You are on page 1of 21
Segunda-feira, 18 de Outubro de 2021 ARIO DA REPUBLICA ORGAO OFICIAL DA REPUBLICA DE ANGOLA Prego deste niimero - Kz: 1.700,00 Toa @ corespondeia, quer ORCA quer telativa a snincio © aninalums do «Disio da Repiblices, deve ser diisida 8 impr | a. seg erice NATURA 1 pres de cada Ta pb ica wos Dios Ano | da Republica 1*€2° sate & de Kz: 7800 epara Ke: 1469 391.26] 9 3° see Kz: 95.00, acrecido do rexpectivo| Nace = ED, Ln, i Henig de ee a ED see x 85768120 | imponto cdo sel, depenendo wpa do corinne gore = ip: | 82! ee 4512957 | "sede deg itopivioncfeur na ee tegen AB ee 36052954 | dn ingrneaNaciol-E SUMARIO ‘Traa-se de um exigent desafo,conseaid pelo exfaryo a « conjuzado com o acesso aos recursos tecnalogicos e x05 Assembleia Nacional ‘equipamentos modems indispensaveis 20 funcionamento Lainsz221 DoPassaperte Angclano edo Reine de Said ¢ Ealrada dos Cidados ‘Nacional: — Revoua tolaalessag20 que contra o disposto na presente Le. Letne 2321: Sobre o Regime Juridico do Cadastro Predial. — Revogs toda 4 Tegslagio. que contarie a presente Li, nomeadamente 0 Despacho n° 9/78, de 12 de Dezembro Letns 2421: ‘Do Banco Nacional de Angola. — Revoga a Lei n® 16/0, de 18 de Julho — Lei do Banco Nacional de Angola, e toda a esnlas80 ie outorie a presente Lei Lein 2821: ‘De Delinitagho da Actvidade Econdenicn — Revaga a Lei n® 02 de 16 de Abril, de Delaitago de Sectores da ActivdadeEconémnica demas egislagho que contavie disposto ma presente Le Letn 2621 Que alten a Lal n® 1/07, de 14 de Maio Comercinis Lei das Actividades ASSEMBLEIA NACIONAL Lein® 2221 de 18de Outubro (Os movimentos migratérios 4 escala mundial tém exigido dos Estados a adopgao de uma gestao orientada para a qua- lidade e inovagio tecnolégiea dos dispositivos de controlo nos postos de fronteira e concomitantemente, a necessidade de colacar ao servigo dos cidados e da comunidade interna- cional, documentos de viagem com alto nivel de seguranga, Acompanhando essa. inevitivel marcha omundial, 0 Estado Angolano assume a responsabilidade de colocar em, cireulagio o passaporte biemétrico, do Sistema de Informagao que suporta a concesslo e emis- sao do Passaporte Angolano. A Asscmbleia Nacional aprova, por mandate do pevo, nos tenmos do n° 2 do artigo 165° da Constituigio. da Republica de Angola, a seauinte LEI DO PASSAPORTE ANGOLANO. EDO REGIME DE SAIDAE ENTRADA DOS CIDADAOS NACIONAIS CAPITULO! Disposigoes Gerais, ARTIGO 1 covjecto) A presente Lei regulaa emiss0 ¢auilizagao do Passaporte Angolano, suas caractristicas, categorias € condigdes de sear ranga ¢ define 0 Regime de Saida © Entrada dos Cidadaos Nacionais. AKTIGO2* ‘mbit de alieario) 1. A presente Lei aplica-se & emissio e a utilizagio do Passaprte Angolao, bem como ao Reaime de Saida € Entrada dos Cidadaos Nacionais, 2.A presente Lei aplica-se também a emissio ¢ utiliza- ‘io de titulo de viagem para refugiados € salvo-conduto, ‘em conformidade com o disposto na Lei ¢ nos Tratadlos Intemacionais sobre © Direito de Asilo © © Estatuto do Refugiado, 7960 DIARIO DA REPUBLICA ARTIGO 42° (Entrada em vison A presente Lei entra em vigor 180 dias apés 2 data da sua publicagio. Vista © aprovada pela Asscmbleia Nacional, em Luanda, aos 24 de Margo de 2021, © Presidente da Assembleia Nacional, Fernando da Pedade Dias dos Santos. Promulzada aos 4 de Outubro de 2021, Publique-se, © Presidente da Repiblica, Joio Manus Gongatves Loumex¢o, (21-8044-B-AN) Lein® 2424 de Ide Outubro Considerando que o actual quatro de desenvolvimento econémico e social impose 0 reforgo das instituigoes publi- cas como garante da construgao de um Estado de Direito e tendo presente as alteragies introduzidas na Constituigao da Repiblica de Angola, ao conferir a independéncia do Banco Nacional de Angola, nos planos institucional, funcional, ‘administrative, finnceiro ¢ patrimonial, que passam pela adequagao de um conjunto de instrumentos legais, em parti> cular a Lei do Banco Nacional de Angola, visando asseaurar a autonomia do Banco Central, no ambito da sua missio constitucional de garantir a estabilidade de pregos € a pre~ servagao do valor da moeda nacional, enquanto autoridade monetiria: ‘Tendo em conta @ autonomia institucional do Banco ‘Nacional de Angola em garantir a estabilidade do sistema financeito; Considerando que anecessidade de se reforgar as atribui- es do Banco Nacional de Angola pressupde a existéncia de um modelo de govemanga adequado e ajustado as boas priticas dos Bancos Centrais, A Assembleia Nacional aprova, por mandato do povo, nos termos das disposigéies combinadas da alinea b) do artigo 161.° ¢ don” 1 do artigo 166.°, ambos da Constituigao da Republica de Angola, a seguinte: LEI DO BANCO NACIONAL DE ANGOLA. CAPITULO T Natureza, Sede e Missiio ARTIGO LS (Natureza) © Banco Nacional de Angola, abreviadamente desig- nado por «BNA», éuma pessoa colectiva de direito pablico, dotada de autonomia institucional, administrativa, financeira patrimonial, ARTIGO 2 (ede) (0 Banco Nacional de Angola tem a sua sede em Luanda, podendo ter delegagdes em outras localidades do Pais, bem como quaisquer outras formas de representagao no cestrangeiro, ARTIGO 3° Aisne) © Banco Nacional de Angola, como Banco Central ¢ ‘emissor da Republica de Angola, tem como missto princi- pal garantir a estabilidade de pregos de forma a assegurar fa preservaco do valor da moeda nacional, nos termos da Constntigao € da lei e, como misao secundaria, assegurar a cstabilidade do sistema financeiro. CAPITULO IT Capital Soctal ARTIGO4* (Capita © capital do Banco Nacional de Angola é de Kz 170 000 000 000,00, integralmente realizado pelo Estado, nao podendo ser redtuzido, transferido nem onerado. AKTIGO 5° (umento do capita soa 1. 0 capital social do Baneo Nacional de Angola pode ser aumentado, por incorporagao de reservas ou nos termos do disposto no n° 1 do artigo. 90° 2. © aumento do capital social do Banco Nacional de Angola € realizado por proposta do Conselho de Administragio ¢ ratificado pelo Fresidente da Republica, ‘enquanto Titular do Poder Executive, CAPITULO IIT Enissio Monetaria ARTIGOS* (Banco emissor) 1. © Banco Nacional de Angola tem a exclusividade de ‘emissio de notas € moedas metélicas, em formato fisieo, digital ow outro, as quais tém curso legal e poder liberaté- rio itimitado. 2. 0 poder liberatério das notas e moedas metiticas € ‘estabelecido em lei propria. 3. 0 Banco Nacional de Angola tem, igtalmente, 2 ‘esclusividade de emissao de moedas comemorativas 4. O regime juridico da emissio, preservacao, destruicao cetroca da moeda é definido por lei propria, ARTIGO7" ‘impresio cunhingem denotes ¢ moedas) © Banco Nacional de Angola toma as providéncias necessarias para impressio de notas ¢ eunhagem de moe ddas metilicas € de todos os assuntos @ elas concementes, bbem como para a seguranca e salvaguarda de notas e moe das metalicas nao emitidas, ¢ ainda a eustédia e destiigao, conforme necessario, das chapas, matrizes e das notas reti- radas de circulagio, 1 SERIE — N° 197 —DE 18 DE OUTUBRO DE 2021 7961 ARTIGO 8° (Colas ¢ moedas em eiralaci) 1. Consideran culagio, as que forem entregues, pelo Banco Nacional de Angola, no exereicio das suas flungaes, a terceiros ¢ conti- hnuem em poder destes, sem que tenha decorrido 0 prazo de troea fixado no n.° 1 do artigo 10° 2. Aresponsabilidade do Banco Nacional de Angola res- lringe-se as notas € moedas metélicas em circulagio, sem prejuizo do disposto no n.° 3 do artigo 10° ARTIGO 9° (Caractevistcas de notas¢moedas) se notas © moedas metilicas em ci 1. Sob proposta do Banco Nacional de Angola, o tipo de notas e das moedas metalieas e suas respectivas caracterist ‘eas gerais, so apresentadas pelo Titular do Poder Executivo ‘ aprovagao da Assernbleia Nacional 2. Para efeitos do disposto no mimero anterior, com- pete ao Banco Nacional de Angola definir, por Aviso, as caracteristiscas de seguranga das notes € moedas metalicas, incluindo o resp ectivo substracto. 3. As notas t€m a data da emissiio geral e silo assina- das, por chancela, pelo Governador do Banco Nacional de Angola ARTIGO 10° (Coca de notase mows) 1, 0 Banco Nacional de Angola fixa € ammcia publi- camente o prazo em que devem ser trocadas as notas ou imoerlas metalicas que venham a ser retiradas de circulacto, 2. Findo © prazo fixado nos termos do niimero anterior, ‘as notas e moedas metilicas retiradas de circulagio, perdem © poder liberatério ¢ o seu curso legal em todo o territério nacional, sio abatidas circulagio, 3. Sem prejuizo do disposto no numero anterior, o Banco ‘Nacional de Angola recebe e paga as notas e moedas mela licas retiradas de cireulagio, durante o prazo de 5 anos, a contar do prazo referidono n 1. aRTIGO 11 (Notas e moedas dterioradss) [As nolas € moedas metilicas que, no acto da troca, se apresentarern, nomeadamente, perfuradas, cortadas, partidas ou com qualquer marca impressa ou que mostrem sinais de terem sido utilizados para fins nao monetarios, apenas pode ro ser aceites pelo Banco Nacional de Angola, nos termos © condigdes definidos por este ARTIGO 12° (CApreensiodenotas) 1, © Banco Nacional de Angola procede a apreensio de todas as notas € moedas, suspeitas de contrafacgio ou de falsificagao ou alteragfo do valor facial, que lhe sejam apre- sentadas, lavrando auto do qual conste a identificagio das rnotas ¢ do portador, bem como os fundamentos da suspeita. 2, Sein prejuizo do disposto no ntimero anterior, as notas © moedas expressas em moeda nacional ou estrangeira cuja falsidade seja manifesta ou haja motivo bastante para ser presumida, quando apresentadas as instituigdes financeiras no Ambito das respectivas actividades devem ser retidas e ‘enviadas as autoridacdes competentes em razio da materia. 3. 0 disposto no mimero anterior € aplicdvel a outras centidades habilitadas a realizar operagées de cmbio manual demoed 4. O auto referido no n* 1 € remetido as autoridades ‘competentes, para efeitos de tratamento nos terrnos da lewis Iago penal 5. © Banco Nacional de Angola pode recomrer directar mente a qualquer mutoridade, ou agente desta, para os fins previstos no presente artigo. ARTIGO 13° (Reproduce ou imitagao de nots) 1. E proibida a reproducto ou imitagao, total ou parcial, ddenotas e moedas, qualquer que seja 0 processo técnico uti lizado, bem como a distribuigio dessas reprodugies 2. Sem prejtizo do disposto no numero anterior, arepro- hugo e distribuicio de notas, aque refere o mimero anterior, somente pode efectuar-se nos termos, genérica ou casuisti- ‘camente, permitidos pelo Banco Nacional de Angola, 3. B, igualmente, proibida a simples feitura de chapas, imaltrizes, programas informaticos ou outros meios téenicos ‘que permitam @ reproducao de notas, em contravengao a0 dispostorno presente artigo, 4. AS infracges ao disposto nos m1 € 3 s40 sanciona- das nos termos do Cédigo Penal. agriG M* (Canteavengoes) 1. Constituem contravencoes: 4) A infiacgio ao disposto no n° 2 do artigo 13°, correspondendo-tie multa de Kz: $65.500,00 (citocentos € sessenta € cinco mil € quinhentos Kwanzas), a Kz: 2 019 500,00 (dois milhoes, dezanove mil € quinhentos Kwanzas) ou de Kz: 1 731 000,00 (um milhao, setecentos ¢ trinta eum mil Kwanzas), a Kz: 20 195 000,00 (vinte ‘milhes, cento € noventa e cinco mil Kwanzas), consoante 0 agente seja pessoa singular ou pessca colectiva; b) A infiacgio ao disposto no ns 3 do artigo 13°, correspondendo-the multa de Kz: 577,000,00 (quinhentos e setenta © sete mil Kwanzas), @ Kz: 1 731 000,00 (um milhio, setecentos € ‘rinta © um mil Kwanzas) ou de 1 442 500,00 (am milhao, quatrocentos © quarenta ¢ dois mil © quinhentos Kwanzas), a Kz: 14 425 000,00 (catorze milhoes, quatrocentos € vinte ¢ cinco mil Kwanzas), consoante 0 agente seja pessoa singular on pessoa colectiva; 7962 DIARIO DA REPUBLICA ©) A inobservancia do disposto no n° 2 do antigo 12°,¢punivelcommulta deKz:577 000,00 (quinheatos ¢ seteata ¢ sete mil Kwanzas), a 2:1154000,00 (ummilho, eento ecinquentae quatromil Kwanzas) ou deKz: 1 154 000,00 (un illo, centoecinquentaequatromil Kwanza), a Kz: 1 731 000,00 (am milo, setecentos e trinta € um mil Kwanzas), consoante © agente seja pessoa singular ou pessoa colecti @ A violagao 20 disposto no artigo 17°, € punivel com malta de até 100 vezes o valor facial da nota ou: moeda destruida, sem prejuizo de outras sangSes legalmente aplicaveis. 2. Sendo as contraveng6es definidas no presente artigo cometidas por pessoa singular no ambito de trabalho por conta de outrem, camo membro de érgio de uma pessoa colectiva ou como representante legal ou voluntitio de outrem, a entidade patronal, a pessoa colectiva ot o repre- sentado podem ser, cumulativamente, responsablizados como infiactores. 3.A tentativa ea nezligencia sao puniveis. 4. Compete a0 Banco Nacional de Angola © processa- ‘mento das contravengdes previstas no presente artis, bem como aplicacao das correspondentes sanBes 5.E subsidiariamente aplicavel a Lei do Regime Geral das Insttuicdes Financeiras 6. 80b proposta Banco Nacional de Angofa, 0 Tinslar do Poder Executive pode alterar os limites minimos e maximos das multas previstas no presente artigo. ARTIGO 1S° (prema edestrigio) Como sangio acesséria das contravengdes previstas no artigo anterior, o Banco Nacional de Angola pode apreen- dere destruir as reprodugoes, chapas, matrizes, hologramas, programas informaticos ¢ demais meios ARTIGO 16° Retarma de nots) ‘Nao € permitido o processo judicial de reforma de notas. ARTIGO 17° (Desrulga de nota) Apenas ao Banco Nacional de Angola ¢ permitido proce der a destmuigao de notas, nos tenmos da lexislagio aplicavel. CAPITULOIV Fungoes do Banco Central secckor Disposicaes Gerais ARTIGO 18° (une gers) 1. Sem prejuizo de outras competéncias legalmente pre- vistas e, para efeito da prossecugo da missao referidas no artigo 3°, compete ainda ao Banco Nacional de Angole: @) Definir, conduzir ¢ implementar a politica mone- ‘via: ) Set o financiador de tltima instancia e autoridade de supervisio macroprudencial, ©) Definir, conduzir ¢ implementar a politica cambial de acordo como regime cambial estabelecido no Pais, @ Actuar como banqueiro do Estado, ©) Asir como intermeditio, nas relagdes monetérias internacionais do Estado: f Deter e gerr os activos offciais de reserva externa do Pais ou outros que lhe estejam acometidos; g) Aconselhar 0 Executivo nos dominios eeonémico € financeiro, no ambito das suas stribuigdes incluindo na definigo da politica legislative relativa a0 Sector Financeiro e, em particular, 10 Sector Bancério e no bancario sujeito a sua Jmisdigao; Jy Supervisionar, superintender ¢ administrar 0 Sis- tema de Pagamentos de Angola, ‘) Regular, licenciar, resistar © supervisionar insti- tuigdes financeiras, conforme especificado na presente Lei levistago aplicével; © J) Resolver insituigdes financciras, conforme especi- ficado na presente Lei ¢ leaislagao aplicdvel 2. Para efeitos do disposto na alinea d) do miimero ante= rior, o Banco Nacional de Angola pode @) Receber receitas do Estado € pagar as suas despe- sas até ao limite dos fundos a sta guard, ») Bfectuar transferéncias de fimdos que the sejam ordenaclas pelas entidades competentes 3. Para efeitos do disposto na alinea a) do n® 1, compete ‘90 Banco Nacional de Angols, nomeadamente 4) Analisara leaislagao ¢ rexulamentacio ean vigor, ») Patticipar na elaboragio de projectos de Diplomas Legislativos ou Regulamentares; ©) Apoiar a representagao intemacional do Estado, ¢, @) Prestar apoio técnico e emitir pareceres, por soli- citagio do Poder Executivo, sobre quaisquer Aisposigdes legais ou regulamentares, relativas 0 Sector Financeiro © aos destinatérios dos poderes do Banco Nacional de Angola 4. Compete igutalmente ao Banco Nacional de Angola 4a) Garantir ¢ assegnrar um sistema de informa- (80, compilagao ¢ tratamento das estatisticas ‘monetirias, financeiras © cambiais € demais documentaedes, nos dominios da sua actividade, por forma a servir como instramento eficiente de coordenagdo, gestio e controle naqueles domi- nios; ) Elaborar e manter actnalizado o resisto completo a divida externa privada do Pais; ¢ ©) Blaborar a balanga de pazamentos externos do Pais. 1 SERIE — N° 197 —DE 18 DE OUTUBRO DE 2021 7963 ARTIGo Andependnca) 1. © Banco Nacional de Angola ¢ independente na pros- secugtio das stribuigdes © no exercicio dos poderes a si cometidos, cabendo-lhe, em especial: a) O direito institucional de livremente decidir a ovientagao das sas actividades: bj) Decidit, nomeadamente, sobre a formulagio © ntilzaso dos instramctosrelevants na cone so, execigio © gestio das politicas menetiia, Fnanceita, de erédito e cambial, bem como do sistema de pagamentos, no estrito respeito pela Constitsigao e pela i. 2. E vedada a emisso de directivns aos egos dirizen- tes do Banco Nacional de Angola sobre a sua actividade, sa estraura, fincionamento, tomada de deciséo, on sobre as prioridades a adoptar na prossecugao das atribuigdes constitucional ¢ legalmente definidas, por parte do Poder Executivo ou de qualquer entidade pblica ou privada ARTIGO 20° ireito informa) 1. © Banco Nacional de Angola pode solicitar a qualquer entidade, publica ot privada, que the sejam fore necidas, directamente, as informagdes necessiries para 0 cumprimento do estabelecido nos nimeros anteriores, ou or motivo relacionados com as suas atribuigdes em materia de politica monetaria, inanceira, de crédito e cambial € do funcionamento do sistema de pagamentos, regulando-os, fis calizando-os e pramovendo a sua eficiéncia e eficdcia. 2. A recusa da prestagao de informagoes prevista no ‘mimero anterior, bem como a falsidade das mesmas sio pumidas, respectivamente, com as penas aplicaveis aos er imes de desobedigncia e de falsas declaraeGes, nos termos do Cédigo Penal ARTIGO 21° (Sistema de pagammentos) Compete ao Banco Nacional de Angola a superintendén- cia, regulagio e fiscalizacio do sistema de pagamentos, bem como a supervisio prudencial e comportamental das institui- ¢¢s participantes do sistema de pagamentos, de acordo com, alei € demas leaislagoes aplicdiveis. ARTIGO (Eis de sits em seueme par sua conta) ‘© Banco Nacional de Angola pode emitir italos em sex name e por sua conta com o objective de intervir no mer- «ado monetario. sec¢Aon Paltiea Moneta ARTIGO 23° (COperacsesbancitias) ‘No Ambito da definicho, execucao, condugao e gestao da politica monetéria, o Banco Nacional de Angola, na sua qua- lidade de Banco Central, pode efectuar as operagbes que se Justifiquem e, nomeadamente, as sesuintes 4a) Redescontare descontat letras, livrancas, extractos de facturas warrants € outros titulos da carteira de crédito de natureza anéloza; ) Abrir emanter contas em seus livros para entidades publicas,instituigdes financeiras bancérias enao bancérias ¢ outras instituieoes financeitas sujei- tas a sua supervisto; ) Aceitar depésitos, & vista ou a prazo e abonar juros das instituigoes financeitas bancérins e nao ban- carias e outras instituig6es financeiras sujeitas a sun supervisdo: ) Accitar depésitos de titules do Estado, pertencen- tes ds instiwigoes referidas na alinea anterior: € @) Abrir © manter contas nos livres de instituigoes ‘inanceiras bancérias e outras instituigdes finan- ceiras sujeitas a sua supervisto, organizagoes intemacionais, Bancos Centrais € Autoridades ‘Monetarias, ARTIGO 24° (Operasées de mereado sbert de crédito) 1. Para cumprimento da sua missao ¢ execusao das suas fimgoes, de acordo com as condigdes estabelecidas pelo ‘Conselho de Administragao, © Banco Nacional de Angola pode «@) Comprar ¢ vender titulos da divida piblica somente em mercado secunditio; ») Enmiti titulos ou realizar eperagies de repasse de titulos, com o objective de intervir no mereado smonetari ©) Negoviat em mereados financeiros, comprando & vvendendo directamente, @ vista ou a prazo, on cemprestar valores mobiliarios © outros instru- mentos negociaveis, em moeda nacional ou estrangeira, bem como em metais preciosos: € @ Conceder créditos, adiantamentos © descobertos em moeda nacional, as instinuiges financeiras bancérias solventes, mediante prestagio. de sgarantias adequadas ¢ suficientes 2. Sem prejuizo do dispostono alinea d) do numero ante= rior, o Banco Nacional de Angola pode conceder eréditos is instituigdes financeiras bancérias solventes, que enfrentem problemas temporirios de liquidez, por periodo nfo superior 4180 dias, renovaveis uma tinica vez € por igual periodo, mediante prestagio de garantias adequadas e suficientes ¢, ‘quando apropriado, sob a condigtio de adopgao de medidas correctivas, nos termios ¢ condigdes definidos pelo Consetho dc Administragao. ARTIGO 25° (Reservas ebrigatirias) 1. © Banco Nacional de Angola pode exigir que as insti tuigdes financeiras constituam reservas obrigatéias ¢ outras responsabilidades que forem por si fixadas. 71964 DIARIO DA REPUBLICA 2. As reservas obigatorias sto constituidas por meio de depésitos no Banco Nacional de Angola, na percentagem por este determninado ¢ podem ou nio ser remuneradas, 3. © Banco Nacional de Angola pode fixar coeficientes diferentes de liquide e de reservas para diferentes catezo- tins de depésitos ¢ outras responsabilidades, ¢ determinar as suas regras de caleulos, desde que sejam uniformes a todas fs instituigdes finaneeiras da mesma natureza 4. O incumprimento da constituigio de reservas obri- szaterias conforme determinado pelo Banco Nacional de Angola, sujeita as refetidas instituigdes & aplicagto de uma mutta nao inferior a 1% acima da taxa de juro de referéncia definida pelo Banco Nacional de Angola, sobre © montanie em falta nas suas reservas obrigatérias, até que a insuficién- cia seja corrigida ARTIGO 26 (Defic no de taxas de descento, redesconto ede emprésimes) O Banco Nacional de Angola fixa e publica as suas taxis de desconto, redeseonto e de empréstimes, podendo esta- belecer taxas, limites e prazos de vencimento diferenciados para as varias categorias de transacees seccAo mt Potitica Macroprudencial ARTIGO 27+ (antoriaderscroprudencist) 1, Enguanto autoridade macroprudencial nacional, com= pete ao Banco Nacional de Angola definir,juntamente com 0 Consetho de Supervisores do Sistema Financeiro, como exe cctar a politica macroprudencial 2. Para efeitos do niimero anterior, o Banco Nacional de Angola deve identificar, acompanbar € avaliar 0s riscos sis témicos no Sector Financeiro, bem como propor a adopgio de medidas de prevengao, mitigagao ou redugao desses ris cos, com vista a assegurar a resiliéncia do Sector Financeiro. 3. Na execugio da politica macroprudencial, © Banco) Nacional de Angola emite regulamentes, instrugses, aler- las € recomendag&es diriaidas as autoridades € entidades ilblicas ou privadas tendentes & consecuedo dos bjectivos previstos no niimero anterior. 4, Para efeitos do excreicio das atribuigées previstas hho presente attigo, 0 Banco Nacional de Angola estabe~ lece mecenismos de cooperagtio com as demais sutoridades piiblicas ¢ com os outros supervisores financeiros, nos ter- ‘mos da legislagao aplicivel. SBCCAOIV Suptrvisto ARTIGO 28° (Autordade de supersisaoy 1. Compete ao Banco Nacional de Angola exercer a supervisio das instituigoes financeiras ¢ outras entidades que lhe estejam legalmente sujitas, nomeadamente, estabe- lecendo os principios resuladores e os procedimentos para 1 sa actuacio € para assesurar os servigos de centralizacio de riseos de crédito, bem ecmo aplicando-Ihes medias de intervengao preventiva, correctivae de resolugao,nos termos da legislagao que rege a supervisio financeira, designada- mente, Lei do Regime Geral das Instituigdes Finaneeitas € nnomnas complementares ou regulamentares aplicaveis. 2. 0 Banco Nacional ce Angola adopta uma erganizagao intema que asseaure um nivel adequado e proporcional de ‘autonomia, quanto a supervisio prudencial das instituigoes financeiras ¢ outras entidades que Ihe estejam legalmente sajeitas, por um Indo, ea supervisio das regras de conduta de todas as entidades referidas anteriormente nas relagoes ‘com os elientes, por outro. 3. Para efeitos do disposto no niimero anterior, deve ser adoptada uma organizagao interna que asseaure a existencia de linhas hierarquicas distintas na prossecugao daquelas atri- buigoes, sm prejuizo das rearas de funcionamento ¢ decistio ‘do Conselho de Administragao. 4. As attibuigdes € 08 poderes do Banco Nacional de Angola, em materia de supervisio das instituigdes financei- ras ¢ entidades que the estejamn legalmente sujeitas, que the sejam conferidas pela Lei do Regime Geral das Insituigdes Financeiras e demais lexistagao ap licével, no podem preju- dicara sua independéncia no exercicio das outras fungoes do BNA, legalmente previstas. ARTIC 2 Retagdes cot institutes feces) Compete a0 Banco Nacional de Angola, nas suas relagdes com as instituigoes financeiras bancatias e no ban- crias ¢ outras entidades que Ihe estejam legalmente sujeitas, seguinte: @) Supervisioné-las; ) Zelar pela sua solvabilidade e liquid ©) Abtir contas € aceitar depésitos segundo termos © condigdes que © Banco Nacional de Angola ‘vena a fixar, ARTIGO 30° ‘equistosemecanismos de operag aes reatzaday) 1. 0 Banco Nacional de Angola pode, sempre que se tome necessario, estabelecer os requisitos © mecanismos aplicaveis a certas operagdes praticadas pelas instituigbes financeiras, tomando-os extensivos @ todas ou apenas a ‘alaaimas das, tais como rearas de céeuto e taxas de juro a pagar em relagio a qualquer categoria de deposito e outras responsabilidades e de crésito, bem conto outros activos: @) Limites, montantes, prazos de veneimento ¢ taxas de jure, garantias cxiiveis © fins permitidos que incidam sobre qualquer categoria de adian- tamento, quer através de empréstimes ou de saques a descoberto, a investimentos, a desconto ou redesconto de letras, livrangas ou qualquer tro titulo de erédito de natureza analogs € ) Comissies maximas € minimas, comissses de servigo e ouiras taxas que possam incidir sobre qualquer categoria de transaceao das instituigoes financeiras bancérias, com o publico ow com suns congéneres. 1 SERIE — N° 197 —DE 18 DE OUTUBRO DE 2021 7968 2. © Banco Nacional de Angola pode ainda estabelecer, relativamente a todas ou a algumas categorias de instituigoes financeiras, as seauintes proporgGes: Na generalidade, quanto a composigao do activo € passivo ena relagao entre si, do capital proprio € dep ésitos e ontras responsabilidades por conta deaccites ¢ garantias prestadas; © b) Na especialidade, quanto 4 composigio e & relagio entre o activo e o passivo, tal como os fiundos prdprios ¢ as operagdes activas permitidas € 0 isco destas operagdes. ARTIGO 31 (Supervisio) 1. Sem prejuizo da legislagao aplicavel, para assegurar a supervisao das instituigoes financeiras sob sua jurisdigao, compete ao Banco Nacional de Angola, em especial 4a) Autorizar os pedidos de constituigio das referidas insttuigdes, bem como da sua fusio, cisio ou modificagio de objecto, nos termos da Lei do Regime Geral das Instinaigoes Financeiras; bi) Autorizar o exercicio de fungdes dos membros des; Srados sociais ¢ titulares de canzos de gestao relevantes das mesmas insttuig@es, nos termos da Lei do Regime Geral das Instiigbes ©) Definir 0 Ambito da supervisio em base conso- lidada, emitindo as instrugoes a que devem ‘obedecer a instituigdes abrangidas, @ Determinar ¢ fiscalizar © cumprimento de todas as relagdes prucdenciais que cssas instituigGes ever observar com o fim de garantir a respec- tiva liquidez e selvabilidade; ©) Dispensar temporariamente do cumprimento de determinadas obrigagses, designadamente, as estabelecidas na alinea anterior, as instituigGes fn que s€ verifique uma situag’o que possa afectar © seu regular fincionamento ou o dos sistemas monetirio e financeiro: Jf Estabelecer normas para a actuagao das insitui- ses, nomeadamente, quanto & sua organizagio contabilistica, estruturas de receitas e controlo interno, bem como aos elementos de informa- io a prestar ao Banico Nacional de Angola ¢ a0 publico, ¢ respectiva periodicidade: ¢ #) Manter organizado 0 registo especial a que esto sujeitas as instituigdes sob a sua supervisao. 2. Compete, igualmente, ao Banco Nacional de Angola 4a) Realizar inspecedes as instinsigdes sujeitas a sta supervisdo © aos scus respectivos estabeleci- mentos e proceder és averiguagdes em qualquer entidade ou local onde haja suspeicio de prética inregular de actividades monetatias, financeiras cou cambiais; ) Consultar todos os ficheiros, livros e registos, € obter comprovatives das operagaes, reaistos contabilisticos, contratos, documentos que entenda necessirios a0 exerci- cio da sua fimgio de supervisio; € «) Tnstaurar, nos termos da lei, os processos adequa- dos a verificagio das infracgées cometidas. SECGAOY esac acordes @ demais ARTIGO 32° (tora de restuga) 1. Compete a0 Banco Nacional de Angola desempenhar as fungGes de autoridade de resolugio nacional, ineluindo, centre outros, os poderes de elaborar planos de resolusio, aplicar medidas de resolugao e determinar a eliminagio de potenciais cbsticulos 8 aplicasao de tais medidas, nos ter ‘mos ¢ com os limites previstos na legisiagao aplicavel, 2. 0 desempenlio das fimgdes previstas 0 niimero ante- rior € exercido de forma operacionalmente independente das fangoes de supervisto e das demais fiangoes desempenhadas pelo Banco Nacional de Angola ARTIGO 33° (Ciguidacaoy Compete ao Banco Nacional de Angola desempenhar as fangs cm materia de liquidagao de instituigbes financeiras « oatras entidades que lhe estejam legalmente sujitas, nos termos € com os limites previstos na Lei do Regime Geral das Instituigdes Financeiras ¢ em lezislacio aplicave. SECCAO MI Relagoes com 0 Estado ARTIGO Me (Créaivo a0 Estado) 1, E vedado a0 Banco Nacional de Angola conceder, directa ox indireetamente, erédito a0 Estado € servigos ot ‘rganismos dele dependentes, bem como a outras pessoas colectivas de direito piblico ea empresas piblicas ou quais- quer entidades sobre as quais 0 Estado, ou as antarquins Tocais detenham qualquer participagio of possam exercer, directa ou indirectamente, qualquer influéncia, salvo 0 dis- posto nos artigos 35° € 36° 2. Fica, ignalmente, vedado a Banco Nacional de Angola garantir quaisquer obrigagGes do Estado ou das centidades referidas no numero anterior, a compra directa de divida, emitidas pelo Estado, bem como realizar quais «quer actividades nao previstasna presente Lei, reservadas 20 Estado nos tenmos da Constituigao e da lei, 3.0 dispostono presente artigo nfo se aplica a quaisquer instituigdes financeiras pertencentes ao Sector Empresarial Piblico, as quais beneficiam de tratamento idéntico ao da generalidade das insituigBes financeiras, 71966 DIARIO DA REPUBLICA ARTIGO 38° (Limites de concessao de exéito) 1, Sem prejuizo do disposto no artigo anterior, o Banco Nacional de Angola pode canceder ao Estado, anualmente, crédito sob a forma de conta corrente até ao limite equiva- Tente a 10% das receitas ordinarias do Orgamento Geral do Estado arrecadadas no tiltimo ano. 2. 0 valor referido no niumero anterior e os respectivos Juros, deve ser liquidado até 31 de Dezembro do ano a que respeite, conforme dispde 0 mero anterior 3, Os empréstimos concedidos nos termes do presente artigo sao efectuados taxa de juros do mercado e devem ser liquidados somente em dinkreir, ARTIGO 36° (Organisms internacionals) (© Banco Nacional de Angola pode concedler a0 Estado, seaundo termos e condigdes 2 acorda, os meios necessirios { subserigao e & realizagno de outros pagamentos resultantes, da adesao ou participagao do Pais em organismos interna cionais, cuja actividade respeite aos dominios monetario, financeiro e eambial ARTIGO 37: (tates emitids ¢garantid pelo Estado) © Banco Nacional de Angola apenas pode comprar & vender, titulos de divida piblica em mercado secundario, para fins de politica monetaria e financeira ARTIGO 38° (@epositiio de fundos) ‘© Banco Nacional de Angola 6 o depositirio ds fiandos provenientes de qualquer organizacio financeira intemacio- nal de que a Repuiblica de Angola seja membro. SECCKO VI Politica Cambial¢ Relagdes MonetiriasInternaconals ARTIGO 39° (Aotoridade combialy © Banco Nacional de Angola é a antoridade cambial da Repiiblica de Angola, competindo-Ihe, nomeadamente, no ‘mbito da definigzio, condugo, execu € gestio da politica requlagao €fiscalizarao do respective mercado, nos teimos dale. ARTIGO 40° (Ovientapto,regulagta, supervistoe fscalizicae do mercado cambial) ‘Na qualidade de autoridade cambial prevista no artigo anterior, compete, em especial, a0 Banco Nacional de Angola: @ Definir os principios reguladores que regem as operages sobre 0 otro © divisas ou moeda e|strangeira, que nos termos da legislagaio cam- bial aplicével disso caregam; b) Regular o funcionamento do mercado cambial € fiscalizar 0 exercicio do comercio de cémbios € a realizagao de operagoes cambiais, nos termos da Lei Cambial e outras que sejam aplicaveis: ©) Autorizar as instituigdes financeiras © nao finan ceiras, bem como outras entidades, a exercer 0 comércio de cambios, nos termos da legislacdo cambial aplicavel, ) Emitir regulamentagho para reer as operagoes de ‘moeda estrangeira ¢ otro: ©) Autorizar, fiscalizar e supervionar os pagamentos extemos, f Extabelecer 0 limite de disponibilidade em divisas ou em moeda estrangeira que as instituigoes autorizadas a exerver 0 comercio de cambios, poderdo ter em posicio propria ¢ de depositos de tercciros, 9) Intervir no mercado cambial, quando necessério, para assegurar a liquidez ¢ regular funciona mento do mercado; /h) Manter as reservas intemacionais em nivel ade- quado as transacgdes intemacionais, € 8 Publicar as taxas de cimbio determinadas pelo respectivo mercado, ARTIGO 41 (Outras operas) 1. No imbito da condugio, execucio € gestio da poli- tica cambial previstn no artigo 18°, 6 Banco Nacional de Angola pode efectuar as operagoes que se justifiquen, designadamente:

You might also like