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Masculinefominino, Monges religiaso). A so geras (a comecar por Idade Média), eee apenas ‘campo historiogrfico, Plagels, Jog, Maravilhoro, Morte © mores, ldade, —— DICIONARIO TEMATICO DO OCIDENTE MEDIEVAL JACQues LE GOFF & JEAN-CLAUDE SCHMITT a IDADE MEDIA de quase mil anos, que se estende até o fim da Guerra dos Cem Anos, € socicdade, de geragio em geragio, em particu rio, 05 “hussardos negros” da Repiblica, para dar 3 comunidade nacion ide cultural, social e politica, Tentaremos perceber a trama desse. (qual a Idade Média ainda hoje constitui um le verificar em /, Do HUMANISMO AO NEOCLASSICISMO t i ‘A aparigio de um conceito desvalorizante de “idade médi provocadas pelas glosas posteriores aos “Sorbonnards”. Como observa Jean- Marie Goulemont, a scienza nuova de Petrarca constitui sobretudo “um esfor- ada Reforma Protestante de retornar ao texto sagrado, reencontrar 0 cris ica presa ao visco da cidade icos da Cidade de De lissica eo Renasc janismo das origens € denunciar uma Igreja C: 36 37 professor em Halle, pul al em latim. Em 1681, Charles du Cange edita seu fie am ad scriptores mediae et infimae latinitats (Glossério da lati ‘ tardia). O \guas européias sub (Antigiidade, [dade Médi fe nos Ensaio sobre os costumes (1756 im — esta divisto terndria da histéria ielhor celebrat, como das Luzes sobre 0 Por outro lado, ao contririo do que se costuma pensar, na Franga nao foi \/ preciso esperar a época romintica para que houvesse interese pela Idade Média =, associado ao comy © famoso recitativo “ 791, Jean- lo por La mareillase, também autor de um outro cantico de guerra: Roland a Roncevauee. O sucesso dos Templiers de Raynouard, \ em 1805, constituiu 0 coroamento de toda esta corrente neocléssica. Quanto a partilha implicica dos temas que se costuma propor a partir de 1820 na literatura ~ 0s ouropéis antigos para o drama clissico; a inspiragio 38 a. Portanto, & preciso procu- da Idade Média.. A IDADE DE OURO DA [DADE MEDIA ROMANTICA NO SECULO XIX, O século XVIII detesta a Idade Média que 0 Romantismo venera. Pro- vavelmente ¢ 0 uauumatismo revoluciondrio ¢ seu vand: ‘mo tempo a arquit nétio ~ que revela aos ctiadores romanticos, que © ignoravam, aos pedacos, a Idade Média ultrajadas “reencontram a Made Média do mesmo modo que 0s p: ‘05 arquivos também tiveram seu Trib meiros humanistas havia reencontrado a tram, mas como alguma coisa Museu dos Monumentos Franceses — abe fechado em 1816 pela F irredutivel ao que o precede e ao que o segue, € que € preciso ; como o faz. com nso sucesso August inticos séo igualmente apaix uais o tempo estremece. Assim, pode-se ler Netre- ansigio e de ruptura nos Dame de Paris de Hug a de 1789, preparada p burgues sdante pelas o aspecto Michelet as- (0 psiquico € moral. No canteiro de obras da Histoire de France aberto por Michelet apés perspectiva de ressurreicao integral do passado, a aventura co- cona ¢ repettiva dos teinos que vio de Faramonde a Luis bate da Liberdade contra a Fatalidade toma o lugar da crOnica ane- lade, combate pela claro, Joana @Ate. A sacralizagio das fi- Bataille de Poitiers (1830), Carlos, 0 Teme- Sio Luis na Baaille de Taillebourg (1837) iros da [dade Média, dla histéria medieval manifesta-se, enfim, pela protesio e isi0 do pattiménio monumental, tomado aos cuidados do Estado na XIX, que confia a Viollet-le-Duc a diregio dos can- de restauragio de Vézelay, Carcassonne, Toulouse, Pierrefonds. Embo- Due provoquem 0 édio dos especia- co. Como nota ironicamente Marcel Proust em Sodoma e Gomorra, “para o pequeno comerciante que, no domin- 0, vais vezes visitar edi clas encantam © grande pil a sensagio da Idacle Média”. Além-Reno, este fendmeno monumental ¢ patri- ‘monial reveste-se de dimensio nacionalista: a conclusio da catedral de Cold nia em 1880 ¢ o desenvolvimento do Muscu Nacional Germanico de Nurem= berg simbolizam a unificagao da Alemanha, vitoriosa sobre a Franga em 1870, © 0 estabelecimento de um novo Sacro Império Romano-Germinico. 10 O curro NACIONAL DE Joana D'ARC. responder 3s exigen ticos ¢ rligiosos que a fundadora de sua das, esta Gesta Dei per Francos ("os grandes fetos de Deus por francos"). Desta perspectiva sobrenatural 0s-catélicos-conferem = Joana io quase-cristologica: assim como Jesus morreu na cruz para expiar os 0s sactilégios pecados dos homens, Joana foi s de Filipe, 0 Belo — 0 atentado de Anagni wussardos negros da tna Franca profunda ram para di pretages c valorizam os tempos fortes da Cristandade: o batismo da Franga com Clovis o ano de 800, considerado (Os das escolas laicas exumam do passado nedieval tados-os-eventos.que prenunciam_a grande Revolugio. Francesa: 0 mento comunal do século XH, os Estados Gerais eas revolugdes parisien século XIV, Em certa literatura progresista, Estevio Marcel fazer soar 1789 em 135i grado estas querelas de familia, existe cam que derrotou ie jidade nacional que izeram por merecer o reconhecimento da patti Alem das controvérsias sobre o passado medieval, os manuais das duas preguigosos, S: Vincennes, Ca ndo a “Unio Sage as € religiosas acerca da Idade Média tenham se i queles, a propaganda nazista nfo se contentou em organizar na emban« lade medicval de Nuremberg os congressos do Partido Nacional-Socia- I biografia que, fascinado pelo poder is medievais, 6 historiador Ernst Kantorowicz tinha consagrado, em 1927, ao imperador Frederico Il de Hohenstaufen, construtor-de-um Estado. 1939, 0 rnuncia a recuperacao totalitiria do passado, enfatizando, numa nota das Lau- des regiae, como a aclamagio que desde a Anschluss de margo de 1938 acolhia Hitler em suas para cares diante de multiddes exaltadas— ein Reich, ein Volk, ein Fiibrer (um s6 Império, um 6 povo, um sé chefe”) — € um tas, 08 artistas antifascistas também recuperaram a [dade Média, Em 1934, 0 comunistaalemao John Heartfield al- aa barbs posta de duas de camisa parda com uma foromontagem impactante com- ‘eavaleiros teutBnicos ina “batalla do g poe imagens drama ca americana, cor eee ae aoe pie A IDabe MEDIA No TEMPO DA CULTURA DE MASSA io romantica da Idade Mé- Apés 1920, as novas dia, Durante mais de quare s prolongam a vi anos, as superprodugdes medievais realizadas o mno3 em 1950, A Flecha ea Tocha de Jacques Tourneau faz chara re por meio do relato de uma luta de libertagio nacional no século \cia 4 ocupagio alema da Europa. As Aventuras de Robin Hood de Richard Thorpe ~ feanbod (195. Quentin Durward (1955) ~ exaltam, em plena Guerra Fria, face ao Império’ ico, os valores de uma América dominadora ¢ segura de si: 0 individuae © impulso conquistador de uma nagio jo= mida, o espirito de cmpreendimen- 10, Hollywood nao tem © mono= le Média sao criagdes escandinavas: o inesq de Joana d'Arede Dreyer, em 1928, e O Sétimo Selo de Ingmar Bergman, em 1956, visio amare gate desencantada da ipse nuclear, mos vinte anos, nossa relac2o com o passaclo medieval mudou rofundamente que se pode comparar o retorno da [dade Média aquele dda geragio de 1830. Assim como a monumental Notre-Dame de Paris de View tor Hugo sobressai sobre os Trinta Gloriosos ro _ o nome da rosa de Umberto Feo, “pol que transparece a obsessio da peste cons metafisico medieval, domina livres mente a maré de romances histéricos, em geral cor-de-rosa, que desde 1979) segue La chambre des dames. NOVAS IMAGENS, NOVos RELATOS imagens frescas. Q triunfo. da longe de ser um fendmeno isola ;evistas em quadrinhos, nos romances, as vezes na mii ‘Ji mais ou menos hi , surgidas em meados dos anos 70, em especial no cinema, sm 1987, O ano mil, Serge Moati, A Cruzada das Criangas, dos labos, em 1990, baseado em La revolte des nonnes de Régine Deforges. No cinema, a ne Schiffman em O monge e a feiticeira, em 1986, ou crepuscular em A pai .xao de Beatriz de Bertrand tude austera de Suzan- favernier, em 1987 ~ visio desesperante, mas ins- Idade Média” — provavelmente desen- ico, que acolheu, por outro lado, a adaptasio colori- ‘da — mas vazia de seu substancial tutano ~ de O nome da rosa por Jean-Jacques Arnaud, em 1986, ¢ sobretudo a comédia comportada, desprovida de qual- quer pretensio histérica, proposta por Jean-Marie Poiré em Os visitantes, que fer tir Ic treze milhées de pessoas em 1993! Entretanto, em 1994, Jacques Rivette dem Joana a Donzela~ filme em duas partes: As ba 8 (0s especiais pode-se perceber de maneira sen- ilhas dos clichés escolares ¢ das litografias, uma Idade Média ao mes- ‘mo tempo concreta ¢ poética. Sandrine Bonnaire encarna de modo mui vincente uma Joana “em carne ¢ em vor, em gestos € arrepios” (Jean- don, Le Monde, 10 de fevereiro de 1994, p. VD) diano, do banal do lene tas americanos — como Kevin Reynolds, ‘em 1990 = voltam ao grande espeticulo hollywoodiano, 0 tom adotado é mui- préximo do estilo parédico da histéria em quadrinhos... Uma Idade Média oristica fer 0 sucesso de Monty Python, o Cilice Sagrado (197) ise As prisdes~ que com meios rese viva do mito e do cot : mesmo quando os cineas- 1m Robin Hood, principe dos ladries, nnha clara”, desenvolvido por um dos mestres da escola franct Martin, nas aventuras de Jhen, reencarnacio medieval de Alix na época do in- de Rais, Frangois Bourgeon langa o leitor de Companheiros do sulo ~ envolvente trilogia composta por Sortiligio do bosque das brumas ss Este sucesso é, no entanto, eclipsado pela voga dos romances medievais de Jeanne Bourin, De La chambre des dames, em 1979, a0s Compagnons d éterni em 1992, passando por Le jew de la tentat Jeanne Bourin, rom: explora um verdadeiro filo medieval tomando siste em I brando uma Idade Média idealizada, vestida de cindida probidade e de branco, ‘Seu quadro otimista da condigao da mulher no tempo das catedrais (La femme cau temps des cathédrales, Régine Petnoud), embora vigorosamente contestado pelos especiaistas da Idade Média masculina (Mle Moyen Age, Georges Duby), isso deixou de fazer chorar as leitoras populares. Em 1985, a erénica Brunel, ourives «dames, atinge, com mais de 1.650.000 exemplares vendidos (sem contar as edi= .@es de bolso), as cifras de venda vertiginosas dos best-sellers de verio. Quanto a Le jeu de la tr rapassa os dois milhdes de exemplares. Mesmo a miisica de hoje reata com a inspiragio medieval. No século XIX, os mestres de 6pera encontraram m: ra suas criagoes Irieas numa Idade Média atormentada sobre a qual projetavam os reflexos dos dramas eon revolucées, compli, sangrentos golpes de Estado 4 posigio do des em geral incompreendido e vio, do her6i romantico pela liber= dade do povo. Atila (1846) eas Véspents Sicilianas (1855) de Verdi ressoam flamados apelos pa com Ftienne Marcel, S siaen ¢ Marcel Landowski reatualizam estas raizes medievais, 0 primeiro em 1983, com Saint Francois d'Asss, 0 segundo em 1985, com Montségur, a par= tir do romance do duque de Levis-Mirepoix, que recria 0 trigico destino de Romeu ¢ Julieta na regio citara, Pa mania do canto gregoriano e da mtsica medieval tocada em instrumentos an- tigos, de que é testemunho © sucesso internacional, em 1994, de Canto Gre _goriano, uma compilagio de 32 cantos gregorianos entoados pelos beneditinos do mosteiro de Sao Domingo de Silos, na Espanha. e uma verdadeira 06 retorno da Idade Média na Imente da ressurreigio roma , apesar das aparéncias, 0 gh contemporinea distingue-se rad ica an—_ bo da ees pics pimeta ugar, os rr se » Languedoc por inquisidores rates freqientemente se n para condenar retrospectivamente esta época maldi mos uma relagi0 mais serena com nosso passado. Te- Wis, mas fora de nés, jeval nfo em t6rica, contentando-se, como Alexandre Dumas, em plagiar ‘crénicas medievais publicadas e considerando a Idade Média como um espago de ambientagio exérica quasc infinito, os autores contemporineos mantém, a0 uum respeito escrupuloso, quase manfaco, pelo contesto hist6rica e zombava do rato de bi pecado mortal do anacronismo, tornou-se especialista, ¢ a aparéncia dos herdis ce dos figurantes das 1s de ficgao, sejam romanescas ou cinematos a réplica exata daquela das personagens das miniaturas medievais. Woje, 0 autor, para evicar 0 ficas, so A “xova [pape MEpIA” pos HISTORIADORES tram-se atentos mesmo a uma nova Os criadores contempor maneira de “fazer a ida por trés obras m: domingo de Bouvines, de George Duby, Montaillon, povoado occitinica, de Em= manuel Le Roy Laduti do Purgatorio, de Jacques Le {que delineiam a face de uma “outra Idade Média’, Idade Mé- as, ressuscitada. desde a etnologiae com_Os reis tasumaturgos, em 1924, 1 talidades. bosquejo de uma antropologia hi Aplicada a-histéria. medieval, a ‘revolucio culeural” provocada pela * Annales por Lucien Febyree Mate Bloch em Estasburgo, em 19 case de novos objetom, } uma nova visio da cronologht spirada pel: duragdo” braudeliana, fs Entre os grandes canteios abertos pela Escola os Anna sdo pare mente mais inovadores: 1) o dos sistemas de parenteséo, no qual se sai a influéncia de Antropologia estrutunal dé Claude Lévi-Straus,.c da hise das mulheres, continente por muito terhpo injustament Georges Duby consagrou suas 6ricos que a haviam des: Le droit de cuisage, por exemplo, Alain Bouteau “quebrou 0 1995, de um dos mais célebres mi finticos. No plano icio ao fim duas rupturas assustado- qual Henri-Irénée Marrow fram o de “Baixo Império", Jacques Le Goff propée logia provocativa, fundada sobre 0 conceito braudeliano de “Ton a-se de uma Idade Média m wascida de uma An- Jo, no nivel das estruturas po io Francesa e, no plano das mentalidades, com a Revolu- Em 1982, um autor de excepcional envergadura intelectual, Umberto Eco, me i romance a meio caminho entre Rabel com O nome da gio roman Victor Hugo com Notre-Dame de Paris, ¢ a tenta sociedade medieval operada pela Escola dos Anmales Hi, por fim, um I como 0 fizera percepgao global da cerca de trinta anos. na sua abordagem da Idade Média, da época rom: Hé 150 anos, a redescoberta deste longinquo cultivada e afortunada da sociedade francesa. Hoje, & quase que ao co da populacao que se enderesa, se nao a renovagio dos estudos medievais, 20 rma do turismo cule ias medievalescas, da qual a moda se propagou de pélvora, hé 15 anos, na Franga py ino € bretio ~ 0 triun- fo de Montaillow é contemporanco ao de Cheval d’orgueil de Pierre-Jakex Hé- lias —n negativos do crescimen- ‘campos, desaparigso ial na edivo- a este lugar de meméria fundador Michel Roquebert se, & Epopde cathare 9 nntidade occitana que se ima espécie de al de peregrinacao emblemitica. Por outro lado, para tornar mais acessivel a um maior niimero de leita sam com sucesso a relagio com um género histérico que os Fundadores da ree Annales voravam 3 execragio piblica, mas que fora da Franca os 's— em especial nos paises anglo-saxénicos ~ sempre prat ra fecunda: a biografia. Abandonando anedotas pitorescas ¢ fatos diversos, nase atualmente um quadro cronolégico tt assado na sua globalidade. |... Por fim, os clissicos da esto ao lado de uma selogio de clissicos da literatura romantica inspirada los tempos medievais que, para os apaixonados pela, fonte de emogdes sempre vivas. Em 1981, resenhando, em Temps immobile cencantamento, exaleagio a aurora do terceiro © mais importante, no entanto, é outra énio, a Europa, com a ampliagio do seu espago comuni de sua construgio, reencontra a face da Cristandade medieval sem 0 pio ‘Traducao de José Carlos Est 0 Orientagio bibliogrifica AMAL, Chistian. Le Gd Moyen ge Ps APPRENDRE le Moyen ars 1986 mimeso especial de Miia Mare Bch anjound Hissin emp et ences RE, Andeé BAUMGARTNER, F,; LEDUC-ADINE, J.-P (ed). Mayen Age et XIN site e mirage ds origins, Ac ‘61 du callague de mai 1988. Lindale Narre, 6 1990. BRANCA, Vitor (). Const, storia, mite omagin del Medio Ev. Povensa 1973 TTANI, Ovi. Malin pass prosina Appa rigid gue ema eri Bolo, 1979. "LARK, Kennsth. The Gatic Revi, A Study the Hisory of Tse. Lone, 1928. roi i Sognare il mine". 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