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PROJECTO-RUTE Corrigido
PROJECTO-RUTE Corrigido
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CAPÍTULO I 4
1. INTRODUÇÃO 4
1.1. PROBLEMATIZAÇÃO 5
1.2.OBJECTIVOS DA PESQUISA 6
1.4. JUSTIFICATIVA 7
CAPÍTULO II9
2. REVISÃO DA LITERATURA 9
CAPÍTULO III 20
3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 20
6. Referências bibliográficas 26
CAPÍTULO I
1. Introdução
Nas últimas décadas, o discurso sobre saúde deu ênfase às noções de educação, promoção e
participação, num objectivo expresso de aproximar da vida quotidiana das pessoas à
instituição social de saúde, com vista a melhorar o nível de saúde das comunidades.
Subjacente a este discurso está o reconhecimento da necessidade de provocar mudanças num
sistema dominado pelos cuidados clínicos e curativos, com exigências tecnológicas crescentes
e envolvendo importantes investimentos humanos, isto é, a Participação Comunitária, sem
contrapartidas proporcionais nas melhorias ao nível da própria saúde e da satisfação dos
utentes.
Nesta ordem de ideias, o presente projecto científico com tema “Práticas de Fecalismo a Céu
aberto na cidade de Quelimane: caso do bairro de Icidua”, tem como objectivo geral analisar o
contributo da Participação Comunitária na eliminação da práticas de Fecalismo a Céu aberto,
uma vez que as províncias de Zambézia e Nampula, segundo estudos feitos pela FANTA nos
períodos de 2012 a 2018, apresentam uma amostra de 50% das crianças com menos de 5 anos
que sofrem de desnutrição e, por sua vez, a presença das abordagens participativas,
especificamente a Participação Comunitária, tem sido de grande importância no estado
nutricional da população, na medida que se assumem como sendo um dos indicadores de
saúde a nível da comunidade, buscando medidas de consciencialização da população em
relação a higiene sanitária (a não prática do Fecalismo a Céu aberto), bem como alimentar.
O estado de nutrição assume-se como sendo um dos melhores indicadores de saúde, tanto a
nível individual como da comunidade, com destaque para a criança, uma vez que o seu
crescimento e desenvolvimento estão dependentes de uma adequada alimentação e nutrição.
Em casos graves, o mau estado de nutrição, ou seja, desnutrição, acomete todos os órgãos da
criança, tornando-se crónica e levando a óbito, caso não seja tratada adequadamente.
Diante disto, para que essa prática se concretize, faz-se necessária a presença da Participação
Comunitária com visão sistémica e integral do indivíduo, família e comunidade, capaz de
actuar com criatividade e senso crítico, mediante uma prática humanizada, competente e
resolutiva, que envolve acções de promoção, de protecção específica, assistencial e de
reabilitação.
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interacção com a comunidade, no sentido de mobilizá-la, estimular sua participação e
envolvê-la nas actividades nutricionais, de forma dinâmica e com avaliação permanente.
1.2.Objectivos da pesquisa
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1.4. JUSTIFICATIVA
A escolha deste tema justifica-se por um lado, pela crença de que participação comunitária
poderá contribuir em muito na promoção do saneamento, ou seja, na diminuição da prática de
fecalismo a céu aberto no bairro de Icidua e consequentemente a promoção da saúde das
pessoas residente neste bairro. Por outro lado, pelas constantes observações de situações
causadas por esta prática, como são os casos da poluição visual e do ar, proliferação de
vectores causadores de doenças, como por exemplo as moscas, entre outras causas que
atentam contra a saúde dos moradores. Referir que a realização do trabalho em questão possui
as seguintes relevância:
Relevância individual
Como a proponente teve contacto directo com o bairro Icidua, possui interesse pessoal em
apresentar as melhores propostas na eliminação da prática do Fecalismo a Céu Aberto
(FeCA), com vista a fortalecer o estado nutricional da região, uma vez que se tem verificado
projectos da saúde de natureza privada bem como governamentais, tentando aplicar um
método de estado nutricional, muitas vezes de forma inadequada com relação a sua utilização,
na medida que não é avaliada, com relevância, o impacto da presença da Participação
Comunitária.
Relevância científica
Portanto, sob ponto de vista académico, a pesquisa é de extrema importância, na medida que
permitirá aplicar conhecimentos adquiridos durante o convívio académico bem como se
espera que incentive a massa académica na realização de estudos relacionados com a temática
devido a sua relevância e pertinência.
Relevância social
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CAPÍTULO II
2. REVISÃO DA LITERATURA
Conforme foi mencionado na parte introdutória deste trabalho, o capítulo em destaque diz
respeito à Revisão da Literatura. Assim, é neste capítulo onde são discutidos os principais
teóricos de diferentes autores inerentes ao tema.
A Participação Comunitária, como centro do poder local, está cada vez mais preparada e
empenhada na melhoria da saúde da população e tem competências para tal. Nesse sentido,
aParticipação Comunitáriadeve ser detentora da chave para intervir em alguns factores
socioeconómicos e ambientais, condicionantes do estado nutricional da população.
No que diz respeito a uma política de Nutrição e Alimentação, Ferreira & Magalhães (2007),
afirmam que “o papel daParticipação Comunitária passa por enfatizar uma nutrição adequada
e actividade física, estabelecendo-as como uma prioridade para a qualidade de vida e apoiar a
educação alimentar, o envolvimento com parceiros, a comunicação, promovendo hábitos
alimentares saudáveis”. (p. 32)
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populações e no reforço da imagem da comunidade que ficará mais forte, será vista como
proactiva e reconhecida como envolvida nas questões de saúde pública actuais.
O acto de participação é visto em várias dimensões e visa contribuir para um determinado fim
a que os indivíduos se propõem atingir. Ao longo deste ponto vai-se desenvolver os tipos de
participação segundo os autores (Formosinho et al, 2011; Chichava, 1999; & Lima, 2001).
Lima, (1992, cit. em Formosinho et al, 2011) ao descrever a participação, afirma que este
pode ser vista obedecendo três formas:
Participação formal– que está subjacente a forma de organização funcional de uma
organização concebido no seu sistema de comunicação seja ela interna ou externa.
Neste tipo de participação é estabelecido um conjunto de regras com estrutura que
regulam o processo de participação.
Participação mista – estabelecida pela organização em função do que está pré-
definido no regulamento de funcionamento e das relações entre os indivíduos que nela
se juntam.
Participação informal – estabelecida por consensos entre os indivíduos dentro da
organização, tomando em conta as relações informais vinculadas entre estes dentro da
organização. Neste processo de participação não tem uma base escrita sobre os
procedimentos e nem uma estrutura orientadora. Nesta participação está assente os
valores que o grupo aceita em seguir.
Formosinho et al (2011), acrescenta que para perceber melhor a participação dos indivíduos
nas suas diferenciadas formas há necessidade de perceber o processo de envolvimento destes
participantes. Deste modo os actores apresentam três formas de envolvimento:
Participação activa–onde os indivíduos têm a capacidade de auto-mobilização, estes
analisam, sugerem, tomam uma posição, contribuem e reagem positivamente ou
negativamente aos assuntos em debate.
Participação passiva– estão em posição de estar fisicamente presentes, mas não
aderem e também não contrariam as decisões a serem tomadas e por outro lado não
estão estrategicamente formulando acções para mudar a sua posição perante a decisão.
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Participação alienante– uma posição de submissão, onde o que for decidido se segue
porque aqui os indivíduos não participam, mas vão seguindo o que for definido
Por outro lado, Chichava (1999) distingue a participação em sete formas que contribui na
organização e execução do processo de desenvolvimento, nomeadamente:
Participação passiva– esta acontece depois de tudo ser consumado, comunica-se as
actividades a serem desenvolvidas pelas estruturas locais e sem uma prévia consulta as
comunidades abrangidas.
Participação em informação–os indivíduos são apenas informantes das questões que
os investigadores pretendem obter, os indivíduos não são chamados a influenciar no
processo.
Participação pela consulta–está subjacente a recolha de informação na comunidade
por um agente exterior que analisa a informação recolhida e decide o seguimento. Este
processo não envolve a comunidade, apenas esta recebe as decisões tomadas.
Participação por impulso–nesta participação é motivada por um aspecto, exemplo de
chonga Maputo, e quando este incentivo termina, as comunidades não participam.
Participação funcional–as comunidades organizam-se em grupos para adquirir a um
programa implementado por agentes externos.
Participação interactiva– as comunidades interagem com as autoridades
governamentais, participam na elaboração do plano, nas capacitações, na
implementação dos planos, formação das instituições locais e no seu fortalecimento.
Auto-mobilização–as comunidades são dinâmicas, elas se organizam voluntariamente
para realizar mudanças no seu modovivendi. Estas vão a busca de recursos externos
que possam ajudar no melhoramento do seu desempenho e assegurar o seu
fortalecimento.
Nesta forma de participação todos os interessados num determinado projecto, participam
desde o desenho, implementação, monitoria e avaliação. Todos os interessados fazem parte do
processo e asseguram a sua efectividade.
De acordo com o Inquérito sobre o Orçamento Familiar publicada pelo Instituto Nacional de
Estatística (INE 2016), cerca de quarenta e dois por cento (42%) da população urbana de
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Moçambique (3,4 milhões de pessoas) não tem acesso a infra-estruturas básicas de
saneamento e, cerca de dois terços do crescimento populacional de Moçambique está previsto
nas áreas urbanas, o acesso a melhores infra-estruturas de saneamento e serviços de
saneamento nessas áreas continuará sendo um desafio crítico.
Este avanço não é ainda suficiente para o País, pois a falta de um saneamento melhorado custa
aos cofres do Estado, cerca de 4 mil milhões de meticais anualmente – equivalente a 1,2% do
produto interno produto – que se perdem maioritariamente devido às mortes prematuras,
tratamento médico e perdas de produtividade. Devido ao seu carácter transversal, a resolução
dos desafios de saneamento em Moçambique, requer uma abordagem multisectorial com
participação de todas entidades do Estado a todos os níveis, a sociedade civil, o sector privado
e os parceiros de cooperação e desenvolvimento, e que haja espírito de colaboração
interinstitucional para garantir melhores serviços a população moçambicana; daí a visão de
que o saneamento é responsabilidade de todos.
É necessário criar uma nova consciência social que reconhece os impactos negativos na saúde
individual e comunitária da prática de fecalismo a céu aberto, através da promoção de boas
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práticas de higiene e de saneamento á escala, com enfoque na intensidade a todos os níveis e
na qualidade da intervenção. As acções devem ser coordenadas entre sectores, usando
metodologias e abordagens participativas testadas e que resultam no impacto desejado. Os
meios de comunicação de massa devem reforçar as actividades implementadas ao nível
individual, familiar e comunitário, considerando as dinâmicas e barreiras socioculturais
prevalecentes.
Por outro lado, a estratégia orienta para a mobilização de recursos, quer humanos, financeiros
e materiais a todos os níveis, para assegurar o alcance das metas e resultados preconizados. É
também necessário assegurar a introdução sustentável de mudanças institucionais com vista à
descentralização efectiva dos serviços de saneamento e higiene. No que concerne ao
financiamento do saneamento rural, destaca-se a necessidade de aumentar o nível de
financiamento a pelo menos 0,5% do PIB, alinhado com os compromissos internacionais. O
plano orçamental multissectorial, deve também permitir ter uma visão geral das dotações
orçamentais ao saneamento e promoção da higiene, e avaliar o nível de execução financeira
em cada linha orçamental a todos os níveis, incluindo o descentralizado.
A nível de cada comunidade a monitoria será feita pelo líder comunitário de maior escalão
existente ou em alguns casos pelos líderes naturais, que irão articular com as organizações
comunitária de base e reportar ao Chefe da Localidade e sucessivamente aos níveis
imediatamente acima. Ao longo da implementação das acções estratégicas dever-se-á avaliar
a possibilidade de premiação das comunidades que alcancem o estatuto LIFECA. Ao nível
central, os ministérios deverão assegurar que os quadros de monitoria incluam indicadores do
saneamento e higiene.
Actualmente, existe um consenso entre autores estudiosos da desnutrição infantil que sugerem
algumas vertentes determinantes para a desnutrição, destacando-se, entre elas, a adequação do
cuidado, a segurança alimentar, a salubridade do ambiente e acesso aos serviços de saúde.
De acordo com Monteiro (2003), “as causas mais comuns de desnutrição, na infância, são o
desmame precoce, a higienização deficiente na preparação dos alimentos, a falta de vitaminas
e mineiras na dieta e a incidência repetida de infecções, em particular, das doenças diarreicas
e parasitoses intestinais. Aliado a tudo isso, está a pobreza que torna mais frequente a
presença da desnutrição na criança”. (p. 63)
Por sua vez, Nuldelman&Halpern (2011), especificam que, pelo facto da criança depender da
mãe ou responsável para o seu cuidado, a desnutrição tem ligação íntima com o fraco vínculo
mãe-filho, normalmente associado à ocorrência da gestação indesejada, além da
multiparidade, a condição económica da família e a falta de alimento. (p. 48)
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Entende-se com acima citado, que a desnutrição ocorre quando o aporte de alimento é
insuficiente para suprir as necessidades nutricionais. É responsável por mais de 1/3 das mortes
de crianças em todo o mundo. Por outro lado, a falta de conhecimentos necessários para tomar
decisões correctas sobre oconsumo alimentar dos filhos, em adição às infecções
frequentes,particularmente, diarreias e parasitoses, contribuem para as carências específicas
da desnutrição. O insuficiente aporte energético é muitas vezesacompanhado por carências de
nutrientes específicos, como proteínas, ferro ezinco, responsáveis pelo comprometimento do
crescimento na infância.
Nesta ordem de ideia, conclui-se aqui que a desnutrição energética proteica (DEP) apresenta
um elevado índice de mortalidade. Caracteriza-se por um diagnóstico e um tratamento
complexo, oque se agrava a situação nos países em vias de desenvolvimento, eparticularmente
em Moçambique.
Assim, a desnutrição pode ser classificada como leve, ligeira, moderada, grave ou severa,
independentemente de ser aguda ou crónica. Segundo o programamundial de alimentação
(PMA) de 2013, 35% de crianças com menos 5 anosapresentavam desnutrição crónica, sendo
que os países africanos apresentavam os valores mais elevados.
O estado de nutrição assume-se como sendo um dos melhores indicadores de saúde, tanto a
nível individual como da comunidade, com destaque para acriança, uma vez que o seu
crescimento e desenvolvimento estão dependentes de uma adequada alimentação e nutrição.
Conforme Frota e Barroso (2005), o estado nutricional de uma população é determinado por
diversos factores, como a disponibilidade de alimentos em casa, condições ambientais,
socioeconómicas e também pode ser influenciado pelo acesso e pela qualidade da assistência
à saúde, assim como pelas políticas públicas. (p. 67)
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As influências da – boa ou má – nutrição são determinantes nos
primeiros anos de vida, pois estes correspondem à fase mais decisiva
no processo de crescimento e desenvolvimento infantil. Crianças
menores de cinco anos de idade necessitam de um cuidado especial,
devido às suas características biológicas, uma vez que todos os
processos biológicos podem ser afectados por uma alimentação
inadequada, o que pode influenciar negativamente sua capacidade
produtiva e aspectos biopsicossociais. (p. 53)
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CAPÍTULO III
3. Procedimentos Metodológicos
Desta feita, para este trabalho optou-se em usar este tipo de pesquisa, uma vez que para além
de se preocupar com a ocorrência dos fenómenos, isto é, como a Participação Comunitária
contribui na eliminação da prática do Fecalismo a Céu Aberto, também haverá a necessidade
de se triangular a pesquisa, apoiando-se desta forma, nos valores numéricos e mensuráveis,
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onde será possível conhecer quantas pessoas na Comunidade de Icidua estão em estado
nutricional comprometido e quantas delas já passaram por um atendimento por parte dos
promotores das saúde comunitária.
Portanto, cabe afirmar que a pesquisa mista será a mais indicada para este estudo, uma vez
que permitirá um estudo exaustivo e profundo, tendo como fonte de análise uma gama de
fenómenos que decorrem no acto de promoção da saúde pública em nível comunitário.
Nesse sentido, não ocorreu o processo de sondagem com vista a aperfeiçoar ideias, descobrir
intuições e, posteriormente, construir hipóteses, uma vez que o problema proposto já
apresenta aspectos que permitem a visualização dos procedimentos a serem adoptados.
Desta feita, usou-se este método para a obtenção de bases teóricas e científicas, que justificam
os factos e fenómenos a serem observados, através de consultas de uma gama de livros
relacionados com a prática de fecalismo a céu aberto e o estado nutricional, concretamente
nas comunidades Moçambicanas.
Portanto, com este procedimento obter-se-á várias informações que constituirão o corpo
teórico da pesquisa, assim como a elaboração de instrumentos e sua aplicação durante a
realização do trabalho de campo.
Nesta ordem de ideia, olhando para a natureza do problema, o tipo de pesquisa bem como os
objectivos das técnicas e instrumentos de colecta de dados, optou-se em usar nessa pesquisa,
para a recolha de dados, as seguintes técnicas e instrumentos:
3.4.1.Entrevista
Considerando que a entrevista é a obtenção de informações de um entrevistado, sobre um
determinado assunto ou problema, para esta pesquisa optou-se por esta técnica com vista a
obter-se informações quanto à caracterização da amostra, experiência profissional da
Participação Comunitária, a interacção com a comunidade e os programas de promoção da
saúde, a fim de se identificar as dificuldades, as causas e as estratégias adoptadas pela
Participação Comunitária na promoção do estado nutricional.
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Nesta ordem de ideia, farão parte da entrevista cinco (05) abordagens participativas actuantes
na promoção da saúde, especificamente o estado nutricional tendo em conta ao fecalismo a
céu aberto na cidade de Quelimane. Assim, a entrevista será estruturada, onde se elaborará
antecipadamente as questões abertas para a recolha de dados inerentes aos problemas vividos
na região em estudo, respectivamente quanto ao contributo da Participação Comunitária na
eliminação da prática do Fecalismo a Céu Aberto.
3.4.2. Observação
Optou-se por esta técnica para se obter uma percepção racional, atenta, e sistemática dos
fenómenos relacionados com os objectivos aqui traçados, principalmente na observação da
promoção da saúde comunitária, na medida que a observação sistemática não tem
planeamento e controle previamente elaborados, esta técnica ajuda a observar o
comportamento da população em estudo.
Nisso, será efectuado uma observação directa acerca do problema no distrito em estudo, com
vista a familiarizar o proponente do trabalho em relação ao problema, como forma de adquirir
dados concretos da problemática em estudo.
Portanto, esta técnica permitirá entrar em contacto directo com a região e todos seus
componentes, embora não sendo necessário o proponente ter que participar nas acções
realizadas pela Participação Comunitária, pois ficando somente por testemunhar estas
actividades.
3.4.3.Questionário
O questionário é um documento escrito, usado para guiar uma ou mais pessoas a responder a
uma serie de questões, como afirma Chizzott (2005):
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combinada, onde o primeiro proporcionou respostas mais espontâneas e livres, enquanto o
segundo permitirá ao inquirido a economizar o tempo.
3.5.População e Amostra
No campo de pesquisa existe um conjunto total referente aos dados que, por sua vez, um
número considerável deste conjunto vai constituir a amostra, isto é, uma parte
convenientemente seleccionada da população ou universo que vai constituir o seu
subconjunto, como se pode observar a seguir:
3.5.1. População
A população da pesquisa será a cidade de Quelimane, especificamente o bairro Icidua,
correspondente aos profissionais da saúde, Participação Comunitária e a população local.
Acredita-se que com este grupo de população será possível colher informações concretas
sobre a manifestação do problema em estudo, assim como as limitações encontradas pela
Participação Comunitária na eliminação de Fecalismo a Céu Aberto nas comunidades que
ajude a melhorar o estado nutricional.
3.5.2. Amostra
Para esta pesquisa, usar-se-á o tipo de amostra não probabilística, onde contará com um
número de sessenta (60) pessoas. Para a selecção da amostra, proceder-se-á de seguinte modo:
tomar-se-á em causa a área de actuação dos profissionais em relação o propósito da pesquisa.
Sendo assim, será pertinente levar-se dez (10) profissionais responsáveis pela promoção de
saúde comunitária, neste caso nutricionistas e Participação Comunitária e cinquenta
moradores.
1
Vide em anexo
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3.6. Técnicas de tratamento de Dados
Para o tratamento, análise e interpretação de dados, recorrer-se-á a técnica de estabelecimento
de categorias, codificação, tabulação e a técnica de a análise estatística, que consistiu na
apresentação, interpretação e discussão dos quadros construídos com os programas SPSS e
Word.
Sendo assim, para a colecta de dados mediante à Codificação, dividir-se-á em duas partes: a
primeira, classificar-se-á os dados agrupando-os sob determinadas categorias; já a segunda
atribuir-se-á uma letra tendo nisso um significado, com a finalidade de facilitar não só a
tabulação dos dados, mas também sua comunicação.
Por fim, na Triangulação, far-se-á uma ‘triangulação’ dos dados, uma vez que se usará os dois
tipos de pesquisa, a qualitativa e a quantitativa, onde para além da interpretação dos
fenómenos e a atribuição de significados, que são básicos no processo de pesquisa qualitativa,
far-se-á também o uso de dados numéricos.
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6. Referências Bibliográficas
Farias, J.G.; Osório, M.M. (2005). Padrão alimentar de crianças menores de cinco anos.
Campinas.
Fernandes, B.S. (2003). Nova abordagem para o grave problema da desnutrição infantil. São
Paulo.
Fernado, A. R. (2007). Erosão do Solo. Belém.
Malhotra, N. K. (2001). Pesquisa de marketing: uma orientação aplicada. 3. Ed. Porto Alegre:
Bookman.
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Monteiro, C.A. (2003). A Dimensao da pobreza, da desnutrição e da fome no Brasil. São
Paulo: IPEA.
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