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Apostila de Eletronica Basica
Apostila de Eletronica Basica
Table of Contents
1 Introdução.......................................................................................................................................................1
1.1 Corrente Elétrica...............................................................................................................................1
1.2 Circuito Elétrico................................................................................................................................1
1.3 Força Eletromotriz e Diferença de Potencial....................................................................................1
1.4 A Lei de Ohm....................................................................................................................................2
1.5 Potência e Energia.............................................................................................................................2
1.6 Energia em Circuitos Elétricos.........................................................................................................2
2 Circuitos C.C...................................................................................................................................................4
2.1 As Leis de Kirchhoff.........................................................................................................................4
2.2 Resistores em Série...........................................................................................................................4
2.3 Resistores em Paralelo......................................................................................................................5
2.4 Resistividade.....................................................................................................................................6
2.5 Coeficiente de Temperatura da Resistividade...................................................................................6
2.6 Resistência Interna............................................................................................................................6
2.7 O Curto−circuito e o Circuito Aberto...............................................................................................7
2.8 Transferência de potência.................................................................................................................7
2.9 Outros Tipos de Fontes.....................................................................................................................8
2.9 Fontes e Circuitos Equivalentes........................................................................................................8
3 Eletromagnetismo..........................................................................................................................................10
3.1 Campo Magnético e Fluxo..............................................................................................................10
3.2 Eletromagnetismo............................................................................................................................10
3.3 Relutância e permeabilidade............................................................................................................11
3.4 Indução Eletromagnética.................................................................................................................11
4 Motores e Geradores......................................................................................................................................13
4.1 Princípio de funcionamento............................................................................................................13
4.2 Gerador com uma espira..................................................................................................................13
4.3 Comutação.......................................................................................................................................13
4.4 Gerador e motor CC.........................................................................................................................14
4.5 Resistência interna, perdas e rendimento.........................................................................................14
5 A Equação da Onda.......................................................................................................................................15
5.1 Medidas de ângulos..........................................................................................................................15
5.2 A Função Seno.................................................................................................................................15
5.3 Características da função seno.........................................................................................................16
5.4 Relações de Fase..............................................................................................................................16
5.5 Fasores.............................................................................................................................................16
5.6 Outras características da função seno..............................................................................................17
6 Multímetros....................................................................................................................................................18
6.1 Medidores mecânicos.......................................................................................................................18
6.2 O amperímetro.................................................................................................................................18
6.3 O voltímetro.....................................................................................................................................19
6.4 O ohmímetro....................................................................................................................................20
6.5 Medição em corrente alternada........................................................................................................20
6.6 Medidores digitais............................................................................................................................20
7 Padrões Elétricos............................................................................................................................................21
7.1 Sistema internacional de unidades...................................................................................................21
7.2 Potências de 10................................................................................................................................21
i
Introdução à Engenharia Elétrica
Table of Contents
7 Padrões Elétricos
7.3 Prefixos............................................................................................................................................22
7.4 Código de cores para resistores........................................................................................................23
8 Indutância......................................................................................................................................................24
8.1 Definição..........................................................................................................................................24
8.2 Indutores em série............................................................................................................................24
8.3 Indutores em paralelo.......................................................................................................................24
8.4 Análise qualitativa...........................................................................................................................25
8.5 Análise quantitativa.........................................................................................................................25
8.6 Circuito RL série em CC.................................................................................................................26
8.7 Circuito RL paralelo em CC............................................................................................................26
8.8 Circuito RL série em AC.................................................................................................................26
8.9 Circuito RL paralelo em AC............................................................................................................27
9 Capacitância..................................................................................................................................................29
9.1 Definição..........................................................................................................................................29
9.2 Capacitores em paralelo...................................................................................................................29
9.3 Capacitores em série........................................................................................................................29
9.4 Análise qualitativa...........................................................................................................................30
9.5 Análise quantitativa.........................................................................................................................30
9.6 Circuito RC paralelo em CC............................................................................................................31
9.7 Circuito RC série em CC.................................................................................................................31
9.8 Circuito RC paralelo em AC............................................................................................................31
9.9 Circuito RC série em AC.................................................................................................................33
ii
1 Introdução
1.1 Corrente Elétrica
Corrente elétrica é o fluxo de portadores de carga de uma região de potencial (energia) elevado para uma
região de potencial mais baixo. Embora os portadores de carga nos metais sejam os elétrons, eles são
considerados genericamente como sendo positivos. Assim, o sentido da corrente elétrica é contrário ao fluxo
dos elétrons e esta é a única diferença entre os dois conceitos.
Em um material qualquer, os elétrons estão sempre em movimento e às vezes passam de um átomo para outro
aleatóriamente. Quando o potencial em duas regiões de um mesmo material é diferente o movimento dos
elétrons passa a ser mais organizado de modo a reequilibrar esta diferença de potencial. Os materias que são
mais suscetíveis ao movimento dos elétrons são conhecidos como condutoresi (cobre, alumínio, ouro, etc)
enquanto materiais que não permite este movimento sao chamados isolantes (porcelana, nylon, borracha, etc).
A corrente elétrica pode fluir em apenas um sentido ou mudar constantemente de sentido. O primeiro caso é
conhecido como corrente contínua (c.c. ou d.c., do inglês direct current) e o segundo como corrente
alternada (c.a. ou a.c., do inglês alternating current). A corrente elétrica é usualmente simbolizada pela letra i
e medida em ampères, cujo símbolo é a letra A.
O fluxo dos elétrons é induzido por uma força eletromotriz (f.e.m.) que a fornecido por uma fonte. A fonte
fornece um ponto de alto potencial por onde os elétrons entram no circuito e um ponto de baixo potencial
onde os elétrons são recolhidos depois de percorrerem o circuito.
• Fonte. A fonte fornece a fem que permite o fluxo de elétrons. A fonte pode ser uma bateria ou um
gerador, por exemplo.
• Unidade de Carga. A unidade de carga absorve e converte a energia elétrica fornecida pela fonte. A
maioria dos dispositivos elétricos funciona como uma carga (luzes, aquecedores, motores, etc).
• Sistema de Transmissão. É o elemento que conduz a corrente entre a fonte e a carga. Obviamente, o
sistema de transmissão são fios e cabos feitos de condutores adequados.
• Dispositivo de Controle. Controla o fluxo da corrente, por exemplo através de um interruptor.
Como foi visto anteriormente, para que que haja corrente entre dois pontos quaisquer de um circuito é
necessário que haja uma diferença de potencial entre ambos. A diferença de potencial (ddp) também é uma
medida de energia por unidade de carga e também é medida em volts. Por conveniência costuma−se usar a
letra E para identificar uma fem e a letra V para uma ddp.
1 Introdução 1
Introdução à Engenharia Elétrica
V = IR (1.1)
A maioria dos componentes eletrônicos tem uma resistência associada. Mesmo pilhas e multímetros têm
resistência interna.
W = Fl (1.2)
P = W/t (1.3)
Usando as equações (1.2) e (1.3) tem−se que potência é igual a força vezes velocidade
P = Fl/t = Fv (1.4)
Uma unidade comum para energia é o quilowatt−hora que é equivalente à energia necessária para fornecer
1000 watts de potência em 1 hora. Em joules seria:
É importante ter em mente que ao converter energia de uma forma para outra ocorrem perdas. Por isso, a cada
conversor de enegia é associada uma medida chamada eficiência. Assim um motor com eficiência de 80%
consumindo 100 watts, gera 80 watts em energia mecânica e perde 20 watts na forma de calor, por exemplo.
A unidade de carga elétrica, Q, é o coulomb e um coulomb é a quantidade de carga transferida por uma
corrente de 1 ampère em 1 segundo. Algebricamente
Q = It (1.6)
A unidade de potencial elétrico, V, é o volt e um volt é a queda de potencial entre dois pontos de um condutor
percorrido por 1 ampère e consumindo 1 watt. Ou
A unidade de resistencia eletrica é o ohm e um ohm é a resitência de um condutor quando uma diferença de
potencial de um volt provoca um corrente de um ampère. A equação resultante é
V = RI (1.8)
P = RI2 (1.9)
P = V2/R (1.10)
Leis das Correntes: Em qualquer junção (nó) de um circuito onde a corrente possa se dividir, a soma das
correntes que entram no nó é igual a soma das correntes que saem do nó.
Considere a figura
i1 + i2 + i4 = i3 + i5
Lei das Tensões: Em um laço (malha) fechada de um circuito a soma das fems agindo no laço é igual a soma
das ddps nos elementos do laço.
Neste laço não é possível saber de antemão a direção das correntes pois as fems são opostas. Então,
assume−se um sentido e faz−se todo o cálculo coerentemente. Se o resultado for uma corrente negativa então
ela flui no sentido contrário ao assumido. No caso, se assumimos que E1 > E2 então a corrente flui no sentido
horário, como indicado. A lei das tensões estabelece então:
Req = R1 + ... + Rn
Ou seja, a resistência equivalente a vários resistores conectados em série é igual a soma das resistências de
cada um dos resistores individualmente.
2 Circuitos C.C 4
Introdução à Engenharia Elétrica
Na figura acima Req = R1 + R2. Note que o cálculo da corrente neste caso fica simplificado
i = V/Req
Se a queda de tensão (ddp) sobre R1 é V1 e a queda de tensão sobre R2 é V2, pode−se escrever
V1 = R1i
V2 = R2i
V1 = R1/(R1+R2) V
V2 = R2/(R1+R2) V
Note que, como esperado, V1 + V2 = V. Isso é conhecido como o Princípio da divisão das tensões e é válido
para qualquer número de resistores:
Vk = Rk/(R1+...+Rn) V
Req = R1 + ... + Rn
Ou seja, a resistência equivalente a vários resistores conectados em paralelo é igual ao inverso da soma dos
inversos das resistências de cada um dos resistores individualmente.
Na figura acima Req = 1/(1/R1 + 1/R2) ou Req = R1R2/(R1 + R2). Note que o cálculo da tensão neste caso fica
simplificado
V = Reqi
i1 = V/R1
i2 = V/R2
Note que, como esperado, i1 + i2 = i. Isso é conhecido como o Princípio da divisão das correntes e é válido
para qualquer número de resistores, embora a equação fique mais complicada.
2.4 Resistividade
A propriedade de resistência de qualquer condutor é uma função do seu comprimento, da área da sua seção
transversal, do tipo do material e da temperatura. Para um temperatura fixa, a resistência é proporcional ao
comprimento do condutor e inversamente proporcional à área de sua seção.
R = rho l/A
onde l é o comprimento do condutor em metros, A é a àrea da seção transversal e metros quadrados e rho é a
constante de proporcionalidade conhecida como resistividade. A resistividade é uma propriedade de cada
material e varia de acordo com a temperatura. A tabela a seguir apresenta alguns valores de resistividade para
materiais diversos.
Observe a figura acima. Se a resistência for de 9 ohms então a corrente que a percorre será de 20/(1+9) = 2A e
a tensão sobre ela será 2*9=18V. Por outro lado, se a resistência for de 19 ohms a corrente passará a ser de 1A
e a tensão, de 19V. Assim, uma fonte prática não é capaz de manter a mesma ddp entre seus terminais. Se, no
entanto, a resistência interna for bem menor que as resistências de carga, a variação será tão pequena que pode
ser ignorada.
Como o fio não apresenta resistência a passagem de corrente, toda a corrente que sai da fonte passa por ele e
nenhuma corrente circula pela resistência de carga. Esta situação é conhecida como curto−circuito e a
corrente fornecida pela fonte neste caso é chamada corrente de curto−circuito. Note que a corrente de
curto−circuito é limitada somente pela resistência interna da fonte que normalmente é pequena. Assim, em
curto−circuito a corrente que a fonte fornece é a maior possível e pode causar danos à fonte.
Outra configuração importante é o circuito aberto que é o análogo do curto−circuito quando consideramos a
tensão no lugar de corrente. Considere a figura abaixo onde uma resistência praticamente infinita foi colocada
em série com a resistência de carga.
Neste caso, a resistência infinita impede que qualquer corrente circule pelo laço. Note que como não há
corrente, não há ddp nem sobre a resistência interna nem sobre a resistência de carga de modo que a tensão
nos terminais do circuito aberto é igual a ddp da fonte ideal.
h=Pc/(Pi+Pc)
h=1/( (Ri/Rc)2+1)
i = 1/(Ri+Rc)V (2.1)
v = Rc/(Ri+Rc)V (2.2)
v = RiRc/(Ri+Rc)I (2.3)
Agora, se I=V/Ri as equações 2.3 e 2.4 igualam−se as equações 2.2 e 2.1, respectivamente. É importante notar
que do ponto de vista da carga não há diferença entre os dois circuitos pois a tensão sobre ela e a corrente que
a atravessa são as mesmas nos dois casos.
Assim, diz−se que uma fonte de tensão V com resistência em série Ri é equivalente, do ponto de vista da
carga, a uma fonte de corrente V/Ri com resistência em paralelo Ri. Agora considere o circuito
ou
O primeiro caso é conhecido como equivalente Thevenin enquanto o segundo é chamado equivalente Norton
do circuito original. Note que os valores de VT, RT, IN e RN devem ser cuidadosamente escolhido para que o
circuito equivalente se comporte exatamente como o original qualquer que seja a carga.
Para encontrar aqueles valores basta fazer algumas escolhas especiais para Rc:
• Se Rc for um circuito aberto então VT será igual ao valor da tensão v no circuito original.
• Se Rc for um curto e VT já tiver sido encontrado então RT será igual a VT dividido pela corrente i que
atravessa o curto no circuito original.
• Se Rc for um curto então IN será igual a corrente i que atravessa o curto no circuito original.
• Se Rc for um circuito aberto e IN já tiver sido encontrado então RN será igual ao valor da tensão v no
circuito original dividido por IN.
Imãs mais fortes têm maiores campos magnéticos associados e por isso têm mais linhas de força. Essa
característica é medida pelo fluxo magnético, cujo símbolo é φ e cuja unidade é o Weber (Wb).
3.2 Eletromagnetismo
Um condutor pelo qual passa uma corrente elétrica apresenta um campo magnético em torno de si, exibindo
um fenômeno chamado eletromagnetismo. As linhas do fluxo induzido têm a forma de círculos concêntricos
em volta do condutor e são em maior número (maior fluxo magnético) à medida que a corrente aumenta. Para
encontrar a direção das linhas de fluxo usa−se a regra da mão direita: com o polegar apontando no sentido da
corrente, o sentido do fluxo magnético é indicado pelos outros dedos, circundando o condutor.
O eletromagnetismo mostra como eletricidade e magnetismo são fenômenos correlatos. Se dois condutores
são colocados próximos e percorridos por correntes então os campos magnéticos induzidos interagem
somando−se ou subtraindo−se de acordo com a figura abaixo.
A segunda situação mostrada na figura pode ser obtida dobrando o condutor em forma de "U". Um campo
magnético ainda mais reforçado pode ser produzido por um condutor em forma de bobina. O campo ainda
pode ser intensificado se um material magnético (como ferro, aço ou cobalto) é colocado no meio da bobina.
A intensidade de campo magnético em uma bobina depende da intensidade da corrente que flui nas suas
espiras e do número de espiras. Diz−se que uma bobina com n espiras percorrida por uma corrente i tem uma
força magnetomotriz, fmm dada por
fmm = ni
3 Eletromagnetismo 10
Introdução à Engenharia Elétrica
A força magnetomotriz é expressa em Ampere−espiras (Ae). Se as espiras de uma bobina fossem afastadas a
fmm permaneceria a mesma mas o campo magnético ficaria mais fraco. Este comportamento é representado
por uma grandeza chamada intensidade de campo magnético, H, que é a fmm expressa por unidade de
comprimento, ou seja, em ampere−espiras por metro:
H = fmm/l
fmm = R/φ
Como a resistência elétrica, a relutância também pode ser expressa em função do comprimento, área
transversal e tipo de um material:
R = l/(µA)
onde o tipo de material está representado pela sua permeabilidade , µ. A permeabilidade é a capacidade que
cada material tem de permitir o estabelecimento das linhas de força magnética (o análogo à resistividade).
Comumente, a permeabilidade de um material é apresentada relativamente à permeabilidade do ar µ0. A
permeabilidade relativa µr de um material é dada pr
µr = µ/µ0
Os diversos materiais são classificados de acordo com sua permeabilidade relativa aproximadamente da
seguinte forma:
• Materiais Diamagnéticos (µr<1): bismuto, antimônio, cobre, zinco, mercúrio, ouro, prata.
• Materiais Paramagnéticos (1<µr<10): alumínio, platina, manganês, cromo.
• Materiais Ferromagnéticos (µr>100): ferro, aço,níquel, cobalto.
3.2 Eletromagnetismo 11
Introdução à Engenharia Elétrica
Quando o movimento cessa, não há variação do fluxo e por isso não há tensão induzida. Este fenômeno pode
e é usado na geração de energia elétrica a partir de energia mecânica.
A Lei de Faraday
O valor da tensão induzida depende da velocidade com que o condutor atravessa o campo magnético ou, mais
precisamente, da taxa de variação do fluxo magnético. Mais que isso, se o condutor for enrolado na forma de
uma bobina, a tensão resultante será a soma das tensões induzidas em cada segmento da bobina que atravessa
o campo; quanto mais espiras mais tensão. A Lei de Faraday resume estas dependências:
vind = N ∆φ/∆t
A Lei de Lenz
A corrente induzida é no sentido de produzir um fluxo que se oponha à variação do fluxo que a gerou. Esta é a
Lei de Lenz. Quando surge uma corrente produzida por uma tensão induzida, esta corrente cria um campo
magnético em torno do condutor. Por sua vez, o campo criado tende a compensar a variação do campo
externo. Pode−se usar a regra da mão direita para determinar em qual sentido deve a corrente fluir para gerar
um fluxo no sentido contrário à variação do campo externo. Na figura anterior a corrente induzida tende a
empurrar o imã para longe da bobina.
O mesmo fenômeno eletromagnético usado ao contrário é conhecido como o princípio do motor. Neste caso,
faz−se com que a corrente flua por um condutor imerso em um campo magnético. O campo magnético que é
induzido em volta do condutor por causa da corrente interage com o campo externo fazendo com que o
condutor se mova. O movimento resultante pode então ser usado para os mais diversos fins.
Se alguma força fizer a espira girar com velocidade angular ω o angulo da figura será igual a ω∆t. Como
resultado, o campo magnético no interior da espira terá variado desde zero até uma percentagem do valor
máximo. O valor máximo ocorre quando a espira está em posição perpendicular ao fluxo de modo que o
maior número possível de linhas de campo a atravessam. No caso da figura, o fluxo na situação final é igual a
φ = sen ω∆t
Se a espira tivesse se movido no outro sentido as linhas de campo a atravessaria por "trás" gerando uma fem
com polaridade invertida.
Então, considerando que a espira gira com velocidade constante, a tensão induzida tem a forma de uma
senóide e alcança seu máximo quando a espira está perpendicular ao campo. Os dois mínimos da senóide
ocorrem quando espira e campo estão paralelos.
4.3 Comutação
Um comutador é um dispositivo colocado em um dos lados de uma bobina, fechando o circuito. Considere o
comutador da figura a seguir.
4 Motores e Geradores 13
Introdução à Engenharia Elétrica
Durante toda a primeira meia volta da espira a tensão vind sobre a carga permanece a mesma, como se não
houvesse o comutador. Exatamente no ponto onde a tensão induzida na espira troca de sinal o comutador
força também uma troca de sinal, invertendo as extremidades da espira que estão conectadas à carga. O
resultado líquido mostrado na figura é que a tensão não muda de sinal mas retoma a tendência ascendente do
início. A comutação se repete a cada meia volta.
Com a adição de um comutador mais sofisticado é possível aproveitar sempre a espira que possui maior
tensão induzida, reduzindo a variação. Com a adição de diversas espiras e um comutador ainda mais
sofisticado pode−se obter uma curva como a que segue, onde praticamente não há variação de tensão. Assim
produz−se uma tensão que poderá alimentar cargas projetadas para trabalhar com corrente contínua. Este é o
sistema de funcionamento dos geradores CC e também dos motores CC.
Para representar estas perdas utiliza−se uma resistência interna quando se faz o modelo do motor. Do ponto de
vista da relação entre entrada e saída estas perdas conduzem a definição do conceito de eficiência ou
rendimento:
4.3 Comutação 14
5 A Equação da Onda
No estudo de corrente alternada é muito importante estar−se acostumado com a equação e as características de
uma senóide, que é a onda resultante da geração de energia elétrica através do magnetismo.
1o = 2π/360
A função seno
l(θ) = sen θ
descreve a altura do triângulo da figura. Uma senóide é o formato da curva que mostra a variação desta algura
com relação ao ângulo, como na figura
Supondo que a espira esteja rodando a uma velocidade de ωradianos/s, tem−se que o ângulo varia à medida
que o tempo passa. Partindo de 0, o valor do angulo chega a ωt ao final de t segundos. Ou seja:
θ=ωt
5 A Equação da Onda 15
Introdução à Engenharia Elétrica
Assim, a função seno pode ser reescrita com base no tempo transcorrido:
l(t) = sen ωt
Se o comprimento da espira for aumentado por um fator L, todo o triângulo que se está considerando
aumentará por este fator:
l(t) = L sen ωt
v(t) = VM sen ωt
A tensão induzida atinge seu valor máximo quando sen ωt = 1, ou seja, toda vez que ωt = 90o. O valor
máximo é VM. Da mesma forma, a tensão atinge seu valor mínimo em intervalos regulares. O valor mínimo é
−VM.
Toda a vez que a espira completa uma volta (360o) a tensão retorna ao seu valor inicial. Diz−se que a função
seno completou um ciclo. Período é o tempo necessário para que a espira complete um ciclo.
Em um intervalo de tempo a espira completa um determinado número de ciclos. O número de ciclos por
unidade de tempo é a freqüência. A unidade utilizada para medir a freqüência é o Hertz, que é igual a um ciclo
por segundo. Note que quanto maior a freqüência, maior o número de voltas por segundo e,
conseqüentemente, menor o tempo necessário para completar um ciclo (menor o período). A velocidade
angular é análoga à freqüência mas é baseada na quantidade de radianos percorridos por segundo ao invés de
ciclos por segundo; é a velocidade com que os ângulos são percorridos.
Diz−se que a espira que chega antes ao máximo está adiantada em relação à outra. Reciprocamente, a
segunda espira está atrasada em relação à primeira.
5.5 Fasores
Em circuitos é útil utilizar diagramas de fasores para indicar o módulo de uma tensão ou corrente e seu ângulo
de fase com relação a uma referência. Fasores são similares a vetores mas representam uma funções
senoidais. Em um diagrama fasorial todos os fasores representam tensões ou correntes de mesma freqüência e
, em geral, o ângulos dos fasores são medido com relação à horizontal. O uso de uma mesma referência
permite estabelecer rapidamente as relações de fase entre quaisquer dois fasores do diagrama. Na figura a
seguir estão representadas duas senóides va e vb através de seus respectivos fasores. Note a diferença de
ângulo entre os dois, representando uma diferença de fase, e a diferença de módulo, representando diferentes
valores máximos.
Quando das ondas estão em fase, o ângulo de fase é zero e pode−se somar as duas amplitudes:
5sen(2t+10o)+7sen(2t+10o)=12sen(2t+10o)
Da mesma forma, quando as ondas estão em oposição de fase, suas amplitudes subtraem−se:
5sen(2t+10o+180o)+7sen(2t+10o)= −5sen(2t+10o)+7sen(2t+10o)=2sen(2t+10o)
5.5 Fasores 17
6 Multímetros
6.1 Medidores mecânicos
Os medidores mecânicos são baseados em um dispositivo sensor de corrente conhecido como galvanômetro.
O galvanômetro é um instrumento composto por um imã permanente e uma bobina móvel, organizados
conforme a figura.
A bobina esta coocada dentro do campo do imã permanente e quando há corrente o fluxo produzido por ela
interage com o fluxo do imã produzindo movimento. A rotação da bobina é limitada por uma mola helicoidal
de modo que o movimento do ponteiro é proporcional à corrente aplicada na bobina.
6.2 O amperímetro
O galvanômetro pode ser usado diretamente como um amperímetro, para medir correntes entre zero e o valor
de fundo de escala. Para medição de valores maiores usa−se um divisor de corrente como o mostrado na
seguinte figura na qual passa a ser importante a resistência do próprio medidor.
De acordo com a figura, se o maior valor de I a ser medido for 10A e se está usando um galvanômetro de 9
ohms e que mede no máximo 1A, deve−se acrescentar um resistor em paralelo de 1 ohms. Assim, 9/10 da
corrente passara pelo resistor e apenas 1/10 pelo galvanômetro de modo que a leitura deverá ser multiplicada
por 10. A resistência total de entrada será menor que a resistência interna do galvanômetro.
A adição do galvanômetro em um circuito interfere no mesmo fazendo com que se meça um valor diferente
do desejado. Considere a figura
6 Multímetros 18
Introdução à Engenharia Elétrica
Note que dependendo do valor da resistência do galvanômetro a corrente medida pode ser bastante diferente
da corrente original. Na prática a resistência do galvanômetro é fixa e dependerá do tipo do circuito a
influência do medidor na medida (dependerá de Ro).
6.3 O voltímetro
O galvanômetro também pode ser utilizado para medir tensão. Na figura a seguir considere que se deseja
medir a tensão v.
IM = v/(RS+RM)
IM = v/RS
VM = RSIM
Por exemplo, se é necessário medir tensões até 50V com um galvanômetro cuja corrente de fundo de escala é
0.5A, basta usar uma resistência de 100 ohms e garantir que a resistência interna seja bem menor que 100
ohms.
Como no caso do amperímetro, o voltímetro também pode influênciar no circuito que está sob teste,
desvirtuando a medida. Note que a resistência de entrada (interna) do voltímetro dependerá grandemente da
escala que se está utilizando. Por isso aos voltímetros é atribuida uma quantidade chamada sensibilidade, S,
que indica qual a resistência interna para cada escala. A sensibilidade é igual ao inverso da corrente de fundo
de escala. Assim
Por exemplo se a sensibilidade é 100 ohms por volt então, em uma escala de 5V, a resistência sera 500 ohms.
Lembre que se o valor for pequeno demais ele poderá influenciar na medida a ser feita.
6.2 O amperímetro 19
Introdução à Engenharia Elétrica
6.4 O ohmímetro
Ohmímetro é o instrumento usado para medir resistência elétrica. Um ohmímetro é baseado em um
galvanômetro e a resistência a ser medida é convertida em corrente elétrica usando uma bateria e um resistor
auxiliar. A figura a seguir mostra o circuito usado em um ohmímetro simples para medir a resistência Rx. O
resistor Ro é usado para limitar a corrente (por exemplo, no caso de Rx = 0) e para ajustar o medidor às
possíveis variações na tensão da bateria (por exemplo, devido ao desgaste com o tempo).
Para resolver este problema utilizam−se circuitos eletrônicos anteriores ao galvanômetro que impedem que a
corrente mude de sinal. Esse procedimento é chamado retificação de meia onda. O efeito deste procedimento
sobre uma senóide é mostrado na figura a seguir.
Nesta figura pode−se ver também um outro tipo de retificação chamada retificação de onda completa. Neste
caso os valores negativos são convertidos em valores positivos.
Após a devida retificação a corrente percorre o galvanômetro. Como o ponteiro não consegue acompanhar a
variação da corrente, o valor indicado seria o valor médio. Nos multímetros, no entanto, a escala é construída
para indicar valores eficazes ou rms. Este valor eficaz só é válido para senóides.
Os medidores digitais sempre apresentam o resultado com um número fixo de dígitos. Comumente
utilizam−se 4 digitos. É possível que haja um quinto dígito, chamado 1/2 dígito, que só pode ser 0 ou 1.
Assim, um multímetro de 4 e 1/2 dígitos pode mostrar até 19999 além de um ponto decimal. Em uma escala
de 1V o multímetor pode representar 1.9999V, com quatro casas decimais.
6.4 O ohmímetro 20
7 Padrões Elétricos
7.1 Sistema internacional de unidades
Em eletricidade usa−se o sistema métrico internacional de unidades ou SI. As unidades fundamentais do SI
são:
Outras unidades usuais podem ser deduzidas a partir das fundamentais e das suplementares. São elas:
7.2 Potências de 10
Freqüêntemente utilizam−se valores muito pequenos de corrente elétrica como por exemplo 0.00001A. O
mesmo acontece com outras grandezas como resistência: 1000000Ω. Uma forma mais compacta de se
escrever valores muito grandes ou muito pequenos é usando potências de 10. Algumas potências de 10 são
0.000
10−6
001
10−5
7 Padrões Elétricos 21
Introdução à Engenharia Elétrica
0.000
01
10−4 0.000 1
10−3 0.001
10−2 0.01
10−1 0.1
100 1
101 10
102 100
103 1 000
104 10 000
105 100 000
1 000
106
000
O uso das potências de 10 consiste simplesmente em multiplicar de dividir um valor por uma destas potências.
Por exemplo:
7.3 Prefixos
Correspondendo a várias potências de 10 foram definidos prefixos que simplificam ainda mais a notação. Eis
alguns deles:
10−24 yocto y
10−21 zepto z
10−18 atto a
10−15 femto f
10−12 pico p
10−9 nano n
10−6 micro υ
10−3 mili m
103 quilo k
106 mega M
109 giga G
1012 tera T
1015 peta P
1018 exa E
1021 zeta Z
1024 yota Y
Os prefixos micro e nano são muito usados em eletrônica para medir capacitâncias, por exemplo 10υF ou
100nF. Para medidas de correntes costuma−se usar micro e mili enquanto usam−se quilo e mega para
resistências. Outros exemplos:
7.2 Potências de 10 22
Introdução à Engenharia Elétrica
• 0.003A = 3A x 10−3 = 3mA
• 0.000 03F = 0.03F x 10−3 = 0.03mF = 30υF
• 3000Ω = 3Ω x 103 = 3kΩ
Exemplos
Em geral, apenas uns poucos valores de resistores e seus múltiplos são fabricados e comercializados. Os
valores mais comuns são: 10, 12, 15, 18, 22, 27, 33, 39, 47, 56, 68, 79 e 82.
7.3 Prefixos 23
8 Indutância
8.1 Definição
Indutância é a capacidade que um condutor possui de induzir tensão em si mesmo em resposta à uma variação
de corrente. A indutância é medida em Henries, H, e 1 Henry é o valor de indutância que induz 1 volt quando
a corrente varia 1 Ampere por segundo.
vL = L ∆i/∆t
ou seja:
Leq = L1+L2
ieq = i1+ i2
Assim sendo, se ieq aumentar, i1 e i2 também deverão aumentar, para manter a relação acima. Ou seja:
8 Indutância 24
Introdução à Engenharia Elétrica
Usando
∆i/∆t = vL/L
Em um indutor, a aplicação de tensão produz uma corrente crescente e essa corrente não pode ser impedida de
circular de um momento para outro.
Parte da situação acima está mostrada no primeiro gráfico da figura que segue. No segundo gráfico a tensão
aplicada muda de sinal a cada dois segundos de modo que a corrente passa dois segundos aumentando e dois
diminuindo. Note que se a freqüência de variação aumentar a corrente não terá tempo para alcançar 1A e
quanto maior a freqüência menor o pico de corrente. Uma situação parecida é a do terceiro gráfico no qual a
tensão varia senoidalmente. O resultado é que a corrente também é senoidal e está 90o atrasada.
v = V cos(2πft)
XL = 2πfL
Algum tempo depois, em t= t1, a chave S volta para a posição 0. Toda a tensão que estava sobre o resitor passa
a estar sobre o indutor, ou seja, vL = −vR = −V. Isso significa que a corrente começará a diminuir levando
consigo a tensão vR. À medida que o tempo passa a tensão sobre o indutor diminui fazendo com que o
decréscimo da corrente seja cada vez mais lento, até atingir zero.
No circuito acima, quando a chave passa para a posição 1 a corrente começa a circular pelo resistor fazendo a
tensão sobre o indutor aumentar. A existência da tensão no indutor força o aparecimento de corrente através
dele. Como a corrente fornecida pela fonte é constante, a corrente sobre o resistor diminui até atingir zero
amperes. Neste instante a tensão sobre o resistor, e consequentemente sobre o indutor, é nula forçando a
corrente no indutor a permanecer constante.
i = I sen (2πft)
de modo que
vR = RI sen (2πft)
Para obter a tensão v é necessário somar vR e vL. Essa soma é mais facilmente obtida em termos de fasores,
como na figura. Geométricamente obtém−se
V2 = (XLI)2 + (RI)2
θ = arctan (XLI/RI)
A equação de v é
v = V sen(2πft + θ)
Note que o ângulo de v se aproxima de 90o à medida que Xl aumenta e de 0o quando R aumenta. Além disso,
o valor de V também depende da resitência e da reatâcia indutiva. A relação entre V e I é chamada
impedância, seu símbolo é Z e sua unidade é o ohm:
V = ZI
Z2 = R2 + XL2
Neste caso, procura−se a corrente i. Os fasores são desenhando suponde que o valor máximo de I é conhecido.
Assim, pode−se encontrar a relação entre V e I (impedância Z) e o ângulo de fase. Sabendo que v = V cos
(2πft) pode−se escrever a equação da corrente
O cálculod e I e θ é feito da mesma forma. O importante é que a impedância agora é dada pela equação
I = V/Z
1/Z2 = 1/R2 + 1/XL2
Note também que a referência é a tensão e que a corrente está atrasada em relação a ela (como era o caso para
RL série). A última composição em torno de circuitos RL está apresentada a seguir. A derivação da tensão é
análoga aos outros casos e, por isso, é deixada como um exercício.
O dispositivo capaz de armazenar carga é chamado capacitor. Um capacitor é formado por duas placas
condutoras separadas por um material isolante chamado dielétrico.
Quando se aplica tensão a um capacitor os eletrons migram de uma placa para a outra e, como resultado, o
capacitor fica carregado (existem mais eletrons em uma das placas). Em um capacitor carregado existe uma
quantidade de energia armazenada no dielétrico, sob a forma de campo eletrostático. Se a tensão aplicada for
aumentada, mais eletrons se deslocarão fazendo o capacitor se carregar. Se a tensão for diminuida a corrente
elétrica que aparecerá fará o capacitor se descarregar.
iC = C ∆v/∆t
ou seja:
Ceq = C1+C2
9 Capacitância 29
Introdução à Engenharia Elétrica
veq = v1+ v2
Assim sendo, se veq aumentar, v1 e v2 também deverão aumentar, para manter a relação acima. Ou seja:
Usando
∆v/∆t = iC/C
Em um capacitor, a aplicação de corrente produz uma tensão crescente e essa tensão não pode ser modificada
de um momento para outro.
Parte da situação acima está mostrada no primeiro gráfico da figura que segue. No segundo gráfico a corrente
aplicada muda de sinal a cada dois segundos de modo que a tensão passa dois segundos aumentando e dois
diminuindo. Note que se a freqüência de variação aumentar a tensão não terá tempo para alcançar 1V e quanto
maior a freqüência menor o pico de tensão. Uma situação parecida é a do terceiro gráfico no qual a corrente
varia senoidalmente. O resultado é que a tensão também é senoidal e está 90o atrasada.
i = I cos(2πft)
Note que o válor máximo da tensão depende da freqüência da senóide e da capacitância. À constante de
proporcionalidade entre a tensão máxima que aparece sobre um capacitor e a corrente máxima aplicada dá−se
o nome de reatância capacitiva cujo símbolo é XC:
XC = V/I = 1/(2πfC)
Algum tempo depois, em t= t1, a chave S volta para a posição 0. Toda a corrente que estava atravessando o
resitor passa a percorrer também o capacitor, ou seja, iC = −iR = −I. Isso significa que a tensão começará a
diminuir levando consigo a corrente iR. À medida que o tempo passa a corrente sobre o capacitor diminui
fazendo com que o decréscimo da tensão seja cada vez mais lento, até atingir zero.
No circuito acima, quando a chave passa para a posição 1 a tensão da fonte é aplicada sobre o resistor,
fazendo circular corrente pelo circuito. A passagem de corrente pelo capacitor faz aumentar a tensão sobre ele.
Como a tensão fornecida pela fonte é constante, a tensão sobre o resistor diminui até atingir zero volts. Neste
instante a corrente através do resitor, e conseqüentemente através do capacitor, é nula, forçando a tensão no
capacitor a permanecer constante.
v = V sen (2πft)
de modo que
Para obter a corrente i é necessário somar iR e iC. Essa soma é mais facilmente obtida em termos de fasores,
como na figura. Geometricamente obtém−se
I2 = (V/XC)2 + (V/R)2
θ = arctan ((V/XC)/(V/R))
A equação de i é
i = I sen(2πft + θ)
Note que o ângulo de i se aproxima de 90o à medida que XC diminui e de 0o quando R diminui. Além disso, o
valor de I também depende da resistência e da reatância capacitiva. A relação entre V e I é chamada
impedância, seu símbolo é Z e sua unidade é o ohm:
V = ZI
1/Z2 = 1/R2 + 1/XC2
Neste caso, procura−se a tensão v. Os fasores são desenhados supondo que o valor máximo de V é conhecido.
Assim, pode−se encontrar a relação entre V e I (impedância Z) e o ângulo de fase. Sabendo que i = I sen
(2πft) pode−se escrever a equação da tensão
v = ZI sen(2πft−atan R/XC)
O cálculo de V e θ é feito da mesma forma. O importante é que a impedância agora é dada pela equação
V = ZI
Z2 = R2 + XC2
Note também que a referência é a corrente e que a tensão está atrasada em relação a ela (como era o caso para
RC paralelo). A última composição em torno de circuitos RC está apresentada a seguir. A derivação da
corrente é análoga aos outros casos e, por isso, é deixada como um exercício.