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POSP

Sistema de Potência

22-08-23
Estrutura

Electrical Engineering Portal

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Sistema Elétric
Brasileiro
No início ....

Benjamin Franklin (1706 – 1790)


William Gilbert (1544 – 1603) Coulomb (1736 – 1806)
Tales de Mileto (624 a.C e 546 a.C)

Ohm (1789 – 1854) Faraday (1791-1867) Maxwell (1831 – 1879)


Origens do Sistema de Potência

CORRENTE CONTÍNUA

Thomas Alva Edison, idealizou e detinha a patente da tecnologia


que utilizava a eletricidade na forma de corrente contínua como
fonte de energia para suprimento de sistemas de iluminação e
motores elétricos.

A corrente contínua permitia, ainda, ser armazenada, podendo ser


utilizada momentos de interrupções ou falhas de funcionamento dos
geradores.
A primeira central de geração de energia em escala comercial do mundo foi construída em Pearl Street Station,
Manhattan, em 4 de setembro de 1882.

Essa central possuía um gerador em corrente contínua que alimentava 400 lâmpadas atendendo a 82
consumidores.
CORRENTE ALTERNADA

Nikola Tesla, engenheiro e físico eletromecânico sérvio, em 1887 nos


Estados Unidos , aperfeiçoou o sistema de produção, transmissão e
consumo da eletricidade em corrente alternada.
Foi construído em 1886 o primeiro sistema elétrico de potência
em corrente alternada em Great Barrington, Massachussets,
Estados Unidos, por William Stanley, e financiado pelo
empresário americano George Westinghouse.

Nesse evento foi utilizado o primeiro transformador que


permitiu a George Westinghouse entrar em definitivo no
universo dos sistemas em corrente alternada.
Utilizavam-se os para converter altos níveis de tensão da
transmissão em níveis inferiores necessários para suprir as
cargas compostas principalmente por lâmpadas e pequenos
motores elétricos.

Assim as usinas geradoras podiam suprir a demanda de


grandes áreas, tanto no que se refere a grandes como a
pequenas cargas,
Tesla, em 1888, de posse das patentes de um sistema polifásico completo,
em corrente alternada, constituído por geradores, transformadores e
motores, associou-se a Westinghouse com o objetivo de comercializar
este sistema.

Westinghouse, por sua vez, ainda adquiriu as garantias legais de diversas


patentes relacionadas à tecnologia de transformadores em corrente
alternada.

O transformador permitiu que a energia elétrica pudesse ser transmitida


em um nível de tensão muito mais elevado que o utilizado para consumo,
proporcionando menores perdas.
As ações de Thomas Edison para abrandar as
deficiências do sistema em corrente contínua
consistiram, resumidamente, em produzir a energia em
localizações próximas ao consumo (geração
distribuída) e instalar condutores de elevada bitola
para atendimento à crescente demanda de energia
elétrica.

No entanto, devido ao capital necessário para


construção dessas instalações, tais medidas
mostraram-se extremamente dispendiosas,
Além disso, não havia uma tecnologia disponível
especialmente para consumidores situados em regiões
na época, com custos módicos, para efetuar a
remotas e áreas rurais.
conversão dos valores de tensão em corrente
contínua.
Em relação à corrente alternada, ela podia
ser transportada a altas tensões e a grandes
distâncias utilizando-se cabos de menor
bitola e, portanto, a preços mais acessíveis.

Ao aproximar-se dos centros de consumo, a


tensão era adequadamente reduzida aos
patamares de segurança adequados aos
equipamentos residenciais e fabris.
O primeiro sistema de transmissão trifásico em

corrente alternada em alta-tensão foi criado em

1891 durante a Exposição Internacional de

Eletricidade em Frankfurt, na qual uma linha

de 175 km de distância em 15 kV conectou as

cidades de de Lauffen am Neckar e Frankfurt

am Main.
Em 1895, entra em operação o primeiro sistema de geração
hidroelétrica em grande escala ,Niagara Falls, fornecendo
energia para Buffalo, Nova Iorque, através de linhas de
transmissão.

Assim, Tesla convenceu o governo americano a adotar o novo


padrão de corrente alternada como meio mais eficiente para
geração, transmissão e distribuição de energia elétrica.
O Sistema de Potência
evolui então para ...
TRANSFORMAÇÃO

GERAÇÃO

TRANSMISSÃO

DISTRIBUIÇÃO
Gerador
Componente utilizado para a conversão da
energia em uma forma dita primária, por
exemplo, energia potencial, energia
cinética, energia mecânica, energia
térmica ou energia nuclear em outra forma
denominada secundária, a energia elétrica.
Transformador
A ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) define o transformador como:
“um dispositivo que por meio da indução eletromagnética, transfere energia elétrica de
um ou mais circuitos (primário) para outro ou outros circuitos (secundário), usando a
mesma frequência, mas, geralmente, com tensões e intensidades de correntes
diferentes”.
Linha de transmissão
Compostas por cabos condutores e cabos para-raios, normalmente suspensos (aéreos) por
meio de torres metálicas e apoiados em isoladores fabricados em materiais de alta
resistividade elétrica, tais como cerâmica, vidro e porcelana.

Além disso, tais linhas são, em sua maioria, trifásicas, possuindo outros componentes como
cabos para-raios, ferragens e fundações.
Redes de distribuição
Conforme ABRADEE (Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica), o
sistema de distribuição de energia é aquela rede de energia elétrica que se confunde com a
própria topografia das cidades, ramificado ao longo de ruas e avenidas para conectar
fisicamente o sistema de transmissão (ou mesmo unidades geradoras de médio e pequeno
porte) aos consumidores finais.

A rede de distribuição é mais ramificada e vasta que a da transmissão, uma vez que precisa
atender milhares de consumidores, tais como residências, indústrias e mercados, dispersos
por uma extensa área territorial.
Porém nos anos 80 inicia-se
um processo de
desverticalização.
Desverticalização

Negócios segmentados
Com efeito na estrutura das
empresas, no planejamento, na
expansão e na operação.
Um novo modelo se constitui ...

“The electricity supply industry in England and Wales was under


public ownership from 1948 to 1990. For most of this period, a
single company, the Central Electricity Generating Board
(CEGB), operated all generation and transmission as a vertically
integrated statutory monopoly, while twelve area boards acted as
regional distribution monopolies.

The CEGB during this time was a classic example of a


costof-service regulated public utility—with excessive capital
costs, overdependence on high-cost indigenous coal and nuclear
power, low productivity growth, and low return on assets. In
1990, the CEGB was restructured and privatized. “
(World Bank)
E no Brasil não foi diferente, A
história, com alguma defasagem no
tempo, ocorreu da mesma forma.
A energia elétrica chegou ao Brasil em 1879, mesmo ano
da invenção da lâmpada. Na ocasião, D. Pedro II concedeu a
Thomas Edison a permissão de implementar seus equipamentos
no país para fins de iluminação pública.

O primeiro espaço a receber luz elétrica no Brasil foi a Estação


Central da Estrada de Ferro D. Pedro II, no Rio de Janeiro. A
curiosidade fica por conta da primeira fonte de energia usada: a
eletricidade era gerada por um dínamo acionado por locomóveis,
máquinas a vapor usadas para transportar cargas pesadas. Por
outro lado, a primeira iluminação pública externa foi instalada em
1881, em um trecho da atual Praça da República, no Rio.
A primeira central termelétrica foi instalada
também em 1883, justamente em Campos, com
uma capacidade total de 52 kW para abastecer as 39
lâmpadas da iluminação pública da cidade. Já a
primeira usina foi construída em Arroio dos Ratos,
no Rio Grande do Sul, e operou entre 1924 e 1956.

A primeira central hidrelétrica também começou a


operar em 1883 em um afluente do Rio
Jequitinhonha para atender serviços de mineração
em Diamantina, Minas Gerais. Por sua vez, a
primeira usina de grande porte, com 250 kW de
potência, foi a de Marmelos-Zero, inaugurada em
1889 em Juiz de Fora, no mesmo estado.
Nesse sentido, outro grande marco foi a inauguração da Usina
de Itaipu, em Foz do Iguaçu, em 1984. Além de ter ostentado o
título de maior barragem do mundo por mais de duas décadas, o
empreendimento é líder mundial na produção de energia
limpa e renovável, com 2,76 bilhões de MWh gerados
entre 1984 e 2020.

A Eletrobrás foi criada com o objetivo de coordenar todas as


empresas do setor elétrico brasileiro. Entre 1963 e 1979, a
estatal promoveu um intenso processo de nacionalização
e estatização por meio de grandes investimentos.
No início da década de 1990, a situação de inadimplência das empresas de energia levou a que se reavaliasse o
modelo setorial, que começou a mudar com a Lei no 8.631/93, que estabeleceu as condições para a conciliação
dos débitos e créditos entre todos os agentes do setor.

E privatização .....
Em 1995 foi promulgada a Lei de Concessões, que abriu espaço para a desnacionalização de vários
setores de infraestrutura, incluindo o elétrico.

As privatizações começaram pela Escelsa em 1995, e posteriormente com a Light e Cerj em 1996. Neste ano
foi também criado um novo órgão regulador.
Reestruturação do Setor Elétrico Brasileiro
PROJETO RESEB - 1994-2004

▪ DESVERTICALIZAÇÃO DO SETOR
GERAÇÃO - Concessão ou autorização por usina;
DISTRIBUIÇÃO – Concessão por município, equilíbrio econômico-financeiro assegurado;
TRANSMISSÃO - Acesso livre para todos os agentes, serviço público
COMERCIALIZAÇÃO – Autorização para estabelecimento.

▪ ESTABELECIMENTO DE ORGÃO REGULADOR– ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica –


Fiscalização e Regulação - Extinguiu DNAEE.

▪ CONSTITUIÇÃO DE OPERADOR NACIONAL DO SISTEMA ELÉTRICO (ONS)


Extinguiu GCOI e CCON.

▪ ESTABELECIMENTO DE AMBIENTE TRANSPARENTE DE COMERCIALIZAÇÃO – MAE, hoje CCEE,


Câmara de Comercialização de Energia Elétrica.

▪ MME – Ministério das Minas e Energia – Poder Concedente.

▪ CRIAÇÃO DA EPE – Empresa de Pesquisa Energético – Extinto o GCPS desde 1998


A evolução prossegue....
Agora com o impacto dos 3 Ds

• DESVERTICALIZAÇÃO
• DIGITALIZAÇÃO
• DESCARBONIZAÇÃO
Modificando novamente as empresas,
criando novos papéis e influenciando o
planejamento e operação do sistema.
Novos Papéis
Nossos objetivos agora.....
PLANEJAMENTO E OPERAÇÃO DE UM SISTEMA DE POTÊNCIA
ESTRUTURA (Componentes)

GOVERNANÇA (Operador, Planejador, Câmara de Comercialização de EE, Agentes, Investidores, Comercializadores,


Regulador, Governo)

PLANEJAMENTO (atribuições, funções, planos, critérios e procedimentos)

OPERAÇÃO (atribuições, funções, Procedimentos de Rede, centros de controle)

SUPERVISÃO E CONTROLE

PREVISÕES
Carga, geração

SIMULAÇÃO
Fluxo de Potência, Curto Circuito, Estabilidade, Transitórios Eletromagnéticos

ECONOMIA DA OPERAÇÃO E PLANEJAMENTO

MODERNIZAÇÃO DO GRID
E complementado por ...
Possíveis temas para os Trabalhos

▪ Planejamento a Médio e Longo Prazo


EPE, Missão, O PDE e os critérios de expansão

▪ Operação do Sistema
ONS, Missão. Atribuições, Procedimentos de Rede.
Serviços ancilares

▪ Transição Energética. Novo mix de geração.

▪ Indicadores Operacionais.
Possíveis temas para os Trabalhos

▪ Custo de interrupção.

▪ Custo do déficit . O racionamento de 2001

▪ Leilões de geração e leilões de transmissão

▪ O Grid do Futuro.
Bom dia!

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