You are on page 1of 4

William Joseph Seymour

Nascido no dia 02 de maio de 1870, em Centerville, Luisiana, William J. Seymour é uma


figura ilustre, sendo considerado o pai do pentecostalismo moderno, era um pregador
vibrante a respeito dos dons espirituais, incluindo a cura divina, e acreditava que falar
em línguas, a chamada glossolalia, era a principal evidência do batismo com o Espírito
Santo.
Filho de dois escravos libertos, Simon Seymour e Phillis Salabar, Seymour nasceu em
um período de extrema intolerância racial e segregação, o pai de William se alistou no
Exército do Nordeste e serviu até o final da guerra civil. Durante a marcha do exército
pelos estados do golfo, Lousiana, Mississipi, Alabama e Flórida ele ficou doente e foi
hospitalizado em Nova Orleans. Pela descrição, ele teria contraído malária ou alguma
moléstia tropical parecida. Ele nunca se recuperaria totalmente.
Logo cedo foi familiarizado com as doutrinas e ensinamentos cristãos, sendo batizado
ainda aos quatro meses na igreja católica, e frequentando a igreja batista junto a sua
mãe quando criança. Apesar de Muitos ditos sobre a vida de Seymour afirmam que ele
era analfabeto. Não é verdade. Ele frequentou uma escola de homens livres em
Centerville e aprendeu a ler e escrever.
Em 1895, com aproximadamente 25 anos, Seymour deixa Luisiana e vai para
Indianápolis, Indiana, enquanto trabalhava como garçom em restaurantes e hotéis de
luxo, ele passou a frequentar a Simpson Chapel Methodist Episcopal Church, uma
congregação afro-americana afiliada à Igreja Metodista Episcopal, predominantemente
branca. Cinco anos mais tarde, em 1900, Seymour se mudou para Cincinnati, Ohio,
onde se juntou ao Movimento de Restauração da Igreja de Deus, conhecidos como Os
Santos da Luz da Noite (movimento que lutava contra a segregação racial dentro das
igrejas e na cura pela fé e uma crença no retorno iminente de Cristo, um evento que
seria indicado pela integração das raças na adoração - uma conciliação que Seymour
tentou realizar, muitas vezes com grande sucesso, ao longo de sua vida pastoral. Foi
nessa mesma época que A varíola o deixou cego de um olho e com marcas na face, e,
pelo resto de sua vida ele usou uma barba para esconder aquelas marcas.
Em 1905 quando estava em Houston, Texas, Seymour ouviu a mensagem pentecostal
pela primeira vez, ele se matriculou na escola bíblica dirigida por Charles Parham
(fundador do movimento Apostolic Faith, constituído por igrejas independentes que
cresceram no sul e no oeste dos Estados Unidos), Por causa das leis de segregação
racial da época, Seymour foi forçado a se assentar no corredor, do lado de fora da sala
de aula. Seymour deve ter sido um homem de um aguçado intelecto. Em poucas
semanas ele se tornou bastante familiarizado com os ensinos de Parham, que observou
que ele também podia ensinar. Entretanto, não recebera o batismo com o Espírito
Santo com a evidência de falar em línguas. Parham e Seymour dirigiram, juntos,
reuniões em Houston, com Seymour pregando para auditórios negros enquanto
Parham pregava para grupos de brancos.
Com apoio financeiro de Parham, em 1906 Seymour foi para Los Angeles, convidado
por Neeley Terry, que falou sobre um movimento de santidade que estava acontecendo
na cidade. Mas a ligação com Parham foi corroída após Seymour dar início ao
movimento pentecostal, cujas reuniões foram duramente criticadas por Parham.
Em Los Angeles, Seymour foi convidado a pregar na igreja de Julia M. Hutchins, que
estabeleceu uma nova congregação depois de ter sido expulsa da Segunda Igreja
Batista por causa de sua visão de santidade. As visões de Seymour e Hutchins não
estavam alinhadas, especialmente sobre a glossolalia, o que fez com que ela o
impedisse de continuar ministrando em sua igreja. Sua pregação também não agradou
alguns anciãos que não aceitaram o ensinamento de Seymour, principalmente porque
ele não havia experimentado o que estava pregando. A Associação da Igreja de
Santidade do Sul da Califórnia também condenou a mensagem de Seymour.

Rua Azuza
Mudando para a casa de Edward Lee, um zelador de um banco local, Seymour
começou a ministrar a um grupo de oração que estava se reunindo regularmente na
casa de Richard e Ruth Asbery, na Rua Bonnie Brae, 214. Asberry também tinha um
emprego de zelador. A maioria dos adoradores eram afro-americanos, com algumas
visitas ocasionais de brancos. Finalmente no dia 09 de abril, Após cinco semanas de
pregação e de oração de Seymour, Edward Lee falou em línguas pela primeira vez.

Entusiasmado com a experiência de Lee, Seymour compartilhou seu testemunho e


pregou sobre Atos 2, quando, no mesmo culto, outras seis pessoas começaram a falar
em línguas, incluindo Jennie Moore, que mais tarde se tornaria a esposa de Seymour.
Três dias mais tarde seria a vez de Seymour pela primeira vez falar em línguas, depois
de orar uma noite inteira. O grupo cresceu rapidamente e, ainda em 1906, foi para um
prédio antes ocupado pela Igreja Metodista Episcopal Africana, na Rua Azuza 312. O
local estava sendo usado como depósito e estábulo, o que exigiu uma grande limpeza,
feita pelos próprios membros.
A casa recebeu móveis de igreja improvisados. O púlpito foi feito com dois caixotes
pregados e os bancos eram de tábuas pregadas em barris vazios. Seymour fez sua casa
no andar de acima da igreja e começou a realizar cultos três vezes por dia, sete dias por
semana. Uma equipe de voluntários, incluindo negros e brancos e homens e mulheres,
ajudava Seymour na realização dos cultos na nova congregação, chamada Missão de Fé
Apostólica. As reuniões no local começaram em 14 de Abril de 1906 e continuaram até
meados de 1915.
Em 17 de abril, o jornal Los Angeles Daly Times enviou um repórter ao local do
reavivamento. Em seu artigo ele malhou a reunião e o pastor chamando os
frequentadores de “uma nova seita de fanáticos”, de Seymour disse: “um velho
exortador”. Ele zombou das línguas estranhas: “Uma esquisita babel de línguas”.
Mais importante do que suas críticas, foi o tempo providencial da sua visita. O artigo
foi publicado no mesmo dia do grande terremoto de São Francisco. Californianos
daquela região foram pegos de surpresa e com grande temor achavam que o
reavivamento era o cumprimento das profecias do dia do Grande Juízo Final.
Imediatamente, Frank Bartleman, um evangelista intinerante, publicou um folheto
sobre o terremoto. Milhares de folhetos, sobre o cumprimento das profecias, foram
distribuidos. Logo, multidões se apertaram na Rua Azuza. Um recepcionista disse que
mais de mil pessoas lotavam a propriedade. Centenas enchiam o pequeno prédio.
outros assistiam do lado de fora, entupindo aquela rua.
Com a ajuda de um estenógrafo e um editor, a Missão começou a publicar um jornal,
“A Fé Apostólica”. Os Sermões de Seymour eram transcritos e impressos junto com as
novidades sobre reuniões de muitos missionários que estavam sendo enviados. Os
escritos literalmente espalharam a mensagem Pentecostal através do Globo.
Circularam mais de 50.000.
Era muito comum o perdido ser salvo, o doente curado, o endemoninhado liberto,e
quem buscava saía batizado com o Espírito Santo na mesma reunião. Muitos dos
pioneiros do movimento Pentecostal receberam o Santo batismo adorando nas
pranchas de casca de madeira no altar da Rua Azuza.

Fim da vida
A Notable Biographies registra que Seymour passou os últimos anos de sua vida
viajando pelo país, falando principalmente para o público negro. Em 1915, ele publicou
um manual, As Doutrinas e Disciplina da Missão de Fé Apostólica da Rua Azuza de Los
Angeles
Em 28 de setembro de 1922, Seymour morreu de um ataque cardíaco repentino em
Los Angeles. Ele foi enterrado no Cemitério Evergreen em East Los Angeles.
William Seymour morreu antes de realizar muitos de seus objetivos. Ele planejou
estabelecer escolas e missões de resgate e formar outras congregações, mas esses
sonhos nunca se realizaram. Ainda assim, apesar do rápido declínio em sua influência,
Seymour teve um tremendo impacto no movimento pentecostal, que cresceu para
incluir mais de meio bilhão de crentes em todo o mundo. Na verdade, o Reavivamento
da Rua Azusa é frequentemente citado como uma das raízes do pentecostalismo
moderno.
Referências bibliográficas
• https://guiame.com.br
• https://semprelouvandoaodeuseterno.wordpress.com
• https://pt.wikipedia.org

You might also like