAS
“Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que
visem à melhoria de sua condição social:
...
XVII ‐ gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais
do que o salário normal;”
11. FÉRIAS GOZADAS E INDENIZADAS
os valores pagos a tais títulos visam indenizar o trabalhador pelos dias de descanso a que
faria jus e não puderam ser gozados, seja pela conversão pelo abono pecuniário (art. 143 da
CLT), seja pela rescisão do seu contrato de trabalho (férias vencidas e férias proporcionais).
Art. 143 CLT‐ É facultado ao empregado converter 1/3 (um terço) do período de férias a que
tiver direito em abono pecuniário, no valor da remuneração que lhe seria devida nos dias
correspondentes.
11. FÉRIAS GOZADAS E INDENIZADAS – LEI 8212/91, ART. 28, § 9º, “D”
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12. SALÁRIO FAMÍLIA
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que
visem à melhoria de sua condição social:
...
XII ‐ salário‐família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa
renda nos termos da lei;
12. SALÁRIO FAMÍLIA
NÃO INCORPORA AO SALÁRIO ‐ art. 92 do Decreto nº 3.048/99, o art. 70 da Lei nº 8.213/91 e artigo 291, inciso VI,
da IN INSS/PRES nº 45/2010
“Art. 92. As cotas do salário‐família não serão incorporadas, para qualquer efeito, ao salário ou ao benefício.”
“Art. 70. A cota do salário‐família não será incorporada, para qualquer efeito, ao salário ou ao benefício.”
1. SALÁRIO MATERNIDADE;
2. AVISO PRÉVIO INDENIZADO E SEUS REFLEXOS;
3. DOS 15 (QUINZE) PRIMEIROS DIAS DE AFASTAMENTO (AUXÍLIO‐DOENÇA/AUXÍLIO‐
ACIDENCTÁRIO/ACIDENTE)
4. AUXÍLIO CRECHE;
5. AUXÍLIO EDUCAÇÃO;
6. AUXÍLIO ‐NATALIDADE E AUXÍLIO‐FUNERAL;
7. ABONO ASSIDUIDADE;
8. ABONO ÚNICO ANUAL;
9. VALE‐TRANSPORTE PAGO EM PECÚNIA (DINHEIRO);
10. DIÁRIA VIAGEM – NÃO EXCEDAM 50% REMUNERAÇÃO;
11. FÉRIAS GOZADAS E INDENIZADAS;
12. SALÁRIO FAMÍLIA;
QUADRO DE INCIDÊNCIAS TRIBUTÁRIAS
Alíquota total.............................28,8%
Alíquota total.............................28,8%
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QUADRO DE INCIDÊNCIAS TRIBUTÁRIAS
ECONOMIA MENSAL
R$ 20.520,00
VERBAS DE NATUREZA DO
TRABALHO ‐ INCIDÊNCIA