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Aula 06 Ciclo 02 Historia Especifica Colonizacao Iberica II e Crise Colonial
Aula 06 Ciclo 02 Historia Especifica Colonizacao Iberica II e Crise Colonial
1. (Uerj 2019)
Embaixadores do Reino de Daomé deram ao Príncipe Regente D. João VI, em 1811, o trono do Rei Adandozan (1797-
1818). A peça, provavelmente da passagem do século XVIII ao XIX, foi incorporada ao acervo do Museu Nacional em
1818 e se tornou uma de suas principais raridades. Segundo o diretor do museu, o paleontólogo Alexander Kellner: “É
uma das primeiras peças que chegou para o acervo, antes mesmo de o museu ser criado. Esse presente foi uma iniciativa
para melhorar as relações diplomáticas entre o país que hoje se chama Benin e o Reino de Portugal e Brasil”.
Adaptado de oglobo.globo.com.
De Londres a Berlim, os museus da Europa estão repletos de centenas de milhares de itens da era colonial. Cada vez
mais, as instituições estão enfrentando a questão embaraçosa de saber se os objetos deveriam estar lá. O governo de
Benin, por exemplo, está exigindo a restituição de seus tesouros nacionais, retirados da antiga colônia francesa Daomé
e atualmente em exposição no Quai Branly, em Paris. Um desses tesouros é o trono do rei Ghezo, que remonta ao início
do século XIX.
Adaptado de citizen.co.za.
Na época das reportagens, os dois objetos destacados faziam parte do patrimônio histórico e cultural originário do antigo
reino de Daomé, atual Benin, em exibição fora do continente africano. Com o incêndio do Museu Nacional, em setembro
de 2018, o trono de Adandozan foi destruído.
De acordo com os textos, estabeleça a diferença entre os processos de aquisição dos objetos pelos dois museus.
Aponte, ainda, o principal vínculo econômico entre Daomé e Brasil, no começo do século XIX, que explica a iniciativa
dos embaixadores do reino africano em 1811.
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2. (Uerj 2018)
Em 1983, as ruínas de San Ignacio Miní, na Argentina, e de São Miguel das Missões, no Brasil, foram declaradas
patrimônio cultural mundial pela Unesco. Representam importante testemunho da ocupação sistematizada do território
e das relações culturais que se estabeleceram entre os missionários europeus e os povos nativos, que eram em sua
maioria do grupo étnico Guarani.
Adaptado de brasil.gov.br.
As fotografias das ruínas permitem visualizar parcialmente algumas das ações colonizadoras ibéricas na América nos
séculos XVII e XVIII.
Identifique um fator que explique de que modo essas ações colonizadoras contribuíram para a “ocupação sistematizada
do território” na América. Identifique, também, uma consequência dessas ações para as populações indígenas locais.
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3. (Uerj 2018)
A raça africana constitui uma parte grande da população dos países da América, e principalmente no Brasil, um elemento
essencial da vida civil e das relações sociais que não teremos dúvida em consagrar grande parte desta obra aos negros,
a seus usos e costumes. Compreende-se ainda melhor que assim o façamos escrevendo uma viagem pitoresca.
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Entretanto, se alguém julgar que em semelhante viagem dois cadernos de figuras de pretos são demais, queira
considerar que o único lugar da terra em que é possível fazer semelhante escolha de fisionomias características, entre
as tribos de negros, é talvez o Brasil, principalmente o Rio de Janeiro; é, em todo caso, o lugar mais favorável a essas
observações. Com efeito, o destino singular dessas raças de homens traz aqui membros de quase todas as tribos da
África. Num só golpe de vista pode o artista conseguir resultados que, na África, só atingiria através de longas e perigosas
viagens a todas as regiões dessa parte do mundo.
Adaptado de RUGENDAS, J. M. Viagem pitoresca através do Brasil. Belo Horizonte: Itatiaia.
Rugendas foi um dos integrantes da expedição dirigida pelo naturalista Barão de Langsdorff, que percorreu o Brasil entre
1824 e 1828. A obra Viagem pitoresca através do Brasil, publicada em 1835, é resultado dessa experiência.
A partir das imagens, indique um aspecto valorizado por Rugendas ao representar as populações de origem africana.
Em seguida, a partir do texto, identifique uma característica do continente africano percebida por Rugendas.
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4. (Uerj 2017)
Na pintura religiosa renascentista, o índio, uma vez submetido aos valores cristãos, tornou-se humanizado. O pintor
holandês Albert Eckhout representou essa ruptura conceitual na sua obra: nos quadros que retratam os índios Tupis e
Tapuias, os índios “aliados” eram pacíficos, trabalhadores, tinham família, andavam vestidos (foram “domesticados”),
estavam acessíveis ao trabalho cotidiano, enquanto os índios “bravos” (bárbaros) eram antropófagos que andavam nus,
carregando despojos esquartejados como alimentação, e guerreavam os colonizadores.
Adaptado de OLIVEIRA, J. P. e FREIRE, C. A presença indígena na formação do Brasil.
Brasília: MEC LACED/Museu Nacional, 2006.
Os retratos de indígenas acima revelam algumas das intenções por parte dos agentes da colonização, como a Coroa, a
Igreja e os colonos, diante das populações nativas na América Portuguesa no século XVII.
Considerando as imagens e o texto, aponte um objetivo econômico dos colonizadores que explique a forma pela qual os
aliados Tupis foram retratados. Em seguida, cite uma forma de resistência indígena à colonização que justifique a
representação atribuída aos Tapuias.
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5. (Uerj 2015)
As imagens remetem a dois marcos históricos do processo de conquista e ocupação da região amazônica pela Coroa
de Portugal: a construção do Real Forte do Príncipe da Beira na margem direita do Rio Guaporé, entre 1776 e 1783, e a
expedição à região do Amazonas comandada por Pedro Teixeira, ocorrida entre 1637 e 1639.
Identifique duas estratégias da colonização portuguesa na Amazônia ao longo dos séculos XVII e XVIII. Em seguida,
aponte duas características físicas ou demográficas dessa região que tenham interferido nas estratégias de colonização.
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6. (Uerj 2015) No Brasil, em finais do século XVIII, o descontentamento com o poder metropolitano deu origem a rebeliões
que questionavam o domínio político português. Dentre essas rebeliões, destacam-se a Inconfidência Mineira (1789) e
a Conjuração Baiana (1798).
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Aponte duas diferenças entre a Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana. Cite, também, dois movimentos políticos
ou filosóficos que influenciaram essas insurreições.
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7. (Uerj 2014) Mais de 10 milhões de cativos foram retirados do continente africano entre 1500 e 1850, e quase metade
deles desembarcou no Brasil. Ao chegarem da África, os negros eram amontoados em galpões e depois expostos para
venda. Na cidade do Rio de Janeiro, em meados do século XVIII, a aglomeração de atividades comerciais, portuárias e
negreiras nas regiões do Morro da Conceição e do Morro do Livramento contribuiu para o estabelecimento do mercado
de escravos em um local menos incômodo, com hortas e chácaras. Foi escolhida então a região do Valongo, que
compreendia Gamboa, Saúde e Santo Cristo. Isso estimulou, na época, o crescimento urbano com a criação de
armazéns, loteamento de áreas, abertura de ruas e aterramento de pântanos.
Adaptado de pretosnovos.com.br.
O mapa abaixo apresenta os pontos do Circuito Histórico e Arqueológico da Herança Africana na antiga região do
Valongo, localizado na atual Zona Portuária da cidade.
O texto e o mapa remetem a vestígios deixados pelas relações escravistas na área central da cidade do Rio de Janeiro.
Explicite o principal motivo para a aglomeração de atividades comerciais, portuárias e negreiras na área central do Rio
de Janeiro em meados do século XVIII. Em seguida, aponte um dos objetivos para a criação do Circuito Histórico e
Arqueológico da Herança Africana.
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8. (Uerj 2013)
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9. (Uerj 2012)
A Estrada Real, nos dias de hoje, é a reunião dos vários caminhos construídos no Brasil-Colônia, principalmente nos
séculos XVII e XVIII, para o transporte das riquezas do interior para o litoral do Rio de Janeiro, de onde seguiam para a
metrópole portuguesa. São 1.512 km que permitem mergulhar na história brasileira. A circulação de pessoas,
mercadorias e riquezas era obrigatoriamente feita por aqueles caminhos, constituindo crime de lesa-majestade a abertura
de outros não autorizados pela administração metropolitana.
Adaptado de http://360graus.terra.com.br
A expansão da colonização na América portuguesa, nos séculos XVII e XVIII, ocasionou o surgimento de novas
atividades econômicas, de núcleos de povoamento e de caminhos e estradas, como os que compuseram a Estrada Real.
Cite a principal atividade econômica que condicionou o surgimento dos caminhos da Estrada Real e identifique dois
interesses da Coroa portuguesa em controlar esses caminhos, no decorrer do século XVIII.
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10. (Uerj 2011) O enriquecimento da vida cultural do Rio de Janeiro, e até mesmo do país, após 1808, decorreu,
sobretudo, das necessidades da elite dominante. No ambiente acanhado da sociedade americana, a novidade dos
procedimentos característicos do círculo real exerceram extraordinário fascínio, produzindo um poderoso efeito
“civilizador” em relação à cidade. Em contrapartida, a Coroa não deixou de adotar também medidas de controle mais
eficientes. Após a tormenta da Revolução Francesa e ainda vivendo o turbilhão do período napoleônico, era o medo dos
princípios difundidos pelo século das Luzes, especialmente as “perniciosas” ideias francesas, que ditava essas cautelas.
NEVES, Lúcia M. P. das e MACHADO, Humberto F.
Adaptado de O império do Brasil. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.
O texto aborda um duplo movimento provocado pela presença da Corte portuguesa no Brasil: o estímulo às atividades
culturais na colônia e, ao mesmo tempo, o controle conservador sobre essas atividades.
Indique duas ações da Coroa que enriqueceram a vida cultural da cidade do Rio de Janeiro.
Explique, ainda, como o Estado português exercia controle sobre as atividades culturais.
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1. (Unicamp 2015) Um elemento importante nos anos de a) desvalorização do esforço braçal
1820 e 1830 foi o desejo de autonomia literária, tornado b) estagnação da remuneração laboral
mais vivo depois da Independência. (…) O Romantismo c) rigidez da regulamentação contratual
apareceu aos poucos como caminho favorável à d) informalidade da atuação profissional
expressão própria da nação recém-fundada, pois fornecia
concepções e modelos que permitiam afirmar o 3. (Unicamp 2023) As estimativas sobre a população de
particularismo, e portanto a identidade, em oposição à Palmares no século XVII oscilam entre 5 e 20 mil pessoas.
Metrópole (…). A crônica abaixo, de 1678, descreve o território palmarino:
CANDIDO, Antonio. O Romantismo no Brasil. Reconhecem-se todos obedientes a um que se
São Paulo: Humanitas, 2004, p. 19. chama “o Ganga Zumba”, que quer dizer “Senhor Grande”.
Tendo em vista o movimento literário mencionado A este tem por seu rei e senhor todos os mais, assim
no trecho acima, e seu alcance na história do período, é naturais dos Palmares como vindos de fora. Habita na sua
correto afirmar que cidade real que chamam o Macaco. Esta é a metrópole
entre as mais cidades e povoações. Está fortificada toda
a) o nacionalismo foi impulsionado na literatura com a em cerco de pau a pique, com torneiras abertas para
vinda da família real, em 1808, quando houve a introdução ataque e defesa. E pela parte de fora toda se semeia de
da imprensa no Rio de Janeiro e os primeiros livros estrepes de ferro e buracos no chão. Ocupa esta cidade
circularam no país. dilatado espaço, forma-se mais de 1500 casas. A segunda
b) o indianismo ocupou um lugar de destaque na afirmação cidade chama-se Sirbupira; nesta habita o irmão do rei que
das identidades locais, expressando um viés decadentista se chama “o Zona”. É fortificada toda de madeira e pedras,
e cético quanto à civilização nos trópicos. compreende mais de oitocentas casas. Das mais cidades
c) os autores românticos foram importantes no período por e povoações darei notícia quando lhe referir as ruínas.
produzirem uma literatura que expressava aspectos da (Adaptado de: ANTT, Manuscrito da Livraria, cod. 1185,
natureza, da história e das sociedades locais. fls. 149-55v. In: LARA, Silvia; FACHIN, Phablo (org.).
d) a população nativa foi considerada a mais original dentro Guerra contra Palmares: o manuscrito de 1678.
do Romantismo e, graças à atuação dos literatos, os São Paulo: Chão Editora, 2021, p. 9 – 49.)
indígenas passaram a ter direitos políticos que eram Sobre a organização do espaço palmarino, é
vetados aos negros. correto afirmar que
2. (Uerj 2024) AGROPECUÁRIA, CONSTRUÇÃO CIVIL E a) os negros que fugiram para Palmares ocuparam os
CARVOARIAS SÃO AS MAIORES FONTES DO espaços urbanos das vilas coloniais na Serra da Barriga;
TRABALHO ANÁLOGO À ESCRAVIDÃO essas vilas tinham sido abandonadas por Portugal durante
Trabalhador agropecuário em geral, servente de as guerras de expulsão, de Pernambuco, dos holandeses.
obras, pedreiro e carvoeiro. O que aproxima essas b) o que se convencionou chamar de quilombo de
atividades? Elas são as ocupações mais comuns entre as Palmares era uma rede de povoações fortificadas,
vítimas de trabalho análogo à escravidão resgatadas no formadas por centenas de casas e interligadas por meio de
Brasil no período de 2003 a 2020, apontam dados um sistema político influenciado por lógicas culturais
compilados pelo Observatório da Erradicação do Trabalho africanas.
Escravo e do Tráfico de Pessoas. Ainda segundo o c) as povoações que constituíam Palmares se originaram
Observatório, de 1995 a 2020, foram encontrados, no país, da estrutura urbanística construída por Nassau nas serras
55712 trabalhadores em condições análogas às de de Pernambuco e Alagoas, a partir da racionalidade
escravo. holandesa na época da luta pelo domínio do açúcar.
De acordo com a juíza Mirella Cahú, o trabalho d) a maioria da população negra que vivia nos mocambos
análogo ao escravo é crime tipificado no artigo 149 do de Palmares no século XVII era crioula, ou seja, nascida
Código Penal e é “definido como aquele em que seres no Brasil, e combinava a influência da organização política
humanos estão submetidos a trabalhos forçados, jornadas de Angola e das redes urbanas litorâneas e europeias de
tão intensas que podem causar danos físicos, condições Pernambuco.
degradantes e restrição de locomoção em razão de dívida
contraída com empregador ou preposto. A pena se agrava 4. (Uerj 2023)
quando o crime for cometido contra criança ou adolescente
ou por motivo de preconceito de raça, cor, etnia, religião
ou origem”, explicou.
Para a juíza, na figura do trabalho escravo
contemporâneo, o indivíduo permanece com liberdade,
mas, por circunstâncias decorrentes do próprio trabalho,
essa liberdade é relativizada, ficando o indivíduo
impossibilitado de exercer seu direito.
Adaptado de trt13.jus.br, 28/01/2022.
Aspectos estruturais das relações de produção no
Brasil explicam a existência de “trabalho escravo Tereza de Benguela é um dos nomes esquecidos
contemporâneo” e sua maior incidência em determinadas pela historiografia nacional. Nos últimos anos, passou a
atividades econômicas, como abordado na reportagem. ser mais reconhecida, na busca de multiplicar as narrativas
Um desses aspectos estruturais é: que revelam a formação sociopolítica brasileira. Tereza,
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que viveu no século XVIII, pode ter nascido no continente 6. (Unicamp 2020) Os números indicam que antes da
africano ou no Brasil. Ela chefiou o Quilombo do Quariterê, abolição de 1888 restavam pouco mais de setecentos mil
que se localizava na atual fronteira entre Mato Grosso e escravos no Brasil. Conforme estimativa do censo de
Bolívia. O Quilombo resistiu até 1770, quando foi 1872, elaborada pelo IBGE, a população total do país era
destruído. Em homenagem a Tereza de Benguela, o dia 25 de 9.930.478 habitantes. Isso indica que grande parte da
de julho é oficialmente, no Brasil, o Dia Nacional de Tereza população de cor (pretos e pardos) já havia adquirido a
de Benguela e da Mulher Negra. liberdade por seus próprios meios antes da Lei Áurea.
Adaptado de ufrb.edu.br. (Adaptado de Wlamyra Albuquerque, A vala comum da
O reconhecimento de Tereza de Benguela e a ‘raça emancipada’: abolição e racialização no Brasil,
celebração do dia 25 de julho indicam uma mudança com breve comentário. História Social, Campinas, 2010.)
o intuito de multiplicar narrativas sobre a formação social Com base no excerto e nos conhecimentos sobre
brasileira. a história da liberdade no Brasil, assinale a alternativa
Essa mudança tem como objetivo: correta.
a) naturalizar a inclusão de personalidades marginais a) A maioria da população negra já era liberta antes de
b) garantir a homogeneização de hierarquias étnicas 1888, porque as províncias escravistas do Sudeste,
c) promover a reparação de dívidas estruturais almejando abrirem-se para a imigração italiana, vinham
d) valorizar a ação de protagonistas plurais adotando medidas abolicionistas desde o fim do tráfico, em
1850.
5. (Uerj 2021) b) Em termos globais, o grande percentual da população
livre de cor reflete o peso demográfico da população liberta
concentrada nas províncias pouco dependentes da
escravidão, como Santa Catarina e Paraná.
c) A maioria da população africana e seus descendentes
já era livre quando a Lei Áurea foi aprovada, porque vinha
obtendo alforrias através de uma multiplicidade de
estratégias, desde o período colonial.
d) O alto número de libertos antes de 1888 reflete o
impacto da abolição dos escravos por parte do Imperador
D. Pedro II, pois a família real era a maior proprietária de
cativos durante o século XIX, na região do Vale do Paraíba.
O tráfico de escravos africanos, maior movimento
de migração forçada documentado pela história, forneceu 7. (Uerj 2019) Quando chegar o feliz momento da abolição,
a mão de obra que impulsionou o desenvolvimento não será devido nunca à inclinação sincera do povo ou do
econômico das Américas nos primeiros séculos de governo, a menos que venham a sofrer grande mudança.
colonização europeia e moldou a composição genética das Pois quase me aventuraria a dizer que não há dez pessoas
populações de norte a sul do continente. De 1514 a 1866, em todo o Império que considerem esse comércio um
quando ocorreram, respectivamente, a primeira e a última crime ou o encarem sob outro aspecto que não seja o de
das quase 35 mil viagens registradas de navios negreiros, ganho e perda, de simples especulação mercantil, que
cerca de 12,5 milhões de pessoas de diferentes regiões da deve continuar ou cessar conforme for vantajoso ou não.
África foram trazidas contra a vontade para o Novo Mundo. Acostumados a não fazer nada, os brasileiros em geral
A maioria – quase 7,6 milhões, ou 61% do total – veio em estão convencidos de que os escravos são necessários
um intervalo de tempo curto, entre 1750 e 1850. Esse como animais de carga, sem os quais os brancos não
período de maior tráfico transatlântico de escravos poderiam viver.
coincidiu com o aumento da miscigenação nas Américas, HENRY CHAMBERLAIN, agente diplomático britânico,
identificada em um estudo publicado em uma revista em 31/12/1823. Adaptado de SOUSA, O. T. Fatos e
científica renomada. Segundo o geneticista Eduardo personagens em torno de um regime. Rio de Janeiro:
Tarazona Santos, “o número de pessoas deslocadas José Olympio, 1960.
nessa diáspora forçada foi tão grande que trouxe para as Após a emancipação política do Império do Brasil,
Américas representantes de toda a diversidade genética o debate sobre o fim do tráfico intercontinental de escravos
da África”. e da escravidão esteve em pauta, como abordado por
Ricardo Zorzetto Henry Chamberlain em 1823.
Adaptado de revistapesquisa.fapesp.br, 03/03/2020. Naquele contexto, de acordo com o diplomata
Ao investigar a diversidade das populações britânico, as resistências à abolição do tráfico e da
africanas e seus vínculos com a miscigenação das escravidão estavam associadas à conjuntura de:
populações afro-americanas, a pesquisa mencionada
contribui para a crítica do racismo por valorizar o seguinte a) desqualificação do trabalho braçal
aspecto: b) vigência da sociedade burguesa
c) instabilidade do regime jurídico
a) hierarquização das heranças de matriz étnica d) decadência da estrutura agrária
b) descrição das práticas de orientação eugênica
c) redefinição das dinâmicas de mobilidade geográfica 8. (Unicamp 2018) As plantações de mandioca
d) caracterização das relações de ancestralidade biológica encontradas pelas saúvas cortadeiras nas roças indígenas
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eram apenas uma entre várias outras. Em muitas referência ao líder do quilombo, tem uma conotação
situações, a composição química das folhas favorecia a simbólica para a população negra em contraponto à visão
escolha de outras plantas e a folhagem da mandioca era oficial do 13 de maio de 1888.
cortada apenas quando as preferidas das saúvas não b) o feito da tomada de Palmares, em 1694, pelos exércitos
eram suficientes. Já na agricultura comercial, machados e da Coroa, é entendido como menos glorioso quando
foices de ferro permitiam abrir clareiras em uma escala comparado à expulsão dos holandeses de Pernambuco,
maior, resultando em grande homogeneidade da flora. Nas em 1654. Os dois eventos históricos não têm o mesmo
lavouras de mandioca de finais do século XVII e do início apelo para a formação da sociedade brasileira na
do século XVIII, as folhas da mandioca tornavam-se uma atualidade.
das poucas opções das formigas. Depois de mais algumas c) o texto de Caetano de Melo e Castro indica que
colheitas, a infestação das formigas tornava-se Palmares não gerou temor às estruturas coloniais da
insuportável, por vezes causando o completo Capitania de Pernambuco. A comemoração oficial do Dia
despovoamento humano da área. da Consciência Negra é uma invenção política do período
(Adaptado de Diogo Cabral, 'O Brasil é um grande recente.
formigueiro’: território, ecologia e a história ambiental da d) o Quilombo de Palmares representou uma ameaça aos
América Portuguesa – parte 2. HALAC - História poderes coloniais, já que muitos eram os rebeldes que se
Ambiental Latinoamericana y Caribeña. Belo Horizonte, v. organizavam ou se aliavam ao quilombo. A data é
IV, n. 1, p. 87-113, set. 2014-fev. 2015.) celebrada, na atualidade, como símbolo da resistência
A partir da leitura do texto e de seus pelos movimentos negros.
conhecimentos sobre História do Brasil Colônia, assinale a
alternativa correta. 10. (Unicamp 2014) A história de São Paulo no século XVII
se confunde com a história dos povos indígenas. Os índios
a) A principal diferença entre as lavouras indígenas e a não se limitaram ao papel de tábula rasa dos missionários
agricultura comercial colonial estava no uso de queimadas ou vítimas passivas dos colonizadores. Foram
pelos europeus, o que não era praticado pelas populações participantes ativos e conscientes de uma história que foi
autóctones. pouco generosa com eles.
b) Comparadas à mandioca cultivada pelos indígenas, as (Adaptado de John M. Monteiro, “Sangue Nativo”, em
novas espécies de mandioca trazidas da Europa eram http://www.revistadehistoria.com.br/nativo.)
menos resistentes às formigas cortadeiras, e por isso mais Sobre a atuação dos indígenas no período
susceptíveis à infestação. colonial, pode-se afirmar que:
c) Os colonizadores introduziram no território colonial
novas espécies de mandioca e milho, que desequilibraram a) A escravidão foi por eles aceita, na expectativa de sua
o sistema agrícola ameríndio, baseado no sistema rotativo proibição pela Coroa portuguesa, por pressão dos jesuítas.
de plantação. b) Sua participação nos aldeamentos fez parte da
d) A agricultura comercial tendia à homogeneização da integração entre os projetos religioso e bélico de domínio
flora nas lavouras da América Portuguesa, combinando português, executados por jesuítas e bandeirantes.
tradições europeias de plantio com práticas indígenas. c) A existência de alianças entre indígenas e portugueses
não exclui as rivalidades entre grupos indígenas e entre os
9. (Unicamp 2017) O documento abaixo foi redigido pelo nativos e os europeus.
governador de Pernambuco, Caetano de Melo e Castro, d) A adoção do trabalho remunerado dos indígenas nos
em 18 de agosto de 1694, para comunicar ao Rei de engenhos de São Vicente contrasta com as práticas de
Portugal a tomada da Serra da Barriga. trabalho escravo na Bahia e Pernambuco.
“(...) Não me parece dilatar a Vossa Majestade da
gloriosa restauração dos Palmares, cuja feliz vitória senão 11. (Unicamp 2013) “Quando os portugueses começaram
avalia por menos que a expulsão dos holandeses, e assim a povoar a terra, havia muitos destes índios pela costa
foi festejada por todos estes povos com seis dias de junto das Capitanias. Porque os índios se levantaram
luminárias. (...) Os negros se achando de modo poderosos contra os portugueses, os governadores e capitães os
que esperavam o nosso exército metidos na serra (...), destruíram pouco a pouco, e mataram muitos deles.
fiando-se na aspereza do sítio, na multidão dos Outros fugiram para o sertão, e assim ficou a costa
defensores. (...) Temeu-se muito a ruína destas Capitanias despovoada de gentio ao longo das Capitanias. Junto
quando à vista de tamanho exército e repetidos socorros delas ficaram alguns índios em aldeias que são de paz e
como haviam ido para aquela campanha deixassem de ser amigos dos portugueses.”
vencidos aqueles rebeldes pois imbativelmente se lhes (Pero de Magalhães Gandavo, Tratado da Terra do
unir-se os escravos todos destes moradores (....)”. Brasil,http://www.cce.ufsc.br/~nupill/literatura/ganda1.htm)
Décio Freitas, República de Palmares – pesquisa e Conforme o relato de Pero de Gandavo, escrito por
comentários em documentos históricos do século XVII. volta de 1570, naquela época,
Maceió: UFAL, 2004, p. 129. a) as aldeias de paz eram aquelas em que a catequese
Sobre o documento acima e seus significados jesuítica permitia o sincretismo religioso como forma de
atuais, é correto afirmar que solucionar os conflitos entre indígenas e portugueses.
b) a violência contra os indígenas foi exercida com o intuito
a) foi escrito por uma autoridade da Coroa na colônia e tem de desocupar o litoral e facilitar a circulação do ouro entre
como principal conteúdo a comemoração da morte de as minas e os portos.
Zumbi dos Palmares. A data de 20 de novembro, como
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c) a fuga dos indígenas para o interior era uma reação às 14. (Uerj 2006)
perseguições feitas pelos portugueses e ocasionou o
esvaziamento da costa.
d) houve resistência dos indígenas à presença portuguesa
de forma semelhante às descritas por Pero Vaz de
Caminha, em 1500.
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16. (Uerj 2004) a) o rompimento de sua unidade política, levando ao
fracionamento das federações tribais.
b) a expropriação das terras, provocando a interiorização
de muitas comunidades nativas.
c) a imposição gradativa do trabalho sedentário, levando a
sua utilização como mão de obra assalariada.
d) o seu largo emprego em trabalhos compulsórios na
pecuária e na mineração, provocando a sedentarização
das comunidades do litoral.
a) existência de conflitos entre republicanos e militares, a) criação do cargo de governador das Armas, gerando
que possuíam uma posição antiabolicionista conflitos institucionais no Exército nacional
b) tensões nos setores pobres e excluídos da população b) arbitrariedade das Cortes portuguesas, subordinando os
urbana, que temiam o retorno da escravidão com a governos provinciais diretamente a Lisboa
República c) existência de facção separatista brasileira ligada ao
c) perda de apoio de parte das elites proprietárias de tráfico negreiro, objetivando controlar as possessões
escravos e terras, que se sentiu traída pela abolição da portuguesas na África
escravatura d) revogação da liberdade de culto concedida aos
d) críticas da imprensa abolicionista e republicana, que britânicos, ampliando os antagonismos entre Londres e as
responsabilizava os proprietários de terras pela Cortes portuguesas
manutenção da escravidão
20. (Uerj 1997) Ai, filha! Você não entende deste riscado.
17. (Uerj 2001) Em 1988, quando se comemorou o Neste mundo não existe coisa alguma sem sua razão de
centenário da Lei Áurea, comentava-se em muitas cidades ser. Estas filantropias modernas de abolição! É chover no
do Brasil, de forma irônica, que existiria uma cláusula no molhado - preto precisa de couro de ferro como precisa de
texto dessa lei que revogaria a liberdade dos negros depois angu e baeta. Havemos de ver no que há de parar a
de cem anos de vigência. lavoura quando esta gente não tiver no eito. Não é porque
O surgimento de tais comentários está relacionado eu seja maligno que digo e faço estas coisas. É que sou
à seguinte característica social: lavrador, e sei dar o nome aos bois. Enfim, você pede, eu
vou mandar tirar o ferro. Mas são favas contadas - ferro
a) surgimento do "apartheid" tirado, preto no mato.
b) permanência do racismo (RIBEIRO, Júlio. A Carne. Rio de Janeiro, Francisco
c) formação da sociedade de classe Alves, 1952 - com adaptações.)
d) decadência do sistema de estamentos O autor do romance A Carne (1888) antecipa, no
trecho acima, uma preocupação de muitos proprietários de
18. (Uerj 2000) (...) Eram pardos, todos nus, sem coisa terra, escravistas, quanto às consequências da abolição
alguma que cobrisse suas vergonhas. Nas mãos traziam dos escravos para a agricultura brasileira.
arcos com suas setas. (...) Eles não lavram, nem criam. Esta posição pode ser resumida da seguinte
Não há aqui boi nem vaca, nem cabra, nem ovelha, nem forma:
galinha, nem qualquer outra alimária, que costumada seja
ao viver dos homens. Nem comem senão desse inhame, a) A grande lavoura não teria futuro sem a mão de obra
que aqui há muito, e dessa semente de frutos, que a terra escrava.
e as árvores de si lançam (...). b) A abolição provocaria a superação da lavoura pela
(CORTESÃO, Jaime. "A Carta de Pero Vaz de Caminha". indústria.
Rio de Janeiro: Livros de Portugal, 1943.) c) A agricultura ficaria restrita à produção para o mercado
No Brasil, durante o período colonial, as mudanças interno.
transcorridas na organização política, econômica e social d) O fim da escravidão transformaria as lavouras em terras
dos indígenas estão relacionadas com: improdutivas.
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HISTÓRIA
SEMANA 06 – GABARITO DISCURSIVAS
Resposta da questão 1: Diferença: enquanto o trono de Adandozan foi uma doação do reino de Daomé a D. João VI,
o trono de Ghezo é fruto de saque imperialista promovido pela França. Vínculo econômico: tráfico negreiro
intercontinental.
Resposta da questão 4: Entre os objetivos dos colonizadores podem ser mencionados o domínio sobre as terras e a
exploração da mão de obra dos nativos. Ocorreram diversas formas de resistência dos indígenas contra a colonização,
tais como guerras, canibalismo, recusa à catequese e ao trabalho, fugas, entre outras.
Resposta da questão 5: O aluno pode citar algumas estratégias da colonização portuguesa na Amazônia no período
colonial, sobretudo nos séculos XVII e XVIII, tais como: construção de fortes destinados à defesa de terras conquistadas,
utilização da numerosa população indígena local como mão de obra, realização de expedições de exploração e
reconhecimento do território, controle e uso da navegação de rios para assegurar a posse do território, estímulo à
presença de missões religiosas dedicadas à catequese dos indígenas e a exploração dos recursos naturais da floresta
(coleta e extração das drogas do sertão, como canela e cacau). Entre as características físicas ou demográficas da
região podem ser destacas a extensa floresta equatorial, grandes vazios demográficos, bacias hidrográficas navegáveis,
dispersão dos recursos naturais pela floresta e a existência de numerosa e diversificada população indígena.
Resposta da questão 6: Entre as diferenças destas revoltas libertárias ou emancipacionistas que ocorreram no Brasil
no contexto da Crise do Sistema Colonial podemos afirmar que a Inconfidência Mineira foi um movimento de composição
predominantemente elitista, já a Conjuração Baiana teve um caráter mais popular e que algumas lideranças da
Conjuração Baiana propunham a abolição da escravidão, o que não era cogitado pelos inconfidentes de Minas Gerais.
A Inconfidência Mineira teve uma forte influência da independência dos EUA enquanto a Conjuração Baiana sofreu uma
forte ingerência da Revolução Francesa. Alguns acontecimentos históricos que influenciaram estas revoltas foram o
Iluminismo, Liberalismo, Republicanismo, Revolução Francesa e a Independência dos Estados Unidos.
Resposta da questão 7: Em 1763, o Rio de Janeiro passou a ser a sede da Colônia portuguesa no Brasil, devido,
principalmente, à proximidade com o escoamento do ouro das Minas pelo Porto da cidade. Isso fez com que o Centro
do Rio desenvolvesse atividades comerciais, portuárias e negreiras, tanto de entrada como de saída no Porto.
O Centro Histórico e Arqueológico da Herança Africana, na Zona Portuária (obras do Porto Maravilha) foi criado com o
objetivo de resgatar e exaltar a herança negra africana tanto para a cidade quanto para o país. Tal Centro faz parte do
circuito cultural do Porto Maravilha.
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• crítica à opressão fiscal da metrópole portuguesa
• defesa de ideais liberais iluministas, restrita aos interesses dos grandes proprietários
• defesa do rompimento político com Portugal, restrita ao âmbito das capitanias das Minas Gerais e do Rio de Janeiro
Legitimar o novo regime como aquele que estava construindo de fato a autonomia e a soberania da nação.
Resposta da questão 9: A mineração, considerada a atividade mais importante no século XVIII, presente no interior da
colônia, região conhecida como “as minas gerais”, de onde provinham os diamantes e o ouro. O controle dos caminhos
por parte da metrópole pretendia evitar o contrabando das riquezas extraídas da região e, ao mesmo tempo, controlar a
circulação de todas as mercadorias que chegavam à mesma.
Dada a dimensão da área mineradora, e sua distância dos principais portos que levariam a riqueza para Portugal, havia
grande preocupação com o controle fiscal e a garantia do pagamento dos impostos.
Órgãos do Estado português, agora sediados no Brasil, exerciam a função de fiscalizar e censurar todos os
impressos, inclusive os importados, que aqui fossem publicados sob a justificativa de cuidar da moral, da religião e dos
bons costumes.
O ano de 1808 marca a chegada da corte ao Rio de Janeiro que, na prática, tornou-se a sede do Estado
português. A corte foi responsável direta pelo incremento das atividades culturais e artísticas e, ao mesmo tempo, pelo
controle e censura das mesmas.
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HISTÓRIA
SEMANA 05 – GABARITO OBJETIVAS
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Resposta da questão 9: [D]
A formação de quilombos foi uma das formas de resistência encontrada pelos escravos no Brasil colonial. O
Quilombo dos Palmares foi o maior e mais duradouro dos quilombos, o que representava uma ameaça aos poderes
coloniais, uma vez que o número de escravos fugitivos que lá viviam era alto. Derrotar Palmares não foi fácil, já que os
negros se aproveitaram da geografia da Serra da Barriga para resistir.
Obs.: A data que hoje se comemora como símbolo da resistência e valorização negra no Brasil é 20 de
novembro, que remete ao dia do falecimento de Zumbi dos Palmares, ocorrida em 1695. A data a qual o texto se refere,
da destruição de Palmares, é 18 de agosto de 1694 e não é comemorada hoje em dia.
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