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VANTAGENS

• Evidenciam alterações bioquímicas anteriores às lesões celulares e/ou


orgânicas.
• Fornecem medidas objetivas das alterações do EN com a vantagem de
possibilitar seguimento ao longo do tempo e de intervenções nutricionais
• Servem para monitorizar o impacto da terapia nutricional e para determinar
o risco nutricional.

MARCADORES IDEAIS:
• Moléculas que guardam relação com as diferentes modificações do estado
nutricional,sofrendo mínimo impacto da doença de base ou resposta aguda
ao estresse.

INTERVALOS DE REFERÊNCIA DE EXAMES LABORATORIAIS:


• descrevem os resultados tipicamente encontrados em uma população
definida,aparentemente saudável.
• Resultados de exames de indivíduos saudáveis e doentes podem se
sobrepor. Intervalos de referência devem ser utilizados apenas como
orientação para o clínico,nunca como indicadores absolutos de saúde e
doença.
• diferentes resultados analíticos podem ser obtidos em diferentes
laboratórios,devido método, equipamentos, calibradores, expressão do
resultado em unidades arbitrárias,variações de temperatura da reação e
métodos imunológicos dependentes da afinidade e especificidade de
anticorpos.

variável Sistema Sistema metodologia


convencional internacional
albumina 3,2-4,5g/dL 32-45g/L colorimetria
Colesterol total 120-240mg/dL 3,08-6,24mmol/L colorimetria
hemoglobina 10,5-15g/L 1,63-2,33mmol/L colorimetria
Fonte:Waitzberg 2001.

FATORES QUE PODEM INTERFERIR E LIMITAR A INTERPRETAÇÃO DOS


DADOS OBTIDOS:
• Interpretação de testes únicos,isolados,sem considerar outros parâmetros
de avaliação nutricional
• Idade,sexo,estado fisiológico e condições ambientais
• Fatores não nutricionais,tais como drogas,estresse e
injúria,inflamação,condições ambientais,estado fisiológico
AVALIAÇÃO DO ESTADO PROTÉICO-PROTEÍNAS PLASMÁTICAS
Princípio
Queda das proteínas plasmáticas indicam:
Diminuição da biossíntese hepática em virtude de limitado suprimento de substrato
energético e protéico,comumente associado à esnutrição.

Vida média
tempo de meia vida e/ou reserva corporal <

depletadas rapidamente durante um estado hipermetabólico

refletem desnutrição Aguda.

tempo de meia vida e/ou reserva corporal >



depletadas durante um estado hipermetabólico

refletem desnutrição Crônica

Proteína plasmática Vida média


Albumina 20 dias
Transferrina 8-10dias
Pré-albumina 2-3 dias
Proteína fixadora de retinol 12h
.
Mais utilizadas:
albumina,transferrina,pré-albumina,proteína transportadora de retinol

Sofre interferência de estado de hidratação,hepatopatias,aumento no


catabolismo,infecção ou inflamação
Albumina:
- PTN de origem hepática, cuja vida média em torno de 16 – 20 dias.
- A redução de sua síntese está associada à baixa ingestão de alimentos
nitrogenados e ocorre mesmo na presença de proteólise que supre
aminoácidos essenciais p/ síntese de albumina.
- Baixa sensibilidade p/ diagnosticar a fase aguda da desnutrição por possuir
meia vida relativamente longa.
- Recomendável p/ EM de longa duração.
- Observar se não houve administração de albumina ao pcte, pois este fato
invalida o indicador.

Normal > 3,5g/100 ml


depleção leve: 2,4 – 3,5g/100 ml
depleção moderada: 2,4 – 2,9g/100 ml
depleção severa: abaixo de 2,4g/100ml

Pré-albumina:
- Rica em triptofano, que tem papel-chave no controle da síntese protéica.
- Situações de hipercatabolismo agudo, aumentam a demanda de triptofano,
havendo redução dos níveis de pré-albumina sérica. Meia vida: 2 dias.
Normal: 19-38 mg/100 ml
depleção leve: 10 – 15mg/100 ml
depleção moderada: 5-10mg/100ml
depleção severa: <5mg/100 ml

Transferrina:
- Transportadora de Fé sérico. Síntese hepática.
- Meia vida de 6 – 8 dias.
- Sua redução, reflete alteração na síntese hepática.
- Influência pela carência de Fe e infecções bacterianas.
- Na impossibilidade de determinação direta, pode ser deduzida da
capacidade total de transporte de Fe.
Transferrina sérica = (0,9 x CTF) – 43
normal = 200 – 250 mg/100 ml
depleção leve : 150-200ml/100ml
depleção moderada: 100 – 150 mg/100 ml
depleção severa: < 100 mg/100 ml

Proteína transportadora de retinol (RBP):


- meia vida de 12h
- não utilizar em caso de dça hepática e renal
normal =30-60mg/L

COMPETÊNCIA IMUNOLÓGICA
Princípio
 Depressão da imunidade celular e humoral é um fato observado a medida
que a desnutrição progride.
 Alimentação inadequada provoca a diminuição do substrato para produção
de imunoglobulinas e células de defesa.
 Redução é proporcional à condição nutricional.
 Indivíduo pode se tornar anérgico.

Mais utilizados:
contagem total de linfócitos ou linfocitometria(condições do mecanismo de defesa
celular)
Testes cutâneos(hipersensibilidade cutânea tardia a antígenos específicos)

Contagem linfocitária total:


- Linfócitos T: controlam a resposta imunitária celular.
- Estados de má nutrição levam à linfopenia.
- Seu valor absoluto é determinado, utilizando-se o leucograma.
- É um índice não-específico da desnutrição pois a linfopenia pode resultar
de insuficiência cardíaca, uremia, drogas imunossupressoras e por este
motivo não deve ser um parâmetro isolado.
Linfócitos: % linfócitos x contagem leucocitária
100
3
1200 – 2000 linf./mm : D, leve
800 – 1200 linf./mm3: D. moderada
< 800 : D severa

Testes cutâneos:
- Avaliam a imunidade celular, importante defesa do hospedeiro à infecção.
- Comumente, administra-se 3 antígenos no antebraço do pcte.
- 48h depois, feito leitura: c/ a ponta de uma caneta, percorre-se a pele
marcando a área de enduração.
- Mede-se os 2 maiores diâmetros em mm, fazendo-se a média.
- Defini-se como resposta positiva, quando o diâmetro médio de enduração é
≥ 5 mm.
- Acredita-se que o resultado da avaliação da imunidade celular reflitam todo
o estado imuitário do pcte.
- São de difícil interpretação p/ pctes hospitalizados pois há influência de
diversas drogas, radioterapia, infecção e idade avançada sobre a
reatividade cutânea.
0: reação negativa a todos os antígenos (anergia): D. severa
1: enduração positiva e ≤ 5 mm (hiporreator)
2: enduração positiva e ≥ 5 mm (normorreator)
Sofrem influência de infecções,doenças como cirrose,hepatite,queimaduras e
drogas.
Podem servir de base para testes prognósticos

Índice Nutricional Prognóstico:


- Busby & cols demonstraram a alta correlação entre desnutrição e aumento
da mortalidade de pacientes cirúrgicos.
- Utiliza-o principalmente no pré-operatório, visando detectar individualmente
pacientes mais susceptíveis ao desenvolvimento de complicações
principalmente sépticas no PO.
-
INP% = 158-16,6 x albumina (g/100 ml) – 0,78 x PCT(mm) – 0,2 x T(mg/100
ml) – 5,8 x H

Alb: albumina sérica


PCT: prega cutânea triciptal
T: transferrina sérica.
MONITORIZAÇÃO DA TERAPIA NUTRICIONAL
Balanço nitrogenado
Avalia a adequação da reposição protéica em indivíduos que estão recebendo
terapia nutricional.
Não deve ser utilizado em pacientes com doenças renais ou que apresentem
perdas anormais de nitrogênio devido diarréia,fístulas gastroinestinais.
- Confronto entre nitrogênio ofertado (VO, enteral, parenteral) e nitrogênio
excretado (fezes, urina, fístulas, etc.).
- Importante na maioria dos protocolos de AN p/ direcionar o suporte
nutricional.

BN=Ningerido - Nexcretado

BN=(G prot ingerida : 6,25)- [ ( uréia da diurese24h x 0.467) + (Patual x 0.08)]

BN+: anabolismo. Espera-se, que em pctes em recuperação nutricional o balanço


seja positivo, indicando incorporação protéica.

BN--: catabolismo de massa protéica corpórea. Deterioração do EN.

Obs.: cálculos deverão ser efetuados somente em pctes sem insuficiência renal ou
hepática.

AVALIAÇÃO DA MASSA MUSCULAR ESQUELÉTICA


Índice creatinina-altura-perdas de massa muscular esquelética.
Não deve ser utilizado na IR,fase aguda pós-traumática,influenciado por atividade
física intensa e ingestão de carnes da dieta.

Índice de Creatinina – Altura:


- A creatina existe praticamente apenas no tecido muscular.
- A creatina é convertida irreversivelmente em creatinina, em velocidade
constante e eliminada via renal.
- A excreção de creatinina é reflexo da massa muscular.
- Quando menor que 60% identifica paciente com maior risco de sepse e
morte.
ICA = excreção da creatinina das 24h atual x 100
Ideal
Obs.: não utilizar em casos de stress, infecção, trauma, doenças renais.
homens mulheres
Altura(cm) Creatinina Altura(cm) Creatinina ideal(mg)
ideal(mg)
157,5 1288 147,3 830
160 1325 149,9 851
162,6 1359 152,4 875
165,1 1386 154,9 900
167,6 1426 1587,5 925
170,2 1467 160 949
172,7 1513 162,6 977
175,3 1555 165,1 1006
177,8 1596 167,6 1044
180,3 1642 170,2 1076
182,9 1691 172,7 1109
185,4 1739 175,3 1141
188 1785 177,8 1174
190,5 1831 180,3 1206
193 1891 182,9 1240
Coeficiente de creatinina:homens 23mg/kg peso ideal
Mulheres:18mg/kg de peso ideal

Depleção discreta ou leve 60-80%


Depleção moderada 40-60%
D severa < que 40%

Referências
Rossi
Martins
Waitzberg

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