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Projeto Integrador IV – Etapa 10

Estudante: Bruno Henrique Rodrigues da Cunha Lemes

A Reforma Trabalhista trouxe mudanças significativas que impactaram as relações de trabalho


nas empresas e o RH está diretamente envolvido neste processo.

Na sua prática profissional, como técnico(a) em RH, haverá situações de divergência de


opiniões entre as partes envolvidas (empresários, empregados e Sindicatos), onde poderá ser
necessário fazer uma mediação imparcial, a fim de obter uma melhor resolução do conflito/
problema.

Considere a seguinte situação:


Você estava participando de uma reunião com a presença do Sindicato, representantes dos
funcionários e o proprietário da empresa. Em um dado momento, surgiu a pauta “Reforma
Trabalhista”, que trouxe diferentes opiniões, conforme abaixo:

Representante do Sindicato:
“Achamos negativas as mudanças na Reforma Trabalhista. Afinal, como vamos garantir que o
empresário vai pagar da forma correta, se não há mais a obrigatoriedade do nosso
acompanhamento na homologação de contratos de trabalho? Como vamos manter nossos
custos (sem as receitas das contribuições) para dar apoio à classe trabalhadora?”

Empregado:
“Acho até bom não ter o desconto da contribuição sindical, porque eu não vejo muito o que o
Sindicato faz pela nossa classe. Por outro lado, se eu for demitido, acho complicado, afinal, como
vou ter certeza de que meus direitos trabalhistas estão sendo respeitados?”

Empresário:
“A Reforma Trabalhista foi positiva, porque agora existe mais liberdade, rapidez e menos
burocracia para negociar direto com meus funcionários. Sem falar da flexibilidade para
contratações e para novos formatos de trabalho (como teletrabalho e trabalho intermitente, por
exemplo)”.

Agora chegou a hora de entender como você, representando o RH da empresa, se posicionaria


neste tipo de situação, caso necessário.
Para ajudar você a criar um posicionamento imparcial, ao representar o empregador, sugerimos
pesquisar, refletir e responder as seguintes questões:

1) O que são sindicatos e qual é a sua finalidade?


R: Um Sindicato é a associação de pessoas que se organizam diante de uma entidade
para garantir os direitos dos trabalhadores. Os Sindicatos destacam-se por suas funções,
entre elas acordos coletivos, intervenção legal em ações judiciais, orientação sobre
questões trabalhistas, participação na elaboração da legislação do trabalho, recebimento
e encaminhamento de denúncias de trabalhadores. Após a Reforma Trabalhista, a
contribuição sindical que antes era obrigatória a todos os trabalhadores e empresas,
passou a ser facultativa. A mudança com relação à obrigatoriedade da contribuição
sindical promoveu uma queda financeira dos sindicatos, que desequilibrou a relação
entre a representação dos trabalhadores e as organizações patronais, prejudicando a
negociação coletiva. Desde 2017, contamos com essas mudanças trabalhistas que obtém
pontos positivos e negativos aos trabalhadores. Uma mudança bem eficaz, foi o saque do
FGTS e a descomplicação no direito ao seguro – desemprego, o que antes necessitava de
uma homologação da rescisão do contrato de trabalho pelo sindicato ou Ministério do
Trabalho, hoje basta a anotação da rescisão em sua carteira de trabalho (CTPS) e a
comunicação do empregador aos órgãos competentes, o que vai deixar o procedimento
mais rápido. Outra eficácia, e garantia de condições iguais para terceirizados, como à
alimentação garantida aos empregados da contratante, quando oferecida em refeitórios,
ao direito de utilizar os serviços de transporte, ao atendimento médico ou ambulatorial
existente nas dependências da contratante ou local por ela designado, ao treinamento
adequado, fornecido pela contratada, quando a atividade o exigir, dentre outros.
Todavia, existem procederes negativos referente a esta Reforma Trabalhista, tal como,
horas extras sem pagamento para trabalhos de Home Office, os meios tecnológicos nos
permitem trabalhar da forma e disponibilidade de horário que queremos, mesmo assim,
devem ser computadas nossas horas extras como qualquer outro setor trabalhista. A
autorização da dispensa coletivas em intervenção sindical, após a reforma, sem
negociação com o sindicato sem medidas que atenuem seu impacto na sociedade. No
entanto, a Reforma Trabalhista trouxe muitas dúvidas, questionamentos e medo para os
colaboradores, pois muitos acreditavam que iriam perder seus direitos. Porém, a
reforma trabalhista surgiu para modernizar as leis, gerar mais empregos e flexibilizar as
relações de trabalho. É de suma importância que todos os funcionários fiquei por dentro
das novas leis, para não sofrerem punições e nem perderem seus direitos.

2) Considerando os impactos da Reforma Trabalhista, cite pelo menos:

a) Dois argumentos a favor da Reforma (prós); e


1) Parcelamento das férias em até três vezes. As férias poderão ser divididas em três
períodos, sendo que um deles não poderá ser inferior a 14 dias corridos e os demais
não poderão ser inferiores a cinco dias corridos, cada um. Mas, para que essa divisão
seja possível é preciso que haja a concordância do empregado, o que é benéfico para
aqueles trabalhadores que realmente tenham interesse em parcelar suas férias em
vários períodos.
2) Permissão da rescisão do contrato de trabalho por comum acordo. Passa a ser
permitido que o trabalhador e a empresa possam rescindir o contrato de trabalho por
comum acordo. Nessa hipótese, o trabalhador recebe metade do aviso prévio e da
indenização pela rescisão (20%) e integralmente as demais verbas. A medida é
interessante para aqueles trabalhadores que, de fato, tenham interesse em pedir
demissão, mas não fazem isso para não renunciar a direitos. Essa espécie de “acordo
para ser demitido” já era praticada, em alguma medida, de modo totalmente
informal, porém, sem qualquer segurança jurídica, já que a lei considerava a prática
como fraude.

b) Dois argumentos a contrários à Reforma;


1) Fim da assistência gratuita na rescisão do contrato de trabalho. Como não há mais a
necessidade de a rescisão do contrato de trabalho ser homologada no sindicato ou no
Ministério do Trabalho, o trabalhador perde a assistência gratuita que verificava se as
verbas pagas pelo empregador na rescisão estavam corretas.
2) Autorização da dispensa coletiva sem intervenção sindical. Até então, a maior parte
dos tribunais trabalhistas vinha entendendo que a demissão coletiva somente poderia
ocorrer após feita uma negociação entre a empresa e o sindicato dos trabalhadores, para
atenuar as consequências das rescisões, já que, diante do número de afetados, a
dispensa coletiva costuma ter grande impacto social. Com a reforma, a dispensa coletiva
pode ser realizada nos mesmos moldes da individual, ou seja, sem negociação com o
sindicato e sem medidas que atenuem seu impacto na sociedade.

3) Como você se posicionaria, representando o empregador, de forma a equilibrar estas


diferentes visões?
Reconhecer a importância dos sindicatos como representantes legítimos dos
trabalhadores e parceiros na negociação coletiva.
 Valorizar a negociação direta entre empregadores e empregados, buscando
acordos que atendam tanto às necessidades das empresas quanto aos direitos e
interesses dos trabalhadores.
 Promover um ambiente de trabalho saudável e respeitoso, respeitando as leis
trabalhistas e buscando a conciliação de interesses.
 Investir em programas de capacitação e desenvolvimento profissional dos
colaboradores, visando o crescimento mútuo e a valorização do trabalho.
 Diálogo e negociação transparente com os sindicatos, visando encontrar
soluções que conciliem os interesses dos empregadores e dos trabalhadores.
 Respeito aos direitos trabalhistas fundamentais, buscando cumprir as leis e
normas vigentes, garantindo um ambiente de trabalho seguro e saudável.

Observação: Como profissional de RH é importante embasar os argumentos, por isso lembre-se


de trazer as referências na lei/ conteúdo/ órgãos/ regulamentos sobre as mudanças ocorridas.

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