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Resumo do Alcestinho!

Entrevista motivacional

Questões iniciais para reflexão


 Dificuldades na consulta para favorecer mudança de hábitos?
 De que maneira aumenta a motivação para as mudanças?
 Como aprender ou ensinar a entrevista motivacional?
Conceitos fundamentais

 Os problemas de saúde que produzem maior morbimortalidade -> Relação com hábitos não saudáveis da
população;
 O aconselhamento sistemático para a modificação de algumas condutas em pacientes pouco motivados
permite mudanças habitualmente escassas ou moderadas;
 EM -> é um método clínico definido como uma forma de orientação colaborativa e centrada na pessoa
com o objetivo de evocar e fortalecer a motivação para as mudanças;
 EM -> Pode ser aprendida, implementada e avaliada;
 Para manter a nova conduta -> é necessário trabalhar a motivação, avaliar a presença de ambivalência e
desenvolver novas modalidades de enfrentamento.
Fundamentação teórica

 Os profissionais de saúde utilizam o aconselhamento sistemático para tentar favorecer as mudanças de


conduta em seus pacientes, com resultados geralmente escassos ou moderados;
 A utilização de uma estratégia insistente e confrontadora pode dificultar a colaboração do paciente e
aumentar os desacordos e as resistências para a modificação de um hábito pouco saudável;
 Um paciente pouco motivado, no melhor dos casos, dará razão ao médico, mas depois continuará a sua
conduta habitual.
 “Barricadas” de Gordon -> são respostas do profissional que criam obstáculos no caminho do paciente.
Elas têm um efeito bloqueador, de maneira, que detêm, desviam ou mudam a direção do paciente,
obrigando-o a superá-los;

 Reatância psicológica -> um tipo de resposta humana de oposição que aparece com frequência quando as
pessoas recebem indicações, ordens ou pressões sobre o que deveriam fazer ou mudar.
Os meios para obter motivação
 Motivação -> desejo de alcançar um objetivo -> Sujeito a múltiplas variáveis;
 Poucas pessoas decidem realizar uma mudança de conduta se isso representar sacrifícios exagerados.
O dilema da Ambivalência

 Ambivalência -> estado no qual coexistem ideias e sentimentos antagônicos em relação a uma coisa ou
conduta, aparece como uma verdadeira âncora que impede a pessoa de avançar em direção à decisão de
mudar;
 Dissonância cognitiva -> distância entre o que é considerado como o desejável a fazer e o que é feito na
realidade;
 Em todo processo de mudança de hábitos é gerada uma deliberação interna mais ou menos consciente ->
“Sim, reconheço que deveria mudar..., mas também não me encontro tão mal a ponto de...”;
 O fenômeno da ambivalência explica o porquê de tantas pessoas manterem hábitos indesejáveis.

O que é preciso fazer?


 Para a produção de mudanças profundas e estáveis, há necessidade de um forte compromisso que permita
à pessoa suportar o esforço inerente à modificação de um hábito arraigado.

Entrevista motivacional

 Foi inicialmente utilizada como intervenção clínica em pacientes com abuso de álcool;
 Um método de orientação centrado no paciente com o objetivo de aumentar a motivação intrínseca para a
mudança, ajudando o paciente a explorar e resolver sua ambivalência;
 4 princípios básicos -> Inibir o reflexo de redirecionamento; explorar e compreender as motivações do
paciente; Escutar com empatia; Apoiar o sentido de autoeficácia;
a) Inibir o reflexo de redirecionamento: evitar dizer ao paciente o que ele deveria fazer e de evitar a
colocação de rótulos;
b) Explorar e compreender as motivações do paciente: Facilita o diálogo de mudança, com base em seus
desejos;
c) Escutar com empatia: Mostra que entende como o paciente se sente, o que o está preocupando e as
dificuldades que encontra, tudo isso em um clima de aceitação;
d) Apoiar o sentido de autoeficácia: Torna evidentes as habilidades demonstradas em tentativas prévias,
destacando atitudes e capacidades do paciente para fazer a mudança -> “Parabéns pelo que conseguiu
até agora”.

O espírito da entrevista motivacional

 Emprega alguns elementos básicos -> Colaboração; Evocação; Aceitação; Compaixão; Apoio à
autonomia;
a) Colaboração: o profissional se mostra disposto a colaborar com o que o paciente traz à consulta ao
mesmo tempo em que pede para ele se comprometer na negociação (Antagonismo de
confrontamento);
b) Evocação: O terapeuta tenta conhecer e fazer surgir do paciente suas motivações para a mudança em
vez de impor seus próprios argumentos ou pontos de vista; (Antagonismo de educação”);
c) Aceitação: É a capacidade de ver a outra pessoa como ela realmente é;
d) Compaixão: intenção se dirige a uma relação de ajuda incondicional e genuína;
e) Apoio à autonomia: O profissional ajuda o paciente na tomada de decisões.
Habilidades da entrevista motivacional

 Perguntas abertas -> aproximar a realidade do paciente para explorar suas crenças;
 Validação (afirmação) -> O processo de validar as atitudes, habilidades, interesses etc. do paciente
constitui em si mesmo um exercício de aumento da autoeficácia e da autoestima do paciente -> “acredito
em você”;
 Escuta reflexiva -> O profissional atua como um espelho que reflete elementos significativos do discurso
do paciente;
- A escuta reflexiva pode ser simples (repetições, refraseados) ou complexas (metáforas, paráfrases,
reestruturações positivas).
 Resumos: utilizam os elementos da conversa do paciente que o profissional atento captou, devolvendo-os
depois de forma organizada;
- Depois de um resumo, é estrategicamente muito efetivo fazer uma pergunta ativadora: “Depois de me
dizer tudo isso, o que você acha que pode fazer?”.
 Informações e aconselhamentos: Existem momentos em que é necessário proporcionar informações ou
recomendações, sobretudo quando isso é solicitado pelo paciente.
Processos\tarefas na entrevista motivacional
 Eles são descritos como os degraus de uma escada em que cada um dos processos enumerados é a base
sobre a qual se assentam os seguintes;

 Envolver (engaging) -> É o processo pelo qual ambas as partes estabelecem uma conexão útil e uma
relação de trabalho, sendo um pré-requisito inerente a qualquer tipo de relação de ajuda;
 Focar (Focusing) -> Descreve o processo de estabelecer uma agenda ou objetivo de mudança, pois sem
uma adequada priorização dificilmente se poderá avançar na direção da mudança;
 Evocar (evoking) -> Implica “obter” (do inglês elicit), por meio da conversação, as próprias motivações
do paciente para a mudança;
 Planejar (Planning) -> Quando a motivação dos pacientes alcança um limiar de preparação, a balança se
inclina na direção da mudança e eles começam a falar mais sobre quando e como mudar e menos sobre o
porquê de fazê-lo.

Diálogo de mudança
 Podem ser classificadas em várias categorias: Essa estrutura ficou conhecida pelo seu acrônimo em inglês
DARN-C (desire, ability, reason, need, commitment);
a) desejo de mudança: “Eu gostaria de parar de fumar”;
b) habilidade para mudar: “Eu poderia parar de fumar”;
c) razões para mudar: “Fumar prejudica a minha asma”;
d) necessidade de mudança: “Tenho que parar de fumar”;
e) compromisso para mudar: “Vou parar de fumar”.
Entrevista motivacional breve
 Sabe-se que as intervenções breves com o modelo de EM podem ser tão eficazes como as entrevistas mais
longas, como já foi visto nas intervenções em alcoolismo e outros problemas de saúde;

Como ajudar a manter a mudança


 Exige um esforço considerável e, dessa forma, a necessidade de aproveitar todas as estratégias que ajudem
a vencer a ambivalência que ainda possa estar presente, assim como de desenvolver novas condutas
exitosas;
 Objetivo de evitar as recaídas –, a pessoa deverá armar-se (algumas vezes, por meio de um treinamento
formal) com fórmulas para enfrentar e vencer as tentações que irão aparecer, sobretudo durante as
primeiras etapas da mudança.

Ensino e aprendizagem da entrevista motivacional


 é a sequência de oito etapas que inclui: trabalhar com a experiência dos participantes; desenvolver
competência na atenção centrada no paciente; reconhecer elementos-chave no discurso do paciente que
orientem a prática da EM; favorecer o diálogo de mudança; detectar e abordar os desacordos; negociar
planos de ação; consolidar o compromisso do paciente; e manter a flexibilidade entre a EM e os outros
estilos de intervenção;
 Programa MOTIVA;
 Questionário validade EVEM (Escala de valorização da entrevista motivacional).

1. C
2. D
3. A
4. b

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