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CADERNO IRAS

Vídeo caso Maria

o Avaliar o paciente para identificar os fatores de risco para a aquisição de


infecção;
o Comorbidades: geram processos inflamatórios deixando o paciente mais
susceptível a infecção.
o DM: Compromete a pele do paciente, nesse caso vamos controlar a glicemia, por
exemplo.
o Tabagista: afeta na cicatrização da pele
o Avaliar o paciente para identificar os fatores de risco para infecção.
o Procedimento: toar cuidado com a Inserção, manutenção e a retirada.
o SVD: fazer higienização das mãos com sabão antisséptico. Geralmente realiza a
hemocultura do paciente para ver se esta com infecção.
o S. Epidermides fica na pele do paciente e a OXA residente fica no ambiente
hospitalar.
o Colonização: O organismo já estava presente mas não há reação biológica (não
há reação biológica)
o Para o microrganismo chega na infecção por algum meio: contato direto,
aerossol, gotícula, contato (direto ou objetos contaminados – 90% das
contaminações).
o Grau de contaminação da cirurgia:
o Intestino e boca tem microbiota própria.
o Contaminada: microrganismo que não consegue controlar.
o Não existe infecção zero!
o Tempo de incubação da COVID: de 5 a 7 dias

O que pode gerar uma infecção durante a internação?


 Cuidado na cirurgia
o Infecção de sítio cirúrgico (30 dias após o procedimento
 Falha técnica no procedimento
 Falha técnica na inserção
o Infecção primária de corrente sanguínea
 Estado de saúde do paciente

CCIH
1 médico a cada 200 leitos

PICC: não há muitos estudos que indiquem que diminua infecção do que o CVC.

Aula 2. Infecção relacionada à Assistência à Saúde – IRAS

Tópicos do guia curricular – ensino segurança do paciente da OMS (2011): Um


dos tópicos está a prevenção e controle de infecção.
Toda infecção sempre se procura identificar qual agente infeccioso, sendo
causada por vírus, bactérias, fungos, parasitas e príons (proteínas infectantes).

Quais são os elos de infecção


 Agentes infecciosos (bactérias, fungos, vírus, Rickétsias (parasita que promove
infecção em pacientes mais comprometidos), protozoários – Identificação rápida
e exata dos organismos.
 Reservatórios (Pessoas, equipamentos, água) – Saúde de empregado, condições
sanitárias ambientes, Desinfecção
 Porta de saída (Excreções, secreções, pele, gotículas) – Lavagem das mãos,
Controle de excreções e secreções, Descarte de lixo e resíduos.
 Meios de transmissão (Contato direto, ingestão, fomitos (objetos
contaminados), transmissão pelo ar) – Isolamento, Manuseio de alimento,
Controle do fluxo de ar, Precauções padronizadas, Esterilização, Lavagem das
mãos.
 Porta de entrada (Mucosa, Trato GI, Trato GU, Trato respiratório, Ruptura
cutânea) – Técnica asséptica, Cuidado do cateter, cuidado da ferida.
 Hospedeiro suscetível (Imunodepressão, diabetes, cirurgia, queimaduras,
idosos) – Tratamento das doenças subjacentes, Identificação de alto risco.
Não utiliza bandeja para preparo e administração de medicamento em unidades
de terapia intensiva.
Álcool vai conseguir matar até o microbactéria (estudar essa parte), pressionar e
friccionar 3x. Ele quebra a barreira das bactérias. Tem que usar o 70% pois vai impedir
do álcool evaporar (pesquisar sobre)
Infecção por KPC: utilizar quartenário de amônia. Ela se transmite por contato,
então todas as superfícies próximo ao paciente estão contaminados. Os pacientes
utilizam seus próprios pacientes.
Tipos de limpeza: diária
Os esmaltes cria microfissuras, proporcionando para o fator de infecção. Ele
entra como reservatório de microrganismo.
Qualquer procedimento invasivo é mais adequado utilizar máscara para não
contaminar os materiais necessários.
Ramper: Lugar para colocar as roupas utilizadas nos procedimentos.
Desprezar a água após o banho no expurgo e depois esterilizar a bacia que foi
utilizada para colocar água.
A gotícula é maior que o aerossol, podendo se estabilizar em alguma superfície.
Já o aerossol fica dispensado pelo ar.
Furúnculo: Ele consegue penetrar na pele por um pelo inflamado ou micro lesão.
A tendência é formar em regiões úmidas. A lesão da pústula se não tratada pode
aumentar e promover uma sepse.
Mau de 7 dias em RN.

Nomenclatura
1950: “Contaminação hospitalar” as complicações infecciosas adquiridas em razão da
hospitalização.
“contaminação” substituído por infecção. – Infecção hospitalar
A partir de 2000 – “infecção relacionada à assistência à saúde”

Portaria 2.616/1998
 Infecção hospitalar (IH): É aquela adquirida após a admissão do paciente e que
se manifeste durante a internação ou após a alta, quando puder ser relacionada
com a internação ou procedimento hospitalar.
 Quando, na mesma topografia em que foi diagnosticada infecção comunitária,
for isolado um germe diferente, seguido do agravamento...
 Infecção comunitária (IC):

Iras: Vai para além do hospitalar.

Se não soubermos o tempo de incubação, considerar IRAS:


 48h depois de um procedimento invasivo
 72h de internação sem procedimento invasivo
 90 dias após colocar pino
 SVD, se o diagnostico for após 48h

Aula 5

Causas das IRAS


 Endógenas
o Microrganismos que colonizam a pele e as mucosas do pacientes.
o Condições clínicas predisponentes desse paciente, como baixa
imunidade, associadas a procedimentos diagnóstico-terapêuticos
invasivos.
 Exógenas
o Microrganismos provenientes de outros pacientes, profissionais de saúde,
produtos para saúde, equipamentos e ambientes contaminados.

Translocação bacteriana: ex. A bactéria sai do intestino e vai para outro local.
Não está associado a procedimentos invasivos. Vai ocorrer mais em mucosa.
Microbiota intestinar é importante porque dependendo da doença pode ser
tratado pelas próprias fezes.
Todo local seu suas microbiotas e com seu próprio perfil.
Locais úmidos e mais aquecidos, precisam ter mais rigor em relação a limpeza
para desinfecção.
A recomendação para o uso da máscara de aerossol é guardá-la depois do seu
uso, pois é um meio de cultura por sua unidade. Não deixar pendurado.
Varíola do macaco é a infecção que está mais comum atualmente. A varíola dos
macacos é transmitida pelo vírus monkeypox, que pertence ao gênero orthopoxvirus. É
considerada uma zoonose viral (o vírus é transmitido aos seres humanos a partir de
animais) com sintomas muito semelhantes aos observados em pacientes com varíola,
embora seja clinicamente menos grave. O período de incubação da varíola dos macacos
é geralmente de seis a 13 dias, mas pode variar de cinco a 21 dias, segundo a
Organização Mundial da Saúde (OMS).
Formas de transmissão das IRAS: Contato direto e indireto, gotículas e aerossóis.

Gotículas: são menos dispersas pois vão até 1m de distância e depois caem em
alguma superfície. Não precisa de quarto privativo, mas a distância precisa ser no
mínimo de 1m.
Aerossol: dispersas no ar, com peso diminuído. Controle: paciente em quarto
privativo ou com pacientes com a mesma doença, no quarto com ventilação negativa
com filtro HEPA, troca de gás/ar 3x por hora.
Precaução padrão para pacientes que não tem diagnóstico definido: higienização
das mãos, avental e luva, óculos e máscara e caixa perfurocortante

Programa Nacional de Prevenção e Controle de Infecções relacionadas à


assistência à Saúde (2021-2025): Finalidade de reduzir, em âmbito nacional, a
incidência de IRAS e de meio de Resistência Microbiana (RM) em serviços de saúde,
por meio de implementação de práticas de prevenção e controle de infecções baseadas
em evidências.

Notificações obrigatórias (todas são associadas ao procedimento invasivo):


 sitio cirúrgico (incluindo cesárea)
 Infecção primaria a corrente sanguinea
 infecção do trato urinario relacionado ao cateter
 Pneomonia assisada a VM
CCIH: é a equipe que vai planejar.

Porque serviços devem possuir PCIRAS?


 A obrigatoriedade da existência de PCIRAS nos hospitais foi estabelecida pela
Lei Federal n°9.431/1997, e as ações de prevenção e controle de identificação
hospitalar foram instituídas pela Portaria GM/MS n°2.616/1998.
 Ações de prevenção e controle de infecção, conforme estabelece a RDC
n°36/2013, que institui ações de segurança do paciente, e a RDC n°63/2011, que
dispõe sobre os requisitos de boas práticas de funcionamento para os serviços de
saúde.

Sapato em ambientes críticos: impermeável, fechado, sem cadarço.

Incubação Hepatite A: 10 a 50 dias.


Período de incubação conjuntivite: Há divergência nas literaturas sobre a doença.

AULA 5 – LEGISLAÇÃO
Lei Federal n°9.431/1997: Dispõe sobre a obrigatoriedade de um Programa de
Controle de Infecção no Brasil

Topografia de infecção

Cuidados ao paciente em centro cirúrgico


 Banho pré-operatório  antisséptico
 Tricotomia  realizar imediatamente antes do ato operatório com aparelho
elétrico. Lâmina pode causar micro lesões.
 Processo degermante antes de iniciar a cirurgia: vai degermar com antissptico
vai remover o microrganismo transitório e a residente vai ser inibido inibir o
crescimento. Clorexidina alcoólica tem ação em 2h.
 O uso de antibiótico como profilaxia também pode ser usado para cada tipo de
cirurgia. Faz na hora da anestesia (primeira dose).
 Ferida operatória trocar a partir de 24h após a cirurgia, porém se houver muita
secreção de sangue, sujidade, etc. pode trocar.  a infecção pode ocorrer até 30
dias após a operação, então avaliar nesse período. 90 dias quando for ptótese.
 Cuidado pós-operatório; ferida operatória
 Profissionais – EPI – Roupa privativa
 Limpeza
 Controle de temperatura ambiente (frio)
 Porta com abertura e fechamento adequado
 Adorno zero
 Preparo das mãos: higienização das mãos, escovação.
 Descarte  material/peça biológica
 Controle material/Produto saúde

Aula 6 – Infecção Relacionada à Saúde: ICS, ITU e PAV

ICS: infecção relacionada a corrente sanguínea


ITU: Infecção do trato urinário
PAV: Pneumonia associada a VM.
ISC: Infecção ao sítio cirúrgico

 O paciente crítico usa pelo menos 1 desses equipamentos a cima.


 O paciente precisa estar em uso do dispositivo invasivo por pelo menos 48h, ou
seja, os sinais e sintomas iriam iniciar no 3° dia. O intervalo entre 48h da
inserção do dispositivo até 24h até sua retirada se houver infecção naquele local,
ainda será considerada a infecção relacionada ao dispositivo.

Data da infecção: é a data em que o primeiro elemento (sinal, sintoma ou exames de


imagens ou laboratoriais) utilizado para a definição da infecção ocorreu dentro do
período de janela de infecção de 7 dias.
Indicadores da CCIH

Indicadores de estrutura: Recursos físicos, humanos, materiais e financeiros. Fácil de


serem obtidos, presença ou ausência. Inspeção.
Indicadores de processo: atividades desenvolvidas envolvendo profissionais de saúde e
pacientes, com base em padrões aceitos. Observação direta dos procedimentos.
Conformidade entre o protocolo e a prática.

Indicadores de resultados: Produto da assistência prestada, considerando saúde,


satisfação de padrões e de expectativas. Estrutura e processo que fizeram diferença?
Taxas de infecção, de mortalidade e de letalidade por infecção.

Prevalência = (n° de casos de um evento em uma população exposta / n° de indivíduos


expostos) x 100

Incidência = (n° de casos novos de um evento em uma população exposta / n° de


indivíduos expostos) x 100

DI (densidade de infecção) = (n° de casos de um evento em uma população exposta /


Total de pacientes – dia expostos) x 1000
EX: N° de pacientes com pneumonia associada a VM/ n° de pacientes em VM-dia 
DI = (10/200)x1000 = 50  50 PAV por mil pacientes em VM – dia no mês de
vigilância

Programa Nacional de Prevenção e Controle de Infecções Relacionadas à


Assistência a Saúde (PNPCIRAS)
Objetivos:
1. Reduzir Infecções Primárias da Corrente Sanguínea (IPCS);
2. Reduzir Infecções do Sítio Cirúrgico (ISC);
3. Estabelecer mecanismos de controle sobre a Resistência Microbiana (RM) em
Serviços de Saúde;
4. Aumentar o índice de conformidade do PNPCIRAS, segundo os critérios da
OMS.

Infecção Primária de Corrente Sanguínea Associada a Cateter Central

Critérios para diagnóstico


Critério 1 (causada por um agente patogênico):
o Paciente > 28 dias de uso de cateter central por um período maior que dois dias
de calendário (sendo o D1 o dia de instalação do dispositivo) e que na data da
infecção o paciente estava em uso do dispositivo ou este foi removido no dia
anterior.
o Com agente patogênico identificado em uma ou mais hemoculturas.
o O microrganismo identificado não está relacionado a outro foco infeccioso.

Critério 2 (Causada por um agente contaminante de pele em pacientes > 1ano)


o Paciente > 1 ano em uso de cateter central por um período maior que dois dias
de calendário (sendo o D1 o dia de instalação do dispositivo) e que na data de
infecção o paciente estava em uso do dispositivo ou este foi removido no dia
anterior.
o Apresenta pelo menos um dos seguintes sinais e sintomas:
o Febre (> 38°C)
o Calafrios
o Hipotensão (pressão sistólica < 90mmHg)
o Duas ou mais hemoculturas, coletadas em momento distintos no mesmo dia ou
no máximo no dia seguinte, positivas para agentes contaminantes de pele:
Corynrbacterium spp. (exclui C. diphtheriae), Bacillus spp. (exclui B.
anthracis), Propionibacterium app., Staphylococcus negativa, Streptococcus do
grupo viridans, Aerococcus spp. e Micrococcus spp.
o O microrganismo identificado não está relacionado a outro foco infeccioso.
o Os sinais/sintomas e as hemoculturas positivas ocorreram no Período de Janela
de Infecção.

Pontos de acesso de infecção


 Mãos dos profissionais de saúde
 Microbiota da pele do paciente (Cocos Gram +);
 Colonização da conexão;
 Contaminação do fluido infundido (Enterobactérias – não fermentadores)
 Disseminação hematogênica ( Cocos Gram +; Bacilos Gram -; Candida)
 Contaminação durante a inserção (Cocos Gram +)
Prevenção
 Check list da inserção
 EPIs
 Antissepsia (Clorexidina)
 Campo estéril que cubra o paciente
 Curativo oclusivo estéril

Infecção do Trato urinário associada a cateter vesical de demora


 Médico ou enfermeiro pode passar a sonda.
 Não coletar a urina da bolsa coletora para não dar resultado falso positivo

Critério para os diagnóstico


Critério 1 – AC em pacientes > 1 ano
 Paciente > 1 ano e uso de cateter vesical de demora instalado por um período
maior que dois dias no calendário e que na data da infecção o paciente estava
com o cateter instalado ou este havia sido removido no dia anterior.
 Apresenta pelo menos UM dos seguintes sinais e sintomas, sem outras causas
específicas:
o Febre
o Dor ou desconforto suprapúbico
o Dor ou desconforto lombar
o Urgência miccional
o Aumento da frequência miccional
o Disúria
 Possui cultura de urina positiva com até duas espécies microbianas com > 10 5
UFC/mL.
 Os sinais/sintomas e a primeira urocultura positiva ocorreram no Período de
Janela de Infecção.

Prevenção
o Utilização de barreiras estéreis
o Higienização das mãos (5 momentos)
o Não deixar a bolsa coletora no chão
o Avaliação diária da necessidade do cateter, inserir o cateter somente nas
indicações apropriadas:
o Impossibilidade de micção espontânea, que não possa ser maneja
com cateterismo de alivio ou métodos não invasivos.
o Monitorização do DU por instabilidade hemodinâmica, pós-
operatório por no máximo 24h, excesso cirurgias urológicas
específicas e lesão por pressão estágio 4 em mulheres, com
cicatrização comprometida em contato com a urina.
o Higiene no meato uretral, diariamente e antes da inserção.
o Fixação do cateter na região inferior do abdômen (homem) e na raiz da
coxa (mulheres). Evita tracionamento.
o Bolsa coletora abaixo do íleo da bexiga sem encostar no chão, sendo
esvaziada regularmente.

Pneumonia Associada a VM (PAV)

Infecção vias aéreas inferiores que se desenvolve a partir de 48h após a


intubação endotraqueal e início da VM
 Letalidade 20 a 33%; aumento de 4 a 9 dias de internação.
 Custo adicional estimado em U$ 40.000/paciente
 Uso contínuo de VM aumento de 6 a 21x risco
 SP: 43,6/1000 pacientes/dia
 Pneumonia é a segunda infecção hospitalar mais comum nos EUA, 27% UTI

Rota da migração microbiana: orofaringe  aerossóis  disseminação hematogênica


Fatores de risco
 Inerentes ao hospedeiro;
 Colonização da orofaringe, SNG/SNE, posição supina, coma, imobilização.
 Tubo traqueal
Tubo endotraqueal
o Acesso direto aos pulmões
o Prejudica as defesas do hospedeiro (ex. tosse)
o Aumenta produção de secreção e de aspiração
o Dificulta a higiene bucal
o Reservatório de microrganismos

Diagnósticos
 Radiológico (2 ou mais)
o Piora do infiltrado
o Opacificação
o Cavitação
 Clínico
o Febre ou leucopenia ou leucocitose
o Mudança das características da secreção ou piora da troca gasosa
o Hemocultura sem outro foco, aspirado > 105 tomar cuidado para não
coletar secreção do tubo e não do alvéolo.

Prevenção
 Higiene oral;
 Realiza o acompanhamento em VM pelo controle de infecção;
 Utilização de protocolo de prevenção
 Capacitação dos profissionais;
 Planejamento do cuidado com visita de equipes multidisciplinar;
 Higiene das mãos (5 momentos)
 Aspiração da secreção localizada a cima do balonete.
 Deve se optar por cânulas endotraqueais com aspiração contínua ou intermitente
com pacientes com previsão de intubação por mais de 48h. A migração de
secreção para os pulmões pode ser evitada pela manutenção correta da pressão
do balonete medida pelo cuffômetro ou do manômetro.
 Elevar a cabeceira entre 30 e 45°.
 Avaliar diariamente o nível de sedação.
 Realizar o teste de respiração espontânea.
 Traqueias do respirador sujas devem ser substituídas para evitar a proliferação
de bactérias.
 Presença do odontólogo dentro da UTI para avaliar o paciente em VM e realizar
as ações necessárias de higienização bucal.

Infecção do sítio cirúrgico (ISC)


 187 a 281 milhões de cirurgia/ano (56 países – 2004) – 1/25 pessoas
 Incidências de IRAS (sítio cirúrgico) 3 a 16%
 Terceira posição entre as IRAS
 Mortalidade de 5 a 10%
 60% das ISC são passíveis de prevenção
 21 a 94% das ISC são detectáveis após alta hospitalar

Auto-clave: alta temperatura para esterilização

Definições
1. Cirurgia em paciente internado em serviço de saúde
a. Centro cirúrgico
b. Pelo menos uma incisão e uma sutura
c. Internação superior a 24h
d. Exclui: desbridamento cirúrgico, drenagem, episiotomia e biópsias que
não envolvam vísceras ou cavidades.
2. Cirurgia ambulatorial
a. Regime ambulatorial (hospital-dia) o internação inferior a 24h
b. Pelo menos uma incisão e uma sutura
c. Exclui: desbridamento cirúrgico, drenagem, episiotomia e biópsias que
não envolvam vísceras ou cavidades.
3. Cirurgia endovascular
a. Procedimento percutâneo via endovascular
b. Inserção de prótese (exceto stents)
4. Cirurgia endoscópica com penetração de cavidade
a. Via endoscópica
b. Manipulação de cavidade ou víscera através da mucosa
c. Inclui: cirurgias trasngástricas e transvaginais, cirurgias urológicas e
cirurgias transnasais.
5. Implantes
a. Todo corpo estranho implantável não derivado de tecido humano (ex:
válvula cardíaca, transplante vascular não humano, implante ortopédico,
etc.)
b. Superfície epitelial ou ocular
c. Exceto drenos cirúrgicos (vai ficar temporariamente)

Potencial de contaminação
o Limpa:
o Operações eletivas, feridas não infectadas.
o Sítios cirúrgicos sem inflamação.
o Sem abordagem vísceras ocas.
o Primariamente fechadas ou drenagem fechada.
o Não há quebra de técnica.
o Trauma não penetrante
o Potencialmente contaminada
o Trato digestivo, respiratório, geniturinário e orofaringe sem infecção.
o Cirurgia biliar sem ingecção.
o Contaminada
o Feridas traumáticas abertas recentes (<24h)
o Contaminação grosseira durante a cirurgia do trato digestivo,
manipulação de via biliar ou geniturinária com presença de bile ou urina
infectada.
o Quebra de técnica
o Inflamação aguda não purulenta.
o Infectadas
o Feridas traumáticas com tecido desvitalizado, corpos estranhos ou
contaminação fecal.
o Trauma penetrante há mais de 4 horas
o Vísceras perfuradas ou secreção purulenta encontradas durante a
cirurgia.

Classificação da infecção a partir da região lesionada


a. Subcutâneo ( ISC incisional superficial)
a. Drenagem purulenta da incisão superficial
b. Cultura positiva de fluídos ou tecido obtido da incisão
c. Pelo menos um dos sinais (dor, eritema, calor) e incisão aberta pelo
médico, exceto se a cultura for negativa.
d. Diagnóstico de infecção pelo médico.
b. Vai até a fáscia músculo (ISC incisional profunda)
a. Drenagem purulenta da incisão profunda
b. Deiscência espontânea da incisão ou abertura pelo cirurgião e pelo
menos um dos sinais (dor, eritema, calor)
c. Abscesso ou outra evidência de infecção envolvendo a incisão profunda
visualizado durante exame direto, re-operação, exame histopatológico ou
imagem.
d. Diagnóstico de infecção pelo médico.
c. Órgão ou cavidade
a. Drenagem purulenta pelo dreno
b. Cultura positiva de fluídos ou tecido ou órgão ou cavidade
c. Abscesso ou outra evidência de infecção envolvendo a incisão profunda
visualizado durante exame direto, re-operação, exame histopatológico ou
imagem.
d. Diagnóstico de infecção pelo médico.

Critérios de infecção - ANVISA (O diagnóstico vai ser feito pelo médico infectologista)

 Osteomielite do esterno após cirurgia cardíaca ou endoftamites


 Cirurgia endoscópica com penetração de cavidade
 Toda infecção do trato urinário após cirurgia urológica
 Atenção: não considerar que a eliminação de secreção purulenta pelo dreno seja
necessariamente sinal de infecção ISC-OC (órgão/cavidade).

Prevenção do sítio cirúrgico


o Pré-operatório de cirurgias de grande porte e com implantes, é importante
investigar os portadores nasais de Staphilos cocos aureos e realizar banho com
antisséptico (Clorexidina somente usar no pescoço para baixo).
o No caso de cirurgia na cabeça, utilizar PVPI.
o Dizer ao paciente tomar banho com sabão neutro na noite anterior ou na manhã
da cirurgia. E após usar toalha, roupa de cama e pijamas limpos. Higiene oral
com clorexidina 0,12% é indicada quando há indicação de intubação
orotraqueal.
o Se os pelos interferir, realizar a tricotomia com tricotomizador elétrico
imediatamente antes da cirurgia, fora da sala operatória.
o Antissepsia cirúrgica das mãos, com degermantes clorexidina 2% ou PVPI. Ou
produto a base de álcool.
o Sem adorno
o Unhas cortadas e limpas
o Profilaxia antimicrobiana, administrada até 60min antes da incisão cirúrgica e
suspensa em até 24h.
o Em cirurgias prolongadas as doses devem ser repetidas ao longo do
procedimento.
o Na sala cirúrgica deve se manter com as portas fechadas, limitar o numero de
pessoas, não levando celulares, bolsas ou alimentos.
o Controle da glicemia. < 180 mg/dL por 24 até o final da anestesia e manter a
temperatura corporal acima de 35,5°C no período perioperatório.
o É essencial aplicar clorexidina ou PVPI no campo operatório, utilizando a
técnica de vai e vem.
o Usar EPIs estéreis
o Check list da cirurgia cirúrgica.
o Pós-operatório: higienização das mãos.
Coronavírus (COVID-19)

 Se o paciente manifestar sinais e sintomas e tiver o diagnóstico no período


anterior de 7 dias da sua internação, a infecção é comunitária. Chegou no
hospital em período de incubação.
 Se for mais de 7 dias, vai estar associada a IRAS

Transmissão em serviços de saúde


o De pacientes/acompanhante/visitante outros De
pacientes/acompanhante/visitante
o De pacientes/acompanhante/visitante  Profissionais do serviço de saúde
o Profissionais do serviço de saúde  De pacientes/acompanhante/visitante
o Profissionais do serviço de saúde  Profissionais do serviço de saúde

A Máscara cirúrgica por baixo e a de tecido por cima pode proporcionar um


melhor adequamento ao rosto da pessoa.

Colocação EPI
1. Higienização das mãos
2. Separar o material que vai usar no isolamento
3. Avental impermeável
4. Máscara (N95) (teste de vedação)
5. Gorro (tapando as orelhas)
6. Face Shield
7. Higienizar as mãos
8. Colocar luvas – cobrindo o punho do avental
Retirada EPIs (iniciar pelo mais contaminado)
1. Luvas de procedimento;
2. Higiene das mãos;
3. Avental;
4. Face-shield
5. Gorro
6. Máscara
7. Higiene das mãos

Validade dos equipamentos utilizados na assistência de enfermagem

Equipo nutrição parenteral: A cada frasco da dieta parenteral (geralmente são 12h e
24h);

Equipo Acesso Venoso: 72h

SNG: 7 dias
SNE: 30 dias

SVD: avaliar todo dia para ver a necessidade do seu uso.

Umidificador O2: 48h


Cateter O2: 48h

Frasco de aspiração: 24h

CVC: Tempo indeterminado – observar sinais de infecção.

Sonda de aspiração fechada: 96h

Flebite: não é de notificação obrigatória pela CCIH


Infecção de corrente sanguínea relacionada ao CVC: É de notificação obrigatória
Tudo endotraqueal: também é de notificação obrigatória (SVC também – o que é?)

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