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AULA – parte 06 – 6.

TESE – DESONERAÇAO DA

FOLHA DE SALÁRIOS

VERBAS DE NATUREZA
INDENIZATÓRIA – NÃO INCIDÊNCIA
x
ENTÃO COMO RECUPERAR AS
CONTRIBUIÇÕES PAGAS
INDEVIDAMENTE?
ART. 11, § ÚNICO – alínea “a” LEI 8212/91

O art. 11, parágrafo único, alínea “a” da Lei nº 8.212/91, estabelece que são contribuições
sociais as das empresas “incidentes sobre a remuneração paga ou creditada aos segurados a seu
serviço”.

Art. 11. No âmbito federal, o orçamento da Seguridade Social é composto das seguintes
receitas:
(...)
Parágrafo único. Constituem contribuições sociais:

a) as das empresas, incidentes sobre a remuneração paga ou creditada aos segurados a seu
serviço;
ART. 22, INCISO I LEI 8212/91

Art. 22. A contribuição a cargo da empresa, destinada à Seguridade Social, além do disposto no art.
23, é de:
20%

I ‐ vinte por cento sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas a qualquer título,
durante o mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos que lhe prestem serviços,
destinadas a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos
habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos
serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de
serviços, nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou
sentença normativa. (Redação dada pela Lei nº 9.876, de 1999). (Vide Lei nº 13.189, de 2015)
PROBLEMÁTICA!!!!!

CONTRIBUIÇÃO DEVE INCIDIR APENAS SOBRE VERBAS


DE NATUREZA SALARIAL PAGAS AO EMPREGADO;

PORTANTO – NÃO DEVEM INCIDIR SOBRE VERBAS DE


NATUREZA INDENIZATÓRIAS PAGAS AO EMPREGADO;
PROBLEMÁTICA!!!!!

UNIÃO – RECEITA FEDERAL EXIGE PAGAMENTO DE


CONTRIBUIÇÃO PATRONAL SOBRE FOLHA DE
SALÁRIO, FAZENDO INCLUIR NA BASE DE CÁLCULO,
AS VERBAS DE NATUREZA INDENIZATÓRIA OU
VERBAS SEM PREVISÃO LEGAL.
•VERBAS DE NATUREZA
INDENIZATÓRIA

•NÃO INCIDÊNCIA
CONTRIBUIÇÕES ‐ NÃO INCIDÊNCIA SOBRE ESTAS VERBAS

1. SALÁRIO MATERNIDADE;
2. AVISO PRÉVIO INDENIZADO E SEUS REFLEXOS;
3. DOS 15 (QUINZE) PRIMEIROS DIAS DE AFASTAMENTO (AUXÍLIO‐DOENÇA/AUXÍLIO‐ACIDENCTÁRIO/ACIDENTE)
4. AUXÍLIO CRECHE;
5. AUXÍLIO EDUCAÇÃO;
6. AUXÍLIO ‐NATALIDADE E AUXÍLIO‐FUNERAL;
7. ABONO ASSIDUIDADE;
8. ABONO ÚNICO ANUL;
9. VALE‐TRANSPORTE PAGO EM PECÚNIA (DINHEIRO);
10. DIÁRIA VIAGEM – NÃO EXCEDAM 50% REMUNERAÇÃO;
11. FÉRIAS GOZADAS E INDENIZADAS;
12. SALÁRIO FAMÍLIA;
SALÁRIO
MATERNIDADE

10
1. SALÁRIO MATERNIDADE – STF = Tema 72 – RE 576967/PR

Por maioria, foi declarada, incidentalmente, a inconstitucionalidade da incidência


de contribuição previdenciária sobre o salário‐maternidade, prevista no artigo 28,
parágrafo 2º, da Lei 8.212/1991, e a parte final do seu parágrafo 9º, alínea ‘a’, em
que se lê “salvo o salário‐maternidade”.

O entendimento do relator foi seguido pelos ministros Edson Fachin, Rosa Weber,
Luiz Fux, Cármen Lúcia, Marco Aurélio e Celso de Mello. Ficaram vencidos os
ministros Alexandre de Moraes, Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes e Dias
Toffoli, que negavam provimento ao RE.

A tese de repercussão geral fixada foi a seguinte: “É inconstitucional a incidência


de contribuição previdenciária a cargo do empregador sobre o salário‐
maternidade”.
1. SALÁRIO MATERNIDADE – STF = Tema 72 – RE 576967/PR

“DIREITO CONSTITUCIONAL. DIREITO TRIBUTÁRIO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM


REPERCUSSÃO GERAL. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA DO EMPREGADOR. INCIDÊNCIA
SOBRE O SALÁRIO ‐ MATERNIDADE. INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL E MATERIAL.
1. Recurso extraordinário interposto em face de acórdão do TRF da 4ª Região, que entendeu
pela constitucionalidade da incidência da contribuição previdenciária “patronal” sobre o
salário‐maternidade.
2. O salário‐maternidade é prestação previdenciária paga pela Previdência Social à segurada
durante os cento e vinte dias em que permanece afastada do trabalho em decorrência da
licença‐maternidade. Configura, portanto, verdadeiro benefício previdenciário.
3. Por não se tratar de contraprestação pelo trabalho ou de retribuição em razão do contrato de trabalho,
o salário‐maternidade não se amolda ao conceito de folha de salários e demais rendimentos do trabalho
pagos ou creditados, a qualquer título à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo
empregatício. Como consequência, não pode compor a base de cálculo da contribuição previdenciária a
cargo do empregador, não encontrando fundamento no art. 195, I, a, da Constituição. Qualquer incidência
não prevista no referido dispositivo constitucional configura fonte de custeio alternativa, devendo estar
prevista em lei complementar (art. 195, §4º). Inconstitucionalidade formal do art. 28, §2º, e da parte final
da alínea a, do §9º, da Lei nº 8.212/91.(...)
5. Diante do exposto, dou provimento ao recurso extraordinário para declarar, incidentalmente, a
inconstitucionalidade da incidência de contribuição previdenciária sobre o salário‐maternidade, prevista
no art. art. 28, §2º, e da parte final da alínea a, do §9º, da Lei nº 8.212/91, e proponho a fixação da
seguinte tese: “É inconstitucional a incidência de contribuição previdenciária a cargo do empregador
sobre o salário maternidade”.
TRECHO ACÓRDÃO:

“Por esse motivo, a desoneração da mão de obra feminina é medida que se


impõe, uma vez que, no atual sistema previdenciário, as mulheres são as
principais beneficiárias do salário‐maternidade e são elas que ficam
afastadas durante o período de licença, de modo que o empregador já se
verá obrigado a contratar outro funcionário ou deslocar alguém para a
função desenvolvida por ela na sua ausência. É necessário, portanto, que o
Estado não imponha quaisquer ônus adicionais a uma situação que já é, por
si só, mais cara ao empregador, que não pode sofrer o desestímulo estatal
para a contratação de mão de obra feminina”.
1. SALÁRIO MATERNIDADE – ENTENDIMENTO STJ

AgInt no REsp 1602619 / SE (19/03/2019)


(...)
IV ‐ No julgamento dos Recursos Especiais Repetitivos n. 1.230.957/RS e
1.358.281/SP, a Primeira Seção firmou a compreensão de que incide contribuição
previdenciária patronal sobre as seguintes verbas: salário‐maternidade,
salário‐paternidade, horas‐extras, adicional de periculosidade e adicional noturno.

Nesse sentido também: AgInt no REsp n. 1.621.558/RS, Rel. Ministro Francisco Falcão, Segunda
Turma, julgado em 8/2/2018, DJe 14/2/2018; REsp n. 1.775.065/PR, Rel. Ministro Herman
Benjamin, Segunda Turma, julgado em 13/12/2018, DJe 19/12/2018.
(continuação)

(...) VIII ‐ A Primeira Seção desta Corte, no julgamento dos Recursos


Especiais n. 1.358.281/SP, da relatoria do eminente Ministro Herman Benjamin (DJe
5/12/2014), e 1.230.957/RS, da relatoria do eminente Ministro Mauro Campbell
Marques (DJe 18/3/2014), sob o rito dos recursos repetitivos previsto no art. 543‐C
do CPC, entendeu que incide a contribuição previdenciária sobre os adicionais
noturno e de periculosidade, sobre os salários maternidade e paternidade e sobre
as horas‐extras. No mesmo sentido: AgInt no REsp n. 1.347.007/PR, Rel. Ministro Napoleão Nunes
Maia Filho, Primeira Turma, julgado em 28/3/2017, DJe 7/4/2017
1. SALÁRIO MATERNIDADE – ENTENDIMENTO STJ

AgInt no REsp 1602619 / SE (19/03/2019)


(...)
IV ‐ No julgamento dos Recursos Especiais Repetitivos n. 1.230.957/RS e
1.358.281/SP, a Primeira Seção firmou a compreensão de que incide contribuição
previdenciária patronal sobre as seguintes verbas: salário‐maternidade,
salário‐paternidade, horas‐extras, adicional de periculosidade e adicional noturno.

Nesse sentido também: AgInt no REsp n. 1.621.558/RS, Rel. Ministro Francisco Falcão,
Segunda Turma, julgado em 8/2/2018, DJe 14/2/2018; REsp n. 1.775.065/PR, Rel. Ministro
Herman Benjamin, Segunda Turma, julgado em 13/12/2018, DJe 19/12/2018.
(continuação)

(...) VIII ‐ A Primeira Seção desta Corte, no julgamento dos Recursos


Especiais n. 1.358.281/SP, da relatoria do eminente Ministro Herman Benjamin
(DJe 5/12/2014), e 1.230.957/RS, da relatoria do eminente Ministro Mauro
Campbell Marques (DJe 18/3/2014), sob o rito dos recursos repetitivos previsto
no art. 543‐C do CPC, entendeu que incide a contribuição previdenciária sobre os
adicionais noturno e de periculosidade, sobre os salários maternidade e
paternidade e sobre as horas‐extras. No mesmo sentido: AgInt no REsp n. 1.347.007/PR,
Rel. Ministro Napoleão Nunes Maia Filho, Primeira Turma, julgado em 28/3/2017, DJe 7/4/2017
1. SALÁRIO MATERNIDADE – ART.392 E 393 CLT

 Art. 392 CLT. A empregada gestante tem direito à licença maternidade de


120 (cento e vinte) dias, sem prejuízo do emprego e do salário.”

 Art. 393 CLT. Durante o período a que se refere o art. 392, a mulher terá
direito ao salário integral e, quando variável, calculado de acordo com a
média dos 6 (seis) últimos meses de trabalho, bem como os direitos e
vantagens adquiridos, sendo‐lhe ainda facultado reverter à função que
anteriormente ocupava” (grifo nosso).

PORTANTO, O ORDENAMENTO JURÍDICO REFORÇA A PREVISÃO


CONSTITUCIONAL QUE ASSEGURA À MULHER O RECEBIMENTO DO SALÁRIO
DURANTE A LICENÇA‐MATERNIDADE.
1. SALÁRIO MATERNIDADE

O salário‐maternidade é verba paga às empregadas que durante o


contrato de trabalho são afastadas em decorrência da licença
maternidade, conforme previsto no artigo 7º, XVIII, da Constituição
Federal.

Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros


que visem à melhoria de sua condição social: (...) XVIII ‐ licença à gestante,
sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte
dias;
1. SALÁRIO MATERNIDADE

 no período de 120 (cento e vinte) dias de licença maternidade, não há


prestação de serviços, o que impede a incidência da contribuição
previdenciária, até porque o contrato de trabalho fica suspenso;

 Como se depreende dos precedentes acima referidos e do art. 7º, XVIII, do


texto constitucional, o direito da gestante ao salário e ao emprego durante
a licença de 120 dias possui natureza trabalhista e independe de
regulamentação, uma vez que deflui diretamente da Constituição.
1. SALÁRIO MATERNIDADE

 Com intuito de assegurar igualdade entre homens e mulheres (art. 5º, I) e


proteção do mercado de trabalho da mulher (art. 7º, XX), transferir para a
Previdência Social o ônus financeiro do pagamento dos salários durante o
período de afastamento da gestante.

 Com essa medida, buscou‐se evitar que os empregadores optem pelo


trabalhador do sexo masculino, em vez da mulher, diante da possibilidade
de ter que arcar com o custo da licença‐maternidade.
1. SALÁRIO MATERNIDADE ‐ LEI 8213/91 – ART. 71

Neste período de licença a empregada, mesmo afastada, recebe, a título de


indenização, o valor que já lhe era pago enquanto desenvolvia seu trabalho. É o
que determina a Lei n.º 8.213/1991:

“Art. 71. O salário‐maternidade é devido à segurada da Previdência Social,


durante 120 (cento e vinte) dias, com início no período entre 28 (vinte e oito)
dias antes do parto e a data de ocorrência deste, observadas as situações e
condições previstas na legislação no que concerne à proteção à maternidade.
(...)”.
1. SALÁRIO MATERNIDADE ‐ LEI 8213/91 – ART. 72

Art. 72. O salário‐maternidade para a segurada empregada ou trabalhadora avulsa


consistirá numa renda mensal igual a sua remuneração integral.

§ 1o Cabe à empresa pagar o salário‐maternidade devido à respectiva empregada


gestante, efetivando‐se a compensação, observado o disposto no art. 248 da
Constituição Federal, quando do recolhimento das contribuições incidentes sobre a
folha de salários e demais rendimentos pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa
física que lhe preste serviço” contribuições incidentes sobre a folha de salários e demais
rendimentos pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste
serviço.”
1. SALÁRIO MATERNIDADE ‐ LEI 8212/91 – ART. 28, §9º,ALÍNEA “A”

LEI 8212/91 – DEFINIU O QUE É SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃOos benefícios


previdenciários da base de cálculo das contribuições destinadas à Previdência Social e a
terceiras entidades excepcionou, expressamente, o salário‐maternidade

“Art. 28. (...)


§ 2º O salário‐maternidade é considerado salário‐de‐contribuição.
(...)
§ 9º Não integram o salário‐de‐contribuição para os fins desta Lei, exclusivamente:
a) os benefícios da previdência social, nos termos e limites legais, salvo o salário‐
maternidade;”
AVISO PRÉVIO
INDENIZADO E SEUS
REFLEXOS

26
2. AVISO PRÉVIO INDENIZADO E REFLEXOS

 O aviso prévio indenizado possui embasamento constitucional no inciso


XXI, do art. 7º, sendo tal dispositivo complementado pelo artigo 487 da
CLT;

 Trata‐se de uma indenização de 30 (trinta) dias paga pelo empregador,


quando este decide unilateralmente demitir o empregado sem justa
causa (sem justo motivo) e sem o cumprimento do aviso prévio.
2. AVISO PRÉVIO INDENIZADO E REFLEXOS

 Ou seja, quando a dispensa é de iniciativa do empregador e o empregado é


dispensado antes de findo o prazo do aviso prévio, faz este jus ao
recebimento do montante equivalente ao salário correspondente ao período
do aviso: trata‐se do aviso prévio indenizado.

 REFLEXOS ‐ a projeção de 1/12 (um doze) avos de 13º salário indenizado e


1/12 avos de férias indenizadas previsto em lei, salvo maiores números de
dias de aviso e de avos que possam estar assegurados por conta da
convenção coletiva de trabalho.
2. AVISO PRÉVIO INDENIZADO E REFLEXOS

 Não incidência:

 Verba trabalhista em caráter excepcional, sempre que o


empregador dispensar o aviso prévio pelo empregado, este tem
direito a receber salário a todo período do aviso prévio previsto
pela lei trabalhista – portanto – natureza indenizatória;
2. AVISO PRÉVIO INDENIZADO

 STF – Repercussão Geral em ARE 745.901/PR – inexistência repercussão de questão


envolvendo incidência de contribuição incidente sobre aviso prévio;

 STJ – AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº 1.220.119 – RS;

 STJ ‐decisão, julgou em 10/03/2020, nos autos do REsp 1858489/DF, Relator Ministro
HERMAN BENJAMIN, T2 ‐ SEGUNDA TURMA, Data da Publicação DJe 21/08/2020;

 Temas Repetitivos 478,479,737,738,739,740 ‐ STJ ‐ a Primeira Seção do Superior Tribunal de


Justiça decidiu, nos autos do EDCL no RESp 1230957/RS, que a sua finalidade se volta para a
reparação de um dano, não incidindo, por isso mesmo, a contribuição previdenciária.
DOS 15 (QUINZE) PRIMEIROS
DIAS DE AFASTAMENTO (AUXÍLIO‐
DOENÇA/AUXÍLIO‐
ACIDENCTÁRIO/ACIDENTE)
NDENIZADO E SEUS REFLEXOS
31
3. QUINZE DIAS ANTERIORES AO RECEBIMENTO DE BENEFÍCIO DE AUXÍLIO‐DOENÇA
E AUXÍLIO‐ACIDENTE

 Benefício por incapacitação para a atividade laboral ‐ originou‐se


por:

 motivo de doença – denomina‐‐se auxílio‐doença;

 acidente de trabalho ou doença profissional ou de trabalho ‐


denomina‐se auxílio‐doença acidentário (auxílio‐acidente);
3. QUINZE DIAS ANTERIORES AO RECEBIMENTO DE BENEFÍCIO DE AUXÍLIO‐DOENÇA E
AUXÍLIO‐ACIDENTE

AUXÍLIO‐DOENÇA ‐ § 3º do artigo 60 da Lei n.º 8.213/91:

“Art. 60. O auxílio‐doença será devido ao segurado empregado a contar do


décimo sexto dia do afastamento da atividade, e, no caso dos demais segurados,
a contar da data do início da incapacidade e enquanto ele permanecer incapaz.
(…)
§ 3º Durante os primeiros quinze dias consecutivos ao do afastamento da
atividade por motivo de doença, incumbirá à empresa pagar ao segurado
empregado o seu salário integral.” (grifamos)
3. QUINZE DIAS ANTERIORES AO RECEBIMENTO DE BENEFÍCIO DE AUXÍLIO‐DOENÇA E
AUXÍLIO‐ACIDENTE

AUXÍLIO‐ACIDENTE ‐ artigo 86 da Lei n.º 8.213/91: verba paga ao empregado que, em


razão de lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, sofre sequelas que
impliquem em redução da sua capacidade para o trabalho.

Art. 86. O auxílio‐acidente será concedido, como indenização, ao segurado


quando, após consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer
natureza, resultarem seqüelas que impliquem redução da capacidade para o
trabalho que habitualmente exercia.
3. QUINZE DIAS ANTERIORES AO RECEBIMENTO DE BENEFÍCIO DE AUXÍLIO‐DOENÇA E
AUXÍLIO‐ACIDENTE

 Não incidência – natureza indenizatória:

(i) uma vez que são pagas nos períodos em que o empregado não presta
serviços ao empregador;

(i) pagamento não se dá de maneira habitual, mas somente em situação


excepcional, quando acometido o empregado por doença ou acidente que
lhe afaste de suas atividades laborais;
3. QUINZE DIAS ANTERIORES AO RECEBIMENTO DE BENEFÍCIO DE AUXÍLIO‐DOENÇA E
AUXÍLIO‐ACIDENTE

 Primeira Seção e a Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça ‐ RESp 1230957/RS e nos
autos do AgRg no RESp 1403607/SP, respectivamente:

 1º caso ‐ a importância paga não é destinada a retribuir o trabalho, até mesmo porque há
interrupção do contrato laboral;

 2º caso ‐ nos autos do o caráter é de compensar o segurado de sequelas que reduzam a sua
capacidade laboral, motivos pelos quais não há que se falar em incidência da contribuição
previdenciária em tais
AUXÍLIO CRECHE

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4. AUXILIO CRECHE – ART. 389, §§ 1º E 2º CLT

 Segundo §1º do artigo 389 da CLT, que trabalhem, pelo menos, 30


(trinta) mulheres com mais de 16 anos é obrigado a manter local
apropriado para que as empregadas possam manter seus filhos
durante o período da amamentação.

 É facultada à empresa, nos termos do §2º do artigo 389 da CLT,


suprir tal exigência por meio de fornecimento de verba para
pagamento de creche, o chamado auxílio‐creche.
4. AUXILIO CRECHE

auxílio‐creche trata‐se de:

(i) uma indenização, visto que tem função reparadora, não servindo como
retribuição do trabalho;

(ii) Não possui natureza habitual, pois é pago somente à empregada que
possui filho e apenas no período determinado.
4. AUXILIO CRECHE – LEI 8212/91, § 9º,ALÍNEA “S”

 NÃO INTEGRA SALÁRIO‐DE‐CONTRIBUIÇÃO

 “Art. 28 da Lei 8212/91


(...)
§ 9º. Não integram o salário‐de‐contribuição para os fins desta Lei, exclusivamente:
...
s) o ressarcimento de despesas pelo uso de veículo do empregado e o reembolso
creche pago em conformidade com a legislação trabalhista, observado o limite máximo
de seis anos de idade, quando devidamente comprovadas as despesas realizadas;
4. AUXILIO CRECHE – DECRETO 3048/99 – ART. 214, § 9º, XXIII

 NÃO INTEGRA SALÁRIO‐DE‐CONTRIBUIÇÃO

 Art. 214 do Decreto 3048/99 ‐ . Entende‐se por salário‐de‐contribuição:

§ 9º ‐ Não integram o salário‐de‐contribuição, exclusivamente:


(...)
XXIII ‐ o reembolso creche pago em conformidade com a legislação trabalhista,
observado o limite máximo de seis anos de idade da criança, quando devidamente
comprovadas as despesas; (Incluído pelo Decreto nº 3.265, de 1999)
4. AUXILIO CRECHE – IN 971/09 – ART.58

 NÃO INTEGRA SALÁRIO‐DE‐CONTRIBUIÇÃO

 Art. 58 IN 971/09. Não integram a base de cálculo para fins de incidência de


contribuições:

XXII ‐ o reembolso creche pago em conformidade com a legislação trabalhista,


observado o limite máximo de 6 (seis) anos de idade da criança, quando
devidamente comprovadas as despesas (Lei nº 8.212, de 1991, art. 28, § 9º,
alínea ‘s’ e Decreto nº 3.048, de 1999, art. 214, § 9º, inciso XXIII); (grifamos)
4. AUXILIO CRECHE

 SÚMULA 310 STJ

“O auxílio‐creche não integra o salário‐de‐contribuição”;

 o STJ mantem seu entendimento ao julgar AgInt no REsp 1602619 / SE,


Relator Ministro FRANCISCO FALCÃO, T2 ‐ SEGUNDA TURM, Data da
Publicação/Fonte, DJe 26/03/2019
4. AUXILIO CRECHE
2 Solução de Consulta COSIT n. 152, de 26 de setembro de 2018:
“ASSUNTO: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS ‐ EMENTA: AUXÍLIO‐CRECHE.
O Ato Declaratório PGFN nº 13/2011 impede a constituição de crédito tributário de contribuição previdenciária
(inclusive patronal) relativamente aos pagamentos efetuados a título de auxílio creche a trabalhadores com
filhos até o limite de cinco anos de idade, quando devidamente comprovadas as despesas realizadas, porém,
atendidos os requisitos legais de não integração do salário‐de contribuição previstos no art. 28, § 9º, alínea “s”,
da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, não incidem contribuições previdenciárias sobre verbas pagas a
trabalhadores com filhos até o limite de seis anos de idade;
AUXÍLIO‐BABÁ.
Comprovadas as despesas realizadas, não integrarão o salário‐de‐contribuição e a base de cálculo da
contribuição da empresa, para fins de custeio previdenciário, os pagamentos efetuados a título de auxílio babá a
trabalhadores com filhos até o limite de seis anos de idade, limitado ao menor salário‐de contribuição mensal e
desde que evidenciado o registro do pagamento da remuneração e do recolhimento da contribuição
previdenciária na carteira de trabalho da empregada.
Dispositivos Legais: Lei nº 10.522, de 19 de julho de 2002, art. 19, inciso II, § 4º; Ato Declaratório PGFN nº 13, de
20 de dezembro de 2011; Ato Declaratório PGFN nº 1, de 2 de janeiro de 2014; Lei nº 8.212, de 24 de julho de
1991, art. 28, § 9º, alínea “s”; Decreto nº 3.048, de 6 de maio de 1999, art. 214, § 9º, incisos XXIII e XXIV; e
Instrução Normativa RFB nº 971, de 13 de novembro de 2009, art. 58, incisos XXII e XXIII. (...)” (destacamos)
(para conhecimento, não precisa citar na petição)
AUXÍLIO‐EDUCAÇÃO

45
5. AUXILIO‐EDUCAÇÃO

auxílio‐educação de subsídio pago pelo empregador ao empregado visando


fomentar sua qualificação educacional e profissional, em todos os níveis de
escolaridade;

não constitui assim mero benefício pago pelo empregador, não servindo
como retribuição ao trabalho efetivo do empregado;

 não tem caráter habitual;


5. AUXILIO‐EDUCAÇÃO – LEI 8212/91, § 9º,ALÍNEA “T”

 NÃO INTEGRA SALÁRIO‐DE‐CONTRIBUIÇÃO

 “Art. 28 da Lei 8212/91


(...)
§ 9º. Não integram o salário‐de‐contribuição para os fins desta Lei, exclusivamente:
...
t) o valor relativo a plano educacional, ou bolsa de estudo, que vise à educação básica
de empregados e seus dependentes e, desde que vinculada às atividades
desenvolvidas pela empresa, à educação profissional e tecnológica de empregados,
nos termos da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro
de 1996, e:”. (grifamos)
5. AUXILIO‐EDUCAÇÃO – DECRETO 3048/99 – ART. 214, § 9º, XIX

 NÃO INTEGRA SALÁRIO‐DE‐CONTRIBUIÇÃO (não usar na petição –so para conhecimento

 Art. 214 do Decreto 3048/99 ‐ . Entende‐se por salário‐de‐contribuição:

§ 9º ‐ Não integram o salário‐de‐contribuição, exclusivamente:

XIX ‐ o valor relativo a plano educacional ou bolsa de estudo que vise à educação básica de empregados e de
seus dependentes e, desde que vinculada às atividades desenvolvidas pela empresa, à educação profissional e
tecnológica de empregados, nos termos do disposto na Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, observados os
seguintes requisitos: (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
a) o valor não ser utilizado em substituição de parcela salarial; e (Incluída pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
b) o valor mensal do plano educacional ou da bolsa de estudo, considerado individualmente, não ultrapassar
cinco por cento do valor da remuneração do segurado a que se destina ou o valor correspondente a cento e
cinquenta por cento do valor do limite mínimo mensal do salário de contribuição, o que for maior; (Incluída
pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
5. AUXILIO‐EDUCAÇÃO – IN 971/09 – ART.58

 NÃO INTEGRA SALÁRIO‐DE‐CONTRIBUIÇÃO

 Art. 58 IN 971/09. Não integram a base de cálculo para fins de incidência de


contribuições:

XIX ‐ o valor relativo ao plano educacional que vise à educação básica, nos termos do art. 21
da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e a cursos de capacitação e de qualificação
profissionais vinculados às atividades desenvolvidas pela empresa, desde que não seja
utilizado em substituição de parcela salarial e desde que todos empregados e dirigentes
tenham acesso a esse valor; (grifamos)
5. AUXILIO‐EDUCAÇÃO – ART. 458, §2º, II CLT

 NÃO CONSTITUI SALÁRIO ‐ artigo 458, §2º, inciso II da CLT consigna expressamente que o
valor pago ao empregado destinado à educação não constitui salário, nos seguintes
termos:

“Art. 458 CLT – (...)

§2º Para os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas como salário as seguintes
utilidades concedidas pelo empregador:

II – educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os


valores relativos a matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático;” (grifamos)
5. AUXILIO‐EDUCAÇÃO – JURISPRUDÊNCIA

O STJ tem pacífica jurisprudência no sentido de que “o auxílio‐educação,


embora contenha valor econômico, constitui investimento na qualificação de
empregados, não podendo ser considerado como salário “in natura”,
porquanto não retribui o trabalho efetivo, não integrando, desse modo, a
remuneração do empregado. É verba utilizada para o trabalho, e não pelo
trabalho”.

Neste sentido AgRg no AREsp 182.495/RJ, Rel. Ministro Herman Benjamin,


Segunda Turma, julgado em 26/02/2013, DJe 07/03/2013.
5. AUXILIO‐EDUCAÇÃO – JURISPRUDÊNCIA

 REsp 1806024 / PE (2019) ‐ V ‐ O Superior Tribunal de Justiça tem jurisprudência


firmada quanto à não incidência da contribuição previdenciária patronal sobre o
auxílio‐educação. Precedentes: REsp n. 1.586.940/RS, Rel. Ministro Herman
Benjamin, Segunda Turma, julgado em 10/5/2016, DJe de 24/5/2016 e REsp n.
1.491.188/SC, Rel. Ministro Herman Benjamin, Segunda Turma, julgado em
25/11/2014, DJe de 19/12/2014.

 Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça decidiu, nos autos do AgRg no RESp
No 1.079.978/PR, que, por não integrar o salário de contribuição, não há incidência
da contribuição previdenciária.
AUXÍLIO ‐NATALIDADE
E
AUXÍLIO‐FUNERAL

53
6. AUXÍLIO‐NATALIDADE E AUXÍLIO‐FUNERAL

O benefício corresponde a valor repassado aos dependentes do


falecido para as despesas relativas ao sepultamento, que, salvo
melhor juízo, ocorre apenas uma vez.

Não ocorre de modo permanente ou habitual, já que referido


benefício corresponde a valor repassado aos dependentes do
falecido para as despesas relativas ao sepultamento, que, salvo
melhor juízo, ocorre apenas uma vez.
6. AUXÍLIO‐NATALIDADE E AUXÍLIO‐FUNERAL ‐ JURISPRIDÊNCIA

REsp 1806024 / PE (2019)

IV ‐ A jurisprudência desta Corte Superior assentou o posicionamento de que não é


possível a incidência de contribuição previdenciária sobre os valores pagos a
título de auxílio‐natalidade e auxílio‐funeral, já que seu pagamento não ocorre de
forma permanente ou habitual, pois depende, respectivamente, do falecimento do
empregado e o do nascimento de seus dependentes. Precedentes: AgInt no REsp n.
1.586.690/DF, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, julgado em
16/6/2016, DJe 23/6/2016 e AgRg no REsp n. 1.476.545/RS, Rel. Ministro Og Fernandes,
Segunda Turma, julgado em 17/9/2015, DJe 2/10/2015.
6. AUXÍLIO‐NATALIDADE E AUXÍLIO‐FUNERAL ‐ JURISPRIDÊNCIA

 AgRg no REsp 1476545/RS

“(...)
2. Não se vislumbra a possibilidade fática de o pagamento do auxílio‐
funeral ocorrer de modo permanente ou habitual, já que referido
benefício corresponde a valor repassado aos dependentes do falecido
para as despesas relativas ao sepultamento que, salvo melhor juízo,
ocorre apenas uma vez.
ABONO ASSIDUIDADE

57
7. ABONO ASSIDUIDADE – ART.457, §§1º E 2º

§ 2º do artigo 457 da CLT não integra a remuneração do empregado, conforme segue:

“Art. 457 ‐ Compreendem‐se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do
salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que
receber.

§ 1º ‐ Integram o salário não só a importância fixa estipulada, como também as comissões,


percentagens, gratificações ajustadas, diárias para viagens e abonos pagos pelo empregador.

§ 2º ‐ As importâncias, ainda que habituais, pagas a título de ajuda de custo, auxílio‐alimentação,


vedado seu pagamento em dinheiro, diárias para viagem, prêmios e abonos não integram a
remuneração do empregado, não se incorporam ao contrato de trabalho e não constituem base de
incidência de qualquer encargo trabalhista e previdenciário.
7. ABONO ASSIDUIDADE – LEI 8212/91, § 9º, “E” ‐7

NÃO INTEGRA SALÁRIO‐DE‐CONTRIBUIÇÃO


“Art. 28 da Lei 8212/91
(...)
§ 9º. Não integram o salário‐de‐contribuição para os fins desta Lei, exclusivamente:

... e) as importâncias:

7. recebidas a título de ganhos eventuais e os abonos expressamente


desvinculados do salário;
7. ABONO ASSIDUIDADE‐ JURISPRUDÊNCIA

 Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça decidiu, nos autos do

AgRg no RESp No 1.079.978/PR, que, dada a natureza indenizatória,


não há incidência da contribuição previdenciária:

 O JULGAMENTO DO RESP Nº 1.558.223/RS, DE RELATORIA DO I.


MINISTRO HERMAN BENJAMIN
ABONO ÚNICO ANUAL

61
8. ABONO ÚNICO ANUAL – ART. 457, §§ 1ºE 2º CLT

NÃO INTEGRA A REMUNERAÇÃO DO EMPREGADO, CONFORME SEGUE:

“Art. 457 ‐ Compreendem‐se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário
devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que receber.

§ 1º ‐ Integram o salário não só a importância fixa estipulada, como também as comissões, percentagens,
gratificações ajustadas, diárias para viagens e abonos pagos pelo empregador.

§ 2º ‐ As importâncias, ainda que habituais, pagas a título de ajuda de custo, auxílio‐alimentação, vedado
seu pagamento em dinheiro, diárias para viagem, prêmios e abonos não integram a remuneração do
empregado, não se incorporam ao contrato de trabalho e não constituem base de incidência de
qualquer encargo trabalhista e previdenciário.
8. ABONO ÚNICO ANUAL – LEI 8212/91, § 9º, “E” ‐7

NÃO INTEGRA SALÁRIO‐DE‐CONTRIBUIÇÃO


“Art. 28 da Lei 8212/91
(...)
§ 9º. Não integram o salário‐de‐contribuição para os fins desta Lei, exclusivamente:

... e) as importâncias:

7. recebidas a título de ganhos eventuais e os abonos expressamente desvinculados do


salário;
8. ABONO ÚNICO ANUAL – DECRETO 3048/99 – ART. 214, §9º,XXIII

 NÃO INTEGRA SALÁRIO‐DE‐CONTRIBUIÇÃO (não usar na petição –so para


conhecimento

 Art. 214 do Decreto 3048/99 ‐ . Entende‐se por salário‐de‐contribuição:

§ 9º ‐ Não integram o salário‐de‐contribuição, exclusivamente:

XXIII ‐ o reembolso creche pago em conformidade com a legislação trabalhista,


observado o limite máximo de seis anos de idade da criança, quando
devidamente comprovadas as despesas; (Incluído pelo Decreto nº 3.265, de
1999)
8. ABONO ÚNICO ANUAL ‐ JURISPRUDÊNCIA

 Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça decidiu, nos


autos do AgRg no RESp No 1.079.978/PR, que, dada a
natureza indenizatória, não há incidência da contribuição
previdenciária;
VALE‐TRANSPORTE
PAGO EM PECÚNIA

66
9. VALE‐TRANSPORTE PAGO EM PECÚNIA (DINHEIRO) – LEI 8212/91, ART. 28, §9º, “F”

NÃO INTEGRA SALÁRIO‐DE‐CONTRIBUIÇÃO

“Art. 28 da Lei 8212/91


(...)
§ 9º. Não integram o salário‐de‐contribuição para os fins desta Lei,
exclusivamente:

... f) a parcela recebida a título de vale‐transporte, na forma da legislação


própria;
9. VALE‐TRANSPORTE PAGO EM PECÚNIA (DINHEIRO) – DECRETO 3048/99
ART.214, §9ª,IV

 NÃO INTEGRA SALÁRIO‐DE‐CONTRIBUIÇÃO

 Art. 214 do Decreto 3048/99 ‐ . Entende‐se por salário‐de‐contribuição:

§ 9º ‐ Não integram o salário‐de‐contribuição, exclusivamente:

VI ‐ a parcela recebida a título de vale‐transporte, ainda que paga em dinheiro, na forma


da legislação própria;(Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020).
9. VALE‐TRANSPORTE PAGO EM PECÚNIA (DINHEIRO)

 SOLUÇÃO DE CONSULTA (SC) Cosit nº 143, de 27 de setembro de 2016,


esclareceu que não incide contribuição previdenciária sobre os valores pagos
em dinheiro a título de vale‐transporte. Transcrevemos trecho de sua ementa:

 ASSUNTO: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS VALE‐TRANSPORTE.


PAGAMENTO EM PECÚNIA. NÃO INCIDÊNCIA. Não incide contribuição
previdenciária sobre os valores pagos em dinheiro a título de vale‐transporte. A
não incidência da contribuição está limitada ao valor pago em dinheiro
estritamente necessário para o custeio do deslocamento residência‐trabalho e
vice‐versa, em transporte coletivo, conforme prevê o art.1º da Lei nº 7.418, de
1985.
9.1. VALE‐TRANSPORTE PAGO EM VALE COMBUSTÍVEL

 SOLUÇÃO DE CONSULTA COSIT Nº 313, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2019


 VALE‐TRANSPORTE. VALE‐COMBUSTÍVEL. NÃO INCIDÊNCIA. Não incide contribuição previdenciária sobre os
valores pagos a título de vale‐transporte por meio de vale‐combustível ou semelhante. A não incidência da
contribuição está limitada ao valor equivalente ao estritamente necessário para o custeio do deslocamento
residência‐trabalho e vice‐versa, em transporte coletivo, conforme prevê o art.1º da Lei nº 7.418, de 16 de
dezembro de 1985. O empregador somente poderá suportar a parcela que exceder a seis por cento do salário
básico do empregado. Caso deixe de descontar este percentual do salário do empregado, ou desconte percentual
inferior, a diferença deverá ser considerada como salário indireto e sobre ela incidirá contribuição previdenciária
e demais tributos.
Dispositivos Legais: Lei nº 7.418, de 16 de dezembro de 1985, artigos 1º e 4º; Ato Declaratório nº 4, de 31 de março
de 2016, da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional; Súmula AGU nº 60, de 8 de dezembro de 2011.
AUSÊNCIA DE REQUISITOS. INEFICÁCIA. É ineficaz a consulta que não identifica o dispositivo da legislação tributária
sobre cuja aplicação haja dúvida. Dispositivos Legais: Instrução Normativa RFB nº 1.396, de 16 de setembro de 2013,
artigo 3º, § 2º, IV, e artigo 18, incisos I e II.
 (CONTINUAÇÃO)
10. Desnecessário mencionar que a não incidência da contribuição está limitada ao valor equivalente ao
estritamente necessário para o custeio do deslocamento residência trabalho e vice‐versa, em transporte coletivo,
como prevê o art. 1º da Lei nº 7.418, de 16 de dezembro de 1985, e também a Solução de Consulta Cosit nº 143,
de 2016.
11. Em relação ao questionamento acerca do percentual de desconto, aplica‐se à situação em análise o disposto
no art. 4º da Lei nº 7.418, de 1985:

Art. 4º ‐ A concessão do benefício ora instituído implica a aquisição pelo empregador dos Vales‐Transporte
necessários aos deslocamentos do trabalhador no percurso residência‐trabalho e vice‐versa, no serviço de
transporte que melhor se adequar Parágrafo único ‐ O empregador participará dos gastos de deslocamento do
trabalhador com a ajuda de custo equivalente à parcela que exceder a 6% (seis
por cento) de seu salário básico. (grifos nossos)
12. Ou seja, o empregador somente poderá suportar a parcela que exceder a seis por cento do salário básico do
empregado. Caso deixe de descontar este percentual do salário empregado, ou faça o desconto em percentual
inferior, a diferença deve ser considerada como salário indireto e sobre ela incidirá contribuição previdenciária e
demais tributos.
 (CONTINUAÇÃO)

Conclusão

15. Diante do exposto, concluiu‐se que:

15.1. Não incide contribuição previdenciária sobre os valores pagos a título de vale‐
transporte por meio de vale‐combustível ou semelhante, limitado ao valor equivalente ao
estritamente necessário para o custeio do deslocamento residência‐trabalho e vice‐versa,
em transporte coletivo, conforme prevê o art.1º da Lei nº 7.418, de 1985 (e a Solução de
Consulta Cosit nº 143, de 2016).

(...)”.
9. VALE‐TRANSPORTE PAGO EM PECÚNIA (DINHEIRO) ‐JURISPRUDÊNCIA

 STJ ‐ REsp 1598509/RN (2017) ‐ “3. As Turmas que compõe a Primeira


Seção do STJ sedimentaram a orientação segundo a qual a contribuição
previdenciária não incide sobre o auxílio‐transporte ou o vale‐transporte,
ainda que pago em pecúnia. Precedentes.

 STF – RE 478410/SP – não incidência;

 Informativo 578 STF;


DIÁRIA VIAGEM –
NÃO EXCEDAM 50%
REMUNERAÇÃO

74
10. DIÁRIA VIAGEM – NÃO EXCEDAM 50% REMUNERAÇÃO

o § 2º do artigo 457 da CLT não integra a remuneração do empregado, conforme segue:

“Art. 457 ‐ Compreendem‐se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do
salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas
que receber.

§ 1º ‐ Integram o salário não só a importância fixa estipulada, como também as comissões,


percentagens, gratificações ajustadas, diárias para viagens e abonos pagos pelo empregador.

§ 2º ‐ As importâncias, ainda que habituais, pagas a título de ajuda de custo, auxílio‐alimentação,


vedado seu pagamento em dinheiro, diárias para viagem, prêmios e abonos não integram a
remuneração do empregado, não se incorporam ao contrato de trabalho e não constituem base de
incidência de qualquer encargo trabalhista e previdenciário.
10. DIÁRIA VIAGEM – NÃO EXCEDAM 50% REMUNERAÇÃO ‐JURISPRUDÊNCIA

 STJ Resp 1806024 / PE – 23/05/2019 –

 “3. As Turmas que compõe a Esta Corte Superior também considera indevida
a exação de contribuição previdenciária sobre as diárias para viagens, desde que
não excedam a 50% da remuneração mensal. Precedentes: EDcl no AgRg no
REsp n. 1.137.857/RS, Rel. Ministro Humberto Martins, Segunda Turma, julgado
em 13/4/2010, DJe 23/4/2010 e EDcl no AgRg no REsp n. 971.020/RS, Rel.
Ministro Herman Benjamin, Segunda Turma, julgado em 17/12/2009, DJe
2/2/2010.
FÉRIAS GOZADAS E INDENIZADAS

77
11. FÉRIAS GOZADAS E INDENIZADAS

Os direitos dos trabalhadores estão previstos no artigo 7º da Constituição


Federal, que em seu inciso XVII assim dispõe:

“Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que
visem à melhoria de sua condição social:
...
XVII ‐ gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais
do que o salário normal;”
11. FÉRIAS GOZADAS E INDENIZADAS

PORTANTO – FÉRIAS ANUAIS ‐ DIREITO A RECEBER:

recebendo a verba equivalente à sua remuneração habitual;

 verba adicional, equivalente a, pelo menos, um terço do


salário normal, o chamado terço constitucional.
11. FÉRIAS GOZADAS E INDENIZADAS

FÉRIAS GOZADAS: (OBSERVAÇÃO‐ ENTENDIMENTO


CONTRÁRIO)

os valores pagos a título de férias gozadas possuem evidente


natureza indenizatória e, por conseguinte, não podem ser
incluídos na base de cálculo da contribuição previdenciária.
11. FÉRIAS GOZADAS E INDENIZADAS

FÉRIAS GOZADAS – POSIÇÃO STJ

 REsp nº 1.322.945/DF, 1ª Seção do STJ, Relator Ministro Napoleão


Nunes Maia Filho, DJe 08.03.2013
11. FÉRIAS GOZADAS E INDENIZADAS

 VERBAS PAGAS A TÍTULO DE FÉRIAS NÃO GOZADAS/INDENIZADAS E FÉRIAS


PROPORCIONAIS – NATUREZA INDENIZATÓRIA

 os valores pagos a tais títulos visam indenizar o trabalhador pelos dias de descanso a que
faria jus e não puderam ser gozados, seja pela conversão pelo abono pecuniário (art. 143 da
CLT), seja pela rescisão do seu contrato de trabalho (férias vencidas e férias proporcionais).

Art. 143 CLT‐ É facultado ao empregado converter 1/3 (um terço) do período de férias a que
tiver direito em abono pecuniário, no valor da remuneração que lhe seria devida nos dias
correspondentes.
11. FÉRIAS GOZADAS E INDENIZADAS – LEI 8212/91, ART. 28, § 9º, “D”

 VERBAS PAGAS A TÍTULO DE FÉRIAS NÃO GOZADAS/INDENIZADAS E


FÉRIAS PROPORCIONAIS – NÃO INTEGRAM SALÁRIO‐DE‐CONTRIBUIÇÃO

“Art. 28. (...)

§ 9º Não integram o salário‐de‐contribuição para os fins desta Lei, exclusivamente:

d) as importâncias recebidas a título de férias indenizadas e respectivo adicional


constitucional, inclusive o valor correspondente à dobra da remuneração de férias de que trata
o art. 137 da Consolidação das Leis do Trabalho‐CLT;” (grifamos)
11. FÉRIAS GOZADAS E INDENIZADAS – JURISPRUDÊNCIA

 VERBAS PAGAS A TÍTULO DE FÉRIAS NÃO GOZADAS/INDENIZADAS E


FÉRIAS PROPORCIONAIS – NÃO INTEGRAM SALÁRIO‐DE‐CONTRIBUIÇÃO

STJ ‐ Relator Ministro FRANCISCO FALCÃO ao julgar o REsp 1806024/PE,


REsp 1806024 / PE, Ministro FRANCISCO FALCÃO, T2 ‐ SEGUNDA TURMA,
Data da Publicação/Fonte DJe 07/06/2019
SALÁRIO FAMÍLIA

85
12. SALÁRIO FAMÍLIA

O salário‐família trata‐se de um direito previsto no artigo 7º, XII da CF/88,


consubstanciado em benefício pecuniário compulsório pago pelo
empregador ao empregado de baixa renda.

Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que
visem à melhoria de sua condição social:
...
XII ‐ salário‐família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa
renda nos termos da lei;
12. SALÁRIO FAMÍLIA

NÃO INCORPORA AO SALÁRIO ‐ art. 92 do Decreto nº 3.048/99, o art. 70 da Lei nº 8.213/91 e artigo 291, inciso VI,
da IN INSS/PRES nº 45/2010

“Art. 92. As cotas do salário‐família não serão incorporadas, para qualquer efeito, ao salário ou ao benefício.”

“Art. 70. A cota do salário‐família não será incorporada, para qualquer efeito, ao salário ou ao benefício.”

“Art. 291. O direito ao salário‐família rege‐se também pelos seguintes dispositivos:


Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social:
...
XII ‐ salário‐família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei;
12. SALÁRIO FAMÍLIA – LEI 8212/91, ART.28, §9º “A”

NÃO INTEGRA SALÁRIO‐DE‐CONTRIBUIÇÃO ‐ art. 28, §9º, “a” da Lei nº 8.212/91:

“Art. 28. (...)


...
§ 9º Não integram o salário‐de‐contribuição para os fins desta Lei, exclusivamente:

a) os benefícios da previdência social, nos termos e limites legais, salvo o salário‐


maternidade;” (grifamos)
12. SALÁRIO FAMÍLIA – JURISPRUDÊNCIA

STJ ‐ REsp nº 1.275.695/ES, 2ª Turma do STJ, Relator Ministro


Mauro Campbell Marques, DJe 31/08/2015;

STJ ‐ EDcl no AgInt nos EDcl nos EDcl no AREsp 933256,


Relator(a) Ministra ASSUSETE MAGALHÃES, Data da
Publicação 12/11/2020;
PORTANTO: NÃO INCIDENCIA

1. SALÁRIO MATERNIDADE;
2. AVISO PRÉVIO INDENIZADO E SEUS REFLEXOS;
3. DOS 15 (QUINZE) PRIMEIROS DIAS DE AFASTAMENTO (AUXÍLIO‐DOENÇA/AUXÍLIO‐
ACIDENCTÁRIO/ACIDENTE)
4. AUXÍLIO CRECHE;
5. AUXÍLIO EDUCAÇÃO;
6. AUXÍLIO ‐NATALIDADE E AUXÍLIO‐FUNERAL;
7. ABONO ASSIDUIDADE;
8. ABONO ÚNICO ANUAL;
9. VALE‐TRANSPORTE PAGO EM PECÚNIA (DINHEIRO);
10. DIÁRIA VIAGEM – NÃO EXCEDAM 50% REMUNERAÇÃO;
11. FÉRIAS GOZADAS E INDENIZADAS;
12. SALÁRIO FAMÍLIA;
QUADRO DE INCIDÊNCIAS TRIBUTÁRIAS

Alíquotas (pessoal permanente): Folha de Salários

Previdência Social:.....................20% Salários..............................................R$ 100.000,00

GILRAT:.........................................3% 15 d. ant. aux. doença.......................R$ 30.000,00

Código terceiros.........................515 Adic 1/3 Férias não goz/inden..........R$ 10.000,00

Salário‐educação:........................2,5% Vale Transp. Pg. Pecún.......................R$ 5.000,00

Incra:……………….......................0,2% Auxilio Natalidade..............................R$ 5.000,00

Senac:..........................................1,0% Auxílio Educação................................R$ 20.000,00

Sesc:..............…...........................1,5% A.P. Indenizado...................................R$ 30.000,00

Sebrae:.......................................0,60% 13º A.P. Indenizado…………………………R$ 2.500,00

Total Terceiros:..........................5,8% Auxílio Creche………………………….……..R$ 2.500,00

Alíquota Total:..........................28,8% Total..…………………..R$ 205.000,00 91


QUADRO DE INCIDÊNCIAS TRIBUTÁRIAS

Alíquotas (pessoal permanente): Folha de Salários

Previdência Social:.....................20% Salários..............................................R$ 100.000,00

GILRAT:.........................................3% 15 d. ant. aux. doença.......................R$ 30.000,00

Código terceiros.........................515 Adic 1/3 Férias não goz/inden..........R$ 10.000,00

Salário‐educação:........................2,5% Vale Transp. Pg. Pecún.......................R$ 5.000,00

Incra:……………….......................0,2% Auxilio Natalidade..............................R$ 5.000,00

Senac:..........................................1,0% Auxílio Educação................................R$ 20.000,00

Sesc:..............…...........................1,5% A.P. Indenizado...................................R$ 30.000,00

Sebrae:.......................................0,60% 13º A.P. Indenizado…………………………R$ 2.500,00

Total Terceiros:..........................5,8% Auxílio Creche………………………….……..R$ 2.500,00

Alíquota Total:..........................28,8% Total..…………………..R$ 205.000,00 92


QUADRO DE INCIDÊNCIAS TRIBUTÁRIAS
 Cálculo das contribuições devidas  Cálculo das contribuições após
sem ação judicial: ação judicial:

Base de cálculo.........R$ 205.000,00 Base de cálculo............R$ 102.500,00

Alíquota total.............................28,8%
Alíquota total.............................28,8%

Total a ser recolhido.....R$ 59.040,00 Total a ser recolhido.....R$ 29.520,00

93
QUADRO DE INCIDÊNCIAS TRIBUTÁRIAS
 ECONOMIA MENSAL
R$ 20.520,00

• ECONOMIA ANUAL (SEM APLICAÇÃO DE CORREÇÃO MONETÁRIA)


R$ 246.240,00

• ECONOMIA NOS ÚLTMOS 60 MESES (5 anos) (SEM APLICAÇÃO DE CORREÇÃO MONETÁRIA)


R$ 1.231.200,00

• PERSPECTIVA DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS SUCUMBENCIAL (variável conforme artigo 85


CPC e se não for MS)
(3 A 5%) – R$ 36.936,00 A 61.560,00

• PERSPECTIVA DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS CONTRATUAIS –sobre a restituição


(10 A 20%)
R$ 123.120,00 a 246.240,00
94
PRÓXIMA AULA – parte 06 – 6.2

VERBAS DE NATUREZA DO
TRABALHO ‐ INCIDÊNCIA

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