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Módulo 02 Constitucional
Módulo 02 Constitucional
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CURSO DE
DIREITO CONSTITUCIONAL
Aluno:
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CURSO DE
DIREITO CONSTITUCIONAL
MÓDULO II
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• Diretamente, prestando serviços sem qualquer deslocamento do desempenho de
funções para outro centro. Nesse caso, tem-se uma centralização administrativa, na
qual há um único titular das prerrogativas, competências deveres públicos.
• Repartindo suas funções com outros centros. Trata-se da descentralização
administrativa, caracterizada pela existência de vários núcleos titulares de certas
atribuições. A simples descentralização administrativa não é suficiente para
caracterizar um estado como federativo.
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O papel dos representantes eleitos é votar de acordo com a vontade dos
homens e mulheres de quem receberam essa delegação. Por isso, eles precisam
estar em permanente contato com a população, para saber quais são suas
aspirações, desejos, reivindicações, reclamações.
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continental, o espaço aéreo, os navios e as aeronaves militares onde quer que
estejam, por exemplo.
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politicamente. Existem alguns países que possuem certo grau de descentralização,
como no caso da Itália e da França, que são divididas em distritos que, no entanto,
não são autônomos. Essa forma de estado é caracterizada por uma centralização
político-administrativa.
É admissível que o Estado unitário promova divisões internas, para fins de
administração. Assim, é possível a divisão administrativa, agora, não a política, cuja
presença não descaracteriza o Estado unitário. Deve estar presente, contudo, a
subordinação ao poder central de qualquer entidade, órgão ou departamento criado
para exercer parcela de atribuições. O vínculo de subordinação decorre da técnica
pela qual se promove a divisão de atribuições, ou seja, a delegação. O poder central
tanto pode promover a desconcentração como regredir para a posição inicial de
concentração absoluta, inclusive, com eliminação da entidade subordinada até então
existente.
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Apresenta uma constituição rígida que não permite a alteração da repartição
de competências por intermédio de legislação ordinária, pois se assim fosse
possível, estaríamos num Estado unitário, politicamente descentralizado. Existência
de um órgão que dite a vontade dos membros da Federação; no caso brasileiro
temos o Senado, no qual se reúnem os representantes dos Estados-Membros.
O Estado federado é dividido em parcelas menores, dotadas de autonomia e
de receitas próprias, que são os Estados da Federação. Os cidadãos dos diversos
Estados-membros aderentes à Federação devem possuir:
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constitucional e o Estado Democrático, que, segundo o art. 5º, XLIV, da CF/88, é
inafiançável e imprescritível. Os estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se
ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos estados, desde
que o povo assim decida em plebiscito, do qual participe a população diretamente
interessada e, além disso, haja a edição de uma lei complementar pelo Congresso
Nacional.
2.2.3 Confederação
Autonomia é uma margem de discrição que uma pessoa possui para decidir
sobre os seus negócios, mas sempre com delimitação dessa margem pelo próprio
direito. Daí porque falar que os Estados Membros ou municípios são autônomos:
ambos atuam dentro de uma moldura jurídica definida pela Constituição Federal
(área de competência circunscrita pelo direito).
A autonomia não possui graduação, ou seja, ela não se apresenta maior ou
menor, a autonomia é uma só. Já a competência pode sofrer variações de
quantidade de acordo com a Constituição. Assim, a Constituição de 88 concedeu
uma maior autonomia aos estados, conferindo-lhes capacidade de auto-
organização, autolegislação, autogoverno e autoadministração.
Segundo Alexandre de Moraes (2003), “os estados federados são entes
políticos, dotados de autonomia, caracterizada, por três elementos: Auto-
organização, autogoverno, autoadministração”.
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Auto-organização: é a previsão de que os estados estabelecerão suas
próprias constituições (poder constituinte derivado) e suas próprias leis, seguindo
sempre os preceitos maiores previstos na Constituição.
O poder constituinte derivado (possibilidade de os estados estabelecerem
suas próprias constituições) é limitado materialmente de forma positiva (cláusulas de
reprodução obrigatória, ou seja, elementos da Constituição Federal que devem estar
presentes na Constituição estadual) e de forma negativa (cláusulas que não podem
ser estabelecidas, sob pena de ferirem o parâmetro constitucional federal) pela
Constituição Federal.
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2.4.1 Monarquia
2.4.2 República
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pertence a nenhum rei, imperador ou deus, mas sim ao povo. Seu nome vem do
latim res (coisa) + publica, ou seja, é um Estado que pertence a todos. Dessa
maneira, os representantes serão eleitos para mandatos temporários.
2.5.1 O Presidencialismo
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• O Presidente da República não depende de maioria no Congresso Nacional para
permanecer no poder e não pode ser destituído do cargo pelo Legislativo, a menos
se cometa crime de responsabilidade que autorize o processo de impeachment.
Trata-se de uma “ditadura por prazo certo”, pois não há possibilidade política de
destituição de um mau governo antes de seu término, já que o Presidente da
República somente poderá ser destituído do cargo que exerce se cometer crime de
responsabilidade;
• Por duas vezes o povo brasileiro já foi convocado a manifestar-se sobre o sistema
de governo a ser adotado no Estado brasileiro, em 1963 e 1993, tendo optado, nas
duas oportunidades, por ampla maioria, pelo presidencialismo.
2.5.2 O Parlamentarismo
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capaz de governar, sendo a cúpula do partido majoritário e assim orientando a
própria legislação.
Esse sistema separa as funções de chefe de governo e de chefe de Estado
em duas autoridades diferentes. Um dos melhores exemplos é o caso da Inglaterra,
em que o chefe de governo tem responsabilidade política, mas não tem mandato,
podendo ser deposto pelo parlamento, que, por sua vez, pode ser dissolvido pelo
chefe de estado, no caso, a rainha. Nesse caso, a rainha “reina, mas não governa”.
Assim, podemos classificar o Parlamentarismo como um regime de divisão de
poderes, na medida em que adota a distinção clássica das funções do Estado e sua
atribuição a órgãos diversos.
Os poderes legislativos e executivos são interdependentes. O Executivo
parlamentarista possui estrutura dualista: o rei, ou o Presidente da República, é o
chefe de Estado, com funções de representação, de cerimonial e de conselho,
enquanto o governo é exercido por um órgão coletivo e conselho de ministros ou
gabinete (ultimamente, porém, à frente desse conselho estão às constituições pondo
um chefe, o primeiro ministro, presidente do conselho ou chanceler, verdadeiro
chefe do governo).
2.5.3 Diretorial
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De acordo com o grau de respeito à vontade do povo nas decisões estatais
temos os Democráticos e os não Democráticos.
• Democráticos: São aqueles regimes nos quais o povo detém o poder. Assim,
democracia denota poder do povo (soberania popular).
Democracia indireta: nesse regime, o povo escolhe representantes que irão fazer as
opções políticas do país.
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Referendo: é quase idêntico ao plebiscito, adotada determinada medida pelo
governo, ou editada uma lei, os cidadãos são consultados para ratificá-la ou lhe
retirar a eficácia, por meio de voto. Ex: lei do desarmamento.
• Não Democráticos
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Essas regras acima são materialmente constitucionais, devendo estar
presentes em toda a Constituição, pois na medida em que a Constituição é lei
suprema do Estado e subordina o ordenamento jurídico, o seu estudo assume
extrema relevância. Assim, o Direito Constitucional fornece base e fundamento aos
demais ramos de direito.
Para o constitucionalista pátrio José Afonso da Silva (1997), “o Direito
Constitucional é o ramo do Direito Público que expõe, interpreta e sistematiza os
princípios e normas fundamentadoras do Estado”. Diz ele que seu conteúdo
científico abrange as seguintes disciplinas:
• Direito Constitucional Positivo ou Particular: é o que tem por objeto o estudo dos
princípios e normas de uma constituição concreta, de um Estado determinado;
compreende a interpretação, sistematização e crítica das normas jurídico-
constitucionais desse Estado, configuradas na constituição vigente, nos seus
legados históricos e sua conexão com a realidade sociocultural.
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relativas à forma do Estado, de governo, ao modo de aquisição e exercício do poder,
ao estabelecimento de seus órgãos e aos limites de sua ação.
O Direito Constitucional não existe sem o poder, pressuposto da existência
do político. Trata-se, contudo, do poder juridicamente vinculado ao Estado
Democrático das Leis, que lhe dá sentido e constitui objetivo do poder. É ligado
embrionariamente a conceitos e construções políticas que lhe servem, até hoje, de
base.
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Assim sendo, a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988
consagrou a constitucionalização dos preceitos básicos do direito Administrativo, ao
prescrever que a Administração Pública direta e indireta de qualquer dos poderes da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios
de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, além dos
preceitos distribuídos nos 21 incisos e 10 parágrafos do art. 37 e das demais regras
previstas nos artigos 38 a 42.
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• Impessoalidade, o agente público deve exercer seu cargo visando ao interesse
público e não ao interesse pessoal ou de outrem. Esse princípio direciona-se a todos
os poderes de Estado, inclusive ao Poder Judiciário.
• A Publicidade faz-se pela inserção do ato no Diário Oficial ou por edital afixado no
lugar próprio para divulgação de atos públicos, para conhecimento do público em
geral e, consequentemente, início da produção de seus efeitos, pois somente a
publicidade evita os dissabores existentes em processos arbitrariamente sigilosos,
permitindo-se os componentes recursos administrativos e as ações judiciais
próprias. Assim, todos os atos da Administração devem ser públicos, seja de forma
interna, seja de forma externa (publicação no Diário Oficial ou em jornais de grande
circulação).
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O princípio da eficiência compõe-se de algumas características básicas, tais
como: direcionamento da atividade e dos serviços públicos à efetividade do bem
comum, imparcialidade, neutralidade, transparência, participação e aproximação dos
serviços públicos da população, eficácia, desburocratização e busca de qualidade.
Além dos princípios constitucionais acima mencionados, existem outros princípios
básicos que regem a administração pública, sendo alguns deles previsões
expressas das diversas constituições estaduais, tais como: supremacia do interesse
público, razoabilidade, proporcionalidade, presunção de legitimidade ou de
veracidade, especialidade, controle administrativo ou tutela, autotutela, hierarquia,
continuidade do serviço público, motivação.
Assim, a função política estabelece metas de governo e a administração
pública implementa e executa essas metas. Assim, a administração pública é o
instrumento que dispõe o governo para implementar suas metas. Significa que o
administrador público está, em toda a sua atividade funcional, sujeito aos
mandamentos da lei, e às exigências do bem comum, e deles não se pode afastar
ou desviar, sob pena de praticar ato inválido e expor-se à responsabilidade
disciplinar, civil e criminal.
O administrador público só pode fazer o que está previsto na lei. Também,
se faz necessária a validade da conduta do administrador público, pois a sua
atividade, além de traduzir a vontade de obter o máximo de eficiência administrativa,
terá ainda de corresponder à vontade constante de viver honestamente, de não
prejudicar outrem e de dar a cada um o que lhe pertence.
Por isso, o administrador precisa ser honesto, tendo a intenção de realizar o
bem comum. Deve exercer sua função com presteza, eficiência, para atender ao
interesse público e aos objetivos da lei e para isso são traçadas metas para que
sejam alcançados bons resultados. Portanto, todos os atos devem ser publicados.
Há também uma hierarquia e fiscalização, sendo vínculo que coordena e subordina
uns aos outros os órgãos do poder executivo, graduando a autoridade de cada um.
Do poder hierárquico decorrem faculdades implícitas para o superior, tais
como dar ordens, fiscalizar o seu cumprimento, delegar e evocar atribuições e rever
os atos dos inferiores. A vigilância exercida sobre a atividade dos órgãos da
administração serve para lhe assegurar a legitimidade e a conveniência.
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2.8.3 Agentes, Cargos e Funções Públicas
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originariamente admitido. A exigência do concurso público é de observância
obrigatória em toda a Administração.
O concurso público terá validade de até dois anos, podendo ser prorrogado
pelo mesmo período. A norma constitucional considera absolutamente essencial o
respeito à ordem classificatória para nomeação decorrente do concurso público, cujo
desrespeito acarretará a nulidade do ato. Assim, a regra do concurso público
consiste em pressuposto de validez da admissão de pessoal não apenas pela
administração direta como pelos entes públicos da administração indireta.
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• Dois cargos ou empregos privativos de profissionais da saúde, desde que com
profissões regulamentadas conforme a EC n° 34/2001, pois anteriormente a última
exceção reportava-se apenas à cumulação de dois cargos de médicos.
• Dois cargos de professor, sendo um de natureza técnica ou científica.
• Um cargo de vereador com outro cargo público, desde que haja compatibilidade
de horários.
As regras constitucionais de cumulação de vencimentos no setor público são
de observância obrigatória aos Estados-membros e municípios, que não poderão
afastar-se das hipóteses taxativamente previstas pela Constituição Federal.
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• Processo administrativo;
• Avaliação periódica de desempenho;
• Adequação dos gastos públicos à lei complementar que define o limite de gastos
com o funcionalismo público (art. 169, § 4º, da CF).
FIM DO MÓDULO II
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