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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE

CAMPINAS

Instituto de Matemática, Estatística e


Computação Científica

WALTER MAMANI CCASA

Título do seu Trabalho Acadêmico: dissertação


de mestrado ou tese de doutorado

Campinas
2021
Walter Mamani Ccasa

Título do seu Trabalho Acadêmico: dissertação de


mestrado ou tese de doutorado

Dissertação apresentada ao Instituto de Mate-


mática, Estatística e Computação Científica
da Universidade Estadual de Campinas como
parte dos requisitos exigidos para a obtenção
do título de Mestre em Matemática Aplicada
e Computacional.

Orientador: Bianca Morelli Rodolfo Calsavara

Este exemplar corresponde à versão


final da Dissertação defendida pelo
aluno Walter Mamani Ccasa e orien-
tada pelo Prof. Dr. Bianca Morelli
Rodolfo Calsavara.

Campinas
2021
A ficha catalográfica será fornecida pela biblioteca
A folha de aprovação será fornecida pela Secretaria de Pós-Graduação
Agradecimentos
Resumo
Abstract
Sumário

Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9

1 PRELIMINARES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
1.1 Espaçõs de Hölder . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
1.2 Espaços de Sobolev . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
1.3 Aproximações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
1.4 Traço . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
1.5 Compacidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
1.6 Outros espaços de funções . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
1.7 Alguns teoremas importantes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17

2 DESIGUALDADE DE CARLEMAN . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19

REFERÊNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41

Glossário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
9

Introdução
10

1 Preliminares

1.1 Espaçõs de Hölder


As seguintes definições podem ser vistas em Evans [2], Cap 5.1.

Definição 1.1. Seja U Ă Rn aberto e 0 ă γ ď 1. Uma função u : U Ă Rn Ñ R é dita


Lipchitz se existe uma constante C>0 tal que
| upxq ´ upyq |ď C | x ´ y |, @x, y P U.
Uma função é dita Hölder contínua com expoente γ se existe uma constante C>0 tal que
| upxq ´ upyq |ď C | x ´ y |γ , @x, y P U.
Definição 1.2.

1. Se u : U Ă Rn Ñ R é contínua e limitada, então definimos


|| u ||CpU q :“ sup |upxq| .
xPU

2. A γ-ésima seminorma de u : U Ă Rn Ñ R é definida como


ˇ ˇ
ˇ upxq ´ upyq ˇ
rusC 0,γ pU q :“ sup ˇ ˇ ˇ.
x,yPU x´y ˇ
x‰y

3. A γ-ésima norma de u : U Ă Rn Ñ R é definida como


|| u ||C 0,γ pU q :“|| u ||CpU q `rusC 0,γ pU q .
Definição 1.3. O espaço de Hölder C k,γ pU q consiste de todas as funções u P C k pU q para
as quais a norma

ÿ ÿ
|| u ||C k,γ pU q :“ || Dα u ||CpU q ` rDα usC 0,γ pU q ,
|α|ďK |α|“K
k,γ
é finita. Então, o espaço C pU q consiste em todas as funções u que são k-vezes continua-
mente diferenciáveis e cuja k ´ ésima derivada parcial é limitada e Hölder contínua com
expoente γ.

Proposição 1.1. O espaço de funções C k,γ pU q é um espaço de Banach.


Para mas detalhes consulte Evans [2], Cap. 5.1.

Definição 1.4. O espaço Cc8 pU q consiste de todas as funções infinitamente diferenciaveis


ϕ : U Ă Rn Ñ R com suporte compacto em U. A função ϕ P Cc8 pU q é chamada de função
teste.
Capítulo 1. Preliminares 11

1.2 Espaços de Sobolev


A seguinte definição referente a derivada fraca pode ser vista em Evans [2],
Cap. 5.2.

Definição 1.5. Suponha que u,v P L1loc pU q e seja α um multi-índice. Dizemos que v é a
α-ésima derivada parcial fraca de u e denotamos

Dα u “ v

se satisfaz
ż ż
α |α|
uD ϕ dx “ p´1q vϕ dx , @ϕ P Cc8 pU q.
U U

Proposição 1.2. (Unicidade de derivada fraca)


A α-ésima derivada parcial fraca de u, se existe, é unicamente definida a menos de um
conjunto de medida nula.
Para mas detalhes consulte Evans [2], Cap. 5.2.

A seguintes definições referentes ao Espaço de Sobolev podem ser vistas em


Evans [2], Cap. 5.2.

Definição 1.6. (Definição de espaços de Sobolev)


O espaço de Sobolev W k,p pU q consiste de todas as funções localmente somáveis u : U Ă
Rn ÝÑ R tal que para cada multi-índice α, com |α| ď k, Dα u existe no sentido fraco e
pertence a Lp pU q.

Definição 1.7. Definimos


W0k,p puq
como sendo o fecho de Cc8 pU q em W k,p pU q.

Definição 1.8. Se u P W k,p pU q definimos sua norma por


$ ˜ ¸1{p
’ ÿ ż
|Dα u|p dx , 1 ď p ă 8,





& U
def |α|ďk
}u}W k,p pU q : “ (1.1)

’ ÿ
ess sup |Dα u| , p “ 8.




U
%
|α|ďk

Proposição 1.3. (Espaços de Sobolev como espaço de funções)


Para cada k “ 1, 2, . . . , e 1 ď p ď 8 o espaço de Sobolev W k,p pU q é um espaço de Banach.
Para mas detalhes consulte Evans [2], Cap. 5.2.

A seguinte definição referida a sequências em Espaços de Sobolev pode ser vista


em Evans [2], Cap. 5.2.
Capítulo 1. Preliminares 12

Definição 1.9.

1. Uma sequência tum u8


m“1 Ă W
k,p
pU q converge a u P W k,p pU q se lim }um ´ u}W k,p pU q “
m
0. Neste caso, denotamos
um Ñ u em W k,p pU q.

2. um Ñ u em Wloc
k,p
pU q se um Ñ u em W k,p pV q para todo V ĂĂ U .

Proposição 1.4. (Propriedades da derivada fraca)


Assuma que u, v P W k,p pU q e |α| ď k, entāo

1. Dα u P W k´|α|,p pU q e Dβ pDα uq “ Dα`β puq para quaisquer multi-índices α, β com


|α| ` |β| ď k.

2. Para quaisquer λ, p P R temos que λu`µv P W k,p pU q e Dα pλu`µvq “ λDα u`µDα v.

3. Se V é um subconjunto aberto de U , entāo u P W k,p pV q.

4. Se ζ P Cc8 pU q, entāo ζu P W k,p pU q e


˜ ¸
ÿ ζ ´ ¯
Dα pζuq “ Dβ δDα´β u, Formula de Leibnitz
βďα β

˜ ¸
α α!
onde “ .
β β!pα ´ βq!

Para mas detalhes consulte Evans [2], Cap. 5.2.

1.3 Aproximações
Fixe um inteiro positivo k e seja Uε “ tx P U | distpx, BU q ą εu.

Proposição 1.5. (Aproximação local por funções suaves)


Assuma u P W k,p pU q para algum 1 ď p ă 8, e seja

uε “ ηε ˚ u em Uε

então

1. uε P C 8 pUε q para cada ε ą 0,


k,p
2. uε Ñ u em Wloc pU q, quando ε Ñ 0.

Para mas detalhes consulte o livro de Evans [2], Cap. 5.3.


Capítulo 1. Preliminares 13

Proposição 1.6. (Aproximação global por funções suaves)


Assuma que U é limitada, e suponha que u P W k,p pU q para algum 1 ď p ă 8. Então,
existe uma sequência de funções tum u8 8
m“1 Ă C pU q X W
k,p
pU q tal que

um Ñ u em W k,p pU q.

Para mas detalhes consulte Evans [2], Cap. 5.3.

Proposição 1.7. (Aproximação global por funções suaves até a fronteira)


Assuma que U é limitada e BU P C 1 . Suponha que u P W k,p pU q para algum 1 ď p ă 8.
Então, existe uma sequência de funções tum u8 8
m“1 Ă C pŪ q tal que

um Ñ u em W k,p pU q.

Para mas detalhes consulte Evans [2], Cap. 5.3.

1.4 Traço

Proposição 1.8. (Teorema do Traço)


Assuma que U e limitado e BU P C 1 , então existe um operador linear limitado

T : W 1,p pU q Ñ Lp pBU q

tal que satisfaz

1. T u “ u|BU if u P W 1,p pU q X CpŪ q.

2. }T u}Lp pBU q ď C}u}W 1,p pU q , para cada u P W 1,p pU q, com a constante C dependendo
apenas de p e U .

O operador T será chamado operador Traço, e se u P W 1,p pU q, dizemos que T u é o traço


de u em BU .
Para mas detalhes consulte Evans [2], Cap. 5.5.
˘
Proposição 1.9. (Funções de traço-zero em W 1,p
Assuma que U é limitado e BU P C 1 . Suponha ainda que u P W 1,p pU q. Então,

u P W01,p pU q se, e somente se, T u “ 0 em BU.

Para mas detalhes consulte Evans [2], Cap. 5.5.


Capítulo 1. Preliminares 14

1.5 Compacidade
A seguinte definição pode ser vista em Evans [2], Cap. 5.7.

Definição 1.10. Sejam X e Y espaços de Banach, com X Ă Y . Dizemos X e compacta-


mente imerso em Y , e denotamos
X ĂĂ Y

sempre que

1. }x}Y ď C}x}X , para todo x P X, e para alguma constante C.

2. Cada sequência limitada em X é pre-compacta em Y .

Proposição 1.10. (Teorema de compacidade Rellich-Kondrachov).


Assuma U um conjunto aberto e limitado de Rn , e BU P C 1 . Suponha 1 ď p ă n. Então

W 1,p pU q ĂĂ Lq pU q

para cada 1 ď q ď p˚ .
Para mas detalhes consulte Evans [2], Cap. 5.7.

1.6 Outros espaços de funções


As seguintes definições referentes ao espaço dual de H01 pU q podem ser vistas
em Evans [2], Cap. 5.9.

Definição 1.11. Denotamos por H ´1 pU q o espaço dual de H01 pU q, e denotamos por x¨ , ¨y


a dualidade entre H ´1 pU q e H01 pU q.

Definição 1.12. Seja f P H ´1 pU q, definimos a norma


! )
}f }H ´1 pU q :“ sup xf, uy | u P H01 pU q, }u}H01 pU q ď 1 .

Proposição 1.11. (Caracterização de H ´1 )

1. Seja f P H ´1 pU q. Então, existem funções f 0 , f 1 , . . . , f n P L2 pU q tais que


ż n
ÿ
xf, vy “ f 0v ` f i vxi dx , @v P H01 pU q . (1.2)
U i“1

2. Além disso,
$˜ ¸1{2 ,
& ż ÿn ˇ ˇ .
}f }H ´1 pU q “ inf ˇf i ˇ2 dx , f satisfaz (1.2) para f 0 , . . . , f n P L2 pU q .
% U i“0 -
Capítulo 1. Preliminares 15

n
ÿ
Denotaremos por f “ f 0 v ´ fxi i sempre que (1.2) é satisfeito.
i“1
Para mas detalhes consulte Evans [2], Cap. 5.9.

Seja X um espaço de Banach real com norma }.}. As seguintes definições,


estudam outros tipos de espaços de Sobolev incluindo funções com domínio no tempo e
contradomínio em um espaço de Banach, as quais podem ser vistas em Evans [2], Cap. 5.9.

Definição 1.13. O espaço


Lp p0, T ; Xq
consiste de todas as funções measuráveis u : r0, T s Ñ X com
ˆż T ˙1{p
1. }u}Lp p0,T ;Xq :“ p
}uptq} dt ă 8 para 1 ď p ă 8,
0

2. }u}L8 p0,T ;Xq :“ ess sup }uptq} ă 8.


0ďtďT

Definição 1.14. O espaço


Cpr0, T s; Xq
consiste de todas as funções contínuas u : r0, T s Ñ X com

}u}Cpr0,T si Xq :“ max }uptq} ă 8.


0ďtďT

Definição 1.15. Seja u P L1 p0, T ; Xq. Dizemos que v P L1 p0, T ; Xq é a derivada fraca de
u, e denotamos
u1 “ v
se żT żT
1
ϕ ptquptqdt “ ´ ϕptqvptqdt
0 0
para todas as funções teste ϕ P Cc8 p0, T q.

Definição 1.16.

1. O espaço de Sobolev
W 1,p p0, T ; Xq
consiste de todas as funções u P Lp p0, T ; Xq tais que u1 existe no sentido fraco e
pertence a Lp p0, T ; Xq. Além disso,
$ ˆż ˙1{p
T
p
, 1 ď p ă 8,
’ p 1
}uptq} ` }u ptq} dt

&
}u}W 1,p p0,T ;Xq :“ 0
%ess sup p}uptq} ` }u1 ptq}q , p “ 8.


0ďtďT

2. Denotamos por H 1 p0, T ; Xq “ W 1,2 p0, T ; Xq.


Capítulo 1. Preliminares 16

Proposição 1.12. Seja u P W 1,p p0, T ; Xq para algum 1 ď p ď 8, então

1. u P Cpr0, T s; Xq (após possivelmente ser redefinido em um conjunto de medida nula).


żt
2. uptq “ upsq ` u1 pτ qdτ para todo 0 ď s ď t ď T .
s

3. Além disso, temos a estimativa


max }uptq} ď C}u}W 1,p p0,T ;Xq ,
0ďtďT

com a constante C dependendo apenas de T .

Para mas detalhes consulte Evans [2], Cap. 5.9.

Proposição 1.13. Suponha u P L2 0, T ; H01 pU q , com u1 P L2 0, T ; H ´1 pU q ,


` ˘ ` ˘

1. Então
` ˘
u P C r0, T s; L2 pU q .
(após possivelmente ser redefinido em um conjunto de medida nula).

2. A aplicação
t ÞÑ } uptq}2L2 pU q ,
é absolutamente contínua, com
d
}uptq}2L2 pU q “ 2 xu1 ptq, uptqy ,
dt
para quase todo 0 ď t ď T .

3. Além disso, temos a estimativa


´ ¯
max }uptq}L2 pU q ď C }u}L2 p0,T ;H 1 pU qq ` }u1 }L2 p0,T ;H ´1 pU qq ,
0ďtďT 0

com a constante C dependendo apenas de T .

Para mas detalhes consulte Evans [2], Cap. 5.9.

Proposição 1.14. Assuma que U é aberto, limitado, e BU é suave. Seja m um inteiro


não negativo. Suponha que u P L2 0, T ; H m`2 pU q , com u1 P L2 p0, T ; H m pU qq.
` ˘

1. Então,
` ˘
u P C r0, T s; H m`1 pU q .
(após possivelmente ser redefinido em um conjunto de medida nula).

2. Além disso, temos a estimativa


´ ¯
max }uptq}H m`1 pU q 1
ď C }u}L2 p0,T ;H m`2 pU qq ` }u }L2 p0,T ;H m pU qq ,
0ďtďT

com a constante C dependendo apenas de T, U , e m.


Para mas detalhes consulte Evans [2], Cap. 5.9.
Capítulo 1. Preliminares 17

1.7 Alguns teoremas importantes


O seguinte lema permite-nos mostrar a existência da função básica η 0 , essencial
para definir funções de peso que aparecem na desigualdade de Carleman para o problema
(2.1).

Lema 1.1. Seja Ω Ă R um aberto limitado não vazio e ω ĂĂ Ω um aberto não vazio.
Então existe uma função η 0 P C 2 pΩ̄q que satisfaz as seguintes propriedades

η 0 ą 0 em Ω, (1.3)
η 0 “ 0 em BΩ, (1.4)
ˇ∇η ˇ ą 0 em Ωzω, (1.5)
ˇ 0ˇ

A prova deste lema pode ser encontrada em Furkisov [1].

Considere o seguinte problema envolvendo a equação elíptica com Ω P RN `1 ,


aberto de classe C 2 , com fronteira Γ
$
N
ÿ Bfj
em Ω,

&P y “ f `

j“0
Bxj (1.6)

%y “ g em Γ.

onde
N N N
ÿ B2y ÿ By ÿ B
Py “ aij pxq ` bj pxq ` pci pxqyq ` dpxqy.
i,j“0
Bxi Bxj j“0 Bxj i“0 Bxi
Suponha que sejam satisfeitas as seguintes hipóteses

aij P C2 pΩ̄q, bj , ci , d P L8 pΩq para i, j “ 0, . . . , N. (1.7)

Além disso, P é um operador elíptico, isto é, existe β ą 0 tal que para todo ξ P RN `1 e
para todo x P Ω
N
ÿ
aij pxqξi ξj ě β|ξ|2 . (1.8)
i,j“0

Considere também
˘N
f P L2 pΩq e g P H1{2 pBΩq, (1.9)
`

e seja η 0 P C 2 pΩ̄q como no lema 1.1.


Finalmente definamos
0 pxq
φpxq “ eλη , λ P R. (1.10)

Assim temos o seguinte resultado.


Capítulo 1. Preliminares 18

Teorema 1.1. Seja y P H1 pΩq uma solução do problema (1.6) e suponha que as hipóteses
(1.7)-(1.9) são satisfeitas. Então existe uma constante C ě 0 independente de s e λ, e
existem parâmetros λ̂ ą 1, ŝ ą 1 tais que para todo λ ě λ̂ e s ě ŝ tem-se
ż ż
|∇y| e dx ` s λ
2 2sφ 2 2
φ2 |y|2 e2sφ dx
Ω Ω
˜
N
1 |f |2 2sφ
ż ÿ ż
ď C s e }g}H1{2 pΓq ` 2
1{2 2s 2
e dx ` s |fj |2 φe2sφ dx
sλ Ω φ j“0 Ω
ż ˙
|∇y|2 ` s2 λ2 φ2 |y|2 e2sφ dx , (1.11)
` ˘
`
ω

onde φ é dado por 1.10.

A prova deste teorema pode ser encontrada em Imanuvilov [4].

Considere agora o seguinte problema envolvendo a equação


$
’ q ` ∆q “ f em Q “ Ω ˆ p0, T q,
& t


q“0 em BΩ ˆ p0, T q, (1.12)


em Ω ˆ tt “ 0u.

%q “ g

Teorema 1.2. (Desigualdade de Carleman para equação do calor).


Sejam Ω Ă Rn um aberto limitado não vazio com fronteira de classe C 2 , T ą 0, Q “
Ω ˆ p0, T q, ω ĂĂ Ω aberto não vazio e q P C 2 pΩ̄ ˆ p0, T qq solução de (1.12). Então, existem
constantes λ1 “ λ1 pΩ, ωq ě 1, s1 “ s1 pΩ, ω, T q ą 0 e C1 “ C1 pΩ, ωq ą 0 tais que para todo
λ ě λ1 e s ě s1 , vale a desigualdade
ij ij ij
` 2 2
˘ 2 2 3 4
s ´1
e ´2sα ´1
ξ |qt | ` |∆q| dxdt ` sλ e ´2sα
ξ|∇q| dxdt ` s λ e´2sα ξ 3 |q|2 dxdt
Q Q Q
¨ ˛
ij ij
2 3 4
ď C1 ˝ e ´2sα
|f | dxdt ` s λ e2sα ξ 3 |q|2 dxdt‚.
˚ ‹

Q ωˆp0,T q

A prova deste teorema pode ser encontrada em Santos [6].


19

2 Desigualdade de Carleman

Seja Ω Ă RN um conjunto aberto e conexo com fronteira BΩ regular. Seja


ω Ă Ω um pequeno subconjunto aberto e seja T ą 0. Denotaremos por Q “ Ω ˆ p0, T q
e Σ “ BΩ ˆ p0, T q. Consideremos também a definições dos seguintes espaços usuais no
contexto das equações de Navier-Stokes

V “ ty P H01 pΩqN : ∇ ¨ y “ 0 em Ωu,


H “ ty P L2 pΩqN : ∇ ¨ y “ 0 em Ω, y ¨ n “ 0 em BΩu.

Nesta seção, derivaremos a desigualdade de Carleman dada no Teorema 2.1, para o


problema $


’ ´φt ´ ∆φ ´ Dφȳ ` ∇π “ g in Q,


&∇ ¨ φ “ 0

in Q,
(2.1)


’ φ“0 on Σ,


%φpT q “ φ0 in Ω.

Para isso definiremos diversas funções peso que serão utilizadas no restante da dissertação.
A função básica será η 0 como no Teorema 1.1 com ˇ∇η 0 ˇ ą 0 em Ωzω1 , onde ω1 Ť ω é um
ˇ ˇ

subconjunto aberto não vazio.


Então para constantes positivas s e λ definimos
0 0 0
e5{4λm}η }8 ´ eλpm}η }8 `η pxqq
αpx, tq “ ,
t4 pT ´ tq4
0 0
e5{4λm}η }8 ´ eλpm`1q}η }8
α̂ptq “ min αpx, tq “ ,
xPΩ t4 pT ´ tq4
0 0
e5{4λm}η }8 ´ eλm}η }8
α ptq “ max αpx, tq “
˚
,
xPΩ t4 pT ´ tq4
0 0
eλpm}η }8 `η pxqq
ξpx, tq “ , (2.2)
t4 pT ´ tq4
0

ˆ eλpm`1q}η }8
ξptq “ max ξpx, tq “ 4 ,
xPΩ t pT ´ tq4
0
eλm}η }8
ξ ptq “ min ξpx, tq “ 4
˚
,
xPΩ t pT ´ tq4
θptq “ s15{4 e´2sα̂`sα ξˆ15{4 ,
˚

θ̂ptq “ sλe´sα̂ξ̂ .

Consideremos
ȳ P L8 pQqN , ȳt P L2 p0, T ; Lσ pΩqqN , (2.3)
Capítulo 2. Desigualdade de Carleman 20

onde σ ą 1 se N “ 2 e σ ą 6{5 se N “ 3.

Teorema 2.1. Suponha que (2.3) seja satisfeito. Então, existem três constantes positivas
ŝ, λ̂, C dependendo apenas de Ω e ω tais que, para cada φ0 P H e g P L2 pQqN , a solução
correspondente do problema (2.1) verifica
ij ij
3 4
sλ e ξ |φ| dx dt ` sλ
´2sα 3 2 2
e´2sα ξ|∇φ|2 dx dt
Q Q
ij
e´2sα ξ |φt |2 ` |∆φ|2 dx dt
` ˘
` s´1 ´1

Q
¨ (2.4)
ij
˚
ďC 1`T e´4sα̂`2sα ξ 15{2 |g|2 dx dt
` 2
˘
˝s15{2 λ20
Q
ż ˙
´8sα̂`6sα˚ ˆ16
16 40
`s λ e ξ |φ| dx dt ,
2
ωˆp0,T q

2
para quaisquer λ ě λ̂p1`}ȳ}8 `}y¯t }L2 p0,T ;Lσ pΩqqN `eλ̂T }ȳ}8 q e s ě ŝpT 4 `T 8 q e para funções
de peso positivo α, ξ, α̂, α˚ , ξˆ dadas em (2.2).

Demonstração. Ao longo da prova usaremos a seguinte notação


ij
e´2sα ξ ´1 |φt |2 ` |∆φ|2 dx dt
´1
` ˘
Ips, λ, φq “s
Q
ij ij
` sλ 2
e ´2sα
ξ|∇φ| dx dt ` s λ
2 3 4
e´2sα ξ 3 |φ|2 dx dt.
Q Q

A prova será dividida em 4 passos.

PASSO 1. Estimativa de Carleman para a equação do calor.


Consideremos (2.1) como um sistema de N equações do calor e utilizaremos a estimativa
de Carleman para a equação de calor em cada componente.
Reescrevendo a primeira equação de (2.1), temos

φt ` ∆φ “ ´ pg ` Dφȳ ´ ∇πq. (2.5)

Considerando
G “ ´pg ` Dφȳ ´ ∇πq,

então cada componente de (2.5) pode ser reescrita como

pφi,t q ` p∆φi q “ ´ Gi , (2.6)

onde
Gi “ ´pg ` Dφȳ ´ ∇πqi “ ´pgi ` pDφȳqi ´ Bi πq, i “ 1, ..., N.
Capítulo 2. Desigualdade de Carleman 21

Aplicando agora o Teorema 1.2 para a equação do calor em (2.6) para cada com-
ponente i “ 1, ..., N , temos que existem constantes positivas λ1,i “ λ1,i pΩ, ωq ě 1, s1,i “
s1,i pΩ, ω, T q e C1,i “ C1,i pΩ, ωq tais que para todo λ ě λ1,i e s ě s1,i , vale a desigualdade
ij ij ij
2
` 2
˘ 2 2 3 4
s ´1
e´2sα ´1
ξ |φi,t | ` |∆φi | dxdt ` sλ e ´2sα
ξ|∇φi | dxdt ` s λ e´2sα ξ 3 |φi |2 dxdt
Q Q Q
¨ ˛
ij ij
ď C1,i ˝ e´2sα 2 3 4
|Gi | dxdt ` s λ e´2sα ξ 3 |φi |2 dxdt‚, (2.7)
˚ ‹

Q ωˆp0,T q

para i “ 1, ..., N .
Fazendo a somatória de 1 até N na desigualdade acima, temos
¨ ˛
ÿN ij ij ij
e´2sα ξ ´1 |φi,t |2 ` |∆φi |2 dxdt ` sλ2
` ˘
˝s´1 e´2sα ξ|∇φi |2 dxdt ` s3 λ4 e´2sα ξ 3 |φi |2 dxdt‚
i“1
Q Q Q
¨¨ ˛˛
N
ÿ ij ij
˝C̄1,i ˝ e´2sα 2 3 4
|Gi | dxdt ` s λ e´2sα ξ 3 |φi |2 dxdt‚‚. (2.8)
˚ ˚ ‹‹
ď
i“1
Q ωˆp0,T q

Usando a desigualdade

|Gi |2 “ |pgi ` pDφȳqi ´ Bi πq|2 ď C1,i


˚
p|gi |2 ` |pDφȳqi |2 ` |Bi π|2 q.

Temos que a desigualdade (2.8) se torna


¨ ˛
ÿN ij ij ij
e´2sα ξ ´1 |φi,t |2 ` |∆φi |2 dxdt ` sλ2
` ˘
˝s´1 e´2sα ξ|∇φi |2 dxdt ` s3 λ4 e´2sα ξ 3 |φi |2 dxdt‚
i“1
Q Q Q
¨ ¨ ˛˛
N
ÿ ij ij
2 2 2 3 4
˝C1,i ˝ e ´2sα
p|gi | ` |pDφȳqi | ` |Bi π| qdxdt ` s λ e´2sα ξ 3 |φi |2 dxdt‚‚.
˚ ˚ ‹‹
ď
i“1
Q ωˆp0,T q
Capítulo 2. Desigualdade de Carleman 22

Passando os somatórios para dentro dos integrais na desigualdade acima e como


N
ÿ
|φi,t |2 “ |φt |2 ,
i“1
ÿN
|∆φi |2 “ |∆φ|2 ,
i“1
ÿN
|∇φi |2 “ |∇φ|2 ,
i“1
ÿN
|φi |2 “ |φ|2 ,
i“1
ÿN
|gi |2 “ |g|2 ,
i“1
ÿN
|pDφȳqi |2 “ |Dφȳ|2 ,
i“1
ÿn
|Bi π|2 “ |∇π|2 ,
i“1

temos a desigualdade
ij ij ij
` 2 2
˘ 2 2 3 4
s ´1
e´2sα ´1
ξ |φt | ` |∆φ| dxdt ` sλ e´2sα
ξ|∇φ| dxdt ` s λ e´2sα ξ 3 |φ|2 dxdt
Q Q Q
¨ ˛
ij ij
ď C1 ˝ e´2sα p|g|2 ` |pDφȳq|2 ` |∇π|2 qdxdt ` s3 λ4 e´2sα ξ 3 |φ|2 dxdt‚. (2.9)
˚ ‹

Q ω1 ˆp0,T q

A desigualdade anterior é verdadeira para todo λ ě λ0 e s ě s0 pT 7 ` T 8 q, onde


λ0 “ λ0 pΩ, ωq ě 1, s0 “ s0 pΩ, ω, T q ą 0 e C1 “ C1 pΩ, ωq ą 0 são tais que

λ0 :“ max tλ1,i u,
1ďiďN

s0 :“ max ts1,i u,
1ďiďN

C1 “ C1 pC1,i , C 1,i q.

Note que o lado esquerdo da desigualdade (2.9) é igual a Ips, λ, φq, portanto temos
¨
ij
Ips, λ, φq ďC1 ˝ e´2sα p|g|2 ` |pDφȳq|2 ` |∇π|2 qdxdt
Q
˛
ij
`s3 λ4 e´2sα ξ 3 |φ|2 dxdt‚, (2.10)

ω1 ˆp0,T q

para todo λ ě λ0 e s ě s0 pT 7 ` T 8 q.
Capítulo 2. Desigualdade de Carleman 23

Agora vamos a eliminar o termo que envolve Dφȳ no lado direito de (2.10).
Considerando as seguintes desigualdades
1
C1 |pDφȳq|2 ď Cs }ȳ}28 ξ|∇φ|2 ď sλ2 ξ|∇φ|2 , @λ ě λ1 }ȳ}8 , @s ě s1 T 8 . (2.11)
2

Tomando
λ2 pΩ, ωq “ max tλi pΩ, ωqu,
0ďiď1

temos que
λ2 pΩ, ωqp1 ` }ȳ}8 q ě λ2 }ȳ} ě λ1 }ȳ} ,

e também que
λ2 pΩ, ωqp1 ` }ȳ}8 q ě λ2 ě λ0 ,

portanto (2.10) e (2.11) são válidas para λ ě λ2 pΩ, ωqp1 ` }ȳ}8 q.


De forma similar tomando

s2 pΩ, ωq “ max tsi pΩ, ωqu,


0ďiď1

vemos que
s2 pΩ, ωqpT 7 ` T 8 q ě s1 pΩ, ωqT 8 ,

e também que
s2 pΩ, ωqpT 7 ` T 8 q ě s0 pΩ, ωqpT 7 ` T 8 q.

Portanto (2.10) e (2.11) são válidas para s ě s2 pΩ, ωqpT 7 ` T 8 q.


Multiplicando a desigualdade (2.11) por e´2sα , integrando em Q e considerando
o primer e ultimo termo da nova desigualdade temos
1 2
ij ij
C1 e´2sα 2
|pDφȳq| dxdt ď sλ e´2sα ξ|∇φ|2 dxdt. (2.12)
2
Q Q

para todo λ ě λ2 pΩ, ωqp1 ` }ȳ}8 q e s ě s2 pΩ, ωqpT 7 ` T 8 q.


Substituindo a última desigualdade em (2.10) obtemos
¨ ˛
ij ij
Ips, λ, φq ďC1 ˝ e´2sα p|g|2 ` |∇π|2 qdxdt ` s3 λ4 e´2sα ξ 3 |φ|2 dxdt‚
˚ ‹

Q ω1 ˆp0,T q

1
ij
` sλ2 e´2sα ξ|∇φ|2 dxdt, (2.13)
2
Q

para todo λ ě λ2 pΩ, ωqp1 ` }ȳ}8 q e s ě s2 pΩ, ωqpT 7 ` T 8 q.


Capítulo 2. Desigualdade de Carleman 24

Substituindo a expressão acima para Ips, λ, φq, absorvendo a última integral


do lado direito com o termo semelhante no lado esquerdo, temos
1 2
ij ij ij
` 2 2
˘ 2 3 4
s ´1
e´2sα ´1
ξ |φt | ` |∆φ| dxdt ` sλ e´2sα
ξ|∇φ| dxdt ` s λ e´2sα ξ 3 |φ|2 dxdt
2
Q Q Q
¨ ˛
ij ij
ď C1 ˝ e ´2sα 2 2 3 4
p|g| ` |∇π| qdxdt ` s λ e´2sα ξ 3 |φ|2 dxdt‚. (2.14)
˚ ‹

Q ω1 ˆp0,T q

Multiplicando por 2 a desigualdade anterior obtemos


ij ij
Ips, λ, φq ď 2s
` 2 2
˘ 2
´1
e´2sα ´1
ξ |φt | ` |∆φ| dxdt ` sλ e´2sα ξ|∇φ|2 dxdt
Q Q
ij
` 2s3 λ4 e´2sα ξ 3 |φ|2 dxdt
Q
¨ ˛
ij ij
ď 2C1 ˝ e´2sα 2 2 3 4
p|g| ` |∇π| qdxdt ` s λ e´2sα ξ 3 |φ|2 dxdt‚. (2.15)
˚ ‹

Q ωˆp0,T q

Tomando C2 “ 2C1 , obtemos a estimativa


¨ ˛
ij ij
Ips, λ, φq ďC2 ˝ e´2sα p|g|2 ` |∇π|2 qdxdt ` s3 λ4 e´2sα ξ 3 |φ|2 dxdt‚, (2.16)
˚ ‹

Q ω1 ˆp0,T q

para todo λ ě λ2 pΩ, ωqp1 ` }ȳ}8 q e s ě s2 pΩ, ωqpT 7 ` T 8 q.

PASSO 2. Estimativa do termo da pressão.


Neste passo limitamos a integral de |∇π|2 no lado direito de (2.16) em termos de uma
integral local de |π|2 , um termo referente ao traço de π e dois outros termos globais
envolvendo |g|2 e |∇φ|2 .O último termo será absorvido posteriormente pela correspondente
integral aparecendo em Ips, λ, φq.
Vamos agora aplicar o operador de divergência na primeira equação de (2.1).

∇ ¨ p´φt ´ ∆φ ` ∇πq “ ∇ ¨ pg ` Dφȳq. (2.17)

Observemos que aplicando o operador divergência em cada um dos termos do lado esquerdo
de (2.17) obtemos
N N ˆ ˙
ÿ B ÿ B B
∇ ¨ φt “ φi,t “ φi
i“1
Bxi i“1
Bxi Bt
˜ ¸
N ˆ ˙ N
ÿ B B B ÿ B B
“ φi “ φi “ p∇ ¨ φq “ 0,
i“1
Bt Bxi Bt i“1 Bxi Bt
Capítulo 2. Desigualdade de Carleman 25

∇ ¨ ∆φ “ ∇ ¨ p∆φ1 , ..., ∆φN q


˜ ¸
N
ÿ N
ÿ
“∇¨ Bi 2 pφ1 q, ..., Bi 2 pφN q
i“1 i“1
˜ ¸
N
ÿ N
ÿ
“ B1 Bi 2 pφ1 qq ` ... ` BN p Bi 2 pφN q
i“1 i“1
N
ÿ N
ÿ
“ B1 pBi 2 pφ1 qq ` ... ` BN pBi 2 pφN qq
i“1 i“1
ÿN ÿn
“ Bi 2 pB1 pφ1 qq ` ... ` Bi 2 pBN pφN qq
i“1 i“1
ÿN N
ÿ
“ Bi 2 pB1 pφ1 q ` ... ` BN pφN qq “ Bi 2 p∇ ¨ φq
i“1 i“1

“ 0.

Portanto, substituindo as duas igualdades anteriores em (2.17) temos

∆π “ ∇ ¨ p∇πq “ ∇ ¨ pg ` Dφȳq. (2.18)

Escrevendo a última equação em termos de suas componentes obtemos


N
ÿ N
ÿ
Bi 2 pπq “ Bi 2 pFi q, (2.19)
i“1 i“1

onde
F “ pg ` Dφȳq,

ou seja,
Fi “ pg ` Dφȳqi , i “ 1, ..., N.

Comparando a equação (2.19) com a equação (1.6) temos que


$
&1, se i “ j,
aij “ δij “
%0, se i ‰ j,

bi “ 0, para i “ 1, ..., N,
ci “ 0, para i “ 1, ..., N,
d “ 0,
fj “ pg ` Dφȳqj , para j “ 1, ..., N,
f “ 0,
y “ π.
Capítulo 2. Desigualdade de Carleman 26

Assim aplicando o Teorema 1.1 temos que existem C0 ą 0, λ̂ ą 1, e τ̂ ą 1 tais


que para todo λ ě λ̂ y τ ě τ̂ ,
ż ż ´
e |∇π| dx ` τ λ
2τ η 2 2 2
η 2 |π|2 e2τ η dx ď C0 τ 1{2 e2τ }π}2H1{2 pΓq
Ω Ω
¸
N
ÿ ż ż
` τ |pg ` Dφȳqj |2 ηe2τ η dx ` p|∇π|2 ` τ 2 λ2 η 2 |π|2 qe2τ η dx , (2.20)
j“1 Ω ω1

onde a função η é definida por


0
ηpxq “ eλη pxq

com η 0 como no lema 1.1 considerando ˇ∇η 0 ˇ ą 0 em Ωzω1 , onde ω1 Ť ω é um subconjunto


ˇ ˇ

aberto não vazio.


Substituindo as desigualdades
ż ż ż
e |∇π| dx ď e |∇π| dx ` τ λ
2τ η 2 2τ η 2 2 2
η 2 |π|2 e2τ η dx,
Ω Ω Ω
N
ÿ N
ÿ
|pg ` Dφȳqj |2 ď 2 p|gj |2 ` |pDφȳqj |2 q “ 2p|g|2 ` |pDφȳq|2 q,
j“1 j“1

em (2.20), temos
ż ˆ ż ˙
e |∇π| dx ďC 1 τ e ηp|pDφȳq| ` |g| qptqdx ` τ e }πptq}H1{2 pΓq
2τ η 2 2τ η 2 2 1{2 2τ 2
Ω Ω
ż
` e2τ η p|∇π|2 ` τ 2 λ2 η 2 |π|2 qptqdx, a.e. t P p0, T q, (2.21)
ω1

para quase todo t P p0, T q e para todo λ ě λ̂ e τ ě τ̂ .

Agora podemos expressar a integral local de |∇π|2 em termos |π|2 em um


aberto ω2 que satisfaça ω1 Ť ω2 Ť ω. Para isso introduzimos uma função ζ P Cc2 pω2 q tal
que
ζ ” 1 em ω1 , 0 ď ζ ď 1.

Notemos que
ż ż ż
e |∇πptq| dx “
2τ η 2
e ζ|∇πptq| dx ď
2τ η 2
e2τ η ζ p∇πptq ¨ ∇πptqq dx. (2.22)
ω1 ω1 ω2

Integremos por partes o último termo à direita da desigualdade anterior, e escrevamos em


termos de suas funções coordenadas
ż N ż
ÿ
e 2τ η
ζ ∇πptq ¨ ∇πptqdx “ Bi pπptqqe2τ η ζBi pπptqqdx. (2.23)
ω2 i“1 ω2
Capítulo 2. Desigualdade de Carleman 27

Tomemos 1 ď i ď N qualquer no lado direito da desigualdade anterior e integremos por


partes na variável espacial xi
ż ż
2τ η
Bi pπptqqe ζBi pπptqqdx “ ´ πptqBi pe2τ η ζBi pπptqqqdx
ω2
żω2
` πptqe2τ η ζBi pπptqqni dS. (2.24)
Bω2

Além disso, a segunda integral do lado direito da última equação é zero, pois ζ tem suporte
contido em ω2 e também desenvolvendo o termo Bi pe2τ η ζBi pπptqqq, temos
ż ż
2τ η
πptqBi pe ζBi pπptqqqdx “ πptqBi pe2τ η ζqBi pπptqqdx
ω2
ż ω2
` πptqe2τ η ζBi 2 pπptqqdx. (2.25)
ω2

Substituindo (2.24) e (2.25) em (2.23) temos


ż N ż
ÿ
e
2τ η
ζ ∇πptq ¨ ∇πptqdx “ Bi pπptqqe2τ η ζBi pπptqqdx
ω2 i“1 ω2
ÿN ż N ż
ÿ
“´ πptqBi pe 2τ η
ζqBi pπptqqdx ´ πptqe2τ η ζBi 2 pπptqqdx
i“1 ω2 i“1 ω2
N ż N
1 ÿ ÿż
“´ Bi pe2τ η ζqBi pπptq2 qdx ´ e2τ η ζπptqBi 2 pπptqqdx
2 i“1 ω2 ω2
żi“1
1
ż
“´ ∇pe2τ η ζq ¨ ∇ |πptq|2 dx ´ e2τ η ζπptq∆pπptqqdx
2 ω2 ω2
(2.26)

Integrando por partes o primeiro termo do lado direito da equação anterior e lembrando
que ζ tem suporte contido em ω2 , temos
1 1
ż ż
2τ η
´ 2
∇pe ζq ¨ ∇|πptq| dx “ e2τ η ζ∆|πptq|2 dx
2 ω2 2 ω2
1
ż
“ ∆pe2τ η ζq|πptq|2 dx. (2.27)
2 ω2

Observemos também que o segundo termo do lado direito da equação 2.26 pode ser escrito
na forma
ż
e2τ η ζπptq∆pπptqqdx “ xe2τ η ∆pπptq, ζπptqyH ´1 pω2 q,H01 pω2 q . (2.28)
ω2

Substituindo as duas últimas igualdades no lado direito de (2.26) temos

1
ż ż
e ζ ∇πptq ¨ ∇πptqdx “
2τ η
∆pe2τ η ζq|πptq|2 dx ´ xe2τ η ∆pπptq, ζπptqyH ´1 pω2 q,H01 pω2 q .
ω2 2 ω2
(2.29)
Capítulo 2. Desigualdade de Carleman 28

Para estimar o segundo termo do lado direito da ultima equação, substituímos


∆π “ ∇ ¨ pg ` Dφȳq e integrando por partes temos

´ xe2τ η ∆pπptqq, ζπptqyH ´1 pω2 q,H01 pω2 q “ ´xe2τ η ∇ ¨ pg ` Dφȳqptq, ζπptqyH ´1 pω2 q,H01 pω2 q
ż
“´ e2τ η ∇ ¨ pg ` Dφȳqptqζπptqdx
ω2
N ż
ÿ
“ e2τ η Bi ppgi ` pDφȳqi qptqqζπptqdx
i“1 ω2
ÿN „ ż ż ȷ
“´ ´ pgi ` pDφȳqi qptqBi pe 2τ η
ζπptqqdx ` e 2τ η
pgi ` pDφȳqqi ptqζπptqdx
i“1 ω2 Bω2
ż N
ÿ
ppDφȳq ` gqi ptq Bi pe2τ η ζqπptq ` e2τ η ζBi pπptqq dx
` ˘

ω2 i“1
ż ÿN ż N
ÿ
2τ η
“ ppDφȳq ` gqi ptqBi pe
ζqπptqdx ` ppDφȳq ` gqi ptqe2τ η ζBi pπptqqdx
ω2 ω2 i“1
ż i“1 ż
“ ∇pe2τ η ζq ¨ ppDφȳq ` gqptqπptqdx ` e2τ η ζppDφȳq ` gqptq ¨ ∇pπptqqdx. (2.30)
ω2 ω2

As estimativas a seguir foram obtidas desenvolvendo componente a componente ∇pe2τ η ζq


e ∆pe2τ η ζq, usando desigualdade triangular e propriedades de funções contínuas

|∇pe2τ η ζq| ď C 3 τ ληe2τ η . (2.31)

|∆pe2τ η ζq| ď 2C 2 τ 2 λ2 η 2 e2τ η . (2.32)

Substituindo as desigualdades acima no lado direito de (2.30) temos


ˆ ż ż ˙
´xe ∆pπptqq, ζπptqyH ´1 pω2 q,H01 pω2 q ď C 4 τ λ
2τ η 2 2
e η |πptq| dx `
2τ η 2 2 2τ η 2 2
e p|Dφȳ| ` |g| qptqdx
ω2 ω2
1
ż
` e2τ η ζ|∇πptq|2 dx. (2.33)
2 ω2

Considerando a desigualdade (2.32), podemos estimar o primeiro termo do lado direito de


(2.29)
1
ż ż
∆pe ζq|πptq| dx ď C 2 τ λ
2τ η 2 2 2
e2τ η η 2 |πptq|2 dx. (2.34)
2 ω2 ω2

Substituindo (2.33) e (2.34) em (2.29), temos


ż ż
e ζ ∇πptq ¨ ∇πptqdx ď C 2 τ λ
2τ η 2 2
e2τ η η 2 |πptq|2 dx
ω2 ω2
ˆ ż ż ˙
` C4 τ λ 2 2
e η |πptq| dx `
2τ η 2 2 2τ η 2 2
e p|Dφȳ| ` |g| qptqdx
ω2 ω2
1
ż
` e2τ η ζ ∇πptq ¨ ∇πptqdx.
2 ω2
Capítulo 2. Desigualdade de Carleman 29

Absorvendo a última integral do lado direito com a primeira do lado esquerdo, e tomando
C ˚ “ maxtC 2 , C 4 u na desigualdade anterior, temos

1
ż ˆ ż ż ˙
e ζ ∇πptq ¨ ∇πptqdx ď C τ λ
2τ η ˚ 2 2
e η |πptq| dx `
2τ η 2 2 2τ η 2 2
e p|Dφȳ| ` |g| qptqdx .
2 ω2 ω2 ω2

Substituindo a desigualdade anterior no lado direito de (2.22), obtemos a estimativa


ż ˆ ż ż ˙
e ∇πptq ¨ ∇πptqdx ď C 5 τ λ
2τ η 2 2
e η |πptq| dx `
2τ η 2 2 2τ η 2 2
e p|Dφȳ| ` |g| qptqdx ,
ω1 ω2 ω2

para todo λ ě λ1 pΩ, ωq.


Multiplicando por 2 e substituindo a desigualdade anterior em (2.21) temos
ż ˆ ż
e |∇π| dx ďC 1 τ e2τ η ηp|pDφȳq|2 ` |g|2 qptqdx ` τ 1{2 e2τ }π}2H1{2 pΓq
2τ η 2
Ω Ω
ż ˙ ż
`τ λ2 2
e η |πptq| dx `
2τ η 2 2
e2τ η |∇π|2 dx
ˆ ż ω1 ω1

ďC 1 τ e2τ η ηp|pDφȳq|2 ` |g|2 qptqdx ` τ 1{2 e2τ }π}2H1{2 pΓq



ż ˙ ˆ ż
`τ λ2 2
e η |πptq| dx ` C 5 τ λ
2τ η 2 2 2 2
e2τ η η 2 |πptq|2 dx
ω2 ω2
ż ˙
` e2τ η p|Dφȳ|2 ` |g|2 qptqdx
ˆ ω2ż
ďC̃ τ e2τ η ηp|pDφȳq|2 ` |g|2 qptqdx ` τ 1{2 e2τ }π}2H1{2 pΓq

ż ż ˙
2 2 2τ η 2 2 2τ η 2 2
`τ λ e η |πptq| ` e p|Dφȳ| ` |g| qptqdx
ω2 ω2
ˆ ż
ďC 6 τ e2τ η ηp|pDφȳq|2 ` |g|2 qptqdx

ż ˙
` τ e }π}H1{2 pΓq ` τ λ
1{2 2τ 2 2 2
e η |πptq| dx ,
2τ η 2 2
ω2

ou seja,
ż ˆ ż
e 2τ η
|∇π| dx ďC 6 τ e2τ η ηp|pDφȳq|2 ` |g|2 qptqdx
2
Ω Ω
ż ˙
` τ e }π}H1{2 pΓq ` τ λ
1{2 2τ 2 2 2
e η |πptq| dx ,
2τ η 2 2
(2.35)
ω2

para todo λ ě λ2 pΩ, ωq e τ ě τ .


Agora para substituir a desigualdade anterior em (2.16), consideremos
s 0
τ“ eλm}η }8 . (2.36)
t4 pT ´ tq4
Capítulo 2. Desigualdade de Carleman 30

Observemos que

0 ď pT ´ 2tq2
0 ď T 2 ´ 4T t ` 4t2
ˆ ˙2
T
tpT ´ tq ď
2
8
T
1ď 8 4 .
2 t pT ´ tq4
E tomando
τ 8
T sě
28
temos que a desigualdade (2.35) e satisfeita para τ dado por (2.36).
Substituindo τ na desigualdade (2.35) e multiplicando a mesma por expp´2sµptqq,
onde 0
e5{4λm}η }8
µptq “ 4 ,
t pT ´ tq4
temos
ˆż ˙ ˆ ż
e 2τ η
|∇π| dx e
2 ´2sµptq ´2sµptq
ďC 6 e τ e2τ η ηp|pDφȳq|2 ` |g|2 qptqdx
Ω Ω
ż ˙
` τ e }π}H1{2 pΓq ` τ λ
1{2 2τ 2 2 2
e η |πptq| dx .
2τ η 2 2
(2.37)
ω2

Passando as exponenciais para dentro das integrais e adicionando seus expoentes, temos
˜ ¸
λpm}η 0 } `η 0 pxqq
e 8 e 5{4λm}η 0 }8
e2τ η e´2sµptq “ exp 2s ´ 2s 4
t4 pT ´ tq4 t pT ´ tq4
˜ 0 0
¸
e5{4λm}η }8 ´ eλpm}η }8 `η pxqq
0

“ exp ´2s
t4 pT ´ tq4
“ e´2sα (2.38)

e
˜ 0
¸
eλm}η }8
0
e5{4λm}η }8
2τ ´2sµptq
e e “ exp 2s 4 ´ 2s 4
t pT ´ tq4 t pT ´ tq4
˜ 0
¸
e5{4λm}η }8 ´ eλm}η }8
0

“ exp ´2s
t4 pT ´ tq4
˚
“ e´2sα . (2.39)

Substituindo (2.38) e (2.39) em (2.37) temos


ż ˆ ż
e ´2sα
|∇π| dx ďC 6 τ e´2sα ηp|pDφȳq|2 ` |g|2 qptqdx
2
Ω Ω
ż ˙
1{2 ´2sα˚
`τ e 2 2 2
}π}H1{2 pΓq ` τ λ e η |πptq| dx .
´2sα 2 2
(2.40)
ω2
Capítulo 2. Desigualdade de Carleman 31

Expressando τ e η em termos de s e ξ, temos


0 0
s λm}η 0 } 0 eλpm}η }8 `η q
τη “ 4 e 8e
λη
“s 4 “ sξ,
t pT ´ tq4 t pT ´ tq4
˜ ¸1{2
λm}η 0 }
e 8
τ 1{2 “ s 4 “ s1{2 pξ ˚ q1{2 ,
t pT ´ tq4
˜ 0
¸2 ˜ 0
¸2
2 2 eλm}η }8 λη 0 2 2 eλm}η }8
τ η “ s 4 4
pe q “ s 4 4
“ s2 ξ 2 .
t pT ´ tq t pT ´ tq

Substituindo as igualdades acima na desigualdade (2.47) segue que


ż ˆ ż
e´2sα
|∇πptq| dx ďC 6 s e´2sα ξp|pDφȳq|2 ` |g|2 qptqdx
2
Ω Ω
ż ˙
1{2 ´2sα˚ ˚ 1{2
`s e 2 2 2
pξ q }π}H1{2 pΓq ` s λ e ξ |πptq| dx .
´2sα 2 2
ω2

Finalmente integrando a desigualdade anterior em (0,T) obtemos


żTż ˆ żTż
e´2sα
|∇π| dxdt ďC 6 s
2
e´2sα ξp|pDφȳq|2 ` |g|2 qdxdt
0 Ω 0 Ω
żT
˚
`s1{2 e´2sα pξ ˚ q1{2 }πptq}2H1{2 pΓq dt
0
żTż ˙
2 2
`s λ e ξ |πptq| dxdt ,
´2sα 2 2
(2.41)
0 ω2

para todo λ ě λ2 e s ě s0 T 8 .

PASSO 3. Estimativa do traço de π


Estimaremos o terceiro termo do lado direito de (2.41) mediante integrais que envolvem
os termos |g|2 , |ϕ|2 e |∆ϕ|2 com expoentes adequados para os parâmetros s e λ. Para isso
usaremos estimativas clássicas para um sistema de Navier Stokes as quais podem ser
encontradas em Imanuvilov [3].
Considere as funções
˚
φ˚ “ s1{4 e´sα pξ ˚ q1{4 ,
˚
π ˚ “ s1{4 e´sα pπ ˚ q1{4 . (2.42)

Como
˚ ˚
φ˚t “ s1{4 pe´sα pξ ˚ q1{4 qt φ ` s1{4 e´sα pξ ˚ q1{4 φt ,
˚
∆φ˚ “ s1{4 e´sα pξ ˚ q1{4 ∆φ,
˚
∇π ˚ “ s1{4 e´sα pξ ˚ q1{4 ∇π,
Capítulo 2. Desigualdade de Carleman 32

e
´φt ´ ∆φ ´ Dφȳ ` ∇π “ g,
então φ˚ e π ˚ satisfazem o sistema
$


’ ´φ˚t ´ ∆φ˚ ` ∇π ˚ “ g ˚ em Q,


&∇ ¨ φ ˚ “ 0

em Q,
(2.43)


’ φ˚ “ 0 em Σ,


%φ˚ pT q “ 0

em Q.
Aqui
˚ ˚ ˚
g ˚ “ s1{4 e´sα pξ ˚ q1{4 g ` s1{4 e´sα pξ ˚ q1{4 Dφy ´ s1{4 pe´sα pξ ˚ q1{4 qt φ.

Usando propriedades de regularidade da equação de evolução de Stokes(veja


Temam [5]), temos que

φ˚ P L2 p0, T ; H 2 pΩqN X V q X L8 p0, T ; V q,


φ˚t P L2 p0, T ; Hq,
π ˚ P L2 p0, T ; H 1 pΩq.

Além disso, temos que as funções anteriores são limitadas em seus respectivos espaços pela
norma L2 do termo do lado direito da primeira equação do sistema (2.43), isto é,
żT
˚ 2
∥π ∥L2 p0,T ;H 1 pΩqq “ ∥π ˚ ptq∥H 1{2 pBΩq
ij0 ij
“ ˚ 2 ˚ 2
p|π | ` |∇π | qdxdt ď C 8 |g ˚ |2 dxdt. (2.44)
Q Q

como
˚ ˚ ˚
|g ˚ |2 “ |s1{4 e´sα pξ ˚ q1{4 g ` s1{4 e´sα pξ ˚ q1{4 Dφy ´ s1{4 pe´sα pξ ˚ q1{4 qt φ|2
´ ˚ ˚ ˚
¯2
ď |s1{4 e´sα pξ ˚ q1{4 g| ` |s1{4 e´sα pξ ˚ q1{4 Dφy| ` |s1{4 pe´sα pξ ˚ q1{4 qt φ|
´ ˚ ˚ ˚
¯
ď C |s1{4 e´sα pξ ˚ q1{4 g|2 ` |s1{4 e´sα pξ ˚ q1{4 Dφy|2 ` |s1{4 pe´sα pξ ˚ q1{4 qt φ|2
´ ¯
1{2 ´2sα˚ ˚ 1{2 2 1{2 ´2sα˚ ˚ 1{2 2 1{2 ´sα˚ ˚ 1{4 2 2
“C s e pξ q |g| ` s e pξ q |Dφy| ` s |pe pξ q qt | |φ| ,

Substituindo a desigualdade anterior no lado direito de (2.44), temos


¨
ij
˚
˚ 2
∥π ∥L2 p0,T ;H 1 pΩqq ďC 9 s
˝ 1{2
e´2sα pξ ˚ q1{2 |g|2 dxdt
Q
ij
˚
`s1{2 e´2sα pξ ˚ q1{2 |Dφy|2 dxdt
Q
˛
ij
˚
`s1{2 |pe´sα pξ ˚ q1{4 qt |2 |φ|2 dxdt‚. (2.45)
Q
Capítulo 2. Desigualdade de Carleman 33

Substituindo a desigualdade (2.11) no segundo termo do lado direito da desigualdade


anterior temos
¨
ij
˚
˚ 2
∥π ∥L2 p0,T ;H 1 pΩqq ď C 10 ˝s 1{2
e´2sα pξ ˚ q1{2 |g|2 dxdt
Q
ij
˚
`s3{2 }ȳ}28 e´2sα pξ ˚ q1{2 ξ|∇φ|2 dxdt
Q
˛
ij
˚
`s1{2 |pe´sα pξ ˚ q1{4 qt |2 |φ|2 dxdt‚. (2.46)
Q

Considere agora as definições para α˚ e ξ ˚ dadas em (2.2), então

ξ ˚ ptq ď ξpx, tq,


˚
e´2sα ě e´2sα .

Substituindo as desigualdades anteriores no lado direito de (2.46), temos


¨
ij
˚ 2
∥π ∥L2 p0,T ;H 1 pΩqq ď C 10 ˝s 1{2
e´2sα pξq1{2 |g|2 dxdt
Q
ij
`s3{2 }ȳ}28 e´2sα pξq3{2 |∇φ|2 dxdt
Q
˛
ij
˚
`s1{2 |pe´sα pξ ˚ q1{4 qt |2 |φ|2 dxdt‚
Q
¨
ij
ď C 10 ˝s1{2 e´2sα ξ|g|2 dxdt
Q
ij
`s3{2 }ȳ}28 e´2sα pξq3{2 |∇φ|2 dxdt
Q
˛
ij
˚
`s1{2 |pe´sα pξ ˚ q1{4 qt |2 |φ|2 dxdt‚.
Q

Portanto,
¨
ij
∥π ˚ ∥2L2 p0,T ;H 1 pΩqq ď C 10 ˝s1{2 e´2sα ξ|g|2 dxdt
Q
ij
`s3{2 }ȳ}28 e´2sα pξq3{2 |∇φ|2 dxdt
Q
˛
ij
˚
`s1{2 |pe´sα pξ ˚ q1{4 qt |2 |φ|2 dxdt‚. (2.47)
Q
Capítulo 2. Desigualdade de Carleman 34

Agora vamos obter uma estimativa para o terceiro termo do lado direito da
desigualdade anterior. Para isso vamos estimar a derivada temporal da função peso
˚
e´sα pξ ˚ q1{4

1 ˚ 3{4 ˚
ˆ ˙
´sα˚ ˚ 1{4 ´sα˚ ˚ ˚ 1{4
pe pξ q qt “ e ´sαt pξ q ` pξ q ξt ,
4

considere agora as desigualdades

ξt˚ ď 4T pξ ˚ q5{4 ,
αt˚ ď 4T pξ ˚ q5{4 ,
1 ˚ 3{4 ˚
pξ q ξt ď T pξ ˚ q1{2 ,
4
´ sαt˚ pξ ˚ q1{4 ď 4sT pξ ˚ q3{2 . (2.48)

Tomando C 10 ě 4 temos a estimativa


´ ˚
¯ ˚ ` ˘
e´sα pξ ˚ q1{4 ď C 10 e´sα sT pξ ˚ q3{2 ` T pξ ˚ q1{2
t
˚
ď C 11 e´sα sT pξ ˚ q3{2 . (2.49)

Finalmente como consequência da desigualdade anterior, tem-se


ij ij
´sα˚ ˚ 1{4 2 ˚
|pe pξ q qt | |φ| dxdt ď C 11 s T
2 2 2
e´2sα pξ ˚ q3 |φ|2 dxdt
Q Q
ij
ď C 11 s2 T 2 e´2sα pξq3 |φ|2 dxdt. (2.50)
Q

Agora, substituindo a desigualdade anterior em (2.47), temos


¨
ij
˚ 2
∥π ∥L2 p0,T ;H 1 pΩqq ď C 12 ˝s 1{2
e´2sα ξ|g|2 dxdt
Q
ij
`s3{2 }ȳ}28 e´2sα pξq3{2 |∇φ|2 dxdt
Q
˛
ij
`s5{2 T 2 e´2sα pξq3 |φ|2 dxdt‚. (2.51)
Q
Capítulo 2. Desigualdade de Carleman 35

Observe agora que


żT żT ˆż ˙
´2sα˚ 1{2 ´2sα˚
s 1{2
e pξ q˚ 1{2
}πptq}2H1{2 pBΩq dt “ s e ˚ 1{2
pξ q 2
|π| ` |∇π| 2
dxdt
0 0 Q
ij
˚ ˚
“ s1{2 e´2sα pξ ˚ q1{2 |π|2 ` s1{2 e´2sα pξ ˚ q1{2 |∇π|2 dxdt

ij
“ |π ˚ |2 ` |∇π ˚ |2 dxdt

żT
“ ∥π ˚ ptq∥2H 1{2 pBΩq dt
0

“ ∥π ˚ ∥2L2 p0,T ;H 1 pΩqq ,

ou seja żT
˚
∥π ˚ ∥2L2 p0,T ;H 1 pΩqq “s 1{2
e´2sα pξ ˚ q1{2 }πptq}2H1{2 pBΩq dt.
0

Portanto, considerando a igualdade acima e substituindo em (2.51) temos


¨
żT ij
´2sα˚ ˚ 1{2
s 1{2
e pξ q }πptq}H1{2 pBΩq dt ď C 12 s
2 ˝ 1{2
e´2sα ξ|g|2 dxdt
0
Q
ij
`s3{2 }ȳ}28 e´2sα pξq3{2 |∇φ|2 dxdt
Q
˛
ij
`s5{2 T 2 e´2sα pξq3 |φ|2 dxdt‚. (2.52)
Q

Substituindo a desigualdade anterior em (2.41),tem-se


¨
ij ij
e ´2sα
|∇π| dxdt ďC 12 s }ȳ}8
2 ˝ 2
e´2sα ξ|∇φ|2 dxdt
Q Q
ij ij
`s e ´2sα
ξ|g| dxdt ` s
2 5{2
T 2
e´2sα ξ 3 |φ|2 dxdt
Q Q
˛
ij
`s λ 2 2
e´2sα ξ 2 |π|2 dxdt‚, (2.53)

ω2 ˆp0,T q

para todo λ ě λ0 e s ě s3 T 8 .
Capítulo 2. Desigualdade de Carleman 36

Agora substituindo a última desigualdade no lado direito de (2.10) obtemos


¨
ij
e´2sα ξ 3 |φ|2 dxdt
˚ 3 4
Ips, λ, φq ďC3 ˝s λ
ω1 ˆp0,T q
ij ij
2 2
`s λ e´2sα 2
ξ |π| dxdt ` s
2
e´2sα ξ|g|2 dxdt
ω2 ˆp0,T q Q
˛
ij ij
`s5{2 T 2 e´2sα ξ 3 |φ|2 dxdt ` s }ȳ}28 e´2sα ξ|∇φ|2 dxdt‚, (2.54)
Q Q

para todo λ ě λ3 p1 ` }ȳ}8 q e s ě s3 pT 7 ` T 8 q, onde

λ3 “ λp1 ` }ȳ}8 q, com λ “ maxtλ0 , λ2 u


s3 “ spT 7 ` T 8 q, com s “ maxts2 , s3 u

Agora absorveremos os últimos dois termos da última desigualdade tomando


s ě s4 T e λ ě λ4 }ȳ}8 tal que
4

1
C3 s5{2 T 2 ď s3 , (2.55)
2
1
C3 }ȳ}8 ď λ2 . (2.56)
2
As últimas desigualdades anteriores implicam que
1 3 λ4 3
ij ij ij
5{2 2
C3 s T e ξ |φ| dxdt ď s
´2sα 3 2
e ξ |φ| dxdt ď s
´2sα 3 2
e´2sα ξ 3 |φ|2 dxdt,
2 2
Q Q Q

(2.57)
ij ij
s
C3 s }ȳ}28 e ´2sα
ξ|∇φ| dxdt ď λ2
2
e´2sα ξ|∇φ|2 dxdt. (2.58)
2
Q Q

Considere agora λ5 “ maxtλ3 , λ4 u, então para λ ě λ5 p1 ` }ȳ}8 q e válido (2.58).


Da mesma forma seja s5 “ maxts3 , s4 u, então para s ě s5 pT 7 ` T 8 q e válido (2.57).
Portanto, para λ ě λ5 p1 ` }ȳ}8 q e s ě s5 pT 7 ` T 8 q são válidos (2.54)-(2.58).
Substituindo (2.57) e (2.58) em (2.56), obtemos
¨ ˛
ij ij
Ips, λ, φq ď C3 ˝s3 λ4 e´2sα ξ 3 |φ|2 dxdt ` s2 λ2 e´2sα ξ 2 |π|2 dxdt‚
˚ ‹

ω1 ˆp0,T q ω2 ˆp0,T q
3 4 ij 2 ij
sλ sλ
` e´2sα ξ 3 |φ|2 dxdt ` e´2sα ξ|∇φ|2 dxdt
2 2
Q Q
ij
`s e´2sα ξ|g|2 dxdt,
Q
Capítulo 2. Desigualdade de Carleman 37

para todo λ ě λ5 p1 ` }ȳ}8 q e s ě s5 pT 7 ` T 8 q.


Considere
ij
e´2sα ξ ´1 |φt |2 ` |∆φ|2 dx dt,
´1
` ˘
A“s
Q
ij
B “ sλ2 e´2sα ξ|∇φ|2 dx dt,
Q
ij
C“s λ 3 4
e´2sα ξ 3 |φ|2 dx dt,
Q
ij
D“s λ 3 4
e´2sα ξ 3 |φ|2 dxdt,
ω1 ˆp0,T q
ij
E“s λ 2 2
e´2sα ξ 2 |π|2 dxdtq,
ω2 ˆp0,T q
ij
F “s e´2sα ξ|g|2 dxdt. (2.59)
Q

Substituindo as equações anteriores na última desigualdade, temos

Ips, λ, φq “ A ` B ` C ď C3 pD ` Eq ` C{2 ` B{2 ` F.

Absorvendo termos semelhantes

A ` B{2 ` C{2 ď C 3 pD ` E ` F q
2A ` B ` C ď 2C 3 pD ` E ` F q
Ips, λ, φq “ A ` B ` C ď C4 pD ` E ` F q, C4 “ 2C 3 .

Finalmente a última desigualdade e equivalente a


¨
ij ij
e´2sα ξ 3 |φ|2 dxdt ` s2 λ2 e´2sα ξ 2 |π|2 dxdtq
˚ 3 4
Ips, λ, φq ď C4 ˝s λ
ω1 ˆp0,T q ω2 ˆp0,T q
˛
ij
`s e´2sα ξ|g|2 dxdt‚, (2.60)
Q

para todo λ ě λ5 p1 ` }ȳ}8 q e s ě s5 pT 7 ` T 8 q.

Agora vamos a estimar o segundo termo no lado direito da desigualdade anterior.


Para fazer isso note que o integrando
ij
2 2
sλ e´2sα ξ 2 |π|2 dxdt
ω2 ˆp0,T q
Capítulo 2. Desigualdade de Carleman 38

tem a função de peso ξ 2 dependendo de x e t, multiplicando o termo |π|2 . Substituiremos


a função de peso ξ 2 por outra dependendo apenas de t.
Pelas definições de α̂, ξˆ e θ̂,dadas em 2.2 temos que
0 0
e5{4λm}η }8 ´ eλpm`1q}η }8
α̂ptq “ min αpx, tq “ , (2.61)
xPΩ t4 pT ´ tq4
λpm`1q}η 0 }8
ˆ “ max ξpx, tq “ e
ξptq (2.62)
xPΩ t4 pT ´ tq4
θ̂ptq “ sλe´sα̂ξ̂ (2.63)
ij ij
2 2
sλ e´2sα 2
ξ |π| dxdt ď
2
|θ̂|2 |π|2 dxdt (2.64)
ω2 ˆp0,T q ω2 ˆp0,T q

Além disso podemos tomar πptq tal que


ż
πptqdx “ 0, para todo t P p0, T q (2.65)
ω2

Usando a desigualdade de Poincaré-Wirtinger´s, existe C5 ě 0 tal que


ij ij
|θ̂| |π| dxdt ď C5
2 2
|θ̂|2 |∇π|2 dxdt
ω2 ˆp0,T q ω2 ˆp0,T q

Agora pela primeira equação no sistema (2.1) temos

∇π “ g ` ∆φ ` φt ` Dφȳ

|∇π|2 “ |g ` ∆φ ` φt ` Dφȳ|2 (2.66)


ď Cp|g|2 ` |∆φ|2 ` |φt |2 ` |Dφȳ|2 q (2.67)

então temos que

|∇π|2 “ |g ` ∆φ ` φt ` Dφȳ|2 (2.68)


ď Cp|g|2 ` |∆φ|2 ` |φt |2 ` |Dφȳ|2 q (2.69)
ď C0 p|g|2 ` |∆φ|2 ` |φt |2 ` }ȳ}28 ξ|∇φ|2 q (2.70)

Finalmente
ij ij
2 2
sλ e ξ |π| dxdt ď C5
´2sα 2 2
|θ̂|2 |∇π|2 dxdt
ω2 ˆp0,T q ω2 ˆp0,T q
¨
ij ij
ď C6 ˝ |θ̂| |g| dxdt `
2 2
|θ̂|2 |∆φ|2 dxdt
˚

ω2 ˆp0,T q ω2 ˆp0,T q
˛
ij ij
|θ̂|2 |φt |2 dxdt ` }ȳ}28 ξ |θ̂|2 |∇φ|2 dxdt‚

`
ω2 ˆp0,T q ω2 ˆp0,T q
Capítulo 2. Desigualdade de Carleman 39

PASSO 4 Estimativa da integral local de |∆φ|2


Estimaremos o segundo termo do lado direito da desigualdade anterior que envolve o termo
|∆φ|2 . Para isso sejam os abertos

ω2 Ť ω3 Ť ω4 Ť ω

e uma função ρ P Dpω4 q com ρ ” 1 in ω3 .


Agora seja
upx, tq “ θ̂ptqρpxq∇φpx, T ´ xq em

Sabemos que
´φt ´ ∆φ ´ Dφȳ ´ ∇π “ g
´φt pT ´ tq ´ ∆φpT ´ tq ´ DφȳpT ´ tq ´ ∇πpT ´ tq “ gpT ´ tq
Então

∆pgpT ´ tqq “ ∆p´φt pT ´ tq ´ ∆φpT ´ tq ´ DφȳpT ´ tq ´ ∇πpT ´ tqq (2.71)

´∆pφt pT ´ tqq ´ ∆p∆pgpT ´ tqq “ ∆pDφȳpT ´ tqq ` ∆pgpT ´ tqq ´ ∆p∇πpT ´ tqq
(2.72)

Agora pela equação(11) temos o seguinte

∆πptq “ ∇ ¨ pg ` Dφȳqptq. (2.73)

Note o seguinte

∆p∇πpT ´ tqq “ ∇p∆πpT ´ tqq (2.74)

dai que

∆p∇πpT ´ tqq “ ∇p∇ ¨ pg ` DφȳqpT ´ tqq (2.75)


“ ∇p∇ ¨ DφȳpT ´ tq ` ∇ ¨ gpT ´ tqq
“ ∇p∇ ¨ DφȳpT ´ tqq ` ∇p∇ ¨ gpT ´ tqq

Assim substituindo na desigualdade temos

´∆pφt pT ´ tqq ´ ∆p∆pgpT ´ tqq “ ∆pDφȳpT ´ tqq ` ∆pgpT ´ tqq ´ ∆p∇πpT ´ tqq
(2.76)
“ ∆pDφȳpT ´ tqq ` ∆pgpT ´ tqq
´ ∇p∇ ¨ DφȳpT ´ tqq ´ ∇p∇ ¨ gpT ´ tqq (2.77)

Seja

f “ ∆pDφȳpT ´ tqq ` ∆pgpT ´ tqq ´ ∇p∇ ¨ DφȳpT ´ tqq ´ ∇p∇ ¨ gpT ´ tqq
Capítulo 2. Desigualdade de Carleman 40

Note tambem que

p∆φpT ´ tqqt “ ´∆φt pT ´ tq (2.78)

isto é o seguinte

p∆φpT ´ tqqt ´ ∆p∆φpT ´ tqq “ f (2.79)

Considere agora os seguintes cálculos

upx, tq “ θ̂ptqρpxq∇φpx, T ´ xq

ut “ θ̂t ρpxq∆φpx, T ´ tq ` θ̂ρpxqp∆φpx, T ´ tqqt

∆u “ θ̂ptq∆ pρpxq∆φpx, T ´ tqq

Onde

∆ pρpxq∆φpx, T ´ tqq “ ∆ρpxq∆φpx, T ´ tq ` ρpxq∆p∆φpx, T ´ tqq ` 2∇ρ ¨ ∇∆φpT ´ tq

Então temos que

ut ´ ∆u “ θ̂1 ρpxq∆φpT ´ tq ` θ̂ρpxqp∆φpT ´ tqqt


´ θ̂∆ρpxq∆φpT ´ tq ´ θ̂ρpxqp∆φpT ´ tqqt
´ 2θ̂∇ρ ¨ ∇∆φpT ´ tq
“ θ̂ρr∆φpT ´ tqqt ´ ∆p∆φpT ´ tqs
` θ̂1 ρ∆φpT ´ tq ´ θ̂∆ρ∆φpT ´ tq
´ 2θ̂∇ρ ¨ ∇∆φpT ´ tq
“ θ̂ρf ` θ̂1 ρ∆φpT ´ tq
´ θ̂∆ρ∆φpT ´ tq
´ 2θ̂∇ρ ¨ ∇∆φpT ´ tq

Dai que inferimos $


&u ´ ∆u “ F em RN ˆ p0, T q,
t
(2.80)
%up0q “ 0 em RN .

Onde
F “ θ̂ρf ` θ̂1 ρ∆φpT ´ tq ´ θ̂∆ρ∆φpT ´ tq ´ 2θ̂∇ρ ¨ ∇∆φpT ´ tq.
41

Referências

[1] O. I. A. Fursikov. Controllability of evolution equations. Lecture Notes, Seoul National


University, Korea, 34, 1996. Citado na página 17.

[2] L. C. Evans. Partial Differential Equations, volume 19. American Mathematical


Society, 2010. Citado nas páginas 10, 11, 12, 13, 14, 15 e 16.

[3] O. Imanuvilov. Remarks on exact controllability for the navier–stokes equations.


ESAIM Control Optim. Calc. Var. 6, 34, 2001. Citado na página 31.

[4] J. P. O.Yu. Imanuvilov. Global carleman estimates for weak elliptic nonhomogeneous
dirichlet problem. Math. Res. Notices 16, 34, 2003. Citado na página 18.

[5] T. R. Navier–stokes equations. theory and numerical analysis. Stud. Math. Appl.
North- Holland, Amsterdam–New York–Oxford, .2, 1977. Citado na página 32.

[6] M. C. SANTOS. Controlabilidade aproximada e nula para a equação do calor linear.


Dissertação (Mestrado), 2022. Citado na página 18.
42

Glossário

abnTeX2 suíte para LaTeX que atende os requisitos das normas da ABNT para elaboração
de documentos técnicos e científicos brasileiros. veja LaTeX

equilíbrio da configuração consistência entre os componentes. veja também componente

pai este é uma entrada pai, que possui outras subentradas..


1) componente descriação da entrada componente..

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