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FÍSICA DO SOLO
2017
SUMÁRIO
Calhaus 20 – 200
Cascalho 2 - 20
TFSA <2
A parte gasosa é semelhante ao ar atmosférico, porém, apresenta maior
concentração de CO2 e menor de O2.
A parte líquida constitui a solução do solo. É constituída pela água do
solo retida sob diferentes tensões.
Baseado no diagrama abaixo será definido algumas das relações
matemática entre os constituintes do solo.
Va
Vv Ar Mar = 0
V Va Água Ma M
Vs Sólidos
Ms
7
1.1. DENSIDADE DE PARTÍCULAS ou DENSIDADE REAL ou
DENSIDADE ESPECÍFICA REAL (Dp)
1.1.1. Determinação
0 mL
L
50 mL
50 mL
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Determinar o volume dos sólidos usando a expressão 50 - L. Calcular a
densidade de partículas usando a expressão:
Dp = 20/(50 - L)
Ms +
Água
Água
Sólidos
a b
Calcular a densidade de partículas usando a expressão:
Dp = 3/(a-b)
1.1.2. Aplicações
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1.2. DENSIDADE DO SOLO ou DENSIDADE APARENTE ou
DENSIDADE GLOBAL ou MASSA ESPECÍFICA APARENTE (Ds)
1.2.1. Determinação
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calcula-se o volume do torrão + parafina, que é igual ao peso da água deslocada.
Deduzindo-se o volume da parafina obtém-se o volume do torrão. A seguir será
apresentado um exemplo para ilustrar este método.
Considere que durante a realização deste ensaio foram obtidos os seguintes
pesos:
a) Peso do torrão ao ar sem parafina = 300 g
b) Peso do torrão ao ar com parafina = 320 g
c) Peso do torrão com parafina imerso em água destilada = 100 g
d) Umidade do torrão = 5 % em peso
e) Densidade da parafina = 0,8 g cm-3
f) Densidade da água = 1,0 g cm-3
Antes de iniciarmos a solução do ensaio será feita a seguinte
consideração. Quando se pesa uma amostra de solo úmido estamos
pesando o seguinte:
M = Ms + Ma
Onde:
M = massa do solo úmido (TFSA) (g)
Ms = massa do solo seco (TFSE) (g)
Ma= massa da água (g)
Dividindo e multiplicando a massa de água pela massa do solo seco, vem:
M = Ms + Ma(Ms/Ms)
Sabendo-se que, por definição, a relação Ma/Ms é igual à umidade
gravimétrica do solo (U), vem:
M = Ms + U Ms
Fatorando a expressão acima vem:
M = Ms (1 + U) ou TFSA = TFSE (1 + U)
Esta expressão é de grande aplicabilidade na física e mecânica do solo.
Solução do exercício:
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Por definição a Ds = Ms/V, assim para resolver este exercício deve-se
determinar Ms e V como a seguir:
M = Ms (1 + U) logo, Ms = M/(1 + U). Substituindo-se os valores vem;
Ms = 300/(1 + 0,05) = 285,71 g
Vtorrão + parafina = (320 - 100)/1,0 = 220 cm3
Vparafina = (320 - 300)/0,8 = 25 cm3
Vtorrão = 220 - 25 = 195 cm3
Ds = 285,71/195 = 1,47 g cm-3
1.2.2. Aplicações
1.3.1. Aplicações
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d) Fluxo e retenção de calor.
13
1.3.2. Cálculo da Irrigação de Vasos
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resevados para a aeração, qual será o percentual de água neste
solo, ou seja, qual deve ser a umidade nas condições ótimas?
Água no solo = 0,70 x 58,69 = 41,08% = % de umidade nas condições
ótimas.
e) Qual deveria ser o volume de água neste solo para se obter
produção máxima da cultura?
Se os poros devem ocupar um volume de 1765,1134 cm3 do solo e 70%
deste volume deve conter água, então:
Água no solo = 1765,1134 x 0,70 = 1235,58 cm3
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dentro do vaso cresce e vai adquirindo peso tornando difícil a contabilidade de
quanto de água acrescentar diariamente.
1. Qual a quantidade máxima de água (em mm) que este solo retém na
camada de 40 cm?
CC = 28%
h = (28 x 1,4 x 400)/100 = 156,8 mm de água
3. Quanto de água de irrigação ainda resta neste solo (em mm) para as
plantas em uma camada de 40 cm de espessura quando a umidade
no solo cair para 18%?
AI = U - PMP = 18 - 15 = 3%
16
h = (3 x 1,4 x 40)/100 = 1,68 mm de água
Ap 0 - 25 8 18 10 1,4
A2 25 - 65 15 28 18 1,4
B1 65 - 125 16 32 20 1,5
AI = CC - U
Horizonte Ap: h = (8 x 1,4 x 250)/100 = 28 mm
Horizonte A2: h = (10 x 1,4 x 400)/100 = 56 mm
Horizonte B1: h = (12 x 1,5 x 600)/100 = 108 mm
Portanto 28 + 56 + 108 = 192 mm de água (esta é a quantidade de água
necessária para molhar os três horizontes e atingir a capacidade de campo de
todos eles).
17
Como 174 mm < 192 mm, conclui-se que 174 mm de água não é
suficiente para molhar os três horizontes até atingir a capacidade de campo.
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retenção e disponibilidade de água para as plantas e se caracterizam por se
esvaziarem mais lentamente, proporcionando uma condução mais lenta da água
pelo solo (Othmer et al., 1991).
h = 2 cos /r g
Onde:
h = altura de ascensão da água
= tensão superficial da água
= ângulo de contato da água e as paredes do
capilar r = raio do tubo capilar
= densidade da água
g = aceleração da gravidade
Assumindo constantes alguns parâmetros da equação acima a mesma
pode ser reescrita da seguinte maneira:
h = 0,3/d
Onde:
h = altura de ascensão da água (cm)
d = diâmetro do poro (cm)
Com base na formula é possível verificar que ao se submeter amostra
indeformada de solo a uma altura de sucção de 60 cm são esvaziados poros
com diâmetro
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superior a 0,005 cm, ou seja poros maiores que 50 μm, ou macroporos, ficando
retido água nos poros menores que 50 μm, ou seja nos microporos.
O estudo da distribuição de poros por tamanho tem sido muito utilizado
particularmente nas pesquisas que buscam avaliar a qualidade estrutural de solos
submetidos ao manejo. Desta forma, Silva (2017) estudando as alterações na
distribuição dos poros nas camadas de 0,0-0,20 m; 0,20-0,40 m e 0,40-0,60 m de
um Cambissolo após cinco anos sob manejo conservacionista, e comparando-o
com a condição natural do solo, encontraram os resultados registrados na tabela
abaixo:
No estudo da autora verifica-se que o conhecimento da distribuição de
poros por tamanho foi muito útil por permitir a afirmação de que o manejo alterou
a estrutura nas camadas 0,0-0,20 m e 0,20-0,40 m daquele Cambissolo, por
incrementar enormemente a criação de macroporos (> 49 μm), particularmente
os macroporos grandes ((> 145 μm), em detrimento da diminuição do volume de
microporos (< 0,2 μm), servindo como indicativo de que o manejo foi muito
benéfico, visto que os primeiros são poros efetivos na rápida drenagem interna
do solo.
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21
Diâmetro de poros
Uso do solo >145 145-73 73.43-49 49-29
0,0-0,20 m
Sistema de Manejo 0,210 Aa 0,033 Aa 0,016 Ba 0,017 Ab
Cerrado 0,069Ab 0,033 Aa 0,018 Aa 0,020 Aa
0,20-0,40 m
Sistema de Manejo 0,192 Aa 0,039 Aa 0,018 Aa 0,019 Aa
Cerrado 0,050 Ab 0,027 Bb 0,015 Bb 0,017 Aa
0,40-0,60 m
Sistema de Manejo 0,056 Aa 0,025 Ba 0,014 Ba 0,016 Aa
Cerrado 0,043 Aa 0,025 Ba 0,015 Ba 0,018 Aa
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1.3.4. Porosidade Livre de Água (Poros Bloqueados)
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V = volume total da amostra (cm3)
Uma outra maneira de se expressar a umidade na base volume é
apresentada a seguir:
= U x Ds
Onde:
= umidade na base de volume (% ou cm3/cm3)
U = umidade na base de peso ou umidade gravimétrica
(%) Ds = Densidade do solo (g cm-3)
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1.7. DENSIDADE TOTAL
1.8. EXERCÍCIOS
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CAPÍTULO 2 - TEXTURA DO SOLO
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---------------------Diâmetro (mm)--------------------
-
Areia Muito Grossa 2–1 --------
Areia Grossa 1 - 0,5 2 - 0,2
Areia Média 0,5 - 0,25 --------
Areia Fina 0,25 - 0,10 0,2 - 0,02
Areia Muito Fina 0,10 - 0,05 ---------
Silte 0,05 - 0,002 0,02 - 0,002
Argila < 0,002 < 0,002
2.1. CARACTERIZAÇÃO DA AREIA, SILTE e ARGILA
A fração areia é solta, com grãos simples (não forma agregados), não
plástica, não pode ser deformada, não pegajosa, não higroscópica, predominam
poros grandes na massa, não coesa, pequena superfície específica, capacidade de
troca de cátions praticamente ausente.
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os cátions neutralizantes formam a dupla camada elétrica. A nuvem de cátions
consiste de uma camada mais ou menos fixa na proximidade da superfície da
partícula chamada camada de Stern, e uma parte difusa estendendo-se até uma
certa distância da superfície da partícula, como ilustrado na figura abaixo.
Concentração iônica
íons +
no
íons -
Distância da superfície da partícula
Onde no é a concentração da solução fora da dupla camada
A atração de um cátion a uma micela da argila carregada
negativamente geralmente aumenta com o aumento da valência do cátion.
Assim, cátions monovalentes são mais facilmente repelidos do que os cátions
di ou trivalentes. Os cátions altamente hidratados tendem a ficar mais longe da
superfície da partícula e, portanto, mais facilmente trocados do que os cátions
menos hidratados. Portanto, os cátions di ou trivalentes formam uma dupla
camada fina causando floculação, enquanto que os cátions monovalentes
formam uma dupla camada espessa causando dispersão. Assim, dependendo
do estado de hidratação e do cátion trocável as partículas de argila podem
flocular ou ficar na forma dispersa. A dispersão geralmente ocorre com os
cátions monovalentes e altamente hidratados (ex. sódio), enquanto que a
floculação ocorre com os cátions di ou trivalentes (ex. Al3+, Ca2+).
A ordem de preferência da troca de cátion nas reações geralmente é a
seguinte (Jenny, 1932; 1938):
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Al3+ > Ca2+ > Mg2+ > K+ > Na+ > Li+
2.2.2.1. Pré-Tratamento
2.2.2.2. Dispersão
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métodos mecânicos e químicos. Os métodos mecânicos mais usados são:
agitação suave e demorada, e agitação violenta e rápida. Já os métodos químicos
empregados utilizam o hidróxido de sódio e o hexametafosfato de sódio mais
carbonato de sódio (calgon) por serem mais facilmente encontrados no comércio
e por serem mais baratos.
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No ano de 2002 professores de física do solo da Universidade Federal de
Lavras (UFLA), Universidade Federal de Goias (UFG), Universidade Federal da
Grande Dourados (UFGD) e um pesquisador da Embrapa Cerrados (CPAC), se
uniram e formularam uma proposta de uso de um agitador horizontal de
movimento elicoidal, que também tem como outro diferencial em relação ao
agitador tipo coqueteleira usado na rotina dos laboratórios, a inclusão na
suspensão solo-água de agentes abrasivos objetivando uma melhor dispersão de
amostras de Latossolos dos cerrados brasileiros, (Oliveira et al., 2002). Os
resultados dos teores de argila provenientes da dispersão pelo método do
agitador horizontal após 3 horas de agitação foram muito próximos aos obtidos
pelo método do Ultra-som, e por trabalhar com 110 recipientes em cada operação
o rendimento diário do laboratório aumentou substancialmente. O problema desta
metodologia é a necessidade de retirada dos abrasivos no final da operação, o
que onera a rotina.
Atualmente a indústria brasileira tem disponibilizado um agitador de
movimento helicoidal, o que melhorou substancialmente o rendimento nos
laboratórios, trazendo ainda como vantagem a diminuição no nível de ruído que
é um outro agravante no método das coqueteleira.
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Já o método do hidrômetro baseia-se na determinação da concentração
da argila de uma suspensão da qual foi previamente separado as areias. O silte,
por sua vez, será determinado por diferença. Maiores detalhes destas duas
análises serão dados em aula prática.
100 0
80 uniform 20
% que passa
% retida
60 40
40 60
bem graduado
20 80
0 100
0,001 0,01 0,1 1 10 100
Diâmetro dos grãos (mm)
34
D10 = diâmetro das partículas correspondente a 10% passando
O coeficiente de uniformidade do solo informa o tipo de curva
granulométrica do mesmo. Assim, solos com Cu < 5 possuem granulometria
muito uniforme, enquanto solos com 5 < Cu < 15 possuem granulometria com
uniformidade média e solos com Cu > 15 possuem granulometria desuniforme.
ab = As/V
Unidades: cm2/cm3 = 1/cm
Onde:
As = área superficial total das partículas do solo (cm2)
Ms = massa das partículas do solo (g ou kg)
V = volume total do solo (cm3)
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A superfície específica do solo correlaciona-se com a CTC, retenção e
liberação de elementos químicos (nutrientes e poluentes), expansão, retenção de
água, plasticidade, coesão, resistência, etc.
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2.5.2.1. Outras Relações que podem ser usadas para calcular a Superfície
Específica
av = 6/d
am = 6/Dp . d
av = 6/L
am = 6/Dp . L
am = (6/Dp) (ci/di)
Onde:
ci = massa da partícula (forma decimal)
di = diâmetro médio da partícula (cm)
am = 2/Dp . l
considerando Dp = 2,65 g cm-3, vem:
am = 0,75/l
Unidades: cm2/g
Observação:
1 Å = 10-8 cm
50 m = 0,050 mm
37
2.6. EXERCÍCIOS
38
CAPÍTULO 3 - ESTRUTURA DO SOLO
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3.2. FATORES QUE AFETAM A FORMAÇÃO DE AGREGADOS
3.2.1. Cátions
40
pulverização. Portanto, para se preservar os agregados, aconselha-se que o preparo
do solo seja feito na zona de friabilidade do solo.
3.2.4. Microorganismos
41
b) Porosidade total;
c) Distribuição de poros por tamanho;
d) Condutividade hidráulica do solo saturado;
e) Estabilidade de agregados;
f) Pressão de preconsolidação.
Baseado nestas propriedades, Ferreira (1988) fez as seguintes observações
constantes na tabela abaixo.
Latossolo Ds % Ks DMG
Macroporos
% Caulinita
% Gibbisita
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3.6.1. Métodos Diretos
43
3.6.2.3. Ultrassonificação de agregados
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3.7.2. Diâmetro Médio em Peso (DMP)
Onde:
ni = % dos agregados retidos em uma determinada peneira (forma decimal)
di = diâmetro médio de uma determinada faixa de tamanho do agregado (mm)
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3.8. EXERCÍCIOS
Classe de
tamanho de Peneiramento Seco Peneiramento Úmido
agregado (mm)
Solo Solo Solo Solo
Virgem Cultivado Virgem Cultivado
0 - 0,5 10% 25% 30% 50%
0,5 – 1 10% 25% 15% 25%
1–2 15% 15% 15% 15%
2–5 15% 15% 15% 5%
5 – 10 20% 10% 15% 4%
10 - 20 20% 7% 5% 1%
20 - 50 10% 3% 5% 0%
Discutir os resultados.
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CAPÍTULO 4 - CONSISTÊNCIA DO SOLO
LC LP LL
Friabilidade Plasticidade Viscosidade
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O limite de plasticidade é determinado pela confecção de um cilindro de
3 mm de diâmetro e 10 cm de comprimento. Quando o cilindro, assim formado,
começa a apresentar fissuras, interrompe-se o ensaio e determina-se a umidade
do solo do cilindro. Repete-se a operação algumas vezes (mínimo de 3) e obtém-
se o valor médio da umidade, o qual será o limite de plasticidade do solo.
O limite de contração é obtido mediante a determinação da massa e do
volume de uma amostra seca em estufa (105 - 100 C). Este limite representa a
umidade abaixo da qual a maior parte dos solos não apresentam redução de
volume.
49
CAPÍTULO 5 - O PROCESSO DE COMPACTAÇÃO DO SOLO
50
1994). Assim, um aumento da densidade do solo em
51
conseqüência de uma redução no seu volume pode ou não causar compactação
adicional. Portanto, para se ter uma agricultura sustentável é importante conhecer
os níveis de pressões que o solo suportou no passado e/ou a umidade do solo no
momento das operações agrícolas, para que a compactação adicional seja
evitada. Através destes conceitos espera-se explicar os efeitos benéficos
(Smucker e Erickson, 1989; Raghavan e Mckyes, 1983) e adversos (Parish,
1971; Gupta e Allmaras, 1987; Raghavan et al., 1990) da compactação do solo.
Pesquisadores têm demonstrado claramente o efeito da compactação nas
propriedades físicas do solo (Barnes et al., 1971; Gupta et al., 1985; Larson et
al., 1989; Soane e van Ouwerkerk, 1994). A compactação aumenta a densidade
do solo e a sua resistência mecânica (Grohmann e Queiroz Neto, 1966; Trouse,
1971; Taylor, 1971; Hillel, 1982; Moraes, 1984; Rosa Junior, 1984; Schultz, 1978;
Lebert, et al., 1989; Wagger e Denton, 1989; Hill e Meza-Montalvo; 1990;
Lebert e Horn, 1991) e diminui a porosidade total, tamanho e continuidade dos
poros (Warkentin, 1971; Hillel, 1982; Moraes, 1984; Smucker e Erickson,
1989). Reduções significativas ocorrem, principalmente, no volume dos
macroporos, enquanto os microporos permanecem inalterados (Hillel, 1982). A
compactação do solo pode ter efeitos benéficos ou adversos (Parish, 1971; Gupta
e Allmaras, 1987; Smucker e Erickson, 1989; Raghavan et al., 1990). Efeitos
benéficos têm sido atribuídos à melhoria do contato solo-semente (Smucker e
Erickson, 1989) e aumento da disponibilidade de água em anos secos (Camargo,
1983; Raghavan e Mckyes, 1983). Entretanto, a compactação excessiva pode
limitar a adsorsão de nutrientes, infiltração e redistribuição de água, trocas
gasosas, e o desenvolvimento do sistema radicular (Grohmann e Queiroz Neto,
1966; Moura Filho e Buol, 1972; Alvarenga et al., 1983; Oliveira et al., 1983;
Smucker e Erickson, 1989; Bicki e Siemens, 1991), causando uma diminuição
no tamanho e uniformidade das plantas o que pode resultar em decréscimo da
produção, aumento da erosão e aumento da potência necessária para o preparo
do solo (Soane, 1990).
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A facilidade com que o solo não saturado decresce de volume quando
sujeito a pressões é chamada compressibilidade (Gupta e Allmaras, 1987). A
compressibilidade do solo é função de fatores externos e internos (Lebert e
Horn, 1991). Os fatores externos são caracterizados pelo tipo, intensidade e
freqüência da carga aplicada (Koolen e Kuispers, 1983; Horn, 1988; Horn, 1989;
Raghavan et al., 1990; Lebert e Horn, 1991), enquanto os fatores internos são
influenciados pela história de tensão (Harris, 1971; Horn, 1988; Gupta et al.,
1989; Reinert, 1990, Dias Junior, 1994), umidade do solo (Gupta et al., 1985;
Bailey et al., 1986, Dias Junior, 1994), textura do solo (Silva, 1984; Gupta et al.,
1985; Horn, 1988; McBride, 1989, Dias Junior,1994), estrutura do solo (Dexter e
Tanner, 1974; Horn, 1988), e densidade inicial do solo (Gupta et al., 1985; Culley
e Larson, 1987; Reinert, 1990, Dias Junior, 1994).
Para uma mesma condição, o fator que governa a quantidade de
deformação que poderá ocorrer no solo é a umidade (Dias Junior, 1994). Assim,
quando os solos estão mais secos, a sua capacidade de suporte de carga pode ser
suficiente para suportar as pressões aplicadas e a compactação do solo pode não
ser significativa (Trouse, 1971; Taylor, 1971; Larson e Allmaras, 1971, Dias
Junior, 1994). Entretanto, qualquer compactação é detrimental para as plantas
sob condições de alta umidade (Swan et al., 1987), o que pode causar redução na
produção (Negi et al., 1980; Carter, 1985; Gameda et al., 1985; Negi et al.,
1990; Bicki e Siemens, 1991). Em áreas que possuem uma pequena estação de
crescimento de plantas, as operações de preparo do solo são realizadas assim que
os solos são considerados trafegáveis, entretanto, sob estas condições os solos
provavelmente ainda estão muito úmidos para serem trafegados (Håkansson et
al., 1988) e este tráfego freqüentemente resultará em deformações não
recuperáveis (compactação do solo). Para tentar uma solução alternativa para
este problema, Dias Junior (1994) sugeriu um modelo de compressibilidade que
prediz a máxima
53
pressão que o solo pode suportar para diferentes umidades sem causar
compactação adicional do solo, com base na pressão de preconsolidação do solo.
A persistência da compactação do solo além da cultura atual causada
pelo trafego anterior à esta cultura tem sido relatada por vários pesquisadores
(Smith et al., 1969; Black et al., 1976, Voorhees, 1977; Voorhees et al., 1978;
Pollard e Elliot, 1978; Logsdon et al., 1992). Alguns destes estudos mostraram
que os efeitos da compactação do solo são apenas temporariamente prejudiciais,
entretanto, na maioria dos casos, pequena ou nenhuma modificação da
compactação do solo foi observada. Assim sendo, em uma agricultura
sustentável, a estimativa dos níveis de pressões a serem aplicados ao solo, através
do uso da modelagem matemática, possivelmente, seja uma alternativa viável
para minimizar os problemas da compactação dos solos.
54
Larson e Gupta, 1982; Gupta et al., 1985; Vanden Akker e Van Wijk, 1987). E
finalmente, Gupta e Raper (1994) agruparam os modelos de compactação do
solo em quatro categorias: a) modelagem das forças mecânicas provenientes de
veículos agrícolas aplicadas à superfície do solo (Söhne, 1958; Trabbic et al.,
1959; Gill e VandenBerg, 1968; Koolen e Kuipers, 1983; Burt et al., 1989); b)
modelagem das relações entre tensão e deformação do solo (Söhne, 1953;
Dexter e Tanner, 1973; Amir et al., 1976; Larson et al., 1980; Gupta e Larson,
1982; Koolen e Kuipers, 1983; Grisso et al., 1987; Bailey e Johnson; 1989); e c)
modelagem da propagação das forças no solo: c.1) modelos baseados na técnica
do elemento finito (Duncan e Chang, 1970; Perumpral et al., 1971; Pollock et
al., 1986; Chi e Kushwaha, 1989; Raper e Erbach, 1990a; Raper e Erbach,
1990b) e c.2) modelos analíticos (Boussinesq, 1885; Fröhlich, 1934; Söhne,
1953; Gupta e Larson, 1982; Van den Akker e Van Wijk, 1987). Verifica-se que
a história de tensão tem sido negligenciada na modelagem da compactação do
solo, talvez porque no desenvolvimento de alguns destes modelos foram usadas
amostras deformadas e/ou com alta umidade, o que tende a mascarar o efeito do
manejo do solo ou porque na maioria dos modelos enfoque especial tem sido
dado à reta de compressão virgem, a qual define deformações plásticas e não
recuperáveis.
Para se avaliar a susceptibilidade do solo à compactação, relações entre
propriedades físicas e mecânicas dos solos têm que ser determinadas. Um
resumo destas relações é apresentado na Tabela 1. Estas relações foram obtidas
usando amostras deformadas (Bailey e VandenBerg, 1968; Larson et al., 1980;
Larson e Gupta, 1980; Bailey et al., 1984; Bailey et al., 1985; Bailey et al., 1986;
Grisso et al., 1987; Bailey e Johnson, 1989; O'Sullivan, 1992), e amostras
indeformadas (Smith, 1985; Lebert e Horn, 1991; MacNabb e Boersma, 1993).
Também diferentes tipos de ensaios, tais como: 1) ensaio de compressão
uniaxial (Larson et al., 1980; Larson e Gupta, 1980; O'Sullivan, 1992); 2) ensaio
de compressão triaxial (Bailey e VandenBerg, 1968; Bailey et al., 1984; Bailey
55
et al., 1985; Bailey et al.,
56
1986; Grisso et al., 1987; Bailey e Johnson, 1989); e 3) ensaio de cisalhamento
direto (MacNabb e Boersma, 1993) têm sido utilizados empregando amostras
saturadas (MacNabb e Boersma, 1993) e amostras não saturadas (Bailey e
VandenBerg, 1968; Dexter e Tanner, 1973; Larson et al., 1980; Larson e Gupta,
1980; Bailey et al., 1984; Bailey et al., 1985; Bailey et al., 1986; Lebert e Horn,
1991; O'Sullivan, 1992). Desta forma, verifica-se que não existe uma padronização
da metodologia que deve ser utilizada na modelagem da compactação dos solos. A
curva de compressão do solo, entretanto, tem sido usada como base comum para
estimar a susceptibilidade do solo à compactação (Larson et al., 1980; Larson e
Gupta, 1980; Bailey et al., 1984; Bailey et al., 1985; Bailey et al., 1986; Bailey e
Johnson, 1989; Bingner e Wells, 1992; O'Sullivan, 1992; MacNabb e Boersma,
1993). Quando o solo não sofreu nenhuma pressão prévia, a curva de compressão
do solo é linear (Larson e Gupta, 1980; Larson et al., 1980; Culley e Larson, 1987;
Gupta e Allmaras, 1987; Lebert e Horn, 1991), entretanto, quando o solo já
experimentou pressões prévias ou ressecamento, a variação das pressões atuando
sobre o solo determinará a formação de duas regiões distintas na curva de
compressão do solo: a curva de compressão secundária e a reta de compressão
virgem (Stone e Larson, 1980; Gupta et al., 1989; Lebert e Horn, 1991). A curva de
compressão secundária representa os níveis de pressões experimentadas pelo solo
no passado, enquanto que a reta de compressão virgem representa os níveis de
pressões nunca experimentadas pelo solo. Entretanto, é na região da curva de
compressão secundária que o solo deve ser cultivado ou trafegado sem que
deformações não recuperáveis ocorram. É este componente da curva de
compressão do solo que reflete a história de tensão do solo e que está sendo
negligenciado na agricultura (Dias Junior, 1994).
A pressão de preconsolidação tem sido usada para indicar o ponto de
separação entre estes dois casos. Assim, a pressão de preconsolidação divide a
curva de compressão do solo em duas regiões: (a) uma região de deformações
57
pequenas, elásticas e recuperáveis (curva de compressão secundária); e (b) uma
região de deformações plásticas e não recuperáveis (reta de compressão virgem).
Portanto, na agricultura, a aplicação de pressões maiores do que a maior pressão
previamente aplicada no solo deve ser evitada (Gupta et al., 1989; Lebert e
Horn, 1991), para que deformações não recuperáveis não ocorram. Assim, a
pressão de preconsolidação deve ser a pressão máxima que deve ser aplicada ao
solo para que compactação adicional seja prevenida. Apesar de Lebert et al.
(1989) e Lebert e Horn (1991) terem estimado, através de regressão linear
múltipla, a pressão de preconsolidação usando propriedades físicas e mecânicas
dos solos e de Bailey et al. (1984); Bailey et al. (1985); Bailey et al. (1986);
Bailey e Johnson (1989) e Bingner e Wells (1992) terem modelado a curva de
compressão do solo, existem poucos modelos que estimam a pressão máxima
que o solo pode suportar sem que compactação adicional ocorra, para diferentes
umidades, com base na pressão de preconsolidação (Dias Junior, 1994). Assim,
a maioria dos modelos (Bailey e VandenBerg, 1968; Amir et al., 1976; Larson et
al., 1980; Gupta et al., 1985; Lebert e Horn, 1991; Bingner e Wells, 1992) usados
para avaliar a compactação do solo têm dado ênfase à reta de compressão virgem,
a qual define deformações plásticas e não recuperáveis e é geralmente bem
descrita para altas umidades (Larson e Gupta, 1980; Gupta et al., 1985; Gupta e
Allmaras, 1987; Horn, 1989).
Kassa (1992) mostrou que a pressão crítica na qual os agregados do solo
sofrem cisalhamento é maior do que a pressão de preconsolidação. Isso implica
que a pressão crítica na qual os agregados do solo sofrem cisalhamento está
localizada na reta de compressão virgem, onde deformações não recuperáveis
(compactação adicional) ocorrem. Portanto, é de se esperar que os modelos
baseados na pressão crítica na qual os agregados do solo sofrem cisalhamento
(Larson e Gupta, 1980) superestimam a capacidade de suporte do solo,
causando, consequentemente, compactação adicional, visto que a pressão crítica
na qual os agregados do solo sofrem cisalhamento é maior do que a pressão de
58
preconsolidação.
59
Considerando estes aspectos, Dias Junior (1994) desenvolveu um modelo
de compressibilidade que prediz a pressão máxima que o solo pode suportar para
diferentes umidades, sem causar compactação adicional, tomando como base a
pressão de preconsolidação. Este modelo fornece informações acerca de quando
um solo pode ser cultivado ou trafegado sem sofrer compactação adicional.
Entretanto, se faz necessário a geração deste modelo para as condições brasileiras
e ainda a sua validação a nível de campo.
Finalmente, acredita-se que o uso dos modelos de previsão da
compactação do solo promoverá um aumento do entendimento do processo de
compactação com conseqüente minimização deste problema. Entretanto, para se
obter um modelo dentro da realidade se fazem necessárias a correta observação,
coleta, organização, interpretação dos dados e finalmente a construção do
modelo (Yaalon, 1994) e posteriormente a sua validação a nível de campo.
Contudo, um modelo, seja ele numérico ou gráfico, é uma simplificação da
realidade, o que requer um entendimento dos processos da natureza bem como
de suas interações para evitar que o modelo gerado seja inadequado (Yaalon,
1994).
60
Tabela 1. Relações entre propriedades físicas do solo usadas para avaliar a
compactação do solo.
Referências Relações
Söhne, 195 n = m ln + no
61
Tabela 1 (cont.)
- para solos franco arenosos
Leeson e Campbell, 1983 = 2.25 - 0.008
- para solos francos
= 2.28 - 0.011
Bailey et al., 1984 v = (A + B)(1 - e-C)
v = V/Vo V = Vo - V
1/b = 1/bi - 1/bi (A + B) (1 - e-C)
Johnson et al., 1984 v = (A + B)(1 - exp(-C))
ln b = ln bi - (A + B) (1-exp(-C))
Saini et al., 1984 b = 1.2926 - 0.2504 + 0.8353 2
+ 0.9932 3 + 0.1203 F - 0.0330F2 +
0.0026 F3 + 1.0635 F +7.4289 2F +
12.96353F + 0.0984 F2 - 0.3842
2F2 - 0.1272 2F3 + 0.0288F3 -
0.2231 2F3 +0.45883F3
Gupta et al., 1985 b = f(S, )
Bailey et al., 1985 v = (A + Bh)(1 - e-Ch)
e v = ln (V/V0)
Bailey et al., 1986 ln(b) = ln(bi) - (A + Bh) (1 - e-Ch)
Bolling, 1985 n = no - (/o)3 [CI/CIo)]1/2
n = no - (no - 0.225)/(35Cp + 1)(/12)3/2 1
Smith, 1985 1 = i-(b-bi)[(i-f)/(bf-bi)]
Angers et al., 1987 Y = - 112.2 + 88.9 b
Pollock, Jr. et al., 1986 v = z + r +
Grisso et al., 1987 n = ( / )(A +B )(1 - e-C )/3
oct octR octH H H oct H oct
Brandon et al., 1987 YF = a + [(x + y)/2] -
{[(x - y)/2]2 + xy2 }1/2
Håkansson, 1988 - para 0 < Cl < 60% ; 1 < H < 11%
Dopt = 90.5 - 0.29 Cl + 0.0059 Cl2 - 0.139 H
- para 0 < Cl < 60%
Dopt = 86.5 + 0.041 Cl
Bailey e Johnson, 1989 v = (A + Boct)(1 - e-Coct) +
E(oct/oct) ln b = ln bi - (A + Boct) (1
- e-Coct) +
E(oct/oct)
62
Tabela 1 (cont.)
p = 2.1592 b + 0.234 LK + 0.0360 AWC
Lebert et al., 1989 + 0.0770 NAWC - 3.426
p = (3.0975 b - 0.0475 Cl - 0.0280U
- 0.9659 log s +0.3369 LK - 0.0268
+ 2.1330 log c + 0.0839)2
Raper e Erbach, 1990 a v = exp[(A + Bh)(1 - e-Ch)]-1
Raper e Erbach, 1990 b {} = [c] {}
Reinert, 1990 p = - 263 - 2.66 S + 322 bi
log RP = - 4.14 + 0.0858 b - 0.000347b 2
Canarache, 1991
Lebert e Horn, 1991 e = B + m log
p = f(, c ,b, LK, AWC, NAWC, Kf, OC)
Wlodek, 1991 b = bi [z/(z + z)]
Binger e Wells, 1992 Curva
= de+compressão
m log (/secundária
)
b bi s k
*
Onde:
63
c.....................................Coesão
[C]..................................Matriz tensão deformação
CI...................................Índice de Cone
CIo..................................................... Índice de Cone inicial
Cl...................................Teor de argila
Cp....................................................... Razão entre 3 e 1
D....................................Densidade de Partícula
Do.......................................................Densidade do solo máxima
Dopt.................................................... Grau de compactação ótimo
e.....................................Índice de vazios
E....................................Coeficiente da componente da deformação natural devido
à tensão cisalhante
F....................................Tensão de compactação
Fe...................................Ferro ditionito
J.....................................Parâmetros de ajuste da curva de compressão
H....................................Teor de húmus
k, L................................Medida da rapidez na qual a máxima densidade é obtida
com o aumento da pressão,
kf...................................Condutividade hidráulica saturada
Lk..................................Aeração
LL..................................Limite de liquidez
n.....................................Porosidade
NAWC...........................Água não disponível
no........................................................ Porosidade inicial
m....................................Índice de compressão íon index
ms....................................................... Declividade da curva de compressão secundaria
OC.................................Teor de C orgânico
64
R....................................Razão da máxima tensão cisalhante e a tensão normal
média
s.....................................Teor de areia
S....................................Grau de saturação
Su...................................Resistência ao cisalhamento não drenada
RP..................................Resistência a penetração na capacidade de campo
S1........................................................ Grau de saturação desejado
ST...................................Declividade da curva densidade do solo vs grau de
saturação
Sk........................................................ Grau de saturação correspondente a k e k
um....................................................... Pressão neutra mínima
u.....................................Pressão neutra
U....................................Teor de silte
V....................................Volume
Vo.......................................................Volume inicial
Y....................................Resistência à tração do agregado
YF..................................Função de rendimento para o comportamento plástico
z.....................................Profundidade de uma camada específica
z..................................Mudanças na profundidade de uma camada específica
....................................Declividade da superfície de ruptura
i = i/iavg..................................Densidade do solo inicial normalizada
c = (i - 1) i...........................Ajustamento da curva de compressão para diferenças na
densidade inicial de cada amostra
1........................................................ Deformação principal maior
3........................................................ Deformação principal menor
{}.................................Iqual { xx yy xy zz}T
oct...................................................... Deformação natural octaedral normal
65
octH................................................... Iqual a oct, quando os coeficientes foram determinados de
ensaios triaxiais onde 1/3 = 1
octR................................................... Iqual a oct, quando os coeficientes foram determinados de
ensaios triaxiais onde 1/3> 1
v = V/Vo.................................Deformação volumétrica
v = ln (V/Vo).................Deformação natural volumétrica
vT...................................................... Deformação volumétrica total
z.........................................................Deformação volumétrica na direção vertical
r......................................................... Deformação volumétrica na direção radial
........................................................ Deformação volumétrica na direção tangencial
.....................................Ângulo de fricção interno
.....................................Umidade volumétrica
....................................Umidade gravimétrica
o....................................................... Umidade gravimétrica inicial
op..................................................... Umidade gravimétrica ótima
.....................................Densidade do solo
bf...................................................... Densidade do solo final
bi.......................................................Densidade do solo inicial
bk...................................................... Densidade do solo na tensão k
66
f........................................................ Tensão final
h....................................................... Tensão confinante
i........................................................ Tensão inicial
k....................................................... Tensão aplicada = 98 kPa
m...................................................... Tensão normal média
n....................................................... Tensão normalizada para um = 1
oct = (x + y + z)/3 ...Tensão normal média ou tensão normal octaedral ou
pressão esferoidal
p....................................................... Pressão de preconsolidação
r ...................................Tensão residual (solo sem pressão de preconsolidação,
r=0)
s........................................................ Pressão aplicada para u = 0
x....................................................... Pressão relativa ao eixo dos x
z........................................................Pressão relativa ao eixo dos z
'....................................Pressão vertical efetiva
max.................................................... Pressão de cisalhamento máxima
oct...................................................... Tensão de cisalhamento octaedral
....................................Volume específico = volume total/volume dos sólidos
r ...................................Volume específico para r = 100 kPa e r = 0.20 kg kg-1
....................................Ângulo de fricção interno em graus
5.2.1. No solo
- Presença de crostas
67
- Aparecimento de trincas nos sulcos de rodagem do trator
- Zonas endurecidas abaixo da superfície do solo
- Empoçamento de água
- Erosão pluvial excessiva
- Presença de resíduos vegetais parcialmente decompostos muitos meses após
sua incorporação
- Necessidade de maior potência das máquinas de cultivo.
5.2.2. Na planta
68
5.3.1. Manejo da água do solo
Limites LC LP LL
Estado sólido Semi-sólido plástico líquido
Consistência Duro Friável Plástico Líquido
Resistência Alta Baixa Média Muito baixa
ao preparo
Capacidade Alta Alta a Baixa Muito baixa
suporte de moderad
carga a
Resistência à Muito alta Alta a Baixa Alta
compressão moderada
69
seguro que
70
possa auxiliar o produtor na tomada de decisão de realizar ou não uma
determinada operação agrícola. A decisão errônea de se aplicar uma determinada
pressão ao solo, sem o prévio conhecimento de sua capacidade suporte para uma
determinada condição de umidade, pode levar a aplicação de uma pressão que
excede a sua capacidade suporte resultando em compactação adicional do solo.
Portanto, em uma agricultura sustentável é de extrema importância o manejo do
maquinário agrícola em função da umidade do solo. A seguir são apresentadas
algumas medidas sugeridas por Larson et al. (1994), no que se refere ao manejo
do maquinário agrícola que poderão levar à prevenção da compactação do solo.
- Nível de pressão por eixo das máquinas agrícolas o que causará diferentes
níveis de pressão de contato das rodas (pneus ou esteira). Rodas largas, duas
rodas juntas ou redução da pressão de inflação dos pneus são algumas
medidas a serem consideradas para redução da pressão de contato das rodas.
- Operações das máquinas agrícolas. Alguns dos fatores a serem levados em
consideração neste item são: velocidade de operação, condições de umidade
do solo, trafego controlado, número de passadas e tipo de implemento
agrícola.
72
adotadas com o objetivo de quebrar a camada compactada o que melhorará a
curto prazo as condições nas quais as plantas estão se desenvolvendo. A seguir
são apresentadas algumas medidas sugeridas por Larson et al. (1994), no que se
refere a medidas curativas que podem aliviar o efeito da compactação do solo.
- Preparo do solo: aração, aração profunda e gradagem
- Subsolagem: em uma direção e cruzada
- Rotação de cultura, incluindo, se possível for, uma planta que funcione
como subsolador natural.
73
5.4. ENSAIOS DE LABORATÓRIO USADOS NA INVESTIGAÇÃO DA
COMPACTAÇÃO DO SOLO
75
de erros durante a determinação; ser um método rápido, confiável e repetitivo e
possibilidade de ser usado por outros laboratórios que realizam determinações
semelhantes.
76
compactação de solos agrícolas devido ao fato da estrutura do solo ser destruída
para a sua realização, o que apagará a história de tensão do solo, a qual é função
do tipo de manejo usado na condução da cultura. Todavia, Raghavan et al.
(1990) observou que para umidades acima da umidade ótima de compactação
obtida pelo ensaio de proctor as rodas do trator patinam causando cisalhamento
do solo, o que contribui significativamente para agravar a compactação do solo.
Deste modo, Raghavan e McKyes (1977) mostraram que no mínimo 50% da
compactação da camada superficial do solo pode ser atribuída ao deslizamento
das rodas dos veículos agrícolas. Assim, estudos adicionais procurando
correlacionar a umidade ótima de compactação obtida pelo ensaio de proctor
com a pressão de preconsolidação determinada para teores críticos de umidade
como o limite de plasticidade (Dias Junior, 1994), são necessários para que se
possa validar o uso do ensaio de proctor para a previsão da compactação dos
solos agrícolas.
5.5. EXERCÍCIOS
Sabe-se que:
Ds = (água S)/[U + (água S/Dp)]
água = 1,0 Mg m-
3 Dp = 2,64 Mg
m-3
4) Uma carga concentrada de 109 dyn (1000 kg) é aplicada à superfície do solo.
a) Estimar a pressão vertical a 0,01; 0,10 e 0,30 metros de profundidade
diretamente debaixo do ponto de aplicação da carga e a 0,30; 1; 2 e 4 metros
de distância horizontal do ponto de aplicação da carga.
Sabe-se que:
P = (F . A )/z2 Onde;
P = pressão vertical (bar)
F = carga concentrada aplicada (dyn)
A = 3/{2 [1 + (r/z)2]5/2}
r = distância horizontal do ponto de aplicação da carga (m)
z = profundidade (m)
b) Exprimir os valores das pressões verticais no sistema internacional de unidades.
c) Represente os resultados graficamente.
79
CAPÍTULO 6 - A ÁGUA DO SOLO
80
6.1.1.1. Textura e tipo de argila
Solos argilosos retém mais água do que solos arenosos e solos com
argila 2:1 retém mais água do que solos com argila 1:1. A retenção de água a
alta sucção (maior que 1 atm) é influenciada pela textura e superfície específica,
sendo que o fenômeno de adsorsão domina a retenção de água.
Caracterizada por:
- Teor acima da capacidade de campo
- Localizada nos macroporos
81
- Permanência efêmera no solo
- Removida facilmente pela drenagem
- Provoca lixiviação no solo
- Água retida no solo sob sucção abaixo de 0,1 atm
Caracterizada por:
- Teor compreendido entre a umidade higroscópica e a capacidade de campo
- Localizada nos microporos
- Parcialmente permanente no solo
- Não removida pela drenagem
- Água retida no solo sob sucção entre 0,1 e 31 atm
- Atua como solução do solo
Caracterizada por:
- Localizada próxima da superfície das partículas do solo
- Permanente no solo
- Removida apenas no estado de vapor
- Água retida no solo sob sucção entre 31 e 10.000 atm
Esta classificação não é mais válida atualmente devido ao fato de que
toda água do solo é afetada pela gravidade da terra e não somente parte da água
como sugerido pela classificação acima. Entretanto, muitos ainda a adota
simplesmente para efeito didático.
82
6.3. CONSTANTES DE UMIDADE
83
6.4. POTENCIAL TOTAL DE ÁGUA NO SOLO
T
= d = T - 0) = T
0
84
componente térmica é considerada desprezível (Reichardt, 1985). Portanto, o
potencial total de água no solo pode ser expresso pela expressão:
T g p m os ...
Onde:
15 cm gA= 15 cm
+
Referencial
-
10 cm gB= -10 cm
85
6.4.2. Potencial de pressão (p)
15 cm pA= 0
NA
+
10 cm pB= +10
cm
B
6.4.3. Potencial de matricial (m)
86
h
h1
ho
h2
87
O potencial osmótico é determinado usando a seguinte expressão:
os = -RTC
Onde:
R = 0,082 (atm L/mol ok)
T = temperatura absoluta (ok), sabe-se que Tk = 273 + Tc
C = concentração (mol/L)
Umidade (%)
- São específicas para cada solo, podendo ocorrer variações entre horizontes
de um mesmo perfil do solo
- Para altos teores de umidade há predominância de fenômenos capilares,
função da densidade e da estrutura do solo
88
- Para baixos teores de umidade há predominância de fenômenos de adsorção,
função da textura e superfície específica do solo
- Desde que a distribuição dos poros quanto ao tamanho não varie com o
tempo, a curva característica de água do solo é única e não precisa ser
determinada anualmente
- Sua representação é feita em papel monolog, pois expande a faixa de baixa
sucção de interesse para a irrigação. Se usar a escala natural, expressar a
sucção em pF.
- Permite estimar o potencial matricial conhecendo a umidade ou vice-versa.
89
Cada método fornece uma curva, mas as duas em geral, são diferentes.
Este fenômeno é denominado histerese (Figura abaixo).
Curva de secagem
(ramo principal)
B
Sucção (atm)
Scanning curve
A
Curva de Saturação
umedecimento
(ramo principal)
Umidade (%)
6.6. EXERCÍCIOS
90
Tensiômetro A: profundidade de instalação 50 cm, ascensão da coluna de
mercúrio dentro da cuba que se encontra a 20 cm da superfície do solo igual a 20
cm.
Tensiômetro B: profundidade de instalação 100 cm, ascensão da coluna de
mercúrio dentro da cuba que se encontra a 20 cm da superfície do solo igual a
10cm.
2) A concentração da solução de um solo é de 1,5 x 10-3 M. Qual o seu
potencial osmótico a 27 oC.
3) Para a condição abaixo calcular: T, g, m e o p. Considere: referencial
de posição a superfície do solo e o lençol freático a 70 cm de profundidade.
Potencial, (cm)
-120 -100 -80 -60 -40 -20 0 20 40
-10
-30 m
t
Profundidade (cm)
-50
NA
-70
-90
p
-110
91
21 cm
D E
15 cm 18 cm
C F
15 cm
B
9 cm
A
6 cm Referência
27 cm
92
CAPÍTULO 7 – DETERMINAÇÃO DA UMIDADE DO SOLO
93
7.2. MÉTODOS INDIRETOS
Este método usa como corpo poroso um bloco de fibra de vidro revestido
por uma chapa de aço inox e mede a quantidade de corrente elétrica que passa
em um solo em função de sua umidade.
Tanto na instalação quanto no uso destes blocos alguns problemas
podem ocorrer. De acordo com Freire (sem data), os problemas que podem
ocorrer são:
- São afetados pela histerese
- Contato entre bloco e solo
- Variação das propriedades hidráulicas do bloco com o tempo
94
- Blocos feitos de fibra de vidro são altamente sensíveis a pequenas variações
de concentração salina da solução do solo. Já nos blocos de gesso isso não
acontece, pois a solução dentro do bloco tem concentração constante e
praticamente igual a de uma solução saturada de sulfato de cálcio.
- Os blocos de gesso deterioram com o tempo devido a sua solubilidade.
Este método consiste em medir a pressão exercida pelo gás etino gerado
pela reação do carbureto de cálcio com a água do solo de uma certa quantidade
de material de solo colocado juntamente com o carbureto dentro de uma garrafa
metálica, na qual existe um manômetro acoplado. Com a leitura da pressão e com
a quantidade de material de solo usada, determina-se em uma tabela a umidade
do solo. Este método tem sido muito usado na construção civil.
Onde:
Im/I0 = razão do fluxo transmitido e o incidido
c, s, w = coeficientes de atenuação do recipiente, solo e água, respectivamente
= umidade do solo em g cm-3
c = densidade do recipiente
S' = espessura da parede do recipiente
b = densidade do solo
S = espessura da coluna de solo
96
7.2.5. Método TDR (Time Domain Reflectometry)
Ka = (c . t/2 . L)2
Onde:
Ka = constante dielétrica do solo
c = velocidade de propagação da onda eletromagnética no espaço livre (3 x 1010
m/s)
t = tempo de viagem da onda
L = comprimento da haste metálica
e
Onde:
97
- Permite medições no campo e no laboratório
- Fácil transporte (portátil), instalação e calibração
- Permite medições contínua
- Permite medições no sentido horizontal, vertical e inclinado
7.3. EXERCÍCIOS
98
CAPÍTULO 8 – MOVIMENTO DA ÁGUA EM UM SOLO SATURADO
H
Hpi L
Hpo
Coluna
de solo
Hi
Ho
Hgi Hgo
Nível de Referência
Q=KiA
Onde:
H = Hi - Ho
99
Hi = altura da entrada de água na coluna de solo em relação a um
referencial
Ho = altura da saída de água na coluna de solo em relação a um
referencial Se H = 0, não haverá movimento de água.
A redução da altura por unidade de distância, na direção do fluxo
(H/L), é denominado gradiente hidráulico, que é a força que conduz o líquido
da coluna. A vazão específica Q/A, é chamada de fluxo e é representada pela
letra q.
Assim temos:
q = - K (dH/dx)
Na Figura 1, a água que entra na coluna está sob a pressão Pi, que é soma
da pressão hidrostática (Dw . g . Hpi) com a pressão atmosférica que atua sobre
a superfície da água. Como a pressão atmosférica é praticamente constante,
pode-se desconsiderá-la. Dessa maneira, a pressão da água na entrada é a
pressão hidrostática. Uma vez que Dw e g são praticamente constantes a pressão
hidrostática pode ser expressa em termos da altura de pressão Hpi.
O movimento de água em uma coluna horizontal ocorre em resposta ao
gradiente da altura de pressão. O movimento em uma coluna vertical pode ser
100
produzido tanto pela gravidade quanto pela altura de pressão. A altura
gravitacional (Hg) em qualquer ponto é determinada pela altura do ponto em
relação a qualquer plano de referência, ao passo que a altura de pressão é
determinada pelo comprimento da coluna d'água que se apoia sobre tal ponto.
A altura total (H) é constituída pela soma dessas duas alturas. Assim,
H = Hp + Hg
Hi = Hpi + Hgi
Ho = Hpo + Hgo
sendo portanto H = Hi - Ho
É conveniente situar o plano de referência na base da coluna vertical, de
modo que o potencial gravitacional seja sempre positivo. Já o potencial de
pressão corresponderá à altura da coluna d'água sobre o ponto e será também
positivo.
101
Água
H1
Z=L
Profundidade=
H S L
O
L
O
Profundidade=-L
Z=0 Ref. g+
dx: distância
L: profundidade. Não confundir com potencial gravitacional “L”
O sinal negativo indica que o fluxo (q) é para baixo. Se a H1 for
desprezível o fluxo é igual à condutividade hidráulica saturada.
102
8.3.2. Movimento da água em uma coluna vertical de baixo para cima
Profundidade 0 H
Z=L
H1
L H0
Z=0 Ref.
Profundidade -L
103
8.4. VELOCIDADE DO ESCOAMENTO E TORTUOSIDADE
Solo Arenoso
Fluxo q
Solo Argiloso
Gradiente Hidráulico H
x
104
As dimensões da condutividade hidráulica é a mesma do fluxo uma vez
que o gradiente hidráulico é adimensional. Seu valor para um solo arenoso varia
de 10-2 a 10-3 cm/seg enquanto para um solo argiloso seu valor varia de 10-5 a 10-
7
cm/seg. A condutividade hidráulica depende da porosidade total do solo, da
distribuição dos poros e da tortuosidade, além da viscosidade e da densidade do
fluido que escoa.
105
NA
Onde:
K = condutividade hidráulica ou coeficiente de permeabilidade (cm/seg)
V = volume de água percolante no tempo t (cm3)
L = altura do corpo de prova (cm)
A = área transversal do corpo de prova (cm2)
106
h = h = altura da carga constante durante o ensaio
(cm) t = tempo decorrido para percolar o volume V
(seg)
NA
(dh,t)
NA
ho
NA
SOLO L
108
CAPÍTULO 9 - MOVIMENTO DA ÁGUA EM UM SOLO NÃO
SATURADO
109
A Lei de Darcy para os solos não saturados inclui o potencial mátrico do
solo em vez do potencial de pressão para a condição saturada, assim a
condutividade hidráulica depende da umidade do solo. Assim tem-se:
q = - Kw (dH/d x)
A altura total (H) é constituída pela soma dessas duas alturas. Assim,
H = Hm + Hg
H=0
H=-10 cm
K=Ks
H=-50 cm
H=-300 cm
Fluxo q
Gradiente de sucção
H/x
110
Solo Arenoso
Condutividade Hidráulica
Solo Argiloso
Sucção
111
K = Ks/[1 + (/c)m]
K=am
K = Ks Sm = Ks ( /f)m
Onde:
K = condutividade hidráulica não saturada
Ks = condutividade hidráulica saturada
a, b, m = constantes
= umidade volumétrica
= altura de sucção mátrica
c= altura de sucção quando K = Ks/2
S = grau de saturação
f = porosidade
9.3. DIFUSIVIDADE
112
9.4. EXERCÍCIOS
solo
B Ref.
150 cm
50 cm 50 cm
A Ref.
113
b)
100 cm
50 cm
20 cm 50 cm
Nível de Referência
0
A
Prof. Solo (cm)
-5
-10 10 cm
-15 B
114
5) Se a condutividade hidráulica de um solo é igual a 1,5 x 10 -4 cm/s para uma
umidade volumétrica de 30% e a inclinação da curva característica de água
do solo igual a 10 cm/0,01, calcule a difusividade para esta umidade.
115
CAPÍTULO 10 - INFILTRAÇÃO DE ÁGUA NO SOLO
116
A infiltrabilidade do solo também chamada capacidade de infiltração é
definida como sendo o fluxo máximo que o solo pode absorver através de sua
superfície, quando a água é aplicada sob a pressão atmosférica.
Zona de saturação
Profundidade
Zona de
transmissão
Zona de
umedecimento
Frente de umedecimento
f0
F
fc f
Tempo
Portanto, tem-se:
t
F(t) = f(t) dt ou f(t) = dF(t)/dt
0
119
10.4.1. Equação de Horton
Uma das primeiras equações foi desenvolvida por Horton (1933, 1939),
o qual verificou que a infiltração inicia a uma certa velocidade (fo) e
exponencialmente decresce quando o tempo aumenta, até atingir uma velocidade
constante (fc), figura acima. Assim tem-se:
f(t) = fc + (fo - fc) e-at
Onde:
f(t) = velocidade de infiltração em um determinado tempo
fc = velocidade de infiltração constante
fo = velocidade de infiltração inicial
a = constante
t = tempo
120
Umidade Volumétrica
i s
121
F(t) = infiltração acumulada
t = tempo
122
Sucção na
Porosidade Condutividade
Classe de Porosidad frente de
efetiva hidráulica
Solo en molhament
e o
K (cm/h)
(cm)
Areia 0,437 0,417 4,95 11,78
123
10.5. EXERCÍCIOS
124
CAPÍTULO 11 - REDISTRIBUIÇÃO E ARMAZENAMENTO DE ÁGUA
NO SOLO
125
11.1. DESCRIÇÃO DO PROCESSO DE REDISTRIBUIÇÃO
0
1
4
14
Teor de água
Solo argiloso
Capacidade
de campo
Solo arenoso
1 2 3 4 5 6 7
Tempo pós-infiltração (dias)
n
A = i z
i=1
127
(cm3 cm-3) i
z
z
Profundidade (cm) z
z
ou
n
A = (Área do retângulo + área do triângulo)
i=1
11.3. CAPACIDADE DE CAMPO
128
tentar minimizar estes questionamentos sobre a determinação da capacidade de
campo, deve-se levar em consideração que este valor é específico para um
determinado tipo de solo, a uma profundidade específica e com as condições de
evapotranspiração controlada.
Os solos a que este conceito mais se adaptam são os solos de textura
grossa, nos quais a condutividade hidráulica decresce rapidamente com a
diminuição da umidade do solo e o fluxo torna-se pequeno rapidamente. Em
solos de textura média e fina, o processo de redistribuição pode persistir de
maneira apreciável por vários dias ou até mesmo meses. Assim, a velocidade de
saída da água de uma camada de solo depende de sua textura, condutividade
hidráulica e da composição e estrutura do perfil do solo, pois a presença de uma
camada limitante ao fluxo em qualquer posição dentro do perfil retarda a saída
de água de todas as camadas acima. Portanto, torna-se claro que a capacidade de
armazenamento de água de um solo não está apenas relacionada ao tempo, mas
também à composição textural, seqüência das camadas de propriedades físicas
distintas, etc.
Apesar de tudo, o conceito de capacidade de campo é considerado como
um critério prático e útil para se determinar o limite superior de retenção de água
pelo solo. Portanto, a capacidade de campo deve ser determinada no campo e o
usuário deve estar ciente de suas limitações. Assim, não existe um método de
laboratório capaz de reproduzir as condições de campo. Entretanto, têm-se usado
os valores das umidades retidas a 1/10 ou 1/3 atm, para representar a capacidade
de campo determinada no laboratório.
11.4. EXERCÍCIOS
129
(cm3 cm-3)
0 20 40 60 80 100%
argila areia
20
Profundidade (cm)
40
60
80
(cm3 cm-3)
0 0,1 0,2
0,3 0,4 0,5
20
Profundidade (cm)
40
t1
60
t2
t3
80
130
CAPÍTULO 12 - AERAÇÃO DO SOLO
132
No caso da difusão, a força responsável pelo movimento é devido a um
gradiente de concentração de qualquer constituinte da mistura gasosa que provoca
a migração das moléculas da zona de alta para a de baixa concentração, mesmo
quando o gás como um todo possa permanecer isobárico e estacionário.
Diversos fenômenos podem causar diferença de pressão entre o solo e a
atmosfera induzindo, portanto, fluxo por convecção para dentro ou para fora do
solo. Dentre estes fenômenos pode-se citar: variação na pressão atmosférica,
variação na temperatura, ventos sobre a superfície do solo, penetração de água
no solo durante a infiltração, flutuação do lençol freático, extração de água pelas
raízes das plantas, compactação e preparo do solo.
A maioria dos estudos tem mostrado que o fluxo de ar por difusão é mais
importante do que por convecção para a aeração do solo. Entretanto, recentes
evidências têm mostrado que o fluxo de gás por convecção, em certas
circunstâncias, contribui significativamente para a aeração do solo,
particularmente em profundidades rasas e em solos com poros grandes.
Em solos agregados, a difusão de gases ocorre rapidamente nos poros
entre os agregados, os quais rapidamente drenam após a chuva ou irrigação e
formam uma rede de poros contínuos cheios de ar. Por outro lado, os poros
intra-agregados podem permanecer quase saturados por longos períodos e,
assim, restringirem a aeração interna dos agregados. É comum observar que as
raízes das plantas geralmente estão confinadas nos poros grandes entre os
agregados e raramente penetram os agregados, talvez por causa dos poros serem
pequenos e por causa de sua resistência não permitindo a penetração das raízes
ou por causa da aeração restrita. Entretanto, os microorganismos penetram os
agregados e pela sua demanda de oxigênio afetam a aeração do solo como um
todo. Assim, o centro dos agregados pode estar na condição anaeróbica, enquanto
os poros ao redor dele indica boa aeração.
133
Currie (1961) concluiu que o raio máximo do agregado (r) para o centro
o qual o oxigênio pode alcançar é dado por:
r2 = 6 (D . C)/M
Onde:
D = coeficiente de difusão do oxigênio no agregado o qual depende do tamanho e
tortuosidade do poro cheio de água
C = concentração de oxigênio na água do lado de fora do agregado
M = velocidade de utilização do oxigênio
Já Greenwood (1975) estimou o raio máximo (R) sem estar anaeróbico o
centro do agregado pela expressão:
R = (6 . D. S . P)/M
Onde:
D = coeficiente de difusão do oxigênio na água de saturação do solo
S = solubilidade do oxigênio na água do solo
P = pressão parcial do lado de fora do agregado
M = velocidade de utilização do oxigênio
134
C = concentração
X = distância
dC/dX = gradiente de concentração
a) Buckingham (1904)
Ds/Do = k . fa2
b) Penmam (1940)
Ds/Do = 0,66 . fa
e) Marshall (1959)
Ds/Do = fa3/2
135
f) Millington (1959)
Ds/Do = (fa/f)2 . fa4/3
onde: f = porosidade total
g) Wesseling (1962)
Ds/Do = 0,90 . fa - 0,10
Aeróbica 6H2O+6CO2+300000cal
+ 6 02
C6H12O6
Anaeróbica
2C2H5OH+2CO2+16000cal
137
Nestas plantas é capaz de ser suprido quase todo, se não todo, o oxigênio
necessário para as raízes e, certamente, fornece oxigênio para a rizosfera vizinha.
Outra modificação morfológica desenvolvida pelas plantas é o desenvolvimento
de raízes próximas à superfície do solo, onde a pressão de oxigênio é alta o que
permite a sobrevivência das plantas em condições anaeróbicas.
138
CAPÍTULO 13 - TEMPERATURA DO SOLO
13.1.1. Radiação
J = . . T4
Onde:
= emissividade
= constante de Stephan - Bolzmann
T = temperatura absoluta
13.1.2. Convecção
139
13.1.3. Condução
140
usada para a condição de temperatura e fluxo permanecerem constantes com o
tempo.
141
O quadro abaixo apresenta alguns valores da densidade (), da
capacidade térmica (C) e da condutividade hidráulica (K) de alguns
componentes do solo.
142
C=
0,48 .
fm +
0,60 .
fo + fw
143
13.4. REGIME TÉRMICO DO SOLO
144
A figura abaixo apresenta um exemplo da variação da temperatura do
solo para diferentes profundidades. Observe as mudanças na amplitude, período
e deslocamentos das curvas em relação ao eixo da temperatura.
30
0 cm
10 cm
25
Temperatura (oC)
20 cm
30 cm
40 cm
20
15
10
12 () 24 (2) 36
Tempo (h)
145
A damping depth (d) pode ser calculada pelas expressões:
d = (2 . K/c . w) ou d = (2 . Dh/w )1/2
Onde:
K = condutividade térmica
c = calor específico
w = freqüência radial
Dh = difusividade térmica
Dh = K/cs . s ou Dh = K/Cv
Onde:
Cv = capacidade térmica volumétrica
146
13.5. MEDIÇÃO DA TEMPERATURA DO SOLO
13.7. EXERCÍCIOS
147
3) Considerando que o modelo que descreve a variação da temperatura no solo
pode ser definido em uma forma bem simplificada como T = a + b sen (c .t +
d), discutir detalhadamente o efeito dos parâmetros a, b, c, e d na curva
gerada pela função. Mostre graficamente o efeito da variação de tais
parâmetros.
4) A temperatura máxima diária na superfície do solo é igual a 40 oC e a mínima
10oC. Assumindo que a variação da temperatura é representada por uma
senóide, que a temperatura média é igual em todo perfil, que a temperatura
média do perfil é igual às 6 e às 18 horas, que a damping deph é igual a 10
cm, calcule a temperatura às 12 e 24 horas para as profundidades 0, 5, 10 e 20
cm. Interprete os resultados.
148
14. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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