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MANUAL DO

Maria Clara Medeiros


EDUCADOR
FORMAÇÃO CONTINUADA

CIÊNCIAS

5 o
ANO

ENSINO FUNDAMENTAL

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Maria Clara Medeiros

Manual do Educador
Ciências
5o ano - Ensino Fundamental

EDITORAS IMAGENS VETORIAIS


Isabela Nóbrega Freepik.com
Márcia Regina Silva Shutterstock.com

REVISÃO DE TEXTO COORDENAÇÃO EDITORIAL


Elenita Maciel

PROJETO GRÁFICO, ILUSTRAÇÕES,


CAPA E EDITORAÇÃO ELETRÔNICA
Mirai Assessoria em Comunicação Ltda.
CNPJ: 07.209.351/0001-56

ISBN: 978-85-8207-691-0
4a edição

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei no 9.610, de 19 de fevereiro de 1998.

Fizeram-se todos os esforços para localizar os detentores dos direitos das fotos,
das ilustrações e dos textos contidos neste livro.

A Formando Cidadãos Editora pede desculpas se houve alguma omissão e,


em edições futuras, terá prazer em incluir quaisquer créditos faltantes.

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Apresentação
Caro educador,

Este Manual foi elaborado e organizado com a finalidade de auxiliá-lo


em suas aulas de Ciências e está estruturado de forma prática, funcional
e didática, dinamizando sua atuação pedagógica. Nele, você encontrará
dinâmicas, fundamentações, orientações didáticas e pedagógicas que
ajudam no despertar do interesse dos alunos pelos estudos.

A você, um maravilhoso ano de trabalho e que o seu empenho e a sua


dedicação proporcionem a formação de saberes aos novos cidadãos.

A autora

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Sumário
7 Conhecendo o Manual 86 Página do livro do aluno
9 Estrutura do livro do aluno 87 Fundamentação: Por que ensinar Ciências Na-
11 Sumário do livro do aluno turais no Ensino Fundamental: Ciências Natu-
12 Planejamento de aulas rais e Cidadania
13 Fundamentação 88 10a Semana – Grade semanal
89 Dinâmica para trabalhar o socioemocional
23 Unidade 1 90 Semana de avaliação
24 Conteúdos da unidade e a BNCC 92 Fundamentação: O caso Rosana
26 1a Semana – Grade semanal
27 Dinâmica: Direito à paz 93 Unidade 2
28 Semana de adaptação 94 Conteúdos da unidade e a BNCC
30 2a Semana – Grade semanal 96 11a Semana – Grade semanal
31 Dinâmica: Sol e Lua 97 Dinâmica: Um caminho para o encontro
32 Páginas do livro do aluno 98 Páginas do livro do aluno
36 Fundamentação: Os pais e a formação de um 101 Fundamentação: O ato de ensinar e a condição
bom aluno humana
38 3a Semana – Grade semanal 102 12a Semana – Grade semanal
39 Dinâmica: Planeta de sentimentos bons 103 Dinâmica: Conflito x violência
40 Páginas do livro do aluno 104 Páginas do livro do aluno
45 Fundamentação: A força de interrogação e da 109 Fundamentação: Como priorizar atividades
linguagem interior na solução de conflitos importantes em sua vida
48 4a Semana – Grade semanal
49 Dinâmica: Visita da estrela da paz
50 Páginas do livro do aluno
52 Fundamentação: Disciplina: um bem revisado
54 5a Semana – Grade semanal
55 Dinâmica: Semente de luz
56 Semana de revisão
58 6a Semana – Grade semanal
59 Dinâmica: Terra, água e ar
60 Páginas do livro do aluno
64 Fundamentação: São os alunos que importam
66 7a Semana – Grade semanal
67 Dinâmica: Distribuir notícias boas
68 Páginas do livro do aluno
71 Fundamentação: Ensinar exige o reconhecimento
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de ser condicionado
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74 8a Semana – Grade semanal


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75 Dinâmica: O presente misterioso


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76 Páginas do livro do aluno


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81 Fundamentação: Os quatros pilares da educação


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84 9a Semana – Grade semanal


85 Dinâmica: Quando dizer sim ou não

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Mascha Tace / Shutterstock.com

171 Unidade 3
172 Conteúdos da unidade e a BNCC
174 21a Semana – Grade semanal
175 Dinâmica: A bola e o conhecimento
176 Páginas do livro do aluno
180 Fundamentação: É preciso ajudar os alunos a
entender os textos de Ciências
182 22a Semana – Grade semanal
183 Dinâmica: Círculo dos desconhecidos
112 13a Semana – Grade semanal 184 Páginas do livro do aluno
113 Dinâmica: Lençol furado 188 23a Semana – Grade semanal
114 Páginas do livro do aluno 189 Dinâmica: Jogo da raiva e do afeto
117 Fundamentação: Jogo do amarradão 190 Páginas do livro do aluno
120 14a Semana – Grade semanal 193 Fundamentação: Que escola ensina melhor?
121 Dinâmica: Espírito de equipe 194 24a Semana – Grade semanal
122 Páginas do livro do aluno 195 Dinâmica: Paz e guerra com bonecos
125 Fundamentação: Piaget e a Moralidade 196 Sugestão de atividades
128 15a Semana – Grade semanal 197 Fundamentação: Bom professor é o que está
129 Dinâmica: Você mais criativo bem preparado
130 Semana de revisão 198 25a Semana – Grade semanal
131 Fundamentação: Um lugar querido 199 Dinâmica: Decidir em momentos difíceis
132 16a Semana – Grade semanal 200 Semana de revisão
133 Dinâmica: Detalhes da natureza 201 Fundamentação: Professores ignorantes
134 Páginas do livro do aluno 202 26a Semana – Grade semanal
139 Fundamentação: O caso da professora Clarice 203 Dinâmica: Mundo da ajuda
140 17a Semana – Grade semanal 204 Páginas do livro do aluno
141 Dinâmica: Tipos de solo 209 Fundamentação: Ame seu trabalho e seja feliz
142 Páginas do livro do aluno 212 27a Semana – Grade semanal
150 Fundamentação: Responsabilidade do professor 213 Dinâmica: Dinâmicas de cores
152 18a Semana – Grade semanal 214 Páginas do livro do aluno
153 Dinâmica: Aprender a escutar 218 Fundamentação: Na escola, tudo tem seu tempo
154 Páginas do livro do aluno 220 28a Semana – Grade semanal
158 Fundamentação: “(...) lidar com a diversidade” 221 Dinâmica: A vida é boa, ou... é bom viver
160 19a Semana – Grade semanal 222 Páginas do livro do aluno
161 Dinâmica: Como me sinto quando...? 224 Fundamentação: 8 maneiras de estimular
162 Páginas do livro do aluno a criatividade
165 Fundamentação: 5 atitudes para transformar 226 29a Semana – Grade semanal
sonhos em realidade 227 Dinâmica: Sorteio de papéis
166 20a Semana – Grade semanal 228 Páginas do livro do aluno
167 Dinâmica para trabalhar o socioemocional 232 30a Semana – Grade semanal
168 Semana de avaliação 233 Dinâmica para trabalhar o socioemocional
170 Fundamentação: A memória da escola educa 234 Semana de avaliação
os professores 236 Fundamentação: Tornando o ensino
mais proveitoso

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237 Unidade 4 268 Páginas do livro do aluno
238 Conteúdo da coleção e a BNCC 272 Fundamentação: Como ajudar os alunos a
240 31a Semana – Grade semanal encontrar os seus talentos e lidar com as
241 Dinâmica: Molduras do ser integral suas frustrações
242 Páginas do livro do aluno 274 37a Semana – Grade semanal
246 32a Semana – Grade semanal 275 Dinâmica: Frases construtivas
247 Dinâmica: Mãos para sentir 276 Páginas do livro do aluno
248 Páginas do livro do aluno 278 Fundamentação: Aprendizagem: o despertar
251 Fundamentação: Como lidar com a agitação de potencialidades
dos alunos 280 38a Semana – Grade semanal
252 33a Semana – Grade semanal 281 Dinâmica: Corpo triste e corpo feliz
253 Dinâmica: Presente para doar 282 Páginas do livro do aluno
254 Páginas do livro do aluno 286 Fundamentação: Sequência didática – Cuidando
256 34a Semana – Grade semanal do próprio corpo
257 Dinâmica: Respiração oral x respiração nasal 288 39a Semana – Grade semanal
258 Páginas do livro do aluno 289 Dinâmica: Uma prova de fogo
261 Fundamentação: Medidas para envolver os alu- 290 Páginas do livro do aluno
nos e melhorar o relacionamento na sala de aula 295 Fundamentação: Sequência didática – Puberdade:
262 35a Semana – Grade semanal o que é isso?
263 Dinâmica: A avaliação 298 40a Semana – Grade semanal
264 Semana de revisão 299 Dinâmica para trabalhar o socioemocional
265 Fundamentação: Avaliação não é ameaça 300 Semana de avaliação
266 36a Semana – Grade semanal 302 Fundamentação: “O professor não pode viver
267 Dinâmica: Batimento no coração em um inferno emocional sozinho”

2xSamara.com / Shutterstock.com

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Conhecendo o Manual
Este Manual foi concebido para ser um material pedagógico que auxilie o trabalho de professores em sala de
aula, por isso apresenta, além de fundamentações, planejamento de aulas em grades semanais e dinâmicas, a
estrutura e o sumário do livro do aluno.

Estrutura do livro do aluno

Informações sobre a estrutura do livro do aluno, apontando tudo que é necessário para o professor explorá-lo
da melhor maneira.

Sumário do livro do aluno

É apresentada a página de sumário do livro do aluno para que o professor possa ter acesso ao conteúdo anual
que será proposto para as crianças.

Planejamento de aulas Dinâmica

O planejamento de aulas foi pensado para 40 se- Apresenta sugestões de atividades para explorar a
manas com cinco dias letivos, totalizando 200 dias. integração e a socialização das pessoas por meio
Cada semana tem uma estrutura própria: conteú- de propostas que focam na ludicidade e no conheci-
dos da unidade e a BNCC, grade semanal, dinâmi- mento de seus próprios limites e possibilidades.
ca, páginas do livro do aluno e suporte por meio de
orientações didáticas, pedagógicas e sugestões de
atividades. São apresentadas fundamentações ao
longo do manual, e, nas semanas de revisão e avalia-
ção, sugestões de atividades para serem trabalhadas
com os alunos.

Conteúdos da unidade e a BNCC

Antes da abertura de cada unidade, serão apresen-


tados os conteúdos didáticos, os objetos de conhe-
cimento e as habilidades de cada unidade. Assim, o
educador poderá identificar os objetos e as habilida-
des que as crianças deverão demonstrar ao final do
trabalho em cada unidade.

Grade semanal Páginas do livro do aluno

Traz o planejamento semanal dos momentos em que São apresentadas as páginas do livro do
cada área de conhecimento deverá ser trabalhada. aluno propostas para serem trabalhadas ao
Inclusive, apresenta breves orientações de atividades longo da semana. Esta seção acompanha as
que poderão ser realizadas em sala de aula e a indi- orientações didáticas, orientações pedagó-
cação das páginas do livro do aluno que deverão ser gicas, além de sugestões de atividades em
trabalhadas. Além disso, há espaço para registrar as algumas semanas.
datas correspondentes às semanas.

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Todo o Manual contém páginas do livro do aluno
reduzidas. Abaixo de cada página reduzida, serão
apresentadas orientações didáticas, pedagógicas ou
sugestões de atividades relacionadas ao conteúdo
da página.
Assim, materiais complementares com informações
preciosas serão disponibilizados para o educador.

Inserimos também um boxe com as habilidades de


aprendizagem e desenvolvimento da Base Nacional
Comum Curricular (BNCC) nas páginas que são con-
templadas com tais conteúdos.

Fundamentação : Os textos apresentados, em


geral, têm caráter de formação, ou seja, foram
selecionados para dar embasamento e segu-
rança ao professor em relação ao seu trabalho
diário com as crianças.

Atividades de avaliação: Nas semanas de avaliação,


preparamos sugestões de avaliação para que cada
aluno reflita sobre o que estudou e como fez isso.
A reflexão sobre o próprio desempenho é um meio
eficiente para o aluno aprender a identificar e cor-
rigir seus erros, e, para isso, o papel do professor é
fundamental.

Atividades de revisão: Nas semanas de revisão, pre-


paramos algumas atividades referentes aos conteú-
dos trabalhados para cada unidade. Temos, também,
as sugestões de atividades para o professor trabalhar
em sala de aula, caso queira aprimorar os conteúdos
com seus alunos.

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Estrutura do livro do aluno
O livro do aluno está organizado com elementos gráficos específicos:
títulos, textos didáticos, atividades, comandos, boxes e imagens.

Título

Localiza-se, em geral, antes da apresenta-


ção de algum conteúdo específico que será
trabalhado.

Textos didáticos

São textos explicativos que abordam os as-


suntos de maneira simples, clara e objetiva.

Atividades

Seção com propostas de atividades relaciona-


das aos conteúdos e assuntos que estão sendo
trabalhados, de maneira que a construção de
conhecimento possa acontecer por meio de su-
gestões literais, inferenciais e de opinião própria.

Comandos

No início de cada atividade, são apresenta-


dos comandos que, em geral, iniciam-se com
o verbo que orienta a realização da atividade
proposta. Isso porque, ao ouvir ou ler o co-
mando, a criança deverá identificar qual é a
ação que se espera dela para que faça a ativi-
dade corretamente.

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Boxes

Não têm localização predetermina-


da na página, mas são destacados
por cores e, em geral, os conteúdos
correspondem aos temas e assun-
tos complementares e vinculados
ao conteúdo principal, podendo
apresentar curiosidades e dicas.

Páginas do aluno

As páginas do aluno aparece-


rão, ao longo do Manual, com
as respostas.

Livro Atividades de Reforço


Este livro é composto de atividades extras que
servem para reforçar os conteúdos trabalhados
nas disciplinas de Língua Portuguesa, Matemá-
tica, Ciências, História e Geografia.

A Coleção Formando Cidadãos, pensando em


dinamizar suas aulas, preparou este mate-
rial complementar para você. Trata-se de um
recurso visual que ajudará seus alunos na
compreensão e na memorização dos conteúdos
propostos. A apresentação do material pode ser
feita no início da aula, para despertar a curio-
sidade e a atenção do aluno para o que será
trabalhado; pode ser em um momento interme-
diário, para explorar o que já foi mencionado;
ou pode ser no final da aula, para reforçar todo
o conteúdo abordado. Como cada educador(a)
tem a sua própria dinâmica, você também pode
criar outras possibilidades, da maneira mais
adequada a cada turma.

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Sumário do livro do aluno

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Planejamento de aulas
Este Manual foi pensado para ser um facilitador do seu trabalho, educador(a).

Dividimos o planejamento de todos os livros em 40 semanas: 32 semanas para aulas, 4 semanas para
revisões e 4 semanas para avaliações.
Assim, sugerimos que as atividades sigam a seguinte sequência:

Unidades Aulas Revisão Aulas Avaliação

1 a 4 semanas 1 semana 4 semanas 1 semana

2 a 4 semanas 1 semana 4 semanas 1 semana

3 a 4 semanas 1 semana 4 semanas 1 semana

4 a 4 semanas 1 semana 4 semanas 1 semana


JeniFoto / Shutterstock.com

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Base Nacional Comum Curricular

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A área de Ciências da Natureza
A sociedade contemporânea está fortemente
organizada com base no desenvolvimento científico e
tecnológico. Da metalurgia, que produziu ferramentas
e armas, passando por máquinas e motores automa-
tizados, até os atuais chips semicondutores, ciência
e tecnologia vêm se desenvolvendo de forma integra-
da com os modos de vida que as diversas socieda-
des humanas organizaram ao longo da história.
No entanto, o mesmo desenvolvimento científi-
co e tecnológico que resulta em novos ou melhores
produtos e serviços também pode promover desequi-
líbrios na natureza e na sociedade.
Para debater e tomar posição sobre alimentos,
medicamentos, combustíveis, transportes, comuni-
cações, contracepção, saneamento e manutenção da Nessa perspectiva, a área de Ciências da Natu-
vida na Terra, entre muitos outros temas, são im- reza, por meio de um olhar articulado de diversos
prescindíveis tanto conhecimentos éticos, políticos e campos do saber, precisa assegurar aos alunos
culturais quanto científicos. Isso por si só já justifica, do Ensino Fundamental o acesso à diversidade de
na educação formal, a presença da área de Ciências conhecimentos científicos produzidos ao longo da
da Natureza, e de seu compromisso com a formação história, bem como a aproximação gradativa aos
integral dos alunos. principais processos, práticas e procedimentos da
Portanto, ao longo do Ensino Fundamental, a investigação científica.
área de Ciências da Natureza tem um compromisso Espera-se, desse modo, possibilitar que esses
com o desenvolvimento do letramento científico, que alunos tenham um novo olhar sobre o mundo que os
envolve a capacidade de compreender e interpretar o cerca, como também façam escolhas e intervenções
mundo (natural, social e tecnológico), mas também conscientes e pautadas nos princípios da sustentabi-
de transformá-lo com base nos aportes teóricos e lidade e do bem comum.
processuais das ciências. Para tanto, é imprescindível que eles sejam
Em outras palavras, apreender ciência não é a progressivamente estimulados e apoiados no pla-
finalidade última do letramento, mas, sim, o desen- nejamento e na realização cooperativa de atividades
volvimento da capacidade de atuação no e sobre o investigativas, bem como no compartilhamento dos
mundo, importante ao exercício pleno da cidadania. resultados dessas investigações. Isso não significa
realizar atividades seguindo, necessariamente, um
conjunto de etapas predefinidas, tampouco se res-
a área de Ciências da Na- tringir à mera manipulação de objetos ou realização
de experimentos em laboratório.
tureza tem um compromis- Ao contrário, pressupõe organizar as situações
de aprendizagem partindo de questões que sejam
so com o desenvolvimento desafiadoras e, reconhecendo a diversidade cultural,
estimulem o interesse e a curiosidade científica dos
do letramento científico alunos e possibilitem definir problemas, levantar,
analisar e representar resultados; comunicar conclu-
sões e propor intervenções.

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Dessa forma, o processo investigativo deve ser Comunicação
entendido como elemento central na formação dos
estudantes, em um sentido mais amplo, e cujo de- • Organizar e/ou extrapolar conclusões.
senvolvimento deve ser atrelado a situações didáti-
cas planejadas ao longo de toda a educação básica, • Relatar informações de forma oral, escrita
de modo a possibilitar aos alunos revisitar de forma ou multimodal.
reflexiva seus conhecimentos e sua compreensão
acerca do mundo em que vivem. Sendo assim, o en- • Apresentar, de forma sistemática, dados e
sino de Ciências deve promover situações nas quais resultados de investigações.
os alunos possam:
• Participar de discussões de caráter científico
com colegas, professores, familiares e comuni-
Definição de problemas dade em geral.

• Observar o mundo a sua volta e fazer perguntas. • Considerar contra-argumentos para rever pro-
cessos investigativos e conclusões.
• Analisar demandas, delinear problemas e planejar
investigações.
Levantamento, análise e representação
• Propor hipóteses.
• Planejar e realizar atividades de campo
(experimentos, observações, leituras, visitas,
Vitalinka / Shutterstock.com
ambientes virtuais, etc.).

• Desenvolver e utilizar ferramentas, inclusive


digitais, para coleta, análise e representação
de dados (imagens, esquemas, tabelas, grá-
ficos, quadros, diagramas, mapas, modelos,
representações de sistemas, fluxogramas, ma-
pas conceituais, simulações, aplicativos, etc.).

• Avaliar informação (validade, coerência e


adequação ao problema formulado).

• Elaborar explicações e/ou modelos.

• Associar explicações e/ou modelos à evolu-


ção histórica dos conhecimentos científicos
envolvidos.

• Selecionar e construir argumentos com base


em evidências, modelos e/ou conhecimentos
científicos.

• Aprimorar seus saberes e incorporar, gra-


dualmente, e de modo significativo, o conheci-
mento científico.

• Desenvolver soluções para problemas coti-


dianos, usando diferentes ferramentas, inclu-
sive digitais.

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Intervenção

• Implementar soluções e avaliar sua eficácia Considerando esses pressupostos, e em articula-


para resolver problemas cotidianos. ção com as competências gerais da BNCC, a área
de Ciências da Natureza – e, por consequência,
• Desenvolver ações de intervenção para me- o componente curricular de Ciências –, devem
lhorar a qualidade de vida individual, coletiva garantir aos alunos o desenvolvimento de compe-
e socioambiental. tências específicas.

Competências específicas de Ciências da Natureza para o


Ensino Fundamental

1. Compreender as Ciências da Natureza como 5. Construir argumentos com base em dados,


empreendimento humano, e o conhecimento cien- evidências e informações confiáveis e negociar e
tífico como provisório, cultural e histórico. defender ideias e pontos de vista que promovam a
consciência socioambiental e o respeito a si próprio
2. Compreender conceitos fundamentais e es- e ao outro, acolhendo e valorizando a diversidade
truturas explicativas das Ciências da Natureza, de indivíduos e de grupos sociais, sem preconceitos
bem como dominar processos, práticas e proce- de qualquer natureza.
dimentos da investigação científica, de modo a
sentir segurança no debate de questões científi- 6. Utilizar diferentes linguagens e tecnologias digitais
cas, tecnológicas e socioambientais e do mundo de informação e comunicação para se comunicar,
do trabalho, continuar aprendendo e colaborar acessar e disseminar informações, produzir conheci-
para a construção de um sociedade justa, demo- mentos e resolver problemas das Ciências da Natu-
crática e inclusiva. reza de forma crítica, significativa, reflexiva e ética.

3. Analisar, compreender e explicar característi- 7. Conhecer, apreciar e cuidar de si, do seu corpo
cas, fenômenos e processos relativos ao mundo e bem-estar, compreendendo-se na diversidade
natural, social e tecnológico (incluindo o digital), humana, fazendo-se respeitar e respeitando o outro,
como também as relações que se estabelecem recorrendo aos conhecimentos das Ciências da
entre eles, exercitando a curiosidade para fazer Natureza e às suas tecnologias.
perguntas e buscar respostas e criar soluções
(inclusive tecnológicas) com base nos conheci- 8. Agir pessoal e coletivamente com respeito, auto-
mentos das Ciências da Natureza. nomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e
determinação, recorrendo aos conhecimentos das
4. Avaliar aplicações e implicações políticas, Ciências da Natureza para tomar decisões frente a
socioambientais e culturais da ciência e de suas questões científico-tecnológicas e socioambien-
tecnologias para propor alternativas aos desafios tais e a respeito da saúde individual e coletiva, com
do mundo contemporâneo, incluindo aqueles rela- base em princípios éticos, democráticos, sustentá-
tivos ao mundo do trabalho. veis e solidários.

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Ciências
Ao estudar Ciências, as pessoas aprendem a res-
peito de si mesmas, da diversidade e dos processos
de evolução e manutenção da vida, do mundo ma-
terial – com os seus recursos naturais, suas trans-
formações e fontes de energia –, do nosso planeta m
no Sistema Solar e no Universo e da aplicação dos

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conhecimentos científicos nas várias esferas da vida S

humana. Essas aprendizagens, entre outras, possi-


bilitam que os alunos compreendam, expliquem e
intervenham no mundo onde vivem.
Para orientar a elaboração dos currículos de
Ciências, as aprendizagens essenciais a serem asse-
guradas neste componente curricular foram organi-
zadas em três unidades temáticas que se repetem ao
longo de todo o Ensino Fundamental.
A unidade temática Matéria e Energia contempla
o estudo de materiais e suas transformações, fon-
tes e tipos de energia utilizados na vida em geral, na
perspectiva de construir conhecimento sobre a natu-
reza da matéria e dos diferentes usos da energia.
Dessa maneira, nessa unidade, estão envolvi-
dos estudos referentes à ocorrência, à utilização e
ao processamento de recursos naturais e energéti- Em síntese, valorizam-se, nessa fase, os ele-
cos empregados na geração de diferentes tipos de mentos mais concretos e os ambientes que o cer-
energia e na produção e uso consciente de materiais cam (casa, escola e bairro), oferecendo aos alunos a
diversos. Discute-se, também, a perspectiva histórica oportunidade de interação, compreensão e ação no
da apropriação humana desses recursos, com base, seu entorno.
por exemplo, na identificação do uso de materiais em Por sua vez, nos anos finais, a ampliação da rela-
diferentes ambientes e épocas e sua relação com a ção dos jovens com o ambiente possibilita que se es-
sociedade e a tecnologia. tenda a exploração dos fenômenos relacionados aos
Nos anos iniciais, as crianças já se envolvem com materiais e à energia ao âmbito do sistema produtivo
uma série de objetos, materiais e fenômenos em sua e ao seu impacto na qualidade ambiental. Assim, o
vivência diária e na relação com o entorno. Tais expe- aprofundamento da temática dessa unidade, que
riências são o ponto de partida para possibilitar a envolve inclusive a construção de modelos explicati-
construção das primeiras noções sobre os materiais, vos, deve possibilitar aos estudantes fundamentar-se
seus usos e propriedades, bem como suas intera- no conhecimento científico para, por exemplo, avaliar
ções com luz, som, calor, eletricidade e umidade, vantagens e desvantagens da produção de produtos
entre outros elementos. Além de prever a construção sintéticos a partir de recursos naturais, da produção
coletiva de propostas de reciclagem e reutilização de e do uso de determinados combustíveis, bem como
materiais, estimula-se ainda a construção de hábi- da produção, da transformação e da propagação de
tos saudáveis e sustentáveis por meio da discussão diferentes tipos de energia e do funcionamento de
acerca dos riscos associados à integridade física artefatos e equipamentos que possibilitam novas for-
e à qualidade auditiva e visual. Espera-se também mas de interação com o ambiente, estimulando tanto
que os alunos possam reconhecer a importância, por a reflexão para hábitos mais sustentáveis no uso dos
exemplo, da água, em seus diferentes estados, para a recursos naturais e científico-tecnológicos quanto a
agricultura, o clima, a preservação do solo, a geração produção de novas tecnologias e o desenvolvimento
de energia elétrica, a qualidade do ar atmosférico e o de ações coletivas de aproveitamento responsável
equilíbrio dos ecossistemas. dos recursos.

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A unidade temática Vida e Evolução propõe o participação do ser humano nas cadeias alimenta-
estudo de questões relacionadas aos seres vivos res e como elemento modificador do ambiente, seja
(incluindo os seres humanos), suas características evidenciando maneiras mais eficientes de usar os re-
e necessidades, e a vida como fenômeno natural e cursos naturais sem desperdícios, seja discutindo as
social, os elementos essenciais à sua manutenção implicações do consumo excessivo e descarte inade-
e à compreensão dos processos evolutivos que quado dos resíduos. Contempla-se, também, o incen-
geram a diversidade de formas de vida no plane- tivo à proposição e adoção de alternativas individuais
ta. Estudam-se características dos ecossistemas, e coletivas, ancoradas na aplicação do conhecimento
destacando-se as interações dos seres vivos com científico, que concorram para a sustentabilidade
outros seres vivos e com os fatores não vivos do socioambiental. Assim, busca-se promover e incen-
ambiente, com destaque para as interações que tivar uma convivência em maior sintonia com o meio
os seres humanos estabelecem entre si e com ambiente, por meio do uso inteligente e responsável
os demais seres vivos e elementos não vivos do dos recursos naturais, para que estes se recompo-
ambiente. Aborda-se, ainda, a importância da pre- nham no presente e se mantenham no futuro.
servação da biodiversidade e como ela se distribui Outro foco dessa unidade é a percepção de que
nos principais ecossistemas brasileiros. o corpo humano é um todo dinâmico e articulado, e
Nos anos iniciais, as características dos seres que a manutenção e o funcionamento harmonioso
vivos são trabalhadas a partir das ideias, represen- deste conjunto dependem da integração entre as
tações, disposições emocionais e afetivas que os funções específicas desempenhadas pelos diferentes
alunos trazem para a escola. Esses saberes dos alu- sistemas que o compõem. Além disso, destacam-
nos vão sendo organizados a partir de observações -se aspectos relativos à saúde, compreendida não
orientadas, com ênfase na compreensão dos seres somente como um estado de equilíbrio dinâmico do
vivos do entorno, como também dos elos nutricionais corpo, mas como um bem da coletividade, abrindo
que se estabelecem entre eles no ambiente natural. espaço para discutir o que é preciso para promover
Nos anos finais, a partir do reconhecimento das a saúde individual e coletiva, inclusive no âmbito das
relações que ocorrem na natureza, evidencia-se a políticas públicas.
Lorelyn Medina / Shutterstock.com

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Nos anos iniciais, pretende-se que, em continui- Assim, ao abranger com maior detalhe caracte-
dade às abordagens na Educação Infantil, as crianças rísticas importantes para a manutenção da vida na
ampliem os seus conhecimentos e apreço pelo seu Terra, como o efeito estufa e a camada de ozônio,
corpo, identifiquem os cuidados necessários para a espera-se que os estudantes possam compreender
manutenção da saúde e integridade do organismo também alguns fenômenos naturais, como vulcões,
e desenvolvam atitudes de respeito e acolhimento tsunamis e terremotos, bem como aqueles mais
pelas diferenças individuais, tanto no que diz respei- relacionados aos padrões de circulação atmosféri-
to à diversidade étnico-cultural quanto em relação à ca e oceânica e ao aquecimento desigual causado
inclusão de alunos da educação especial. pela forma e pelos movimentos da Terra, em uma
Nos anos finais, são abordados também temas perspectiva de maior ampliação de conhecimentos
relacionados à reprodução e à sexualidade humana, relativos à evolução da vida e do planeta, ao clima e à
assuntos de grande interesse e relevância social nes- previsão do tempo, entre outros fenômenos.
sa faixa etária, assim como são relevantes, também, Os estudantes dos anos iniciais se interessam
o conhecimento das condições de saúde, do sanea- com facilidade pelos objetos celestes, muito por
mento básico, da qualidade do ar e das condições conta da exploração e da valorização dessa te-
nutricionais da população brasileira. mática pelos meios de comunicação, brinquedos,
Pretende-se que os estudantes, ao terminarem o desenhos animados e livros infantis. Dessa forma,
Ensino Fundamental, estejam aptos a compreender a a intenção é aguçar ainda mais a curiosidade das
organização e o funcionamento de seu corpo, assim
como a interpretar as modificações físicas e emocio-
nais que acompanham a adolescência e a reconhecer
o impacto que elas podem ter na autoestima e na se-
gurança de seu próprio corpo. É também fundamen-
tal que tenham condições de assumir o protagonis-
mo na escolha de posicionamentos que representem
autocuidado com seu corpo e respeito com o corpo
do outro, na perspectiva do cuidado integral à saúde
física, mental, sexual e reprodutiva. Além disso, os
estudantes devem ser capazes de compreender o
papel do Estado e das políticas públicas (campanhas
de vacinação, programas de atendimento à saúde da
família e da comunidade, investimento em pesquisa,
campanhas de esclarecimento sobre doenças e veto-
res, entre outros) no desenvolvimento de condições
propícias à saúde.
Na unidade temática Terra e Universo, busca-se
a compreensão de características da Terra, do Sol,
da Lua e de outros corpos celestes – suas dimen-
sões, composição, localizações, movimentos e forças
Africa Studio / Shutterstock.com

que atuam entre eles. Ampliam-se experiências de


observação do céu, do planeta Terra, particularmen-
te das zonas habitadas pelo ser humano e demais
seres vivos, bem como de observação dos principais
fenômenos celestes. Além disso, ao salientar que a
construção dos conhecimentos sobre a Terra e o céu
se deu de diferentes formas em distintas culturas ao
longo da história da humanidade, explora-se a rique-
za envolvida nesses conhecimentos, o que permite,
entre outras coisas, maior valorização de outras for-
mas de conceber o mundo, como os conhecimentos
próprios dos povos indígenas originários.

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FoxyImage / Shutterstock.com
crianças pelos fenômenos naturais e desenvolver A partir de uma compreensão mais aprofundada
o pensamento espacial a partir das experiências da Terra, do Sol e de sua evolução, da nossa galáxia e
cotidianas de observação do céu e dos fenômenos a das ordens de grandeza envolvidas, espera-se que os
elas relacionados. A sistematização dessas obser- alunos possam refletir sobre a posição da Terra e da
vações e o uso adequado dos sistemas de referên- espécie humana no Universo.
cia permitem a identificação de fenômenos e regu- Essas três unidades temáticas devem ser con-
laridades que deram à humanidade, em diferentes sideradas sob a perspectiva da continuidade das
culturas, maior autonomia na regulação da agricul- aprendizagens e da integração com seus objetos de
tura, na conquista de novos espaços, na construção conhecimento ao longo dos anos de escolarização.
de calendários, etc. Portanto, é fundamental que elas não se desenvol-
Nos anos finais, há uma ênfase no estudo de solo, vam isoladamente.
ciclos biogeoquímicos, esferas terrestres e interior Essa integração se evidencia quando temas im-
do planeta, clima e seus efeitos sobre a vida na Terra, portantes como a sustentabilidade socioambiental, o
no intuito de que os estudantes possam desenvolver ambiente, a saúde e a tecnologia são desenvolvidos
uma visão mais sistêmica do planeta com base em nas três unidades temáticas. Por exemplo, para que
princípios de sustentabilidade socioambiental. o estudante compreenda saúde de forma abrangen-
Além disso, o conhecimento espacial é ampliado te, e não relacionada apenas ao seu próprio corpo,
e aprofundado por meio da articulação entre os co- é necessário que ele seja estimulado a pensar em
nhecimentos e as experiências de observação viven- saneamento básico, geração de energia, impactos
ciadas nos anos iniciais, por um lado, e os modelos ambientais, além da ideia de que medicamentos são
explicativos desenvolvidos pela ciência, por outro. substâncias sintéticas que atuam no funcionamento
Dessa forma, privilegia-se, com base em modelos, a do organismo.
explicação de vários fenômenos envolvendo os as- De forma similar, a compreensão do que seja
tros Terra, Lua e Sol, de modo a fundamentar a com- sustentabilidade pressupõe que os alunos, além de
preensão da controvérsia histórica entre as visões entenderem a importância da biodiversidade para a
geocêntrica e heliocêntrica. manutenção dos ecossistemas e do equilíbrio di-

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nâmico socioambiental, sejam capazes de avaliar progressivamente ao longo dos anos. Essas habili-
hábitos de consumo que envolvam recursos naturais dades mobilizam conhecimentos conceituais, lingua-
e artificiais e identifiquem relações dos processos gens e alguns dos principais processos, práticas e
atmosféricos, geológicos, celestes e sociais com as procedimentos de investigação envolvidos na dinâ-
condições necessárias para a manutenção da vida mica da construção de conhecimentos na ciência.
no planeta. Assim, quando é utilizado um determinado verbo
Impossível pensar em uma educação científica em uma habilidade, como “apresentar” ou “relatar”,
contemporânea sem reconhecer os múltiplos pa- estes se referem a procedimentos comuns da ciência,
péis da tecnologia no desenvolvimento da socieda- neste caso relacionado à comunicação, que envolve
de humana. A investigação de materiais para usos também outras etapas do processo investigativo. A
tecnológicos, a aplicação de instrumentos óticos ideia implícita está em relatar, de forma sistemática,
na saúde e na observação do céu, a produção de o resultado de uma coleta de dados e/ou apresentar
material sintético e seus usos, as aplicações das a organização e extrapolação de conclusões, de tal
fontes de energia e suas aplicações e, até mesmo, o forma a considerar os contra-argumentos apresenta-
uso da radiação eletromagnética para diagnóstico dos, no caso de um debate, por exemplo.
e tratamento médico, entre outras situações, são Da mesma forma, quando é utilizado o verbo “ob-
exemplos de como ciência e tecnologia, por um lado, servar”, tem-se em mente o aguçamento da curiosi-
viabilizam a melhoria da qualidade de vida humana, dade dos alunos sobre o mundo, em busca de ques-
mas, por outro, ampliam as desigualdades sociais e tões que possibilitem elaborar hipóteses e construir
a degradação do ambiente. Dessa forma, é impor- explicações sobre a realidade que os cerca.
tante salientar os múltiplos papéis desempenhados Cumpre destacar que os critérios de organização
pela relação ciência-tecnologia-sociedade na vida das habilidades na BNCC (com a explicitação dos
moderna e na vida do planeta Terra como elementos objetos de conhecimento aos quais se relacionam e
centrais no posicionamento e na tomada de deci- do agrupamento desses objetos em unidades temá-
sões frente aos desafios éticos, culturais, políticos e ticas) expressam um arranjo possível (dentre outros).
socioambientais. Portanto, os agrupamentos propostos não devem ser
As unidades temáticas estão estruturadas em um tomados como modelo obrigatório para o desenho
conjunto de habilidades cuja complexidade cresce dos currículos.

Sergiy Bykhunenko / Shutterstock.com

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Ciências no Ensino Fundamental – anos iniciais: unidades temáticas,
objetos de conhecimento e habilidades
Antes de iniciar sua vida escolar, as crianças já ciso oferecer oportunidades para que eles, de fato,
convivem com fenômenos, transformações e com envolvam-se em processos de aprendizagem nos
aparatos tecnológicos de seu dia a dia. Além disso, quais possam vivenciar momentos de investigação
na Educação Infantil, como proposto na BNCC, elas que lhes possibilitem exercitar e ampliar sua curiosi-
têm a oportunidade de explorar ambientes e fenô- dade, aperfeiçoar sua capacidade de observação, de
menos e também a relação com seu próprio corpo e raciocínio lógico e de criação, desenvolver posturas
bem-estar, em todos os campos de experiências. mais colaborativas e sistematizar suas primeiras
Assim, ao iniciar o Ensino Fundamental, os alunos explicações sobre o mundo natural e tecnológico, e
possuem vivências, saberes, interesses e curiosida- sobre seu corpo, sua saúde e seu bem-estar, tendo
des sobre o mundo natural e tecnológico que devem como referência os conhecimentos, as linguagens e
ser valorizados e mobilizados. Esse deve ser o ponto os procedimentos próprios das Ciências da Natureza.
de partida de atividades que assegurem a eles cons- É necessário destacar que, em especial nos dois
truir conhecimentos sistematizados de Ciências, primeiros anos da escolaridade básica, em que se
oferecendo-lhes elementos para que compreendam investe prioritariamente no processo de alfabetiza-
desde fenômenos de seu ambiente imediato até te- ção das crianças, as habilidades de Ciências buscam
máticas mais amplas. propiciar um contexto adequado para a ampliação
Nesse sentido, não basta que os conhecimentos dos contextos de letramento.
científicos sejam apresentados aos alunos. É pre-

k.com
ina / Shutterstoc
Lorelyn Med

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Ciências - 5o ano
Objetos
Unidades temáticas Habilidades
de conhecimento
(EF05CI01) Explorar fenômenos da vida cotidiana que evidenciem
propriedades físicas dos materiais – como densidade, condutibilidade
térmica e elétrica, respostas a forças magnéticas, solubilidade, respos-
tas a forças mecânicas (dureza, elasticidade, etc.), entre outras.
(EF05CI02) Aplicar os conhecimentos sobre as mudanças de estado
físico da água para explicar o ciclo hidrológico e analisar suas implica-
Propriedades físicas ções na agricultura, no clima, na geração de energia elétrica, no provi-
dos materiais mento de água potável e no equilíbrio dos ecossistemas regionais (ou
locais).
Ciclo hidrológico
Matéria e Energia (EF05CI03) Selecionar argumentos que justifiquem a importância da
cobertura vegetal para a manutenção do ciclo da água, a conservação
Consumo consciente dos solos, dos cursos de água e da qualidade do ar atmosférico.

Reciclagem (EF05CI04) Identificar os principais usos da água e de outros materiais


nas atividades cotidianas para discutir e propor formas sustentáveis de
utilização desses recursos.
(EF05CI05) Construir propostas coletivas para um consumo mais
consciente e criar soluções tecnológicas para o descarte adequado e a
reutilização ou reciclagem de materiais consumidos na escola e/ou na
vida cotidiana.
(EF05CI06) Selecionar argumentos que justifiquem por que os sistemas
digestório e respiratório são considerados corresponsáveis pelo pro-
cesso de nutrição do organismo, com base na identificação das funções
desses sistemas.
Nutrição do organismo (EF05CI07) Justificar a relação entre o funcionamento do sistema circu-
latório, a distribuição dos nutrientes pelo organismo e a eliminação dos
Hábitos alimentares resíduos produzidos.
Vida e Evolução (EF05CI08) Organizar um cardápio equilibrado com base nas caracte-
Integração entre os siste- rísticas dos grupos alimentares (nutrientes e calorias) e nas necessida-
mas digestório, respirató- des individuais (atividades realizadas, idade, sexo, etc.) para a manu-
rio e circulatório tenção da saúde do organismo.
(EF05CI09) Discutir a ocorrência de distúrbios nutricionais (como
obesidade, subnutrição, etc.) entre crianças e jovens a partir da análise
de seus hábitos (tipos e quantidade de alimento ingerido, prática de
atividade física, etc.).
(EF05CI10) Identificar algumas constelações no céu, com o apoio de
recursos (como mapas celestes e aplicativos digitais, entre outros), e os
Constelações e mapas períodos do ano em que elas são visíveis no início da noite.
celestes
(EF05CI11) Associar o movimento diário do Sol e das demais estrelas
Movimento de rotação no céu ao movimento de rotação da Terra.
da Terra
Terra e Universo (EF05CI12) Concluir sobre a periodicidade das fases da Lua, com base
na observação e no registro das formas aparentes da Lua no céu ao
Periodicidade das
longo de, pelo menos, dois meses.
fases da Lua
(EF05CI13) Projetar e construir dispositivos para observação à distân-
Instrumentos óticos cia (luneta, periscópio, etc.), para observação ampliada de objetos (lu-
pas, microscópios) ou para registro de imagens (máquinas fotográficas)
e discutir usos sociais desses dispositivos.

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O que vamos estudar:

• O Universo
• Os planetas
• A observação do Universo
• Conhecendo a Terra
• A hidrosfera
• A litosfera, ou crosta terrestre
• A biosfera
• Dinâmica para trabalhar o
socioemocional

Competências específicas de Ciências da Natureza para o Ensino Fundamental

1. Compreender as Ciências da Natureza como empreendimento humano, e o conhecimento científico


como provisório, cultural e histórico.
2. Compreender conceitos fundamentais e estruturas explicativas das Ciências da Natureza, bem como
dominar processos, práticas e procedimentos da investigação científica, de modo a sentir segurança no
debate de questões científicas, tecnológicas, socioambientais e do mundo do trabalho, continuar apren-
dendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.

Base Nacional Comum Curricular – BNCC

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Conteúdos da unidade e a BNCC
Unidade 1
Unidades Objetos
Conteúdo Habilidades
temáticas de conhecimento
O Universo • Terra e Universo • Constelações e mapas (EF05CI10) Identificar algumas conste-
celestes lações no céu, com o apoio de recursos
• Movimento de rotação (como mapas celestes e aplicativos
da Terra digitais, entre outros), e os períodos do
• Periodicidade das fases ano em que elas são visíveis no início
da Lua da noite.
• Instrumentos óticos (EF05CI13) Projetar e construir dispositi-
vos para observação à distância (luneta,
periscópio, etc.), para observação am-
pliada de objetos (lupas, microscópios)
ou para registro de imagens (máquinas
fotográficas) e discutir usos sociais des-
ses dispositivos.

Os planetas • Terra e Universo • Constelações e mapas (EF05CI11) Associar o movimento diário


celestes do Sol e das demais estrelas no céu ao
• Movimento de rotação movimento de rotação da Terra.
da Terra (EF05CI12) Concluir sobre a periodicida-
• Periodicidade das fases de das fases da Lua, com base na obser-
da Lua vação e no registro das formas aparentes
• Instrumentos óticos da Lua no céu ao longo de, pelo menos,
dois meses.

A observação • Terra e Universo • Constelações e mapas (EF05CI10) Identificar algumas conste-


do Universo celestes lações no céu, com o apoio de recursos
• Movimento de rotação (como mapas celestes e aplicativos
da Terra digitais, entre outros), e os períodos do
• Periodicidade das fases ano em que elas são visíveis no início
da Lua da noite.
• Instrumentos óticos (EF05CI13) Projetar e construir dispositi-
vos para observação à distância (luneta,
periscópio, etc.), para observação am-
pliada de objetos (lupas, microscópios)
ou para registro de imagens (máquinas
fotográficas) e discutir usos sociais des-
ses dispositivos.

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Unidades Objetos
Conteúdo Habilidades
temáticas de conhecimento
Conhecendo a Nota: A BNCC não define o estudo do con-
Terra teúdo Conhecendo a Terra como compe-
tência a ser desenvolvida na disciplina de
Ciências do 5o ano – Ensino Fundamental,
― ―
porém consideramos ser este conteúdo
de grande importância para a formação
estudantil, por isso as páginas a seguir
abordam esse objeto de conhecimento.
A hidrosfera • Matéria e energia • Propriedades físicas dos (EF05CI02) Aplicar os conhecimentos so-
materiais bre as mudanças de estado físico da água
• Ciclo hidrológico para explicar o ciclo hidrológico e analisar
• Consumo consciente suas implicações na agricultura, no clima,
• Reciclagem na geração de energia elétrica, no provi-
mento de água potável e no equilíbrio dos
ecossistemas regionais (ou locais).
A litosfera, Nota: A BNCC não define o estudo do
ou crosta conteúdo litosfera, ou crosta terrestre
terrestre como competência a ser desenvolvida na
disciplina de Ciências do 5o ano – Ensino
― ― Fundamental, porém consideramos ser
este conteúdo de grande importância
para a formação estudantil, por isso as
páginas a seguir abordam esse objeto
de conhecimento.
A biosfera Nota: A BNCC não define o estudo do
conteúdo A biosfera como competência a
ser desenvolvida na disciplina de Ciências
do 5o ano – Ensino Fundamental, porém
― ―
consideramos ser este conteúdo de gran-
de importância para a formação estudan-
til, por isso as páginas a seguir abordam
esse objeto de conhecimento.
Dinâmica para Nota: A Base Nacional Comum Curricular
trabalhar o so- (BNCC) define o conjunto de competên-
cioemocional cias gerais, que servem como um guia
― ―
para o aprendizado das crianças e que
devem ser desenvolvidas de forma inte-
grada ao currículo.

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1a Semana - Grade semanal

1o dia
Semana de adaptação.

2o dia
Semana de adaptação.

3o dia
Semana de adaptação.

4o dia
Semana de adaptação.

5o dia
Livre para atividades complementares da sua turma.

Djomas / Shutterstock.com

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Dinâmica
Direito à paz
Objetivo: 3° passo: as crianças começam trabalhando em
• Motivar os alunos a construírem um mundo melhor, um pedaço do painel e, depois, todas podem interagir
com dedicação e entusiasmo. e complementar os desenhos feitos pelos colegas.

• Mostrar ao grupo que são as pequenas coisas que 4° passo: fechamento – Como se deram as intera-
compõem um clima agradável, que animam as pes- ções? Houve conflito por causa do espaço? Como
soas a trabalhar com cooperação e respeito mútuo. cada um percebeu a paz? O que falta na nossa vida
pessoal e coletiva para alcançar essa paz?
Desenvolvimento:
Proponha ao grupo a montagem do “Espaço da Paz”. Variação:
Veja como fazê-lo. • Proponha um “Espaço da Paz” feito com dobradu-
ras, que podem ser confeccionadas pelas crianças. O
1° passo: coloque para o grupo os seis pontos do grupo se reúne para criar, trocar experiências e ajudar
“Manifesto 2000”: respeitar a vida, rejeitar a violência, uns aos outros.
ser generoso, redescobrir a solidariedade, preservar o
planeta e ouvir para compreender. • Antes de oferecer modelos prontos, peça àqueles
que sabem fazer alguma dobradura que ensinem os
2° passo: em seguida, os alunos preparam um painel demais. Distribua papéis e deixe os alunos livres para
de papel para desenhar ou escolhem uma parede criarem suas dobraduras.
da escola que será personalizada com uma pintura.
Cada aluno poderá representar como quiser o que • Estimule a troca de experiências entre os alunos.
entende por cultura da paz. Todos ensinam o que sabem fazer.

• Faça uma exposição dos trabalhos. Assim, outras


pessoas terão a oportunidade de receber as mensa-
gens de paz.

doodlia / Shutt
erstock.com

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Semana de adaptação
Aprender Ciências significa aprender
a perceber, ler e compreender o mundo. Experimentar
Adotando essa perspectiva do ensino
das Ciências, propomos algumas ações As experiências, o experimento, a experimen-
simples que facilitam e dinamizam a tação são essenciais para construir o conheci-
aprendizagem: mento nas Ciências, já que são pressupostos
para seu desenvolvimento. É por meio dessas
ações que conceitos são construídos e recons-
truídos por causa da comprovação ou refutação
de algo num experimento.
Sabe-se que a construção de um conceito
Ouvir, definir, fazer está alicerçado em outros conceitos já construí-
dos, pois se trata de relacioná-los em virtude de
Ouvir as crianças é fundamental para iniciar uma nova situação. Isso acontece porque não
o trabalho a partir dos conhecimentos prévios solucionamos os mesmos problemas em nosso
que elas têm a respeito do mundo que as cerca. cotidiano, ao contrário, nos vemos constante-
Isso deve ser feito porque as crianças exploram mente diante de situações novas e desafiadoras.
naturalmente esse mundo. A curiosidade, desde Assim, é preciso propor atividades práticas du-
a mais tenra idade, é uma característica presente rante o estudo das Ciências para que as crianças
nas ações dos pequenos. possam explorar o ambiente e tudo que nele existe
Fazer questionamentos às crianças é fun- buscando estabelecer as relações perceptíveis.
damental para checar aquilo que sabem ou
como estão compreendendo algo. Questioná-las
para identificar sua lógica, suas hipóteses, suas
deduções, suas observações é necessário para
Tal postura leva a
desenvolver o pensamento científico. criança a aprender com
Só depois de conhecer as crianças e como
elas pensam é indicado definir um tema para o experimento científico
estudá-lo. Devemos partir daquilo que ouvimos
delas, pois é um pressuposto para o envolvimen- porque são muitos seus
to delas, já que se trata de algo de seu interesse.
Apenas dessa maneira, será possível integrar o objetivos: solucionar um
estudo em Ciências ao cotidiano das crianças.
Entretanto, o estudo deve ir além daquilo
problema, testar uma
que a criança já sabe, é preciso ampliar seus
horizontes. Portanto, é importante que se inicie
hipótese, conhecer pela
o estudo a partir do interesse da criança, mas
levá-la a novos conhecimentos e a outros
experiência ou demons-
“mundos” é essencial para manter seu interesse trar um conhecimento.
e curiosidade.
Uma experiência, mesmo sendo prioritaria-
mente bastante simples, é sempre muito inte-
ressante para as crianças, pois estimula suas
competências e habilidades em pensar e agir.

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Pesquisar
Diante de um experimento, independente de seu resultado ou das
considerações que poderão ser feitas, a criança se estimula a apro-
fundar o que está sendo experimentado. Trata-se, portanto, não só de
uma situação diferente da transmissão de conhecimento, mas de sua
construção, porque outros problemas, hipóteses, experiências e conhe-
cimentos surgirão.
Pesquisar exige reflexão, disciplina e organização. Ao pesquisar, as
crianças aprendem a estudar, a buscar o conhecimento, a entender e,
assim, o que se pesquisa torna-se significativo e, portanto, aprende-se.
As pesquisas precisam ser bem elaboradas, seu foco ou objeto
de estudo precisa estar claro para as crianças, as informações e os
dados precisam ser explicados ou, pelo menos, ficar clara a busca de
tal explicação.
Em situações como essas, as crianças precisam ser protagonistas
de seu estudo, seu caminho e, portanto, aprendem e desenvolvem auto-
nomia em relação ao aprender.

Considerar
ANURAK PONGPATIMET / Shutterstock.com

Depois de ouvir, definir, fazer, experimentar e pesquisar, é


preciso levar a criança a sistematizar tudo que foi vivenciado.
As crianças precisam aprender a sintetizar suas descobertas,
comprovações ou refutações.
Para isso, é preciso que, no estudo das Ciências, as
crianças possam, constantemente, fazer registros em relatos,
sínteses, anotações, de tal maneira que possam rever seus
passos ou suas etapas.
Além disso, e preciso considerar o que foi encontrado
para voltar a planejar novas etapas que permitirão avançar
nos estudos.

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2a Semana - Grade semanal

1o dia 3o dia
Ciências: O Universo – páginas 6 e 7 Ciências: O Universo – páginas 8 e 9
Orientação didática: Orientação didática:
• Introduza o assunto O Universo com uma roda de • Solicite às crianças que, organizadas em grupos, mon-
conversa. Pergunte se os alunos conhecem todos os tem cartazes com a síntese das informações que foram
planetas, se sabem qual a posição deles em relação estudadas. Depois, fixe os cartazes nas paredes.
ao Sol.
Reservado para atividades de Língua Portuguesa,
Reservado para atividades de Língua Portuguesa e Matemática e Geografia.
Matemática.
4o dia
2 dia
o

Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa,


Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.
Matemática, História e Geografia.
5o dia
Livre para atividades complementares da sua turma.
Ollyy / Shutterstock.com

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Dinâmica
Sol e Lua

1. Escolher dois voluntários. Dividir o


resto do grupo em quatro fileiras iguais.
Se o grupo for grande, aumentam-se as
fileiras. É importante ter ao menos qua-
tro alunos por fileira.
Imagens: Cute Designs Studio /
Shutterstock.com

5. O professor vai falando “Sol” e “Lua” e as


2. Já organizados em filas, o professor orien- pessoas da fileira vão mudando a posição
ta para que, quando ele falar “Sol”, as pes- dos braços, como na brincadeira “vivo ou
soas da fila abram os braços para frente, de morto”. Os corredores não podem quebrar
forma horizontal; quando disser “Lua”, abram as fileiras entre os braços, devendo correr
os braços lateralmente, na vertical. pelos corredores, de frente, de costas. É
conveniente, para que não haja reclama-
ções, que o professor fique de costas. Ele
pode falar “Sol” e “Lua” de forma aleatória,
para testar o grupo.
3. Após um pequeno ensaio para o gru-
po inteiro entrar em sintonia, começa-se
o jogo.
6. Após o aluno ser capturado, ele é trocado.

4. Pode-se denominar os voluntários


de: “gato e rato”, “um e dois”, conforme
quiserem. Um aluno deve correr atrás do
outro, por entre as fileiras e, após alguns
segundos, o outro é quem pega.
Reflexão
Apesar de ter o intuito de descontrair, com
esta atividade pode-se observar a agilidade
física e motora, entre outras. Não somente
se testa a agilidade do que está correndo
atrás do outro e a esperteza deste em não
se deixar pegar, mas também do grupo nas
trocas de “Sol” para “Lua” e vice-versa.

MEIRELES, Mário. Dinâmicas, gincanas e jogos: ativi-


dades para brincar e aprender. São Paulo: Paulinas,
2001.

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6

BNCC
(EF05CI13)
Projetar e construir
dispositivos para ob-
servação à distância
(luneta, periscópio
etc.), para obser-
vação ampliada de
objetos (lupas, mi-
croscópios) ou para
registro de imagens
(máquinas foto-
gráficas) e discutir
usos sociais desses
dispositivos.

Orientação didática

Promova uma roda de conversa sobre o surgimento que vai sendo desvendado, mas também a vida do
do Universo. Deixe que os alunos verbalizem o que astronauta fora da gravidade terrestre.
sabem sobre o tema abordado.
Após assistir ao vídeo, solicite às crianças que, orga-
Exiba vídeos sobre as viagens à Lua e sobre outras nizadas em grupos, montem cartazes sobre o assun-
viagens espaciais, mostrando não apenas o Universo to e fixem-nos nas paredes.

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7

BNCC
(EF05CI10)
Identificar algumas
constelações no céu,
com o apoio de re-
cursos (como mapas
celestes e aplicativos
digitais, entre outros),
e os períodos do
ano em que elas são
visíveis no início da
noite.

(EF05CI13)
Projetar e cons-
truir dispositivos
para observação à
distância (luneta,
periscópio etc.), para
observação ampliada
de objetos (lupas, mi-
croscópios) ou para
registro de imagens
(máquinas foto-
gráficas) e discutir
usos sociais desses
dispositivos.

Orientação didática
ANOTAÇÕES
Organize, com seus alunos, uma visita ao planetário
para que eles se sintam motivados ao aprendizado.
Depois dessa aula de campo, ficará mais fácil apre-
sentar alguns conceitos, bem como mostrar aos
alunos as características do Universo.

33

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8

BNCC
(EF05CI10)
Identificar algumas
constelações no
céu, com o apoio
de recursos (como
mapas celestes e
aplicativos digitais,
entre outros), e os
períodos do ano em
que elas são visíveis
no início da noite.

Orientação didática
Sugira aos alunos que localizem, em cada estação Mantenha um quadro-mural sempre atualizado com
do ano, as constelações visíveis no Hemisfério Sul. as notícias e imagens do Universo emitidas pelo
Essa atividade deve ser feita em noites claras e, se telescópio Hubble ou outro que venha a ser lançado.
possível, em grupos: pede-se que cada grupo tente Utilize, também, informações de qualquer natureza,
desenhar o céu observado. que tragam novidades sobre descobertas científicas
feitas nos cosmos.

34

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9

BNCC
(EF05CI10)
Identificar algumas
constelações no
céu, com o apoio
de recursos (como
mapas celestes e
aplicativos digitais,
entre outros), e os
períodos do ano em
que elas são visíveis
no início da noite.

(EF05CI13)
Projetar e cons-
truir dispositivos
para observação à
distância (luneta,
periscópio etc.), para
observação ampliada
de objetos (lupas, mi-
croscópios) ou para
registro de imagens
(máquinas foto-
gráficas) e discutir
usos sociais desses
dispositivos.

Sugestão de atividade
a. O Sol é uma estrela.
1. Complete com as palavras abaixo.
b. O Universo é o conjunto formado por toda
matéria e energia encontradas nele.
galáxias
Sol c. No Universo, existem várias galáxias .
Via Láctea
estrelas d. Aparecem 27 estrelas em nossa Bandeira
Universo Nacional.

e. A galáxia em que vivemos é a Via Láctea .

35

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Fundamentação

Os pais e a formação de um bom aluno


Para a formação de um bom aluno, a família é tão ou mais importante do que
a escola. Afinal, a educação não se resume ao ensino formal, mas ao desenvolvi-
mento integral, o que inclui os valores morais, as atitudes, o equilíbrio emocional,
entre outros fatores. Antes de mais nada, os pais devem estar conscientes de que
são os reais modelos de comportamento ético e moral dos filhos. Mais do que con-
versar sobre esses princípios, deve-se demonstrá-los no dia a dia.
Eis algumas sugestões que certamente vão colaborar para a formação de melhores
estudantes.
Valorize o conhecimento, concretamente, dentro de casa. Um lar sem livros e leitores
provavelmente não é um lar que valoriza a cultura.
Realce a autoestima de seus filhos com atenção e cuidado. Serão, assim, mais con-
fiantes e serão capazes de resistir à pressão negativa dos grupos.
Ensine-os a assumir a responsabilidade do que fizeram: arcar com as consequências
naturais dos atos os estimula a desenvolver responsabilidade.
Use, apenas, o melhor da TV. Deixe-a desligada o resto do tempo. Habilidades
importantes são desenvolvidas na conversa, no jogo, na brincadeira. Faça isso com
seus filhos.
Valorize o aprendizado permanente. Mostre que estamos sempre aprendendo e nos
desenvolvendo, dizendo, inclusive: “Não sei, vamos descobrir juntos”.
Da mesma forma, para que se formem estudantes saudáveis, a relação entre a
família e a escola deve ser cultivada. As crianças e os pré-adolescentes necessitam
de que os pais demonstrem interesse pelo que acontece na escola, pelo desenvolvi-
mento alcançado, pela produção do aluno.

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Por isso, é muito positivo:

Acompanhar a vida escolar, informando-se


sobre o desenvolvimento do seu filho por fon-
tes de informação fornecidas pela escola;

Participar dos eventos da escola (reuniões,


mostras de trabalhos e eventos culturais);

Trabalhar cooperativamente com os profes-


sores. Visitar e comunicar-se com a escola,
conhecendo o que pode ser feito em casa
para melhorar a condição de aprendizagem
de seus filhos;

Incentivar os filhos a utilizar diferentes fontes


de informação (livros, enciclopédias eletrôni-
cas ou não, Internet, entrevistas) nas pesqui-
sas solicitadas;

Ler com eles e para eles: ler em voz alta faz


com que compreendam a língua escrita, sua
estrutura, seu vocabulário;

Enfatizar que não há campo de estudo inútil.


Todos são fundamentais, seja por seu conteú-
do, por desenvolver o raciocínio ou por ampliar
sua visão de mundo.

Fotos: Sergey Novikov, LightField Studios / Shutterstock.com

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3a Semana - Grade semanal

1o dia 4o dia
Ciências: Os planetas – páginas 10, 11 e 12 Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa,
Orientação didática: Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.
• Monte um Sistema Solar ou planetário com as
crianças. Nesta atividade, é importante levar em con- 5o dia
sideração a proporção entre o tamanho dos planetas
e de seus satélites naturais. Livre para atividades complementares da sua turma.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa e


Matemática.

2o dia
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa,
Matemática, História e Geografia.

3o dia
Ciências: Os planetas – páginas 13 e 14
Orientação didática:
• Com a montagem do Sistema Solar, organize um
jogo “passa ou repassa” (perguntas e respostas),
entre os grupos, confirmando a aprendizagem do
conteúdo trabalhado.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa,


Matemática e Geografia.

Nadya_Art / Shutterstock.com

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Dinâmica
Planeta de sentimentos bons
O educador leva para a sala cinco bolas azuis e cinco canetas adequadas para
escrever nelas. Ele explica que essas cinco bolas representam o planeta. Divide a
turma em cinco grupos e dá uma bola para cada um deles. Ele esclarece à turma
que a equipe cuidará de seu planeta e que, nele, cada educando deverá escrever um
sentimento bom que deseja para o mundo neste momento. É importante escrever
uma palavra pequena para que fique bastante espaço na bola. Depois de cada um
escrever, o educador diz à turma que cada equipe ficará responsável por passar
essa bola para outros colegas no intervalo e por pedir que escrevam sentimentos
bons para o planeta. Eles levam a bola e leem as palavras que estão escritas nela.
Dialogam sobre o que esse planeta cheio de sentimentos bons representa para
eles. O educador incentiva a reflexão sobre como foi incentivar as pessoas a escre-
verem palavras boas.

WENDELL, Ney. Praticando a generosidade em sala de aula. Recife: Prazer de Ler, 2013.

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to ck.c
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10

BNCC
(EF05CI11)
Associar o movimen-
to diário do Sol e das
demais estrelas no
céu ao movimento de
rotação da Terra.

PROFESSOR(A), UTILIZE NOSSO


MATERIAL DE APOIO COMO UM
RECURSO VISUAL PARA A
MEMORIZAÇÃO DESTE CONTEÚDO.
Orientação didática
Mostre aos alunos a imagem do nosso Sistema Solar Sol. Enquanto os alunos montam a representação do
e peça-lhes que observem as diferenças que existem Sistema Solar, anote os comentários deles sobre ta-
entre os planetas. Faça-os refletir: Os planetas são manhos, distâncias, proporções e outros aspectos que
iguais? Têm o mesmo tamanho? julgar interessantes, nomeando as respectivas falas.

Proponha aos alunos a criação de uma representação Organize uma exposição do trabalho, incluindo a
do nosso Sistema Solar, para que eles possam per- representação produzida por eles e os comentários
ceber como se posicionam os planetas ao redor do registrados por você, de forma a surpreendê-los.

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11

BNCC
(EF05CI11)
Associar o movimen-
to diário do Sol e das
demais estrelas no
céu ao movimento de
rotação da Terra.

Orientação didática
ANOTAÇÕES
Promova uma dramatização para representar o Sis-
tema Solar. Escolha alguns alunos e distribua fichas
com o nome dos planetas e do Sol. Peça à criança
com a ficha Sol que fique no centro, e às demais, com
o nome dos planetas, que posicionem-se de acordo
com a sua localização no Sistema Solar.

Peça aos alunos envolvidos na dramatização que


falem o que sabem sobre o seu planeta.

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12

BNCC
(EF05CI11)
Associar o movimen-
to diário do Sol e das
demais estrelas no
céu ao movimento de
rotação da Terra.

(EF05CI12)
Concluir sobre a pe-
riodicidade das fases
da Lua, com base
na observação e no
registro das formas
aparentes da Lua no
céu ao longo de, pelo
menos, dois meses.

Orientação didática
Solicite aos alunos uma pesquisa sobre o movimento Leve seus alunos à biblioteca ou à sala de leitura e
aparente do Sol. Peça-lhes que socializem a pes- conte para eles a lenda A Lua e a sua mãe.
quisa com os outros alunos. Aproveite para sanar
possíveis dúvidas. Forme grupos e peça-lhes que façam o reconto escri-
to da lenda, ilustrem-no e exponham-no em sala de
Promova uma pesquisa sobre as superstições que aula (varal).
envolvem cada fase da Lua e como cada povo vive
essas superstições.

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13

BNCC
(EF05CI11)
Associar o movimen-
to diário do Sol e das
demais estrelas no
céu ao movimento de
rotação da Terra.

Sugestão de atividade
1. Encontre o nome dos planetas rochosos. 2. Ordene as letras e descubra o nome dos planetas
conhecidos como “Gigantes gasosos”.
A U M V Ê N U S W H U E
T J D H C J N T A M I O UANOR Urano
E H E N O S A M A R T E PITERJÚ Júpiter
R O L S U L B P O W E A
TURNSAO Saturno
R J R M E R C Ú R I O E
A K M O Q B E D Z B G A NONUTE Netuno

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14

BNCC
(EF05CI11)
Associar o movimen-
to diário do Sol e das
demais estrelas no
céu ao movimento de
rotação da Terra.

Orientação didática
ANOTAÇÕES
Peça aos seus alunos uma pesquisa sobre os movi-
mentos de rotação e translação da Terra e a relação
desses movimentos com os dias e as noites e as es-
tações do ano. Solicite-lhes que dividam as conclu-
sões da pesquisa com a turma. Aproveite o momento
para esclarecer possíveis dúvidas.

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Fundamentação
A força de interrogação e da
linguagem interior na solução
de conflitos
É quase impossível imaginar um único dia em que
uma criança com seis anos ou mais não se veja às
voltas com um conflito entre ela e um professor, seus
?
pais, uma outra criança, alguma autoridade ou ela
mesma. Uma boa parte das crianças até sabe lidar
relativamente bem com esses conflitos, mas a maio-
ria parece pouco competente e esconde-se deles,
recusando-se a admitir sua existência e, dessa for-
ma, interiorizando um desgaste que inevitavelmente
se repetirá.
Existe uma maneira de ajudar essas crianças, e,
ainda uma vez, a interrogação e a linguagem interior
constituem as ferramentas adequadas.
Em bem mais de quarenta anos vivendo essas
situações, cresce a segurança de que o caminho
proposto é válido, ainda que não imperfeito e seus
resultados mostram que as crianças tornam-se mais
atentas, mais pacientes e aprendem a compartilhar e
se entender melhor com os outros e com elas mes-
mas. O emprego dessa estratégia envolve a cons-
trução de um diálogo entre a criança e um mediador
adulto que seja de sua confiança e poderia ser sinte-
tizado através das ações seguintes:
SergiyN / Shutterstock.com

1. Ajudar a criança, através do diálogo interroga- 3. Ajudar a criança a refletir sobre os desdobra-
tivo, a definir o conflito que enfrenta, fazendo com mentos e as consequências do conflito. Exemplo:
que não se disperse em sua fala e assim esteja
focada na essência do conflito. Se a criança — O que você acha que vai acontecer agora?
mostrar-se em desespero e envolvida pelo pranto, O que a aborrece ou preocupa? O que você
é importante que possa chorar por algum tempo, acha que a outra pessoa está sentindo?
antes de iniciar o diálogo. Exemplo: Você acha que causou algum mal a outro?
Como você acha que poderia ser reparado
— O que aconteceu? Qual é o problema? esse mal?

2. Ajudar a criança a colocar para fora seus sentimentos mais agudos. Exemplo:

— Como você está se sentindo? Que vontades você tem agora?

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4. Ajudar a criança a refletir sobre possíveis alternativas de solução para o conflito vivenciado. Exemplo:

— Como você acha que esse problema poderia ser resolvido? Qual seria uma boa ideia para que essa
questão fosse resolvida? A criança pode, nesse diálogo, propor ou não algumas ideias, e cabe ao media-
dor avaliá-las excluindo as que não são positivas e insistindo na busca de uma melhor solução. Ainda que
tenha em mente qual é essa solução, o seu trabalho é ajudar a criança a encontrá-la, de forma a perceber
que não está assumindo um “conselho”, mas colocando em prática uma alternativa própria.

5. Ajudar a criança a desenvolver seu senti- O princípio básico que deve ser sentido pelo
mento de coragem e busca imediata da solução mediador é que a essência da solução de um conflito
do conflito. Exemplo: se apoia em sua identificação e que esta, na maior
parte das vezes, apresenta-se como difícil, porque o
— Se essa é uma boa ideia, por que não resol- conflito faz aflorar as emoções que ocultam as raízes
ver agora? Você não acha melhor acabar logo essenciais do problema.
com isso? Identificado o problema, é essencial que se des-
cubra a melhor maneira de lidar com ele e, sobretudo,
que a busca dessa solução deve ser sempre iniciativa
da criança, ainda que eventualmente acompanhada
do adulto. É importante que se frise que a intervenção
6. Junto com a criança, verificar se é o mo- adulta não é para que a criança apenas ouça, mas
mento certo para uma atitude conciliatória. que reflita sobre a questão e, por assim pensar, fazer
Por exemplo: da ajuda trazida pelo diálogo uma forma eficiente de
resolver conflitos em situações futuras, mesmo sem
— Será que agora é uma boa hora? Vamos pen- a intervenção mediadora.
sar em maneiras diferentes para se desculpar?
ANTUNES, Celso. Trabalhando valores e atitudes nas séries
iniciais: para crianças de seis a dez anos de idade. Petrópolis:
Vozes, 2010.

?
7. Desenvolver a autoestima da criança, elo-
giando suas boas ideias e sua vontade em
solucionar o conflito.

— Que interessante você ter pensado nisso!

— Que ideia boa! Como é gostoso ouvir suas


ideias!

— Parabéns, você é muito boa em bons pen-


samentos! Você não acha uma boa ideia levar
um desenho (ou qualquer outra coisa produzi-
da pela criança) de presente para ela? Não se
kostudio / Shutterstock.com

exclui a possibilidade de acompanhar a criança


em sua iniciativa, perguntando:

— Você gostaria que eu fosse junto com você?


Posso conversar com você e com ela?

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Pensamento

Criar e recriar, fazer e desfazer…


Há um tempo e uma sensação
para tudo.

Silvio Laranjeira

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4a Semana - Grade semanal

1o dia instrumentos ópticos. Depois de uma troca de infor-


mações, separe-os em quatro grupos. Cada grupo
Ciências: A observação do Universo – página 15 ficará responsável pela confecção de um mural com
Orientação didática: imagens de instrumentos ópticos em diversas situa-
• Solicite que os alunos pesquisem as características ções de uso.
dos objetos usados na observação do Universo.
Reservado para atividades de Língua Portuguesa,
Reservado para atividades de Língua Portuguesa e Matemática e Geografia.
Matemática.
4o dia
2 dia
o

Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa,


Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa, Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.
Matemática, História e Geografia.
5o dia
3o dia
Livre para atividades complementares da sua turma.
Ciências: A observação do Universo – página 16
(primeira coluna)
Orientação didática:
• Solicite aos alunos que pesquisem textos sobre
as diferenças e as semelhanças existentes entre os

48

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Dinâmica
Visita da estrela da paz
O educador inicia a atividade solicitando que os
educandos inspirem e expirem lentamente.
Pode colocar uma música calma para ajudar a
concentração. Pede que eles fechem os olhos e ima-
ginem uma estrela cheia de paz e bastante brilhante
chegando lá do alto, cada vez mais perto e ficando
em cima da cabeça. Depois, com calma, explica que
a estrela vai passear dentro do corpo e que, durante
a atividade, devem somente inspirar e expirar cal-
mamente. Solicita que visualizem a estrela dentro
do corpo indo de parte em parte, lentamente: cabe-
ça, pescoço, braços, mãos, tórax, coluna, estômago,
cintura, pernas, joelhos e pés. Depois, a estrela volta,
passando pelos mesmos lugares no sentido inverso.
Ela passa por cada parte e deixa o local brilhan-
do. O educador estimula a imaginação dos educan-
dos trazendo a imagem da estrela que pulsa, brilha
e traz sentimentos de paz para o corpo. A estrela re-
torna e, quando sair pela cabeça, o educador informa
aos educandos que ela está subindo para muito alto
até desaparecer. Pede que cada um diga baixinho:

“Obrigado(a), amiga
estrela”. Abrem-se
VaLiza / Shutterstock.com

os olhos e começa-
-se um bate-papo
sobre como estão se
sentindo e como foi a
experiência da visita
da estrela da paz.

WENDELL, Ney. Praticando a generosidade em sala de aula.


Recife: Prazer de Ler, 2013.

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15

BNCC
(EF05CI10)
Identificar algumas
constelações no
céu, com o apoio
de recursos (como
mapas celestes e
aplicativos digitais,
entre outros), e os
períodos do ano em
que elas são visíveis
no início da noite.

(EF05CI13)
Projetar e cons-
truir dispositivos
para observação à
distância (luneta,
periscópio etc.), para
observação ampliada
de objetos (lupas, mi-
croscópios) ou para
registro de imagens
(máquinas foto-
gráficas) e discutir
usos sociais desses
dispositivos.

Orientação didática
ANOTAÇÕES
No início da abordagem, sonde seus alunos sobre
quais dos instrumentos apresentados eles já conhe-
cem ou manusearam. Esclareça que esses objetos
não são utilizados apenas com o propósito de ob-
servar astros e cite alguns exemplos distintos de sua
funcionalidade.

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16

BNCC
(EF05CI10)
Identificar algumas
constelações no
céu, com o apoio
de recursos (como
mapas celestes e
aplicativos digitais,
entre outros), e os
períodos do ano em
que elas são visíveis
no início da noite.

(EF05CI13)
Projetar e cons-
truir dispositivos
para observação à
distância (luneta,
periscópio etc.), para
observação ampliada
de objetos (lupas, mi-
croscópios) ou para
registro de imagens
(máquinas foto-
gráficas) e discutir
usos sociais desses
dispositivos.

Orientação didática Stefano Garau / Shutterstock.com

Relembre seus educandos que as luzes da cidade


atrapalham na percepção dos astros durante a
noite. Peça-lhes que atentem para o fato de que,
no meio urbano, numa eventual falta de energia
em nossa vizinhança, o céu e seus astros são
muito mais perceptíveis.

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Fundamentação
Disciplina: um bem revisado
A disciplina é um bem necessário e indispensável solicitado pelos professores, não cumpria as tarefas,
ao desenvolvimento pessoal e grupal. instigava seus colegas ao riso e à desordem durante
A partir de reflexões a respeito do relato apre- as atividades pedagógicas e, ainda por cima, anda-
sentado a seguir, buscamos perceber a necessidade va sujo. Era evidente: banho não fazia parte de seus
de se ajustar, modificar ou atualizar conceitos rela- hábitos cotidianos, conclusão à qual era possível se
tivos ao que se pretende estabelecer como normas chegar pelo mau cheiro que exalava. Podia-se dizer
disciplinares. que era um aluno “indisciplinado” no que se refere à
A jovem educadora demonstrava, em sua fala, prática educativa e ao convívio social.
seu olhar e seus gestos, todo o seu espanto e a sua As queixas de seus professores chegaram aos
inquietude decorrentes de um roteiro inesperado profissionais do Serviço de Orientação Psicopedagó-
de uma história da qual participara como uma das gica. Queixas uníssonas e coerentes. A cada dia, um
protagonistas. novo motivo as justificavam. Conversas e conversas
Ainda confusa, ela passou a contar que, na escola com o aluno em nada mudaram o quadro. Até que,
onde trabalhava, um determinado aluno andava em um desses encontros, diante das indagações da
totalmente desligado nas aulas, não trazia o material orientadora, seguiu-se um diálogo estarrecedor:

— Por que você não trouxe o caderno?


— Eu não tenho caderno — respondeu ele.
— Por que você não trouxe o livro de exercícios? — insistiu a orientadora.
— Eu não tenho livro de exercícios.
— Você não tem mesmo o livro ou o que é que está acontecendo? Você sabe que os
professores têm reclamado dos seus esquecimentos e de seu comportamento em sala de
aula. Mesmo com todas as nossas conversas, em nada você tem se modificado. Desse
jeito não temos outra solução que não seja chamar sua mãe para que nos ajude em seu
acompanhamento.
— Professora, acontece que eu não tenho mãe.
Essa declaração deixou atônita a orientadora, a quem ele chamava de professora, que
rapidamente olhou a ficha do aluno. Lá estava o nome da mãe do aluno. Mas, se ele dizia
não ter mãe, o que teria acontecido? Teria morrido? Alguma falha nos registros da escola?
Com algum comentário de pouca consistência, a orientadora encerrou a entrevista e
voltou para a sua equipe psicopedagógica, relatando a chocante informação obtida junto ao
aluno. As reações se consubstanciaram em comentários:
— Meu Deus, como fomos precipitados!
— Que sentimento de culpa!
— O menino sofrendo porque sua mãe morreu, e nós não nos demos conta de um proble-
ma maior!
— O que vamos fazer agora?
Checar as informações foi a primeira medida. Ele tinha mãe. Ela estava viva, era uma
profissional liberal bem-sucedida financeiramente, eles viviam na mesma casa e em família.
Seu nível socioeconômico era considerado alto.
Chamou-se, então, a mãe desse aluno. Ela compareceu, após algumas insistentes con-
vocações. Eis suas respostas diante do relato da orientadora:
— Meu filho é independente, livre. Ele faz o que quer. Se ele quiser estudar, estuda. Se
não quiser, não estuda. Se quiser tomar banho, toma. Se não quiser, não precisa.

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A menção a esse exemplo serve para explicitar tes à variedade de histórias e contextos dos sujeitos
que as questões relacionadas à disciplina estão inti- que integram um grupo, surge a necessidade dos
mamente relacionadas ao conceito de liberdade que códigos, das leis, das convenções, dos regimentos e
cada ser humano ou grupo social considera como das normas, todos formulados em função da convi-
pertinente e correto. vência e do bem comum.
Para a mãe desse aluno, ser livre significa fazer o Daí decorre a grande dificuldade do legislador, uma
que se quer, onde se quer e como se quer. vez que, inevitavelmente, jamais teremos todos os nos-
Por que motivo será que ele afirmou que não sos anseios e todas as nossas expectativas atendidas
tinha mãe? Hipóteses não faltam. Deixo para você, plenamente, se pensarmos em relações democráticas
caro leitor, um bom motivo para infindáveis conjectu- e cidadãs. Por outro lado, fazendo parte de um grupo
ras. Coisa para muito tempo. democrático, teremos possibilidade de argumentar e de
Talvez a afirmativa de Gramsci aqui se aplique reivindicar, na medida em que nos sintamos prejudica-
para atiçar reflexões sobre essa incógnita: “Discipli- dos por nos ser solicitado que abdiquemos totalmente
nar-se é tornar-se independente e livre”. de nossos pessoais quereres. O pensamento democráti-
“A água só é pura e livre quando corre entre as co pode ser sintetizado pela seguinte fórmula: nem só eu
duas margens de um regato ou de um rio. Não quan- nem só o outro, mas, sim, eu e o outro.
do é derramada caoticamente no solo ou quando, Partindo-se desse pressuposto, a disciplina pas-
rarefeita, se propaga na atmosfera.” sa a ser um pré-requisito para o exercício da cidada-
O conceito de liberdade, assim expresso, eviden- nia. E afirmo sem temor: a democracia comporta uma
cia a ambiguidade que costuma estar presente nas exigência paradoxal: da tolerância à frustração.
discussões e elucubrações sobre o tema ser livre, A disciplina é um bem necessário e indispensável
ser independente. para o desenvolvimento pessoal e grupal. Ela nos
O que comentar sobre isso e como estabelecer ajudará na consecução de objetivos, na concretiza-
uma relação com as questões disciplinares? ção de projetos, no planejamento de vida, na retoma-
O querer fazer sempre o que se quer, onde se quer da de questões difíceis e adversas, na alternância de
e do jeito que se quer corresponde à tendência, ao atividades, no aproveitamento de recursos naturais,
totalitarismo que existe em cada ser humano. Essa econômicos e muito mais. Ela pode transformar-
tendência tem origem no egocentrismo (eu como -se em um bem supérfluo, caso sua prática não seja
centro), que caracteriza a espécie humana. O ego- motivo de reflexão e análise contínuas face às trans-
centrismo manifesta-se no comportamento humano, formações pessoais, contextuais e conjunturais.
de maneira mais ou menos exacerbada, a depender É preciso registrar ainda que a indisciplina deve
de uma multiplicidade de fatores: características ser sempre objeto de consideração reflexiva, porque
pessoais, culturais, processos educacionais, etc. ela não surge por geração espontânea. A indisciplina é
Como os grupos sociais são formados por indiví- um sintoma. Suas causas podem estar localizadas no
duos, a tendência ao totalitarismo emerge em dife- âmbito pessoal, familiar, escolar ou da comunidade.
rentes organizações e regimes sociais, sob diferentes Essas causas podem consubstanciar-se em
formas e roupagens, e recebe tratamentos diversos algum integrante de determinado grupo. Os aspectos
— também, neste caso, dependendo de uma série de físicos, emocionais, familiares, escolares, culturais,
aspectos a serem considerados. sociais e econômicos devem ser considerados em
A vida a todo instante exige que nos organizemos sua abrangência e suas particularidades. Todos os
em grupos em função de circunstâncias e projetos participantes da proposta educativa de um aluno são
existenciais. Todos diferentes, temos que fazer coi- possíveis provocadores de atitudes tidas como de
sas juntos visando a objetivos estabelecidos. indisciplina, e aí estão incluídos, além dele mesmo,
Isso vai acontecer na família, no trabalho, no pais, familiares, colegas, professores, orientadores,
lazer. Ora, se quisermos que só o nosso particular coordenadores e diretores, entre outros sujeitos.
querer vingue sob o argumento da liberdade, descon- Portanto, da análise reflexiva podem, inclusive, resul-
siderando os demais integrantes do grupo, possivel- tar constatações sobre a necessidade de se ajustar,
mente nos veremos seguidamente frustrados, igno- modificar ou atualizar conceitos relativos ao que se
rados, rejeitados ou fazendo uso de comportamentos pretende estabelecer como normas disciplinares.
destrutivos e autoritários.
Desse território das diferenças e da diversidade MAGALHÃES, Lucila Rupp de. Revista ABC Educatio. Ano 5, n. 35.
de anseios, aspirações e percepções corresponden- São Paulo: Criarp, 2004.

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5a Semana - Grade semanal

1o dia
Semana de revisão.

2o dia
Semana de revisão.

3o dia
Semana de revisão.

4o dia
Semana de revisão.

5o dia
Livre para atividades complementares da sua turma.

Jeka / Shutterstock.com

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Dinâmica
Semente de luz
A sala deve estar com o centro esvaziado e com Pede que imaginem que são uma luz brilhante e que
vários papéis ou tapetes para os educandos poderem escolham a cor para essa luz, que é bastante peque-
se deitar. O educador fala para eles que irão fazer na. Pede aos educandos que escolham também um
uma pequena dramatização de uma semente que se sentimento bom para a luz transmitir. Aos poucos,
transformará numa grande árvore. Essa semente é bem lentamente, a semente começa a se desenvol-
diferente, pois ela é de luz e se transformará numa ver (é importante que o movimento seja muito lento)
árvore de luz com a cor que cada um vai escolher. e crescer, abrindo o corpo; depois, levantando-se
Os educandos se dirigem para qualquer ponto na calmamente, abrindo os braços e dedos ao máxi-
sala, ficando distribuídos uniformemente. O educador mo. Essa sequência tem de ser falada aos poucos,
guia-os para inspirar e expirar algumas vezes, rela- e alguma outra orientação pode ser acrescentada.
xando os ombros e os braços. Pede que estiquem o Quando eles estiverem em pé, o educador pede
corpo o máximo possível e, depois, diminuam, aper- que imaginem a árvore de luz que brilha forte e
tando a si mesmo. ilumina toda a natureza e as pessoas, transmitin-
Faz isso algumas vezes. É somente ex- do o sentimento bom. Ao finalizarem, o professor
pandir e contrair o corpo. Após essa guia-os para inspirar e expirar e solicita
sequência, o educador explica que deixem o corpo normal, em pé;
que colocará uma música orienta-os para se espreguiçarem,
calma e que todos vão abrirem os olhos, conversa-
deitar e se transformar rem sobre as sensações que
em uma semente, como tiveram e o que é ser uma
um pequeno ponto de árvore de luz e transmitir
luz, contraindo ao sentimentos bons.
máximo o corpo.
WENDELL, Ney. Praticando a generosidade
em sala de aula. Recife: Prazer de Ler, 2013.
om
k.c
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4. Pesquise e escreva a influência
Semana de revisão sofrida pelas marés de acordo com
cada fase da Lua.
Unidade 1
Lua nova – influência muito forte sobre as marés,
• O Universo gerando ondas e correntes marítimas em elevação
• Os planetas máxima no mar.
• A observação do Universo
• Conhecendo a Terra Lua minguante – influência reduzida, sendo a fase
em que a atração das marés atinge seu menor valor.
1. Como surgiu o Universo? Em qual das teorias exis-
tentes você acredita? Lua cheia – influência grande, porém menor que a da
Lua nova.
Resposta pessoal
Lua crescente – nessa fase, a gravidade da Lua e a
do Sol são opostas, quase anulando-se, o que gera
ondas e marés muito pequenas.

5. Marque, com um x, as frases corretas.

2. Agora, de acordo com a resposta da questão ante- Cometas são astros que têm luz própria.
rior, escreva a sua opinião sobre o assunto.
X A Lua é o satélite natural da Terra.
Resposta pessoal
O nome cometa quer dizer estrela brilhante
X
com cabeleira.
As fases da Lua são cheia, nova, quarto cres-
X
cente e quarto minguante.

A cauda do cometa é formada por fogo.

6. Pesquise e escreva o que poderá ocorrer em nosso


3. Pesquise e descreva o porquê de o movimento de- planeta se a camada de ozônio continuar diminuindo.
senvolvido pelos planetas ao redor do Sol ser chama-
do de elíptico.

Sugestão de resposta: os planetas desen-


volvem uma trajetória em forma de elipse,
Sugestão de resposta: A incidência dos raios
que é quando a soma de dois pontos em
ultravioleta aumentará sobre a Terra, podendo
um plano dá sempre uma constante. Pro-
causar a morte dos seres vivos.
fessor, aproveite para ampliar esta ativida-
de de modo interdisciplinar com a matéria
de Matemática, demonstrando a elipse no
plano e associando ao modelo descrido por
Kepler, mesmo que de modo superficial.

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Pensamento

Transforme a sua sala de aula,


mude a sua vida. Você nasceu
para fazer a sua história, e cada
um de nós tem a sua. Lute, vá
atrás do seu sonho.

Serrano Freire

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6a Semana - Grade semanal

1o dia 4o dia
Ciências: Conhecendo a Terra – páginas 16 (segunda Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa,
coluna) e 17 Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.
Orientação didática:
• Explique que a Terra é constituída por camadas. 5o dia
Realize atividades de identificação e, depois, descre-
va as camadas da Terra. Livre para atividades complementares da sua turma.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa e


Matemática.

2o dia
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa,
Matemática, História e Geografia.

3o dia
Ciências: Conhecendo a Terra – páginas 18 e 19 (pri-
meira coluna)
Orientação didática:
• Solicite aos seus alunos que pesquisem sobre a
estrutura da Terra e seus componentes.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa,


Matemática e Geografia.

Paul Hakimata Photography / Shutterstock.com

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Dinâmica

Terra, água e ar
Objetivos: desinibição, rapidez de raciocínio e agilidade.

Material: uma bola de qualquer material.

O professor dividirá a turma em colunas e pedirá aos alunos que fiquem


sentados. Escolherá um representante de cada coluna. Os representantes
ficarão em pé, um ao lado do outro, de frente para a turma.

O professor terá, por exemplo, uma bola de meia nas mãos e ficará entre
duas colunas de carteiras, de costas para a turma.

Ele jogará a bola para um dos representantes e, ao mesmo tempo, dirá: “AR”.
O representante terá de pegar a bola e, em no máximo 5 segundos, terá de
dizer um nome de um animal que voa, devolvendo a bola ao professor.

Se o professor disser “ÁGUA”, o representante terá de dizer o nome de um


animal que vive na água, devolvendo a bola para o professor. Se o professor
disser “TERRA”, o representante terá de dizer um nome de um animal que
vive na terra, devolvendo também a bola logo a seguir.

Quem deixar a bola cair perde o ponto. Se o representante acertar o nome


do animal, marca um ponto para sua equipe.

O professor irá chamando outros alunos que representarão suas colunas,


até que todos participem do jogo.

O professor anotará os pontos de cada equipe, e ganhará a que fizer o


maior número de pontos. Se houver empate, o desempate se dará entre as
equipes empatadas.

SILVA, Elizabeth Nascimento. Recreação na sala de aula da 1a à 4a série. 3a ed. Rio de Janei-
ro: Sprint, 2000.

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16

NOTA:
A BNCC não define o
estudo do conteúdo
Conhecendo a Terra
como competência a
ser desenvolvida na
disciplina de Ciências
do 5o ano – Ensino
Fundamental, porém
consideramos ser
este conteúdo de
grande importância
para a formação
estudantil, por isso
as páginas a seguir
abordam esse objeto
de conhecimento.

Orientação didática
ANOTAÇÕES
Pesquise, junto com os alunos, curiosidades sobre
o nosso planeta. Cada aluno deve ler o que encon-
trou e, depois, trazer a fonte da pesquisa e fazer um
registro. Monte um cartaz e deixe-o em exposição na
sala de aula. Essa atividade desenvolve nas crianças
a capacidade de memorizar aquilo que está sendo
trabalhado, no caso, o nosso planeta.

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17

Orientação didática
Divida a turma em equipes e distribua
uma folha de papel 40 kg para cada
uma. Peça aos alunos que confec-
cionem um painel a respeito das
camadas da Terra (atmosfera, hidros-
fera, litosfera e biosfera). Solicite que
registrem, no painel, um pequeno texto
sobre o conteúdo explorado. Exponha-
-o na sala de aula para que haja a
socialização entre eles.
JrCasas / Shutterstock.com

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18

Sugestão de atividade
c. Ar cheio de impurezas. Poluído.
1. Preencha os retângulos de acordo com as
informações: d. Gás que os vegetais absorvem do ambiente.

a. Camada de ar que envolve a Terra. Atmosfera. Gás carbônico.

b. Gás que está presente na atmosfera numa propor-


ção de 21%. e. Gás que existe em maior quantidade no ar.

Oxigênio. Nitrogênio.

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Sugestão de atividade
ANOTAÇÕES
1. O que tem contribuído para o aumento do buraco
na camada de ozônio?

A utilização do gás CFC encontrado em


desodorantes aerossol, inseticidas, ar-condi-
cionados e refrigeradores.

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Fundamentação

São os alunos que importam.


Alguns professores sentem-se extremamente orgulhosos

PROKOPEVA IRINA / Shutterstock.com


de seus cargos. E dá até para entender a razão.
Afinal, são anos e anos de pesquisas e estudos para estar
ali, naquela sala de aula. Os alunos são os sortudos que vão beber
da sabedoria deles por todo o ano letivo.
Aqueles que pensam assim estão construindo uma imensa barreira
entre eles, os estudantes e o aprendizado.
Os melhores mestres veem a si mesmos como guias. Eles compar-
tilham o que sabem. Entendem que não são os focos principais de
uma sala de aula.
O verdadeiro mestre não pergunta “o que eu vou fazer hoje?”,
mas, sim, “o que eu espero que meus alunos aprendam hoje?”.
Se você quer que eles se arrisquem, ofereça segurança. Parece estra-
nho, mas aprender pode ser uma atividade desconfortável.
Os discentes têm de descobrir o que eles não sabem, e jogar
fora muito daquilo que eles achavam que sabiam.
Crie um ambiente de segurança.

Bons professores fazem


as perguntas.
Fazer perguntas que se respondam Vulnerabilidade não compro-
com “certo” ou “errado” não estimulam uma mete credibilidade.
boa discussão em sala de aula. Procure fazer
perguntas abertas: “Por que isso funciona Um professor não precisa ter
assim?”, “Qual a razão dessa reação?”, “E se todas as respostas. Se você disser
fizéssemos de outra maneira?”, etc. “não sei”, isso não significa que sua
classe acreditará menos em você. Ao
contrário, seus alunos vão admirá-lo
ainda mais.

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Permita que os alunos
ensinem entre si. PR
OK
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EV
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Você não é a única fonte de conhe- Sh
utt
ers
toc
cimento disponível a seus alunos. Eles k.c
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também aprendem entre si. Uma turma
funciona como um triângulo de aprendiza-
PROKOPEVA IRINA / Shutterstock.com

do, no qual o professor é apenas um vértice.


Use essa característica a seu favor. Dê a seus
alunos pequenos textos e peça-lhes que o
interpretem entre si para responder a uma
questão. Naturalmente, eles escutarão
mais uns aos outros para encontrar a
solução mais adequada.

Escute mais do que fala.


Nascemos com duas orelhas e apenas uma boca. É
para ouvirmos mais e falarmos menos.
Ao ensinar, o que você faz é tão importante quanto
o que você diz. E escutar o que seus alunos têm a di-
zer significa que você se importa com eles, que leva em
consideração as ideias da classe. Tem mais uma coisa:
lembre-se de que nem sempre seus alunos se comuni-
cam por palavras. Fique atento aos sinais não escritos,
como olhares e movimentos.

Revista Profissão Mestre. Curitiba: Humana Editorial. Setem-


bro/2008.

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7a Semana - Grade semanal

1o dia 4o dia
Ciências: A hidrosfera – páginas 19 (segunda coluna) Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa,
e 20 Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.
Orientação didática:
• Converse com seus alunos sobre hidrosfera e os leve 5o dia
a perceber a importância dela para os seres vivos.
Livre para atividades complementares da sua turma.
Reservado para atividades de Língua Portuguesa e
Matemática.

2o dia
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa,
Matemática, História e Geografia.

3o dia
Ciências: A hidrosfera – página 21
Orientação didática:
• Juntamente com seus alunos, identifique e classifi-
que os componentes da hidrosfera.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa,


Matemática e Geografia.

Stuart Monk / Shutterstock.com

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Dinâmica

JORNAL
Distribuir notícias boas Com os textos prontos, o educador
distribui papéis para que os educandos
O educador pergunta aos educandos reescrevam o texto e façam algum de-
o que é uma notícia boa. Faz algumas senho livre para compor. Esclarece que
questões sobre as notícias que ouvi- esses textos serão colocados numa
mos na TV e a publicidade maior que caixa em que os educandos irão escre-
se dá às notícias ruins. Pede que os ver, na lateral, a frase: “Notícias Boas
educandos deem exemplos de notícias – Leiam!”. Solicita que eles convidem
boas e escreve algumas no quadro, os colegas, na hora do intervalo, para
mostrando o formato normal de um explorarem a caixa e lerem os textos.
texto de notícia. Explica que agora eles Ao final do dia, faz uma avaliação sobre
vão escrever um exemplo de notí- a reação dos colegas com os textos e a
cia boa no caderno, mesmo que seja necessidade de continuar espalhando
inventada. Após a escrita, cada um notícias boas.
lê seu texto, e o educador orienta as
WENDELL, Ney. Praticando a generosidade em
correções. sala de aula. Recife: Prazer de Ler, 2013.

fizkes / Shutterstock.com

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19

BNCC
(EF05CI02)
Aplicar os conhe-
cimentos sobre as
mudanças de estado
físico da água para
explicar o ciclo hidro-
lógico e analisar suas
implicações na agri-
cultura, no clima, na
geração de energia
elétrica, no provimen-
to de água potável
e no equilíbrio dos
ecossistemas regio-
nais (ou locais).

PROFESSOR(A), UTILIZE NOSSO


MATERIAL DE APOIO COMO UM
RECURSO VISUAL PARA A
Orientação didática MEMORIZAÇÃO DESTE CONTEÚDO.

Leia e discuta o texto do livro do aluno com a classe, depois forme grupos com os alunos.

Arrume, em uma caixa, tarefas com perguntas sobre o assunto em estudo e sorteie para
cada grupo um questionamento. Veja algumas sugestões: “Se a água desaparecesse,
poderia existir vida no nosso planeta?”, “Onde podemos encontrar água no nosso plane-
ta?”, etc.

Em plenário, cada grupo apresentará suas conclusões.

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20

BNCC
(EF05CI02)
Aplicar os conhe-
cimentos sobre as
mudanças de estado
físico da água para
explicar o ciclo hidro-
lógico e analisar suas
implicações na agri-
cultura, no clima, na
geração de energia
elétrica, no provimen-
to de água potável
e no equilíbrio dos
ecossistemas regio-
nais (ou locais).

Orientação didática

O ser humano utiliza a água doce para vários fins, como, por exemplo: para consumo, para geração de energia
(por meio de usinas hidroelétricas), para irrigação, para criação de animais, em fábricas, etc. Com base nessa
afirmação, solicite aos alunos que respondam às seguintes questões:

• O que é hidrosfera?
• Onde podemos encontrar água em estado gasoso?
• Cite alguns exemplos da utilização da água pelo homem.

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21

BNCC
(EF05CI02)
Aplicar os conhe-
cimentos sobre as
mudanças de estado
físico da água para
explicar o ciclo hidro-
lógico e analisar suas
implicações na agri-
cultura, no clima, na
geração de energia
elétrica, no provimen-
to de água potável
e no equilíbrio dos
ecossistemas regio-
nais (ou locais).

Sugestão de atividade
1. Marque X na afirmativa correta. 2. Você acha que o planeta Terra iria existir se não
houvesse água nele?
a. A palavra hidrosfera significa esfera do globo.
Não.

X b. A vida dos seres vivos está intimamente rela-


cionada ao consumo de água. 3. O que você acha que iria acontecer?

Resposta pessoal

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Fundamentação
Ensinar exige o reconhecimento de ser condicionado
Gosto de ser gente porque, inacabado, sei que sou um ser condicionado mas, cons-
ciente do inacabamento, sei que posso ir mais além dele. Esta é a diferença profunda
entre o ser condicionado e o ser determinado. A diferença entre o inacabado que não
se sabe como tal e o inacabado que histórica e socialmente alcançou a possibilidade
de saber-se inacabado. Gosto de ser gente porque, como tal, percebo afinal que a
construção de minha presença no mundo, que não se faz no isolamento, isenta da
influência das forças sociais, que não se compreende fora da tensão entre o que
herdo geneticamente e o que herdo social, cultural e historicamente, tem muito a
ver comigo mesmo. Seria irônico se a consciência de minha presença no mundo
não implicasse já o reconhecimento da impossibilidade de minha ausência na
construção da própria presença. Não posso me perceber como uma presença
no mundo mas, ao mesmo tempo, explicá-la como resultado de operações
absolutamente alheias a mim. Nesse caso o que faço é renunciar à respon-
sabilidade ética, histórica, política e social que a promoção do suporte ao
mundo nos coloca. Renuncio a participar, a cumprir a vocação ontológica de
intervir no mundo. O fato de me perceber no mundo, com o mundo e com
os outros me põe numa posição em face do mundo que não é de quem
nada tem a ver com ele. Afinal, minha presença no mundo
não é a de quem a ele se adapta, mas a de quem nele se
insere. É a posição de quem luta para não ser apenas
objeto, mas sujeito também da História.
Gosto de ser gente porque, mesmo sabendo que as
condições materiais, econômicas, sociais e políticas,
culturais e ideológicas em que nos achamos geram quase
sempre barreiras de difícil superação para o cumprimento
de nossa tarefa histórica de mudar o mundo, sei também
que os obstáculos não se eternizam.

SurfsUp / Shutterstock.com

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Nos anos 60, preocupado já com esses obstácu- da ação no advérbio “já”. O discurso da criança era
los, apelei para a conscientização não como pana- conhecimento do ponto de vista do fato concreto: o
ceia, mas como um esforço de conhecimento crítico avião chegou e era conhecimento do ponto de vista
dos obstáculos, vale dizer, de suas razões de ser. da criança que, entre outras coisas, fizera o domínio
Contra toda a força do discurso fatalista neoliberal, da circunstância adverbial de tempo, no “já”.
pragmático e reacionário, insisto hoje, sem des- Voltemos um pouco à nossa reflexão anterior. A
vios idealistas, na necessidade da conscientização. consciência do inacabamento entre nós, mulheres e
Insisto na sua atualização. Na verdade, enquanto homens, fez-nos seres responsáveis, daí a eticidade
aprofundamento da crise de consciência do mundo, de nossa presença no mundo. Eticidade, que não há
dos fatos, dos acontecimentos, a conscientização é dúvida, podemos trair. O mundo da cultura que se
exigência humana, é um dos caminhos para a posta alonga em mundo da história é um mundo de liber-
em prática da curiosidade epistemológica. Em lugar dade, de opção, de decisão, mundo de possibilidade
de estranha, a conscientização é natural ao ser que, em que a decência pode ser negada, a liberdade
inacabado, sabe-se inacabado. A questão substan- ofendida e recusada. Por isso, mesmo a capacitação
tiva não está por isso no puro inacabamento ou na de mulheres e de homens em torno de saberes ins-
pura inconclusão. A inconclusão, repito, faz parte da trumentais jamais pode prescindir de sua formação
natureza do fenômeno vital. Inconclusos somos nós, ética. A radicalidade dessa exigência é tal que não
mulheres e homens, mas inconclusos são também as deveríamos necessitar sequer de insistir na forma-
jabuticabeiras que enchem, na safra, o meu quintal ção ética do ser ao falar de sua preparação técnica
de pássaros cantadores; inconclusos são esses pás- e científica. É fundamental insistirmos nela preci-
saros, como inconcluso é Eico, meu pastor alemão, samente porque, inacabados, mas conscientes do
que me “saúda” contente no começo das manhãs. inacabamento, seres da opção, da decisão, éticos,
Entre nós, mulheres e homens, a inconclusão podemos negar ou trair a própria ética. O educador
se sabe como tal. Mais ainda, a inconclusão que que, ensinando Geografia, “castra” a curiosidade do
se reconhece a si mesma implica necessariamente educando em nome da eficácia da memorização
a inserção do sujeito inacabado num permanente mecânica do ensino dos conteúdos, tolhe a liber-
processo social de busca. Histórico-socioculturais, dade do educando, a sua capacidade de aventurar-
mulheres e homens, tornamo-nos seres em quem -se. Não forma, domestica. Tal qual quem assume a
a curiosidade, ultrapassando os limites que lhe são ideologia fatalista embutida no discurso neoliberal,
peculiares no domínio vital, tornam-se fundantes da de vez em quando criticada neste texto, e aplicada
produção do conhecimento. Mais ainda, a curiosida- preponderantemente às situações em que o pacien-
de é já conhecimento. Como a linguagem que anima te são as classes populares. “Não há o que fazer, o
a curiosidade e com ela se anima é também conheci- desemprego é uma fatalidade do fim do século.”
mento e não só expressão dele. A “andarilhagem” gulosa dos trillhões de dólares
Numa madrugada, há alguns meses, estávamos que, no mercado financeiro, “voam” de um lugar a ou-
Nita e eu, cansados, na sala de embarque de um tro com a rapidez dos faxes, à procura insaciável de
aeroporto do Norte do país, à espera da partida para mais lucro, não é tratada como fatalidade. Não são
São Paulo num desses voos madrugadores que a as classes populares os objetos imediatos de sua
sabedoria popular chama “voo coruja”. Cansados e malvadez. Fala-se, por isso mesmo, da necessidade
realmente arrependidos de não haver mudado o es- de disciplinar a “andarilhagem” dos dólares.
quema de voo. Uma criança em tenra idade, saltitante No caso da reforma agrária entre nós, a disciplina
e alegre, fez-nos, finalmente, ficar contentes, apesar de que se precisa, segundo os donos do mundo, é a
da hora, para nós, inconveniente. que amacie, a custo de qualquer meio, os turbulentos
Um avião chega. Curiosa, a criança inclina a ca- e arruaceiros “sem-terra”. A reforma agrária tam-
beça na busca de selecionar o som dos motores. Vol- pouco vira fatalidade. Sua necessidade é uma inven-
ta-se para a mãe e diz: “O avião ainda chegou.” Sem cionice absurda de falsos brasileiros, proclamam os
comentar, a mãe atesta: “O avião já chegou.” Silêncio. cobiçosos senhores das terras.
A criança corre até o extremo da sala e volta. “O avião Continuemos a pensar um pouco sobre a in-
já chegou”, diz. O discurso da criança, que envolvia conclusão do ser que se sabe inconcluso, não a
a sua posição curiosa em face do que ocorria, afir- inconclusão pura, em si, do ser que, no suporte,
mava primeiro o conhecimento da ação de chegar do não se tornou capaz de reconhecer-se intermina-
avião, segundo o conhecimento da temporalização do. A consciência do mundo e a consciência de si

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SurfsUp / Shutterstock.com

como ser inacabado necessariamente inscrevem sua educabilidade. É também na inconclusão de


o ser consciente de sua inconclusão num perma- que nos tornamos conscientes e que nos inserta no
nente movimento de busca. Na verdade, seria uma movimento permanente de procura que se alicerça a
contradição se, inacabado e consciente do ina- esperança. “Não sou esperançoso”, disse certa vez,
cabamento, o ser humano não se inserisse em tal por pura teimosia, mas por exigência ontológica.
movimento. É nesse sentido que, para mulheres e Esse é um saber fundante da nossa prática edu-
homens, estar no mundo necessariamente significa cativa, da formação docente, o da nossa inconclusão
estar com o mundo e com os outros. Estar no mun- assumida. O ideal é que, na experiência educativa,
do sem fazer história, sem por ela ser feito, sem educandos, educadoras e educadores, juntos, “con-
fazer cultura, sem “tratar” sua própria presença no vivam” de tal maneira com esse como com outros
mundo, sem sonhar, sem cantar, sem musicar, sem saberes de que falarei que eles vão virando sabe-
pintar, sem cuidar da terra, das águas, sem usar as doria. Algo que não nos é estranho a educadoras
mãos, sem esculpir, sem filosofar, sem pontos de e educadores. Quando saio de casa para trabalhar
vista sobre o mundo, sem fazer ciência, ou teologia, com os alunos, não tenho dúvida nenhuma de que,
sem assombro em face do mistério, sem aprender, inacabados e conscientes do inacabamento, abertos
sem ensinar, sem ideias de formação, sem politizar à procura, curiosos, “programados, mas, para apren-
não é possível. der”, exercitaremos tanto mais e melhor a nossa
É na inconclusão do ser, que se sabe como tal, capacidade de aprender e de ensinar quanto mais su-
que se funda a educação como processo perma- jeitos e não puros objetos do processo nos façam.
nente. Mulheres e homens se tornaram educáveis à
medida que se reconheceram inacabados. Não foi FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários
a educação que fez mulheres e homens educáveis, à prática pedagógica. Edição digitalizada. Coletivo Sabotagem,
2002.
mas a consciência de sua inconclusão é que gerou

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8a Semana - Grade semanal

1o dia 4o dia
Ciências: Litosfera, ou crosta terrestre – páginas 22, Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa,
23 e 24 Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.
Orientação didática:
• Descreva a importância da litosfera ou crosta terrestre. 5o dia
Reservado para atividades de Língua Portuguesa e Livre para atividades complementares da sua turma.
Matemática.

2o dia
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa,
Matemática, História e Geografia.

3o dia
Ciências: Litosfera, ou crosta terrestre – páginas 25
e 26
Orientação didática:
• Diga aos alunos que eles participarão de um jogo de
perguntas e respostas referente ao assunto. Realize
uma pesquisa coletiva. Depois, monte um cartaz e
exponha-o na sala.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa,


Matemática e Geografia.

Vera Dymova / Shutterstock.com

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Dinâmica
O presente misterioso
Você vai precisar de: um presente e um caderno para • Ao considerar o que cada grupo decidiu, o professor,
anotações. pautado nos princípios de bom senso e cooperação,
define, com a turma, a quem deverá entregar o pre-
Procedimento: sente (o favorecido poderá ser alguma instituição,
• Chegando à classe, o professor diz que trouxe um meninos de rua, crianças carentes, entre outros).
presente e que todos, juntos, deverão decidir a quem
vão dá-lo. Mas os alunos ainda não devem saber • O presente — que, na verdade, pode ser qualquer
qual é o presente. uma das coisas citadas pelos alunos — será entre-
gue, em data oportuna, ao destinatário escolhido.
• Em pequenos grupos, os alunos reúnem-se e ten-
tam imaginar primeiro qual é o presente. No momento de os alunos dizerem quais presentes
eles imaginaram que o professor trouxe, poderão
Anotam, em seus cadernos, três suposições. aparecer brinquedos, roupas, doces, alimentos, etc.
No segundo momento, o de decidir a quem darão os
• Baseado nessas suposições, cada grupo decide a presentes, os alunos poderão reconhecer as necessi-
quem dará o presente. Em seguida, todos apresen- dades alheias e exercitar a bondade e a solidariedade.
tam suas anotações à classe.
BRANCO, Sandra. Atividades com temas transversais. São Paulo:
Cortez, 2009.

Stmool / Shutterstock.com

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22

NOTA:
A BNCC não define o
estudo do conteúdo
Litosfera, ou cros-
ta terrestre como
competência a ser
desenvolvida na dis-
ciplina de Ciências
do 5o ano – Ensino
Fundamental, porém
consideramos ser
este conteúdo de
grande importância
para a formação
estudantil, por isso
as páginas a seguir
abordam esse objeto
de conhecimento.

PROFESSOR(A), UTILIZE NOSSO


MATERIAL DE APOIO COMO UM
RECURSO VISUAL PARA A
MEMORIZAÇÃO DESTE CONTEÚDO.
Orientação didática
Antes do trabalho com a página 22 do livro do aluno,
pergunte aos alunos se eles já ouviram falar sobre o ANOTAÇÕES
Monte Everest e solicite-lhes uma pesquisa sobre ele.

Organize a socialização da pesquisa e complemente


as informações colhidas pelos alunos com o trabalho
deste conteúdo, enfatizando a importância e função
da litosfera.

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23

Orientação didática

Utilizando papel machê ou bola de isopor e tintas,


confeccione, junto com os alunos, o planeta Terra
fazendo representações da hidrosfera e litosfera. Se
possível, utilize a colagem de diferentes tipos de solo
para representar melhor a litosfera. Aproveite ainda
para colar a representação do planeta em uma folha
de papel 40 kg e desenhar a atmosfera.

Cute Designs Studio / Shutterstock.com

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24

Orientação didática
Promova uma discussão em que as crianças le- de magma, que é uma camada de rochas quentes e
vantem hipóteses sobre como imaginam que seja o maleáveis.
centro do planeta. Com base nas hipóteses, procure
aprofundar o assunto. A superfície da Terra, cha- Logo abaixo do manto está o núcleo externo, forma-
mada crosta terrestre, é uma camada formada de do, principalmente, por níquel e ferro no estado pas-
rochas, relativamente fina se comparada às outras. toso. E, finalmente, a última camada, o núcleo interno,
Mede entre 7 e 70 km de espessura. Os oceanos, rios, sólido, onde a temperatura é de mais de 6.000 graus
lagos e continentes ficam sobre a crosta terrestre. Celsius, e a pressão é altíssima.
Logo abaixo da crosta está o manto. Ele é formado

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25

b. São rochas formadas pelo resfriamento do magma,


Sugestão de atividade material pastoso encontrado no manto que, quando vai
para a superfície, passa a ser chamada lava, devido a
1. De acordo com as características, escreva o nome falhas na Terra ou por vulcanismo, resfria, endurece e
da rocha. forma esse tipo de rocha.

a. Tem sua origem na transformação de rochas mag- Rochas magmáticas.


máticas e sedimentares devido às alterações nas con-
dições ambientais, como a temperatura e a pressão. c. São rochas originadas de materiais que foram ero-
didos de outras rochas e sofreram sedimentação.

Rochas metamórficas. Rochas sedimentares.

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Sugestão de atividade
1. Complete corretamente. 2. As rochas compõem e dão forma à Terra. Apresen-
tam-se em diversos tipos. Quais são eles?
a. É na litosfera que vivemos. Ela cobre toda a
Magmáticas, sedimentares e metamórficas.
superfície do planeta.

b. A decomposição das rochas forma o que conhece-


mos por solo . 3. Quais os fatores externos que contribuem para a
decomposição das rochas?

O vento, a água, o Sol, os seres vivos.

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Fundamentação
Os quatros pilares da educação

rstock.com
Dado que oferecerá meios, nunca antes dispo-

om / Shutte
níveis, para a circulação e armazenamento de in-
formações e para a comunicação, o próximo século
submeterá a educação a uma dura obrigação que

Rawpixel.c
pode parecer, à primeira vista, quase contraditória. A
educação deve transmitir, de fato, de forma maciça
e eficaz, cada vez mais saberes e saber-fazer evolu-
tivos, adaptados à civilização cognitiva, pois são as
bases das competências do futuro. Simultaneamen-
te, compete-lhe encontrar e assinalar as referências
que impeçam as pessoas de ficar submergidas nas
ondas de informações, mais ou menos efêmeras, que
invadem os espaços públicos e privados e as levem
a orientar-se para projetos de desenvolvimentos indi-
viduais e coletivos.
À educação cabe fornecer, de algum modo, os
mapas de um mundo complexo e constantemente
agitado e, ao mesmo tempo, a bússola que permita
navegar por ele. a fazer. As duas outras aprendizagens dependem, a
Nessa visão prospectiva, uma resposta puramen- maior parte das vezes, de circunstâncias aleatórias
te quantitativa à necessidade insaciável de educação quando não são tidas, de algum modo, como prolon-
— uma bagagem escolar cada vez mais pesada — já gamento natural das duas primeiras. Ora, a Comis-
não é possível nem mesmo adequada. Não basta, de são pensa que cada um dos “quatros pilares do
fato, que cada um acumule no começo da vida uma conhecimento” deve ser objeto de atenção igual por
determinada quantidade de conhecimentos de que parte do ensino estruturado, a fim de que a educação
possa abastecer-se indefinidamente. É, antes, neces- apareça como uma experiência global a levar o cabo
sário estar à altura de aproveitar e explorar, do co- ao longo de toda a vida, tanto no plano cognitivo
meço ao fim da vida, todas as ocasiões de atualizar, como no prático, para indivíduo enquanto pessoa e
aprofundar e enriquecer estes primeiros conhecimen- membro da sociedade.
tos, e de se adaptar a um mundo de mudança. Desde o início dos seus trabalhos que os mem-
Para poder dar resposta ao conjunto das suas bros da Comissão compreenderam que seria in-
missões, a educação organiza-se em torno de quatro dispensável, para enfrentar os desafios do próximo
aprendizagens fundamentais que, ao longo de toda século, assinalar novos objetivos à educação e,
a vida, serão de algum modo, para cada indivíduo, os portanto, mudar a ideia que se tem da sua utilidade.
pilares do conhecimento: aprender a conhecer, isto Uma nova concepção ampliada de educação devia
é, adquirir os instrumentos da compreensão; apren- fazer com que todos pudessem descobrir, reanimar e
der a fazer, para poder agir sobre o meio envolvente; fortalecer o seu potencial criativo — revelar o tesouro
aprender a viver juntos, a fim de participar e coope- em cada um de nós. Isto supõe que se ultrapasse a
rar com os outros em todas as atividades humanas; visão puramente instrumental da educação, conside-
finalmente, aprender a ser, via essencial que integra rada como a via obrigatória para obter certos resulta-
as três precedentes. É claro que essas quatro vias dos (saber fazer, aquisição de capacidades diversas,
do saber constituem apenas uma, dado que existem fins de ordem econômica), e se passe a considerá-la
entre elas múltiplos pontos de contato, de relaciona- em toda a sua plenitude: realização da pessoa que,
mento e de permuta. na sua totalidade, aprende a ser.
Mas, em regra geral, o ensino formal orienta-se, A seguir, apresentaremos com mais detalhes
essencialmente, se não exclusivamente, para apren- duas das aprendizagens fundamentais: aprender a
der a conhecer e, em menor escala, para o aprender conhecer e aprender a fazer.

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Contudo, como o conhecimento é múltiplo e
evolui infinitamente, torna-se cada vez mais inútil
tentar conhecer tudo e, depois do ensino básico, a
omnidisciplinaridade é um logro. A especialização,
wavebreakmedia / Shutterstock.com

porém, mesmo para futuros pesquisadores, não


deve excluir a cultura geral. “Um espírito verdadei-
ramente formado, hoje em dia, tem necessidade de
uma cultura vasta e da possibilidade de trabalhar
em profundidade determinado número de assun-
tos. Deve-se, do princípio ao fim do ensino, cultivar,
simultaneamente, estas duas tendências”. A cul-
tura geral, enquanto abertura a outras linguagens
e outros conhecimentos, permite, antes de tudo,
comunicar-se. Fechado na sua própria ciência, o es-
pecialista corre o risco de se desinteressar pelo que
fazem os outros. Sentirá dificuldade em cooperar,
quaisquer que sejam as circunstâncias. Por outro
lado, a formação cultural, cimento das sociedades
Aprender a conhecer no tempo e no espaço, implica a abertura a outros
campos do conhecimento e, deste modo, podem
Esse tipo de aprendizagem que visa não tanto a operar-se fecundas sinergias entre as disciplinas.
aquisição de um repertório de saberes codificados, Especialmente em matéria de pesquisa, determina-
mas antes o domínio dos próprios instrumentos do dos avanços do conhecimento dão-se nos pontos
conhecimento pode ser considerado, simultanea- de interseção das diversas áreas disciplinares.
mente, como um meio e como uma finalidade da Aprender para conhecer supõe, antes de tudo,
vida humana. Meio, porque se pretende que cada um aprender a aprender, exercitando a atenção, a me-
aprenda a compreender o mundo que o rodeia, pelo mória e o pensamento. Desde a infância, sobretudo
menos na medida em que isso lhe é necessário para nas sociedades dominadas pela imagem televisiva,
viver dignamente, para desenvolver as suas capa- o jovem deve aprender a prestar atenção às coisas e
cidades profissionais, para comunicar. Finalidade, às pessoas. A sucessão muito rápida de informações
porque seu fundamento é o prazer de compreender, midiatizadas, o zapping tão frequente prejudica, de
de conhecer, de descobrir. Apesar de os estudos fato, o processo de descoberta, que implica duração
sem utilidade imediata estarem desaparecendo, tal a e aprofundamento da apreensão. Essa aprendiza-
importância dada aos saberes utilitários, a tendência gem da atenção pode revestir formas diversas e tirar
para prolongar a escolaridade e o tempo livre deveria partido de várias ocasiões da vida (jogo, estágios em
levar os adultos a apreciar, cada vez mais, as alegrias empresas, viagens, trabalhos práticos de ciências...).
do conhecimento e da pesquisa individual. Por outro lado, o exercício da memória é um
O aumento dos saberes, que permite compreen- antídoto necessário contra a submersão pelas in-
der melhor o ambiente sob os seus diversos aspec- formações instantâneas difundidas pelos meios de
tos, favorece o despertar da curiosidade intelectual, comunicação social. Seria perigoso imaginar que a
estimula o sentido crítico e permite compreender o memória pode vir a tornar-se inútil, devido à enorme
real, mediante a aquisição de autonomia na capaci- capacidade de armazenamento e difusão das infor-
dade de discernir. Deste ponto de vista, há que repeti- mações de que dispomos daqui em diante. É preci-
-lo, é essencial que cada criança, esteja onde estiver, so, sem dúvida, ser seletivo na escolha dos dados a
possa ter acesso, de forma adequada, às metodolo- aprender “de cor”, propriamente, a faculdade humana
gias científicas de modo a tornar-se para toda a vida de memorização associativa, que não é redutível a
“amiga da ciência”. Em nível dos ensinos secundário um automatismo, deve ser cultivada cuidadosamen-
e superior, a formação inicial deve fornecer a todos te. Todos os especialistas concordam que a memória
os alunos instrumentos, conceitos e referências deve ser treinada desde a infância e que é errado
resultantes dos avanços das ciências e dos paradig- suprimir da prática escolar exercícios tradicionais,
mas do nosso tempo. considerados como fastidiosos.

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Finalmente, o exercício do pensamento ao qual a pode prever qual será a sua evolução? É a esta última
criança é iniciada, em primeiro lugar, pelos pais e, de- questão que a Comissão tentará dar resposta mais
pois, pelos professores, deve comportar avanços e re- particularmente. Convém distinguir, a este propósito,
cuos entre o concreto e o abstrato. Também se devem o caso das economias industriais em que domina o
combinar, tanto no ensino como na pesquisa, dois mé- trabalho assalariado das outras economias em que
todos apresentados, muitas vezes, como antagônicos: ainda está presente, em grande escala, o trabalho
o método dedutivo por um lado e o indutivo por outro. independente ou informal. De fato, nas sociedades
De acordo com as disciplinas ensinadas, um pode ser assalariadas que se desenvolveram ao longo do
mais pertinente do que outro, mas, na maior parte das século XX, a partir dos modelos industriais, a substi-
vezes, o encadeamento do pensamento necessita da tuição do trabalho humano pelas máquinas tornou-o
combinação dos dois. O processo de aprendizagem do cada vez mais imaterial e acentuou o caráter cogni-
conhecimento nunca está acabado e pode enriquecer- tivo das tarefas, mesmo nas indústrias, assim como
-se com qualquer experiência. a importância dos serviços na atividade econômica.
Nesse sentido, liga-se cada vez mais à experiên- O futuro dessas economias depende, aliás, da sua
cia do trabalho, à medida que este se torna menos capacidade de transformar o progresso dos conheci-
rotineiro. A educação primária pode ser considerada mentos em inovações geradoras de novas empresas
bem-sucedida se conseguir transmitir às pessoas o e de novos empregos. Aprender a fazer não pode,
impulso e as bases que façam com que continuem pois, continuar a ter o significado simples de preparar
a aprender ao longo de toda a vida, no trabalho, mas alguém para uma tarefa material bem determinada,
também fora dele. para fazê-lo participar do fabrico de alguma coisa.
Como consequência, as aprendizagens devem evoluir
Aprender a fazer e não podem mais ser consideradas como simples
transmissão de práticas mais ou menos rotineiras,
Aprender a conhecer e aprender a fazer são, em embora estas continuem a ter um valor formativo que
larga medida, indissociáveis. Mas a segunda apren- não é de se desprezar.
dizagem está mais estreitamente ligada à questão
da formação profissional: como ensinar o aluno a pôr DELORS, Jacques (org.). Educação um tesouro a descobrir – Re-
em prática os seus conhecimentos e, também, como latório para a Unesco da Comissão Internacional sobre Educação
para o Século XXI. Editora Cortez, 7ª edição, 2012. (Adaptado)
adaptar a educação ao trabalho futuro quando não se

/ Shutterstock.com
wavebreakmedia

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9a Semana - Grade semanal

1o dia 4o dia
Ciências: A biosfera – página 27 Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa,
Orientação didática: Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.
• Solicite aos alunos que escrevam um texto sobre a
importância da biosfera. 5o dia
Reservado para atividades de Língua Portuguesa e Livre para atividades complementares da sua turma.
Matemática.

2o dia
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa,
Matemática, História e Geografia.

3o dia
Ciências: A biosfera
Orientação didática:
• Converse com seus alunos sobre a importância dos
tipos de vegetação para a biodiversidade.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa,


Matemática e Geografia.

antoniodiaz / Shutterstock.com

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Dinâmica
Quando dizer sim ou não

1O momento 3O momento
1. Forme duplas e espalhe-as pela sala. 1. Forme uma roda com as crianças de costas
e de mãos dadas.
2. Solicite que cada dupla mantenha um diálogo
no qual um dos participantes só dirá “sim” e o ou- 2. Oriente-as para que pronunciem frases
tro, “não”. Não é permitido usar outras palavras. negativas, como: “Não aos salgadinhos in-
dustrializados”; “Não ao pátio sujo”; “Não à
3. Quem diz “sim”, tenta convencer e seduzir o violência”, etc.
colega. Quem diz “não”, nega. Todos os pares
realizam o exercício ao mesmo tempo. 3. Quando esgotarem as negativas, solicite que
soltem as mãos e virem-se para o centro da roda.
4. Solicite o rodízio das duplas.
4. Agora os alunos devem pronunciar frases
afirmativas, como: “Sim à vida”; “Sim à preser-
vação do meio ambiente”; “Sim ao respeito”, etc.

5. Abra a roda. Cada um que for tocado pelo


2 momento
O professor diz alto seu nome e o grupo responde
“sim”.
1. Forme uma roda com todos em pé.
6. Fechamento: compartilhe os sentimentos e
2. Cada aluno deve escolher a palavra “sim” as percepções.
ou “não” e repeti-la em voz baixa. Aos poucos,
devem aumentar o tom de voz até que sua Revista Guia Prático para professores – Ensino Funda-
mental I. São Paulo: Escala.
escolha possa ser ouvida pelos demais.

3. Em seguida, os alunos devem se aproximar


dos colegas que escolheram a mesma pa-
lavra, até formar dois grupos: o do “sim” e o
do “não”.
Gelpi / Shutterstock.com

4. Os dois grupos se comunicam entre si, pro-


nunciando apenas a palavra escolhida.

5. Em seguida, devem diminuir o tom de voz


até ficarem em silêncio.

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27

NOTA:
A BNCC não define
o estudo do conteú-
do A biosfera como
competência a ser
desenvolvida na
disciplina de Ciências
do 5°ano – Ensino
Fundamental, porém
consideramos ser
este conteúdo de
grande importância
para a formação
estudantil, por isso
as páginas a seguir
abordam esse objeto
de conhecimento.

PROFESSOR(A), UTILIZE NOSSO


MATERIAL DE APOIO COMO UM
RECURSO VISUAL PARA A
MEMORIZAÇÃO DESTE CONTEÚDO.
Orientação didática
Peça aos alunos que tragam gravuras da Floresta
Amazônica, pantanal e caatinga. Depois, confeccione ANOTAÇÕES
um álbum seriado explorando as características das
vegetações. Aproveite para explicar que é na biosfera
que encontramos todos os recursos que possibilitam
a existência da vida dos vários organismos vivos.

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Fundamentação
Por que ensinar Ciências Naturais
no Ensino Fundamental: Ciências
Naturais e Cidadania
Numa sociedade em que se convive com a su- ra de produtos resultantes da combustão, o destino
pervalorização do conhecimento científico e com a dado ao lixo industrial, hospitalar e doméstico, entre
crescente intervenção da tecnologia no dia a dia, não muitos outros.
é possível pensar na formação de um cidadão crítico Também é importante o estudo do ser humano,
à margem do saber científico. considerando-se seu corpo como um todo dinâmico,
Mostrar a ciência como um conhecimento que que interage com o meio em sentido amplo. Tanto
colabora para a compreensão do mundo e suas os aspectos da herança biológica quanto aqueles de
transformações, para reconhecer o homem como ordem cultural, social e afetiva refletem-se na arqui-
parte do universo e como indivíduo, é a meta que se tetura do corpo.
propõe para o ensino da área na escola fundamental. O corpo humano, portanto, não é uma máquina e
A apropriação de seus conceitos e procedimentos cada ser humano é único como único é seu corpo.
pode contribuir para o questionamento do que se vê
e ouve, para a ampliação das explicações acerca dos Brasil. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Cur-
fenômenos da natureza, para a compreensão e valo- riculares Nacionais: Ciências Naturais/Secretaria de Educação
Fundamental – Brasília: MEC/SEF, 1997.
ração dos modos de intervir na natureza e de utilizar
seus recursos, para a compreensão dos recursos
tecnológicos que realizam essas mediações, para a
reflexão sobre questões éticas implícitas nas rela-
ções entre ciência, sociedade e tecnologia.
É importante que se supere a postura “cientificis-
ta” que levou durante muito tempo a considerar-se
ensino de Ciências como sinônimo da descrição de
seu instrumental teórico ou experimental, divorciado

Pressmaster / Shutterstock.com
da reflexão sobre o significado ético dos conteúdos
desenvolvidos no interior da ciência e suas relações
com o mundo do trabalho.
Durante os últimos séculos, o ser humano foi
considerado o centro do Universo.
O homem acreditou que a natureza estava à
sua disposição.
Apropriou-se de seus processos, alterou seus ci-
clos, redefiniu seus espaços. Hoje, quando se depara
com uma crise ambiental que coloca em risco a vida
do planeta, inclusive a humana, o ensino de Ciências
Naturais pode contribuir para uma reconstrução da
relação homem-natureza em outros termos.
O conhecimento sobre como a natureza se com-
porta e a vida se processa contribui para o aluno se
posicionar com fundamentos acerca de questões
bastante polêmicas e para orientar suas ações de
forma mais consciente.
São exemplos dessas questões: a manipulação
gênica, os desmatamentos, o acúmulo na atmosfe-

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10a Semana - Grade semanal

1o dia
Semana de avaliação.

2o dia
Semana de avaliação.

3o dia
Semana de avaliação.

4o dia
Semana de avaliação.

5o dia
Livre para atividades complementares da sua turma.

gvictoria / Depositphotos.com

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DINÂMICA PARA TRABALHAR O SOCIOEMOCIONAL

28

NOTA:
A Base Nacional
Comum Curricular
(BNCC) define o
conjunto de compe-
tências gerais, que
servem como um
guia para o apren-
dizado das crianças
e que devem ser
desenvolvidas de
forma integrada ao
currículo.

Trabalho e projeto de vida


O que: Valorizar e apropriar-se de conhecimentos e mos seres humanos que consigam compreender o
experiências. todo em vez das partes, saibam resolver conflitos,
tenham criatividade para se reinventar diante de
Para: Entender o mundo do trabalho e fazer escolhas crises e conseguir superá-las.
alinhadas à cidadania e ao seu projeto de vida com
liberdade, autonomia, criticidade e responsabilidade. FONTE, Paty. Competências socioemocionais na escola. Rio de
Janeiro: Wak Editora, 2019.
Promover uma educação voltada para o desenvolvi-
mento das competências socioemocionais é formar-

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c. Qual é o nome que se dá a um conjunto de estrelas?
Semana de avaliação Constelação.
Unidade 1
d. Por que as estrelas não podem ser vistas durante
• O Universo o dia?
• Os planetas
• A observação do Universo Porque a luz do Sol é muito forte e ofusca o brilho de
• Conhecendo a Terra outras estrelas.
• A hidrosfera
• A litosfera, ou crosta terrestre 3. Observe as imagens e descreva que fase da Lua
• A biosfera elas representam.

Fotos: brunoil / Depositphotos.com


1. Relacione as constelações às suas características.

a HIDRA c ÓRION

b ESCORPIÃO d CRUZEIRO DO SUL

c É facilmente identificada pelas Três Marias.


Lua crescente Lua cheia

a Possui estrelas de pouco brilho.

d Constelação em forma de cruz, é uma das mais


importantes da nossa bandeira.
b Possui uma estrela avermelhada que torna mais
fácil sua identificação.

2. A imagem a seguir é uma representação de uma


galáxia. Observe e responda: Lua minguante Lua nova

4. Marque Sim ou Não para as afirmativas.


njaj / Shutterstock.com

sim não

A Lua é o satélite natural da


x
Terra.
O Sistema Solar é formado
x
por 9 planetas.
Marte é o quarto planeta em
x
proximidade ao Sol.
a. O que você entende por galáxia?
Júpiter é o maior planeta do
x
Sistema Solar.
Resposta pessoal
Urano é rodeado de anéis. x
b. Do que são formadas as galáxias?
O planeta Terra é o terceiro
x
As galáxias são formadas por milhares de estrelas. em proximidade ao Sol.

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5. Para registrar ou observar momentos importantes, 8. Quem somos?
as pessoas utilizam alguns instrumentos. Leia as
dicas e descubra-os:
Somos formadas por grandes camadas
a. Instrumento que tem a função de gravar e registrar de rochas que se encaixam como um quebra-
imagens. -cabeça e ficamos sobre uma camada pasto-
sa e quente.

máquina fotográfica
Placas tectônicas.
b. Instrumento com visores que possibilita a obser-
vação de objetos distantes. 9. De que é formada a crosta terrestre?

Ela é formada por placas que estão sempre em


binóculo movimento.

c. Aparelho portátil que tem outras funções além de 10. Sublinhe as frases verdadeiras.
gravar e registrar imagens.
A biosfera é a parte do nosso
planeta onde encontramos vida.
aparelho celular

d. Instrumento grande com apenas um visor que po- Os seres vivos não fazem parte da biosfera.
demos usar para visualizar objetos muito distantes.
O ser humano é responsável
pela conservação da biosfera.
telescópio

6. Escreva algumas atitudes que podem ser tomadas Não precisamos cuidar da biosfera.
para evitar a destruição da biosfera.

11. Em um observatório, foi registrada uma sequên-


cia de fotos de um eclipse solar quase total. De acor-
do com os registros, é correto afirmar que:

Resposta pessoal

Alejo Miranda / Shutterstock.com

A Lua está passando na sombra da Terra.

Um buraco negro está passando na frente da


7. Quais são as camadas que constituem a atmosfera? Lua.

X A Lua está passando na frente do Sol.


São troposfera, estratosfera, mesosfera,
termosfera e exosfera.
A sombra da Terra está passando sobre o Sol.

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Fundamentação
O caso Rosana
Rosana vivia seu grande momento. Só faltava o caso, dispensassem elogios, pois CPA significava
explodir de felicidade. Ainda não terminara o curso exatamente “Conselho Permanente de Avaliação”, e
de licenciatura e recebera o maravilhoso convite para por meio dele precisava avaliar seu trabalho e, se fos-
ministrar aulas naquela grande escola particular. se o caso, acatar sugestões que pudessem sempre
Concretizava-se um sonho gostoso, mais ainda que melhorá-lo. Rosana nunca deixou de levar a sério sua
um sonho. Ao passar diariamente por aquela bela ideia e partia para essas reuniões com disposição de
escola, olhava curiosa para seu vaivém, pensando acolher críticas e, quando percebia que alguns alunos
se um dia poderia ter o orgulho de ser um membro hesitavam em falar do que sua turma não gostara, ela
de seu corpo docente, mas, ao mesmo tempo em os animava e dizia sempre que não há melhor retrato
que assim sonhava depressa, “caía na real” e achava de um profissional que o que é visto por parte daque-
que, muito jovem e inexperiente, levaria muitos anos, les a quem servem. Jamais se arrependeu da inicia-
e talvez jamais chegasse a essa concretização. E tiva. Mesmo quando, anos depois, já não mais sentia
agora o convite e seu início. Fora tudo fantástico, os a insegurança de principiante. O que você acha da
alunos simpáticos, os colegas acolhedores, a dire- ideia de Rosana?
tora e a coordenadora fazendo de tudo para dar-lhe Faria um CPA com suas turmas?
segurança maior... Como acreditar que seus colegas acatariam essa
Mas Rosana não se sentia segura. Em suas pri- iniciativa? Acredita que seus alunos aceitariam essa
meiras aulas, mostrara-se serena e confiante. ideia? Seriam realmente sinceros em sua crítica?
Estudava muito, dedicava-se com afinco, mas Você não se sentiria incomodado com a maior crítica
sempre se perguntava se realmente estava indo bem, deles? Acha que seus alunos têm capacidade crítica
se seus alunos, apesar de alegres e simpáticos, não para avaliar o desempenho de um professor?
a achavam inexperiente e sem graça. Muitas vezes, Como pensa que a direção e a coordenação da
acordava de madrugada agitada pela angústia, preo- escola acolheriam essa ideia? Se puder, converse
cupada com sua dúvida. Pensou em “abrir o jogo” e com seus colegas a respeito. Acolha suas opiniões.
francamente perguntar às classes sua opinião sobre Será que é possível chegar a um consenso sobre o
as aulas, os trabalhos em grupo, a maneira como uso de um conselho assim?
administrava questões de indisciplina, sua avaliação
e suas explicações, mas sentiu que essa pergunta ANTUNES, Celso. Primeiros degraus. São Paulo: Loyola, 2012.
poderia parecer presunção, insegurança. Um dia, teve
uma ideia e resolveu colocá-la em prática. Avisou
que estava instalando com todas as suas turmas o
CPA. — CPA, professora? O que é isso? Como funcio-
na? — perguntaram. Rosana explicou. Disse que cada
grupo deveria escolher livremente o aluno que seria
seu representante e que esse representante e os dos
demais grupos deveriam ter, uma vez por mês, meia
hora antes de as aulas começarem, uma reunião com
ela. Nessa reunião, explicou, depois de conversarem
com os demais componentes de sua equipe, que
deveriam francamente fazer uma análise de sua con-
duta e, sem receio de magoá-la, apresentar críticas,
Dean Drobot / Shutterstock.com

propor sugestões.
Deveriam, com clareza, comentar o que poderia
ser melhorado em suas aulas, nos conteúdos que
explicava, nos desafios disciplinares, em suas provas
e outras formas de avaliação. Alertou que, se fosse

92

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O que vamos estudar:

• Os ecossistemas
• O ar
• Os estados físicos da água
• O ciclo da água
• A classificação e as utilidades
da água
• O solo
• A poluição do solo
• A reciclagem
• A tecnologia, a sustentabilidade
e os meios de comunicação
• Dinâmica para trabalhar
o socioemocional.

Competências específicas de Ciências da Natureza para o Ensino Fundamental

3. Analisar, compreender e explicar características, fenômenos e processos relativos ao mundo natural,


social e tecnológico (incluindo o digital), como também as relações que se estabe­lecem entre eles, exer­
citando a curiosidade para fazer pergun­tas, buscar respostas e criar soluções (inclusive tecnológicas)
com base nos conhecimentos das Ciências da Natureza.

4. Avaliar aplicações e implicações políticas, socioambien­tais e culturais da Ciência e de suas tecno­


logias para pro­por alternativas aos desafios do mundo contemporâneo, incluindo aqueles relativos ao
mundo do trabalho.

Base Nacional Comum Curricular – BNCC

93

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Conteúdos da unidade e a BNCC
Unidade 2
Unidades Objetos
Conteúdo Habilidades
temáticas de conhecimento
Os ecossistemas Nota: A BNCC não define o estudo do conteúdo Os
ecos­sistemas como competên­cia a ser desenvolvida
na disciplina de Ciências do 5o ano – Ensino Funda­
– – mental, porém consideramos ser este conteúdo de
grande importância para a formação estudantil, por
isso as páginas a seguir abordam esse objeto de
conhecimento.

O ar • Matéria e • Propriedades físicas (EF05CI03) Selecionar argumentos que justifiquem a


energia dos materiais importância da cobertura vegetal para a manutenção
• Ciclo hidrológico do ciclo da água, a conservação dos solos, dos cursos
• Consumo consciente de água e da qualidade do ar atmosférico.
• Reciclagem
Os estados físi- • Matéria e • Propriedades físicas (EF05CI02) Aplicar os conhecimentos sobre as mu­
cos da água energia dos materiais danças de estado físico da água para explicar o ciclo
• Ciclo hidrológico hidrológico e analisar suas implicações na agricultura,
• Consumo consciente no clima, na geração de energia elétrica, no provimen­
• Reciclagem to de água potável e no equilíbrio dos ecossistemas
regionais (ou locais).

O ciclo da água • Matéria e • Propriedades físicas (EF05CI02) Aplicar os conhecimentos sobre as mu­
energia dos materiais danças de estado físico da água para explicar o ciclo
• Ciclo hidrológico hidrológico e analisar suas implicações na agricultura,
• Consumo consciente no clima, na geração de energia elétrica, no provimen­
• Reciclagem to de água potável e no equilíbrio dos ecossistemas
regionais (ou locais).

A classificação • Matéria e • Propriedades físicas (EF05CI04) Identificar os principais usos da água e de


e as utilidades energia dos materiais outros materiais nas atividades cotidianas para discu­
da água • Ciclo hidrológico tir e propor formas sustentáveis de utilização desses
• Consumo consciente recursos.
• Reciclagem

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Unidades Objetos
Conteúdo Habilidades
temáticas de conhecimento
O solo • Matéria e • Propriedades físicas dos (EF05CI03) Selecionar argumentos que
energia materiais justifiquem a importância da cobertura ve­
• Ciclo hidrológico getal para a manutenção do ciclo da água, a
• Consumo consciente conservação dos solos, dos cursos de água
• Reciclagem e da qualidade do ar atmosférico.
A poluição do • Matéria e • Propriedades físicas dos (EF05CI03) Selecionar argumentos que jus­
solo energia materiais tifiquem a importância da cobertura vegetal
• Ciclo hidrológico para a manutenção do ciclo da água, a con­
• Consumo consciente servação dos solos, dos cursos de água e da
• Reciclagem qualidade do ar atmosférico.

A reciclagem • Matéria e • Propriedades físicas dos (EF05CI05) Construir propostas coletivas


energia materiais para um consumo mais consciente e criar
• Ciclo hidrológico soluções tecnológicas para o descarte
• Consumo consciente adequado e a reutilização ou reciclagem de
• Reciclagem materiais consumidos na escola e/ou na
vida cotidiana.

A tecnologia, • Matéria e • Propriedades físicas dos (EF05CI04) Identificar os principais usos


a sustenta- energia materiais da água e de outros materiais nas ativi­
bilidade e • Ciclo hidrológico dades cotidianas para discutir e propor
os meios de • Consumo consciente formas sustentáveis de utilização desses
comunicação • Reciclagem recursos.

Dinâmica para Nota: A Base Nacional Comum Curricular


trabalhar o so- (BNCC) define um conjunto de competên­
cioemocional cias gerais, que servem como um guia para
– – o aprendizado das crianças e que devem
ser desenvolvidas de forma integrada ao
currículo.

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11a Semana - Grade semanal

1o dia 4o dia
Ciências: Os ecossistemas – páginas 30 e 31 Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa,
Orientação didática: Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.
• Solicite que as crianças pesquisem informações e
ilustrações sobre ecossistemas e confeccionem um 5o dia
cartaz; peça que apresentem as produções justifi-
cando as escolhas. Livre para atividades complementares da sua turma.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa e


Matemática.

2o dia
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa,
Matemática, História e Geografia.

3o dia
Ciências: Os ecossistemas – página 32 (primeira
coluna)
Orientação didática:
• Converse com os alunos sobre o ecossistema,
depois peça que escrevam um texto sobre o que
é ecossistema.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa,


Matemática e Geografia.

SergiyN / Shutterstock.com

96

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Dinâmica
Um caminho para o encontro
Objetivo:
Favorecer condições propícias a uma maior intimida-
de entre os participantes.

Mega
Pixel
Materiais:

/ Shu
• Cartolinas na cor verde e marrom;

tters
• tesoura com ponta arredondada;

tock.c
• colas;

om
• lápis de cera.

com
Procedimento:

ck.
1. Propor aos participantes um relaxamento.

o
rst
tte
u
Sh /
2. Assegurar-se que cada um encontre uma posição

ray
Ka
confortável, feche os olhos e imagine-se sendo uma
árvore.

3. Colocar música instrumental como pano de fundo


e levá-los a um relaxamento profundo, mencionando
a árvore como tema central.

4. Terminar o relaxamento.

5. Distribuir o material acima citado no centro da sala


e propor que cada participante confeccione a árvo-
re visualizada para formar um campo em que todas

om
elas (árvores) se entrelaçarão, exalando um ar puro e

ock.c
formando um grande círculo.

terst
Shut
6. Montar o painel com as árvores confeccionadas.

un /
a Tali
7. Solicitar que cada um descreva a sua árvore e teça
Dian

comentários acerca da vivência e do painel exposto.

COSTA, Eliane Porangaba. Técnicas de Dinâmica: facilitando o


trabalho com grupos. Rio de Janeiro: Wak Ed, 2007.

97

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30

Nota:
A BNCC não define o
estudo do conteúdo
Os ecos­sistemas
como competên­cia a
ser desenvolvida na
disciplina de Ciências
do 5o ano – Ensino
Funda­mental, porém
consideramos ser
este conteúdo de
grande importância
para a formação
estudantil, por isso
as páginas a seguir
abordam esse objeto
de conhecimento.

Orientação didática
Solicite uma pesquisa de gravuras que represen­ Faça uma exposição desses cartazes para que os alu­
tem vários ecossistemas; para a realização desta nos possam identificar e relacionar os componentes
atividade, utilize revistas e peça aos alunos que, em que aparecerem nos mais diversos ecossistemas.
grupo ou dupla, procurem as gravuras.

Peça a cada grupo (dupla) que monte um cartaz e PROFESSOR(A), UTILIZE NOSSO
liste os componentes que podem ser encontrados no MATERIAL DE APOIO COMO UM
ecossistema pesquisado. RECURSO VISUAL PARA A
MEMORIZAÇÃO DESTE CONTEÚDO.

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31

Orientação didática
Leve seus alunos para um passeio no pátio ou nas Monte um painel com as fotos tiradas no passeio
redondezas da escola e peça-lhes que observem os e exponha-o em um varal na sala de aula.
seres vivos encontrados; se possível, registrem-nos
fotografando-os. Elabore, junto com seus alunos, um cartaz com
imagens de atitudes que destroem o ecossistema.
Peça-lhes que listem o nome dos seres observados Depois, elabore e escreva uma legenda para cada
no passeio em seus cadernos. imagem.

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32

Sugestão de atividade lunamarina / Depositphotos.com

1. Faça uma pesquisa, em livros e na Internet e, alia-


do ao que você aprendeu em seus estudos, escreva
a respeito da diversidade e riqueza existentes no
manguezal. Resposta pessoal

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Em um extremo, a ostensiva displicência dos que
Fundamentação contaminam o convívio profissional com frustrações
e raivas. Em outro, a blindagem dos que se escon­
O ato de ensinar e a condição dem sob máscaras inexpressivas, como se em vida
de educador não coubessem sentimentos. É nesse
humana conjunto de atitudes que cada um pode se situar,
perguntando: “E eu, como me comporto?”.
Poucas ocupações exigem tanto quanto a do No corpo docente de uma escola, há diferentes
professor, que é permanentemente exposto aos estu­ gêneros, preferências, estilos e situações de vida,
dantes que deve formar. mas nem todo comportamento é compatível com
A palavra “professor” vem de “professar”, que, a função docente, pois a arte-ciência da profissão
além de “lecionar”, significa “declarar publicamente exige convívio, com respeito à condição dos outros
uma convicção ou um compromisso de conduta”, (e também à própria) e o reconhecimento dos limites
como a de uma profissão. Não por acaso, as duas nessa recíproca exposição. Os meninos e as meninas
têm a mesma raiz. Nós, mestres, somos profissionais que educamos constituem uma enorme diversidade e
em vários sentidos: por ensinarmos e por nos com­ só percebendo nossa condição ficamos atentos à de­
prometermos com condutas de trabalho — em uma les também. Essa compreensão, no entanto, não se
atividade que exige a contínua exposição de convic­ sustenta sem uma clara determinação para promover
ções. Essa condição também envolve responsabili­ a aprendizagem, com boas exposições e a partici­
dades múltiplas, com conhecimentos e procedimen­ pação dos alunos nas aulas. É isso que assegura o
tos, especialmente por lidarmos com muitos jovens e respeito às fragilidades que podemos ter ou mesmo
crianças e por um tempo longo. a admiração às nossas especificidades por parte dos
Precisamos nos lembrar disso não para nos sen­ jovens interlocutores.
tirmos mais importantes do que já somos, mas para Ao sair para o trabalho, mesmo preocupados com
termos consciência de que, no desempenho dessa a nova ruga flagrada no espelho ou a diferença entre
função social, não dá para ignorar limitações pes­ o saldo bancário e a prestação vencida, investimo­
soais e problemas, ou seja, nossa condição humana. -nos da “persona” professoral. Sensível, sim, mas
Outras profissões também dependem fortemente do profissional. Esse nosso personagem contracena
discernimento e das condições individuais de quem com os estudantes, com o fluxo de questões que
as exerce. Um motorista de ônibus, por exemplo, apresentam e com os projetos que possuem e se
mais do que um condutor de toneladas de aço sobre cruzam com os nossos — nós e eles somos seres
rodas, sabe que curva fechada não combina com incompletos. A compreensão desse fato permite
noite mal dormida e pode custar vidas. encontrá-los em uma relação mediada pelo conheci­
As responsabilidades de educador, ainda mais com­ mento, mas sem o temor de revelar as nossas dúvi­
plexas, são cumpridas em circunstâncias muito espe­ das ao considerar as deles.
ciais, sob permanente exposição a dezenas de olhares
daqueles que pretendemos formar. Aliás, os alunos não Revista Nova Escola. São Paulo: Abril. junho/ julho, 2009.
são passageiros e não nos consideram somente condu­
tores de classes ou especialistas em Ciências ou Arte.
Eles nos enxergam, também, como alguém que está
com blusa colorida e sorriso animado, calça amarrotada
e olheiras ou tênis novos e expressão impaciente.
Da mesma forma, a turma não vê palavras e nú­
meros surgirem no quadro e se converterem em sons,
Lorelyn Medina / Shutterstock.com

mas acompanham a mão firme ou trêmula segurando


o giz e o tom grave ou agudo da voz que explica.
Essa é uma inevitável contingência do trabalho,
diante da qual é preciso se posicionar. Devemos nos
proteger — sob a pretensa objetividade da função –
ou expor, sem preocupação, nossa fragilidade?
A observação de colegas — e é mais fácil avaliar os
outros — revela uma variedade de comportamentos.

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12a Semana - Grade semanal

1o dia 4o dia
Ciências: O ar – páginas 32 (segunda coluna), 33 e 34 Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa,
Orientação didática: Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.
• Converse com seus alunos sobre a importância do
ar para os seres vivos antes de introduzir o conteúdo. 5o dia
• Realize, junto às crianças, uma pesquisa sobre as Livre para atividades complementares da sua turma.
doenças respiratórias causadas pela poluição do ar.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa e


Matemática.

2o dia
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa,
Matemática, História e Geografia.

3o dia
Ciências: O ar – páginas 35 e 36
Orientação didática:
• Solicite que as crianças também pesquisem infor­
mações sobre como cuidar e tratar de tais doenças,
por exemplo, asma, bronquite, alergia, etc.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa,


Matemática e Geografia.

iko / Shutterstock.com

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Dinâmica
Conflito x violência

Materiais:
Folhas de papel sulfite, lápis e papel.

Colocando em prática:
Peça aos alunos que listem os conflitos comporta­
mentais existentes dentro da escola.

É provável que eles falem de um colega que não aju­


da na realização de um trabalho, de outro que não se
esforça nos jogos de futebol, de alguém que gosta de
arranjar encrenca ou de um aluno que desrespeita os
companheiros de sala e o professor. Diga, então, para
cada um escrever por quais das situações citadas já
passou algum dia e como as enfrentou.

Nas folhas de papel sulfite, escreva as seguintes fra­


ses: “O conflito é próprio da convivência e inevitável”
e “A violência é construída e evitável”.

Solicite aos alunos que expressem suas opiniões a


respeito das duas frases e incentive o trabalho de
argumentação. Diante de suas colocações, faça-os
perceber que é importante tentar enxergar o confli­
to como uma oportunidade de reflexão e mudança
— e não apenas como algo ruim.

Explique que, mesmo que não consigamos evitar


determinados embates, sempre é possível evitar
atitudes violentas, pois os conflitos podem ser
resolvidos por meio do diálogo, da negociação e da
mediação. Esta atividade colaborará com a pre­
venção do bullying — principalmente dos casos de
agressões físicas.

Imagens: Colorfuel Studio / Shutterstock.com

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32

BNCC
(EF05CI03)
Selecionar argumen­
tos que justifiquem
a importância da
cobertura vegetal
para a manutenção
do ciclo da água, a
conservação dos
solos, dos cursos de
água e da qualidade
do ar atmosférico.

PROFESSOR(A), UTILIZE NOSSO


MATERIAL DE APOIO COMO UM
RECURSO VISUAL PARA A
Orientação didática MEMORIZAÇÃO DESTE CONTEÚDO.

Solicite aos alunos imagens de situações que com­


provem a existência do ar. Junto com eles, em grupo,
monte cartazes e deixe-os expostos em sala de aula.

Procure levar, para a sala de aula, uma balança digital


para pesar uma bola de festa vazia e uma bola de festa
com ar e comparar os pesos de am­bas. Mostre aos alu­
nos que o ar possui massa e ocupa lugar no espaço.

bizoon / Depositphotos.com

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33

BNCC
(EF05CI03)
Selecionar argumen­
tos que justifiquem
a importância da
cobertura vegetal
para a manutenção
do ciclo da água, a
conservação dos
solos, dos cursos de
água e da qualidade
do ar atmosférico.

Orientação didática
Junto com a turma, em sala de aula, promova um Desse terceiro grupo, um será o porta-voz que vai
júri simulado sobre a poluição do ar. Divida a turma organizar e estipular as regras do debate. Ao final,
em três grupos: um fará a defesa de que é preci­ o porta-voz anunciará quem venceu o debate. Logo
so poluir; o outro, a acu­sação de que não se pode em seguida, faça o encerramento explicando a im­
poluir; e um terceiro fará a avaliação e o papel de portância da não poluição.
mediador do júri.

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34

BNCC
(EF05CI03)
Selecionar argumen­
tos que justifiquem
a importância da
cobertura vegetal
para a manutenção
do ciclo da água, a
conservação dos
solos, dos cursos de
água e da qualidade
do ar atmosférico.

Orientação didática
ANOTAÇÕES
Recorte, de jornais ou revistas, imagens referentes à
poluição do ar e aos problemas que podem causar à
vida dos seres humanos. Em seguida, monte alguns
cartazes e peça a algumas crianças que os apre­
sentem para toda a turma. Depois, exponha-os nas
dependên­cias da escola.

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35

BNCC
(EF05CI03)
Selecionar argumen­
tos que justifiquem
a importância da
cobertura vegetal
para a manutenção
do ciclo da água, a
conservação dos
solos, dos cursos de
água e da qualidade
do ar atmosférico.

Sugestão de atividade stable / Shutterstock.com

1. Marque x nas situações em que podemos perce­


ber a presença do ar:

a. Folhas das árvores paradas.


b. Pipa no chão.
x c. Respiração.
x d. Folhas das árvores se mexendo.
x e. Barco a vela se movendo.
x f. Pipa voando.
x g. Vento no rosto.

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36

BNCC
(EF05CI03)
Selecionar argumen­
tos que justifiquem
a importância da
cobertura vegetal
para a manutenção
do ciclo da água, a
conservação dos
solos, dos cursos de
água e da qualidade
do ar atmosférico.

Sugestão de atividade b. O ar se expande e aumenta de volume:

1. Escreva as características do ar. expansibilidade.

O ar possui massa, ocupa lugar no espaço, é compres­ c. O ar consegue voltar à sua condição inicial após a
sível, elástico, tem expansibilidade, exerce pressão. compressão:

2. De acordo com as propriedades do ar, responda. elasticidade.

a. O ar pode ser comprimido: 3. Responda:


a. O que é vento?
compressibilidade. É o ar em movimento.

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Fundamentação
Como priorizar atividades importantes em sua vida

O que você faz quando tem um dia cheio de zes, queremos realizar muitas atividades ao mes­
compromissos? Você tem hábito de priorizar ações mo tempo, apenas para nos sentirmos importantes
importantes? Sabe exatamente o que fazer para gerar no final. No entanto, tomar esta decisão baseada
resultados? Ou se sente estressado quando pensa em nossa necessidade de importância pode nos
nas atividades do dia seguinte? custar caro: estresse, frustração, pressão demasia­
Se você é empreendedor ou autônomo, sei exata­ da são algumas sensações causadas pelo excesso
mente como é a sua vida. Sei exatamente como é ter de compromissos.
um dia atarefado. Às vezes, são tantas coisas para Para não cairmos nesta armadilha, devemos bus­
se resolver ao mesmo tempo, que parece que vamos car equilíbrio. Encher nossas agendas de compro­
enlouquecer. Às vezes, não sabemos qual será o missos, de forma desequilibrada afetará nossa saúde
primeiro passo. física e mental no longo prazo. O segredo é focarmos
Sim, mesmo com toda tecnologia disponível hoje, e priorizarmos atividades que estão relacionadas aos
ainda existem dias em que estamos abarrotados de nossos objetivos.
tarefas a realizar. E acredito que a pior sensação que Muitas pessoas conseguem fama, sucesso, pres­
podemos ter, após realizar dezenas de tarefas no dia, tígio, conexão com outras pessoas, e mesmo assim,
é chegar ao final dele e nos sentirmos insatisfeitos. no final de tudo, elas ainda se sentem vazias. Como
Algo está errado... isto é possível? A resposta é bem simples: É porque
Bem, se você já passou por isso, sabe qual é a essas pessoas não souberam priorizar o que real­
sensação. É uma sensação nada agradável, não é mente era importante para elas. Elas não tinham
mesmo? Entramos numa corrida frenética. Ou ainda, clareza de valores.
realizamos movimentos rotineiros, sem propósito, Alguém, de certo modo, introduziu na mente delas
sem conexão com os nossos sonhos! a ideia de que só seriam felizes quando alcançassem
Outro ponto é quando realizamos atividades o sucesso. Então, elas se tornam bem-sucedidas! O
que atendem nossa necessidade de significado. curioso é que mesmo depois de conquistarem fama,
De acordo com as seis necessidades humanas de sucesso e prestígio, ainda sim, a vida dessas pes­
Anthony Robbins, como também já vimos, todo ser soas parece vazia. Logo, para evitarmos sentimentos
humano tem a necessidade de significado. Às ve­ negativos, devemos ter clareza de valores.
JrCasas / Shutterstock.com

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E
Uma das melhores formas para alinharmos nos­
sos objetivos com os valores pessoais é fazermos

DA D
I
uma lista do que realmente importa em nossa vida.
Em seguida, devemos focar nas principais áreas de

I O R
R
nossa vida e dividi-las em categorias. Essas áreas
merecem foco e dedicação, de maneira constante,
se você deseja ter equilíbrio em sua vida. Vejamos
quais são:
P

Corpo Físico
Emoções
Cuidar do nosso corpo é uma ativi­
Emoções determinam nosso comportamento.
dade essencial. Todos nós deveríamos
Nosso comportamento determina os resultados que
focalizar nesta área. Fazer exercícios, ter
obtemos em nossa vida. O gerenciamento emocional
boa alimentação, bom descanso, hidra­
é uma habilidade que todos nós deveríamos priorizar.
tar o corpo de maneira adequada são
Não importa o que fazemos na vida, se não geren­
ações primordiais para melhorarmos
ciarmos nossas emoções, perdemos o controle dela.
nossa produtividade. Muitas pessoas dão
Com isso, nossos resultados serão afetados. Treinar
atenção a outras áreas e se esquecem de
nosso cérebro para procurar melhores respostas,

stas11 / Shutterstock.com
dar atenção ao próprio corpo. Sem dis­
não importando o que aconteça em nossa vida, é o
posição física é praticamente impossível
caminho para sairmos vitoriosos. As pessoas que
sermos produtivos. A indisposição física
não controlam as emoções sofrem e estão sempre
contribui para que a pessoa adie ações
em reação com o mundo.
importantes, construtoras de sonhos.

Relacionamentos

Nós, seres humanos, somos animais gregários.


Somos incapazes de viver bem sozinhos. Precisa­
mos de outras pessoas para nos relacionarmos (há
pessoas que preferem se relacionar com um cão­
zinho ou gatinho, no lugar de gente!). Já percebeu
que quando algo magnífico acontece em nossa vida,
a primeira reação que temos é querer contar para
as pessoas próximas a nós? Qual seria o motivo?
Quando fazemos isso, intensificamos nossa sensa­
ção de felicidade.
Ninguém vive bem sozinho. Por esse motivo,
devemos priorizar esta área da vida tão impactante:
amigos, colegas de trabalho, familiares e pessoas
significantes em nossa vida.

110

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Tempo/Produtividade

Produtividade é sinônimo de aproveitamento


do tempo. A maioria das pessoas perde tempo em Finanças
atividades improdutivas. Pessoas produtivas sabem
aproveitar o tempo, de maneira eficiente e direciona­ Muitas pessoas vivem a pressão finan­
da. Elas têm consciência de que o tempo é um fator ceira. Esta pressão é causada muitas vezes
insubstituível. Nada no mundo poderá substituir o pela falta de planejamento financeiro, além
tempo perdido. Aqueles que sabem aproveitar o tem­ de dívidas altas. Devemos evitar gastar mais
po concretizam objetivos mais facilmente. Se quiser­ do que ganhamos, se desejamos uma vida
mos melhorar nossa eficiência em gerar resultados, financeira mais tranquila e equilibrada. Esta é
temos que desenvolver uma mentalidade produtiva. uma lei básica!
O dinheiro é um recurso que podemos
usar para alavancar nossos resultados e ain­
da contribuir na vida das pessoas. Ele não é
um fim, e sim um meio para tal.
Um bom livro que recomendo, que aborda
o assunto dinheiro de forma muito definida,
é o livro Pai Rico, Pai Pobre, de Robert Kiyo­
Carreira/Missão
saki. Se você não leu este livro, vale a pena
a leitura.
A maioria de nós passa a maior parte do tempo
Também escrevi um artigo no meu site,
no trabalho. Eis uma mentalidade que poucos pensam
em que falo como economizar dinheiro em
a respeito: nossas carreiras, profissões ou negócios
oito passos. Caso deseje acessar o artigo,
são como missão de vida. Com essa mentalidade,
clique neste link:
somos capazes de proporcionar mais impacto posi­
tivo na vida de outras pessoas. A palavra missão nos
http://focuslife.com.br/como-economizardi-
gera mais entusiasmo, do que simplesmente usarmos
nheiro-em-8-passos.
a palavra carreira. Afinal, aquilo que fazemos no dia
a dia impactará a vida de outras pessoas. Se você é
empreendedor, com certeza, existem pessoas que se­ Todas essas áreas de nossa vida mere­
rão impactadas pelas suas ações e decisões: clientes, cem atenção. Se procrastinarmos ao fazer
funcionários, fornecedores, etc. exercícios físicos, por exemplo, pagamos o
preço. Se não cuidarmos de nossas finanças
com atenção, mais cedo ou mais tarde, so­
freremos consequências negativas. Se não
dermos atenção aos nossos relacionamentos,
as pessoas que amamos sentirão o impacto
de nossas inações.
Espiritualidade Portanto, é fundamental priorizarmos
ações focadas na melhoria de cada área da
Cada pessoa tem uma maneira de se conectar vida. Dessa forma, evitamos movimentos des­
espiritualmente. Algumas pessoas se conectam com necessários, como emoções destrutivas, que
Deus. Outras se conectam com o Universo ou com atrapalham nosso crescimento.
a natureza. O importante é nos conectarmos com Na verdade, precisamos de objetivos
a força Superior que acreditamos ter influência em específicos. Quanto mais clareza tivermos em
nossa vida. Dessa forma, vivemos em harmonia com nossos objetivos, mais chances teremos em
nós mesmos e com as outras pessoas. alcançá-los.

CARVALHO, Luiz Felipe. Como parar de procrastinar:


desenvolva uma Mentalidade mais produtiva.

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13a Semana - Grade semanal

1o dia 4o dia
Ciências: Os estados físicos da água – páginas 37 e 38 Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa,
Orientação didática: Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.
• Solicite que os alunos leiam, coletivamente, um tex­
to sobre os estados físicos da água, e, em seguida, 5o dia
relatem aos colegas o que entenderam.
Livre para atividades complementares da sua turma.
Reservado para atividades de Língua Portuguesa e
Matemática.

2o dia
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa,
Matemática, História e Geografia.

3o dia
Ciências: Os estados físicos da água – página 39
Orientação didática:
• Leve à sala de aula blocos de gelo. Deixe-os des­
congelar por alguns minutos. Explique a mudança do
estado sólido para o estado líquido: a fusão.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa,


Matemática e Geografia.

Africa Studio / Shutterstock.com

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Dinâmica
Lençol furado
Desenvolvimento: Dicas:
O lençol fica esticado no chão, e o professor pede 1. Crie outras possibilidades utilizando bexigas
às crianças que façam uma grande roda em torno em cima do lençol. O vento dificulta o exercí­
dele. Ao sinal do apito, todos pegam o lençol e o cio, principalmente se for realizado em um local
manuseiam juntos, primeiro para acostumarem-se aberto.
com as movimentações, depois, de acordo com as
instruções abaixo: 2. Pode-se dividir a turma em equipes, cada uma
com um lençol e até fazer uma minicompetição.
a. Todos movimentam o lençol para cima.
MELLO, Ana. Guia Prático para Professoras de Educação
Infantil. São Paulo: On Line.
b. Depois, movimentam-no para baixo sem deixar
que ele toque o solo.

c. Agora, escolhe-se uma criança para entrar de­


baixo do lençol.

Ao sinal do apito, todos elevam o lençol e ela volta


rapidamente antes que todos o abaixem. Para isso,
a criança escolhida tem de ser rápida. Revezem até
todas as crianças entrarem e saírem debaixo do
lençol, uma a uma.

d. Todos voltam aos seus lugares, segurando o


lençol. Agora, coloca-se uma bola de borracha em
cima do lençol, e as crianças têm de ir mexendo
no lençol até levar a bola ao centro e derrubá-la no
chão pelo meio (buraco) do lençol.

e. Depois, o contrário: as crianças manusearão o


lençol com a bola em cima, passando apenas perto
do buraco, mas não a deixando cair por ele.

f. Pode-se fazer também dois furos no lençol e a


mesma solicitação da alternativa anterior. Assim,
será mais desafiador manter a bola sem cair pelos
buracos.
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37

BNCC
(EF05CI02)
Aplicar os conhe­
cimentos sobre as
mudanças de estado
físico da água para
explicar o ciclo
hidrológico e analisar
suas implicações
na agricultura, no
clima, na geração de
energia elétrica, no
provimento de água
potável e no equilí­
brio dos ecossiste­
mas regionais (ou
locais).

PROFESSOR(A), UTILIZE NOSSO


MATERIAL DE APOIO COMO UM
RECURSO VISUAL PARA A
MEMORIZAÇÃO DESTE CONTEÚDO.
Orientação didática
Fazer a água ferver em um copo de papel é um modo Solicite às crianças que tentem explicar por que o
interessante de estudar as propriedades da água. copo não queima. Dessa forma, as crianças estarão
Para isso, pegue um copo de papel de boa qualidade entrando em contato direto com a característica da
(para não descolar com o calor), encha-o de água água de moderar a temperatura. Vale ressaltar que o
até a borda e coloque-o em uma lamparina ou equi­ fogo direto no papel não o faz queimar. Isso acontece
valente, pois é importante que o fogo não seja muito por causa da temperatura que o papel atinge. Na ver­
alto para não queimar o copo. Deixe esquentar, mas dade, a temperatura de combustão do papel é maior
tome cuidado, porque a fervura não será igual à de que a da água.
um recipiente metálico, que borbulha, será mais leve.

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BNCC
(EF05CI02)
Aplicar os conhe­
cimentos sobre as
mudanças de estado
físico da água para
explicar o ciclo
hidrológico e analisar
suas implicações
na agricultura, no
clima, na geração de
energia elétrica, no
provimento de água
potável e no equilí­
brio dos ecossiste­
mas regionais (ou
locais).

2. Associe:
Sugestão de atividade
1 Fusão 2 Solidificação
1. Complete com as palavras abaixo. 3 Vaporização 4 Condensação

líquida gasosa 3 É a passagem da água do estado líquido para


água sólida o gasoso.
2 É a passagem da água do estado líquido para
Na natureza, a água é encontrada em diversas o sólido.
formas ou estados. Podemos percebê-la em forma 4 É a passagem da água do estado gasoso para
sólida nos polos, na forma gasosa no ar e, nos rios o líquido.
e mares, na forma líquida . 1 É a passagem da água do estado sólido para
o líquido.

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BNCC
(EF05CI02)
Aplicar os conhe­
cimentos sobre as
mudanças de estado
físico da água para
explicar o ciclo
hidrológico e analisar
suas implicações
na agricultura, no
clima, na geração de
energia elétrica, no
provimento de água
potável e no equilí­
brio dos ecossiste­
mas regionais (ou
locais).

c. Quais são os estados físicos da água?


Sugestão de atividade
Sólido, líquido e gasoso.
1. Responda.
a. O que são os estados físicos da água? 2. Associe:

São os diferentes aspectos sob os quais a água se 1 Líquido 2 Sólido 3 Gasoso


apresenta.
2 Encontramos em icebergs.
b. O que provoca a mudança dos estados físicos da
água? 1 Encontramos em lagos, rios, etc.

A variação de sua temperatura. 3 Encontramos no ar.

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Fundamentação

Jogo do amarradão
Contrato didático: a relação entre aluno, professor e
conteúdo.
Qual professora não combinou, algum dia, algo com
seus alunos, explicando o que poderiam fazer e o que
não poderiam fazer? Desse trato acordado, nasce um
conjunto de regras da classe pelas quais fica estipu­
lado o que é permitido fazer e as sanções para quem
desrespeitar o que foi combinado. Então, como é de
praxe, escreve-se um tipo de documento assinado
por todos os alunos que concordam com ele. Mas,
quando o último aluno acabou de assinar o tal
documento, o primeiro que assinou já está trans­
gredindo alguma regra, e a professora, na maior
tranquilidade, conversa com o aluno e com os
demais sobre o respeito às regras, que deveriam
ser respeitadas, pois eles mesmos combinaram
e, portanto, contrataram. Comigo também acon­
tecia a mesma coisa quando eu era professora
das séries iniciais do Ensino Fundamental. Os
meus alunos sempre quebravam os acordos que
estabelecíamos. Mas por que esses combinados
contratados sempre são quebrados?

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A palavra contrato tem sua origem no Direito
tradicional e significa um acordo entre duas ou mais
pessoas que transferem entre si algum direito ou se
sujeitam a alguma obrigação. Melhor dizendo, é um
trato com uma (ou mais) condição implícita. Mas,
em se tratando do trato educacional, esse contra­
to tem sentido bem mais amplo, porque estamos
falando de aprendizagem e temos de entender que
o contrato estabelecido com os nossos alunos deve
ser didático, e não pedagógico. Então, qual seria
essa diferença?
Em seu livro Didática da Matemática, Luiz Carlos
Pais entende que o contrato didático está associado
ao conceito de contrato social de Rousseau e ao con­
trato pedagógico das ideias de Filloux, que o coloca
como relação de poder. Segundo este último autor,
quando estabelecemos um contrato pedagógico com
os nossos alunos, estabelecemos uma relação de
poder na qual a vontade e o saber do professor pre­
valecem, e, para o aluno ser bem avaliado, ele deve
aceitar as regras determinadas pelo professor. Sendo
assim, além das relações de poder, também existe o

Kasefoto / Shutterstock.com
fazer, isto é, o aluno não pode falar enquanto o colega
está falando; ele tem de fazer sempre a lição; tem de
estudar tabuada; tem de respeitar o colega. É o famo­
so “temos e devemos”. Esse tipo de contrato baseia­
-se mais em regras, no poder, do que no processo de
aprendizagem, no saber.

Já no contrato didático, as regras não estão


explicitadas porque elas se referem às relações
com o saber, com o aprender, isto é, à concepção
de aprendizagem que está implícita na triangulação
professor, aluno e conteúdo, que caracteriza o tipo
de contrato didático que o professor estabelecerá
com seus alunos.
Guy Brousseau distingue três tipos de contrato
didático. Se o ensino é centrado no conteúdo, o con­
trato que o professor está estabelecendo com a sua
classe baseia-se em uma perspectiva tradicional de
ensino, pela qual ele detém o conhecimento e seus
alunos terão de reproduzir todo o saber transmitido.
Se o contrato didático estabelecido com a classe é
centrado no aluno, por trás dele existe uma concep­
ção humanista de aprendizagem, pela qual o aluno é
responsável por sua aprendizagem, que acontece no
seu tempo. O professor assume, nesse caso, o papel
Gladskikh Tatiana / Shutterstock.com

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Monkey Business Images / Shutterstock.com
de facilitador do processo de aprendizagem do aluno, ouvido; cria-se um ambiente de confiança e respei­
que será favorecido pela capacidade do professor to mútuo, e o aluno desenvolve um sentimento de
de compreendê-lo. Por último, se o professor esta­ pertencimento ao grupo. Dessa forma, para o aluno,
belece um contrato com a classe, caracteriza-se a será propiciada sua interação com os outros alunos,
interação entre aluno e conteúdo. Esse contrato tem viabilizando sua aprendizagem, e, para o professor,
como perspectiva de aprendizagem a construção esse contrato possibilitará a organização do pro­
do conhecimento, e o aluno irá se relacionar com o cesso pedagógico da classe.
conhecimento mediado pelo professor, pois o papel Não podemos esquecer que o que vincula o
dele é ensinar, planejar, gerenciar e avaliar situações professor ao aluno é o processo de aprendizagem, e,
de aprendizagem. Essas regras não estão explicita­ por isso, uma das intervenções do contrato didático é
das em um acordo combinado que todos os alunos justamente no plano de trabalho do professor. Não se
assinam, assumindo um compromisso. Esta seria, pode pensar o processo de aprendizagem dos alunos
então, a diferença. sem pensar em planejar aulas, que é uma atribuição
Podemos perceber o tipo de contrato didático fundamental do trabalho docente e que o professor
que um professor estabelece com sua classe quan­ deve ter clareza dos objetivos a serem alcançados
do há o rompimento do contrato por parte dos alu­ por meio de atividades que favoreçam a aprendiza­
nos, conhecido como indisciplina. Como sabemos, gem, definindo o tempo e o material a serem utiliza­
hoje não é mais o tempo de professores autoritários, dos e se preparando para as possíveis dificuldades a
que tentam controlar seus alunos com base em serem enfrentadas durante o processo.
prêmios, notas, ou punições ou dando aulas exces­ Como podemos perceber, ao falarmos de contra­
sivamente expositivas, sem relacionar, em nenhum to didático, estamos ampliando a visão do sistema
momento, o tema com a realidade deles. A forma de ensino-aprendizagem. Falar de contrato didático
como os alunos demonstram sua insatisfação é é falar das relações que permeiam o trabalho do­
rompendo o contrato “assinado”, ou seja, a indisci­ cente, e o papel do professor é justamente favorecer
plina pedagógica. esse processo de forma que os alunos aprendam.
Por isso, quando o professor estabelece com Certamente, o contrato didático não exclui o peda­
a classe um contrato didático de forma a favore­ gógico, mas este ficará mais fácil de ser articulado
cer a aprendizagem significativa, ele está criando na sala de aula com os alunos aprendendo de forma
um espaço de diálogo e possibilitando ao aluno significativa.
falar sobre suas hipóteses, pensar nas estratégias
que formulará para resolver problemas, ouvir e ser CARVALHO, Mercedes. Páginas abertas. Ano 28, nº 24, 2003.

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14a Semana - Grade semanal

1o dia 4o dia
Ciências: O ciclo da água – páginas 40 e 41 Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa,
Orientação didática: Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.
• Solicite que as crianças realizem a leitura de textos
sobre o ciclo hidrológico. 5o dia
Reservado para atividades de Língua Portuguesa e Livre para atividades complementares da sua turma.
Matemática.

2o dia
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa,
Matemática, História e Geografia.

3o dia
Ciências: O ciclo da água – página 42
Orientação didática:
• Observe, junto às crianças, imagens do ciclo da
água e explique, oralmente, todo o processo.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa,


Matemática e Geografia.

Yellowj / Shutterstock.com

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Dinâmica
Espírito de equipe
Material: borracha, folha de papel sulfite de tamanho
A4 e lápis preto.

Colocando em prática:
• Entregue aos alunos uma folha de papel sulfite e
peça-lhes que peguem um lápis e se preparem: ao seu
sinal, deverão anotar, em um lado da folha, todas as
atividades nas quais se consideram bons. Podem ser
tarefas cotidianas, escolares ou outras em que acredi­
tem realizar com tranquilidade e eficácia, como: lavar
a louça, dar banho no cachorro, acordar cedo, pintar,
escrever, fazer contas, fazer amigos, jogar futebol ou
vôlei, etc.

• Estipule o prazo de cinco minutos para a realiza­


ção da lista e explique às crianças que, para agilizar
o raciocínio, elas podem se lembrar de lugares que
frequentam e relacioná-los com as atividades. Depois
que o tempo esgotar, solicite aos alunos que parem,
virem a folha e, com o prazo de mais cinco minutos,
escrevam as coisas em que acreditam que precisam
melhorar, aquelas nas quais não são tão bons assim.
Fotos: serrnovik / Depositphotos.com; SergiyN / Shutterstock.com
• Para finalizar essa etapa, entregue seis tiras de papel
e peça aos alunos que escolham três coisas da lista
com os itens em que acreditam ser bons e mais três
da outra relação. Solicite-lhes que escrevam cada
item em uma tira de papel, sem se identificar. As
identidades das crianças devem ser protegidas para
evitar que se sintam expostas. Recolha as tiras. Divida
a lousa em duas partes: “Sou bom em...” e “Preciso
melhorar em...”. Cole cada papel em seu respectivo
lado da lousa. Os alunos poderão perceber que, às
vezes, na mesma classe, há alunos que são bons em
uma determinada coisa e outros que precisam melho­
rar exatamente na tarefa em que o amigo é bom.

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BNCC
(EF05CI02)
Aplicar os conhe­
cimentos sobre as
mudanças de estado
físico da água para
explicar o ciclo
hidrológico e analisar
suas implicações
na agricultura, no
clima, na geração de
energia elétrica, no
provimento de água
potável e no equilí­
brio dos ecossiste­
mas regionais (ou
locais).

StudioSmart / Shutterstock.com

Orientação didática
Que tal produzir um texto com os alunos?
Solicite-lhes que produzam um texto explican­
do o ciclo da água na natureza. Depois, em trio,
eles podem trocar ideias para organizar suas
produções e ver o que ficou faltando.

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BNCC
(EF05CI02)
Aplicar os conhe­
cimentos sobre as
mudanças de estado
físico da água para
explicar o ciclo
hidrológico e analisar
suas implicações
na agricultura, no
clima, na geração de
energia elétrica, no
provimento de água
potável e no equilí­
brio dos ecossiste­
mas regionais (ou
locais).

Sugestão de atividade
1. O que é ciclo da água na natureza? 3. Quem irradia o calor necessá­rio para que haja a
evaporação?
É o movimento que a água faz na natureza.
O Sol.
2. O ciclo da água, na natureza, envolve a evapora­
ção. De onde a água evapora? 4. Explique, com suas palavras, o ciclo da água.

Dos rios, dos mares, dos oceanos, da respiração dos Resposta pessoal
animais e plantas.

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42

BNCC
(EF05CI02)
Aplicar os conhe­
cimentos sobre as
mudanças de estado
físico da água para
explicar o ciclo
hidrológico e analisar
suas implicações
na agricultura, no
clima, na geração de
energia elétrica, no
provimento de água
potável e no equilí­
brio dos ecossiste­
mas regionais (ou
locais).

Sugestão de atividade
2. Em quais estados físicos a água pode cair das
1. Marque x nas afirmativas incorretas. nuvens?
a. A água, na natureza, comporta-se em ciclos. No estado líquido, na forma de chuva e, no sólido, na
forma de neve e de granizo.
b. Para que haja a precipitação de chuva, é preciso
acontecer a evaporação da água sob a ação do Sol.
3. Como se chamam as regiões abaixo do solo que
x c. A circulação da água na natureza, chamamos recebem as águas das chuvas?
de círculo da água.
Lençóis de água ou lençóis freáticos.
x d. O ciclo da água acontece porque a água solidifica.

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Fundamentação
Piaget e a Moralidade
As regras morais que a criança aprende a respeitar de qualquer modo faz parte do que somos. Assim,
já chegam elaboradas pelos adultos e nem sempre toma-se emergente enfatizar que conduzir-se moral­
atendem às suas necessidades mente é agir conforme certas normas estabelecidas
pela sociedade. Justamente por isso a moral consti­
Por Roberto Giancaterino tui-se um conjunto de regras definidas previamente e
que determinam o modo de ser do homem.
A criança e o adolescente são páginas em bran­ Para uma melhor compreensão dessa dicoto­
co em que se inscrevem os princípios da vida; são mia, é fundamental a análise da moralidade humana
barros moldáveis; argila de modelagem, que vai se enquanto concepção do campo sociológico e psico­
transformar pela mão dos adultos na obra-prima de lógico, sob a visão de pesquisadores que procuram
um vaso artístico ou numa figura grotesca. encontrar respostas ao fenômeno imperativo. Existem
A socialização é o processo pelo qual os indi­ crianças que vivem uma vida dominada pela obe­
víduos adquirem padrões de comportamento que diência às regras de outros, passando a desenvolver
são valorizados pelo grupo e adequados para sua uma moralidade de obediência cega à autoridade.
adaptação ao ambiente social. As raízes do vocábulo Esses indivíduos podem ser facilmente conduzidos
moral derivam do latim ‘mos’, ‘morus’ ou ‘mores’, no por qualquer autoridade ou, em vista do fracasso para
sentido de um conjunto de normas ou regras adquiri­ desenvolver um sentimento pessoal acerca da neces­
das por hábito, reafirmando os ideais piagetianos. sidade de regras morais, a criança obediente pode
A moral acha-se intimamente relacionada com eventualmente rebelar-se, aberta ou veladamente. Um
os atos conscientes e voluntários dos indivíduos posicionamento importante na moralidade é a ênfa­
que afetam outros indivíduos, determinados grupos se que a instituição escola valoriza no processo de
sociais, ou a sociedade em seu conjunto. aprendizagem contínua.
Discutir o tema Moralidade implica uma análise A ação do educador estará encaminhada para es­
muito precisa das relações que o sujeito desenvolve timular o processo de valoração de seus alunos, para
com outras pessoas, uma vez que trata-se de um pro­ que ele perceba quais são realmente seus valores e
cesso no qual a definição de regras é o limite carac­ possa se sentir responsável e comprometido com
terizado pela necessidade de manter o respeito como eles. Assim, infere-se que é importante desenvolver
conceito fundamental. no educando a ação reflexiva de modo que este seja
Entretanto, a moral pouco se altera; a sociedade capaz de pensar, de analisar, de contextualizar situa­
constrói suas próprias regras as quais mantêm carac­ ções cotidianas que exigem uma determinada postu­
terísticas dos padrões anteriores. Diante dessa reali­ ra autônoma.
dade emerge o sociologismo, gerado por condições
sociais, e não por fatores sociais. Os fenômenos mo­
rais podem ser entendidos como gerados por condi­
ções sociais e são consequências de sanções sociais
sobre a conduta. Como caracteriza Puig, o indivíduo
Minerv

não é um ser livre, mas submetido a um elemento


a Stud

externo, no qual deverá reconhecer como superior e


digno de ser obedecido e respeitado. Existe, então,
io / Sh

uma série de conflitos gerados pelos dilemas morais


utters

internos ao indivíduo e que acabam por delinear a


tock.c

consciência humana.
om

O ser humano é uma obra eternamente inacaba­


da, em construção. O que somos agora serve apenas
como base para aquilo que seremos amanhã. Cada
nova experiência, boa ou ruim, acrescenta algo em
nós, que pode nos ajudar ou atrapalhar, mas que

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A autonomia pode representar um processo anta­ A moral segundo Piaget
gônico, todavia mediado pela consciência. Isso signi­
fica que autonomia não quer dizer a simples ‘indepen­ A moral heterônoma
dência’ para fazer coisas por si mesmo sem auxílio 1. É imposta a partir do exterior como um sistema de
ou ajuda de outra pessoa. Em vez disso, o indivíduo regras obrigatórias.
autonomamente moral define que ações lhe são mais
favoráveis sem menosprezar as demais. Essas regras 2. Baseia-se no princípio de autoridade, no respeito
seguem princípios construídos pela própria pessoa e unilateral e nas relações de pressão.
são autorreguladores. Elas têm um caráter de neces­
sidade interna para o indivíduo, seguindo convicções 3. Encontra-se, de fato, na maioria das relações e
internas sobre a necessidade de respeitar as pessoas entre o adulto e a criança.
em seus relacionamentos, desenvolvendo sua autono­
mia moral. A autonomia é decorrente de um imperati­ 4. Sua prática é defeituosa por ser exterior ao indivíduo.
vo moral baseado no princípio da obediência.
Diante deste contexto, Piaget relata, em sua obra 5. A responsabilidade é julgada em função das con­
O juízo Moral na Criança, que “a moral consiste num sequências materiais de uma ação: realismo moral.
sistema de regras, e a essência de toda moralidade
deve ser procurada no respeito que o indivíduo ad­ 6. A noção de justiça se baseia primeiro na obediência,
quire por essas regras”. na autoridade e no ato de evitar o castigo. E as proi­
bições devem ser necessárias, dolorosas e arbitraria­
Influências externas mente castigadas. A função do castigo é a expiação.
Por fim, a justiça começa a basear-se na igualdade.
Piaget afirma que “as regras morais que a criança Deixa de ser retributiva e se faz distributiva, passando
aprende a respeitar são transmitidas pela maioria dos por uma fase de mero estrito igualitarismo.
adultos, isso significa que a elas já chegam elabora­
das, porém não na medida de suas necessidades e A moral autônoma
interesses, mas de uma única vez através da sucessão
ininterrupta das gerações adultas anteriores”. Perce­ 1. Surge do próprio indivíduo como um conjunto de
be-se claramente que Piaget destaca que a moralida­ princípios de justiça. Tem caráter espontâneo e é a
de não é um valor intrínseco ao ser humano. fonte do bem.
Antes de interagir com seus pares, a criança é
influenciada por seus pais. Desde o nascimento é 2. Baseia-se no princípio da igualdade, no respeito
submetida a múltiplas regras disciplinares e, mes­ mútuo e nas relações de cooperação.
mo antes de falar, toma consciência de que possui
certas obrigações. As regras sociais que a criança 3. Não é estática e fixa, mas uma forma de equilíbrio
aprende não correspondem às suas necessidades e limite nas relações sociais.
interesses. Por esse motivo, Piaget acredita que seria
artificial estudar o desenvolvimento moral a partir da 4. Sua prática é correta por ser o resultado de uma
observação de como a criança entende e obedece a decisão livre e racional.
tais regras.
5. A responsabilidade é julgada em função de intenção.

6. A noção de justiça supera a fase do estrito igua­


litarismo para basear-se na equidade. O princípio
de justiça autônoma é a forma superior de equilíbrio
das relações sociais. Baseia-se na reciprocidade. Os
castigos se convertem, assim, em algo motivado, não
necessário e recíproco.
Todavia, admite-se que a moral é passível de ser
conquistada pela educação; admite-se também que
os jogos coletivos, apoiados em regras, são suas
ferramentas essenciais, desenvolvendo suas pesqui­
m
stock.co
/ Shutter
paulista
126

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sas, inclusive, no nosso tão antigo jogo de bolinhas Ro
se
Ca
de gude (fubeca) para os meninos e o da amarelinha rso
n/
Sh
para as meninas. utt
ers
toc
k.c
Macedo ressalta que a moralidade requer um om

princípio universal sobre o qual determinada ação


represente um dever necessário a todos. De acordo
com Kant, quando as pessoas agem apenas pensan-
do nas consequências externas e imediatas dos pró-
prios atos, ou ainda de acordo com as regras como
simples prudência, interesse ou conformidade, o ho-
mem está sendo heterônomo, submetendo-se às re- te com a criança que na fase da anomia dispensa
gras sociais, independente de conceitos próprios. De esses adereços, mas com a imperiosa educação dos
certa forma, a moralidade obriga o homem a adquirir adultos que vão ficar com essa criança, estes, sim,
uma postura a respeito da sua ação, conduzindo-o necessitando aprender e desenvolver a difícil arte
à reflexão, à definição da personalidade de forma a de dar e receber, entregar-se e acolher. A falta dessa
manter o equilíbrio individual e coletivo. Assim, faz- especialização — da mãe, pai, professores, avós — é
-se necessário refletir antes da ação propriamente tão comprometedora quanto à de alguns alimentos
dita, a fim de que esta seja o resultado conveniente à essenciais.
situação em que o indivíduo está inserido. Essa segunda etapa da evolução da criança,
Convêm destacar as palavras de Piaget, expres- Piaget chamou de heteronomia, cuja fase é marcada
sas por Puig, que cada indivíduo passa por uma série por um grande interesse em participar de atividades
de pressões por parte dos adultos, as quais determi- coletivas, jogos grupais diversos envolvendo regras.
nam e favorecem a moral heteronômica, consideran- Para a criança, nessa etapa, as regras de um jogo
do que ocorre uma relação de respeito unilateral em são imaginadas como algo ‘sagrado’, intocável e
que a desigualdade entre o adulto e a criança é niti- imutável, e qualquer modificação a elas imposta é
damente visível como sendo uma relação de dever e vista como desonesta; é como se o rompimento dela
obrigação. Já a moral autônoma caracteriza-se pela desestruturasse a ordem divina.
colaboração igualitária, no qual o respeito mútuo é Durante essa mesma fase da vida, a criança de-
fator preponderante e brotam sentimentos do bem e senvolve um sentimento a que Piaget denominou de
de responsabilidades. Portanto, as regras são decor- realismo moral o qual conduz a um estágio superior
rentes de um trabalho cooperativo e do dialógico. — a autonomia.
Piaget admite que a evolução do ser humano Aguado e Medrano afirmam que uma das princi-
ocorra, invariavelmente, numa etapa genética deno- pais características da moral heterônoma consiste
minada anomia, que dura do nascimento até os cinco no realismo moral, que induz a criança à submissão
ou seis anos de idade. Nessa fase, as crianças não dos conteúdos da consciência, por sua capacidade
seguem regras coletivas, interessam-se pela brin- de diferenciar o psíquico do físico. Araújo destaca
cadeira, essencialmente por seus interesses moto- que “o desenvolvimento da moralidade caminha na
res ou seus sonhos simbólicos, e não por estarem direção da construção de estágios de autonomia;
prontas para aceitar que todo jogo e, portanto, toda quando o sujeito compreende que a fonte das regras
relação social se estrutura em regras. está em si próprio, em sua capacidade como legisla-
Ainda para Piaget, a criança, do nascimento até dor das regras, mas sempre se referindo no outro”.
os seis anos de idade, necessita de carinho, ternura,
afeto, necessita também da compreensão do não, AGUADO, M.J. D.; MEDRANO, C. Educación y razonamiento moral.
dos limites claros, da coerência na afetividade que Bilbao: Mensajero, 1994.
a ela se entrega. A integração desses dois paradig-
ARAÚJO, U. F. Conto de escola a vergonha como um regulador
mas de contato — a entrega, mas também a cobran- moral. São Paulo: Moderna, 1999.
ça — implica a passagem, da fundamentação moral
mais importante, verdadeiramente imprescindível, PIAGET. J. O juízo moral na criança Tradução Elzon L. 2. ed. São
que é o da segurança. Paulo: Summus, 1994. PUIG J M. Ética e valores: métodos para
Com base nos preceitos mencionados, conside- um ensino transversal. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1995.
ra-se relevante a necessidade da educação moral ser
Revista ABC educatio. Ano. 8 n. 73. São Paulo: Procultura, Abril,
praticada desde o nascimento, não especificamen- 2008.

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15a Semana - Grade semanal

1o dia
Semana de revisão.

2o dia
Semana de revisão.

3o dia
Semana de revisão.

4o dia
Semana de revisão.

5o dia
Livre para atividades complementares da sua turma.

Gelpi / Shutterstock.com

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Dinâmica
Você mais criativo
Um exercício interessante de ser feito para aumentar
sua criatividade é o seguinte:

4
1 Pegue uma folha de papel Pegue uma caneta e co­
em branco e escreva uma mece a escrever sem parar,
palavra no topo dela. sem se importar com mais
nada. Só escreva.

5
2 Respire fundo e relaxe por alguns
Depois do sétimo minuto, sua men­
te vai parar, definitivamente, de “po­
dar” os seus pensamentos. A partir
minutos. Você deve tirar todos os
pensamentos da sua mente. daí você terá ideias mais amplas a
respeito do assunto.

3 Arrume um despertador ou um
cronômetro para tocar depois de
quatorze minutos.
6 Quando o tempo acabar, descanse um
pouco e, depois, leia tudo o que escre­
veu. Não precisa ter nexo. O objetivo
desse exercício é, apenas, derrubar
algumas barreiras da sua mente. Com o
tempo, você vai perceber que se torna­
rá menos preconceituoso em relação a
determinados temas. Da mesma forma
que se sentirá mais à vontade diante de
qualquer trabalho ou desafio. Isso por­
que sua mente estará apta a se soltar
com mais desenvoltura, sem tanta preo­
cupação com o julgamento de terceiros.

Revista Profissão Mestre, ano 8, n. 93. Curitiba:


Humana Editorial, jun. 2007.

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Animais e vegetais
Semana de revisão
Sugestão de resposta:
Morte de animais e vegetais, extinção de espécies.
Unidade 2
• Os ecossistemas 5. Fale sobre a importância do calor do Sol para o
• O ar ciclo da água.
• Os estados físicos da água
• O ciclo da água Resposta pessoal

1. Os seres vivos formam um dos componentes de


um ecossistema.
6. Onde podemos encontrar a água em estado líquido?
a. Que componente é esse?
Nos mares, oceanos, rios, lagos e no subsolo.
Os animais, vegetais e os seres decompositores for­
mam o componente biológico do ecossistema. 7. O ciclo da água desenvolve-se através de quais
processos? Circule-os.
b. Qual o outro componente de um ecossistema?
De que ele é formado?

O componente físico é outro componente que for­


Condensação
ma um ecossistema. Ele é formado pelas seguintes
condições de sobrevivência: solo, salinidade da água,
pressão, luminosidade, temperatura e umidade.
Solidificação
2. Pesquise e descreva exemplos de ecossistemas
que você conhece.

Resposta pessoal
Precipitação

3. Complete com as palavras abaixo.


Fotossíntese
carbônico ar nitrogênio mínimas

O ar se apresenta na forma gasosa e, na sua maior Evaporação


parte, é composto por nitrogênio, seguido pelo oxigê­
nio. O gás carbônico, o vapor de água e outros gases
apresentam-se em quantidades mínimas.
Infiltração
4. Cite os problemas de saúde causados pela polui­
ção do ar em:

Seres humanos Fusão


Sugestão de resposta:
Doenças respiratórias (como a asma), alergias, irrita­
ção da pele e dos olhos, mudanças de humor. Transpiração
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Fundamentação
Um lugar querido
O ambiente da sala da diretoria é uma extensão espaço. Se a sua sala for um lugar de poder, todos
de quem está lá e deve ser um espaço de acolhimen­ deverão entrar nela pedindo licença.
to e liberdade. Conheci um reitor baixinho que tinha raiva de ser
Há um livro que nunca li, mas entendi só pelo baixinho. E, para que a sua sala tivesse a marca da
título: “A linguagem do corpo.” O corpo tem uma lin­ sua autoridade, mandou fazer um estrado onde colo­
guagem silenciosa de gestos. cou sua mesa.
Nunca fique afundada na poltrona ao receber a vi­ Assim, ele estava sempre por cima.
sita de uma pessoa chata. Essa posição diz que você Mas esse não é o seu caso. Lembre-se do Roland
está feliz. Para dar o sinal para ela ir embora, sem Barthes: maternagem, um espaço manso de acolhi­
ser grosseira, sente-se na beirada da cadeira, com as mento e liberdade. Sua presença deve ser tranquiliza­
mãos sobre os joelhos. dora para os funcionários, as professoras e as crian­
O mesmo vale apenas para casas. Elas falam. ças. Que fotografias você tem lá? “Por que elas estão
Tenho um conhecido muito rico. O seu apartamento é lá?” Por causa do poder ou da bondade?
um luxo. Ele pensou que a melhor coisa era contratar Há tantas pessoas que simbolizam bondade...
um decorador. O decorador, mau psicológico, pôs-se S. Francisco de Assis, Janucz Korckak, o barbudo
a campo e comprou quadros, objetos de arte, tape­ ancião, Paulo Freire e há pôsteres lindos de crianças.
tes. A decoração ficou rica. Mas a atmosfera é a de A Unesco publica, anualmente, calendários com fotos
um mausoléu, porque não existe nada no seu apar­ de crianças de todo o mundo.
tamento que se pareça com ele. A casa tem de ter a E lá deverão estar fotografias de sua infância.
cara da gente. Casas são espelhos, revelam a alma. Você nenenzinho, aos sete anos, banguela, adoles­
Isso vale para todos os espaços. cente mascando chicletes e, finalmente, você como
Você já notou que há restaurantes onde a gente é agora. Juro que sua sala vai se transformar num
gosta de ir por causa do ambiente físico? Tem um que lugar querido.
frequento que parece a extensão da minha cozinha
em Minas. Revista Educação. Ano 10, n.116. São Paulo: Segmento, 2011.
Outros que, a despeito da decoração rica, dei­
xam-nos frios. Sinto-me desconfortável em ambien­
tes cheios de espelhos, estão sempre me vigiando.
Perco a naturalidade.
Por isso que Edgar Allan Poe disse que um es­
pelho nunca pode ser colocado num lugar onde a
pessoa se veja refletida nele, sem querer.
Espelhos são uma violência. Quem foi que disse
que quero me ver? Especialmente se eu for careca,
barrigudo e tenha barbela de nelore?
Faz uns tempos, fui convidado a falar numa gran­
de empresa estatal.
O que lá vi, na visita preliminar pelas salas dos
executivos, obrigou-me a mudar o rumo da minha fala.
Por que em todas as salas havia uma foto grande
e solene do governador?
Por que ele era bonito? Amado? Ou temido?
O que a sua sala, em cuja porta está escrita a
palavra “diretoria”, está dizendo? Ela é a sala da “di­
retora”, uma função de poder, ou é a sua sala? “Sua
sala” quer dizer a “sala onde você colocou as suas
marcas”. Aquela sala é uma extensão de você, o seu
Anna Nahabed / Shutterstock.om

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16a Semana - Grade semanal

1o dia 4o dia
Ciências: A classificação e as utilidades da água – Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa,
páginas 43, 44 e 45 Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.
Orientação didática:
• Procure montar, junto às crianças, um cartaz falan­ 5o dia
do a respeito das utilidades da água.
Livre para atividades complementares da sua turma.
Reservado para atividades de Língua Portuguesa e
Matemática.

2o dia
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa,
Matemática, História e Geografia.

3o dia
Ciências: A classificação e as utilidades da água –
páginas 46 e 47 (primeira coluna)
Orientação didática:
• Explique as características da água boa para o
consumo humano e a sua importância para a manu­
tenção da saúde.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa,


Matemática e Geografia.

Holmes Su / Shutterstock.com

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Dinâmica
Detalhes da natureza
O educador organiza um dia em que a turma
possa deslocar-se para o jardim da instituição ou para
uma área externa. Chegando lá, explica que dará 10
minutos para eles ficarem sozinhos, bem próximos,
em grupo, e apenas realizando três ações: ficar em
silêncio, observar os detalhes da natureza (enfati­
zar detalhes, como as texturas, as cores, as formas
pequenas) e manter a respiração com inspiração e ex­
piração calmas. Repete-se as ações para eles ficarem
atentos. Ao final, o educador pergunta a todos sobre
como foi ficarem sozinhos, o que eles mais pensaram
e descobriram. Pede-se que escolham algum detalhe
das coisas que eles viram, definindo um objeto ou
parte da natureza que mais chamou a atenção de­
les. Explica-se que, agora, todos irão se “descolar” e
conhecer a parte que cada um escolheu. Ao chegar lá,
cada um deverá mostrar e explicar por que fez essa
escolha. Depois de passar por todos os lugares, o
educador conversa com a turma, levantando a apren­
dizagem que cada um teve com essa experiência.

WENDELL, Ney. Praticando a generosidade em sala de aula. Reci­


fe: Prazer de Ler, 2013.

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43

BNCC
(EF05CI04)
Identificar os prin­
cipais usos da água
e de outros mate­
riais nas atividades
cotidianas para
discutir e propor
formas sustentáveis
de utilização desses
recursos.

Tischenko Irina / Shutterstock.com

Orientação didática
A água é uma substância muito importante para a
vida no planeta Terra. Ela é uma substância que não
tem cor, cheiro ou sabor. Solicite aos alunos que
respondam às seguintes questões.

Qual é a importância da água para o ser humano?

Quais problemas podem causar o excesso de chuvas?

Quais problemas podem causar a falta de chuvas?

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BNCC
(EF05CI04)
Identificar os prin­
cipais usos da água
e de outros mate­
riais nas atividades
cotidianas para
discutir e propor
formas sustentáveis
de utilização desses
recursos.

Orientação didática
Converse com os alunos que não devemos só eco­ de água paga em sua casa. Monte um quadro com­
nomizar a água para evitar que falte, mas também parativo ressaltando a quantidade de pessoas em
porque pagamos pelo seu uso. cada casa e o consumo médio. Depois, monte uma
tabela com os dados e um gráfico.
Explore, com os alunos, o consumo da água e sua
conta. Solicite-lhes que pesquisem o preço da conta

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BNCC
(EF05CI04)
Identificar os prin­
cipais usos da água
e de outros mate­
riais nas atividades
cotidianas para
discutir e propor
formas sustentáveis
de utilização desses
recursos.

Sugestão de atividade
1. Escreva três medidas que devemos seguir para 2. Calcule e responda.
evitar o desperdício de água. Quando escovamos os dentes com a torneira aberta,
desperdiçamos em torno de 80 litros de água. Se Ana
Resposta pessoal escova os dentes 3 vezes ao dia e deixa a torneira
aberta, quantos litros de água ela gasta em 30 dias?

80 x 3 = 240
240 x 30 = 7.200 ℓ
Ela gasta 7.200 litros de água.

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BNCC
(EF05CI04)
Identificar os prin-
cipais usos da água
e de outros mate-
riais nas atividades
cotidianas para
discutir e propor
formas sustentáveis
de utilização desses
recursos.

Sugestão de atividade
1. Pesquise e responda. Resposta pessoal

a. De onde vem a água que abastece sua cidade? c. Qual empresa trata a água que chega à sua casa?

Resposta pessoal Resposta pessoal

b. A água que chega a sua casa é tratada? d. Como é a qualidade da água que chega à sua casa?

Resposta pessoal Resposta pessoal

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BNCC
(EF05CI04)
Identificar os prin­
cipais usos da água
e de outros mate­
riais nas atividades
cotidianas para
discutir e propor
formas sustentáveis
de utilização desses
recursos.

Sugestão de atividade
ANOTAÇÕES
1. De acordo com a característica dada, escreva a
que tipo de água se refere cada afirmativa.

a. Chamada de água pura: água destilada.

b. É obtida naturalmente de fontes minerais e engar­


rafada para o consumo humano: água mineral.

c. Tem PH superior a 7: água alcalina.

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Fundamentação
O caso da professora Clarice
Excelente professora de Geografia, Clarice, vez — Vocês têm razão em parte. Não altero a nota in­
por outra, explicava temas mais complexos, mas dividual de cada aluno por sua participação e por suas
habitualmente trabalhava com os alunos organiza­ atitudes, mas os pontos conquistados por uma equipe
dos em equipes, levando-os à pesquisa, ao apro­ envolvem sua aprendizagem e também sua civilidade.
fundamento dos temas, à reflexão sobre os desafios Vocês sabem como agir e como zelar pelo ambien­
propostos e à fixação dos conteúdos. Conhecia te, e, se perdem pontos, é por omissão e por desrespei­
várias estratégias de ensino em equipes diferentes e to. Mais ainda, passam pela escola não apenas para
assim alternava uma aula com outra, sempre com os aprender conteúdos, mas para saber se organizar em
alunos, que a adoravam, reunidos em grupos. grupo, respeitar o colega, defender o ambiente.
Aplicava, a cada bimestre, como era norma e Mas, ainda que uma parte da classe aceitasse
padrão na escola, duas provas individuais e atribuía a muito bem e concordasse com os critérios de Clarice,
seus resultados um peso cinco. outra parte não deixava de reclamar, reafirmando que
A composição da média bimestral de cada aluno “disciplina é atitude e procedimento, e que essas ações
se completava com seus desempenhos em equipes, e não podem ser confundidas com aprendizagem”.
estas, conforme evoluíam, recebiam pontos. O que você acha da atitude de Clarice?
Ao final de cada bimestre, Clarice atribuía nota Se tivesse de julgar seu critério de avaliação dis­
máxima à equipe que ficava com mais pontos e, por­ ciplinar, aceitaria ou não os seus argumentos? Se não
tanto, em primeiro lugar, e com base na pontuação os aceitasse, que mudanças faria?
dessa equipe montava uma proporção sobre quanto Se possível, debata com seus colegas esse caso
ganhariam as demais. Uma simples regra de três: se e veja se é possível uma posição unânime. Caso a
a primeira equipe totalizava, por exemplo, mil pon­ maior parte de seus colegas discorde de sua opinião,
tos, a cada cem pontos conquistados pelas demais aceitaria mudá-la?
equipes atribuía o valor um. Em classe, após o encer­
ramento do bimestre, os alunos debatiam a participa­ ANTUNES, Celso. Primeiros degraus. São Paulo: Loyola, 2012.
ção individual e atribuíam uma nota que acreditavam
justa dentro da proporção total. Se a equipe tivera,
por exemplo, seis e era composta de cinco alunos,
estes recebiam trinta pontos e poderiam atribuir seis
a cada um ou outro resultado que correspondia ao
seu desempenho e à sua participação individual nos
trabalhos do grupo.
Os alunos de Clarice aceitavam sem reclamar
seu critério, mas se insurgiam quando a professora
avisava que poderia tirar pontos de uma equipe se,
durante o bimestre, um de seus alunos desrespeitas­
se o colega ou se a equipe não zelasse pela ordem
e pela limpeza do espaço ocupado em sala. Alguns
protestavam:
— Não é justo, Clarice. A nota expressa nossa
aprendizagem, e esta não pode ter perdas por falhas
de atitudes e procedimentos. Para punir atitudes,
existem outros recursos que não a nota. Clarice se
justificava:

a / Shutterstock.com
Lorelyn Medin

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17a Semana - Grade semanal

1o dia 4o dia
Ciências: O solo – páginas 47 (segunda coluna), 48, Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa,
49, 50, 51 e 52 (primeira coluna) Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.
Orientação didática:
• Realize atividades de pesquisa sobre a utilização 5o dia
do solo.
Livre para atividades complementares da sua turma.
• Solicite que as crianças construam um texto indivi­
dual caracterizando os tipos de solo.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa


e Matemática.

2o dia
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa,
Matemática, História e Geografia.

3o dia
Ciências: A poluição do solo – páginas 52 (segunda
coluna), 53 e 54 (primeira coluna)
Orientação didática:
• Junto aos alunos, faça uma leitura compartilhada
sobre o manejo e conservação do solo.

• Pesquise, com seus alunos, os diversos fatores que


poluem o solo.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa,


Matemática e Geografia.

pstocks / Depositphotos.com

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Dinâmica
Tipos de solo

Materiais:
• Areia (um pouco).
• Argila (um pouco).
• Água.
• Dois recipientes de vidro.
• Dois funis.
• Algodão.

Objetivo:
Verificar a permeabilidade da argila e da areia.

Colocando em prática: Agora, faça os seguintes questionamentos:

1. Coloque um funil em cada recipiente e um • Registre o que aconteceu. Justifique o re­


chumaço de algodão no gargalo de cada funil. sultado do experimento. A água do recipien­
te com areia passa mais rápido, pois a areia
2. Em um dos funis, coloque dois dedos de é mais permeável que a argila.
areia sobre o algodão.
• Represente o seu experimento por meio de
3. No outro, coloque dois dedos de argila. um desenho.

4. Derrame a água nos dois funis e compare


a rapidez com que o líquido passa em cada
um deles.

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47

BNCC
(EF05CI03)
Selecionar argumen­
tos que justifiquem
a importância da
cobertura vegetal
para a manutenção
do ciclo da água, a
conservação dos
solos, dos cursos de
água e da qualidade
do ar atmosférico.

PROFESSOR(A), UTILIZE NOSSO


MATERIAL DE APOIO COMO UM
RECURSO VISUAL PARA A
Orientação didática MEMORIZAÇÃO DESTE CONTEÚDO.

Monte, com as crianças, um catálogo com diversos


tipos de solo exis­tentes na região onde moram. Seria
interessante que as crianças tam­bém coletassem
dados sobre o solo de outras regiões. Depois, fazer
a comparação entre os diferentes tipos de solo é
imprescindível.

Mirage3 / Depositphotos.com

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BNCC
(EF05CI03)
Selecionar argumen­
tos que justifiquem
a importância da
cobertura vegetal
para a manutenção
do ciclo da água, a
conservação dos
solos, dos cursos de
água e da qualidade
do ar atmosférico.

Orientação didática
Que tal fazer uma plantação com os alunos? Depois
da aula sobre os tipos de solo, providencie, com eles,
gar­rafas PET de 500 ml, corte uma parte delas, coloque
areia com húmus em cada garrafa, distribua sementes
de coentro e deixe os alunos plantá-las. Deixe as gar­
rafas em um local no qual possam regá-las. Também é
importante que o local receba a luz do sol.

arka38 / Shutterstock.com

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BNCC
(EF05CI03)
Selecionar argumen­
tos que justifiquem
a importância da
cobertura vegetal
para a manutenção
do ciclo da água, a
conservação dos
solos, dos cursos de
água e da qualidade
do ar atmosférico.

Orientação didática

Trabalhe, com as crianças, o fenômeno da desertifi­cação; como acontece, onde


ocorre, se só ocorre aqui no Brasil. Pesquise, com os alunos, em livros e sites.
Se possível, mostre imagens em slides ou vídeos da Internet.

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BNCC
(EF05CI03)
Selecionar argumen­
tos que justifiquem
a importância da
cobertura vegetal
para a manutenção
do ciclo da água, a
conservação dos
solos, dos cursos de
água e da qualidade
do ar atmosférico.

Orientação didática
ANOTAÇÕES
Divida a turma em grupos e monte, com eles, ma­
quetes para apresentar os cuidados com o solo.
Depois, promova uma exposição e convide outras
turmas para visitá-la.

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BNCC
(EF05CI03)
Selecionar argumen­
tos que justifiquem
a importância da
cobertura vegetal
para a manutenção
do ciclo da água, a
conservação dos
solos, dos cursos de
água e da qualidade
do ar atmosférico.

Sugestão de atividade 1 O solo foi formado a partir da quebra de grandes


rochas chamadas rochas-mãe, devido à ação
1. Numere corretamente as etapas de formação dos ventos, da água e do clima.
do solo.
2. No que se refere às camadas do solo, marque x na
3 Até formar pequenos grãos. alterna­tiva correta.

4 Aí está o local onde vivemos hoje. É a camada mais externa e fina de todas.

2 Com a abertura de rachaduras nessas ro­chas, x Horizonte O Horizonte A


alguns seres vivos começaram a penetrá­-las
quebrando-as em partes cada vez menores. Horizonte B Horizonte C

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BNCC
(EF05CI03)
Selecionar argumen­
tos que justifiquem
a importância da
cobertura vegetal
para a manutenção
do ciclo da água, a
conservação dos
solos, dos cursos de
água e da qualidade
do ar atmosférico.

Orientação didática
Organize os alunos em equipes e distribua folhas Pesquise imagens e vídeos no Youtube sobre po­
de papel 40 kg para cada uma. Peça aos alunos que luição do solo. Leve-os para a sala e mostre-os aos
mon­tem dicas de como evitar a poluição do solo. seus alunos. Peça-lhes que produzam um texto
Depois, peça-lhes que ilustrem as dicas e cole-as sobre a importância de se preservar o solo.
pela escola.

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BNCC
(EF05CI03)
Selecionar argumen-
tos que justifiquem
a importância da
cobertura vegetal
para a manutenção
do ciclo da água, a
conservação dos
solos, dos cursos de
água e da qualidade
do ar atmosférico.

chones / Depositphotos.com

Orientação didática
Que tal adotar algumas das medidas citadas no
texto dentro da escola? Organize, com os alunos, o
recolhimento de latinhas e garrafas tanto PET quan-
to de vidro. Tente chamar alguma ONG ou algum ca-
tador de lixo para que passe na escola toda semana,
ou a cada 15 dias, para recolher o material coletado
pelos alunos.

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54

BNCC
(EF05CI03)
Selecionar argumen­
tos que justifiquem
a importância da
cobertura vegetal
para a manutenção
do ciclo da água, a
conservação dos
solos, dos cursos de
água e da qualidade
do ar atmosférico.

Sugestão de atividade
1. Circule as formas de poluição do solo. 2. Complete corretamente com as palavras do quadro.

Plantio Desmatamento desmatamento - derrubada - pobre

Queimadas Acúmulo de lixo


O desmatamento é outro problema grave causado ao
Uso de agrotóxico Reciclagem solo, visto que a derrubada da vegetação ou as quei­
madas o tornam pobre em nutrientes, já que matam
os seres decompositores e ainda aceleram a erosão.

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Fundamentação
Responsabilidade do professor

Analisando fatores que intervêm na qualidade do Tornar esse espaço agradável, não apenas fora
processo educativo da sala, mas especialmente dentro dela, é um desafio
para professores e alunos.
Vivemos um momento no qual muitas críticas Podemos pensar que muitos fatores estão con­
são feitas à escola: aulas desmotivadoras, má qua­ tribuindo para que isso não aconteça, como a dificul­
lidade de ensino, autoritarismo por parte dos pro­ dade em se aplicar a justiça, a ausência de diálogo, a
fessores, dentre outras. Por sua vez, professores falta de solidariedade, o desrespeito reinante.
também se queixam da falta de disciplina, falta de Piaget e seus seguidores entendem que a relação
interesse e de respeito de parte de seus alunos. da criança com o adulto caminha do respeito unila­
É comum ouvir-se a frase “A escola é legal, as teral, da obediência cega da criança em relação ao
aulas é que são chatas!” sendo proferida por ado­ adulto, para um outro tipo de respeito, o mútuo, que
lescentes que apontam nesse dizer que a escola acontece na medida em que a criança cresce e co­
é um espaço socializador, onde amigos e amigas meça a perceber que as regras estabelecidas não são
se encontram, onde as relações se tecem, onde se imutáveis e podem ser negociadas, a fim de servir
aprende a viver com o outro. Por outro lado, a fra­ a todas as partes envolvidas em um acordo, de que
se sinaliza que a sala de aula não possui atrativos, elas devem ser obedecidas por todos quantos estão
que os alunos aí estão por obrigação, que ensinar e envolvidos no processo.
aprender são processos desinteressantes que nada É importante, então, analisarmos como está a
ou muito pouco acrescentam à formação da perso­ qualidade do respeito entre educandos e educadores.
nalidade do aluno.

SaMBa / Shutterstock.com

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Como um professor, em seu fazer pedagógico, Para que se instaure o respeito mútuo, é preci­
pode demonstrar respeito aos seus alunos? Questão so criar os canais de mão-dupla, atingindo em igual
bastante complexa essa. Mas poderíamos começar intensidade alunos e professores.
a refletir, por exemplo, a partir da questão da ava­ Outro ponto que pode nos ajudar a refletir sobre
liação. Avaliar alguém é complexo e bastante sério, a questão do respeito é a metodologia usada em
exigindo muito respeito por parte daquele que faz sala de aula. Será que nossos alunos estão poden­
o julgamento. Como estão ocorrendo as avaliações do dialogar sobre os conteúdos propostos pelos
em nossas escolas? professores, estimulando, assim, a coletividade à
Professores usam da avaliação para rever as la­ participação?
cunas do processo de ensinar e aprender, para verifi­ Os momentos de interação em sala de aula estão
car as dificuldades dos alunos e, então, poder ajudá­ sendo oferecidos, ou será que o abuso do método
-los a crescer em seu saber; ou usam da avaliação frontal (aula expositiva) continua prevalecendo nas
como instrumento de punição ou, ainda, como forma escolas sobre estratégias mais significativas? Não
de coação, para que alunos assistam às suas aulas? que esse método não possa, eventualmente, ser
A avaliação devidamente utilizada é, em verdade, aplicado mas deve sê-Io com parcimônia, cedendo
fator de influência positiva sobre os atos de aprender espaço para outros mais modernos. O professor deve
e ensinar, que respeita as individualidades, ao mesmo atuar como articulador entre o seu saber, cultural­
tempo em que considera o contexto global e coletivo. mente acumulado, e os saberes em desenvolvimento
de seus alunos, quebrando, assim, com a “educação
bancária”, termo usado por Paulo Freire para designar
aquela forma de ensinar em que o aluno, ser passivo
wavebreakmedia / Shutterstock.com
no processo, assimila o saber do mestre, sem que se
instale um processo intelectivo.
Muitas outras questões ainda poderiam ser
levantadas. Muitas críticas também poderiam ser
feitas para justificar o mal-estar docente: salários
insuficientes, tempo exíguo para planejar, excesso de
burocracia, turmas lotadas, problemas sociais (como
situações de risco, crianças na rua, fome), falta de in­
teresse político para mudar a situação. Esses pode­
riam ser, apenas, os primeiros de uma lista infindável
de motivos que justificam o não fazer melhor. Porém,
não podemos deixar que esses motivos interfiram na
qualidade de nossas aulas.
A responsabilidade do educador é muito grande.
Resolvamos nossos conflitos, sim, mas fora da sala
de aula, de forma a não prejudicar nossos alunos,
para que possamos ter a certeza de que estamos
contribuindo para a formação de cidadãos éticos,
compromissados com a justiça, com a solidariedade
entre os povos, com a igualdade de direitos, enfim,
compromissados com o humano.

RUIZ, Maria José Ferreira. Revista do Professor. Porto Alegre:


CPOEC, jul/set. 2004.

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18a Semana - Grade semanal

1o dia 4o dia
Ciências: A reciclagem – páginas 54 (segunda coluna) Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa,
e 55 Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.
Orientação didática:
• Divida a turma em equipes, distribua uma folha de 5o dia
papel 40 kg para cada equipe. Peça que elas confec­
cionem um painel com as diversas formas de reduzir, Livre para atividades complementares da sua turma.
reutilizar e reciclar.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa e


Matemática.

2o dia
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa,
Matemática, História e Geografia.

3o dia
Ciências: A reciclagem – páginas 56 e 57 (primeira
coluna)
Orientação didática:
• Solicite que os alunos registrem no painel um peque­
no texto sobre o conteúdo explorado. Exponha-o na
sala de aula para que haja a socialização entre eles.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa,


Matemática e Geografia.

Chones copy / Shutterstock.com

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Dinâmica
Aprender a escutar
O educador pergunta o que os educandos estão
ouvindo na sala, identificando a maioria dos sons
que chegam ao ambiente. Enquanto eles falam, o
educador anota algumas respostas no quadro.
A partir dessas anotações, informa que eles
irão construir uma lista de sons dos variados
espaços. Todos passeiam pelos diversos
ambientes da instituição e anotam todos os
tipos de som que ouvirem. Cada um pega
o seu caderno e um lápis e sai seguindo o
educador. Para cada som que ouvirem, de-
vem escrever uma explicação do seu jeito. O
educador passeia por lugares diferentes e que
possam ter sons os mais variados possíveis.
Ao retornarem à sala, ele solicita que cada
um leia o que anotou. Após as leituras, o educador
avalia, com a turma, o que essa atividade trouxe de
aprendizagem. É interessante dar valor à capacidade
de escutar.

WENDELL, Ney. Praticando a generosidade em sala de


aula. Recife: Prazer de Ler, 2013.

Krakenimages.com / Shutterstock.com

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54

BNCC
(EF05CI05)
Construir propos­
tas coletivas para
um consumo mais
consciente e criar
soluções tecnológi­
cas para o descarte
adequado e a reutili­
zação ou reciclagem
de materiais consu­
midos na escola e/ou
na vida cotidiana.

PROFESSOR(A), UTILIZE NOSSO


MATERIAL DE APOIO COMO UM
RECURSO VISUAL PARA A
MEMORIZAÇÃO DESTE CONTEÚDO.
Orientação didática Passos:
1. Forme duplas.
Roda-viva 2. Faça dois círculos de alunos, um de frente para o outro, de pé
Objetivos: ou sentados.
1. Debater um tema e desenvolvê-lo de 3. O círculo de dentro fica parado no lugar inicial e o círculo de fora
forma participativa. gira para a esquerda, a cada sinal dado pelo professor(a) do grupo.
2. Envolver todos do grupo no debate. 4. Cada dupla fala sobre o assunto colo­cado para reflexão du­
3. Falar sobre o que cada um sabe a rante dois minu­tos, sendo um minuto de cada pessoa.
respeito de um assunto. 5. O círculo de fora vai girando até che­gar ao par inicial.
4. Saber expor e ouvir. 6. Depois desse trabalho, realiza-se um plenário, no qual as
pessoas apre­sentam conclusões, tiram dúvidas, complementam
ideias.

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BNCC
(EF05CI05)
Construir propos­
tas coletivas para
um consumo mais
consciente e criar
soluções tecnológi­
cas para o descarte
adequado e a reutili­
zação ou reciclagem
de materiais consu­
midos na escola e/ou
na vida cotidiana.

Orientação didática
A coleta seletiva é uma alternativa ecologicamente Promova uma campanha de conscientização da
correta que desvia do destino de aterros sanitários coleta seletiva de lixo. Solicite aos alunos que es­
ou lixões resíduos sólidos que poderiam ser reci­ crevam cartazes e os ilustrem. Depois, cole-os no
clados, alcançando, assim, alguns objetivos impor­ pátio da escola para que os alunos de outras salas
tantes: a vida útil dos aterros sanitários é prolongada possam ver.
e o meio ambiente é menos contaminado. Além
disso, o uso de matéria-prima reciclável diminui a
extração dos nossos tesouros naturais.

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56

BNCC
(EF05CI05)
Construir propos­
tas coletivas para
um consumo mais
consciente e criar
soluções tecnológi­
cas para o descarte
adequado e a reutili­
zação ou reciclagem
de materiais consu­
midos na escola e/ou
na vida cotidiana.

Orientação didática
ANOTAÇÕES
Entregue aos alunos recortes de jornais e revistas
com figuras de metais, plásticos, restos de comi­
das e papel. Peça-lhes que desenhem os coletores,
pintem-nos nas cores adequadas e colem cada
recorte no devido coletor.

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BNCC
(EF05CI05)
Construir propos­
tas coletivas para
um consumo mais
consciente e criar
soluções tecnológi­
cas para o descarte
adequado e a reutili­
zação ou reciclagem
de materiais consu­
midos na escola e/ou
na vida cotidiana.

Orientação pedagógica

A sala de aula é local privilegiado do ponto de perspecti­va didático-pedagógica. Nessa pers­


vista das relações que se estabelecem entre pectiva, será considerado o aspecto cognitivo,
aluno e aluno, aluno e professor e destes com lembrando, no entanto, que aspectos igual­
o conhecimento, uma vez que, cotidianamen­ mente importantes, tal como afetivo, estão
te, essas relações têm ocorrência sistemá­ presentes nas inte­rações entre o professor e os
tica, sendo planejadas com base em alguma alunos em sala de aula.

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Fundamentação
“(...) lidar com a diversidade”
Na mesma proporção em que, felizmente, aumen­ ter em mente é encontrar um equilíbrio entre objetos
ta o acesso das crianças brasileiras à escola, cresce comuns e necessidades pessoais de cada estudante.
a diversidade na sala de aula. Uma turma pode reunir A busca desse equilíbrio não é fácil. Primeira­
crianças de diferentes classes, regiões, culturas mente é preciso saber até que ponto todos os envol­
e crenças. Elas respondem de modos distintos a vidos, da equipe escolar aos pais de alunos, estão de
conteúdos, objetivos e exigências — planejados para acordo em aceitar que cada aluno tem direito a um
serem iguais para todos. O desafio, portanto, é não ensino adaptado, na maior medida possível, às suas
mascarar essas diferenças, mas valer-se delas para possibilidades e limitações.
enriquecer o aprendizado e a vivência do grupo. Nem toda diversidade, no entanto, significa de­
A diversidade entre os indivíduos é uma condi­ sigualdade. É o caso das diversidades culturais e de
ção da natureza humana e está sempre presente em aptidões específicas. Esses são aspectos individuais
qualquer abordagem pedagógica. Isso não significa que enriquecem a convivência coletiva.
que lidar com ela seja simples. A você cabe ter sensibilidade para detectá-la e
“Ainda estamos aprendendo a conviver com a lidar com elas sem transformá-las em estigmas.
diversidade”, diz Roseli Fischmann, professora da “Trabalhar com a diversidade é normal; querer
Faculdade de Educação da Universidade de São fomentá-la é discutível; regular toda a variabilidade
Paulo. Segundo ela, o caminho é “refletir em grupo, nos indivíduos é perigoso”, escreve o educador espa­
partilhar, buscar se compreender”. O que você deve nhol José Gimeno Sacristán.

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hutterstock.com

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Viva a diferença
Para lidar com a diversidade, é essencial:

• Definir o que é comum a todos e o que é particular em cada aluno.


• Criar diferentes ambientes de aprendizagem.
se de cada um.
• Conhecer as particularidades dos alunos para estimular o interes
• Diversificar o material didático.
• Acompanhar a aprendizagem de cada estudante.
• Trocar informações e opiniões com outros professores.
da turma.
• Não tentar mascarar nem destacar em excesso as diferenças dentro

mimagephotography / Shutterstock.com

Currículo e avaliação flexíveis

Quando as respostas da turma são desiguais


em relação aos padrões de aprendizagem exigidos,
é recomendável, além da revisão dos métodos de
avaliação, adotar currículos flexíveis. Para isso, é
preciso definir claramente o que deve ser comum
a todos os alunos e quais podem ser os conteúdos
diferenciados.
Finalmente, cabe a você cultivar conceitos
como flexibilidade e tolerância. Eles são pré-re­
quisitos para a boa convivência e a adaptação de
pessoas diferentes a ambientes e objetivos co­
muns. “O mais importante é não ficar no discurso,
mas adotá-lo na prática”, diz a educadora Roseli
Fischmann.

Revista Nova Escola. Ano XVIII. n. 164. São Paulo: Abril,


agosto 2003.

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19a Semana - Grade semanal

1o dia 4o dia
Ciências: A tecnologia, a sustentabilidade e os meios Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa,
de comunicação – páginas 57 (segunda coluna) e 58 Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.
Orientação didática:
• Solicite que os alunos representem, por meio de 5o dia
cartazes, a tecnologia e os meios de comunicação
nos tempos atuais. Livre para atividades complementares da sua turma.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa e


Matemática.

2o dia
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa,
Matemática, História e Geografia.

3o dia
Ciências: A tecnologia, a sustentabilidade e os meios
de comunicação – página 59
Orientação didática:
• Pesquise, com seus alunos, informações sobre a
importância da tecnologia para a atualidade.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa,


Matemática e Geografia.
antoniodiaz / Shutterstock.com

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Dinâmica
Como me sinto quando...?

Você vai precisar de:


Cadernos e lápis ou canetas.

Procedimento:
• O professor escreve na lousa algumas perguntas e pede
aos alunos que respondam a elas em seus cadernos.

• Em seguida, após todos responderem, discute com os


alunos as respostas e de que maneira as atitudes relatadas
podem ser benévolas ou maléficas para a saúde deles.

Leah-Anne Thompson / Shutterstock.com

Sugestões de perguntas:

1. Como me sinto quando durmo poucas horas


por noite? E quando durmo demais?

2. Como me sinto quando minha alimentação é


feita fora do horário normal? E quando me ali­
mento em horários regulares?

3. Como me sinto quando como doces em substi­


tuição ao almoço ou ao jantar? E quando almoço
e janto comidas saudáveis?

4. Como me sinto quando pratico exercícios?


E quando deixo de praticá-los?

5. Como me sinto usando roupas adequadas ao


clima? E usando roupas inadequadas ao clima?

BRANCO, Sandra. Atividades com temas transversais.


São Paulo: Cortez, 2009.

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57

BNCC
(EF05CI04)
Identificar os prin­
cipais usos da água
e de outros mate­
riais nas atividades
cotidianas para
discutir e propor
formas sustentáveis
de utilização desses
recursos.

Orientação didática
ANOTAÇÕES
Explore o conhecimento prévio que os alunos têm
sobre o assunto. Proponha uma conversa com a
turma, registrando no quadro as dúvidas e as ideias
que os alunos possuem.

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58

BNCC
(EF05CI04)
Identificar os prin­
cipais usos da água
e de outros mate­
riais nas atividades
cotidianas para
discutir e propor
formas sustentáveis
de utilização desses
recursos.

Orientação didática
Faça uma roda de conversa sobre tecnologia, sus­ lientar que os satélites artificiais são aparelhos que
tentabilidade e meios de comunicação. É pos­sível orbitam ao redor do planeta, emitindo e recebendo
iniciar a atividade perguntando aos alunos: “O que sinais. Depois de promovido o debate, inicie os tra­
entende por tecnologia?”, “A tecnologia avan­çou na balhos voltados ao assunto com pesquisas e cola­
área da comunicação?”. gens, e exponha-os no mural da escola.

Converse com seus alunos a respeito do que eles


sabem sobre satélites artificiais. É importante sa­

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59

BNCC
(EF05CI04)
Identificar os prin­
cipais usos da água
e de outros mate­
riais nas atividades
cotidianas para
discutir e propor
formas sustentáveis
de utilização desses
recursos.

Sugestão de atividade
1. Marque, com um x, as frases corretas. 2. Por que dizemos que, no setor eletrônico, os equipa­
mentos tecnológicos estimulam a sustentabilidade?
x a. Os recursos naturais são: água, ar, solo.
Porque os produtos modernos, em geral, têm baixo
x b. O avanço da tecnologia está associado ao consumo de energia e sua produção utiliza práticas
aumento do consumo de bens naturais. pouco agressivas ao meio ambiente.

c. Dentre os equipamentos tecnológicos que


estimulam a sustentabilidade, não podemos
destacar o setor eletrônico.

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Fundamentação
5 atitudes para transformar sonhos em realidade
Erik Penna

A maioria das pessoas esquece que, para que


um desejo se realize, é fundamental adotar algumas
práticas que ligarão o sonho à realidade. Somente Follow up
imaginar e ainda criar uma meta não basta. É preciso, Toda meta precisa ser monitorada.
então, desenvolver algumas das práticas a seguir. Este acompanhamento periódico faz
com que possamos aparar arestas,
ajustar o rumo e até alterar um so­
nho que pode ser bem relevante no
Planejamento início do ciclo e que, com o tempo,
Meta sem planejamento é uma mera passe a ser desinteressante. “É pen­
intenção. Muitos são os motivos sando criticamente a prática de hoje
para a falta de planejamento. que se pode melhorar a próxima
Lembre-se de que: quem arruma prática.” (Paulo Freire).
uma boa desculpa abre mão de um
ótimo resultado. “Se você falha em
planejar, está planejando falhar.”
(Benjamin Franklin). Novos hábitos
Dedique um tempo para construir
novos hábitos. Eles se constroem
com novas atitudes, que são refle­
xos de nós. A vida é um espelho,
Comprometimento portanto passe a prestar mais aten­
Uma pesquisa de uma universida­ ção às palavras que você fala, pois
de da Pensilvânia (Estados Unidos) são exatamente elas que nortearão
revelou que apenas 8% das pessoas sua vida e suas ações. Exclua algu­
conseguem cumprir a meta dese­ mas palavras negativas de seu dia a
jada. Quando escrevemos, o desejo dia, como:
sai da mente e vai para o papel. O
sonho começa a ganhar asas e o • Quase – Quando se diz: “quase
engajamento com o propósito au­ consegui”, é o mesmo que “não con­
menta consideravelmente. segui”. Quase grávida é o mesmo
que não estar grávida.

• Tentar – Quando alguém diz: “vou


Disciplina tentar”, implicitamente diz que é
Não adianta fazer algo apenas bem provável que não conseguirá.
quando se está com vontade.
Disciplina é fazer o que precisa ser PENNA, Erik. 5 atitudes para transfor-
feito, praticar o planejamento mes­ mar sonhos em realidade. Disponível em:
<http://exame.abril.com.br/negocios/dino/
mo quando não se está motivado.
noticias/5-atitudes-para-transformar­
“A disciplina é a mãe do êxito.” -sonhos-em-realidade.shtml>Acesso em: 22
(Ésquilo). ago. 2016.

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20a Semana - Grade semanal

1o dia
Semana de avaliação.

2o dia
Semana de avaliação.

3o dia
Semana de avaliação.

4o dia
Semana de avaliação.

5o dia
Livre para atividades complementares da sua turma.

Rido / Shutterstock.com

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DINÂMICA PARA TRABALHAR O SOCIOEMOCIONAL

60

NOTA:
A Base Nacional
Comum Curricular
(BNCC) define um
conjunto de compe­
tências gerais, que
servem como um guia
para o aprendizado
das crianças, e que
devem ser desenvol­
vidas de forma inte­
grada ao currículo.

Autoconhecimento e autocuidado
O que: Conhecer-se, compreender-se tos destrutivos – qualquer ação que autônomo. Permitir o fazer, o
na diversidade humana e apreciar-se. a pessoa realize em prejuízo de si despertar, favorecer situações
Para: Cuidar de sua saúde física e mesma. Para educar, é preciso sentir, de aprendizagem, promover
emocional, reconhecendo suas emo­ impregnar-se de emoção. A palavra situações-problema, valorizar
ções e as dos outros, com autocrítica emoção vem o Latim movere, mover­ cada aluno e sua forma de
e capacidade para lidar com elas. -se para fora, externalizar-se. É a pensar, exercitar a ludicidade e
Educação socioemocional é a habili­ máxima intensidade do afeto. empoderar o pensar da criança.
dade de identificar e gerenciar emo­ Na prática, devemos instigar a curio­
FONTE, Paty. Competências socioe-
ções, estabelecer relacionamentos sidade e o interesse do aluno a partir mocionais na escola. Rio de Janeiro:
saudáveis e contornar comportamen­ das suas paixões e promover o sujeito Wak Editora, 2019.

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3. Leia e pondere a respeito da afirmação abaixo.
Semana de avaliação Depois, faça um comentário sobre sua veracidade.

Unidade 2 O gás carbônico é um poluente que


está relacionado ao aquecimento global.
• Os ecossistemas
• O ar
• Os estados físicos da água Resposta pessoal
• O ciclo da água
• A classificação e as utilidades da água
• O solo
• A reciclagem 4. Explique como o efeito estufa e a poluição do ar
• A tecnologia, a sustentabilidade e os meios interferem na temperatura do planeta.
de comunicação
Resposta pessoal, mas espera-se que o aluno res­
1. O que há de errado na imagem? Explique. ponda que o aumento de gases, principalmente o
CO2 , lançado na atmosfera pelos automóveis, fábri­
cas e queimas de florestas, impede a dissipação do
calor, que se concentra nas camadas mais baixas
da atmosfera, causando o aumento da temperatura
do planeta.

5. Numere corretamente.

1 Solidificação 3 Liquefação

2 Vaporização 4 Fusão

1 Picolé congelando no freezer.


Sugestão de resposta: O pinguim, pois ele não per­
tence ao hábitat representado acima. 4 O gelo derretendo.

2. Observe os ecossistemas e classifique-os escre­ 2 Água do rio secando devido ao calor.


vendo, nos espaços, A, se forem aquáticos, ou T, se
forem terrestres. 3 Vapor de água condensado, formando gotículas
A T em um copo com água gelada.

6. Elabore um pequeno texto falando sobre a água.

Resposta pessoal

Hackman / Depositphotos.com Svetlana Foote / Shutterstock.com

T A

exinocactus / Depositphotos.com vitaliy_sokol / Depositphotos.com

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7. Sobre o ciclo da água, observamos a formação de 11. Complete com as palavras abaixo.
nuvens, que ocorre graças à transformação do vapor
de água em pequenas gotículas. Essa mudança do vento pobre água
estado gasoso para o líquido é chamada de:
construções inadequadas desgaste
a. evaporação.
desmatamento nutrientes
b. solidificação.
a. Erosão é o desgaste do solo pela ação do vento e
c. sublimação. da água.

d. fusão. b. A erosão provoca o desgaste da camada superfi­


cial do solo, tornando-o pobre e sem nutrientes.
x e. condensação.
c. As principais causas da erosão do solo são o
desmatamento e as construções inadequadas.
8. Identifique, no diagrama, alguns dos tipos de água
encontrados em nosso planeta. 12. Elabore um pequeno texto falando sobre a
reciclagem.

A U D E S T I L A D A P
T J D H C J N J K M I O
E H S Z L P O T Á V E L
R O L S U L B P O W E U
Resposta pessoal
M I N E R A L K R S O Í
A K M O Q B E D Z B G D
L J D H C S A L G A D A

9. Marque x nas afirmativas corretas.

a. Todas as águas são iguais.

x b. A água poluída contém micro-organismos


prejudiciais à saúde.

c. A água mineral deve ser evitada para o consumo.

d. A água alcalina é chamada de água pura.

x e. A água da chuva é mais ácida que as demais.


13. Escreva algumas sugestões para harmonizar a
10. Quando o solo está com poucos nutrientes para relação entre o consumo tecnológico e a diminuição
o plantio, faz-se necessário o uso de técnicas que do impacto ambiental.
alterem sua composição e o tornem próprio para o
plantio. Escreva o nome de algumas delas. Reutilizar os aparelhos eletrônicos e evitar constan­
tes trocas de equipamentos por outros novos e o
Rotação de cultura, adubação, irrigação e drenagem excesso de uso desses aparelhos.

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Fundamentação
A memória da escola educa os A segunda condição é saber refletir sobre a pró­
pria prática. A expressão “professor reflexivo” corre o
professores risco de se tornar um jargão vazio se não a concre­
Por Guiomar de Mello tizamos em situações que possam ser compreendi­
das por todos. Não vejo outra maneira de fazer isso
Refletir sobre a prática, avaliar resultado e deixar senão submetendo nossa prática a estas perguntas
tudo isso registrado ajuda a fortalecer o ensino a cruciais:
longo prazo.
Frequentemente, criticamos os políticos que che­
gam ao poder começando tudo da estaca zero, como • O que queríamos que os alunos aprendessem?
se nada houvesse acontecido antes. Na política edu­
cacional, isso tem um efeito devastador. Os resulta­
dos, em educação, são quase sempre de longo prazo. • O que fizemos para alcançar esses objetivos?
E, se tudo mudar a cada quatro anos, nunca haverá
tempo para ver o que deu certo, o que deu errado e
quais fatores contribuíram para o resultado. • O que, de fato, eles aprenderam?
A esse problema, agrega-se outro ainda mais
preocupante dentro das escolas públicas: a falta de
uma “memória” coletiva e documentada. • Como e por quê?
Num momento em que a lei abre espaço para a
autonomia e que as equipes escolares estão dando
os passos iniciais para tornar a norma legal uma rea­ Se não quisermos repetir em cada escola os de­
lidade concreta, é urgente que as escolas comecem a sacertos que acontecem nas políticas educacionais,
documentar suas experiências e a analisar as condi­ é preciso garantir a continuidade de nosso trabalho.
ções e os fatores que contribuem para o sucesso ou Continuidade não é fazer mais do mesmo. É man­
o fracasso. Essa é, sem dúvida, uma das dimensões ter o mesmo foco, mudando ou preservando o fazer
do exercício da autonomia. escolar em função dos objetivos de aprendizagem.
Não basta ter um projeto e executá-lo. É im­ É para isso que servem a documentação e a me­
prescindível avaliá-lo e registrar a avaliação, de tal mória escolar, que podem ser úteis também para dar
modo que seja útil para outros professores ou outras argumentos contra mudanças casuísticas e demagó­
escolas. gicas que os dirigentes políticos costumam impor à
Talvez não haja maneira mais eficaz de forma­ educação.
ção continuada para um professor do que conhecer

SpeedKingz / Shutterstock.com
iniciativas que deram certo. Esse saber produzido
pela reflexão sobre o que se faz é o melhor exemplo
de inteligência teórico-prático. E sua construção
coletiva, a melhor forma de tornar o chão da escola
um espaço de aprendizagem para os professores, no
presente e no futuro.
Há duas condições indispensáveis para que cada
escola consiga fazer um registro útil de sua vida
institucional.
A primeira é a existência de um conjunto de ob­
jetivos compartilhados por todos. Já falamos muito
que nenhum vento ajuda quem não sabe para onde
navega. E, para mapear o percurso, é indispensável
contar as dificuldades que surgiram no caminho.

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O que vamos estudar:

• A matéria
• As transformações da matéria
• A combustão
• A composição e a decomposição
da matéria
• A energia
• A propagação do som e do calor
nos corpos
• As fontes de energia renováveis
e não renováveis
• Dinâmica para trabalhar
o socioemocional

Competências específicas de Ciências da Natureza para o Ensino Fundamental

5. Construir argumentos com base em dados, evidências e informações confiáveis e negociar e defen-
der ideias e pontos de vista que promovam a consciência socioambiental e o respeito a si próprio e ao
outro, acolhendo e valorizando a diversidade de indivíduos e de grupos sociais, sem preconceitos de
qualquer natureza.
6. Utilizar diferentes linguagens e tecnologias digitais de informação e comunicação para se comunicar,
acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos e resolver problemas das Ciências da Natu-
reza de forma crítica, significativa, reflexiva e ética.

Base Nacional Comum Curricular – BNCC

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Conteúdos da unidade e a BNCC
Unidade 3
Unidades Objetos
Conteúdo Habilidades
temáticas de conhecimento
A matéria • Matéria e energia • Propriedades físicas (EF05CI01) Explorar fenômenos da vida
dos materiais cotidiana que evidenciem propriedades
• Ciclo hidrológico físicas dos materiais – como densidade,
• Consumo consciente condutibilidade térmica e elétrica, res-
• Reciclagem postas a forças magnéticas, solubilidade,
respostas a forças mecânicas (dureza,
elasticidade, etc.), entre outras.

As transforma- • Matéria e energia • Propriedades físicas (EF05CI01) Explorar fenômenos da vida


ções da dos materiais cotidiana que evidenciem propriedades
matéria • Ciclo hidrológico físicas dos materiais – como densidade,
• Consumo consciente condutibilidade térmica e elétrica, res-
• Reciclagem postas a forças magnéticas, solubilidade,
respostas a forças mecânicas (dureza,
elasticidade, etc.), entre outras.

A combustão • Matéria e energia • Propriedades físicas (EF05CI01) Explorar fenômenos da vida


dos materiais cotidiana que evidenciem propriedades
• Ciclo hidrológico físicas dos materiais – como densidade,
• Consumo consciente condutibilidade térmica e elétrica, res-
• Reciclagem postas a forças magnéticas, solubilidade,
respostas a forças mecânicas (dureza,
elasticidade, etc.), entre outras.

A composição NOTA: A BNCC não define o estudo do


e a decom- conteúdo A composição e a decomposi-
posição da ção da matéria como competência a ser
matéria desenvolvida na disciplina de Ciências 5o
ano – Ensino Fundamental, porém con-
― ―
sideramos ser este conteúdo de grande
importância para a formação estudantil,
por isso as páginas a seguir abordam
esse objeto de conhecimento.

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Unidades Objetos
Conteúdo Habilidades
temáticas de conhecimento
A energia NOTA: A BNCC não define o estudo do
conteúdo A energia como competência a
ser desenvolvida na disciplina de Ciências
5o ano – Ensino Fundamental, porém con-
― ― sideramos ser este conteúdo de grande
importância para a formação estudantil,
por isso as páginas a seguir abordam
esse objeto de conhecimento.

A propagação NOTA: A BNCC não define o estudo do con-


do som e do teúdo A propagação do som e do calor nos
calor nos corpos como competência a ser desen-
corpos volvida na disciplina de Ciências 5o ano –
Ensino Fundamental, porém consideramos
― ―
ser este conteúdo de grande importância
para a formação estudantil, por isso as
páginas a seguir abordam esse objeto
de conhecimento.

As fontes de NOTA: A BNCC não define o estudo do


energia conteúdo As fontes de energia renováveis
renováveis e e não renováveis como competência a ser
não renováveis desenvolvida na disciplina de Ciências do
5o ano – Ensino Fundamental, porém con-
― ―
sideramos ser este conteúdo de grande
importância para a formação estudantil,
por isso as páginas a seguir abordam
esse objeto de conhecimento.

Dinâmica para NOTA: A Base Nacional Comum Curricular


trabalhar o so- (BNCC) define um conjunto de compe-
cioemocional tências gerais, que servem como um guia
― ― para o aprendizado das crianças e que
devem ser desenvolvidas de forma inte-
grada ao currículo.

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21a Semana - Grade semanal

1o dia 4o dia
Ciências: A matéria – páginas 62 e 63 Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa,
Orientação didática: Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.
• Explique que o Universo é constituído de matéria,
e que matéria é tudo aquilo que tem massa e ocupa 5o dia
lugar no espaço. Por exemplo, a água é uma espécie
de matéria constituída por uma composição fixa de Livre para atividades complementares da sua turma.
hidrogênio e oxigênio.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa e


Matemática.

2o dia
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa,
Matemática, História e Geografia.

3o dia
Ciências: Dilatação dos corpos – páginas 64 e 65
Orientação didática:
• Solicite aos seus alunos que pesquisem sobre
matéria, corpo e objeto. Peça-lhes que socializem o
material de pesquisa, expondo-o em um painel fixado
em um canto da sala.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa,


Matemática e Geografia.

Tom Wang / Shutterstock.com

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Dinâmica

A bola e o conhecimento
Disponha os alunos sentados em círculo e
ponha-se no centro desse círculo com uma bola nas
mãos. A atividade poderá ser realizada também substituin-
do a bola por um bicho de pelúcia.

Desloque-se pelo interior do círculo, enquanto discorre sobre o con-


teúdo da matéria. De modo súbito e aleatório, arremesse a bola ou o
bicho em direção a um aluno do círculo e faça-lhe uma pergunta relacio-
nada ao assunto em questão.

Para demonstrar que está atento à aula, esse aluno deverá responder à
pergunta de imediato e jogar a bola de volta a você, que prosseguirá a aula
e mais adiante a arremessará a outro aluno. Em caso de resposta correta,
você aceitará de volta a bola; caso a resposta esteja errada, arremesse-a
de volta, repetindo a pergunta. Esse processo pode ser repetido até que
o aluno dê a resposta correta, ou essa resposta pode ser revelada por
você, prosseguindo, então, a aula.

MIRANDA, Simão de. Professor, não deixe a peteca cair! 63 ideias para
aulas criativas. São Paulo: Papirus Editora, 2005.

om
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62

BNCC
(EF05CI01)
Explorar fenômenos
da vida cotidiana que
evidenciem proprie-
dades físicas dos
materiais – como
densidade, condu-
tibilidade térmica e
elétrica, respostas
a forças magnéti-
cas, solubilidade,
respostas a forças
mecânicas (dureza,
elasticidade etc.),
entre outras.

Orientação didática
ANOTAÇÕES
Solicite aos alunos que realizem uma pesquisa,
em sala de aula, para identificar os diferentes
objetos com formas, tamanhos, espessuras, cores
e composições distintos.

Explique-lhes que todas as coisas que vemos, por


mais diferentes que pareçam umas das outras,
possuem características em comum: ocupam
lugar no espaço.

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63

BNCC
(EF05CI01)
Explorar fenômenos
da vida cotidiana que
evidenciem proprie-
dades físicas dos
materiais – como
densidade, condu-
tibilidade térmica e
elétrica, respostas
a forças magnéti-
cas, solubilidade,
respostas a forças
mecânicas (dureza,
elasticidade etc.),
entre outras.

Orientação didática
Oriente os alunos a confeccionarem cartazes com as seguintes afirmações:

Massa é a quantidade de matéria presente em um corpo.

Volume de um corpo é a medida do espaço que ele ocupa.

Depois, exponha os cartazes na sala para que possam observá-los à medida que trabalham o conteúdo deste
capítulo. Peça-lhes que, se necessário, colem algumas imagens para ilustrar os cartazes.

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64

BNCC
(EF05CI01)
Explorar fenômenos
da vida cotidiana que
evidenciem proprie-
dades físicas dos
materiais – como
densidade, condu-
tibilidade térmica e
elétrica, respostas
a forças magnéti-
cas, solubilidade,
respostas a forças
mecânicas (dureza,
elasticidade etc.),
entre outras.

Orientação didática

Leve, para a sala de aula, alguns exemplos de matéria no estado sólido, líquido
e gasoso para que os alunos percebam as peculiaridades de cada estado.

Solicite aos alunos que pesquisem diversas figuras de pessoas utilizando-se dos
estados físicos da água: bebendo água, tomando sorvete, tomando banho quente,
etc. Oriente-os na montagem de um painel com essas figuras.

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65

BNCC
(EF05CI01)
Explorar fenômenos
da vida cotidiana que
evidenciem proprie-
dades físicas dos
materiais – como
densidade, condu-
tibilidade térmica e
elétrica, respostas
a forças magnéti-
cas, solubilidade,
respostas a forças
mecânicas (dureza,
elasticidade etc.),
entre outras.

Sugestão de atividade
1. Ligue as características de: 2. Assinale a alternativa correta.

Está relacionado com É a característica comum a toda matéria.


Massa o espaço que um
corpo ocupa. Os objetos possuem apenas massa.

Volume Está relacionada Toda matéria ocupa o mesmo lugar no espaço.


com a quantidade de
X A matéria tem massa e ocupa lugar no espaço.
matéria de um objeto.

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Fundamentação
É preciso ajudar os alunos a entender os textos de Ciências

Por que os textos científicos são considera-


Para a pesquisadora argentina, pedir
dos difíceis?
apenas que a turma leia e responda
questões sobre um tema não contribui
Ana Maria Espinoza – A interpretação de um
para a aprendizagem
texto está condicionada ao conhecimento pré-
Por Roberta Bencini
vio do leitor. E ele o considera difícil se não tem
familiaridade com o tema. Independentemente
do grau de dificuldade, os textos científicos tra-
Os estudos dessa química argentina que se zem novas ideias e conhecimentos que preci-
especializou em Educação têm chamado a atenção sam ser tratados em sala de aula.
de professores de diferentes áreas. Ana Maria Espi-
noza articula conhecimentos de didática da leitura
e de Ciências Naturais para explicar que é possível Seus estudos se baseiam na resistência de
melhorar a aprendizagem dos alunos na disciplina estudantes e educadores em lidar com escritos
ao oferecer-lhes textos expositivos. Há mais de 15 da área. Por que você acredita que isso ocorre?
anos, ela deixou as salas de aula em Buenos Aires
para se dedicar à pesquisa científica ao lado de sua Ana Maria – A interpretação não é uma tarefa
compatriota Delia Lerner, conhecida internacional- simples. Os escritos abordam mais de um con-
mente pelos estudos em didática da leitura, escrita teúdo e, muitas vezes, não se conhecem nem
e Matemática. Em 1996, Ana Maria foi chamada ao se dominam todos. Diante da dificuldade, não
Brasil para ser consultora dos Parâmetros Curricu- podemos afirmar que os estudantes e os mes-
lares Nacionais (PCN) de Ciências, lançados no ano tres sejam burros ou os textos ruins. A comple-
seguinte. E, há dois meses, foi convidada a abrir a xidade está diretamente relacionada às situa-
Semana Victor Civita de Educação, que foi realizada ções de leitura a que eles estiveram expostos
de 16 a 18 de outubro em São Paulo. Nesta entre- ao longo da vida. Sempre que se apresenta um
vista, concedida à Nova Escola durante o evento, ela conteúdo novo, é natural que haja dificuldade
explica algumas das conclusões do estudo A Leitura em entender não porque o texto seja complexo,
em Ciências Sociais e Naturais: Objeto de Ensina- mas porque o conteúdo é desconhecido. É pre-
mento e Ferramenta de Aprendizagem, realizado na ciso renovar as situações de leitura em sala de
Universidade de Buenos Aires por uma equipe inter- aula. Pedir à turma que leia um texto em casa e,
disciplinar. A principal delas é que é essencial ter um em seguida, responda a algumas perguntas não
propósito leitor antes de sugerir uma leitura à turma. ajuda na aprendizagem.
Outra: os estudantes nem sempre entendem aquilo
que os professores supõem que estejam ensinando.
“É preciso investigar, em diferentes situações didá-
ticas, os conceitos elaborados pelos alunos e como Mas é isso o que grande parte dos profes-
eles estão construindo o conhecimento. Só assim se sores faz...
consegue avançar na aprendizagem e nas leituras”,
afirma a pesquisadora. Ana Maria – Porque esse procedimento está
enraizado na escola. Questionários não ajudam
a interpretar nem favorecem a construção de
um leitor crítico e autônomo. Outras interven-
ções didáticas, principalmente as que envolvam
problematizações, são mais adequadas.

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Qual a melhor maneira de utilizar os textos É preciso preparar os alunos antes de apre-
científicos em sala de aula? sentar uma leitura?

Ana Maria – Digo sempre: só se aprende a ler Ana Maria – É necessário criar situações-pro-
lendo! Para formar um leitor crítico, o docente blema que gerem dúvidas instigantes sobre o
tem de ser um leitor crítico, e isso não é o que tema a estudar e permitam que os estudantes
se vê. Não se pode generalizar, mas muitos pro- revelem suas concepções por meio de conver-
fessores dão por entendidas coisas que não es- sas, desenhos e textos próprios. O resultado é
tão claras para os alunos e utilizam perguntas que, no momento da leitura, eles já terão uma
e respostas para avaliar a aprendizagem: “De concepção mínima do assunto, diferente da que
que é constituída a matéria?”. A criança busca tinham no início dos trabalhos.
a resposta no texto e escreve que ela é formada
por partículas. Parece que entendeu! Mas de
que forma? Ela será capaz de utilizar essa infor-
mação em uma situação real se for instigada a
pensar criticamente e a buscar representações
existentes sobre aquele assunto.
Africa Studio / Shutterstock.com

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22a Semana - Grade semanal

1o dia 4o dia
Ciências: As transformações da matéria – páginas 66 Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa,
e 67 Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.
Orientação didática:
• Procure, em revistas e jornais, imagens represen- 5o dia
tativas de materiais que sofreram transformações
físicas e químicas para confecção de cartazes. Cole e Livre para atividades complementares da sua turma.
registre explicações e legendas para as imagens.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa e


Matemática.

2o dia
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa,
Matemática, História e Geografia.

3o dia
Ciências: As transformações da matéria – página 68
(primeira coluna)
Orientação didática:
• Os alunos participarão de um jogo de perguntas e
respostas referente ao assunto. Realize uma pesquisa
coletiva. Depois, monte um cartaz e expô-lo na sala.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa,


Matemática e Geografia.

Ana Blazic Pavlovic / Shutterstock.com

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Dinâmica

Círculo dos desconhecidos


Pede-se que a turma fique sentada em círculo. Dividem-se em duplas com o
colega do lado. Um será a letra A; e o outro, a letra B. Os que são letra A fica-
rão sentados, e os outros mudarão de lugar para o sentido direito quando for
dado o sinal. O educador explica que todos, a partir daquele momento, fazem
de conta que não se conhecem e que têm como objetivo conhecer o outro. Os
educandos da letra B vão mudando, e, para cada colega, eles devem se apre-
sentar falando o nome, o que gostam de fazer e os talentos que têm; enquanto
os da letra A apenas ouvem e aguardam o colega que chega. Outra regra para
a atividade é que, a cada vez que um colega chegar, os dois devem sorrir. O
educador dá o sinal e eles vão mudando de cadeira e falando. Fazem isso até
chegar ao mesmo lugar.

Depois invertem e, agora, é A que vai circular; e B, ouvir. Depois de passarem


por todos, o educador abre um diálogo, perguntando o que eles conheceram
dos colegas, o que aprenderam e sentiram nesta atividade.

WENDELL, Ney. Praticando a generosidade em sala de aula. Recife: Prazer de Ler, 2013.

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66

BNCC
(EF05CI01)
Explorar fenômenos
da vida cotidiana que
evidenciem proprie-
dades físicas dos
materiais – como
densidade, condu-
tibilidade térmica e
elétrica, respostas
a forças magnéti-
cas, solubilidade,
respostas a forças
mecânicas (dureza,
elasticidade etc.),
entre outras.

Orientação didática
ANOTAÇÕES
Após a leitura das transformações da matéria, esti-
mule os alunos a formarem hipóteses para justificar
a transformação química e a física. Com um colega,
eles devem formular duas hipóteses para justificar
cada tipo de transformação. Possibilite a interação
entre as duplas formadas, pois a visão de uma pode
enriquecer a da outra. Compare as hipóteses formu-
ladas. Organize um mural na classe com o resultado
do trabalho.

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67

BNCC
(EF05CI01)
Explorar fenômenos
da vida cotidiana que
evidenciem proprie-
dades físicas dos
materiais – como
densidade, condu-
tibilidade térmica e
elétrica, respostas
a forças magnéti-
cas, solubilidade,
respostas a forças
mecânicas (dureza,
elasticidade etc.),
entre outras.

Orientação didática

Explore o conteúdo com exemplos concretos. Leve,


para a sala de aula, elementos como: cubos de gelo,
água em estado líquido, prego novo, prego enferruja-
do e peça que a turma os observe. Em seguida, ques-
tione os alunos sobre as diferenças entre os pares de
elementos e o porquê de isso acontecer; explique-
-lhes como se deu esse processo.

Tukaram.Karve / Shutterstock.com

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68

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Explorar fenômenos
da vida cotidiana que
evidenciem proprie-
dades físicas dos
materiais – como
densidade, condu-
tibilidade térmica e
elétrica, respostas
a forças magnéti-
cas, solubilidade,
respostas a forças
mecânicas (dureza,
elasticidade etc.),
entre outras.

Sugestão de atividade
1. Na natureza, podemos perceber que muitos mate- 2. Algumas mudanças são reversíveis, ou seja, po-
riais modificam sua estrutura, sua aparência. Expli- dem ser refeitas. Exemplifique.
que o que você entendeu sobre isso.

Resposta pessoal Exemplo: a água em estado sólido pode passar


para o estado líquido.

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Pensamento

A vida é generosa com todos,


porém nossas percepções
limitadas nos restringem.
Você já pode ser feliz com o que
tem e conquistou, mas ainda
não se deu conta disso!

Simone Negrão

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23a Semana - Grade semanal

1o dia 4o dia
Ciências: A combustão – páginas 68 (segunda coluna) Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa,
e 69 Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.
Orientação didática:
• Construa, com os alunos, cartazes sobre o perigo da 5o dia
combustão. Faça uma campanha explorando e colan-
do os cartazes nas salas de aula e pátio da escola. Livre para atividades complementares da sua turma.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa e


Matemática.

2o dia
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa,
Matemática, História e Geografia.

3o dia
Ciências: A combustão – página 70 (primeira coluna)
Orientação didática:
• Converse com seus alunos sobre a utilidade da
combustão, pois produz luz e calor, responsáveis
pelo aquecimento e preparação de alimentos. Peça
aos alunos que citem exemplos de alimentos que
precisam da combustão para serem preparados an-
tes da ingestão.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa,


Matemática e Geografia.

Andrey Arkusha / Shutterstock.com

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Dinâmica
Jogo da raiva e do afeto
Objetivos:
• Conscientizar as crianças sobre as particularidades
de suas emoções.
• Ensinar a dominar as emoções.

Competências específicas:
• Ter domínio sobre os gestos e as expressões.
• Saber observar.
• Provar que tem imaginação.

Materiais:
• Uma pilha de revistas em quadrinhos, e, se possível,
revistas de teatro ou cinema.
• Post-it ou tiras de papel para marcar as páginas
interessantes.

Para começar
Essa atividade, emprestada dos métodos de práticas
de atores de teatro, consiste em fazer a mímica dos
sentimentos fortes e passar instantaneamente de um
para outro.

Desenvolvimento

Descobrindo as emoções
Distribuir as histórias em quadrinhos e as revistas
kes / Shutterstock.com
a, fiz
para as crianças. Pedir que olhem com atenção e Be zu hlov
a
lan
procurem fotos ou imagens de pessoas tristes, ale- :S
vit
tos
gres, com raiva, com medo, etc. As páginas devem Fo

ser marcadas com post-it. Quando todas as revistas


forem vistas, cada uma mostra o que encontrou e diz
do que se trata: raiva, medo, etc. As outras dizem se
concordam ou não.

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(EF05CI01)
Explorar fenômenos
da vida cotidiana que
evidenciem proprie-
dades físicas dos
materiais – como
densidade, condu-
tibilidade térmica e
elétrica, respostas
a forças magnéti-
cas, solubilidade,
respostas a forças
mecânicas (dureza,
elasticidade etc.),
entre outras.

Dica preciosa:
Orientação didática Por segurança, mantenha um balde com água próxi-
mo para promover um resfriamento rápido da colher
Barra protetora no final da experiência, evitando queimar-se aciden-
talmente com o metal aquecido.
Materiais: objeto metálico (pode ser uma barra metá-
lica, uma colher, etc.), papel, vela, pires e fósforos. O papel é um combustível. Ele pega fogo facilmente
Desenvolvimento: com a chama da vela porque o fogo atinge sua tem-
1. Cole a vela no pires com a própria parafina peratura de ignição, que é a temperatura necessária
derretida. para que ele se incendeie. Porém, quando estamos
2. Embrulhe um pedaço de papel na colher, esticando com um objeto metálico em contato com o papel,
bem para que tenha um perfeito contato. ele não pega fogo. Isso porque o metal é um ótimo
3. Aproxime o papel do fogo. Não queimou, acredita? condutor de calor.

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(EF05CI01)
Explorar fenômenos
da vida cotidiana que
evidenciem proprie-
dades físicas dos
materiais – como
densidade, condu-
tibilidade térmica e
elétrica, respostas
a forças magnéti-
cas, solubilidade,
respostas a forças
mecânicas (dureza,
elasticidade etc.),
entre outras.

Orientação didática
ANOTAÇÕES

Previamente, informe-se sobre a história do sur-


gimento do fogo. Busque em diversos veículos de
comunicação, como textos jornalísticos, vídeos
interativos ou revistas e leve-os à sala de aula. Em
seguida, solicite aos alunos que produzam um texto
sobre o assunto, relatando o que compreenderam.

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BNCC
(EF05CI01)
Explorar fenômenos
da vida cotidiana que
evidenciem proprie-
dades físicas dos
materiais – como
densidade, condu-
tibilidade térmica e
elétrica, respostas
a forças magnéti-
cas, solubilidade,
respostas a forças
mecânicas (dureza,
elasticidade etc.),
entre outras.

Orientação pedagógica
A experimentação é realizada pelos alunos quando As exigências quanto à atuação do professor, nesse
discutem ideias e manipulam materiais. Ao lhes ofe- caso, são maiores que nas situações precedentes:
recer um protocolo definido ou guia do experimento, discuta com os alunos a definição do problema,
os desafios estão em interpretar o protocolo, organi- converse com a classe sobre materiais necessários e
zar e manipular os materiais, observar os resultados como atuar para testar as suposições levantadas, os
e checá-los com os esperados. modos de coletar e relacionar os resultados.

Os desafios para experimentar ampliam-se quando Parâmetros Curriculares Nacionais – Síntese. Ed. Didática Pau-
se solicita aos alunos que construam o experimento. lista. P. 35.

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Fundamentação
Que escola ensina melhor?
Como se aprende melhor, em clima de liberdade e Inovar significa caminhar em terrenos
espontaneidade ou sob orientação firme de mestres e desconhecidos.
professores? Muito se fala, hoje em dia, aqui no Bra- Não é de imediato que a gente cria uma meto-
sil, sobre novos métodos de ensino. De Portugal nos dologia próxima à eficácia máxima. Os métodos
vem a fama do método da Escola da Ponte. experimentais mesmo. Tateiam. Tentam. Observam.
Não conheço detalhes. Que pena! A pedagogia Avaliam. E repensam, se necessário for.
Waldorf é adotada em várias unidades em São Paulo. A liberdade de inovar parece que se apresenta, sem-
Outras escolas, com métodos experimentais, vêm pre, com uns vazios a serem preenchidos. No caso de
sendo implantadas. escola “moderna”, trata-se de diminuir as frustrações e
Lembro que, em 1969, já se falava de Summerhill. dificuldades inerentes ao ensino e à aprendizagem.
Fui, pessoalmente, visitar essa revolucionária es- Diminuir quanto e como é a questão central e de
cola e cheguei a conhecer o seu mentor, A. S. Neill (ou difícil delimitação.
Alexander Shutherland Neill), educador de orientação Não tem método indolor de praticar escrita cur-
reichiana, em referência ao psiquiatra e psicanalista siva, tabuada ou uma segunda língua. Todos têm um
Wilhelm Reich. Crianças de todo o mundo, filhos de lado chato. O resultado pode ser bom, mas um tanto
pais dispostos a romper com os cânones tradicionais, de sacrifício está embutido no processo.
sonhavam com Summerhill, e os pais que podiam Queria que as pedagogias da Ponte, de Sum-
mandavam seus filhos para lá. Era um internato, nos merhill, de Waldorf e outras conseguissem que meus
arredores de Londres. A liberdade na organização netos fossem aprendizes mais felizes.
do currículo e no uso de todo o material escolar era Que venham soluções!
a mais desejável para a ideologia da época. O toque Será que essas linhas metodológicas trocam
irônico vinha do próprio Neill: tudo era liberado, me- suas experiências ou se fecham em seus próprios
nos o piano dele. Lembro, ainda, que me chocou que trajetos e suas próprias igrejinhas? Que inovadores
a interdição fosse de um objeto querido do próprio se reúnam, troquem ideias, saiam de suas igrejinhas
diretor, o idealizador da liberdade. Não eram as árvores e realizem muitos simpósios. Esta é a minha propos-
frutíferas, não era o telefone nem os horários; o que ele ta. Que não fiquem só na leitura dos livros. Conversar
queria intocado era algo seu. Na época, fiquei com a é bom também.
impressão de que, por isso, tratava-se de uma liber-
dade “para inglês ver”, como se costuma falar aqui no MAUTNER, Anna Verônica. In. Revista Profissão Mestre. Ano 12,
Brasil, quando se quer algo só para mostrar. n. 114. Curitiba: Humana Editorial, setembro 2011.

Nessa mesma época, o sistema Waldorf, de Ru-


dolf Steiner, já existia na Europa. Era menos libertário;
continha e contém, até hoje, sementes de ordem e
autoridade, razoavelmente distribuídas.
A distância entre esses métodos e os das escolas
comuns (normais) é enorme. Cada uma delas tem uma Syda Productions / Shutterstock.com

concepção própria de homem e de seu desenvolvimento.


Apesar de a ciência andar a passos largos, parece
que ela não convence os educadores.
Cada um, cada tribo gera uma metodologia
baseada nos mesmos conhecimentos científicos.
Porém, como a ideologia é parte importante desse
processo, cada um elabora técnicas diferentes. Cada
passo da ciência pode representar uma inovação,
dependendo de quem a toma pela mão.

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24a Semana - Grade semanal

1o dia
Sugestão de atividades.

2o dia
Sugestão de atividades.

3o dia
Sugestão de atividades.

4o dia
Sugestão de atividades.

5o dia
Livre para atividades complementares da sua turma.

Djomas / Shutterstock.com

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Dinâmica

Paz e guerra com bonecos


Os educandos recebem vários bonecos pequenos de
plástico, que o educador deve ter levado para a sala. Podem ser
bichinhos, bonecos de desenhos animados, etc. Cada um recebe
um boneco. O educador explica que eles criarão situações de guerra.
Faz-se um círculo, e um vai ao meio e coloca um boneco num lugar. O
outro colega vai e coloca seu boneco em situação de guerra com esse
outro. Segue outro educando até todos terem ido e posto seu boneco
numa relação de guerra com o outro. Durante a atividade, o educador
segue dizendo que é para ir ao centro e manter a situação de guerra
entre os bonecos.
Com a cena dos bonecos pronta, pede que observem e pergun-
ta o que a guerra causa.
Depois, cada um pega seu boneco, e o educador avisa que
eles criarão uma situação de paz. Mantém a orientação para
cada um ir e juntar seu boneco numa situação de paz. Solicita
que lembrem o que é paz e como isso é possível na relação dos
bonecos. Ao final, observam e avaliam o que a cena traduz. Per-
gunta aos educandos o que é viver a guerra ou a paz. Valoriza a
capacidade de cada educando construir a paz
na relação consigo e com os outros.

Wendell, Ney. Praticando a generosidade em sala de


aula. Recife: Prazer de ler, 2013.

Africa Studio / Shutters


tock.com

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5. Relacione adequadamente.
Sugestão de atividades
1 transformações físicas
Unidade 3
2 transformações químicas
• A matéria
• As transformações da matéria 2 Queimar papel

1. Escreva o que você entende por matéria. São aquelas em que a constituição
1
do material não muda.

1 Picar um papel
Resposta pessoal
São aquelas em que a constituição
2
do material muda.

6. Escreva C para certo e E para errado.

Algumas transformações são reversíveis, ou


C seja, podem ser desfeitas. Enquanto outras não
podem ser desfeitas, ou seja, são irreversíveis.
2. Complete com as palavras do quadro.
A matéria pode ser criada ou destruída
sólidos – dilatação – aquecido - líquidos E
e transformada.

Os materiais que sofrem decomposição


A dilatação dos líquidos deve ser C pela ação de micro-organismos são cha-
considerada em relação ao seu volume. Quando mados de materiais biodegradáveis.
aquecemos um determinado líquido, o recipiente
também dilata. O enferrujamento de um prego é uma
E
transformação reversível.
De uma forma geral, os líquidos dilatam mais que Warut Chinsai / Shutterstock.com
os sólidos , pois, se o recipiente estiver
cheio até a borda e for aquecido , ele certa-
mente irá transbordar.

3. O que é Dilatometria?

É a ciência que estuda a dilatação dos corpos.

4. Escreva uma justificativa que explique por que os


paredões rochosos são exemplos de transformação
da matéria.

Porque sofrem com a ação da chuva, do vento e do


Sol, transformando a sua estrutura.

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Fundamentação
Bom professor é o que está bem preparado
Como tornar as aulas mais interessantes e dinâmicas é a dúvida
que atormenta dez entre dez professores preocupados em aprimorar
seu trabalho e atingir cada vez mais os alunos.
Veja algumas dicas que podem facilitar o trabalho ao longo de
todo o ano:

• Na primeira semana de aula, ligue o “olhar raio-X” para conhecer


seus alunos e descobrir suas necessidades e desejos.

• Defina o conteúdo. Não se esqueça de consultar as Matrizes


Curriculares.

• Faça uma adequação do conteúdo à realidade dos alunos. Procure


sempre levar a vida real para dentro da escola, solicitando aos estu-
dantes que tragam informações de seu cotidiano fora da escola.

• Selecione os materiais pedagógicos necessários para realizar


as atividades.

• Calcule o tempo (em aulas) necessário para o desenvolvimento


de cada tema.

• Preveja o local das aulas. O que fazer em classe, na biblioteca,


no laboratório, no pátio, em museus, parques...

• Nos primeiros dias, evite aulas expositivas e pedidos de lição


de casa. O ideal é desenvolver atividades lúdicas para que o aluno
possa se expressar e mostrar suas expectativas em relação ao
ano letivo.

• Estimule o aluno semana após semana. Enfatize a importância


de estudar e as exigências do mercado de trabalho.

• Discuta regras de convivência.

• Desenvolva atividades diagnósticas para adequar o planejamento


à realidade de cada uma de suas classes.
Di Studio / Shutterstock.com
Revista Nova Escola. São Paulo: abril. Dezembro, 2000.

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25a Semana - Grade semanal

1o dia
Semana de revisão.

2o dia
Semana de revisão.

3o dia
Semana de revisão.

4o dia
Semana de revisão.

5o dia
Livre para atividades complementares da sua turma.

Slatan / Shutterstock.com

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Dinâmica
Decidir em momentos difíceis
1. Solicite a formação de duplas.

2. Distribua aos dois componentes da dupla um cartão com uma frase que eles devem utilizar durante a conversa.

3. Após as apresentações das reflexões das duplas, o professor avalia, com o grupo, cada situação.

Sugestão

Como agir...

... Se um colega da sua classe pedir “cola” durante a prova?

... Se você for acusado de alguma coisa que não fez?

... Se alguém quiser brincar com coisas perigosas?

4. Analise, com o grupo, a melhor forma de lidar com situações complicadas.

Revista Guia Prático para Professores – Ensino fundamental I. São Paulo: Escala.

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2. Faça a correspondência.
Semana de revisão
1 Combustíveis sólidos
Unidade 3
2 Combustíveis líquidos
• A matéria
• As transformações da matéria 3 Combustíveis gasosos
• A combustão

1. Observe as imagens e escreva se a transformação


é reversível ou irreversível.
Imageman / Shutterstock.com

Fotos: Sergiy Bykhunenko, Anan Kaewkhammul, Morley Read, The_Pixel / Shutterstock.com; farvatar / Depositphotos.com

Irreversível
lucianmilasan / Depositphotos.com

Irreversível
1
deltaoff / Depositphotos.com

3
Reversível

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Fundamentação
Professores ignorantes

Gorynvd / Shutterstock.com
Pior do que o educador que não sabe ler é aquele
que faz os outros acreditarem em intenções que o
autor não teve.
Durante muitos anos, o compositor português
Lopes-Graça (1906-1994) foi perseguido pela po-
lícia política, por ser homem de escrever verdades.
Numa das suas polêmicas intervenções, travou-
-se de razões com um tal Coelho, músico protegido
pela Ditadura de Salazar (1932-1968). Publicou um
opúsculo de tal modo que chegou aos leitores sem
ficar exposto aos cortes do “lápis azul”. E foi um êxi-
to editorial, até o momento em que a polícia política
invadiu as instalações da editora e apreendeu o que
restava dos exemplares.
Como era uso nessa época de privação das
liberdades, o título do livro teria de despistar os
meirinhos da censura. Na capa, estava escrito “A
caça aos Coelhos”. E foram milhares os caçadores
que o compraram…
Em Portugal, jornais publicaram rankings de
escolas, na cretina atitude de pretender comparar
escolas com diferentes características. Publiquei
um artigo, denunciando tal farsa. Recebi de muitos
professores cartas de elogio e incentivo.
Fiz publicar o mesmo artigo no jornal da minha
terra, como gesto de solidariedade para com uma tinguir entre fatos e opiniões, captar o significado li-
escola que conheço e que estava nos últimos luga- teral, as asserções diretas, as asserções paralelas, as
res do ranking. Decorridos alguns dias, professores paráfrases. O domínio da linguagem pode ser afetado
dessa escola nem sequer um bom-dia me davam. pela rigidez de ideias, por carência de capacidade
Estranhei. Semanas depois, compreendi: a direto- discriminativa. Ser letrado não significa apenas saber
ria dizia que eu tinha publicado um artigo atacando ler e escrever, mas ser funcionalmente letrado.
a sua escola. Eles leram o que não estava escrito, As nossas escolas dispõem de excelentes pro-
movendo-me um autêntico processo de intenções. fissionais, mas albergam, também, docentes cuja
Há professores que não leem. Outros leem e não literacia nos deve inquietar. Enquanto professor de
entendem o que leem. E bem pior são os que utilizam universidade, eu tive a ingrata surpresa de verificar
o que não se entende como arma de arremesso, fa- que muitos alunos, que pretendiam ser professores
zendo crer a outros intenções que o autor não teve. (e que, hoje, o são), eram incapazes de alinhavar uma
Uma sociedade de “grau zero de literacia” (não é ideia, de redigir um parágrafo sem erros ortográficos,
só no Brasil que o analfabetismo funcional prospera) de interpretar um texto de complexidade maior.
é terreno fértil para que indivíduos sem escrúpulos se De que serve ocultar a realidade? Ter um canudo
recusem a discutir a realidade, a partir de outro ponto não faz de um licenciado uma pessoa culta. É pre-
de vista que não seja o seu. ciso admitir uma dolorosa realidade: num país de
Ler é diferente de compreender, pressupõe o “doutores”, nem só entre o povo simples a ignorância
domínio de vocabulário, estrutura sintática, conteú- prospera… também há professores ignorantes.
do. A atitude do leitor e os seus preconceitos, ou seu
interesse relativamente ao texto lido, influenciam a PACHECO, José. Revista Educação. Ano 10, n. 116. São Paulo:
interpretação. Ser leitor pressupõe ser capaz de dis- Segmento

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26a Semana - Grade semanal

1o dia 4o dia
Ciências: A composição e a decomposição da matéria Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa,
– páginas 70 (segunda coluna), 71 e 72 Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.
Orientação didática:
• Juntamente com os alunos, crie um painel sobre a 5o dia
composição e decomposição da matéria.
Livre para atividades complementares da sua turma.
Reservado para atividades de Língua Portuguesa e
Matemática.

2o dia
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa,
Matemática, História e Geografia.

3o dia
Ciências: A composição e a decomposição da matéria
– páginas 73 e 74 (primeira coluna)
Orientação didática:
• Ler texto sobre a composição e a decomposição
da matéria.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa,


Matemática e Geografia.

sunabesyou / Shutterstock.com

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Dinâmica
Mundo da ajuda
A atividade começa com o educador entregando a devem prestar atenção no outro, ajudando-o como
cada educando que entra na sala um crachá escrito: se estivessem compartilhando alguma comida do
“Mundo da Ajuda”. Depois, quando todos estiverem almoço ou jantar. Lembra a eles que os objetos são
com seu crachá, o educador explica que eles acaba- todos imaginários. O educador aguarda um tempo e,
ram de entrar no Mundo da Ajuda. O educador coloca depois, todos saem do espaço.
um cartaz na parede com esse título escrito. Pede
que cada um escreva algo no cartaz que tenha rela- Agora será o momento de irem para o fundo da sala e
ção com ajudar. Após todos escreverem, ele solicita fazerem de conta que irão construir uma casa jun-
que leiam cada frase ou palavra que os outros colo- tos. Cada um entra e tem uma função, mas sempre
caram. Eles retornam ao seu assento, e o educador atentando para ajudar o outro. O educador vai dando
explica que a sala vai ser dividida em dois espaços ideias do que pode ser feito nesse espaço. Após a
diferentes de faz de conta e que cada um deles terá dramatização improvisada, o educador dialoga com
que escolher um personagem para brincar. a turma sobre como foi o processo, levantando o que
foi respeitoso da parte de cada um. Finaliza e pega
Faz-se a divisão, então, com a frente da sala sendo os crachás, explicando que agora eles terão que ficar
um lugar onde todos chegarão para comer e com- atentos ao que aprenderam nesse mundo de respeito
partilhar a comida; e o fundo, um lugar de mutirão para usar na vida.
para a construção de uma casa. Todos deixam
esses espaços da sala vazios. Quando o educador O educador pode usar esse mesmo crachá em outro
der um sinal, os educandos deverão ir primeiro dia e mudar a situação de faz de conta, como, por
para a frente da sala e fazer de conta exemplo: mutirão de limpeza, da construção de
que são um personagem que está um jardim, aniversário de um amigo, etc. A
comendo junto com os outros. ideia é trabalhar com o faz de conta e usar
É tudo imaginário. Explica a imaginação para vivenciar esse “Mun-
que eles podem falar e do da Ajuda” na sala de aula.

elenabsl / Shutterstock.com

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70

Nota:
A BNCC não define o
estudo do conteúdo
A composição e a
decomposição da
matéria como com-
petência a ser desen-
volvida na disciplina
de Ciências 5o ano –
Ensino Fundamental,
porém consideramos
ser este conteúdo de
grande importância
para a formação
estudantil, por isso
as páginas a seguir
abordam esse objeto
de conhecimento.

PROFESSOR(A), UTILIZE NOSSO


MATERIAL DE APOIO COMO UM
RECURSO VISUAL PARA A
MEMORIZAÇÃO DESTE CONTEÚDO.
Orientação didática

Após ler o texto sobre composição e decomposição ficou com as perguntas reúne-se e lê as questões.
da matéria, com seus alunos, proponha uma ativi- O grupo responsável pelas respostas reúne-se e
dade para fixar o conteúdo estudado: elabore, com verifica quem tem a resposta correta e faz a leitura.
antecedência, perguntas e respostas escritas em Se a resposta estiver certa, o grupo que respondeu
papéis separados. Divida a classe em dois grupos. ganha um ponto, e se estiver errada, o ponto pas-
Sorteie aquele que ficará com as respostas, distri- sa para o grupo que perguntou. Depois, troca-se a
bua as perguntas para o outro grupo. A equipe que função das equipes.

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71

Orientação didática
ANOTAÇÕES
Proponha à turma que compare frascos com mis-
turas de diversos componentes e classifique-as em
misturas homogêneas ou heterogêneas.

Peça aos alunos que manuseiem e criem critérios a


fim de distinguir essas misturas.

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72

Orientação didática

Leve, para a sala de aula, um recipiente transparente (pode ser uma garrafa PET
cortada ao meio), água e sal. Em seguida, coloque a água e o sal no recipiente e
misture-os, sempre orientando os alunos a observarem cada etapa.

Depois, coloque o recipiente ao Sol e deixe-o assim por um dia. No dia seguinte,
pegue o recipiente e mostre-o aos alunos. Eles irão perceber a evaporação da água
e que permaneceu a parte sólida (o sal), ocorrendo uma separação.

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73

Orientação didática
Se na escola não houver coleta seletiva de lixo, orga- coleta seletiva e da reciclagem, mas não a praticam?
nize a classe para que solicite a compra (ou a con- São as pessoas que não fazem a coleta ou são os
fecção) de latões coletores, com as cores adequadas governantes que não a promovem?
para cada tipo de lixo. Esse trabalho pode ser feito
em conjunto com outras turmas da escola. Explique aos alunos que o lixo destinado à recicla-
gem deve estar limpo, livre de restos de alimento ou
Proponha uma conversa com os alunos perguntando: líquidos. Para isso, basta lavar as embalagens antes
Por que muitas pessoas sabem da importância da de descartá-las.

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74

Sugestão de atividade
1. Complete as alternativas a seguir.
b. Ao misturarmos água e sal, a água ficará
com sabor salgado .
a. A mistura é caracterizada pela união de
duas ou mais substâncias . Se colocarmos esta água salgada para eva-
porar, haverá uma separação , a água
Nessas substâncias, não haverá alterações voltará a ser só água, embora em forma de
nas propriedades e características iniciais . vapor , e o sal voltará a ser sal.

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Fundamentação
Ame seu trabalho e seja feliz

Pessoas contestam a ideia de trabalhar


e ser feliz porque, fundamentalmente,
confundem emprego com trabalho.

wavebreakmedia / Shutterstock.com
Um trabalhador certa vez me fez uma declaração: amorosas”. Na perspectiva filosófica, a noção de
“Nunca mais vou me apaixonar por uma empresa, amor é central. Em seus diálogos, Sócrates dizia que
elas são desumanas, cruéis e adúlteras; de hoje em o amor era a única coisa que ele podia entender e
diante serei apaixonado pela minha profissão, pelo falar com conhecimento de causa. Platão compara-o
meu trabalho, e a esta dedicarei meus mais subli- a uma caçada (comparação aplicada também ao ato
mes esforços, minha competência, meu entusiasmo, de conhecer) e distingue três tipos de amor: o amor
minha paixão, meu aprendizado”. terreno, do corpo; o amor da alma, celestial (que leva
Fiquei impressionado! Partindo das definições, amor ao conhecimento e o produz); e outro que é a mistura
e trabalho podem parecer uma imensa contradição. dos dois.
Amor é um sentimento sublime; já a própria pala- O mais amargo dos poetas-filósofos, Nietzs-
vra trabalho vem de tripalium, antigo instrumento de che, escreveu: “Amamos a vida não porque estamos
tortura. O tripalium era uma espécie de tripé formado acostumados a viver, mas porque estamos acostu-
por estacas cavadas no chão, no qual eram suplica- mados a amar”.
dos os escravos. E eis aí porque é fundamental amarmos nosso
Reúne os elementos tri (três) e palus (pau) — lite- trabalho. Este artigo está focado nas pessoas que
ralmente, três paus. Daí derivou-se o verbo tripaliare, trabalham para viver, que se realizam através do tra-
que significava, inicialmente, torturar alguém no tripa- balho. Sim, porque há pessoas que trabalham apenas
lium, o que fazia do trabalhador um carrasco, e não a para sobreviver. Dedicamos a maior e a melhor parte
vítima de hoje em dia. de nossas vidas ao trabalho. Por isso, as pessoas
Não nos dando mais ao trabalho de definir e que trabalham naquilo que amam são felizes, realiza-
explicar a dolorosa origem do trabalho, pensemos, ou das e resolvem seus problemas. As pessoas que, por
melhor, sintamos o amor em algumas definições. qualquer razão, não puderam trabalhar naquilo que
Para Platão, “a nossa espécie só poderia ser feliz amam têm uma oportunidade de aprender a amar
com uma condição: realizar as nossas aspirações aquilo que têm de fazer.

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Amar o trabalho que fazemos é sinônimo de mos fazendo o certo e o melhor, assim crescemos em
inteligência. Inteligência é aplicar toda a vontade, humanidade e realização.
todo o interesse, toda a competência e ação no Amar o seu trabalho é uma condição para a fe-
momento presente. O trabalho tem que ser fonte licidade. Nada vale em si nem por si: qualquer coisa
de prazer e realização na vida; se não for assim, só vale pela felicidade, pela alegria que encontramos
estaremos nos martirizando no tripalium durante ou depositamos nela. E é assim com o nosso ofício,
toda a nossa existência. Há pessoas que vivem, nosso trabalho, nosso fazer. Esses dois amores an-
enquanto outras simplesmente existem — assim dam juntos. Não apenas porque é preciso estar vivo
como há pessoas que trabalham, enquanto outras para amar, mas também porque é preciso amar para
apenas têm um emprego. tomar gosto pela vida. É o amor que faz viver, já que
Todos nós possuímos capacidade de realização. ele torna a vida mais amável.
Cada momento da atividade deve ser vivido e realiza-
do com fé, com a inabalável convicção de que esta- MORENO, Luiz Carlos. In: Revista Profissão Mestre. Curitiba: Hu-
mana Editorial, ano 10, n. 118. Julho. 2009.

stock.com
PhotoByToR / Shutter
Fotos: michaeljung,

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Pensamento

A educação exige os maiores


cuidados, porque influi sobre
toda a vida.

Sêneca

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27a Semana - Grade semanal

1o dia 4o dia
Ciências: A energia – páginas 74 (segunda coluna) e 75 Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa,
Orientação didática: Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.
• Solicite que as crianças imaginem como seria a vida
delas sem energia. Peça que fechem os olhos por 2 5o dia
minutos. Depois, peça que cada criança fale sobre o
seu sentimento. Livre para atividades complementares da sua turma.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa e


Matemática.

2o dia
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa,
Matemática, História e Geografia.

3o dia
Ciências: A energia – páginas 76 e 77
Orientação didática:
• Peça que os alunos elaborem um cartaz falando
a respeito da produção de energia por meio dos ali-
mentos consumidos e como eles contribuem para
a produção de energia no organismo.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa e


Matemática.

5 second Studio / Shutterstock.com

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Dinâmica

Dinâmicas de cores
formatos), cartolina,
Material necessário: papéis coloridos (várias cores, tamanhos e
frente .
cola, caneta hidrocor, CD e/ou texto da música Tocando em

Descrição da dinâmica
cor e um formato.
Espalhar vários papéis no chão, no centro da sala. Cada um com uma

grande quantidade
Podem-se repetir cores e formatos. É importante, no entanto, ter
, em círculo .
de cores e formatos. As pessoas ficam ao redor dos papéis

a música em CD
Em total silêncio, ouvir a letra da música Tocando em frente (ouvir
integrante a letra da
ou a pessoa que coordena poderá ler a letra). Entregar para cada
música e ouvi-la novamente.
o? O que isso
Em seguida, perguntar: “Que parte da música chamou mais sua atençã
diz para sua vida?”

integrante, ainda
Deixar um tempo para reflexão individual, em silêncio. Depois, cada
reflexã o. Partilhar a re-
em silêncio, escolherá um papel colorido relacionado à sua
determinada cor e
flexão individual no grupo, explicando também por que escolheu
e que seja, de fato,
formato. É importante que cada pessoa tenha seu espaço de fala
ouvida pelas demais.

, combinar uma figu-


Em seguida, refletir no grupo o que há em comum nesses relatos
Cada integrante escreve
ra que represente esse elemento comum (ex.: uma estrada).
o nome no seu papel colorido.

conjunto, construir
Como último passo, colocar uma cartolina no centro da sala e, em
a figura escolhida usando seus papéis coloridos.
religioso. São Leopoldo Sinodal, 2008.
WITT, Maria Dirlene; PONICK, Edson (Coord.). Dinâmicas para o ensino

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74

Nota:
A BNCC não define o
estudo do conteúdo
A energia como com-
petência a ser desen-
volvida na disciplina
de Ciências 5o ano –
Ensino Fundamental,
porém consideramos
ser este conteúdo de
grande importância
para a formação
estudantil, por isso
as páginas a seguir
abordam esse objeto
de conhecimento.

Orientação didática

Procure trabalhar, com as crianças, as dife- Leve, se possível, diferentes termômetros para
rentes formas de se obter energia, como: por a sala de aula e ensine as crianças a utilizá-
meio do Sol, do vento, da força da água e de -los e a observar como é seu funcionamento.
substâncias nucleares. Explique as vantagens Solicite-lhes que pesquisem quem inventou o
e desvantagens de cada uma. termômetro e como esse instrumento evoluiu
nos últimos tempos.

214

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75

Orientação pedagógica

Aprender a respeito da natureza, da Ciência e da tecnologia

[...] A ciência é um modo peculiar de fazer coisas que envolvam a observação do que foi analisado e
uma tentativa de encontrar significado para essas observações. Em muitos casos, variáveis podem
ser controladas e manipuladas, de tal modo que relações de causa e efeito podem ser identifica-
das, embora as descobertas científicas sejam suscetíveis a múltiplas interpretações. O motor que
impulsiona a investigação científica é o desejo de conhecer como e por que as coisas acontecem e
os novos conhecimentos, então obtidos, devem ser utilizados na tentativa de solucionar problemas
humanos e sociais.

215

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76

Orientação pedagógica
O paradigma das aprendizagens significativas aprendizagem. Isso ocorre quando considera que os
estudantes possuem a potencialidade de aprender
Refletir também sobre a natureza do planejamento, — princípio da educabilidade — o que os diferenciam
o da relação ensino e aprendizagem e do processo são seus percursos de aprendizagens. Tais percursos
avaliativo nos impõe uma aproximação com as novas são condicionados pelas histórias de vida dos apren-
produções teóricas que alimentam o paradigma dentes e pela diversidade sociocultural da escola.
das “aprendizagens significativas.” Esse paradigma
vem se constituindo em um movimento de atribui- SILVA, Felipe Janssen; HOFFMANN, Jussara; ETEBAN, Maria Te-
ção de novo significado ao processo de ensino e de resa (org). Práticas avaliativas e aprendizagens significativas em
diferentes áreas do currículo. Porto Alegre: Mediação, 2006.

216

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77

Sugestão de atividade
1. Preencha os quadrinhos corretamente de acordo com cada informação.

a. Fios grossos que conduzem a eletricidade: c. Materiais usados para fabricar a parte interna dos fios:

C A B O S M E T A I S

b. Movimento das partículas elétricas dentro dos fios:

C O R R E N T E E L É T R I C A

217

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Fundamentação
Na escola, tudo tem seu tempo
Por Fernando José de Almeida

Rotina e prazer são necessários no dia a dia. O


papel do gestor é levar a equipe a equilibrar os dois
polos para conseguir ensinar melhor.
O que é tempo? Uma pergunta como esta, tão
filosófica, à primeira vista parece ter pouco a ver com
o mote desta coluna — refletir sobre a atividade dos
gestores escolares.
Pretendo mostrar que o tempo é, sim, um compo-
nente fundamental no dia a dia desses profissionais.
Não apenas no que diz respeito à sua administra-
ção, mas também em relação à sua vivência.
Peço ajuda aos gregos da Antiguidade para ex-
plicar melhor. Eles distinguiam dois tipos de tempo: o
chronos e o kairós. O primeiro é o tempo efetivamen-
te medido, aquele do relógio e da rotina. O segundo é
o tempo vivido, que, diferentemente do chronos, não
se mede pelo tamanho, mas pela intensidade.
É como se os ponteiros de hora, minuto e se-
gundo parassem e mergulhássemos em um túnel
fora da Terra. Quando entramos nas portas infinitas
do tempo kairós, o chronos fica sem importância.
Como em um reencontro de dia inteiro com amigos
queridos que há muito não víamos, podemos dizer:
“Nem percebi que passou o tempo e já está na hora
de ir para casa”. Sinal de que a atividade realmente
foi boa e pudemos nos entregar ao kairós vivido,
valorizado, partilhado.
A escola está impregnada de kairós. As vivências
afetivas são as mais lembradas de nossa infância.
Certamente, muitas delas se passaram nos
Fotos: Monkey Business Images, hedgehog94 / Shutterstock.com

recreios, em um diálogo esclarecedor com um pro-


fessor que ajuda a aprender o conteúdo, nos traba-
lhos em grupo, em uma instigante experimentação
científica ou na exposição dos trabalhos. Os alunos
também experimentam esse tempo quando ficam
olhando para o infinito, como que distraídos, com o
rosto entre as mãos, sonhando com a princesa ou
o príncipe dos seus sonhos — ou imaginando uma
viagem ao mundo medieval, às geleiras dos Andes ou
ao deserto de Calahari. Com os professores, não é di-
ferente. Vem à cabeça a imagem de uma docente que
me procurou para mostrar uma prova de Matemática
que ela havia elaborado, dizendo: “Veja, Fernando,
que lindo problema inventei para os alunos!”. Ela,
sem dúvida, estava vivendo o tempo kairós.

218

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Não se pode esquecer, porém, que o cotidiano esco-
lar está repleto de chronos, o tempo que nos acom-
panha e nos enquadra, dando o sentido das tarefas,
pondo-lhes metas e balizando a organização coletiva.
O chronos é frequentemente confundido com a buro-
cracia — e não há nada de mau nisso. Explico o porquê.
Por exemplo, a pontualidade no pagamento do salário
é uma burocracia (já imaginou receber apenas quando
o patrão quisesse?). Mas é uma burocracia boa, assim
como a dos prazos cumpridos, a dos relatórios entre-
gues e a das notas na secretaria no dia combinado.
Fazer esses dois tempos conversarem entre si
não é fácil. Rotinas atropeladoras, excesso de de-
manda, mistura de urgências com condução do dia a
dia... O conflito entre as atividades burocráticas e as
nobres e pedagogicamente ricas é uma contradição
que o gestor enfrenta diariamente. No limite, se faço
só o prazeroso, abandono as exigências burocráticas
pelas quais serei cobrado. De outro lado, se não faço
nada de que gosto, meu trabalho fica sem sentido.
Sabemos que as duas atividades são importantes
para nossa saúde mental e profissional. Como admi-
nistrar o tempo do gestor e da escola para responder
a tantos problemas? Como fazer o equilíbrio entre os
dois tempos?
O bom administrador do tempo é aquele que con-
segue extrair dos mais corriqueiros atos do cotidiano
as maravilhas do kairós sem descuidar do chronos,
estabelecendo claramente os responsáveis pelas
tarefas, expondo datas de entregas e cobrando o
cumprimento dos prazos ligados ao bem comum.

Revista Nova Escola. Ano 24, n. 223, junho/julho 2009.

219

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28a Semana - Grade semanal

1o dia 4o dia
Ciências: A propagação do som e do calor nos corpos Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa,
– página 78 Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.
Orientação didática:
• Entender a diferença existente entre as ondas sonoras 5o dia
emitidas por baixa e alta frequência.
Livre para atividades complementares da sua turma.
Reservado para atividades de Língua Portuguesa
e Matemática.

2o dia
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa,
Matemática, História e Geografia.

3o dia
Ciências: A propagação do som e do calor nos corpos
– página 79
Orientação didática:
• Peça que os alunos tragam para sala de aula mate-
riais, a fim de observar e distinguir os bons e os maus
condutores de calor.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa,


Matemática e Geografia.

Africa Studio / Shutterstock.com

220

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Dinâmica 2o momento

Dividir a turma em grupos. Pedir a cada grupo


que discuta sobre o que foi escrito nas tiras
individuais. Incentivar as crianças a registra-
A vida é boa, ou... é bom viver rem as suas principais ideias, criando, agora,
uma pequena redação coletiva, que expresse
Objetivo: Compreender os elementos que integram
o conjunto das ideias apresentadas em cada
uma vida feliz.
tirinha de papel.
Materiais: Tiras de papel; sucatas de papel pardo;
papéis coloridos.
3o momento
Desenvolvimento:
Neste encontro, a proposta é compartilhar a ideia de Solicitar aos representantes dos grupos que
uma vida feliz. leiam para o restante da turma os textos ela-
borados. Incentivar as crianças a comentarem
o trabalho de cada grupo. Em seguida, a pro-
1o momento fessora pode sugerir que os alunos montem
um mural ou uma dramatização, a partir dos
Propor que cada aluno escreva, em tiras de pa- textos criados. Nesse caso, é necessário dis-
pel, várias ideias que completem a frase: É bom por, na sala, de materiais que ajudem a criação
viver porque... dos personagens.

CANDAU, Vera Maria; JACAUINO, Susana Beatriz. Et. Al. Tecendo


a cidadania. Oficinas pedagógicas de direitos humanos. Petrópo-
lis: Vozes, 1995.

Kit8.net / Shutterstock.com

221

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78

NOTA:
A BNCC não define o
estudo de A propa-
gação do som e do
calor nos corpos
como competência a
ser desenvolvida na
disciplina de Ciên-
cias 5o ano – Ensino
Fundamental, porém
consideramos ser
este conteúdo de
grande importância
para a formação
estudantil, por isso
as páginas a seguir
abordam esse objeto
de conhecimento.

Orientação didática
Construir um sino é uma experiência interessante arame fique pendurado. Ao final, coloque a “boca” do
para compreender a produção do som. Para isso, é copo no ouvido e dê uma leve pancada no arame. O
preciso distribuir um pedaço de arame e solicitar aos som será propagado e se assemelhará a um sino. Se
alunos que deem o formato que acharem mais ade- possível, peça aos alunos que troquem seus sinos,
quado. Depois, peça-lhes que amarrem o arame a um pois apresentarão sons diferentes. É importante
fio. A outra extremidade do fio deverá passar por um solicitar aos alunos que tentem explicar a experiên-
furo, feito com um alfinete, na base de um copo de cia falando sobre a produção de diferentes sons (por
plástico, de café, e deve-se dar vários nós para que o causa das diferentes formas de arame).

222

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79

Orientação didática
Professora, leve, para a sala de aula, os seguintes mate- Após a discussão, apresente dois cartazes com os
riais: alumínio, madeira, algodão, isopor, ferro, borracha. títulos: Bons condutores de calor e Maus condutores
de energia.
Disponha a turma em círculo e coloque os materiais
no meio. Solicite a alguns alunos que peguem os ma- Solicite aos alunos que se posicionem nos cartazes
teriais e lance o seguinte questionamento: Qual(is) de acordo com o que foi discutido.
desse(s) material(is) é(são) condutor(es) de energia?
Estimule o grupo a falar e deixe que cada um se ex- Analise as respostas e vá introduzindo o assunto
presse livremente. para que eles possam construir o conhecimento.

223

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2
Fundamentação
8 maneiras de estimular a criatividade
Pendure um edital de brainstorming: Coloque
A chave para aumentar a criatividade em um quadro de avisos numa área central e en-
qualquer organização é ajudar as pessoas coraje as pessoas a participarem com ideias.
a começarem a agir criativamente como Escreva um tema ou problema numa cartolina
um grupo. colorida e cole-a no centro do quadro. Pro-
videncie notas do tipo Post-it (autocolantes)
para que as pessoas possam escrever e colar
Suponha que você queira ser um artista. Você suas ideias no quadro.
pode começar a comportar-se como um artista
pintando todos os dias, por exemplo. Você pode
não tornar-se um Van Gogh, mas provavelmente vai
tornar-se muito mais artista do que qualquer outra

3
pessoa que não tenha tentado. Da mesma maneira,
as pessoas numa empresa podem tornar-se mais
criativas se começarem a se comportar criativamen-
te. Michael Michalko, autor do livro Thinkertoys (sem
tradução no Brasil), diz que existem 16 maneiras de
estimular a criatividade numa empresa.
Vamos citar oito delas, veja qual pode ser aplica-
Promova uma Loteria de Ideias: Dê um
da à sua realidade (seja criativo!):
cartão numerado para cada pessoa que
tiver uma ideia criativa. No final do mês,
compartilhe todas as ideias com sua
equipe. Faça um sorteio e dê um prêmio
Melhore todos os dias: Peça que os para quem tiver o cartão premiado.

1
membros da sua equipe melhorem um
aspecto de seus trabalhos todos os dias,
focando nas áreas que estejam sob seu
controle. Ao final do dia, faça com que

4
se reúnam e pergunte o que fizeram de
maneira diferente ou melhor do que no
dia anterior. As melhores histórias podem
ser aproveitadas pelo resto da equipe.
Crie um Cantinho da Criatividade: Crie, na sua
empresa, um local (de preferência uma sala)
onde as pessoas possam ir para pensar cria-
tivamente. Coloque no local livros, vídeos e
jogos que estimulem a criatividade. Algumas
empresas chegam a decorar esse tipo de área
com fotos de funcionários quando eram be-
bês, reforçando a ideia de que todos nascemos
espontâneos e criativos.

224

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Use Agendas de Ideias Brilhantes: Dê a todos
uma "agenda de ideias brilhantes" e peça que
escrevam três ideias por dia, durante um mês.
No final do mês, recolha as agendas e cate-

5 7
gorize as ideias. Discuta-as depois, decidindo
Inspire através de ícones: Peça às pessoas que
quais as melhores e como implantá-las.
coloquem, em suas mesas, objetos que repre-
sentem sua própria interpretação pessoal do
que é a criatividade no trabalho. Por exemplo,
uma bola de cristal para representar o planeja-
mento do futuro, pilhas ou baterias novas para

8
simbolizar energia criadora, etc.

Organize a Semana das Ideias Estúpidas: Faça


com que ter ideias seja divertido. Organize
uma "Semana das Ideias Estúpidas" e promo-
va um concurso. Coloque as ideias em algum
Almoce com propósito: Encoraje lugar visível e, depois, façam uma votação e
almoços semanais, com no máximo premiem a ideia mais estúpida apresentada.
cinco pessoas, só para fazer um Todos vão se divertir e, no processo, você vai
brainstorming. Primeiro, peça que descobrir que algumas ideias não eram tão
leiam alguma coisa sobre criati- estúpidas assim.
vidade. Se for um livro, peça que
cada um leia um capítulo diferente.
Assim, cada pessoa vai ter uma

6
perspectiva diferente sobre como
aplicar a criatividade na empresa.
Convide pessoas criativas da sua
cidade para almoçar com o grupo.
Peça-lhes que sugiram como ser
mais criativo no que vocês fazem Raúl Candeloro é palestrante e editor das revistas Ven-
na empresa. da Mais, Motivação e Liderança. É também mestre em
Empreendedorismo pelo Babson College (EUA).

Revista Profissão Mestre. Ano 10. n. 114.


Curitiba: Humana Editorial, março, 2009.

225

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29a Semana - Grade semanal

1o dia 4o dia
Ciências: As fontes de energia renováveis e não reno- Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa,
váveis – páginas 80 e 81 Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.
Orientação didática:
• Solicite que as crianças realizem uma pesquisa so- 5o dia
bre as fontes de energia renováveis e não renováveis
existentes. Livre para atividades complementares da sua turma.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa e


Matemática.

2o dia
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa,
Matemática, História e Geografia.

3o dia
Ciências: As fontes de energia renováveis e não reno-
váveis – páginas 82 e 83
Orientação didática:
• Explique a importância, uso e também os danos
causados pelos combustíveis fósseis.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa,


Matemática e Geografia.

Kues / Shutterstock.com

226

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Dinâmica

Sorteio de papéis
Objetivo: Desenvolver a integração e o heteroconhecimento no grupo.

Materiais:
Tiras de papel com tarefas, saquinhos de pano ou plástico, aparelho de som e CD
de música.

Desenvolvimento
O educador solicita que todos formem um círculo em pé para uma atividade de
integração. Previamente, o professor prepara uma série de tiras de papel em nú-
mero maior que o dos participantes, escritas com tarefas alegres e desafiadoras,
como, por exemplo: dê um recado aos colegas de grupo; recite um verso; abra-
ce seu colega da direita; entre outros. Cuide para propor tarefas positivas, sem
expor nenhum dos participantes. Ao som de uma música motivadora, os partici-
pantes devem circular o saquinho.

Quando a música parar, quem ficar com o saco na mão deverá tirar o papel e
cumprir a tarefa descrita nele. O professor controla o som e deve dar oportunida-
de para que todos participem da atividade. Ao final, comentar sobre a importân-
cia da integração e da alegria no grupo.

227

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80

NOTA:
A BNCC não define o
estudo do conteúdo
As fontes de energia
renováveis e não
renováveis como
competência a ser
desenvolvida na dis-
ciplina de Ciências
do 5o ano – Ensino
Fundamental, porém
consideramos ser
este conteúdo de
grande importância
para a formação
estudantil, por isso,
as páginas a seguir
abordam esse objeto
de conhecimento.

PROFESSOR(A), UTILIZE NOSSO


MATERIAL DE APOIO COMO UM
RECURSO VISUAL PARA A
MEMORIZAÇÃO DESTE CONTEÚDO.
Orientação didática

Leve, para a aula, diversas revistas e jornais ou ainda, Procure, em revistas e jornais, imagens representa-
se possível, pesquise na Internet vários textos re- tivas de recursos renováveis e não renováveis para a
lacionados às fontes de energia existentes. Após a confecção de cartazes. Cole e registre explicações e
seleção dos textos, promova uma oficina de leitura legendas para essas imagens.
sobre o tema para, ao final, discutir com as crianças
as informações mais importantes e que merecem ser
destacadas nos textos lidos.

228

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81

Orientação didática
ANOTAÇÕES
Amplie o conhecimento dos seus alunos em relação
à energia limpa. Questione-os: Será que existe mes-
mo? Ou apenas degrada um pouco menos o ambien-
te? De onde virá a energia do futuro? Depois, explique
que ambientalistas lutam para que se pesquisem e
se descubram novas formas de energia que não pre-
judiquem o meio ambiente.

229

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82

Orientação pedagógica
O poder das afirmações positivas

Para ajudar seus alunos a se sentirem bem com eles o colega que está com o braço quebrado a copiar o
mesmos, é importante que você comunique o seu exercício que foi passado no quadro. Tudo o que você
desempenho positivo individualmente. Não é preciso precisa fazer para estimulá-la é dizer algo como: “Eu
emitir juízos de valor, por exemplo, dizer: “Como você vi como você ajudou o seu colega durante a aula de
é uma pessoa muito boa”; ou perguntar se ela ajudou hoje. Fiquei muito orgulhoso.”

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83

Sugestão de atividade
1. Preencha os quadrinhos de acordo com as informações.

a. Nelas, a água de rios é utilizada para impulsionar turbinas que geram energia.

U S I N A S * H I D R O E L É T R I C A S

b. Fonte renovável de energia gerada através do vento.

E N E R G I A * E Ó L I C A

231

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30a Semana - Grade semanal

1o dia
Semana de avaliação.

2o dia
Semana de avaliação.

3o dia
Semana de avaliação.

4o dia
Semana de avaliação.

5o dia
Livre para atividades complementares da sua turma.

Patrick Foto / Shutterstock.com

232

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DINÂMICA PARA TRABALHAR O SOCIOEMOCIONAL

84

NOTA:
A Base Nacional
Comum Curricular
(BNCC) define um
conjunto de compe-
tências gerais, que
servem como um
guia para o apren-
dizado das crianças
e que devem ser
desenvolvidas de
forma integrada ao
currículo.

Empatia e cooperação
O que: Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de processo de desenvolvimento do ser humano.
conflitos e a cooperação. E cabe ao educador integrar o que amamos com
Para: Fazer-se respeitar e promover o respeito ao o que pensamos, trabalhando razão e emoção, de
outro e aos direitos humanos, com acolhimento e modo que todo indivíduo tenha condições de usar
valorização da diversidade, sem preconceitos de tanto a razão quanto os sentimentos e aprenda a
qualquer natureza. conhecer a si mesmo e a seus semelhantes.

Cabe considerar que Vygotsky e Wallon (1992) afir- FONTE, Paty. Competências socioemocionais na escola. Rio de
mam que a relação entre afetividade e inteligência Janeiro: Wak Editora, 2019.

possui um caráter social e fundamental para todo o

233

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3. Observe as imagens e marque aquela que repre-
Semana de avaliação senta uma dilatação aparente.

Unidade 3

duskbabe / Depositphotos.com
• A matéria
• As transformações da matéria
• A combustão
• A composição e a decomposição da matéria
• A energia
• A propagação do som e do calor nos corpos
• As fontes de energia renováveis e não renováveis

1. Assinale a alternativa verdadeira.

Zoooom / Depositphotos.com
“Nem todos os objetos que existem são feitos
com materiais da natureza.”

“Quando a temperatura aumenta, é causada x


uma agitação maior das moléculas, e, conse-
quentemente, diminui a distância entre elas;”

4. Explique, com as suas palavras, as transformações


da matéria.
“Pode ocorrer dilatação em materiais nos
estados sólido e gasoso.”
Resposta pessoal

x “A dilatação aparente é o líquido que excede


no momento do aquecimento.”

2. Diferencie dilatação superficial dos sólidos e dila- 5. Explique, com suas palavras, qual é a importância
tação volumétrica. da combustão.

Na dilatação superficial dos sólidos, duas di-


mensões sofrem alterações quando aquecidas:
o comprimento e a largura. Na dilatação volu-
métrica, todas as dimensões dos sólidos são
alteradas: comprimento, largura e altura. Resposta pessoal

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6. Explique, com as suas palavras, as misturas hete- 10. Analise as situações e marque, com um x, a res-
rogêneas e homogêneas. posta certa.

Resposta pessoal
— Mamãe comprou uma cadeira
bem confortável. Ela é constituída
com partes de ferro e partes de madeira.
7. Marque as alternativas corretas.

x Para separar os componentes de um suco de laranja, Quando eu toco a parte de madeira com a mão es-
utilizamos a peneira para separar os caroços e o baga- querda e a de ferro com a mão direita, o que acontece?
ço presentes na fruta.
A mão direita não sente frio porque o ferro
A água do mar, o refrigerante e o leite são exemplos
é um mau condutor de calor.
de substâncias heterogêneas.
A mão esquerda sente frio porque a madeira
x O mais comum é encontrar as substâncias misturadas
é boa condutora de calor.
umas às outras formando novas misturas.
x A mão direita sente mais frio que a esquerda
x Nas misturas heterogêneas, podemos perceber que
porque o ferro conduz melhor o calor.
o aspecto de uma parte difere do aspecto de outra.
11. Escreva, com suas palavras, o processo de formação
Feijão, arroz, óleo e água são exemplos de mistura dos combustíveis fósseis.
homogênea.

8. De acordo com a característica, escreva o nome do


método usado: Resposta pessoal, mas espera-se que o aluno
responda que os combustíveis fósseis são for-
mados através do processo de decomposição
Extração de substâncias das plantas.
da matéria orgânica (plantas e animais), que
destilação fracionada leva milhões de anos para sua transformação.
Os principais tipos de combustível fóssil são: o
carvão mineral, o petróleo e o gás natural.
Usamos um filtro ou coador
para separar os componentes.

filtração

Usamos as mãos para separar os componentes.


12. Cite três aspectos negativos do uso dos combus-
catação, ou escolha tíveis fósseis. Resposta pessoal

9. Exemplifique uma fonte de calor natural e outra 1


artificial.

Sugestão de resposta: 2
O calor do Sol é na-
tural. O calor de uma
lâmpada é artificial. 3
235

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Fundamentação
Tornando o ensino mais proveitoso

• Permita que a criança experimente o sucesso. • Prefira espaçar as repetições do assunto no


tempo a acumular as experiências num curto
espaço de tempo.
• A criança deve saber quando respondeu
corretamente. Caso a resposta esteja incorreta,
diga à criança, mas faça com que ela esteja a • Nos estágios iniciais de aprendizagem, asso-
um passo de encontrar a resposta certa. cie constantemente um estímulo ou uma pista
a somente uma resposta.

• Reforce as respostas corretas.

• Motive a criança para um esforço maior.

• Encontre o nível ideal para a criança trabalhar.

• Limite o número de conceitos apresentados


em qualquer período.
• Passe o mais lentamente possível de uma
etapa da atividade para a outra.
• Organize o assunto com dicas adequadas
para chamar a atenção.
• Proporcione transferência positiva de conhe-
cimento de uma situação prática para outra.

• Ofereça experiências de sucesso.

• Repita as experiências quantas vezes


for necessário. Guia Prático para Professores de Ensino Fundamental. Ano 6. No
67. São Paulo: Lua, setembro 2009.
Lyudmyla Kharlamova / Shutterstock.com

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O que vamos estudar:

• O corpo humano
• O sistema digestório
• Os dentes
• O sistema respiratório
• O sistema cardiovascular
• O sistema excretor
• O sistema endócrino
• O sistema nervoso
• Dinâmica para trabalhar
o socioemocional

Competências específicas de Ciências da Natureza para o Ensino Fundamental

7. Conhecer, apreciar e cuidar de si, do seu corpo e bem-estar, compreendendo-se na diversidade


humana, fazendo-se respeitar e respeitando o outro, recorrendo aos conhecimentos das Ciências da
Natureza e às suas tecnologias.

8. Agir pessoal e coletivamente com respeito, autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e


determinação, recorrendo aos conhecimentos das Ciências da Natureza para tomar decisões frente
a questões científico-tecnológicas e socioambientais e a respeito da saúde individual e coletiva, com
base em princípios éticos, democráticos, sustentáveis e solidários.

Base Nacional Comum Curricular – BNCC

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Conteúdos da unidade e a BNCC
Unidade 4
Unidades Objetos
Conteúdo Habilidades
temáticas de conhecimento
O corpo humano Nota: A BNCC não define o estudo do conteúdo O corpo
humano como competên­cia a ser desenvolvida na dis-
ciplina de Ciências 5º ano – Ensino Fundamen­tal, po-
– –
rém consideramos ser este conteúdo de grande impor-
tância para a formação estudantil, por isso as páginas a
seguir abordam esse objeto de conhecimento.
O sistema • Vida e • Nutrição do organismo (EF05CI06) Selecionar argumentos que justifiquem
digestório evolução • Hábitos alimentares por que os sistemas digestório e respiratório são
• Integração entre os considerados corresponsáveis pelo processo de nu-
sistemas digestório, trição do organismo, com base na identificação das
respiratório e circu- funções desses sistemas.
latório (EF05CI08) Organizar um cardápio equilibrado com
base nas características dos grupos alimentares
(nutrientes e calorias) e nas necessidades indivi-
duais (atividades realizadas, idade, sexo etc.) para a
manutenção da saúde do organismo.
(EF05CI09) Discutir a ocorrência de distúrbios nu-
tricionais (como obesidade, subnutrição etc.) entre
crianças e jovens a partir da análise de seus hábitos
(tipos e quantidade de alimento ingerido, prática de
atividade física etc.).
Os dentes Nota: A BNCC não define o estudo do conteúdo Os
dentes como competên­cia a ser desenvolvida na
disciplina de Ciências do 5°ano – Ensino Funda­
– – mental, porém consideramos ser este conteúdo de
grande importância para a formação estudantil, por
isso as páginas a seguir abordam esse objeto de
conhecimento.
O sistema • Vida e • Nutrição do organismo (EF05CI06) Selecionar argumentos que justifiquem
respiratório evolução • Hábitos alimentares por que os sistemas digestório e respiratório são
• Integração entre os considerados corresponsáveis pelo processo de nu-
sistemas digestório, trição do organismo, com base na identificação das
respiratório e circu- funções desses sistemas.
latório
O sistema • Vida e • Nutrição do organismo (EF05CI07) Justificar a relação entre o funcionamen-
cardiovascular evolução • Hábitos alimentares to do sistema circulatório, a distribuição dos nu-
• Integração entre os trientes pelo organismo e a eliminação dos resíduos
sistemas digestório, produzidos.
respiratório e circu-
latório

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Unidades Objetos
Conteúdo Habilidades
temáticas de conhecimento
O sistema • Vida e • Nutrição do organismo (EF05CI07) Justificar a relação entre o
excretor evolução • Hábitos alimentares funcionamento do sistema circulatório, a
• Integração entre os sistemas distribuição dos nutrientes pelo organismo
digestório, respiratório e circu- e a eliminação dos resíduos produzidos.
latório
O sistema Nota: A BNCC não define o es­tudo do con-
endócrino teúdo O sistema endócrino como compe­
tência a ser desenvolvida na disciplina de
Ciências do 5°ano – Ensino Funda­mental,
– –
porém consideramos ser este conteúdo
de grande importância para a formação
estudantil, por isso as páginas a seguir
abordam esse objeto de conhecimento.
O sistema Nota: A BNCC não define o es­tudo do con-
nervoso teúdo O sistema nervoso como compe­
tência a ser desenvolvida na disciplina de
Ciências do 5°ano – Ensino Funda­mental,
– –
porém consideramos ser este conteúdo
de grande importância para a formação
estudantil, por isso as páginas a seguir
abordam esse objeto de conhecimento.
Dinâmica para Nota: A Base Nacional Comum Curricular
trabalhar o so- (BNCC) define um conjunto de compe-
cioemocional tências gerais, que servem como um guia
para o aprendizado das crianças e que
– –
devem ser desenvolvidas de forma inte-
grada ao currículo.

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31a Semana - Grade semanal

1o dia 4o dia
Ciências: O corpo humano – páginas 86 e 87 Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa,
Orientação didática: Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.
• Divida a sala em grupo, distribua folha de 40 kg para
cada grupo e peça que cada um escolha um repre- 5o dia
sentante para fazer o contorno do corpo, utilizando
giz de cera ou hidrocor. Peça-lhes que nomeiem cada Livre para atividades complementares da sua turma.
parte do corpo que reconheçam.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa e


Matemática.

2o dia
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa,
Matemática, História e Geografia.

3o dia
Ciências: O corpo humano – páginas 88 e 89
Orientação didática:
• Juntamente com os alunos, construa, com massa
de modelar, as partes do corpo humano e organizem-
-nas corretamente.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa,


Matemática e Geografia.

yongtick / Shutterstock.com

240

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Dinâmica

Molduras do ser integral


O educador coloca na sala quatro molduras (fei-
tas de papelão ou outro material) grandes e que cai-
bam o educando dentro. Em cada uma delas, estará
escrita uma destas palavras: “Corpo”, “Alma”, “Senti-
mento” e “Pensamento”. A ideia é que cada educando
entre nessa moldura e que, durante o momento em
que estiver nela, a turma responda a algumas ques-
tões. Por exemplo, dentro da moldura “Corpo”, per-
gunta “Como é o corpo desta pessoa?”. Na moldura
“Alma”, “Onde está a Alma desta pessoa?”. Na “Senti-
mento”, “Como esta pessoa está se sentindo agora?”.
Por último, na moldura “Pensamento”, “O que esta
pessoa está pensando agora?”. O educador esco-
lhe cinco voluntários para passarem pelas quatro
molduras, e a turma vai respondendo livremente às
questões. Um de cada vez passa pelas quatro, e, em
cada uma delas, o educador faz as devidas perguntas
para os outros. Depois que os cinco passarem pelas
molduras, o educador propõe uma discussão sobre
o que eles aprenderam com essa atividade. Amplia
o diálogo trazendo a questão: “Quem somos nós?”.
Deixa-os refletir, apontando uma consideração final
sobre o ser integral que cada um é. Essas molduras
podem ser usadas em outro dia com outros tipos de
questão.

WENDELL, Ney. Praticando a generosidade em sala de aula. Reci-


fe: Prazer de Ler, 2013.

arigato / Shutterstock.com

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86

NOTA:
A BNCC não define
o estudo do Cor-
po Humano como
competên­cia a ser
desenvolvida na
disciplina de Ciên-
cias 5º ano – Ensino
Fundamen­tal, porém
consideramos ser
este conteúdo de
grande importância
para a formação
estudantil, por isso
as páginas a seguir
abordam esse objeto
de conhecimento.

Orientação didática
Trabalhe com infográficos e, em uma roda de con- construindo um painel. Pro­ponha também aos alu-
versa, discuta sobre o corpo humano: como cada nos que confeccionem as células usando massa
criança se sente, as mudanças ocorridas no corpo de modelar.
delas, as partes e órgãos que elas conhecem, etc.
Solicite aos alunos que se olhem no espelho e
Solicite aos alunos que recortem, de um papel, obser­vem, detalhadamente, o próprio corpo no-
diversas células nos formatos apresentados no meando as partes observadas: partes que se mo-
texto didático e, depois, montem exemplos dos vem, partes duras, partes moles, partes grandes,
respectivos tecidos colando-os lado a lado e partes pequenas.

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87

Orientação didática
Construa um boneco articulado ou faça o contorno Com a ajuda desse professor, oriente-as a perce-
do corpo em uma folha de papel na qual os alunos ber alguns músculos que estão sendo trabalhados
possam localizar cada uma das partes do corpo que nesses exercícios e a importância de se realizar o
estão sendo estudadas. alongamen­to antes dos exercícios físicos, etc.

Combine com o(a) professor(a) de Educação Física


uma aula em que as crianças farão alongamentos.

243

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88

Sugestão de atividade R E L A Y W O
R E L A Ç Ã O
1. Troque os símbolos por letras e descubra as qua-
tro funções essenciais do corpo. N U T R I Y W O
N U T R I Ç Ã O
P I Y T D U R
P I Ç T D U R R E P R O D U Y W O
R E P R O D U Ç Ã O
A L O W E N C
C O O R D E N A Y W O
A L O Ã E N C
C O O R D E N A Ç Ã O

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89

Sugestão de atividade
1. Escreva RP para reprodução, C para coordenação, N para nutrição e RL para relação.

N É através dela que conseguimos nos alimentar. RP É por meio dessa função que conseguimos
man­ter a espécie humana, transmitindo, através
C Controla as demais funções para que todos os dos novos indivíduos, nossas características.
sistemas funcionem em conjunto.
RL Mantém-nos relacionados com o meio em que
vivemos e com outros seres vivos

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32a Semana - Grade semanal

1o dia 4o dia
Ciências: O sistema digestório – páginas 90 e 91 Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa,
Orientação didática: Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.
• Peça aos alunos que, trabalhando em equipe, mon-
tem, com material reutilizável, um sistema digestório, 5o dia
registrando o nome de cada órgão e suas funções.
Livre para atividades complementares da sua turma.
Reservado para atividades de Língua Portuguesa e
Matemática.

2o dia
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa,
Matemática, História e Geografia.

3o dia
Ciências: O sistema digestório – página 92
Orientação didática:
• Oriente seus alunos para, em equipe, comporem
uma paródia usando o nome dos órgãos que com-
põem o sistema digestório.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa,


Matemática e Geografia.

lanych / Shutterstock.com

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Dinâmica
Mãos para sentir
O educador pede aos educandos que olhem para
suas próprias mãos e observem cada detalhe, veri-
ficando a frente e as costas. Ele guia-os para verem
os desenhos; sentirem a textura; verificarem o ta-
manho, a temperatura e as unhas e experimentarem
olhar bem de perto e de longe. Depois da pesquisa
em si mesmos, eles devem fazer a mesma coisa com
as mãos do colega do lado. O educador orienta para
eles seguirem o mesmo caminho de observação que
fizeram antes. É importante que eles se concentrem
somente nas mãos sem parar de olhá-las. Ele orien-
ta-os para deixarem gravadas estas três atitudes: ver,
tocar e sentir.
Após a observação do outro, o educador pede a
cada membro da turma que busque outro colega e
fique em frente a ele. Cada dupla se divide em primei-
ro e segundo. O primeiro fará três ações: pegar a mão
do outro e segurá-la com cuidado, observando-a;
tocar em cada dedo com carinho; e, por fim, juntar as
duas mãos dele dentro das suas mãos. Depois, o se-
gundo realiza as mesmas ações com o outro. Faz-se
uma roda, e o educador pergunta o que eles apren-
deram nessa experiência. Depois disso, dialoga com
a turma sobre a importância de ver os detalhes em
si mesmo e no outro, além de ter atenção e cuidado.
Afirma o sentido dos valores de ver, tocar e sentir.

WENDELL, Ney. Praticando a generosidade na sala de aula. Reci-


fe: Prazer de Ler, 2013.

ISARA SUKSARN / Shutterstock.com

247

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90

BNCC
(EF05CI06)
Selecionar argumen-
tos que justifiquem
por que os sistemas
digestório e respira-
tório são considera-
dos corresponsáveis
pelo processo de nu-
trição do organismo,
com base na identi-
ficação das funções
desses sistemas.

PROFESSOR(A), UTILIZE NOSSO


MATERIAL DE APOIO COMO UM
RECURSO VISUAL PARA A
MEMORIZAÇÃO DESTE CONTEÚDO.
Orientação didática

Entregue aos alunos um pedaço Construa, com os alu- Solicite aos alunos que
de isopor medindo 20 cm x 20 cm nos, uma maquete dos observem as maquetes
e massa de modelar de diversas órgãos que compõem o uns dos outros e identifi-
cores. Depois, solicite-lhes que sistema digestório. De- quem as semelhanças e
montem um sistema digestório pois, exponha-a em um diferenças entre elas.
identifi­cando cada órgão. Em espaço escolhido, pre-
seguida, faça uma exposição. viamente, na escola.

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BNCC
(EF05CI06)
Selecionar argumen-
91
tos que justifiquem
por que os sistemas
digestório e respira-
tório são considera-
dos corresponsáveis
pelo processo de nu-
trição do organismo,
com base na identi-
ficação das funções
desses sistemas.

(EF05CI08)
Organizar um cardá-
pio equilibrado com
base nas caracte-
rísticas dos grupos
alimentares (nu-
trientes e calorias)
e nas necessidades
individuais (ativida-
des realizadas, idade,
sexo etc.) para a ma-
nutenção da saúde
do organismo.

(EF05CI09)
Discutir a ocorrência
de distúrbios nutricio-
nais (como obesida-
de, subnutrição etc.)
entre crianças e jo-
vens a partir da aná-
lise de seus hábitos
(tipos e quantidade
de alimento ingerido,
prática de atividade
física etc.).

Orientação didática
ANOTAÇÕES
Proponha a realização de uma pesquisa sobre as
doenças mais comuns que afetam os órgãos do
siste­ma digestório e como preveni-las. Forme equi-
pes de alunos para que o trabalho seja integrado e
coletivo. Proponha-lhes que o resultado da pesqui-
sa seja trans­formado em texto jornalístico que deve
ser “publicado” pelo jornal da classe ou da escola,
se existir.

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92

BNCC
(EF05CI06)
Selecionar argumen-
tos que justifiquem
por que os sistemas
digestório e respira-
tório são considera-
dos corresponsáveis
pelo processo de nu-
trição do organismo,
com base na identi-
ficação das funções
desses sistemas.

Sugestão de atividade
1. Ordene o caminho que o alimento faz no sistema digestório.

5 Intestino delgado 7 Ânus

2 Faringe 3 Esôfago

4 Estômago 6 Intestino grosso

1 Boca

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Fundamentação
Como lidar com a agitação dos alunos

Crianças hiperativas podem apresentar


melhoras consideráveis em seu comporta-
mento e desenvolvimento pedagógico se
• Trabalhe com pequenos grupos, sem isolar as
algumas regras forem consideradas. Aí vão
crianças hiperativas.
as sugestões da psicóloga Mônica Duchesne
e do psiquiatra Ênio Roberto de Andrade:
• Dê tarefas curtas ou intercaladas, para que elas
possam concluí-las antes de se dispersar.

• Elogie sempre os resultados.

• Use jogos e desafios para motivá-las.

• Valorize a rotina, pois ela deixa as crianças mais se-


guras, mas mantenha sempre elevado o nível de estí-
mulo, por meio de novidades no material pedagógico.

• Permita que elas compensem os erros: sutilmente,


faça-as pedir desculpas quando ofenderem os cole-
gas ou convença-as a arrumar a bagunça em classe.

• Repita individualmente todo comando que for dado


ao grupo e faça-o de forma breve e usando senten-
ças fáceis de entender.

• Peça a elas que repitam o comando, para ter certeza


de que escutaram e compreenderam o que você quer.

• Dê uma função oficial às crianças, como a de aju-


dante do professor; isso pode melhorar o relaciona-
mento delas com os colegas e abrir espaço para que
elas se movimentem mais.

• Mostre os limites de forma segura e tranquila, sem


entrar em atrito.

• Oriente os pais a procurar um psiquiatra, um neuro-


om
Africa Studio / Shutterstock.c

logista ou um psicólogo.

Revista Nova Escola. São Paulo: Ed. Abril.

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33a Semana - Grade semanal

1o dia 4o dia
Ciências: Os dentes – página 93 Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa,
Orientação didática: Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.
• Separe a turma em grupos e solicite a apresenta-
ção de um seminário sobre a importância da higiene 5o dia
bucal, descrevendo a maneira correta de se fazer a
higiene bucal. Livre para atividades complementares da sua turma.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa e


Matemática.

2o dia
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa,
Matemática, História e Geografia.

3o dia
Ciências: Os dentes – página 94
Orientação didática:
• Utilizando imagens, identifique os dentes, suas fun-
ções, suas características.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa,


Matemática e Geografia.

Halfbottle / Shutterstock.com

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Dinâmica

Presente para doar


O educador leva uma pequena lembrança (bombons, brinquedos
pequenos ou objetos simples) para os educandos. Esclarece que só
doará se aceitarem cumprir uma regra, mas que essa regra só será
revelada depois que receberem o presente. Cria uma grande festivida-
de para o momento de dar o presente para cada um, mostrando que é
algo muito especial. Cada um abre seu presente, e o educador per-
gunta se gostaram. Deixa-os falarem e, depois, diz que tem algo mui-
to importante para comunicar. Avisa que a regra é: eles deverão doar
o presente para um colega na sala. O educador passa um nome para
cada um. Esse nome é o do colega para o qual eles terão que doar o
presente. É feita uma roda, e cada um lê o nome e doa o presente para
o colega. Depois que todos receberem, o educador revela que tem outra
notícia. Conta que esse presente deverá ser doado novamente para ou-
tro colega. Distribui os nomes novamente e repete a rodada. Eles doam
para novos colegas. Ao final, o educador revela que os últimos é que
ficarão com os presentes.
Conversa sobre o que eles sentiram no momento que tiveram que
doar algo seu. É importante valorizar o doar e o receber, além do desa-
pego e da compreensão do valor que se dá a cada coisa.

WENDELL, Nery. Praticando a generosidade em sala de aula. Recife: Prazer de Ler, 2013

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93

NOTA:
A BNCC não define
o estudo do conteú-
do Os dentes como
competên­cia a ser
desenvolvida na
disciplina de Ciências
do 5°ano – Ensino
Funda­mental, porém
consideramos ser
este conteúdo de
grande importância
para a formação
estudantil, por isso,
as páginas a seguir
abordam esse objeto
de conhecimento.

PROFESSOR(A), UTILIZE NOSSO


MATERIAL DE APOIO COMO UM
RECURSO VISUAL PARA A
MEMORIZAÇÃO DESTE CONTEÚDO.
Orientação didática

Converse com as crianças sobre os cuidados que Proponha à turma a organização de uma cam­
deve­mos ter com a dentição. Depois, realize uma panha que incentive os hábitos de higiene bucal.
aula sobre como escovar os dentes e quando essa Solicite-lhes que façam alguns cartazes para
escovação deve acontecer. Solicite-lhes que levem afixá-los no pátio da escola e nos banheiros.
sua escova neste dia.

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94

Orientação didática
ANOTAÇÕES
Solicite aos alunos uma pesquisa sobre o surgimen-
to da escova dental. Depois, peça-lhes que cons-
truam um álbum seriado.

Em seguida, promova um momento de partilha do


conhecimento, a fim de que os alunos compartilhem
com os colegas as novas informações que descobri­
ram a respeito da escova dental e sua importância
para a higiene bucal.

255

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34a Semana - Grade semanal

1o dia 4o dia
Ciências: O sistema respiratório – páginas 95 e 96 Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa,
Orientação didática: Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.
• Demonstre o funcionamento e os cuidados que
devemos ter com o sistema respiratório por meio de 5o dia
maquetes.
Livre para atividades complementares da sua turma.
Reservado para atividades de Língua Portuguesa e
Matemática.

2o dia
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa,
Matemática, História e Geografia.

3o dia
Ciências: O sistema respiratório – página 97
Orientação didática:
• Identifique os órgãos e suas funções e explique o
processo realizado pelo sistema respiratório.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa,


Matemática e Geografia.

Sergey Skleznev / Shutterstock.com

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Dinâmica
Respiração oral x respiração nasal
Materiais:
Canetinhas coloridas, cartolina, cronômetro, lápis de
cor e papel-cartão.

Objetivo:
Mostrar para a turma como é melhor respirar pelo
nariz do que pela boca.

Colocando em prática:
• Cronometre três minutos e diga que, nesse período
de tempo, os alunos deverão respirar pela boca. Logo

.com
depois, cada um precisará explicar o que sentiu, res-

ock
rst
saltando se foi fácil ou difícil, cansativo ou não, se a

tte
hu
boca secou, se sentiu sede e se a respiração foi curta

/S
to
ho
kP
ou longa. a Sto
c
Prim

• Na próxima etapa, marque mais três minutos e fale


que eles precisarão permanecer com a boca fechada
e respirar somente pelo nariz. Então, descrevem o
que sentiram.

• Para finalizar, solicite-lhes que façam, em uma car-


tolina, um quadro comparativo entre as duas expe-
riências e concluam qual é o melhor tipo de respira-
ção: oral ou nasal.
om
stock.c
/ Shutter
pathdoc

257

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95

BNCC
(EF05CI06)
Selecionar argumen-
tos que justifiquem
por que os sistemas
digestório e respira-
tório são considera-
dos corresponsáveis
pelo processo de nu-
trição do organismo,
com base na identi-
ficação das funções
desses sistemas.

Orientação didática
Procure trabalhar com as crianças a montagem de
um esquema que represente o funcionamento do PROFESSOR(A), UTILIZE NOSSO
sistema respiratório. Use materiais de sucata: balões MATERIAL DE APOIO COMO UM
de festa, pedaços de mangueira, anéis ou fitas de RECURSO VISUAL PARA A
vedação, etc. MEMORIZAÇÃO DESTE CONTEÚDO.

Solicite aos alunos uma pesquisa sobre doenças que


podem ser adquiridas pela poluição do ar.

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BNCC
(EF05CI06)
Selecionar argumen-
tos que justifiquem
por que os sistemas
digestório e respira-
tório são considera-
dos corresponsáveis
pelo processo de nu-
trição do organismo,
com base na identi-
ficação das funções
desses sistemas.

Orientação didática

Leve figuras dos órgãos que compõem o sistema respiratório e solicite às crianças que
as colem em uma cartolina e relacionem os órgãos às suas respectivas funções.

Leia o texto, debata o conteúdo com sua classe e faça uma dramatização mostrando os
problemas que afetam o sistema respiratório. Mostre soluções para o problema.

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97

BNCC
(EF05CI06)
Selecionar argumen-
tos que justifiquem
por que os sistemas
digestório e respira-
tório são considera-
dos corresponsáveis
pelo processo de nu-
trição do organismo,
com base na identi-
ficação das funções
desses sistemas.

Sugestão de atividade
1. Por que é importante respirar pelo nariz e não
pela boca?

Porque, no nariz, há pelos que retêm os poluentes e


as bactérias que estão no ar e não os deixam entrar
no nosso corpo.

Sergei Kolesnikov / Shutterstock.com

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Fundamentação
Medidas para envolver os alunos e me-
lhorar o relacionamento na sala de aula
Organizar eficientemente rotinas: professores eficazes
procuram evitar o comportamento de indisciplina criando
ordem a partir das atividades, assim eles antecipam o po-
tencial mau comportamento e agem sobre ele muito cedo.
Estabelecer uma relação de proximidade: o professor
deve aprender rapidamente o nome do aluno, que é uma
forma básica de aproximação entre os dois. Pesquisas
indicam que as crianças desenvolvem atitudes mais positi-
vas quando a relação é calorosa.
Do contrário, alunos reagem por meio da oposição
aberta à aula ou ao professor.
Manter o “radar” em funcionamento: saber em que
hora intervir para não quebrar a dinâmica da aula a toda
hora por qualquer coisa, mas também reduzir os compor-
tamentos indesejáveis.
Tentar fazer da escola um verdadeiro lugar de livre
desenvolvimento do pensamento, do raciocínio e da cria-
tividade: hoje, o professor não é mais aquela pessoa que ESB Professio / Shutterstock.c
om
ocupa o lugar do “doutor-sabe-tudo”, como se fosse o úni-
co dono do saber a ser transmitido aos alunos. E o aluno
não é mais aquele sujeito passivo, que só recebe e grava
os conteúdos que lhe são passados.

Revista Profissão Mestre, n. 103. Curitiba: Humana Editorial, abril 2008.

tterstock.com
Tyler Olson / Shu

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35a Semana - Grade semanal

1o dia
Semana de revisão.

2o dia
Semana de revisão.

3o dia
Semana de revisão.

4o dia
Semana de revisão.

5o dia
Livre para atividades complementares da sua turma.

antoniodiaz / Shutterstock.com

262

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Dinâmica
A avaliação
Ambiente: sala de aula. Após todos receberem a avaliação comentada,
pergunte-lhes se acharam justa a nota e peça que
Objetivo: preparar a turma para trabalhos em grupo; comentem não só a sua nota, como também a dos
despertar o senso crítico e a autoavaliação. colegas. Provavelmente eles reclamarão da avaliação
por ser injusta.
Desenvolvimento:
Com a turma em dupla, ou trio, distribua a cada A seguir, proponha uma reflexão acerca da avaliação
grupo uma tarefa que deverá desempenhar em um que fazem do colega e que, muitas vezes, não corres-
determinado tempo. Os grupos terão um avaliador, ponde à realidade.
que poderá ser o professor, atribuindo-lhes uma
nota individual de 0 a 10, com uma justificativa. Será DORÓZ, Elaine Pereira. Dinâmicas em sala de aula: Para todos os
atribuída uma nota baixa a quem desempenhou níveis de ensino. Recife: Ed.Universitária da UFPE, 2012.
bem seu papel, alta para quem pouco se empenhou,
e nota máxima para quem não concluiu a tarefa;
com as respectivas justificativas contrárias ao real
desempenho do aluno.

Syda Productions / Shutterstock.com

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c. De mim, o alimento vai para o estômago.
Semana de revisão Esôfago
Unidade 4
5. Nossa dentição apresenta quatro tipos principais
• O corpo humano de dente. Quais são?
• O sistema digestório
• Os dentes Incisivos, caninos, pré-molares e molares
• O sistema respiratório
6. Escreva, com suas próprias palavras, qual é a fun-
1. Complete as frases. ção de cada um dos órgãos do sistema respiratório.

a. O nosso corpo é uma máquina perfeita: trabalha a. Boca:


dia e noite, sem parar, para manter as nossas neces-
sidades vitais. Resposta pessoal

b. O corpo humano é dividido em três partes princi-


pais: cabeça, tronco e membros. b. Faringe:

c. O tronco é constituído pelo tórax e abdômen. Resposta pessoal

d. Os membros podem ser superiores ou inferiores.


c. Laringe:
2. Complete corretamente as frases abaixo.
Resposta pessoal
a. Nosso corpo é formado por órgãos que funcionam
de modos diferentes.
d. Pulmões:
b. Cada órgão tem uma determinada função.
Resposta pessoal
c. Nosso corpo é uma unidade, porém apresenta vá-
rias partes distintas.
e. Diafragma:
3. Cite os órgãos que formam o sistema digestório.
Resposta pessoal
Boca, glândulas salivares, fígado, vesícula biliar, pân-
creas, faringe, esôfago, estômago, intestino grosso,
intestino delgado e reto. 7. Explique, com as suas palavras, o que acontece no
sistema respiratório.

4. Quem eu sou?

a. Absorvo a água, os sais minerais e as vitaminas Resposta pessoal



dos alimentos. O que sobra transforma-se em fezes.

Intestino grosso

b. O alimento entra por mim. Eu mastigo-o e mistu-
ro-o com a saliva.

Boca

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Fundamentação
Avaliação não é ameaça
As provas devem servir para acompanhar o pro- Classificar escolas lembra "coisa de mercado"
cesso de aprendizagem do aluno, e nunca ser temi- e, como provocação, eu diria que a escola que fazia
das como sentenças. o estudante aprender só para tirar boas notas nas
provas – como alguém que cuida da saúde só para
Julgamentos e estimativas são sempre necessários. passar no exame médico – agora também ensina
Um simples olhar avalia uma vaga de estaciona- para ela mesma ser aprovada.
mento ou a deselegância de um gesto. Uma rápida Avaliações como a Prova Brasil permitem plane-
operação mede a pressão arterial ou verifica o saldo jar o aperfeiçoamento de escolas e redes. Já o Exame
bancário. Somente a análise complexa, no entanto, Nacional do Ensino Médio, o Enem, foi concebido
diagnostica um paciente ou uma grande organiza- para que cada jovem, ao fim da Educação Básica,
ção. Avaliações educacionais, por sua vez, verificam possa mostrar as competências adquiridas para se
habilidades de alunos e o desempenho de redes expressar, compreender, intervir, argumentar e propor,
escolares. Os objetivos, nesse caso, são tão dife- mas também pode servir para apontar a uma escola
rentes quanto os de exames médicos que orientam como está o desempenho médio dos estudantes.
tratamentos ou de provas para certificar profissionais Cabe a esses exames orientar, e nunca "carim-
e classificar serviços. bar" uma instituição – e é bom evitar comparações
As avaliações mais importantes são as que orien- absolutas entre escolas e professores atuando em
tam o ensino, integradas ao processo de aprendi- situações diversas.
zagem, e não simples provas periódicas. Ao propor A sociedade e o Estado precisam saber que quem
uma gincana em que as crianças escrevam bilhetes trabalha em condições difíceis e com público carente
anônimos e numerados, com instruções para ações está na trincheira da equidade social e do desenvol-
dos colegas, a professora que acaba de assumir uma vimento, sendo assim a vanguarda – não a retaguar-
turma desenvolve uma boa socialização enquanto da da Educação.
verifica as competências de ler e escrever de cada Em síntese, em quaisquer circunstâncias, ava-
um. Atividades desse tipo, da Educação Infantil ao liações são meio ou confirmação de nosso trabalho,
Ensino Médio, revelam mais do que provas. Porém, o nunca sua razão de ser. Assim, devem ser vistas como
uso delas é tão raro quanto o de diagnósticos ini- recursos para aprender e ensinar melhor, nunca temi-
ciais. O resultado disso é que, às vezes, expectativas das como sentenças, nem pelo aluno, nem por nós.
de aprendizagem equivocadas somente são percebi-
das quando já é tarde demais. Revista Nova Escola. São Paulo: Abril, agosto 2008.
Quando as turmas são grandes, em vez de le-
var pilhas de trabalhos para corrigir (e às pressas,
pois a vida é curta), é melhor o professor instruir os
estudantes para que se autoavaliem em atividades
de classe ou de casa. Sabendo contornar possíveis
limitações, a escola pode orientar as famílias para se
tornarem parceiras no processo, mostrando os obje-
tivos das etapas do ensino e o que será verificado em
provas parciais. As finais ganham a função de confir-
mar e certificar o trabalho, mas insucessos põem em
questão a própria escola.
A qualidade da Educação deve ser aferida, e as
provas gerais têm esse papel, nem sempre bem inter-
pretado.
paulaphoto / Shutterstock.com

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36a Semana - Grade semanal

1o dia 4o dia
Ciências: O sistema cardiovascular – páginas 98 e 99 Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa,
Orientação didática: Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.
• Proponha a realização de uma pesquisa sobre as
doenças mais comuns que afetam o sistema cardio- 5o dia
vascular e sobre como preveni-las.
Livre para atividades complementares da sua turma.
Reservado para atividades de Língua Portuguesa e
Matemática.

2o dia
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa,
Matemática, História e Geografia.

3o dia
Ciências: O sistema cardiovascular – páginas 100
e 101
Orientação didática:
• Continuação do trabalho com o assunto “O siste­ma
cardiovascular”.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa,


Matemática e Geografia.

New Africa / Shutterstock.com

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Dinâmica
Batimento do coração
No início da atividade, o educador apresenta
um vídeo com imagens do coração humano e o seu
batimento. É importante os educandos ouvirem o
batimento. Após a apresentação do vídeo, o profes-
sor pergunta o que eles acharam mais interessante
e qual sentimento o coração espalha para o corpo e
para os outros. Depois, pede-se que eles toquem no
próprio coração com a mão e sintam o batimento e o
sentimento bom que ele espalha e que reproduzam o
ritmo do coração com algum som vocal, observando
a repetição e as variações. Logo após, pede-se que
om
toquem no próprio pulso e tentem sentir o batimento. to
s.c
o
ph
O educador demonstra como tocar o pulso corre- ep
os
it
D
tamente com o dedo. RE A/
IPA
Pergunta sobre o que sentiram tocando no co- CL

ração e, depois, no pulso. O educador solicita que


eles toquem no pulso do colega ao lado e fechem os
olhos para se concentrarem e sentirem a pulsação.
Também devem perceber o sentimento bom que o
coração do colega espalha.
Pede que façam novamente com o colega do
outro lado. É importante deixar um tempo para eles
sentirem a pulsação. Em seguida, conversa-se sobre
como é sentir o seu coração e o dos outros, perce-
bendo também os sentimentos bons espalhando-se.
O educador pergunta aos educandos se é pos-
sível unir nosso coração para espalhar sentimen-
tos bons.
Propõe-se que os educandos toquem a mão
direita em seu coração e a mão esquerda no ombro
do colega. Todos devem inspirar e expirar sentindo a
pulsação e passando os sentimentos bons para o co-
lega; fechar os olhos um pouco e sentir o batimento.
Após essa pequena vivência, eles conversam sobre o
que aprenderam com a atividade.

WENDELL, Ney. Praticando a generosidade em sala de aula. Reci-


fe: Prazer de Ler, 2013.

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98

BNCC
(EF05CI07)
Justificar a relação
entre o funciona-
mento do sistema
circulatório, a distri-
buição dos nutrien-
tes pelo organismo
e a eliminação dos
resíduos produzidos.

PROFESSOR(A), UTILIZE NOSSO


MATERIAL DE APOIO COMO UM
RECURSO VISUAL PARA A
MEMORIZAÇÃO DESTE CONTEÚDO.
Orientação didática
Converse com seus alunos a respeito do que eles • Não ter doado sangue nos últimos 90 dias (mulhe-
sabem sobre transfusão de sangue, se alguém na res) ou 60 dias (homens).
família já doou ou recebeu sangue, etc. É importante • Nunca ter tido hepatite, malária ou doença de chagas.
salientar que doar sangue é um ato de solidariedade • Não ter ingerido bebida alcoólica nas últimas 24 horas.
e de amor ao próximo. Depois de promovido o deba- • Não estar grávida ou amamentando.
te, inicie os trabalhos com a página. • Não fazer uso de drogas.
Condições para se doar sangue • Na manhã da doação, ter evitado ingerir alimentos
• Ter entre 18 e 60 anos de idade e pesar mais de gordurosos, como leite, manteiga, queijos, ovos, etc.
50 quilos.
Revista Ciência Hoje. Ano 13, n. 109. Dezembro de 2000 – 28ª ed.
• Não ser portador de doenças crônicas ou alergias.

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99

BNCC
(EF05CI07)
Justificar a relação
entre o funciona-
mento do sistema
circulatório, a distri-
buição dos nutrien-
tes pelo organismo
e a eliminação dos
resíduos produzidos.

Orientação didática
ANOTAÇÕES
Proponha aos alunos a realização de uma pesqui-
sa sobre cuidados com a saúde e com os hábitos
diários (exercícios, alimentação, etc.) que ajudam a
cuidar do sistema cardiovascular.

A pesquisa pode ser realizada no laboratório de


informática. Proponha buscas, na Internet, de vídeos
explicativos que abordem o tema. Ao final, faça uma
votação e escolha os melhores para serem analisa-
dos e discutidos em sala.

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BNCC
(EF05CI07)
Justificar a relação
entre o funciona-
mento do sistema
circulatório, a distri-
buição dos nutrien-
tes pelo organismo
e a eliminação dos
resíduos produzidos.

Sugestão de atividade
1. Responda.

a. O que são vasos sanguíneos? c. Qual é o tamanho, aproximado, do coração humano?

São órgãos que levam o sangue por todo o corpo. O coração humano tem, aproximadamente, o tama-
nho de uma mão fechada.
b. Como os vasos sanguíneos podem ser classificados?

Artérias, veias e vasos capilares.

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101

BNCC
(EF05CI07)
Justificar a relação
entre o funciona-
mento do sistema
circulatório, a distri-
buição dos nutrien-
tes pelo organismo
e a eliminação dos
resíduos produzidos.

Sugestão de atividade
1. Explique por que é importante doar sangue.

Resposta pessoal

get4net / Depositphotos.com

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Fundamentação
Como ajudar os alunos a encontrar domínio de habilidades interpessoais, fundamen-
tal para que o processo de comunicação não só
os seus talentos e lidar com as aconteça, como aconteça da forma mais atraente
suas frustrações possível”, orienta.
Para a autora, o professor pode se encaixar no
Mentoria é a “ação de influenciar pessoas, acon- perfil de mentor se assim o desejar. “Embora, na
selhar, ouvir, ajudar a clarificar ideias e fazer esco- prática, nem todo professor seja um mentor, o dese-
lhas, guiar”. Mentor é “aquele que o auxilia a aprender jável é que o seja. Afinal, educação é alimentada por
alguma coisa que você, sozinho, não poderia apren- valores fundamentais à vida em sociedade”, explica.
der ou, pelo menos, teria dificuldade”. Essas defi- “Quanto mais cedo na vida de uma pessoa esses
nições estão no livro Gestão de pessoas, da autora valores forem trabalhados, melhor”, complementa.
Sylvia Constant Vergara. Mas como perceber-se mentor em sala e traba-
Voltada para a área administrativa, a obra aborda lhar com isso? Para Sylvia, a saída está no gostar da
temas que podem ser ampliados ao universo educa- tarefa de educar e no saber de sua importância na
cional, como é o caso da mentoria. formação de cidadãos. “Se o professor não con-
A autora diferencia os termos mentor e instrutor segue perceber os pequenos sinais emitidos pelos
em seu livro, colocando que este último é aquele que alunos em uma comunicação verbal e não verbal,
apenas transmite regras. então esse professor está no lugar errado. Deve
“O instrutor tenta introduzir as informações na antes formar-se para ocupar esse lugar. A busca do
mente do aluno, enquanto o educador tenta tirar de autoconhecimento e do autodesenvolvimento é uma
dentro do aluno informações, ligações, concatena- boa estratégia”, explica.
ções que lhe permitam não só reter, como criticar
informações”, explica ela, que é graduada em Peda-
gogia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro,
Mestre em Administração Pública pela Fundação Ge-
túlio Vargas (RJ) e Doutora em Educação pela UFRJ.
De acordo com Sylvia, ao transpor essa temática
para o ambiente escolar, várias são as estratégias
para que o docente não fique apenas no papel de
simples instrutor e utilize a mentoria para melhorar a
relação professor-aluno.
“O professor precisa ter domínio conceitual do
que pretende ensinar e habilidade de fazê-lo com
maestria, despertando nos alunos a curiosidade,
a vontade de saber mais. Também precisa ter o

ens: Olga1818 / Shut


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Além do professor, outros indivíduos podem ser
mentores no ambiente escolar, e isso acontece na-
tural e individualmente. “Se o aluno busca o seu ou
outro professor, o coordenador, a merendeira, enfim,
qualquer outra pessoa do ambiente escolar para
orientá-lo, aí está a presença da mentoria natural”,
afirma Sylvia.

Mentor-facilitador

Ela reforça ainda que, sendo natural ou não, duas


situações devem ser levadas em consideração: o
interesse do estudante e o desejo do profissional
mentor em ser um facilitador do processo de apren-
dizagem.
“Se uma pessoa não tem a disponibilidade para
a aprendizagem, quase nada poderá ser feito por
ela”, explica em seu livro. “Em se tratando de ensi-
nos Fundamental e Médio, a ação do professor como
facilitador da vontade do aluno em estudar, aprender
é fundamental. Em uma sala de aula, o que existe é
uma relação: ensino e aprendizagem. O professor
deve cuidar para que essa relação seja a melhor pos-
sível”, expõe.
No caso de um aluno sentir-se frustrado por algo
que não deu certo ou que não conseguiu conquistar
— mesmo com a ajuda de um mentor —, o professor-
-mentor pode utilizar o diálogo como uma alternativa
para amenizar a situação. “Conversas que argumen-
tem sobre os elos entre certezas e incertezas da vida,
acertos e riscos são úteis para que o aluno aprenda a
lidar com elas”, comenta.

MOURA, Diocsianne. Atividades e experiências. Ano 10, n. 6, abril,


2009.

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37a Semana - Grade semanal

1o dia 4o dia
Ciências: O sistema excretor – página 102 Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa,
Orientação didática: Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.
• Faça uma degustação de chás e sucos estimulado-
res do sistema excretor. Explique as propriedades de 5o dia
cada um, valorizando a natureza como colaboradora
da saúde humana. Livre para atividades complementares da sua turma.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa e


Matemática.

2o dia
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa,
Matemática, História e Geografia.

3o dia
Ciências: O sistema excretor – página 103
Orientação didática:
• Organize um esquema sobre o processo da elimina-
ção de resíduos através do sistema urinário.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa,


Matemática e Geografia. .com
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M. Unal O

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Dinâmica
Frases construtivas
Você vai precisar de:
• cartolina, canetas coloridas, tesoura e cola; Exemplos de frases:
• revistas e jornais.

Procedimento:
• Os alunos, em duplas, deverão recortar palavras das
revistas e dos jornais e formar frases ou orações que
tenham relação com as atitudes das pessoas. “Quem tem amigos tem
• Cada dupla deverá escrever na cartolina a frase ou um tesouro.”
oração e redigir abaixo dela um texto que exprima seu
entendimento sobre a frase ou oração construída.

• Em seguida, o grupo todo se reúne e cada dupla


apresenta seu cartaz e lê sua redação. Poderão,
também, criar uma história baseada na frase e fazer
desenhos que a representem.

• O professor poderá, assim, além de incrementar as


aulas de Língua Portuguesa, falar sobre a importân-
cia das ações humanas para a boa convivência entre “Uma atitude vale mais
os homens.
do que mil palavras.”
• Para que a atividade surta um efeito mais amplo, os
cartazes poderão ser expostos em lugar adequado
para a visitação e leitura de todos os alunos e profis-
sionais da escola.

“Não faça aos outros aquilo


que você não gostaria que
lhe fizessem.”
versais.
ades com temas trans
BRANCO, Sandra. Ativid
.
São Paulo: Cortez, 2009

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102

BNCC
(EF05CI07)
Justificar a relação
entre o funciona-
mento do sistema
circulatório, a distri-
buição dos nutrien-
tes pelo organismo
e a eliminação dos
resíduos produzidos.
PROFESSOR(A), UTILIZE NOSSO
MATERIAL DE APOIO COMO UM
RECURSO VISUAL PARA A
MEMORIZAÇÃO DESTE CONTEÚDO.

ram a ser absor­vidos pelas células, tendo permanecido


Orientação pedagógica dentro do tubo digestivo até sua eliminação.

Jogando fora os resíduos da célula Os cálculos renais


Excreção é a eliminação dos resíduos produzidos pelas Às vezes, formam-se, nos rins, pedrinhas de sais de
células. A expulsão do gás carbônico no processo cálcio ou de ácido úrico chamadas cálculos renais.
respiratório é uma forma de excreção, assim como a Esses cálculos podem causar fortes dores, as cha-
eli­minação da ureia através da urina e do suor. Água e madas cólicas renais. Quando muito pequenos,
sais, quando em excesso, devem ser removidos. Todas podem ser expelidos com a urina. Em certos casos,
as substâncias assim eliminadas do organismo re- porém, seu tamanho obri­ga a remoção cirúrgica.
cebem o nome de excretas. Para uma substância ser Atualmente, técnicas modernas, tais como certos
considerada um excreta, é necessário que tenha feito tipos de ultrassom, permitem que os cálculos renais
parte do meio celular. Por isso, as fezes não são excre- sejam quebrados, podendo ser expulsos pelo pacien-
tas; afinal, são restos de alimentos que nunca chega- te sem necessidade de intervenção cirúrgica.

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103

BNCC
(EF05CI07)
Justificar a relação
entre o funciona-
mento do sistema
circulatório, a distri-
buição dos nutrien-
tes pelo organismo
e a eliminação dos
resíduos produzidos.

Sugestão de atividade 2. Identifique corretamente.


a. Eles purificam o sangue eliminando as substâncias
1. Marque um x na resposta correta. prejudiciais ao organismo.
Rins
a. Qual é o sistema que elimina o que não é aprovei-
b. São dois canais que saem dos rins e vão até a bexiga.
tado na alimentação?
Ureteres
x c. A urina fica acumulada nela.
Excretor Digestório Respiratório
Bexiga
b. Qual é o sistema que elimina o gás carbônico? d. É o canal que conduz a urina da bexiga para fora
do corpo.
Urinário Digestório x Respiratório Uretra

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Fundamentação
Aprendizagem: o despertar de
potencialidades
Não podemos falar de aprendizagem sem pensar Quanto mais diferentes forem as formas de
numa relação triangular na qual o desejo, a relação aprendizagem, mais condições terão os alunos de
professor/aluno e a afetividade devem estar presen- crescerem e se sentirem seguros e livres para criar.
tes. Portanto, aprender pressupõe interagir. É preciso Para que a aprendizagem ocorra e seja produtiva,
que haja o desejo de aprender e que o professor ou é preciso que aconteça de forma adequada. A era da
mediador provoque no aluno esse desejo. Não po- palmatória e dos castigos não se mostrou eficaz nem
demos mais pensar numa única forma de ensinar: é construtiva, ao contrário, fortaleceu nos alunos atitu-
preciso levar em conta a diversidade humana. des e sentimentos de indignação e menos valia que
Para que a aprendizagem ocorra, é importante só reforçavam a dificuldade de cada um. Ao contrário
que o professor consiga provocar, no aluno, uma desse tempo, pressupõe-se que a educação de hoje
curiosidade diante dessa busca e uma vontade de seja baseada numa relação de trocas, e não de poder.
realmente aprender. Tendo sua curiosidade provocada e adequada-
É preciso que esse aluno seja instigado pelas mente satisfeita, o aluno vai se norteando e se co-
formas mais variadas possíveis, até que se crie uma nhecendo mais, adquirindo confiança em si, o que
via de acesso e se estabeleça uma relação. Só have- nos faz pensar numa condição melhor para fazer
rá aprendizagem se esse vínculo corresponder a um escolhas futuras.
movimento de troca de aprendizados, que vão muito
além da aquisição de conteúdos e programas for-
mais de ensino.
Se pensarmos que cada ser humano é único,
entenderemos nossa realidade como algo dinâmico,
que não suporta modelos fixos rigorosamente forma-
tados nem repetição. É preciso ver sentido e função
no que se aprende.
As diferenças não podem ser vistas somente
considerando-se escalas de valor (melhor, médio e
pior), mas, sobretudo, apresentando-se a intenção
de se variar a estratégia, despertando no professor o
desejo de dominar novas formas de ensinar, contem-
plando, dessa maneira, toda a diversidade típica dos
grupos humanos.

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É sabido como experiências escolares são mar- É importante abrir, na escola, um espaço para
cantes na vida dos alunos, muito mais ligada à for- outras atividades que favoreçam a descoberta de
mação que à informação. aptidões. Muitas vezes, não nos lembramos de con-
Nessa fase, são afloradas e solidificadas ques- teúdos específicos e complexos, mas precisamos
tões como autocontrole, relacionamento interpessoal de autocontrole e tolerância para enfrentar adversi-
e valores morais, propiciando condições para que dades da vida. Habilidade no convívio com colegas
cada um encontre um espaço digno na sociedade. e alunos é fundamental para aproveitar com alegria
Hoje, fala-se muito nas inteligências múltiplas essa etapa, que, certamente, é uma das mais ricas da
como habilidades pessoais que poderão ou não ser vida, tendo sempre em mente que viver é uma eterna
desenvolvidas por meio do estímulo adequado pro- aprendizagem.
porcionado pelo ambiente.
É muito mais fácil chegar às habilidades especí- MARQUES, Hildênia Nogueira de Avelar. In: AMAE educando. Ano
ficas quando se trabalha num ambiente de liberdade, 40. n. 345. Março. 2007.

onde é possível tentar arriscar, ousar. Aulas enfa-


donhas, formatadas para todos, com conteúdo que,
muitas vezes, não despertam qualquer tipo de atra-
ção ou interesse, dificultam a aprendizagem.

s Vectors / Shutterstock
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38a Semana - Grade semanal

1o dia 4o dia
Ciências: O sistema endócrino – páginas 104 e 105 Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa,
Orientação didática: Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.
• Reproduza, em folha de cartolina, um modelo de
banner com o desenho e esquema do sistema endó- 5o dia
crino. O contato com a imagem em tamanho maior
ajuda a despertar o interesse do aluno para o conteú- Livre para atividades complementares da sua turma.
do estudado.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa e


Matemática.

2o dia
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa,
Matemática, História e Geografia.

3o dia
Ciências: O sistema endócrino – páginas 106 e
107 (primeira coluna)
Orientação didática:
• Separe a turma em grupos e organize um seminário
a respeito do sistema endócrino.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa,


Matemática e Geografia.

pathdoc / Shutterstock.com

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Dinâmica
Corpo triste e corpo feliz
O educador mostra para a turma diversas imagens
de pessoas tristes e pede que os educandos identi-
fiquem como estão os corpos, os rostos, etc. Depois
pede que eles andem na sala como se fossem uma
daquelas pessoas. Pergunta a eles como fica o cor-
po quando se está triste. Posteriormente, o educador
mostra imagens de pessoas alegres, pedindo-lhes que
observem o máximo possível. Novamente, solicita-lhes
que andem pela sala e imitem uma daquelas pessoas
das imagens. Pergunta à turma o que mudou. Conver-
sa com os educandos sobre como é possível identificar
quando se está triste ou alegre.
Solicita que eles façam uma pesquisa na
instituição, na rua e em casa, observando
as pessoas e como elas demonstram o
que estão sentindo. No outro dia, avalia
com eles como foi a pesquisa e o que
eles aprenderam.

WENDELL, Ney. Praticando a generosidade em


sala de aula. Prazer de Ler, 2013.

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paffy / Shutterstock.com

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104

NOTA:
A BNCC não define o
es­tudo do conteúdo
O sistema endócrino
como compe­tência a
ser desenvolvida na
disciplina de Ciências
do 5°ano – Ensino
Funda­mental, porém
consideramos ser
este conteúdo de
grande importância
para a formação
estudantil, por isso,
as páginas a seguir
abordam esse objeto
de conhecimento.

Orientação didática
Distribua a silhueta do corpo humano masculino e
fe­minino. Peça aos alunos que confeccionem, com PROFESSOR(A), UTILIZE NOSSO
massa de modelar, as glândulas; em seguida, colem- MATERIAL DE APOIO COMO UM
-nas nos lugares adequados do corpo humano e RECURSO VISUAL PARA A
expliquem qual é a função de cada uma. MEMORIZAÇÃO DESTE CONTEÚDO.

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105

Orientação pedagógica
Um time bem afinado mônios. Muitas vezes, esses dois sistemas agem em
conjunto, um reforçando o outro.
Cada órgão, embora tenha uma tarefa específica,
não age de forma independente; ele trabalha com os No caso do coração, que dispara na hora do susto,
demais órgãos, da mesma forma que um jogador de ele é coordenado tanto pelo sistema nervoso simpá-
futebol colabora com os demais para que o gol ocor- tico quanto por uma substância chamada adrenali-
ra. Para isso acontecer, nossos órgãos precisam ser na, fa­bricada pelas glândulas suprarrenais. Nos dois
coordenados; essa tarefa é realizada pelo sistema casos, o efeito é o mesmo: acelerar os batimentos
nervoso e pelo sistema en­dócrino, que produz hor- do coração.

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106

Sugestão de atividade
1. Apresente as seguintes definições:

Tireoide Hipófise

É a glândula responsável por transformações quími- É a glândula que controla o funcionamento de vá-
cas em nosso corpo, como o controle do iodo e a re- rias outras glândulas e é conhecida como glândula
gulação do crescimento de crianças e adolescentes. mestra.

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107

Sugestão de atividade
1. Analise as frases abaixo e complete-as corretamente.

a. Glândula responsável por regular o açúcar que está no sangue: pâncreas.

b. Responsável pela adrenalina: suprarrenais.

c. Entre suas funções, está a de regular o crescimento: tireoide.

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Fundamentação
Sequência didática – Cuidando do próprio corpo
Flexibilização para deficiência visual (baixa visão)

Objetivos
• Identificar atitudes que contribuem para a manuten- peças (os órgãos e os sistemas que o compõem)
ção do corpo. precisam apresentar funcionamento adequado.
É imprescindível, portanto, que cuidemos de
• Reconhecer-se como agente responsável pelo pró- sua manutenção. Lance para os alunos a seguinte
prio bem-estar. pergunta:
“O que devemos fazer para cuidar da saúde?”.
• Perceber que, de acordo com as características físi- O objetivo é averiguar o nível de informação que
cas de cada pessoa, com suas condições de saúde e eles têm sobre o assunto. Estimule-os a citar hábitos
com o local onde ela vive, é necessário adotar dife- saudáveis, como manter uma dieta balanceada, dor-
rentes hábitos. mir bem (pelo menos oito horas por noite), praticar
esportes, se divertir, etc. Em seguida, peça-lhes que
Conteúdo registrem suas ideias no caderno.
• Hábitos saudáveis. Adapte a forma de registro para o aluno com de-
ficiência, utilizando aquela com a qual ele está mais
Tempo estimado habituado ou demonstra mais habilidade em outras
Duas aulas. situações (o uso de computador com visualização
ampliada é uma possibilidade). Preveja um tempo
Material necessário maior para o seu registro – ele pode iniciar ou termi-
Cronômetro ou relógio, lápis ou caneta e folha de nar a tarefa em casa.
papel. Informe as crianças que, na próxima etapa, elas
deverão usar roupas confortáveis, pois será realiza-
Desenvolvimento da uma atividade na qual terão de fazer exercícios
físicos por alguns minutos.

1a etapa
Dê início ao trabalho conversando com os alunos
sobre a importância da saúde para o bom funciona-
mento do corpo. Você pode fazer uma analogia entre
o corpo humano e um carro.
Para que o automóvel funcione direito, é preci-
so que todas as suas peças estejam funcionando
adequadamente também. Portanto, manutenção é
fundamental. Tomado os devidos cuidados, o carro
estará sempre em bom estado e o risco de problemas
michaeljung / Shutterstock.com

mecânicos será reduzido.


Amplie a conversa: automóveis de marcas ou
modelos diferentes e submetidos a variadas condi-
ções de uso exigem diferentes cuidados.
Diga aos estudantes que com o nosso corpo é a
mesma coisa, pois ele nada mais é que uma “máqui-
na biológica”. Para funcionar como se espera, suas

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consequentemente, frequência cardíaca mais unifor-
2 etapa
a
me. Você pode propor que eles conversem com seus
pais ou responsáveis sobre a importância de ado-
Reserve um espaço plano e seguro para que o tarmos hábitos saudáveis – favorecendo, assim, o
aluno com deficiência possa realizar a atividade. bom funcionamento do organismo, o que proporciona
Oriente sua atuação de modo que ele faça dupla com melhor qualidade de vida.
um colega de porte físico semelhante, que seja capaz
de conduzi-lo e no qual ele confie. Mostre-lhe o traje-
to da corrida antecipadamente. Você deve orientá-los
a correr de mãos dadas.
A atividade a seguir deve ser feita em um local
amplo (o pátio ou quadra de esportes da escola,
Avaliação
por exemplo). Organize os alunos em duplas. Peça
que cada um fique em repouso por aproximada-
Peça que os alunos escrevam um guia de
mente 2 minutos.
orientação com base na seguinte pergunta:
A intenção é fazer com que a frequência cardíaca
“Como os hábitos saudáveis podem influen-
das crianças diminua, chegando a um nível estável.
ciar na saúde do nosso corpo?”. Essa é uma
Solicite que cada estudante meça a frequência do
maneira de averiguar se as crianças perce-
parceiro. A forma mais simples de medi-la é sentir a
beram que praticar exercícios, adotar uma
pulsação no pescoço (posicionando os dedos indi-
alimentação balanceada, dormir oito horas por
cador e médio na lateral do pescoço) ou no punho
noite e reservar tempo para se divertir são há-
(posicionando os dedos indicador e médio na par-
bitos saudáveis que ajudam a manter a saúde
te interna do punho, próximo à base do polegar). A
do corpo e afastar doenças.
pulsação deve ser aferida durante um minuto, e os
alunos terão de anotar no caderno o número de ba-
Consultoria THIAGO TASSINARI LOPES Revista Nova
timentos contados nesse intervalo – para isso, eles escola, Especial planos de aula.
utilizarão um cronômetro ou um relógio. Depois que
todos tiverem feito sua medição, peça-lhes que cor-
ram moderadamente durante cerca de cinco minutos.
O objetivo, agora, é elevar a frequência cardíaca dos Luis Molinero / Shutterstock.com

estudantes. Ao terminar a corrida, eles devem repetir


a medição. Em seguida, oriente-os a compará-la com
a primeira e pergunte: “Por que a frequência cardíaca
aumentou após a prática de exercício físico?”. Ex-
plique às crianças que, quando fazemos exercício,
a demanda por nutrientes e oxigênio aumenta no
nosso organismo, elevando a frequência cardíaca e
fazendo o sangue circular mais rápido. A frequência
normal de uma pessoa em repouso varia de 60 a 100
batimentos por minuto. Frequências bem baixas, no
entanto, podem ser normais em adultos e jovens,
particularmente entre aqueles que apresentam bom
condicionamento físico. Por outro lado, pessoas sem
preparo físico podem apresentar maior diferença
entre a frequência cardíaca em repouso e depois de
atividades físicas. Discuta com os alunos a influência
que hábitos saudáveis podem exercer sobre a saúde
corporal. Ajude-os a perceber que pessoas que se
exercitam regularmente têm melhor preparo físico e,

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39a Semana - Grade semanal

1o dia 4o dia
Ciências: O sistema nervoso – páginas 107 (segunda Reservado para atividades de Língua Portuguesa,
coluna), 108 e 109 Matemática, História e Cidadania Moral e Ética.
Orientação didática:
• Reproduza, em folha de cartolina, um modelo de 5o dia
banner com o desenho e esquema do sistema ner-
voso. O contato com a imagem em tamanho maior Livre para atividades complementares da sua turma.
ajuda a despertar o interesse do aluno para o conteú-
do estudado.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa e


Matemática.

2o dia
Dia reservado para atividades de Língua Portuguesa,
Matemática, História e Geografia.

3o dia
Ciências: O sistema nervoso – páginas 110 e 111
Orientação didática:
• Proponha aos alunos que estudem o sistema
nervoso numa pesquisa sobre as consequências do
consumo de drogas no organismo. Solicite que eles
elaborem uma forma criativa de apresentar o tema.

Reservado para atividades de Língua Portuguesa e


Matemática.

sciencepics / Shutterstock.com

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Dinâmica

Uma prova de fogo


Experimente essa divertida forma de apreensão
de alguns conteúdos. Divida a turma em times e
peça que cada um eleja um voluntário para ir à fren-
te. Sorteie entre eles a ordem em que jogarão. Acen-
da um palito de fósforo e entregue-o ao primeiro. A
partir desse momento, ele terá o desafio de oferecer
tantas respostas quantas puder acerca do assunto
que você abordará.
Se sua disciplina for Português, por exemplo,
você poderá desafiá-lo a citar quantas palavras
lembrar, da mesma classe gramatical ou da mesma
categoria daquela que você pronunciará e iniciando
com uma letra solicitada por você, até que o palito
se apague.
Poderá, por exemplo, desafiá-lo a citar ver-
bos no infinitivo, começados com a letra “C”. Se a
disciplina for Geografia, você poderá solicitar que
ele diga nome de cidades de determinada região
brasileira ou nome de países limítrofes ao nosso,
e assim por diante.
Somente a equipe desse jogador poderá con-
tribuir com palpites, desclassificando-se qualquer
outra que dê palpites falsos com o fim de atrapalhar
o jogador. Conte as respostas válidas e anote-as em
um placar feito no quadro. O próximo a jogar saberá
que terá que superar o escore anterior, e assim por
diante. Vencerá o torneio o time a que pertencer o
voluntário que citar o maior número de palavras
válidas – sem queimar os dedos, é claro!

MIRANDA, Simão de. Professor, não deixe a peteca cair! 63


ideias para aulas criativas. São Paulo: Papirus, 2005.

Hugo-Felix / Shutterstock.com

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107

NOTA:
A BNCC não define o
es­tudo do conteúdo
O sistema nervoso
como compe­tência a
ser desenvolvida na
disciplina de Ciências
do 5o ano – Ensino
Funda­mental, porém
consideramos ser
este conteúdo de
grande importância
para a formação
estudantil por isso
as páginas a seguir
abordam esse objeto
de conhecimento.

PROFESSOR(A), UTILIZE NOSSO


MATERIAL DE APOIO COMO UM
RECURSO VISUAL PARA A
MEMORIZAÇÃO DESTE CONTEÚDO.
Sugestão de atividade
1. Classifique usando V para atos voluntários e I para atos involuntários.

V Abraçar um colega. V Pular corda.

I Os batimentos do coração. V Estudar lições de casa.

I Os movimentos realizados pelo estômago.

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108

Orientação didática
Para sensibilizar o envolvimento do aluno com o Leia o texto didático, debata o conteúdo com sua
assunto, desenvolva uma conversa informal sobre classe e faça uma dramatização, mostrando os
doenças neurológicas. Convide um profissional para problemas gerados pelo cansaço do cérebro em um
conversar com as crianças sobre as doenças neuro- estudante. Mostre soluções para o problema.
lógicas mais comuns desenvolvidas pela população
no século XXI, suas causas, seus sintomas e suas Divida a sala em três grupos. Cada grupo ficará
formas de prevenção e de tratamento. responsável por apresentar um item, a escolher: o
nervoso central, periférico e autônomo, suas funções
Solicite aos alunos que falem, com suas palavras, e características, em uma folha de cartolina, que
sobre a importância do cérebro para o comando dos depois deverá ser fixada na sala de aula, logo após a
órgãos dos sentidos. explanação do grupo.

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109

Orientação pedagógica
O processo de pesquisar e planejar o andamento de • objetivo de aula;
uma aula deve fazer parte de sua rotina. Divida seu • conteúdo a ser trabalhado;
plano em duas partes. A primeira deve ocupar-se em • problema a ser resolvido;
analisar o material empregado em aula e procurar • estratégia;
maneiras de aproximar os fatos à realidade da turma • conteúdo a ser apresentado;
e formas de envolver a comunidade com o dia a dia • metodologia;
da escola. A segunda parte tem a ver com a aplica- • recursos;
ção do conteúdo, a aula em si. Todo plano de aula • avaliação;
deve considerar os seguintes aspectos: • tempo destinado a cada etapa.

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110

Sugestão de atividade
1. Sublinhe a resposta certa. 2. Qual é a importância do sistema nervoso?

O sistema nervoso é formado por: Ele controla o funcionamento dos outros siste­mas,
a. Tecidos epiteliais permitindo assim o bom funcionamento do nosso
b. Tecidos nervosos corpo.
c. Tecidos musculares

Levam estímulos nervosos do corpo para o cérebro:


a. Nervos motores
b. Nervos sensitivos

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111

Sugestão de atividade
1. Responda às perguntas.

a. Qual é a causa do derrame cerebral? b. Que bactéria é responsável pela meningite?

Entupimento das artérias. Meningococo.

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Fundamentação
Sequência didática – Puberdade: o que é isso?
Flexibilização para deficiência visual
Objetivos • 2ª etapa
• Entender a transformação de um corpo infantil em
um corpo adulto. Proponha o trabalho em dupla, de modo que o
• Compreender que a puberdade é uma fase da vida. aluno possa opinar sobre os trechos que quer des-
• Saber que o desenvolvimento do corpo é diferente tacar. Peça que as crianças ouçam a música “Não
em cada pessoa. vou me adaptar”. Em seguida, investigue o que elas
entenderam da letra, oriente-as a grifar os trechos
Conteúdos que indicam transformações corporais e estimule-as
• Transformações corporais. a lembrar as mudanças que elas mesmas experi-
• Hormônios sexuais. mentaram desde o 1º ano até hoje. Depois, organize
• Sistema reprodutor. essas informações numa tabela dividida por gêneros
(meninos de um lado e meninas de outro).
Tempo estimado Importante: alguns estudantes podem não se
Seis a oito aulas. sentir suficientemente à vontade para comentar cer-
tas transformações corporais, principalmente entre
Material necessário as meninas que já apresentam sinais de entrada
na puberdade (os meninos tendem a vivenciar esse
Fotos dos alunos de quando eram menores e dos processo um pouco mais tarde). Caso você perceba
professores quando eram mais novos, música “Não que alguma criança está desconfortável, respeite seu
vou me adaptar” (Arnaldo Antunes, DVD Ao Vivo no constrangimento e não a obrigue a dar depoimentos.
Estúdio, faixa 6), e cópias de letra (uma para cada
criança). • 3ª etapa

Desenvolvimento Selecione um texto que explique como os hor-


mônios agem no corpo humano, especialmente os
• 1ª etapa hormônios sexuais. Em seguida, peça que os alunos
leiam esse texto individualmente e grifem ou anotem
Organize dois murais, um com as fotos dos alu- no caderno o vocabulário novo ou termos que não
nos e outro com as fotos dos professores, ambos sob entenderam.
o título “Adivinhe quem sou eu”. Ofereça o texto em áudio para que o aluno com
Estipule um tempo para a atividade e deixe que as deficiência o escute com fone de ouvido durante a aula.
crianças brinquem de adivinhação. Em seguida, peça Exemplo de texto: “Puberdade é a fase caracteri-
que elas relatem quais foram os indícios (traçados do zada por mudanças no corpo causadas pelo início da
rosto, olhar, sorriso, etc.) que as ajudaram a descobrir produção de hormônios sexuais, e dá início à ado-
quem era quem. Depois, faça uma lista das principais lescência. Nosso corpo tem órgãos com diferentes
mudanças físicas observadas pelos alunos e lance funções, entre eles as glândulas. Há vários tipos de
uma pergunta: “Por que essas mudanças ocorrem?”. glândula e alguns são responsáveis pela produção de
Registre as ideias iniciais apresentadas por eles. substâncias reguladoras do corpo chamado hormô-
Peça que as demais crianças descrevam as fotos nios. No caso dos hormônios sexuais, eles são pro-
para o aluno com deficiência. Outra possibilidade é duzidos pela gônadas – ovário nas meninas, testícu-
solicitar que levem para a aula roupas e sapatos que los nos meninos. São conhecidos como estrogênio e
usavam quando eram menores. Organize uma roda testosterona, respectivamente. E vão transformando
de observação desses objetos, deixe que o aluno o corpo que antes era de uma criança em um corpo
os manipule e peça que todos falem sobre o quanto adulto”. Após a leitura, converse com os alunos sobre
cresceram desde que deixaram de usá-los. a ação dos hormônios sexuais e estimule-os a imagi-

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nar por que ela ocorre dessa maneira na puberdade.
Lembre-os que é importante se apropriar do vocabu- Avaliação
lário novo para explicar conceitos de Ciências. Peça que os alunos releiam o registro que eles
elaboraram durante a 1ª etapa. Oriente-os a res-
• 4ª etapa ponder novamente a pergunta sobre mudanças
Ofereça gráficos em alto-relevo ou peça que o aluno corporais e compare.
os confeccione junto com o AEE.
Consultoria ELAIE PERES ÁVILA
Apresente aos estudantes gráficos que evi- Revista Nova escola – Especial planos de aula –
denciem o nível médio de hormônios sexuais entre Ciência.
crianças e jovens de 5 a 18 anos, como os mode-
los abaixo, analise-os com os alunos para que eles
percebam que as mudanças corporais da puberdade Sequência didática – Como são feitos
são decorrentes da produção dos hormônios sexuais.
Eles devem notar que o aumento na produção de
os bebês?
hormônio sexual feminino começa mais cedo que o Flexibilidade para deficiência intelectual
do masculino. Lembre-os, contudo, que cada pessoa
tem seu ritmo e que há diferenças entre meninos e Objetivo
meninas quanto à idade em que essa mudança ocor- • Iniciar a discussão sobre o tema da sexualidade hu-
re. Registre, em forma de lista, o que foi discutido. mana, destacando seus aspectos biológicos, sociais
e afetivos.

Conteúdos
Níveis de hormônio
• Diferenças biológicas e sociais entre os gêneros.
• Desenvolvimento humano.
• Concepção e gravidez.
Estrogênio

Tempo estimado
Cinco aulas.

Materiais necessários
Cartolinas de cor clara, giz de cera, folhas de papel
celofane, pedaços de barbante com 40 centímetros
5 10 12 14 16 18
de comprimento cada um, copo, cola, tesoura sem
Idade ponta, relógio e material de pesquisa (livros, revistas
e sites pré-selecionados por você).

Desenvolvimento
• Preparação
Níveis de hormônio
Peça aos alunos que, na próxima aula, tragam
de casa fotografias de famílias em que os irmãos,
os pais e outros parentes apareçam com diferentes
Testosterona

idades (as crianças devem escrever o nome delas no


verso de cada foto).
Para consulta dos alunos em sala, você também
deve selecionar com antecedência alguns livros que
tratem de sexualidade e sejam bem ilustrados.

5 10 12 14 16 18
Idade

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• 1ª etapa • 3ª etapa

Converse com a turma sobre as mudanças que Pergunte: “Como são feitos os bebês?”. Peça
ocorrem com a gente à medida que a idade avan- que os alunos discutam entre si e tentem formular
ça. Enquanto isso, escreva no quadro as alterações hipóteses que expliquem como um bebê vai parar na
corporais que os alunos forem citando. Em seguida, barriga da mãe. O produto dessa discussão deve ser
divida-os em grupo de quatro ou cinco e peça-lhes um desenho feito individualmente. Exponha a pro-
que organizem as fotografias trazidas de casa em dução na sala, torne a formar grupos e incentive-os
ordem cronológica. Feito isso, os integrantes de cada a debater as diferentes hipóteses construídas. En-
grupo devem discutir entre eles as mudanças obser- quanto eles debatem, pergunte-lhes se sabem o que
vadas nas suas fotos e nas dos colegas. Estimule-os a são espermatozoides e óvulo. Deixe-os consultar os
pensar sobre as razões dessas mudanças e em como livros ilustrados e preveja o tempo necessário para
o corpo de cada um estará nos próximos anos. Cabe que todos cheguem às conclusões esperadas.
a você encaminhar a discussão para as alterações Você pode criar uma dupla para o aluno com de-
físicas provocadas pela puberdade. Liste-as no qua- ficiência, colocando-o com um colega sociável e que
dro também e não tenha medo de usar termos desco- tenha mais conhecimento sobre o tema.
nhecidos pelos alunos. Essa é uma oportunidade para
ampliação de vocabulário e apropriação de linguagem • 4ª etapa
científica. Aproveite para explicar as diferenças entre
características sexuais primárias (relacionadas ao Peça que os alunos escrevam em pedaços de
aparelho reprodutor) e secundárias (ligadas à produ- papel, não identificados, uma ou mais dúvidas que
ção de hormônios a partir da puberdade). Distribua os tenham sobre os temas anteriores. Cada aluno deve
livros que você pré-selecionou e deixe que as crianças dobrar o papel com a pergunta e colocá-lo dentro de
consultem suas ilustrações, relacionando-as ao que uma bexiga. Depois de enchido o balão, forme um
foi discutido em sala até aqui. círculo com a turma e estoure-o no centro da roda.
Em seguida, recolha os papeizinhos. Compartilhe
• 2ª etapa com os alunos as questões e selecione algumas para
as crianças discutirem. Se achar conveniente, você
Agora você vai discutir com os alunos as diferen- pode requisitar, nesta etapa, a presença em sala de
ças entre os sexos masculino e feminino, tanto do aula de um especialista ou de um professor mais
ponto de vista físico quanto do social. Peça que eles experiente que você nas questões de sexualidade.
façam um exercício de “faz de conta”, imaginando Faça um convite, por exemplo, a um psicólogo ou um
que ainda estão na barriga da mãe, prestes a nas- psicopedagogo. Explique às crianças que, devido ao
cer. Detalhe: os meninos precisam imaginar que vão grande número de perguntas, vocês poderão voltar às
nascer meninas e vice-versa. As crianças vão achar questões feitas por eles em outras oportunidades no
graça e fazer piadas. decorrer do ano letivo.
Passada a descontração inicial, informe que elas
deverão anotar em uma folha o tipo de atividade que Avaliação
fariam se pertencessem ao sexo oposto. Recolha as
folhas e organize em um quadro os comentários sob Peça aos alunos que elaborem uma redação
os seguintes títulos: “Coisas que meninas fazem”, sobre o tema “Como são feitos os bebês”. Esse texto
estimulando-as a notar que certos itens, embora servirá como avaliação individual (lembre-se de
estejam em uma coluna, poderiam estar nas duas. A que não existe um texto a ser considerado correto),
discussão pode tomar muitos caminhos. mas também permitirá que você tenha uma ideia do
Oriente o aluno quanto à postura que se espera desenvolvimento alcançado pela turma em relação
dele, deixando claro que a situação não passa de ao tema. Analise também a participação das crianças
uma brincadeira. Se houver resistência, atribua-lhe nas atividades de classe e em grupo.
uma tarefa (ser o observador do grupo, por exemplo)
e tente fazer com que ele participe mais nas fases Consultoria PATRICIA BORGES PITA
seguintes. Revista Nova escola – Especial planos de aula – Ciências.

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40a Semana - Grade semanal

1o dia
Semana de avaliação.

2o dia
Semana de avaliação.

3o dia
Semana de avaliação.

4o dia
Semana de avaliação.

5o dia
Livre para atividades complementares da sua turma.

5 second Studio / Shutterstock.com

298

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DINÂMICA PARA TRABALHAR O SOCIOEMOCIONAL

112

NOTA:
A Base Nacional
Comum Curricular
(BNCC) define um
conjunto de compe-
tências gerais, que
serve como um guia
para o aprendizado
das crianças, e que
devem ser desenvol-
vidas de forma inte-
grada ao currículo.

Responsabilidade e cidadania maravilhoso – é o sentimento que vai tornar o outro


importante. O pai e o professor, educadores que são,
O que: Agir pessoal e coletivamente com autono- devem entender que têm uma missão: construir um
mia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e ser humano. Isso somente acontecerá pela obra do
determinação. amor, amor esse que cobra, que é duro, que traz sofri-
Para: Tomar decisões com base em princípios éticos, mento e preocupação, mas, por outro lado, traz muito
democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários. prazer e a realização do ato humano mais criador –
fazer nascer um ser de verdade.
É preciso compreender que, tanto no âmbito familiar
quanto no escolar, deve haver uma relação de afeto, FONTE, Paty. Competências socioemocionais na escola. Rio de
pois é isso que nos ajudará a construir um ser hu- Janeiro: Wak Editora, 2019.
mano psicologicamente saudável. O ato de cuidar é

299

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O pescoço encontra-se situado entre a cabeça
Semana de avaliação x
e o tórax.

Os membros inferiores são formados pelos


Unidade 4 braços, antebraços e pelas mãos.

• O corpo humano Dentro do abdômen, encontramos diversos órgãos,


• O sistema digestório como o estômago, o fígado, os intestinos e os rins.
• Os dentes
• O sistema respiratório Os membros superiores são formados pelos braços,
• O sistema cardiovascular pelos cotovelos, pelos antebraços, pelos pulsos e
• O sistema excretor pelas mãos.
• O sistema endócrino
• O sistema nervoso
3. Explique como acontece o processo da digestão.
1. Responda às perguntas abaixo.
O bolo alimentar é engolido, passa pela faringe, esô-
a. Quais são as partes do corpo que compõem a fago até chegar ao estômago. No estômago, o bolo
cabeça? alimentar se mistura com o suco gástrico, que se
transforma numa pasta chamada quimo. Depois do
As partes do corpo que compõem a cabeça são o estômago, o quimo segue para o intestino delgado, lá
crânio e a face. recebe um banho de outros sucos, com isso, o qui-
mo se transforma numa substância líquida chamada
b. Qual o órgão localizado dentro do crânio que é quilo. Nesta etapa, o sangue absorve, do intestino, os
responsável pela nossa capacidade de pensar? nutrientes, o que sobra vai para o intestino grosso e o
que não serve é eliminado sob forma de fezes.
O órgão responsável pela nossa capacidade de pen-
sar é o cérebro.
4. Responda às questões a seguir referentes ao con-
teúdo estudado.
c. Quais as partes que compõem os membros infe-
riores? a. O que é digestão?

Coxas, joelhos, pernas, tornozelos e pés. É a transformação dos alimentos em partículas pe-
quenas por meio do sistema digestório.

d. Quais são os principais órgãos do tórax? b. Em qual órgão se dá o início da digestão?

Os principais órgãos do tórax são o coração e os Na boca.


pulmões.
c. Quais órgãos produzem:

2. Marque, com x, as afirmativas corretas e corrija as suco pancreático?


erradas.
pâncreas
x É na face que estão os olhos, o nariz e a boca.
bile?
O tornozelo está localizado nos membros fígado
x inferiores.
suco gástrico?
O estômago e os intestinos são os únicos
órgãos localizados no abdômen. estômago

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5. A cárie é um problema ocasionado pela formação f. Onde são produzidas as células do sangue?
de placas bacterianas que causam a deterioração do
dente. Como podemos evitar a formação das placas São produzidas na medula óssea vermelha.
bacterianas?
9. Relacione o órgão à sua função.
Resposta pessoal
A rins C bexiga

6. Marque os órgãos que fazem parte do sistema B ureteres D uretra


respiratório.
C É uma bolsa na qual fica a urina que será eliminada.
x Nariz x Brônquios Coração
D É o canal por onde passa a urina, localizado, na
x Traqueia x Pulmões Esôfago mulher, próximo à vulva e, no homem, no pênis.

x Faringe x Boca x Laringe B São tubos que ligam os rins à bexiga.

7. Descreva como o sistema respiratório se rela- A Neles, o sangue é filtrado, retirando os resíduos
ciona com as funções vitais. tóxicos, que são eliminados na urina.

Resposta pessoal, mas a criança deverá indicar a ne- 10. Complete:


cessidade da respiração como uma das funções vitais
e sua relação com a nutrição porque, assim como os a. Os rins são dois órgãos que têm o formato que
nutrientes obtidos pelo sistema digestório, a absorção lembra grãos de feijão.
do oxigênio e a eliminação do gás carbônico são fun-
damentais para a manutenção da vida dos seres vivos. b. As vias urinárias são o bacinete, os ureteres, a
bexiga e a uretra.
8. Responda.
c. A bexiga é uma espécie de bolsa que armazena a
a. Que sistema é responsável pela circulação do urina até o momento de ser eliminada.
sangue?
11. Falando das glândulas hormonais, qual é a dife-
Sistema cardiovascular. rença entre o corpo feminino e o masculino?

b. O que forma esse sistema? A presença das glândulas: testículos nos homens e
ovários nas mulheres.
O coração, os vasos sanguíneos e o sangue.

c. Onde ocorrem a troca de nutrientes e a eliminação


dos resíduos? 12. O que são?

Ocorrem nos vasos capilares.


Atos voluntários

d. Quais os vasos que transportam o sangue do co-


ração para todo o corpo? São atos que dependem da nossa vontade.

As artérias.
Atos involuntários
e. Qual é a parte do sangue que realiza a defesa do
nosso corpo contra as infecções?
São atos que não dependem da nossa vontade.
Glóbulos brancos, ou leucócitos.

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Fundamentação
“O professor não pode viver em um inferno emocio- Nova Escola Box: Como lidar com situações estres-
nal sozinho” santes que vão aparecer inevitavelmente em sala
de aula?
Marilda Lipp, diretora-presidente do Centro Psico-
lógico do Controle do Stress, fala sobre ansiedade Marilda Lipp: Há dois tipos de medida que o pro-
entre os docentes e alerta: é preciso procurar ajuda. fessor pode tomar. A primeira é de base fisiológica:
o exercício de respiração profunda e relaxamento.
Por Flavia Nogueira Há uma correspondência perfeita entre a mente e
o corpo neste aspecto de tensão. Então, a primeira
"O professor está vivenciando uma época de coisa que pode fazer para reduzir o mal-estar é uma
grande dificuldade", aponta a especialista em es- respiração profunda, várias vezes, que envolva todo o
tresse, Marilda Lipp. pulmão, não só a parte superior. A respiração ofe-
A ansiedade e o estresse não são problemas res- gante, aquela superficial, não possibilita o envio de
tritos ao magistério, mas são muito prevalentes entre oxigênio para a cérebro em proporções adequadas.
os profissionais de Educação, afirma Marilda Lipp, Consequentemente, o professor tem uma ansiedade
cientista, psicóloga e diretora fundadora do Centro maior. Isso já faz com que o professor se acalme um
Psicológico de Controle do Stress. Autora de vários pouquinho, mas não é suficiente.
livros sobre o tema, em entrevista à NOVA ESCOLA
BOX, ela alerta: professoras e professores não podem Além da parte fisiológica, existe o fator cognitivo, que
viver em um inferno emocional sozinhos. Saber pedir é o professor ter um pensamento que leve a reações
ajuda é, portanto, essencial. mais adequadas, mais positivas. Em vez de dizer
“A ansiedade tem uma base real, não é uma coisa para si “que coisa horrível, esse aluno não me obede-
fictícia, e o professor não está imaginando proble- ce, não sei o que fazer, não queria estar aqui”, é pre-
mas. Ele está vivenciando uma época de grande ciso reformular o pensamento e pensar “essa criança
dificuldade”, afirma. precisa de ajuda, eu sei que estou nervoso, por causa
De acordo com a psicóloga, as professoras disso estou ansioso, mas estou aqui é para educar, é
encontram no cotidiano situações em que precisam um estágio do desenvolvimento dessa criança e vou
impor disciplina em sala de aula, mas, ao mesmo atuar para melhorar a situação”.
tempo, é preciso equilibrar as demandas por liberda-
de por parte dos alunos e a questão da falta de impo-
sição de limites por parte de alguns pais. E isso sem
falar nas mudanças rápidas de valores da sociedade,
a evolução tecnológica e as questões financeiras
(como o salário baixo, por exemplo) e de infraestrutu-
ra das escolas. Saiba mais na entrevista abaixo:

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NEBOX: É como uma virada de chave cognitiva? ou o professor] tem taquicardia, tensão muscular
levando a dores lombares, pois isso é muito comum.
ML: Exatamente. Mudar o pensamento é uma coi- Também dificuldades com a fala. Às vezes a ansie-
sa muito importante para o professor fazer. Se ele dade só se manifesta na dificuldade no falar, que é
tentar dar uma guinada nesse pensamento negativo uma ferramenta do professor. Nessas horas, tem de
e, ao mesmo tempo, puder fazer os exercícios de procurar ajuda. Não pode viver em um inferno emo-
respiração profunda, vai melhorar muito mesmo em cional sozinho.
sala de aula.
Hoje, há várias clínicas que até atendem com um
valor bem módico. Porque, convenhamos, o professor
NEBOX: E fora da sala de aula? Como reconhecer o não vai poder pagar uma terapia caríssima. Mas ele
problema e pedir ajuda? pode procurar, por exemplo, a clínica-escola, muitas
faculdades oferecem um trabalho de conscientização
ML: É muito importante identificar que seu próprio social e realmente tentam cobrar um valor mínimo
recurso já não é suficiente, que tem de ter ajuda. do professor. Aqui mesmo, na região de Campinas
Obviamente, ter ansiedade de vez em quando é [interior de São Paulo], no meu instituto, nós temos
perfeitamente normal. Mas, se está tendo ansiedade
todo dia, se é uma coisa persistente, se está perden-
do o entusiasmo pelo que está acontecendo ao re-
dor, pela função dele, precisaria pensar em procurar
discutir esse assunto com um profissional da área,
um psicólogo. Além disso, pode ver se [a professora

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um programa de responsabilidade social, atendemos NEBOX: Se o professor prefere ignorar os sinais de aler-
não só professores, mas qualquer pessoa da comu- ta, ao que a família deve prestar atenção? Existe algum
nidade que não possa pagar a terapia, que pague um sinal que as pessoas que convivem com o professor
mínimo, às vezes uns R$ 20 por consulta. Existem conseguem notar e, caso afirmativo, é melhor tentar
essas opções, mas o professor tem de procurar. Ele fazer alguma coisa ou isso pode piorar a situação?
não pode se entregar ao desespero e não fazer nada.
ML: É muito bom e muito útil quando a família pode
NEBOX: Existe algum tipo de progressão dos proble- dar apoio. Se a família nota que a pessoa tem mudan-
mas? Algo que começa como estresse, pode se agra- ça de comportamento, mudança de humor, uma pes-
var e se transformar em algo mais grave, burnout, soa que vibrava, que estava alegre, participava da vida
ansiedade ou até depressão? e agora está muito para baixo, não quer sair muito, não
quer conversar, está com aquela aparência de triste-
ML: Começa com o estresse. A ansiedade desenvol- za no rosto, isso são sinais de que a pessoa não está
ve-se como parte do quadro de estresse. E o burnout bem. E aí é bom a família dar apoio, conversar, ver de
é mais ligado ao trabalho mesmo, à profissão. A pes- onde está vindo a angústia dessa pessoa, verificar se
soa pode ter burnout no trabalho e uma vida razoa- pode oferecer algum tipo de divertimento, sair, passear,
velmente boa fora do ambiente de trabalho. conversar. Às vezes, só de falar a pessoa já melhora.

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