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1 TENsAo Opjetivos po CapiruLo Neste capitulo revisaremos alguns principios impor- {antes da estatica e mostraremos como eles so usados para determinar os esforcos internos resultantes em um corpo. Serio introduzidos ainda os conceitos de tensio normal ¢ tensio de cisalhamento e discutiremos apli- cages especificas da anilise e do projeto de elementos submetidos a carga axial ou a cisalhamento. 1.1 Intropucaéo A resisténcia dos materiais € um ramo da mecinica que estuda as relagdes entre cargas externas aplicadas a um corpo deformavel e a intensidade das forcas internas que atuam dentro do corpo, Esse assunto abrange tam, bem 0 caleulo da deformacdo do corpo ¢ 0 estudo da sua estabilidade, quando ele esta submetido a forcas externas, No projeto de qualquer estrutura ou maquina é necessatio primeiro usar os principios da estética para determinar as forgas que atuam tanto sobre como no interior de seus varios membros. As dimensdes dos elementos, sua deflexao e sua estabilidade dependem no s6 das cargas internas como também do tipo de material do qual esses elementos sio feitos. Assim, a determinagdo precisa © a compreensio do com- — Osparafuce usados no acoplamento desta exraua meter eto portamento do material sto de vital importancia para 0 desenvolvimento das equagdes usadas na resistencia dos materiais. Observe que muitas formulas e procedi- mentos de projeto, definidos nas normas da engenharia e usados na pritica, baseiam-se nos fundamentos da resistencia dos materiais ¢, por essa razdo, comprecnder os prinefpios dessa matéria € muito importante. submetidos a tensa. Neste captiulo diseuiremos como as enge: ‘theiros projetam wis acoplamentose suas amarracées. Evolugio Historica. A origem da resistencia dos materiais remonta ao inicio do século XVII, época em que Galileu realizou experiéncias para estudar os efeitos de cargas em hastes e vigas feitas de varios matcriais, Entretanto, para a compreenstio adequada, foi necessario estabelecer descrigSes experimentais pre- cisas das propriedades mecinicas de um material. Os métodos para tais descrigoes foram consideravelmente methorados no inicio do século XVIII. Naquela época, estudos sobre 0 assunto, tanto experimentais como tedricos, foram realizados, principalmente na Franga, por notdveis como Saint-Venant, Poisson, Lamé e Nayier. Como seus estudos bascavam-se em aplicagdes da mecéinica a corpos ma- teriais, eles denominaram esses estudos ‘resisténcia dos materiais’. Atualmente, no entanto, referimo-nos a cles como ‘mecinica de corpos deformaveis’ ou sim. plesmente ‘meciinica dos materiais’, 2. Resisréncia pos MArERIAIs Muitos elementos de miéquina sto ‘acoplados por pino a fim de permite rotagdo livre nos seus acoplamentos Eset apoios exercam umn forga sobre Com o passar do tempo, depois que muitos dos problemas fundamentais da resisténcia dos materiais foram resolvidos, tornow-se necessério usar técnicas de matematica avangada e de computador para resolver problemas mais complexos. Como resultado, essa matéria ampliou-se para outras disciplinas de mecfnica avangada, tais como a teoria da elasticidade ¢ a teoria da plasticidade. ‘A pesquisa nesses campos esti em andamento nao s6 para satisfazer a demanda pela resolugio de problemas avangados de engenkaria, como também para jus- tificar 0 uso mais amplo ¢ as limitagdes em que a teoria fundamental da resisténcia dos materiais é baseada. 1.2 Equitisrio pe uM Corpo DrrorMAvEL Como a estética desempenha um papel relevante tanto no desenvolvimento como na aplicagio da resisténcia dos materiais, é muito importante ter uma boa comprecnsio de seus fundamentos. Por essa razo, revisaremos alguns dos principais fundamentos da estitica que sero usados ao longo de todo o texto. Forgas Externas. Um corpo pode ser submetido a diversos tipos de cargas externas; entretanto, qualquer uma delas pode ser classificada como forga de superficie ou como forga de corpo (Figura 1.1), Forcas de Superficie. Como o nome indica, as forcas de superficie sio causadas pelo contato direto de um corpo com a superficie de outro. Em todos os casos esas forgas sdo distribuidas pela drea de contato entre os corpos. Se essa area for pequena em comparagao com o total da érea da superficie do corpo, entio 1 forga de superficie pode ser imaginada como uma tinica fora concentrada, aplicada em um ponto do corpo. Por exemplo, a forga do solo sobre as rodas ‘de uma bicicleta pode ser considerada uma forga concentrada quando se estuda a carga na bicicleta. Se a carga na superticie for aplicada ao longo de uma area estreita, a carga pode ser imaginada como uma carga linear distribuida, w(s) ‘Aquia carga é medida como tendo uma intensidade de forga /comprimento a0 longo da dtea e € representada graficamente por uma série de setas ao longo da reta s. A forca resultante de w(s), Fr, equivale a area sob a curva de distribuigao da carga, e sua resultante atua no centréide C ou centro geo- métrico dessa Grea. A carga ao longo do comprimento de uma viga € um exemplo tipico em que essa idealizagao é freqiientemente aplicada, Forca de Corpo. Desenvolve-se uma forga de corpo quanclo um corpo exerce ‘uma forga sobre outro sem contato fisico direto entre eles. Os exemplos incluem os efeitos causados pela gravidade da Terra ou seu campo eletromagnético. ‘Apesar de as forgas de corpo afetarem cada uma das particulas que compdem tal corpo, essas forgas so representadas normalmente por uma tinica forca concentrada que atua sobre 0 corpo. No caso da gravidade, essa forga é chamada peso do corpo e atua no centro de gravidade desse corpo. Reagdes do Apoio. As forgas de superficie que se desenvolvem nos apoios ou pontos de contato entre corpos so chamadas reagdes. Nos problemas bi- dimensionais, ou seja, corpos submetidos a sistemas de forgas coplanares, os apoios mais encontrados so os mostrados na Tabela 1.1. Observe cuidado- samente o simbolo usado para representar cada apoio € 0 tipo de reago que ele exerce sobre o elemento em contato com ele, Em geral, pode-se determinar 0 tipo de reagao do apoio imaginando o elemento a ele acoplado como sendo transladado ou girado em uma diregdo em particular. Se @ apoio impede a translagao em dada diregao, entao deve ser desenvolvida uma forca naquela diregao. Da mesma forma, se a rotacao for impedida, deve ser aplicado um conjugado sobre o elemento. Por exemplo, um apoio de rolete somente impede fa translagio na diregio do contato, perpendicular ou normal a superficie Tipo de acoplanento fi Tipo de acoplamento rm * _ | |e Uma incognita: F Pino inteme Uma incdignita F Bngaste Tabela 1 Portanto, o rolete exerce uma forga normal F sobre o elemento no ponto de contato. Como 0 elemento pode girar livremente em torno do rolete, nao pode ser desenvolvido no elemento um conjugado. Equag6es de Equilibrio. O equilibrio de um corpo requer tanto 0 equilibrio de forgas, para evitar que 0 corpo sofra translagio ou tenha movimento acelerado ao longo de uma trajetoria retitinea ou curvilinea, como o equilibrio de momentos, pata evitar a rotacdo do corpo. Essas condigSes podem ser expressas matematicamente por duas equagdes vetoriais. [ar -0 LL EM, = 0 | oy Nesse caso, ZF representa a soma de todas as forgas que atuam sobre 0 corpo, e YMo € a soma dos momentos de todas as forgas em relagio a um ponto qualquer O tanto sobre 0 corpo como fora dele. Se for estabelecido um sistema de coordenadas x, y, z com origem no ponto O, os vetores forga € momento podem ser decompostos em componentes ao longo dos eixos de coordenadas, e as duas equagdcs anteriores podem ser escritas em forma escalar, como seis equagdes, que so as seguintes: (3-0 3h, =0 3R=0 0 EF a2) | ZM,=0 EM,=0 EM, =0 Na prética da engenharia, em geral, a carga sobre um corpo pode ser representada como um sistema coplanar de forcas. Se esse for 0 caso ¢ as forgas se localizarem no plano xy, entdo as condigdes do equilforio do corpo podem ser especificadas por apenas trés equagdes escalares de equilibrio. Ou seja: SF, =0 | BF, =0 a3) =Mo=0 us inosgnitas:F, a Daas incognitas FF . we Tits incdgaias: FF, M 4 ResisreNcIA Dos MATERIAIS © [Nese caso, se 0 ponto O for a origem das coordenadas, entio os momentos sertio sempre direcionados ao longo do eixo de z, que é perpendicular ao plano que contém as forgas. ‘A aplicagio, com sucesso, das equagdes de equilfbrio requer a especificagio completa de todas as forgas conhecidas e desconhecidas que atuam sobre 0 corpo. A melhor maneira de considerar essas forcas € desenhar o diagrama de corpo livre. Obviamente, se 0 diagrama de corpo livre for desenhado correta- ‘mente, os efeitos de todas as forcas e conjugados aplicados serao considerados quando as equagdes de equilfbrio forem escritas. By ¥ sesie Wy P F, % ®, @ © oso by “tf i giana Mant r © Figura 1.2 Carga interna resultante. Uma das aplicagdes mais importantes da estatica na anélise dos problemas de resisténcia dos materiais ¢ ser capaz de determinar a forca resultante e 0 momento em que atuam no interior do corpo, necessirios para manter 0 corpo unido quando submetido a cargas externas. Por exemplo, consideremos o corpo mostrado na Figura 1.2, mantido em equilfbri por quatro forcas externas.' A fim de determinar as cargas internas que atuam em uma regitio especifica no interior do corpo, € necessério usar 0 método das segdes. Esse método requer que seja feita uma segio ou ‘corte’ através da regio ‘em que as cargas internas devem ser determinadas. As duas partes do corpo fio entio separadas,¢ 0 diagrama de corpo livre de uma das partes 6 desenhado (Figura 1.2). Nele, pode-se verificar que realmente hé uma distribuigdo de forga interna atuando na drea ‘exposta’ da segio. Essas forgas representam os efeitos do material da parte superior do corpo atuando sobre o material adjacente da parte inferior. TO peso do corpo nifo & mostrado, visto que é muito reduzido e, portant, desprezivel em com- ‘paragio com as outras foreas. Apesar de a distribuigao exata da carga interna ser desconhecida, podemos usar as equagbes de equilfbrio para relacionar as forcas externas sobre 0 corpo a forca resultante Fx © 0 momento Mg, em qualquer ponto especifico O da rea secionada (Figura 1.2c). Observe que Fx atua no ponto O, apesar de seu valor calculado ser independente da localizagao desse ponto. Por outro lado, Mg, depende dessa localizaco, uma vez que os bragos do momento devem de O para a reta de agao de cada forga externa no diagrama de corpo livre. Veremos mais adiante que o ponto O é mais comumente escolhido como centréide da area secionada; assim, escolheremos sempre essa localizagaio para O, a menos que se informe o contrario. Além disso, se o elemento for comprido ¢ estreito, como no caso de uma haste ou viga, a seco considerada € geralmente perpendicular ao eixo longitudinal do clemento. Essa segdo & denominada se¢do transversal. Trés Dimensdes. Mais adiante mostraremos como relacionar as cargas resul- tantes Ex ¢ My, com a distribuigdo de forcas na trea secionada e desenvolver entao equagdes para serem usadas na andlise e no projeto, Para tal, entretanto, devem ser considerados os componentes de Fy ¢ Mg, que atuam tanto normal ou perpendicularmente a drea secionada como no plano da drea (Figura 1.24). So definidos quatro tipos diferentes de cargas resultantes, como segue: Forca Normal, N. Essa forca atua perpendicularmente a area. E criada sempre que as forgas externas tendem a empurrar ou puxar as duas partes do corpo. Forca de Cisalhamento,V. A forca de cisalhamento localiza-se no plano da Grea e € criada quando as cargas externas tendem a provocar 0 deslizamento das duas partes do corpo, uma sobre a outra, Momento de Torcdo ou Torque, 'T. Esse efeito é criado quando as cargas externas tendem a toreer uma parte do corpo em relagdo a outra. Momento Fletor, M._O momento fletor & provocado pelas cargas externas que tendem a fletir 0 corpo em relagdo ao eixo localizado no plano da area Observe que a representagio gréfica do momento ou torque é mostrada em trés dimensdes como um vetor associado a uma rotacio, Pela regra da mao direita, 0 polegar indica o sentido da flecha do vetor ¢ os outros dedos indicam a tendéncia da rotagdo (torcao ou flexdo). Em um sistema de coordenadas x, y.%, cada umas das cargas apresentadas é determinada dirctamente pelas seis equagoes de equilibrio aplicadas a qualquer segmento do corpo. Cargas Coplanares. Se 0 corpo estiver submetido a um sistema de forcas coplanares (Figura 1.3a), entao existirio na segio apenas os componentes de forca normal, de cisalhamento ¢ momento fletor (Figura 1.35). Se usarmos os eixos de coordenadas x, y, z, com origem definida no ponto O, como mostrado no segmento da esquerda, entao uma solugao direta para N é obtida aplicando- se 3 F, = 0, e V € obtida diretamente de 3 F, = 0. Finalmente, 0 momento fletor Mo 6 determinado diretamente pela soma dos momentos em torno do ponto O (cixo do z), ¥ Mo = 0, fim de eliminar os momentos provocados pelas incdgnitas N e V. ry seco ly Mo Momento Aetor Opp es N ” — Fora oy Cap. TENSAO 5 A fim de projetar os elementos daextru- tra do pri, antes € necessrio deter ‘minar as cages internas de diversos Pontos ao longo de seu comprimenta Forga de cisathamento © ResIsTeNciA Dos MATERIAIS Pontos IMPORTANTES + Resistencia dos materiais é o estudo da relagdo entre as cargas externas que atuam em um corpo ¢ a intensidade das cargas internas no interior desse corpo. As forgas externas podem ser aplicadas a um corpo como cargas de superficie distribuidas ou concentradas ou como forgas de corpo que atuam em todo o volume do corpo. ‘= Cargas lineares distribuidas produzem uma forca resultante com grandeza igual & drea sob o diagrama de carga e com localizacao que passa pelo centrdide dessa area. + Um apoio produz uma forga em uma diregio particular sobre seu elemento acoplado, se ele impedir a translagio do elemento naquela diregio, ¢ produz momento bindrio no elemento se impedir a rotacdo. # As equagdes de equilibrio 3 F = 0 ¢ XM = 0 devem ser satisfeitas a fim de impedir que o corpo se translade ‘com movimento acelerado e que tenha rotagio. © Quando se aplicam as equagées de equilibrio, é importante primeiro desenhar 0 diagrama de corpo livre do corpo a fim de considerar todos os termos das equagoes. = O método das segdes é usado para determinar as cargas internas resultantes que atuam sobre a superficie do corpo secionado. Em geral, essas resultantes consistem em uma forga normal, uma forca de cisalhamento, um ‘momento de torgo € um momento fletor. PROCEDIMENTO DE ANALISE © método das segdes € usado para determinar a resultante das eargas internas em um ponto localizado na s de um corpo. A aplicagio do método das segdes requer os seguintes passos para obter {ais resultantes. Reacées dos Apoios * Decidir primeiro qual segmento do coxpo sera considerado. Se esse segmento tiver um apoio ou elemento de ligagdo com outro corpo (tipo rétula), entao antes de secionar 0 corpo ser necessdrio determinar as rages que atuam sobre o segmento eseolhido. Desenhar o diagrama de corpo livre de todo o corpo e aplicar entio as, equagies de equilibrio requeridas para obter as reagdes que agem no segmento escolhido. Diagrama de Corpo Livre + Manter todas as cargas externas distribufdas, momentos bindrios, torques ¢ forgas que atuam sobre o corpo em suas localizagdes exatas; tragar entao uma segao imaginaria através do corpo no ponto em que a resultante das ccargas internas sera determinada. + Seo corpo representa o elemento de uma estrutura ou dispositive mecdnico, a segao é,em geral, perpendicular a0 eixo longitudinal do elemento. © Desenhar o diagrama de corpo livre de um dos segmentos ‘cortados’, indicando as resultantes desconhecidas N, V, Me T na secao. Essas resultantes normalmente siio colocadas no ponto que representa o centro geo~ métrico ou centrdide da area secionada. ‘+ Seo clemento esté submetido a um sistema de forgas coplanares, somente N, V e M atuam sobre 0 centroide. + Definir 05 eixos de coordenadas x, y, 2 com origem no centrdide & mostrar os componentes da resultante que atuam a0 longo dos eixos. Equagies de Equilibrio © Os momentos em torno de cada eixo de coordenadas, na secdo em que as resultantes atuam, devem ser soma- dos; assim, é possivel eliminar as forgas desconhecidas Ne V, permitindo uma solugao direta de M (¢ T). + Sea solugiio das equagses de equilibrio resulta em valor negativo para uma resultante, 0 sentido de diregito da resultante adotado no diagrama de corpo livre 6 oposto ao sentido mostrado no caso real Cap.1 TENSAO 7 Os exemplos a seguir ilustram esse procedimento numericamente, além de revisar alguns prinefpios importantes da estatica EXEMPLO 1,1 Determinar a resultante das cargas internas que atuam na segao transversal em C da viga mostrada na Figura 14a, m0N Reagées dos Apoios, O problema pode ser resolvido de maneita mais direta, considerando-se 0 segmento CB da viga, uma vez que nao é necessario calcular as reagoes do apoio A. Diagrama de Corpo Livre. Tragando uma segao imaginéria perpendicular 0 eixo longitudinal da viga, obtém-se o diagrama de corpo livre do segmento CB mostrado na Figura 1.4b. F importante manter a carga distribuida tamente onde se encontra no segmento, mesmo apds o secionamento ser feito, $6 entio essa carga deve ser substituida por sua forga concentrada equivalente. Observe que a intensidade da carga distribufda em C é determi- nada por proporgio, isto é, a partir da Figura 14a, 1/6 m = (270 N/m)/9 m, ) w = 180 N/m. A intensidade da resultante da carga distribufda ¢ igual & rea sob a curva de carregamento (triangulo) e atua sobre 0 centréide dessa rea, Assim, F = }(180 N/m)(6m) = 540N, que atua a 1/3(6m) = 2m de C como mostrado na Figura 1.4b. Equacdes de Equilibrio, Aplicando as equagées de equilibrio, temos: Sy R=0; =Ne=0 Resposta +t KF, =0; Resposta SMe Me ~ 540. Nm) Me = =1.080 N+ m Resposia O sinal negativo indica que Mc atua em sentido oposto aquele mostrado no diagrama de corpo livre (que foi adotado). Tente resolver o problema usando © segmento AC, determinando primeiro as reagdes do apoio A, as quais sio dadas na Figura 1.4e. SSS EXEMPLO 1,2 ee Determinar a resultante das cargas internas que atuam na segéo transversal em C do eixo de méquina mostrado na Figura 1.5a. O cixo € apoiado por rolamentos em A e B, que exercem apenas forgas verticais sobre ele. 8 Resistencia Dos MATERIAIS [~ 200 mm —- f 0mm ® 975 2sN (800 N/09(0,150 m) = 120 © 7 : i 7 on * 0278 m9 135 mo. 4 4, © 25N i od 50 mm Figura 15 SOLUCAO Resolveremos 0 problema usando o segmento AC do eixo, Reagoes dos Apoios. A Figura 1.5b mostra o diagrama de corpo livre do eixo todo. Como devemos considerar $6 0 segmento AC, apenas a reagéio em A precisa ser calculada. Por qué? (hE Mg = 0; —A,(0,400 m) +120 N(0,125 m) — 225 N(0,100 m) = 0 A, = -18,75N O sinal negativo de A, indica que A, atua no sentido contrdrio a0 adotado no diagrama de corpo livre, Diagrama de Corpo Livre. ‘Tragando-se uma seco imaginéria perpen- dicular & linha de centro do eixo que passa por C, obtém-se o diagrama de corpo livre do segmento AC mostrado na Figura 1.Se. Equacoes de Equilibrio 4S HE Fy Ne=0 Resposta ~18,15 N - 40N = Vo=0 Ve = -588N Resposta (FE Mc = 0: Mc-+40 N(0,025 m)+18,75 N(0,250 m) = 0 Me = ~5,69 Nm Resposta © que indicam os sinais negativos de Vee Mc? Como exercicio, caleular a reagio em B e tentar obter os mesmos resultados apresentados para o segmento CBD do cixo. EEX EMP LO 1,3 eee © guindaste da Figura 1.6a consiste na viga AB, das roldanas acopladas, do cabo ¢ do motor. Determinar a resultante das cargas internas que atuam na segao transversal em C se o motor levanta a carga W de 500 Ib com velocidade constante. Desprezar 0 peso das roldanas ¢ da viga. capt TeNsAo 9 O56 S000 “St f Me seh, » SOLUCAO. A maneira mais direta de resolver o problema é secionar 0 cabo e a viga, em Ce considerar entéo todo 0 segmento esquerdo. Diagrama de Corpo Livre. Ver a Figura 1.6b, Equacoes de Equilibrio SER=0; S00 Ib + Nco=0 Ne = —500Ib Resposta ATER, =0; -500Ib —Ve=0 Vo ~S00 Ib Resposta (FEMe=0; 500 1b(4,5 pés) ~ 500 1b(0,5 pé) + Me =0 Me = ~2.000 Ib - pés Resposta Como exercicio, tentar obter esses mesmos resultados considerando apenas o segmento AC da viga, ou seja, retirar da viga a roldana Ae mostrar ‘0s componentes da forga de 500 Ib da roldana que atuam sobre o segmento AC da viga. Esse problema também pode ser solucionado determinando-se primeiro as reagdes em B (B, = 0, B, = 1.000 Ib, My = 7.000 Ib - pés) e considerando-se entio o segmento CB. EXEMPLO 1.4 Determinar a resultante das cargas internas que atuam na secdo transversal em G da viga de madeira mostrada na Figura 1.7a. Supor que as artic A,B,C, e E sejam acopladas por pinos. Fae = 6.20016 ernest + orexato ne) =9000 —_— Figura 1.7 SOLUCAO Reacoes dos Apoios. Consideraremos para a anslise 0 segmento AG. O diagrama de corpo livre para toda a estrutura 6 mostrado na Figura 7b. Confirmar as reagdes calculadas em Ee C. Observar, em particular, que BC é 10. ResisréNcia pos MArERIAIS tum elemento de duas forcas, visto que apenas duas forgas (horizontais) atuam 1 cao sobre ele, Por essa razto a reagio em C deve ser horizontal, como mostrado JA Como BA e BD também slo elementos de duas foreas, 0 diagrama de ZA corpo livre da atticulagio B € 0 mostrado na Figura 1.7e, Confirmar as t intensidades caleuladas das foreas Fa € Feo F401 Diagrama de Corpo Livre. Usando 0 resultado de Fza, a segdo esquerda © ‘AG da viga € mostrada na Figura 1,7d. Equagies de Equilibrio. sco 22501 ER =0; 7.750 Ib() + Ng =0 No = ~6.2001b Resposta f 4+T2F,=0; — —1.5001b + 7.750 1b@) -Vo = 0 wea ape Vo = 3.150 Ib Resposta Fame (FE Mg = 0; Mg ~ (7.750 pés)()(2 pés) + 1.500 1b(2 pés) = 0 wo Mg = 6.300 Ib- pés Resposta Figura 1.7 Caleular, como exercicio, os mesmos resultados usando 0 segmento GE EXEMPLO 1,50 eee Determinar a resultante das cargas internas que atuam na segao transversal ‘em B do tubo mostrado na Figura 18a. O tubo tem massa de 2 kg/m e est submetido a uma fora de 50 Ne um conjugado de 70.N - mem sua extremidade ‘A.O tubo esté fixado a parede em C. > SOLUCAO problema pode ser resolvido considerando-se 0 segmento AB que nao enyolve as reagdes do apoio C. Diagrama de Corpo Livre. Os eixos x,y, z Sio definidos em B,e 0 diagrama de corpo livre do segmento AB é mostrado na Figura 1.85. Suponha que a forca resultante e 0s componentes do momento na segao atuem nas diregdes positivas das coordenadas e passem pelo centréide da secao transversal da area em B. peso de cada segmento do tubo ¢ calculado como segue: Woo = (2 ke/m)(0,S m)(9,81 N/kg) = 9,81. Wap = (2 ke/m)(1,25 m)(9,81 N/kg) = 24,525 N Essas forgas atuam sobre 0 centro de gravidade de cada segmento. Eqnagoes dle Equilibrio, Aplicando as seis equagdes escalares de equilbrio, temos: ER =O; (Fa)e=0 Resposta © EF =0; (Fx), = 0 Resposta Figura 18 SF.=0; (Fp), 9,81 N ~ 24,525 N - SON = 0 (Fy), = 43N Resposta 3(Mp)z = 0; (My), + 70N-m ~ SO.N(OS m) ~ 24,525 N(0,5 m) = 981 N(0,25 m) = 0 (Mp). = -30,3N-m Resposta © A inensidade do momento em torno de um eixo ¢ igual 3 intensidade da forga multplicada pela distancia perpendicular do eixo& inka de agio da forga. A direqdo do momento é determinada usando-se a Fegra da mio direita, com momentos positives (polegar) direcionados ao longo dox cixos de coordenadas positivos. capt TENSAO 11 2(Mp)y = 0; (Mg), + 24,525 N(0,625 m) + SO N(1,25 m) = 0 (Mp), = -778N +m 0 2(Ma). = 0; (Mz). Resposta Resposta (© que indicam os sinais negativos de (Mz), ¢ (My),'? Observe que a forga normal € Ng = (Fs)y = VF (843) = TISN*m,e © momento Mletor 6 My | enquanto a forga de cisalhamento é V_ = 84,3 N. Além disso, 0 momento de torgio é Ty = (Mz)y = V@03) + (OF = 303N-m. L PROBLEMAS 1.1, Determinar o torque da resultante interna que atua nas seg0es transversais nos pontos B eC. Problema 1.1 1.2. Uma forga de 80 N 6 suportada pelo suporte como, mostrado. Determinar a resultante das cargas internas que atuam na seco que passa pelo ponto A, hel Problema 1.2 1.3. A viga AB esté presa na parede ¢ tem peso uniforme de 80 Ib/pé. Se 0 carrinho suporta uma carga de 1.500 Ib, determinar a resultante das cargas internas que atuam nas segdes transversais dos pontos C ¢ D. opto 100m Problema 1.3 °14, Determinar 0 torque da resultante interna que atua nas segGes transversais dos pontos C e 1 do eixo. O eixo est fixado em B. fod Problema 14 1.5. A viga suporta a carga distribulda mostrada, Deter minar a carga interna resultante na segio transversal que passa pelo ponto C. Suponlia que as reagdes nos apoios A e B sejam verticais, 1.6. A viga suporta a carga distibuida mostrada. Determi- nar a carga interna resultante nas segdes transversais que passam pelos pontos D ¢ E. Assumir que as reagdes nos apoios Ae B sejam verticais. sie ne 4 [el elat aia Problemas 18746 1.7. Determinar a carga interna resultante na segdo trans- versal que passa pelo ponto D no elemento AB. “18. Determinar a carga interna resultante nas sogdes transversais que passam pelos pontos E e F do conjunto, sam/ oer S| O80 dsm osm Problemas 1.7/1.8 12. ResistéNcia Dos MATERIAIS 19. A lana DF do guindaste giratorio a coluna DE tem peso uniforme de 50 Ibjpé. Se o guindaste e a carga pesam 300 Ib, determinar a carga interna resultante nas secOes is que passam pelos pontos A, B ¢ C do guindaste. Problema 19) Determinar a carga interna resultante que atua na segdo transversal no ponto C.A unidade de refrigeragio tem peso total de 52 kip ¢ centro de gravidade no ponto G. Fr 4 Pouistema 110 a. segio transversal no ponto B. co tine 12 pe Problem 1.11 1.12. em A, € as garras em B sto sas 1.13. Determinar a carga interna resultante na segdo transversal que passa pelo ponto D do alicate. Determinar a carga interna resultante que atua na Determinar a carga interna resultante na segio transversal que passa pelo ponto C do alicate. H um pino Problems 112/113 114. A carga de 800 Ib é levantada com velocidade constante por meio do motor M, que tem peso de 90 Ib. Determinar a carga interna resultante que atua na segdo transversal que passa pelo ponto B da viga. A viga tem peso de 40 Ibjpé e esté presa & parede em A LAS. Determinar a resultante das cargas internas que atuam, nas Segdes transversais que passam pelos pontos Ce D da vviga do Problema 1.14 . ra 1S pe 4 Fete ttt Lana 16. Determinar a forga normal, a forca de cisalhamento e ‘© momento na seco que passa pelo ponto C. Usar P = 8 KN. 116 Problem 1.17. 0 cabo arrebenta quando submetido a uma forga de 2 KN. Determinar a maior carga vertical P que a estratura suporta e caleular a forga normal interna, a forga de cisalha- mento © © momento na segao transversal que passa pelo ponto C para aquela carga. ——— 075m Problema 1.17 118. gancho ¢ usado para apoiar o cabo do andaime na lateral de um prédio. Supondo que ele consista em uma haste lisa que esté em contato com o parapeito de uma parede nos pontos A, B ¢ C, determinar a forga normal, a forga de cisa Thamento e © momento nas segdes transversais que passam pelos pontos De E 18kN Problema 118 1.19. A mesinha Tusada em um avito ¢ apoiada em cada lado or um braco. A mesinha € acoplada ao brago em A por um Pino e em B hé um pino Tiso, (O pino move-se em um rasgo ‘nos bragos para permitir dobrar a mesinha na frente do ppassageiro quando nao estiver em uso.) Determinar a resultante das cargas intetnas que atuam na segdo transversal que passa pelo ponto Cdo brago quando este suporta as cargas mostradas, BN soe am o sav * G Me x Problema 1.19 £1.20. A prensa manual de metal esté submetida a uma forga de 120 N na extremidade do cabo, Determinar a capi TENSAO 13 intensidade da forga de reagio no pino A e no clo BC. Determinar também a resultante das cargas internas que ‘atuam na segio transversal que passa pelo ponte D do cabo. 121. Resolver o Problema 1.20 para a segiio transversal no Ponto E do cabo e na segio transversal do elo BC. a9 Problemas 1.20/1.21 1.22, Determinar a resultante das cargas internas nas seqdes transversais que passam pelos pontos De E, O ponto FE localiza-se a direita da carga de 3 kip. kip 1 skins Problema 1.22 1.23. Determinar a resultante das cargas internas que atuam sobre a seedo a-a que passa pelo centréide 123 *1.24, A estrutura do poste de energia suporta tis linhas, cada uma exercendo uma forga de 800 Ib nus escoras, Supondo que as escoras estejam acopladas com pinos em A, Be C, determinar a resultante das cargas internas nas segoes ‘ansversais que passam pelos pontos D, E ¢ F. 14 ResistéNcia pos MATERIAIS Problema 124 1.25, Determinar a resultante das cargas internas que faluam sobre a segaio b-b que passa pelo centrdide C da viga. Probtema 1.25 1.26. © cixo é apoiado em suas extremidades por dois mancais em A e B e estd sujeito as forgas aplicadas nas roldanas presas a0 eixo, Determinar a resultante das cargas internas que atuam na segio transversal localizada no ponto C.As forgas de 300 N atuam na direglo -z, e as de 500 N fatuam na diregio +x, Os maneais A e B exercem somente os componentes x e z da forga sobre o eixo. Problem 1.26 1.27. © eixo & apoiado em suas extremidades por dois mancais A ¢ B ¢ esté sujeito as forcas aplicadas nas roldanas, presas a ele, Determinar a resultante das cargas internas que atuam na segao transversal do ponto D. Enguanto as forgas de 400 N atuam na diregdo ~z, as de 200 N ¢ 80 N atuam na dirogio ty. Os mancais A/e B exercem somente os componentes y € z da forga sobre 0 eixo. Problema 1.27 “128. O cixo € apoiado em suas extremidades por dois mancais A ¢ B ¢ esta sujeito 2s forcas aplicadas nas roldanas presas a ele, Determinar a resultante das cargas internas que ‘uam na segio transversal do ponto C. Enquanto as forgas de 400'N atuam na diregao ~z,as de 200 N e 80N atuam na diregio ty. Os mancais A e B exercem somente 0s componentes ye «da forga sobre 0 eixo. Problema 1.28 129. sinalizador tem peso de 1.500 Ib ¢ centro de zravidade em G. Supondo que ele estcja sujeito a uma carga uniforme do vento de 60 Ib/pé, determinar 2 resultante das forgas internas que atuam na segao transversal do poste em A.O peso do poste & de 100 Ib/pé. Problema 1.29 1.30, A haste curva AD de raio r tem peso por comprimen- cap1 TensAo 15 1.31. A haste curva tem raio re esta presa parede em B. Determinar a resultante das cargas internas que atuam sobre a segéo transversal que passa pelo ponto A, localizado em um Angulo @ com a horizontal, Problema 131 "1.32. Um clemento infinitesimal tirado de uma barra curva € mostrado na figura. Demonstrar que dNjt0=V, dV jd@ = -N.dM/d0 = ~T, ¢ dT /d0 = M. to de W. Supondo que ela esteja localizada no plano hori- zontal, determinar a resultante das cargas internas que atuam na segdo transversal que passa pelo ponto B. Dica: a distancia Mea Tsar do centréide C do segmento AB ao ponto O € CO = 0,9745r. wo ven\, ‘ian Problema 130 Problema 1.32 1.3. TENnsAo ‘Vimos na Se¢do 1.2 que a forga ¢ 0 momento que atuam em determinado Ponto na drea da seciio de um corpo (Figura 1.9) representam os efeitos resultantes da distribuigdo da forga que atua na rea secionada (Figura 1.106). Determinar a distribuicdo das cargas internas é de primordial importancia na resisténcia dos materiais. Para resolver esse problema é necessério estabelecer My, 9 conceito de tensa Considere que a segdo da dtea seja subdividida em dreas pequenas, tal como AA mostrada em sombreado escuro na Figura 1.10a. Quando se reduz ‘4A a tamanhos cada vez menores, devem-se supor duas hipsteses em relagdo 4s propriedades do material, Devemos considerar que 0 material é continuo, isto 6, possui conrinuidade ou distribuigao uniforme de matéria, sem vazios, em vez de ser composto por um ntimero finito de étomos ou moléculas distintos. Além disso, 0 material deve scr coeso, 0 que significa que todas as suas partes estiio muito bem unidas, em vez de ter trincas, separacées ou outras falhas. Uma forga tipica finita AF, mas muito pequena, atuando sobre sua dea associada AA € mostrada na Figura 1.10a. Essa forea, como todas as demais, tem diregaio nica, mas para as discusses que se seguem a substituiremos por seus trés componentes, a saber, AF,, A, € AF,, assumidos como tangentes e normal Figura 1.9 16 Resisr£Ncta Dos MATERIAIS = area, respectivamente. Da mesma forma que a rea AA tende a zero, a forga AF e seus componentes também tendem a zero; entretanto, a relagao (divisio) entre a forga ¢ a area, em geral, tende para um limite finito. Essa relacdo é chamada tensiio ¢, como observado, descreve a intensidade da forca interna sobre um plano especifico (rea) que passa por determinado ponto, Figura 1.10 ‘Tensao Normal. A intensidade da forga, ou forga por unidade de drea, que atua no sentido perpendicular a AA, é definida como tensio normal, c (sigma). Visto que AR, € normal & area, entao: 7. = Jim, ANB AA (4) Se a forga normal ou tensdo ‘empurra’ 0 elemento de érea AA como ‘mostrado na Figura 1.104, é denominada tensao de tragdo, ao passo que se ‘puxa’ AA € chamada tensdo de compressao. Tensao de Cisalhamento. A intensidade da forca, ou forga por unidade de Grea, que atua tangente a AA, é chamada fenso de cisalhamento, r (tau). OS ‘componentes da tensio de cisalhamento sao: (5) Observe que o indice z em g, € usado para indicar a diregdo que se afasta da reta normal, a qual especifica a orientagao da rea AA (Figura 1.11). Sto usados dois indices para os componentes fz, € Ty. O eixo de z especifica a orientagio da érea, enquanto xe y referem-sc as retas de diregao das tenses de cisalhamento. Estado Geral da Tenstio. Se 0 corpo for também secionado por planos paralelos ao plano x-z (Figura 1.106) ao plano y-z (Figura 1.10c), podemos entao ‘cortar’ um elemento etibico do volume do material. Esse elemento caibico representa o estado de tensio que atua em torno do ponto escolhido do corpo (Figura 1.12), Esse estado de tensio ¢ entdo caracterizado pelos trés componentes que atuam em cada face do elemento, Esses componentes da tensio descrevem 0 estado de tensfo no ponto apenas para o elemento orientado ao longo dos eixos x, y, z. Caso 0 corpo tivesse sido secionado em ‘um cubo com outra orientagao, entdo o estado de tensio seria definido por meio de um conjunto diferente de componentes da tenséo. Unidades, No Sistema Internacional de Normas ou SI, a intensidade tanto da tenso normal quanto da tensdo de cisalhamento 6 especificada na unida- de basica de newtons por metro quadrado (N/m?). Como essa unidade, denominada pascal (1 Pa = 1 N/m?),€ muito pequena, nos trabalhos de enge- nharia so usados prefixos, como quilo (10°), simbolizado por k, mega (10°), simbolizado por M, ou giga (10°), simbolizado por G, para representar valores da tensdo maiores mais realistas.’ De maneira semelhante, no sistema de unidades usual norte-americano, ou sistema Pés-Libras-Segundo, os enge- nheiros expressam a tenso em libras por polegada quadrada (psi) ou quilolibra por polegada quadrada (ksi), em que 1 quilolibra (kip) = 1.000 Ib. 14 Trnsdo Norma MépiA EM UMA BARRA CoM CARGA AXIAL Freqilentemente 05 elementos estruturais ou mecfinicos sto compridos e finos. Além disso, so submetidos a cargas axiais geralmente aplicadas nas extremidades, Elementos de treliga, pendurais ¢ parafusos so exemplos tipicos. Nesta segéo vamos determinar a distribuigdo média de tensfio que atua na sego transversal de uma barra com carga axial, tal como a barra mostrada na Figura 1.13a, Esta segdo define a drea da seeao transversal da barra e, caso todas as, segdes transversais sejam iguais, a barra ser denominada prismatica, Se desprezarmos 0 peso da barra ¢ a secionarmos como indicado, entéo, para 0 equilfbrio do segmento inferior (Figura 1.136), a resultante da forga interna que atua na secdo transversal deverd ser igual cm intensidade, oposta em diregio e colinear & forga externa que atua na extremidade inferior da barra. Hipoteses. Antes de determinarmos a distribuigo média de tenséo que atua na drea da segtio transversal da barra, é necessério estabelecer duas hipdteses simplificadoras referentes & descrigéo do material e aplicagao especifica da carga, 1. E necessério que a barra permanega reta tanto antes como depois de a carga ser aplicada, ¢, além disso, a segtio transversal deve permanecer plana durante a deformacio, isto é, durante o tempo em que a barra muda seu volume € sua forma, Se essas duas hipdteses ocorrem, entio as linhas horizontais € verticais da grade inscrita na barra deformam-se uniformemenie quando a barra esta submetida a carga (Figura 1.13c). Nao consideraremos as regides da barra proximas as suas cxtremidades, onde a aplicagio de forgas externas pode provocar distorcdes localizadas. Em ver disso, focalizaremos apenas a distri- buigtio de tensio no interior da segdo média da barra. 2. A fim de que a barra possa sofrer deformagao uniforme, & necessério que P seja aplicada ao longo do exo ceniréide da secao transversal ¢ 0 material seja homogéneo ¢ isotrépico. Um material homogéneo possui as mesmas proprie- dades fisicas € mecéinicas em todo o seu volume, e um material isotrépico possui essas mesmas propriedades em todas as diregoes. Muitos materiais da enge~ nharia podem ser aproximados como sendo homogéneos ¢ isotrépicos. O aco, por exemplo, contém milhares de cristais orientados aleatoriamente em cada milimetro caibico de seu volume, mas, como a maioria dos problemas que TAsversa aio sto 1 Nimm? = io €expressa em unidades de Nimm?,em que 1 mm = 10°? m. Entretanto,no St mitidos prefixos para 0 denominador da fragio, sendo melhor usar © equivalente ‘MNinv = 1 MP, cap. TeNSAO 17 Estado geral da tensio Figura 112 Ferg inerna Area da ses transversal orga externa »~C= ® © Resito de deloumagio uniforme dabare 18 ResIsrENcIA Dos AF=oSA AA aA Mareriais envolvem esse material tem um tamanho fisico muito maior do que um simples cristal, a hipstese referente a composigdo de seu material é bastante realista, Ressalte-se, porém, que 0 ago pode tornar-se anisotrépico por laminagio a fio, isto é, se for laminado ou forjado em temperaturas suberiticas. Os materiais anisotrépicos possuem propriedades diferentes em direedes diferentes, mas, apesar disso, se a anisotropia for orientada ao longo do eixo da barra, entdo a barra também se deformaré uniformemente quando submetida a uma carga axial. Por exemplo, a madeira de construgao, devido aos seus gros ou fibras, é uum material de engenharia homo; para a andlise seguinte, neo € anisotr6pico e, portanto, é adequado Distribuicao da Tensio Normal Média. Visto que a barra esté submetida a uma deformagio uniforme constante, como observado, entaéo a deformacao €o resultado de uma tensio normal constante o (Figura 1.13d). O resultado que cada area AA da secdo transversal esta sujeita a uma forca AF = oAA,e 0 somatério das forgas que atuam sobre toda a area da segio transversal deve ser equivalente forca interna resultante P na secdo. Se AA —> dA e, portanto, AF dF, entao, admitindo que o seja constante, temos: wt Fee = 3 Fs [ ar=f oa Pao re o-5| i) Onde: = tenstio normal média em qualquer ponto da érea da segdo transversal P= resultante da forca normal interna, aplicada no centrdideda érea da secd0 transversal. P é determinada pelo método das segdes e pels equagdes de equiltorio A. = rea da secfo transversal da barra A carga interna P deve passar pelo centréide da seco transversal, visto que a distribuiggo da tensio uniforme produziré momentos nulos em torno de {quaisquer eixos x e y que passem por esse ponto (Figura 1.13d). Quando essa condi¢ao ocorte, (new 2Mi 0 yar=[ youn yaa tp asas 0= =, xar=-[ sedan can Essas equagées so na verdade satisfeitas, uma vez que, pela definigaio de centrdide, J ydA = Oe f xd A = 0, (Consultar o Apéndice A.) Equilibrio. E evidente que existe apenas uma tensiio normal em qualquer ele- mento de volume do material localizado em cada ponto da segao transversal de uma barra com carga axial, Se considerarmos 0 equilibrio na vertical do elemento (Figura 1.14), aplicando entio a equagto de equilibrio de for teremos: Dr, @ (AA) ~ (4A) = 0 on Em outras palavras, os dois componentes da tensfo normal no elemento devem ter intensidade igual, mas diregdes opostas. Essa condigao é denominada tensdo uniaxial. capt TENSAO 19 { Ay” i. Pa [fe il ' Teagho (Compressio igura 1.15 A anélise anterior aplica-se a elementos submetidos tanto a tragéo como a compressio, como mostrado na Figura 1.15. Interpretagio grdfica: a intensidade da forga interna resultante P é equivalente a0 volume sob o diagrama de tensio; ou scja, P = aA (volume = altura X base). Além disso, como conseqiiéncia do equilbrio dos momentos, a resultante passa pelo centroide do volume considerado. Apesar de termos desenvolvido a anélise para barras prismaticas,a hipotese pode ser relaxada, de certa forma, para incluir barras levemente cdnicas. Por exemplo, pode-se demonstrar, usando a anélise mais exata da teoria da elastici- dade, que em uma barra c6nica de segdo transversal retangular, com angulo de 15° entre dois lados adjacentes, a tensao normal média calculada por ¢ = P/A € apenas 2,2% menor que o valor calculado pela teoria da elasticidade. Tensao Normal Média Maxima. Em nossa aniilise, tanto a forga interna P como a érea da secao transversal A eram constantes a0 longo do eixo longitudinal da barra e, como resultado, a tensio normal o = P/A també constante a0 longo do comprimento da barra. Entretanto, ocasionalmente, a barra pode ser submetida a varias cargas externas ao longo de seu eixo, ou pode ocorrer uma mudanga na érea de sa seco transversal. Como resultado, a tenso normal no interior da barra pode ser diferente de uma secao para a outra ¢, se a tenséo normal média mdvima tiver de ser determinada, torna-se importante determinar 0 local em que a relagio P/A chega ao maximo. Para tal, € necessério determinar a forga intema P em varias segdes ao longo da barra, Portanto, é conveniente mostrar essa variagao por meio do diagrama de Sorca axial ou normal. O diagtama & um grifico da iorga normal P contra sua osig#io x ao longo do comprimento da barra, Segundo a convengao de sinais, Pé positivo se provoca tragio no elemento e negativo se provoca compressiio. ste trante € usado para pendurar Como a carga interna é conhecida ao longo de toda a barra, a relagao maxima Parte deus exada como resultado, JA pode entio ser identificada std submetido. a exforo de trai. Pontos IMpoRTANTES * Quando um corpo que ests submetido a uma carga externa € secionado, hé distribuigdo da forga que atua sobre a Grea secionada, a qual mantém cada segmento do corpo em equilibrio. A intensidade dessa forga interna em um ponto do corpo ¢ denominada tenséo. * Tensao € 0 valor limite da forga por unidade de érea quando a rea tende a zero, Nessa definigdo, o material no onto é considerado continuo e coesivo. ‘+ Em geral, hé seis componentes independentes da tenstio em cada ponto do corpo, consistindo de tensao normal, Ou, by, 0, tensdo de cisalhamento, ry Tyas Tee * A intensidade desses componentes depende do tipo de carga que atua sobre 0 corpo ¢ da orientagéo do cle- ‘mento no ponto, * Quando uma barra prismstica ¢ feita de material homogéneo e isotr6pico e est submetida a forga axial que atua sobre o centrdide da area da segdo transversal, enta0 0 material do interior da barra ¢ submetido apenas @ ensao normal. Supoe-se que tal tensao seja uniforme ou ponderada na érea da segdo transversal. 20 ResistENcta pos MATERIAIS PROCEDIMENTO DE ANALISE A equacao «= P/A fornece a tensio normal média na drea da sego transversal de um elemento quando a segio esta submetida & resultante interna da forga normal P, Em elementos com carga axial, a aplicagio da equagao requer os passos seguintes, Carga Interna + Seccionar o elemento perpendicular ao scu eixo longitudinal no ponto em que a tensio normal sera determi- nada e usar o diagrama de corpo livre necessério ¢ a equagio de equilfbrio de forga para obter a forga axial in- terna P na segio. ‘Tensao Normal Média PIA. ‘+ Sugere-se que @ scja mostrado atuando sobre um elemento de volume pequeno do material localizado no ponto da seco em que a tensio ser calculada, Para tal, primeiro desenhe ona face do elemento que coincide com a area secionada A. Nesse caso, 7 atua na mesma direcdo que a forga interna P, uma vez que todas as ten sdes normais na segio transversal atuam nessa dirego para criar a resultante. A tensto normal ¢ que atua na face oposta do elemento é desenhada na apropriads. * Determinar a drea da seco transversal do elemento ¢ calcular a tenstio normal média EXEMPLO 1,60 ‘A barra da Figura 1.16a tem largura constante de 35 mm e espessura de 10 mm, Determinar a tensio normal média maxima da barra quando submetida ao carregamento mostrado. PON) 0 2 © SOLUCAO. 10m Carga Interna. O exame das figuras mostra que as forgas axiais internas nas id regides AB, BC ¢ CD sao todas constantes, mas de intensidades diferentes. Os valores das cargas, determinados pelo método das segdes, so mostrados na Figura 1.165; 0 diagrama de forga normal, que representa graficamente 0 smn?” Cas7 Ma resultado, € mostrado na Figura 1.16c. O exame das figuras mostra ainda que a maior carga esté na regio BC, onde Pac = 30 KN. Como a dea da segao a tt transversal da barra € constante, a maior tensdo normal média também ocorre igura 1.16 nessa regido. o cap.1 TENSAO 21 ‘Tenstio Normal Média, Aplicando a Equagio 1.6, temos: 30(10°)N = Pac Nasa Ma Resposta vc" ~ (0,035 m) X 0,010 m) A distribuigdo da tensio que atua em uma segdo arbitréria da barra na regio BC € mostrada na Figura 1.16d. Graficamente, © volume (ou ‘bloco’) representado por essa distribuigao de tensio equivale A carga de 30 KN; isto é, 30 KN = (87,5 MPa)(35 mm)(10 mm), SSS EXEMPLO 1,7 A lumindria de 80 kg é suportada por duas hastes AB e BC como mostra a Figura 1.17a. Se AB tem diémetro de 10 mm, e BC tem difmetro de 8 mm, determinar a tensio normal média em cada haste. SOLUCAO Carga Interna, Devemos determinar primeiro a forga axial em cada haste O diagrama de corpo livre da lumindria é mostrado na Figura 1.17b. Aplicando as equagées de equilfbrio das forca, obtemos: SER =0; Fac(S) ~ Fna 0s 60° = 0 +f EF, =0; Facl3) + Fra sen 60° — 784,8 N= 0 8,05 MPa Fac = 3952 N, Fa = 632,4N 8,05 MPa Pela terceira lei de Newton referente & agdo, essas forgas, iguais mas de reacdo oposta, submetem a haste & trago em todo seu comprimento. Tenso Normal Média. Aplicando a Equagao 1.6, temos! 395,2N 28 aso Iespsa onan ® © = Fina, 824 94 “Ans (0,005 m)? = 8,05 MPa Resposta A distribuigao da tensio normal média que atua na seco transversal haste AB é mostrada na Figura 1.17c; em um ponto qualquer dessa sex transversal, um elemento de material é tensionado como mostrado na Figura 1.174. 22 REsISTENcIA Dos MATERIAIS EXEMPLO 1.8 o © bloco fundido mostrado na Figura 1.18a 6 feito de ago com peso especifico de Yag = 490 Ib/pé®. Determinar o esforgo de compressio médio gue atua nos pontos A e B. 9.36 psi co) © Figura 1.18 SOLUCAO Carga Interna, Um diagrama de corpo livre do segmento superior do bloco fundido, no qual a seco passa pelos pontos A ¢ B, é mostrado na Figura 1.186. peso desse segmento determinado por Wags = YagoVago- ASSimi @ forga axial interna P na seco é: EF = 0; P= Waco = 0 P — (490 1b/pé°)(2,75 pés)m(0.75 pé)? P= 2381 Ib Esforgo de Compressito Médio. A rea da segao transversal 6 A = (0,75 pé)"5 assim, 0 esforgo de compressio médio torna-se: _ P2381 oA HOTS per 347,5 lb/pé? = 1.347,5 Ib/p@(1 pe /144 pol?) 9.36 psi Resposta A tensio no elemento de volume do material mostrada na Figura 1.18¢ representa as condigdes tanto do ponto A como do ponto B. Observe que a tenso atua para cima na face inferior ou sombreada do elemento, uma vez que essa fuce é parte da drea da superticie inferior do corte e, nessa superticie, a resultante da forga interna P empurra para cima. ee EXEMPLO 1,9 eee O elemento AC mostrado na Figura 1.194 esta submetido a uma forga vertical de 3 KN. Determinar a posigio x de aplicacao da fora de modo que 0 esforgo de compressio médio no apoio C seja igual ao esforgo de tragio no tirante AB. A haste tem uma dea de secdo transversal de 400 mm?, e a area de contato em C é de 650 mm?, cap. TeNsao. 23 200 ram o Figura 119 SOLUCAO Carga Interna. As forgas em A e C podem ser relacionadas considerando- seo diagrama de corpo livre do elemento AC (Figura 1.19b). Ha trés incégnitas, ou seja, Fags, Fe ¢ x. Na solugao do problema, usaremos as unidades newton ¢ milimetro, +E Fy = 05 Pan + Fo — 3.000 N =0 wo GE My =0; —3.000 N(x) + Fe (200 mm) 2 Tensdo Normal Média, Uma terceira equagio necessiria pode ser escrita, desde que a tensfio de tragio na barra AB ¢ a tenséo de compressio em C jam equivalentes, ou seja: 400 mm? ~ 650 mm? Fo= 1,625Fan ‘Substituindo esse valor na Equacao 1 ¢ resolvendo para Fan € depois para Fe, obtemos: Fag = 1143 Fe = L8STN A posigtio da carga aplicada é determinada pela Equacao 2: x= 124 mm Resposta Observe que 0 <.x < 200 mm, como requerido. SS 1.5 Tens&o pe CisaLHAMENTO MEDIA A tensio de cisalhamento foi definida na Segdo 1.3 como o componente da tensio que atua no plano da érea secionada. A fim de mostrar como essa tensiio desenvolve-se, consideraremos 0 efeito da aplicagao de uma forga F a barra da Figura 1.204, Se seus apoios forem considerados rigidos ¢ F for suficientemente grande, ela provocaré deformagao e falha da barra ao longo dos planos identiticados como AB e CD. O dingrama de corpo livre do seg- mento central ndo apoiado da barra (Figura 1.206) indica que a forga de cisalhamento V = F/2 deve ser aplicada em cada segio para manier 0 segmento em equilibrio, A tensio de cisalhamento média distribuida sobre cada area secionada que desenvolve essa forga de cisalhamento é definida por: 24 ResisrENcIA Dos MATERIAIS Onde: naj ~ tensio de cisalhamento média na segio, que se supde s em cada ponto localizado na seg V_ =resultante interna da forga de cisalhamento na segio determinada pelas equagdes de equilfbrio A = Grea da secio A distribuigaio da tenstio de cisalhamento média é mostrada atuando sobre fas segdes na Figura 1.20c. Observe que Tinea fem a mesma direcio que V, visto que a tensdo de cisalhamento deve criar forgas associadas, todas elas contri- buindo para a forga resultante interna V da sega. (© caso do carregamento discutido na Figura 1.20 € um exemplo de cisalhamento simples ou direto, uma vex que o cisalhamento € provocado pela agio direta da carga aplicada F. Esse tipo de cisalhamento ocorre frequten- temente em virios tipos de acoplamentos simples que usam parafusos, pinos, ‘material de solda etc. Em todos esses casos, no entanto, a aplicagio da Equagio j 1.7 é apenas aproximada. Uma investigagao mais precisa da distribuigdo cisalha- mento-tensio sobre a segio critica revela, em geral, que ocorrem tensdes de cisalhamento muito maiores no material do que as previstas pela equacéo. Apesar disso, a aplicagaio da Equagio 1.7 é aceitével para muitos problemas de projeto e andlise da engenharia, As normas de engenharia permitem seu © uso, por exemplo, quando se quer calcular as dimensdes de elementos de fixa- Gio, tais como parafusos, ou para se obter a resisténcia de fixago de juntas sujeitas a cargas de cisalhamento. A propdsito, na pratica ocorrem dois tipos de cisalhamento, os quais metecem tratamento distinto. Figura 1.20 © Cisalhamento Simples. As juntas de ago € madeira mostradas, respectiva- ‘mente,nas figuras 1.21ae 1.21¢ so exemplos de acoplamentos de cisalhamento simples ¢ geralmente se denominam juntas sobrepostas. Vamos supor que 0s elementos sejam finos e que a porca da Figura 1.21a nao esteja muito aper- tada, de modo que © atrito entre os elementos possa ser desprezado, Fazendo um corte entre os elementos, obtém-se os diagramas de corpo livre mostrados nas figuras 1.21b e 1.21d. Como os elementos sao finos, podemos despr (© momento criado pela forca F. Entao, no equilibrio, a érea d: transversal do parafuso da Figura 1.21b e a superficie de fixa os elementos da Figura 1.21d estao submetidas apenas a uma forca de cisathamento simples V = F. Essa forga & usada na Equagio 1.7 para deter- Opmo dare maoreidmbmendo a — minar tensio de cisalhamento média que atua na segao cinza-claro da Figu- cisathamento dupla ra 121d, Cisalhamento duplo. Quando a junta € construida como mostrado na Figura 1.224 ou na Figura 1.22c, devem ser consideradas duas superficies de cisa- Ihamento. Esses tipos de acoplamentos so geralmente chamados de juntas de dupla sobreposigdo. Se fizermos um corte entre cada um dos elementos, os diagramas de corpo livre do elemento central serio como os mostrados nas figuras 1.22b 1.22d. Nesse caso, temos uma condicéo de cisalhamento duplo. Por conseqiléncia, V = F/2 atua em cada rea secionada ¢ 0 cisalhamento deve ser considerado quando se aplica tmea = V/A. £ = @ Figura 1.22 Equilibrio, Consideremos um elemento de volume do material removido em um ponto localizado sobre a superficie de qualquer rea secionada sobre a qual atue a tensio de cisalhamento média (Figura 1.23a). Se considerarmos a forga de equilibrio na direcao de y, entao: forga tensio area os Te(Ardy) ~ ZyArdy = 0 Tey = Thy De maneira similar, a forga de equilibrio na diregao de z produz ty. = 7. Por fim, considerando o momento sobre 0 eixo x: momento fora brago tensiio area = M, = 0; ~ tey(AxAy)AZ + 7y.(ArAz)Ay = 0 Tey = Tye sf ® (Cisalhamento puro c) Figura 1.23 Cap. TeNsAo 25 26 Resistencia pos MA rERIAIS de modo que Tay = Thy = Tye ToT Em outras palavras, o equilibrio de forga e momento requer que a te! de cisalhamento que atua na face superior do elemento seja acompanhada por ‘uma tensio de cisalhamento ue atue nas outras trés faces (Figura 1.236). Nesse caso, as quatro tensdes de cisalhamento devem ter intensidades iguais e ser direcionadas no mesmo sentido ou em sentido contrério uma da outra nas bordas opostas do elemento. Essa condigao & chamada de propriedade com- plementar do cisathamento e,nas condigdes mostradas na Figura 1.23,0 material esta submetido a cisalhamento puro. Apesar de considerar aqui um caso de cisalhamento simples provocado pela acdo direta de uma carga, mostraremos em capitulos posteriores que a tenso de cisalhamento também pode surgir indiretamente devido i ago de ‘outros tipos de carga Pontos IMporTANTES + Se duas pegas finas ou pequenas forem acopladas, as cargas aplicadas podem provocar cisalhamento do mate- rial com flexao desprezivel, Se esse for 0 caso, geralmente € aceit4vel para andlise técnica supor que uma fensao de cisalhamento média atua na area da secao transversal. + Muitas vezes 0s elementos de fixagio, tais como pregos ¢ parafusos, sdo submetidos a cargas de cisalhamento. A intensidade da forga de cisalhamento sobre o elemento de fixagao € maior ao longo do plano que passa pelas superficies que esto sendo acopladas. Um diagrama de corpo livre de um segmento do elemento de fixagio, desde que desenhado cuidadosamente, permitird que se obtenham a intensidade e a diregao dessa forga. PROCEDIMENTO DE ANALISE ‘A equagio Zpag = V/A € usada para calcular somente a tensiio de cisalhamento média sobre 0 material. Sua aplicagio requer os passos seguintes. Cisalhamento Interno. ‘+ Sccionar o elemento no ponto em que # tenso de cisalhamento deve ser determinada, + Desenhar o diagrama de corpo livre da segio estudada e calcular a forga de cisalhamento interna V que atua na segio, necesséria para manter a pega em equilfbrio. Tenséo de Cisalhamento Média, ‘+ Determinar a drea secionada A ¢ calcular a tensfo de cisalhamento média Tinea * Sugere-se que Tmes Seja mostrada em um elemento de volume pequeno do material, no ponto da segdo em que cla seré determinada, Para isso, desenhar primeiro tipeq na face do elemento coincidente com a érea secionada A. Essa tensio de cisalhamento atua na mesma dirego que V.A tensdo de cisalhamento que atua sobre os trés planos adjacentes pode entao ser desenhada nas suas direges apropriadas seguindo o esquema mostrado na Figura 1.23. EXEMPLO 1,10) oe A barra mostrada na Figura 1.24a tem segao transversal quadrada para a qual a profundidade ¢ a largura sfo de 40 mm. Supondo que seja aplicada uma forga axial de 800 N ao longo do eixo do centréide da area da secao transversal da barra, determinar a tensdo normal média ¢ a tensio de cisalha- mento média que atuam sobre o material (a) no plano da segio a-a c (b) no plano da segdo b-b. capt TeNsAo 27 « 20mm s00N-< — SI “ e © 200m 00a on <— P=sooN cy {foo © Figura 1.24 SOLUCAO Parte (a) Carga Interna. A barra esté secionada (Figura 1.24), ¢ a carga resultante interna consiste apenas na forca axial P = 800 N. Tensio Média. A tensio normal média € determinada pela Equacio 1.6. 800 N (0,04 m)(0,04 m) 00 kPa Resposta Nao hé tensdo de cisalhamento na secdo, visto que a forga de cisalhamento na segdo é nula, Tras = 0 Resposta A distribuigéo da tensdo normal média na segao transversal € mostrada na Figura 1.24c, 307 800 © Parte (b) Carga Interna. Se a barra for secionada ao longo de b-b, o diagrama de corpo livre do segmento esquerdo sera como o mostrado na Figura 1.24d. Nesse aso, tanto a forga normal N como a forea de cisalhamento V atuardo sobre a rea secionada. Usando 0s eixos x e y, teremos: SIRS 800 N + N sen 60° + V cos 60° +tE KR, =0; V sen 60° ~ N cos 60° = 0 ou, mais diretamente, usando os eixos x’ e y': NE Fe = 0; N~ 800 N cos 30° = 0 HAD By = 0; V = 800 N sen 30° = 0 28 REsisrENcrA Dos MATERIAIS Resolvendo o sistema de equagdes: 375 kPa Tensdo Média. Nesse caso, a érea secionada tem largura e comprimento de 40mm e de 40 mm,/sen 60° = 46,19 mm, respectivamente (Figura 1.24a). Assim, a tensio normal média é N 692.8.N A ~ (@04m)(0,04619 my a tensio de cisalhamento média é v 40N A ~ G04 m)(0,04619 my ~ 217 Pa Resposta A distribuicdo da tensio € mostrada na Figura 1.24e, 375 kPa Resposta Fen EXEMPLO 1.11 A escora de madeira mostrada na Figura 1.25a esté suportada por uma haste de ago de 10 mm de diémetro presa na parede. Se a escora suporta uma carga vertical de 5 KN, caicular a tensao de cisalhamento média da haste na parede e ao longo das duas éreas sombreadas da escora, uma das quais esté identificada como abcd. SOLUCAO Cisathamento Intern. Como mostrado no diagrama de corpo livre da Figura 1.256, a haste resiste a uma forga de cisalhamento de 5 kN presa & parede. O diagrama de corpo livre do segmento secionado da escora é mostrado nna Figura 1.25c. Nesse caso, a forca de cisalhamento que atua sobre cada plano sombreado é de 2,5 KN. Tensao de Cisalhamento Média. Na haste, V__ 5.000 nea = = SOON = 65,7 MP: Resposta ° ™ 740,005 mye ~ 87 MPA post forged scone Na escora, : omens tmea = ¥ = 2500 _ 3.19 MPa Resposta A” (0,04 m)(0,02 m) A distribuigao da tensio de cisalhamento média na haste secionada e no segmento da escora € mostrada nas figuras 1.25d e 1.25e, respectivamente. Nessas figuras também € mostrado um elemento de volume tipico do material de um ponto localizado na superficie de cada segdo. Observe cuidadosamente como a tensao de cisalhamento deve atuar sobre cada face sombreada desses, elementos e em suas faces adjacentes. forga da haste sabre aescora Cap. TENSAO 29 EXEMPLO 1.12 O elemento inclinado da Figura 1.26a esté submetido a uma fora de compressio de 600 Ib, Determinar a tensdo de compressfio média ao longo das reas de contato planas definidas por AB e BC e a tensio de cisalhamento ‘média ao longo do plano definido por EDB. Figura 1.26 SOLUCAO Cargas Internas. O diagrama de corpo livre do elemento inclinado é mostrado na Figura 1.265. As forgas de compressio que atuam sobre as areas de contato sao: SzR=0; Fan ~ 600 Ib(3) = 0 Fan = 360 Ib Fac ~ 600 Ib(3) = 0 Fac = 480 Ib Além disso, a partir do diagrama de corpo livre do segmento superior do clemento inferior (Figura 1.26c), a forga de cisalhamento que atua sobre o plano horizontal secionado EDB é: SER V = 360 Ib Tensao Média. As tensbes de compressao médias ao longo dos planos horizontal e vertical do elemento inclinado séo: oan= 30D 8 (Tpol)(15 pol) 4801 @pon(is pol) As distribuigdes de tensio so mostradas na Figura 1.26d. A tensGo de cisalhamento média que atua no plano horizontal definido por EDB é: 240 psi Resposta = 160 psi Resposia Cac - 360 Ib G poh(Ls pol) A tensio € mostrada distribuida sobre a érea secionada na Figura 1.26e. Tmt = 80,0 psi Resposta 30 ResisTENcIA Dos MATPRIAIS E PROBLEMAS 1.33, A coluna esté submetida a uma forga axial de 8 kN no seu topo. Supondo que a sego transversal tenha as dimensies ‘mostraclas na figura, determinar a tensdo normal média que ata sobre a soglo aa. Mostrar essa distribuigio de tensfo atuan- do sobre a drea da segao transversal Problema 1.33 1.34. © bloco de escéria tem as dimensdes mostradas. ‘Supondo que o material falhe quando a tensio normal média atinge 120 psi, determinar a maior carga vertical P aplicada centralmente a que ele pode resistir. 135. © bloco de eseéria tem as dimensdes mostradas. Supondo que cle seja submetido a uma forga P = 800 Ib, aplicada em seu ponto médio, determinar a tenso normal meédia sobre © material. Mostrar a resultante que atua sobre um elemento de volume infinitesimal do material. Problemas 1.34/1.35 #1.36, A luminéria de 50 Ib 6 suportada por duas hastes de ‘ago acopladas por um anel em A. Determinar qual das hastes ‘estd sujeita & maior tensdo normal média ¢ calcular seu valor. Suponha que @ = 60°. O difmetro de cada haste ¢ dado na figura. 1.37. Resolver o Problema 1.36 para @ = 45°, 1.38 A luminéria de 50 Ib € suportada por duas hastes de ago acopladas por um ancl em A, Determinar 0 Angulo da orientagdo de @ de AC, de forma que a tensio normal média, ‘na haste AC seja 0 dobro da tensio normal média da haste AB. Qual ¢ @ intensidade dessa tensio em cada haste? O diametro de cada haste ¢ indicado na figura. Problemas 1.36/1.37/1.38 1.39, O mancal de encosto esta submetido as cargas mos- tradas, Determinar a tensio normal média desenvolvida nas seges transversais que passam pelos pontos B, Ce D. Fazer ‘0 desenho esquematico dos resultados para um elemento de ‘volume infinitesimal localizado em cada segao. s00N pee 100 mm 200 Problema 1.40. 0 cixo esti submetido a uma forga axial de 30 KN. Supondo que o exo passe pelo furo de 53 mm de dimetro ‘no apoio fixo A, determinar a tensdo do mancal que atua sobre o colar C. Qual é a tensdo de cisalhamento média que atua ao longo da superficie interna do colar onde ele esté acoplado ao cixo de 52 mm de diametro? 39 Stam | «4 sous na Q t om towh {| 53mm 40mm Probiema 1.40 141. 0 bloco pequeno tem espessura de 5 mm. Supondo quc a distribuicao de tenso desenvolvida pela carga no apoio varie como mostrado, determinar a forga F aplicada a0 bloco a distancia d até o ponto em que ela 40MPa Problema 141 142. A roda de apoio em um andaime € mantida em posigiio na pemna por meio de um pino de 4 mm de didimetro, Supondo que a roda esteja submetida a uma forga normal de 3 KN, determinar a tensao de cisalhamento média desen- volvida sobre o pino. Desprezar 0 airito entre a perna interna do andaime e 0 tubo usado na roda, 3kN 1.43, Os pinos em B e C da estrutura tém, cada um, um imetro de 0,25 pol. Supondo que os pinos estejam subme- tidos a cisathamento duplo, determinar a tensio de cisa- Thamento média em cada pino, “144, Resolver o Problema 1.43 supondo que os pinos Be C-sejam submetidos a cisalhamento simples. 1.45, Os pinos em D e F da estrutura tém, cada um, um difmetro de 0.25 pol. Supondo que os pinos estejam sub- metidos a cisalhamento duplo, determinar a tensio de cisalhamento média em cada pino. 1.46. Resolver o Problema 1.45 supondo que 0s pinos D e E sejam submetidos a cisalhamento simples. Cap. Tensao 31 Problemas 143/14/L.A5/1.46 1.47. O pedestal tem segio transversal triangular como, mostrado. Supondo que esteja submetido a uma forga de compressio de 500 Ib, especificar as coordenadas de loca- lizagdo do ponto P (x,y),em que a carga deve ser aplicada na segto transversal, de modo que a tensio normal média seja uniforme. Calcular a tensdo e desenhar sua distribuigio atuando em uma secdo transversal fora do panto de aplicagao da carga. Probles a taT "148, Na figura sio mostrados dois projetos de amorte: cedor de choque. A mola tem coeficiente de rigidez k 15 kN/m ¢ em (a) esta sem carga aplicada, ao passo que em (b) esté originalmente esticada 02 m. Determinar a tensio normal média na rosca do parafuso de 5 mm de dimetro em A quando for aplicada uma carga de 6 kN. Em (b) 0 suporte B ndo est acoplado ao apoio. 1.49, Na figura sd0 mostrados dois projetos de amortecedor de choque. A mola tem coeficiente de rigidez k = 15 kN/m © em (a) esta sem carga aplicada. Determinar o comprimento maximo em que a mola em (b) deve ser originalmente esticada, de modo que a tensio normal média na rosea do parafuso de 5 mm de A seja equivalente em ambos os projetos quando for aplicada uma carga de 6 kN. Em (b) 0 suporte B io esté acoplade ao apoio. Qual é a tensio do parafuso nos dois casos? 32. REsisTENCIA Dos MATERIAIS 0 © Problemas 1.48/1.49 1.50, © garfo esta submetido a uma forga ¢ a um momento, binério, Determinar a tensio de cisalhamento média nas segdes tyansversais que passam pelos pontos A ¢ B. O parafuso tem 0,25 pol de dimetro. Dica: 0 momento binsrio recebe resistencia do conjunto de forgas do binario desen- volvido na rosca do paratuso. Problema 151. © conjunto de eixo consiste de um eano AB e uma haste maciga BC. O cano tem 20 mm de diémetro interno © 28 mm de didmetro externo, A haste tem 12 mm de didmetro. Determinar a tensio normal média nos pontos Dc Ee representar a tensio em um elemento de volume localizado em cada um desses pontos. oi aN, san oN Problema 1.51 1.82, © parafuso de ancoragem foi puxado da parede de conereto e a superficie da falha formou parte de um tronco © ‘um cilindro, indicando que ocorreu uma falha por cisalha- ‘mento a0 longo do cilindro BC e uma falha por tensto de trago ao longo do tronco AB. Supondo que o cisalhamento e as tenses normais ao longo dessas superficies tenham as ‘grandezas mostradas, determinar a forga P que deve ter sido aplicada ao parafuso, Problema 1.82 153. © bloco plistico esté submetido a uma forga de ‘compressio axial de 600 N. Supondo que as tampas superior inferior distribuam a carga uniformemente por todo 0 bloco, determinar as tensbes normal e de cisalhamento médias a0 longo da seco ava. 600 oon Problema 153 154, A ferramenta de dobra é usada para dobrar a cextremidade do arame E, Se for aplicada uma forea de 20 Ib ‘nos cabos, determinar a tensao de cisalhamento média no ppino em A. O pino est sujeito a cisalhamento duplo e tem 02 pol de didmetro, Apenas uma forca vertical é exercida sobre o arame. 1.55, Resolver 0 Problema 1.54 para o pino B. O pino esta sujeito a cisalhamento duplo e tem 0,2 pol de diametro. 2016 {Spl 2 pol I pot Proble 4.56, A junta esta submetida a forga de 6 kip do elemento axial. Determinar a tensio normal média que atua nas segdes AB c BC. Supor que o elemento € plano e tem 1,5 polegada de espessura nip a eS BX 45 pot Problema £86 157. © motorista do carro esporte aplica os freies traseiros faz os pneus derraparem. Supondo que a forga normal em cada pneu traseiro seja de 400 Ib e o coeficiente de atrito cinético entre os pneus e o pavimento seja te = 05, de- terminar a tensio de cisalhamento média desenvolvida pela {orga de atrito sobre os pneus, Supor, também, que a borra- cha dos pneus seja flexivel e que cada pneu tenha 32 psi de pressio de ar, 400 16 Problema 1.57 1.58. A barra tem uma érea da segio transversal A ¢ esté submetida a uma carga axial P. Determinar as tensdes normal de cisalhamento médias que atuam sobre a area sombreada, com fingulo 8 em relagdo & horizontal. Construir o grafico da variagZo dessas tensoes em fungdo de @ (0) = #= 90"), Problema 158 1.59. A embreagem de dentes 6 usada para transmitir um torque de 450 Ib » pés em uma tinica diregzo. Supondo que cada eixo tenha apenas dois dentes em torno da circun- feténcia, como mostrado, determinar a tensdo de cisalha- ‘mento média ao longo da raiz AB de cada dente, cap. TensAo 33 1.60, Asbarras da treliga im uma rea da segio transversal de 1,25 pol’. Determinar a tensio normal média em cada elemento devido a carga P= 8 kip. Indicar se a tensio é de tragio ou de compressio. 61 As barras da tretiga 18m uma érea da segao transversal de 125 pot’. Supondo que a tensio normal média maxima fem cada barra no exceda 20 xsi, determinar a grandeza maxima P das eargas aplicadas @ treliga 1.62. A barra prismatica tem uma drea da segio transversal A. Supondo que ela esteja submetida a uma carga axial distribuida que aumenta linearmente de w = Oem x= 0a w = Wo em x= ae depois decresce linearmente para w = 0 em x = 2a, determinar a tensio normal média na barra em. fungdo de x no intervalo 0 = x

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