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REPUBLICA DE ANGOLA

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
INSTITUTO MÉDIO TÉCNICO DE SAÚDE MARIA AUGUSTO

MANUAL DE APOIO DE ENFERMAGEM MÉDICO


CIRÚRGICO 11ª CLASSE

Elaborado por:
Profs. Lic. Adriano Saquembe Calivulo

LUANDA, 2021
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INDICE

CAPITULO – 1. INTRODUÇÃO

NOÇÕES BÁSICAS

1. História da cirurgia
2. Cuidados de enfermagem
3. Questões legais na prática de enfermagem
4. Relação Enfermeiro – Paciente

CAPITULO – 2 CUIDADOS TRANSVERSAIS

1. Admissão
2. Desinfecção e esterilização de equipamentos médicos
3. Monitorização dos Parâmetros vitais
-Temperatura
-Frequência cardíaca
-Tensão arterial
-Saturação de oxigénio
-Frequência respiratória
-Dor
4. Balanço hídrico
5. Cuidados nas Medicações e vias de administração
6. Perfusões
7. Cateter venoso periférico e central
8. Injecções
9. -Intramuscular
10. -Subcutânea
11. -Intradérmica

CAPÍTULO – 3 CUIDADOS ESPECÍFICOS

NOÇÕES BÁSICAS

1. Vias respiratórias - Oxigênioterapia.


2. Eliminação urinária - Cateterismo vesical
3. Colocação da sonda vesical do dispositivo urinário
4. Cuidados com Cateter venoso central
5. Enfermagem em centro cirúrgico

CAPÍTULO- 4 TERMINOLOGIA CIRÚRGICA

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CAPITULO – 1.

INTRODUÇÃO

Esta sebenta é de fácil consulta, reúne cuidados de enfermagem relacionados com a manutenção
continuada da vida. É destinada a estudantes do curso Técnico de Enfermagem considerando
que é a categoria maioritária que desenvolve as acções de enfermagem em todas as unidades
hospitalares do país. Nele consta acções da responsabilidade da Enfermagem, como cuidados
transversais e específicos que devem ser prestados a todos os doentes segundo as suas
necessidades.

Adquirir o saber e fazer o saber, estar no vasto campo de cuidados para a enfermagem é um
desafio para os estudantes e profissionais do ramo. A enfermagem é uma disciplina científica,
uma profissão e um império de conhecimentos relacionados com os problemas reais (aqueles
que o doente apresenta) e potenciais do doente (aqueles que pode apresentar).
Patologia é o estudo das alterações estruturais, bioquímicas e funcionais nas células, tecidos e
órgãos, que visa explicar os mecanismos pelos quais surgem os sinais e os sintomas das
doenças. Nas suas acções a enfermagem realiza intervenções terapêuticas promovendo saúde.
Enfermagem Patologia Médico - Cirúrgica é uma disciplina do curso de enfermagem dedicada
a oferecer aos futuros técnicos de enfermagem conhecimentos sobre os cuidados de
enfermagem aos adultos com alterações fisiológicas, traumatismos ou incapacidades previstas
ou já existentes. É uma disciplina que esta intimamente ligada a disciplina de técnicas de
enfermagem.
Enfermagem Patologia Médico - Cirúrgica constitui a espinha dorsal da enfermagem moderna
e a base da prática de todas as instituições de cuidados de saúde.
Esta disciplina irá oferecer aos técnicos de saúde conhecimentos e competências nos cuidados
transversais e específicos, e estes, assentam nos domínios da responsabilidade profissional,
ética e legal, no domínio da melhoria contínua da qualidade dos cuidados prestados. Permite
desenvolver competências do domínio da gestão dos cuidados, competências domínio do
cuidado da pessoa e vivencias nos processos complexos de doença crítica e ou falência
orgânica.
Segundo a Dra. Wanda de Aguiar Horta, Enfermagem é “a ciência e a arte de assistir ao ser
humano (indivíduo, família e comunidade), no atendimento das suas necessidades básicas; de
torná-lo independente desta assistência, quando possível, pelo ensino do autocuidado, de
recuperar, manter e promover sua saúde em colaboração com outros profissionais”.

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HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DA CIRURGIA

A história das doenças é tão antiga quanto a história da humanidade. Consideramos que a
cirurgia e as doenças têm idades semelhantes. As formas tradicionais de patologias tumores,
infecções e doenças congênitas – praticamente se iniciaram nos primórdios da espécie humana.
Dessa forma, os cirurgiões, nos dias actuais, tratam doenças que eram atendidas pelos cirurgiões
de tempos antigos.

Os cirurgiões do século XVIII tiveram importância na reforma sanitária ocorrida nesse período.
Edmund Park e John Simon, na Inglaterra, e Stephen Smith e Willard Parker, nos Estados
Unidos, simbolizam esse momento. No início do século XIX, os procedimentos cirúrgicos ainda
não eram frequentes. Contudo, a dor, a infecção, a hemorragia e o choque eram as quatro
maiores dificuldades para o desenvolvimento da cirurgia.

Uma vez que o objectivo da ciência médica é aliviar a dor e o sofrimento, o desenvolvimento
da anestesia para uso durante as cirurgias figura como uma das maiores descobertas da ciência.
O uso de álcool, era, de algum modo, já conhecido. Contudo, o uso realmente efectivo da
anestesia geral pode ser datado na década de 1840.

Na última década do século XX, a colecistectomia passou a constituir-se no método de


preferência para o tratamento das colecistopatias.

Cirurgia na pré História

As cirúrgias eram feito por feiticeiros.


A trepanação é a primeira cirúrgia conhecida. Eram realizadas por razões médicas, mas
principalmente por razões religiosas. Estes eram feitos com múltilações e sangramentos, e
dolorosas com um propósito de ritos mágicos. Eram feito com o objectivo de expulsar demónios
do corpo do paciente, pelos sacerdotes.

Na índia: no sec IV a.c. os conhecimentos a base de cirúrgia eram mas adiantados. Já conheciam
os ligamentos, vasos linfáticos, músculos, nervos etc.

Na Babilónia (2242 a.c.) o rei HAMURABI istituiu o dever aos cirúrgiãos. O cirúrgião que
fosse incapaz de realizar uma cirurgia, tinha uma de suas mãos amputadas.
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Nos sec XVI e XVII: eram os barbeiros cirúrgiões que actuavam como médicos que exerciam
toda as práticas manual da medicina através de pequenas cirúgias.
Sec XX: o controlo da dor só apareceu neste sec, com o Éter.
Em 1776, Pristley descobriu o óxido nitrato e o recomendou para anestesiar o paciente.
Em 1818, Semmel Weis, instituiu a lavagem das mãos na práticas cirúgicas, como prevenão
das infecções.
Em 1860, Pasteur inventou o forno, após provar que na presença de calor os microorganismos
perdiam a capacidade de infectar.
Lister inventou os antisséptico.
Rodeki, inventou o uso da máscara.
Halsted, inventou o avental cirúrgico.
E em 1895, Roentgem, descobriu o RX.
Com a 2ª guerra mundial, surge a penecelina, por Alexandre Flaming, vindo colaborar no
controlo das infecções.

QUESTÕES LEGAIS NA PRÁTICA DE ENFERMAGEM

O termo ético está relacionado aos padrões de conduta moral, expressos na conduta do
comportamento em relação ao paciente, ou seja, a capacidade de discernimento entre o certo e
o errado, significando o limite do modo de ser e agir.

Um sistema de leis e crenças éticas ajuda a estabelecer e a manter a ordem e harmonia no seio
de uma sociedade. Leis são regras escritas de conduta e acção.
Ética - pode-se dizer que é um conjunto de valores, que se tornam deveres em determinadas
culturas ou grupos, sendo expressos em acções.

Durante os cuidados é importante reconhecer que toda pessoa é dotada de uma consciência
moral que a faz distinguir entre o certo e o errado, entre o bem e o mal, capacitando-a a
avaliar suas acções no contexto a que é solicitado, ou seja, é capaz de orientar suas atitudes
pela ética. A ética é, normalmente, uma norma de carácter moral que obriga a conduta de uma
determinada pessoa, sob pena de sanção específica, mas pode também regulamentar o
comportamento de um grupo particular de pessoas, como, por exemplo, bombeiros, policiais,
médicos, enfermeiros.

Código de ética – é um importante documento que apresenta princípios, direitos,


responsabilidades, deveres e proibições pertinentes à conduta ética dos profissionais de
Enfermagem, constituindo assim como um instrumento norteador da conduta do enfermeiro
no exercício da sua profissão.

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Valores - Os valores são aprendidos na infância e acentuados por crenças e pela cultura;
incluem a bondade, empatia (afinidade), interesse e amor por si e pelos outros. São valores
nos cuidados de enfermagem: o respeito e a responsabilidade os quais englobaram valores
secundários tais como a sensibilidade, a fé, a igualdade, a humanização, a dignidade,
autonomia, justiça, compromisso, honestidade, solidariedade e a prudência.

Dilema ético - Um dilema ético surge quando um profissional se depara com situações de
conflito entre seus valores e deveres profissionais, tendo de definir o que fazer, como agir,
decidindo qual dos valores/deveres tem precedência ou assume preferência.

Princípio de Beneficência – O Princípio da Beneficência é o que estabelece que devemos


fazer o bem aos outros, independentemente de desejá-lo ou não. É importante distinguir estes
três conceitos. Beneficência é fazer o bem, Benevolência é desejar o bem e Benemerência é
merecer o bem. É o dever de fazer o bem para os pacientes. Este bem inclui competências
(habilitação, conhecimentos) técnicas e uma abordagem holística.

Princípios de Não maleficência- Muitos autores propõem que o Princípio da Não-


Maleficência é um elemento do Princípio da Beneficência. Deixar de causar o mal intencional
a uma pessoa fazer o bem para este indivíduo. Alguns denominam de beneficência positiva e
negativa.

Autonomia - Diz respeito ao direito do doente de autodeterminação ou liberdade de fazer


escolhas sem oposição. Os enfermeiros respeitam o direito de autonomia mesmo quando a
decisão deste cria conflito com valores do enfermeiro. O enfermeiro defende o doente.

Fidelidade – que significa lealdade, exatidão é um dever de manter compromissos de origem


de obrigações e responsabilidades profissionais. Em geral essas obrigações e
responsabilidades são definidas pelos actos da prática de enfermagem.

Veracidade – É o dever de dizer a verdade. O enfermeiro deve fornecer informações factuais


ao paciente para que este possa exercer a sua autonomia.

Consentimento informado - O consentimento informado é certamente um tema actual, tanto


mais que constitui uma das pedras fundamentais do que cada vez mais se pretende melhorar,
que é o bem-estar e segurança dos cidadãos. A premissa básica do Consentimento Informado
é que todo o ser humano tem o direito de determinar o que será feito para e com o seu próprio
corpo.

Quando se fala em cuidados de enfermagem pensamos ser importante para todos, interrogarmo-
nos sobre os direitos de uns, colocarmo-nos no campo dos deveres dos outros e lembrarmo-nos
que os enfermeiros não podem deixar de reflectir sobre os princípios que devem guiar a sua
actuação.

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Respeito pelos direitos e dignidade da pessoa - A assistência de enfermagem tem como
objetivo promover qualidade de vida e manter a integridade do ser humano, para isso, deve-se
considerar suas crenças, suas histórias, suas limitações e seus temores.
Responsabilidade - A pessoa humana nasce com direitos e deveres, é constituída de
inteligência, consciência moral que aspira distinguir do bem e do mal, é livre porque faz
escolhas e toma decisões. Por isso é responsável pelo que faz e deixa de fazer, deve se
responsabilizada das suas acções.
Os enfermeiros são responsáveis pelos resultados obtidos no doente, ainda que deleguemos os
cuidados. Para evitar situações como estas, é necessário que conheça os regulamentos internos
da instituição, o instituído no campo deontológico e os dos direitos humanos. Na prestação dos
cuidados o enfermeiro deve ser responsabilizado. Isto tem a ver com a capacidade de responder
pelos seus actos acima de tudo, tem que o fazer perante si próprio, perante o utente, perante a
profissão a instituição empregadora e a sociedade. Para evitar danos ao paciente, o principio a
ser cumprido orientado, é o da responsabilização.

RELAÇÃO ENFERMEIRO – PACIENTE

Relação enfermeiro – paciente inicia com o Humor e comunicação nos cuidados de


enfermagem.
A enfermagem é uma profissão humanista, em seus princípios básicos, embora muitas vezes, o
profissional actue contra seus princípios profissionais mais elevados.
O relacionamento enfermeiro-paciente é uma relação entre duas ou mais pessoas.
O profissional e a pessoa que requer ajuda, que se dá através do processo terapêutico com
objectivo de resolver do problema apresentado.
O propósito da enfermagem é fornecer a ajuda que o paciente necessita para satisfazer suas
necessidades. O enfermeiro contribui simultaneamente para a saúde física e mental do paciente.
Faz parte da profissão de enfermagem a capacidade em desenvolver o relacionamento
interpessoal como uma prática diária, inserida em todo cuidado.
Atender o paciente de maneira mais humana deve ser prioridade para todos os profissionais de
saúde.
O humor tem como principal objectivo, funcionar como o maior mecanismo de ajuda às
pessoas, constituindo algo libertador e uma mais-valia para o estabelecimento de relações, na
medida em que favorece a proximidade entre as pessoas que o utilizam.
O humor tem a ver com a disposição, ajuda a lidar com os constrangimentos da vida, e os
enfermeiros, são os profissionais que mais lidam com a tensão, sofrimento, perda e medo.
Ter sentido de humor é considerado, como uma característica da personalidade do enfermeiro
e que, na medida em que ele é uma pessoa que pratica uma arte que vai em auxílio da pessoa,
contribuindo para o seu bem - estar, e para a sua saúde. Já Nightingale referia que o sofrimento
se alivia com um autêntico riso, quer seja através de um livro, quer através de conversação.
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A comunicação é um instrumento básico do cuidado em enfermagem. Ela está presente em
todas as acções realizadas com o paciente, seja para orientar, informar, apoiar, confortar ou
atender suas necessidades básicas.
Como instrumento, a comunicação é uma das ferramentas que o enfermeiro utiliza para
desenvolver e aperfeiçoar o saber-fazer profissional
Assim, a comunicação configura-se como um elemento essencial no cuidado. Entendida como
o alicerce de nossas relações interpessoais, o cuidado, nesta perspectiva, associa-se à prática de
comunicar-se.
A enfermagem tem como objectivo promover o cuidado que visa manter a saúde e a dignidade
humana. Nesta perspectiva, para que o atendimento se alinhe à Política Nacional de
Humanização, há que se considerar o estabelecimento de vínculos, de cooperação e a
participação colectiva no processo de gestão, e isso será possível quando entendermos a
importância de valorizar os sujeitos envolvidos.
A comunicação não é simplesmente uma troca de mensagens entre a enfermeira e o paciente,
mas é uma acção que deve ser planeada e individualizada, não sendo realizada somente por
impulsos e de forma intuitiva. Nesse sentido, a comunicação entre os profissionais, os gestores
e os pacientes configura-se em uma peça-chave, conforme estabelecido por uma das diretrizes
desta política, a transversalidade.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM

O cuidado de enfermagem: é uma atitude de carinho e dedicação incondicional, um


sentimento humano para com o semelhante, realizado na dimensão existencial do ser onde a
enfermagem valoriza a atenção individual e o respeito às necessidades do paciente.
O Cuidar em enfermagem tem a sua essência o cuidado do ser humano. Neste contexto as
actividades básicas que compõem a enfermagem são sublinhadas nas necessidades humanas
e são apresentadas a contínua interpretação por parte dos profissionais de enfermagem o modo
pelo qual estas necessidades são modificadas pelo estado particular da pessoa que cuida.
O cuidado significa: desvelo, solicitude, diligência, zelo, atenção e se concretiza no contexto
da vida em sociedade.
Cuidar implica: colocar-se no lugar do outro, geralmente em situações diversas, quer na
dimensão pessoal, quer na social.
Os cuidados de enfermagem requerem, que haja:
 Conhecimento científico porque o conhecimento fundamenta o cuidado de
enfermagem e este deve ser construído na intersecção entre a filosofia, que
responde à grande questão existencial do homem, a ciência e tecnologia, tendo
a lógica formal como responsável pela correção normal e a ética, numa
abordagem da origem efetivamente comprometida com a autonomia humana e
evolução das sociedades.

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Para cuidar é necessário: o respeito à dignidade humana, a privacidade do outro, o dever ético
e moral.
O Sistema de Classificação de Pacientes é um sistema de identificação e contribuição para o
cuidado individualizado de enfermagem para grupos de pacientes com necessidades
específicas, assegurando maior efectividade e produtividade do pessoal de enfermagem.
O sistema de classificação prevê o agrupamento de pacientes por complexidade assistencial,
onde é importante:
 Observar o perfil de cada grupo ou categoria préviamente estabelecido;
 A distribuição dos leitos para o atendimento da demanda por grupos de
pacientes;
 A realocação dos recursos materiais e humanos;
 Pormenorizar como serão realizadas as acções,
 A necessidade de reorientação de toda equipa envolvida na assistência
Assistência de enfermagem é:
1. Fazer enfermagem;
2. É fazer pelo ser humano tudo aquilo que ele não pode fazer por si mesmo;
3. Ajudá-lo ou auxiliá-lo quando parcialmente impossibilitado de se auto-cuidar,
4. Supervisioná-lo ou encaminhá-lo a outro aproveito.
A assistência de enfermagem tem como objetivo: promover qualidade de vida e manter a
integridade do ser,
Para que os objectivos sejam atingidos o enfermeiro (a), deve-se considerar as crenças, as
histórias, as limitações e os temores do paciente.
Os cuidados de enfermagem são amplos, as suas acções podem ser:
1. Cuidados preventivos
2. Cuidados de enfermagem em urgência e emergência
3. Cuidados de enfermagem na reabilitação
4. Cuidados prolongados
5. Cuidados ambulatoriais
6. Cuidados humanizados

CAPITULO – 2

CUIDADOS TRANSVERSAIS

ADMISSÃO

Trata-se da internação do cliente em uma unidade hospitalar. É o ato de admitir pacientes para
ocupar um leito hospitalar por um período igual ou superior a 24 horas.

A proveniência dos doentes faz-se através do serviço de Urgência ou por transferência de outras
unidades da instituição hospitalar, assim como do exterior à instituição.

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A admissão do doente é sempre da exclusiva responsabilidade do médico de serviço, devendo
transmitir sempre essa informação à equipa de enfermagem. Cabe ao enfermeiro que irá ficar
responsável pelo doente a admitir, a verificação e preparação da unidade, de acordo com a
condição clínica do doente.

Na Recepção do paciente é importante Cortesia, segurança, transmitir confiança, informar sobre


normas e rotinas. Apresentar equipe e unidade, objetos de uso pessoal, controlar sinais vitais,
peso e altura. Iniciar procedimentos terapêuticos, registros, horários de visitas, orientações
gerais.

A recepção do doente e a sua transição para a cama, é feita no corredor do serviço, perto da
porta de acesso directo às unidades.

Admissão de enfermagem é necessário registar Horário e motivo da internação, diagnóstico


médico, meio de locomoção, estado geral Sinais e sintomas, hábitos (alimentação, eliminação,
sono e repouso), uso de medicamentos, alergias, uso de próteses, sinais vitais.

Se o doente estiver consciente, deverá ser apresentado à equipa e informado do funcionamento


básico da unidade. Aquando da admissão do doente, deverão ser efectuados obrigatoriamente,
entre outros, os seguintes procedimentos:

 Tomar conhecimento adequado do motivo de internamento e seu grau de


estabilidade/instabilidade
 Monitorizar o doente
 Avaliar funcionalidade dos acessos venosos
 Iniciar terapêutica instituída
 Iniciar a folha de registos
 Identificar o nível ou mudar as perfusões em curso e todas as drenagens, a fim de
melhor contabilização do balanço hídrico
 Efectuar a mudança de todos os sistemas de soros e do sistema de diurese horária
 Efectuar cuidada observação física do doente
 Colaborar com o médico na execução de procedimentos técnicos

Sempre que o doente é admitido, o processo deverá ser organizado pela secretária de unidade
ou pelo enfermeiro responsável pelo doente em caso de ausência da mesma.

Aquando da entrada do doente, não serão permitidos objectos ou valores pessoais, devendo os
mesmos permanecer no serviço de origem do doente.

DESINFECÇÃO E ESTERILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS MÉDICOS


ESTERILIZAÇÃO

Esterilização é a destruição de todas as formas de vida microbiana (vírus, bactérias,


esporos, fungos, protozoários e helmintos) por um processo que utiliza agentes químicos ou
físicos.

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A prática da esterilização visa a incapacidade de reprodução de todos os organismos presentes
no material a ser esterilizado, causando a morte microbiana até que a probabilidade de
sobrevivência do agente contaminante seja menor que 1:1.000.000, quando um objeto pode
então ser considerado estéril.

O esporo bacteriano (forma mais resistente aos agentes esterilizantes) é o parâmetro utilizado
para o estudo microbiológico da esterilização, ou seja, para se assegurar a esterilização de um
artigo todos os esporos devem ser destruídos.

Tipos de Esterilização

Esterilização por meios físicos

 Vapor saturado sob pressão


 Calor seco
 Radiação ionizante
 Radiação não ionizante

Esterilização por meios químicos

 Formaldeído
 Glutaraldeído
 Óxido de etileno
 Peróxido de hidrogênio
 Ácido peracético
 Plasma de peróxido de hidrogênio

Equipamentos

Os equipamentos utilizados para este método de esterilização são as autoclaves. Estas


constituem-se basicamente de uma câmara em aço inox, com uma ou duas portas, possui válvula
de segurança, manômetros de pressão e um indicador de temperatura. Elas podem ser divididas
em dois tipos:

Autoclave gravitacional: o ar é removido por gravidade, assim quando o vapor é admitido na


câmara, o ar no interior desta, que é mais frio (mais denso), sai por uma válvula na superfície
inferior da câmara. Pode ocorrer a permanência de ar residual neste processo, sendo a
esterilização comprometida principalmente para materiais densos ou porosos.

Autoclave pré-vácuo: o ar é removido pela formação de vácuo, antes da entrada do vapor,


assim quando este é admitido, penetra instantaneamente nos pacotes.

Cuidados básicos para a eficiência da autoclave:

Higienizar convenientemente os materiais:

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-Material crítico deve permanecer em solução desinfetante durante 30 minutos,
antes de se realizar a limpeza.

-Os instrumentais devem ser lavados manualmente com o uso de escovas, ou


em lavadoras ultrassónicas.

-Drenos, tubos, cateteres devem ser lavados com água e detergente apropriado;
deve-se usar seringas para lavar e enxaguar a luz dos mesmos.

-Agulhas e seringas devem ser lavadas com detergente e enxaguadas


abundantemente para que este seja removido completamente.

Acondicionar os artigos em embalagens adequadas, que permitam a esterilização e a estocagem


do artigo.

Identificar os pacotes corretamente, não ultrapassar as dimensões de 30cm x 30cm x 50cm, e o


peso de 7 kg. Colocar os pacotes pesados sob os mais leves; evitar encostá-los nas paredes da
câmara, deixar espaço entre eles para facilitar a drenagem do ar e penetração do vapor. Não
sobrecarregar o equipamento, utilizar apenas 80% de sua capacidade.

Colocar a fita indicadora na embalagem externa e vedar os pacotes menores com a mesma.

Recipientes como bacias, jarros, ou outros que possuem concavidade devem ser colocados com
sua abertura para baixo para facilitar o escoamento do ar e da água resultante da condensação
do vapor.

DESINFENÇÃO

É processo de destruição dos microrganismos em forma vegetativa, mediante aplicação de


agentes físicos ou químicos.

- Agente físico: radiação ultra-violeta

- Agente físico líquido: água em ebulição e sistemas de lavagem automáticas que associam
calor, ação mecânica e detergente.

- Agente químico líquido: aldeídos (p/ artigos termossensíveis), álcoois (p/ artigos e
superfícies), fenol sintético (p/ artigos e superfícies) e hipoclorito de sódio (p/ artigos e
superfícies)

MONITORIZAÇÃO DOS PARÂMETROS VITAIS


As alterações da função corporal geralmente refletem-se na temperatura, na pulsação,
respiração e na pressão arterial do paciente, podem indicar enfermidades. A dor é um sintoma
que pode interferir na homeostase orgânica, causando alterações nos sinais vitais. Hoje vem
sendo apontada como 5º sinal vital.
Os sinais vitais referem-se à:
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 Temperatura (T.)
 Pulso ou batimentos cardíacos (P.)
 Respiração (R:)
 Pressão arterial /P.A.)
 Dor

Pela importância de cada um deles, a verificação e anotação devem ser extas, no geral, sua
verificação deve ser feita ca 4 ou 6 horas ou segundo a necessidade do paciente.
A dor é reconhecida como 5º sinal vital, é fundamental a sua aferição e controlo por meio de
uma escala analógica visual.
Material necessário para a verificação dos sinais vitais:
 Relógio analógico ou digital
 Termómetro
 Esfigmomanómetro
 Estetoscópio
 Algodão embebido em álcool a 70%
 Luva de procedimentos para a temperatura retal
 Caneta e material de registos

Temperatura
Temperatura corporal é o equilíbrio entre a produção e a perda de calor do organismo, mediado
pelo centro termorregulados que é chamado hipotálamo localizado no cérebro.
A temperatura de equilíbrio ronda, nos seres humanos, os 37ºC, estando os limites normais
situados entre os 36,1ºC e 37,2ºC. A faixa normal de valores da temperatura central vai de 36ºC
a 37,2ºC; porém, em actividades físicas intensas, pode aumentar para 38ºC a 40ºC. A variação
da temperatura num adulto depende, fundamentalmente, da sua idade actividade física,
hidratação e estado de saúde, incluído a presença de infecção. Considera-se que num ciclo de
24 horas, a temperatura corporal varia: mais baixa entre a 1 e a 4 horas da manhã, subindo ao
longo do dia, e atingindo o seu valor máximo por volta das 18 horas. Considera-se febre leve
ou febrícula - até 37,5ºC -febre moderada - de 37,5 a 38,5ºC -febre alta ou elevada – acima de
38,5ºC

Terminologia

 Hipotermia: Temperatura abaixo de 35°C


 Afebril: 36,1°C a 37,2°C
 Febril: 37,3°C a 37,7°C
 Febre: 37,8°C a 38,9°C
 Pirexia: 39°C a 40°C
 Hiperpirexia: acima de 40°C

Valor de referência para a temperatura


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 Temperatura axilar: 35,8°C a 37°C
 Temperatura bucal: 36,3°C a 37,4°C
 Temperatura retal: 37°C a 38°C

Verificação da temperatura axilar

1. Higienize as mãos

2. Prepare o material necessário

3. Explique o procedimento ao paciente

4. Realize a assepsia do termômetro utilizando algodão embebecido em álcool a 70%

5. Enxugue a axila, caso seja necessário, coloque o termômetro na região axilar com o bulbo
em contato direto com a pele do paciente, pedindo ao paciente que mantenha o braço por sobre
o tórax, com a mão no ombro oposto e o cotovelo rente ao corpo

6. Retire o termômetro após 5 min, realiza a leitura e memorize o resultado

7. Agite o termômetro para que o mercúrio desça abaixo de 35°C

8. Realize a assepsia do termômetro com algodão embebido em álcool a 70%

9. Higienize as mãos

10. Cheque o procedimento realizado e anote o valor obtido no prontuário do paciente.

Verificação de temperatura oral

1. Higienize as mãos

2. Prepare o material necessário

3. Explique o procedimento ao paciente

4. Realize a assepsia do termômetro utilizando algodão embebecido em álcool a 70%

5. Coloque o termômetro sob a língua do paciente, recomendando a ele que o conserve na


posição, mantendo a boca fechada

6. Retire o termômetro após 5 min, realize a leitura e memorize o resultado

7. Realize assepsia do termômetro com algodão embebido em álcool a 70% e guarde-o em


local apropriado

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8. Higienize as mãos

9. Regista o procedimento realizado e anote o valor obtido no prontuário do paciente.

Verificação da temperatura retal

1. Higienize as mãos

2. Prepare o material necessário

3. Explique o procedimento ao paciente

4. Calce as luvas de procedimento

4. Realize a assepsia do termômetro utilizando algodão embebecido em álcool a 70%

5. Coloque o paciente em decúbito lateral esquerdo com a perna direita flexionada (posição de
Sims)

6. Lubrifique a ponta do termômetro e introduza-o no ânus, acompanhado a curvatura do reto,


aproximadamente 1,5 cm em lactentes e 4 cm em adultos

7. Retire o termômetro após 3 min, realize a leitura e memorize o valor

8. Lave o termômetro com água e sabão

9. Realize assepsia do termômetro com algodão embebido em álcool a 70%

10. Retire as luvas de procedimento

11. Higienize as mãos

12. Cheque o procedimento realizado e anote o valor obtido no prontuário do paciente.

PULSO

O pulso também compõe os sinais vitais que quando se palpa uma artéria, o pulso arterial é
percebido como uma expansão da parede arterial síncrona com o batimento cardíaco. A
expansão é devida à distensão súbita da parede arterial originada pela ejeção ventricular na
aorta e sua transmissão aos vasos periféricos.

Na realidade, o pulso arterial é uma onda de pressão dependente da ejecção ventricular e, por
isso, a análise do pulso arterial proporciona dados inestimáveis da ejeção ventricular esquerda,
do mesmo modo que o pulso venoso expressa a dinâmica do enchimento ventricular direito.

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Terminologia

 Pulso normocárdico: Batimento cardíaco normal


 Pulso rítmico: os intervalos entre os batimentos são iguais
 Pulso arrítmico: os intervalos entre os batimentos são desiguais
 Pulso dicrótico: dá impressão de dois batimentos
 Taquisfigmia: pulso acelerado
 Bradisfigmia: frequência abaixo da faixa normal
 Pulso filiforme: indica redução da força ou do volume do pulso periférico

Valor de referência para pulsação

 Adultos – 60 a 100 bpm;


 Crianças – 80 a 120 bpm;
 Bebês – 100 a 160 bpm.

Verificação do pulso periférico

1. Higienize as mãos

2. Explique o procedimento ao paciente

3. Aqueça as mãos se necessário, friccionando-as

4. Coloque as polpas digitais dos dedos médios e indicador sobre uma artéria superficial e
comprima levemente

5. Conte os batimentos durante 1 min

6. Observe arritmias e amplitude

7. Higienize as mãos

8. Cheque o procedimento realizado e anote o valor obtido no prontuário do paciente.

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RESPIRAÇÃO

Na respiração, o oxigênio inspirado entra no sangue e o dióxido de carbono (CO2) é expelido,


com frequência regular. A troca destes gases ocorre quando o ar chega aos alvéolos pulmonares,
que é a parte funcional do pulmão. É nesse processo que o sangue venoso se transforma em
sangue arterial. A frequência respiratória em geral é mensurada através da observação da
expansão torácica contando o número de inspirações por um minuto.

Terminologia

Eupneia: respiração normal

Dispneia: é a respiração difícil, trabalhosa ou curta. É sintoma comum de várias doenças


pulmonares e cardíacas; pode ser súbita ou lenta e gradativa.

Ortopneia: é a incapacidade de respirar facilmente, exceto na posição ereta.

Taquipneia: respiração rápida, acima dos valores da normalidade, frequentemente pouco


profunda.

Bradipneia: respiração lenta, abaixo da normalidade

Apneia: ausência da respiração

Respiração de Cheyne-Stokes: respiração em ciclos, que aumenta e diminui a profundidade,


com períodos de apneia. Quase sempre ocorre com a aproximação da morte

Respiração de Kussmaul: inspiração profunda seguida de apneia e expiração suspirante,


característica de como diabético.

Respiração de Biot: respirações superficiais durante 2 ou 3 ciclos, seguidos por período


irregular de apneia.

Respiração sibilante: sons que se assemelham a assobios

Valor de referência para respiração

 Adultos – 12 a 20 inspirações/ min;


 Crianças – 20 a 25 inspirações/ min;
 Bebês – 30 a 60 respirações/ min.

Verificação de frequência respiratória

1. Higieniza as mãos

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2. Posicione o paciente confortavelmente

3. Coloque a mão no pulso radial do paciente, como se fosse controlar o pulso, e observe os
movimentos respiratórios

4. Conte a frequência respiratória por 1 minuto e memorize

5. Higienize as mãos

6. Registre o valor e as características da respiração na folha de anotação de enfermagem

OXIMETRIA DE PULSO

Princípio da Oximetria de Pulso Arterial O princípio da OPA é baseado na absorção de luz


vermelha e infravermelha na hemoglobina oxigenada (saturada) e reduzida. Este princípio é
denominado espectrofotometria.

O sangue saturado de oxigênio tem um espectro de absorção de luz diferente do sangue não
saturado de oxigênio. Assim, a quantidade de luz no espectro vermelho e infravermelho
absorvida pelo sangue, pode ser utilizada para calcular a taxa da hemoglobina oxigenada em
relação a hemoglobina total no sangue arterial, sendo apresentada no monitor do equipamento
como a percentagem de SpO2. Os valores normais situam-se, normalmente, entre 95 a 100%

PRESSÃO ARTERIAL

Esse sinal vital é a medida da pressão exercida pelo sangue nas paredes das artérias. A pressão
ou tensão arterial depende da força de contração do coração, da quantidade de sangue circulante
e da resistência dos vasos.

Ao medir a pressão arterial consideramos a pressão máxima ou sistólica que resulta da


contração dos ventrículos para ejetar o sangue nas grandes artérias e a pressão mais baixa ou
diastólica, que ocorre assim que o coração relaxa.

Terminologia

Hipertensão: PA acima da média

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Hipotensão: PA inferior à média

Convergente: a sistólica e a diastólica se aproximam

Divergente: a sistólica e a diastólica se afastam

Valor de referência para pressão arterial

 Hipotensão – inferior a 100 x 60 mmHg


 Normotensão – 120 x 80 mmHg
 Hipertensão limite – 140 x 90 mmHg
 Hipertensão moderada – 160 x 100 mmHg
 Hipertensão grave – superior a 180 x 110 mmHg

Verificação da pressão arterial

1. Higienize as mãos

2. Prepare o material na bandeja

3. Explique o procedimento ao paciente

4. Remova as roupas do braço no qual será colocado o manguito

5. Posicione o braço na altura do coração, apoiado, com a palma da mão voltada para cima.

6. Realize a assepsia, com algodão embebido em álcool a 70% nas olivas e no diafragma do
estetoscópio

7. Selecione o manguito de tamanho adequado ao braço

8. Centralize o meio da parte compressiva do manguito sobre a artéria braquial

9. Solicite que o paciente não fale durante a mensuração

10. Palpe a artéria braquial e coloque o estetoscópio sobre ela sem comprimi-la
excessivamente

11. Insufle o manguito até ultrapassar 20 a30 mmHg o nível estimado da pressão sistólica (ponto
de desaparecimento do pulso radial)

12. Proceda à deflação lentamente

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13. Determine a pressão sistólica na ausculta do primeiro som (Fase I de Korotkoff), que é um
som fraco seguido de batidas regulares, e em seguida, aumente ligeiramente a velocidade de
deflação

14. Determine a pressão diastólica no desaparecimento do som (Fase V de Korotkoff)

15. Ausculte cerca de 20 a 30 mmHg abaixo do último som, para confirmar seu
desaparecimento

16. Informe o valor da pressão arterial medido ao paciente

17. Realize a assepsia com álcool a 70% nas olivas e no diafragma do estetoscópio

18. Guarde o material

19. Higienize as mãos

20. Registre o valor obtido na folha de anotação de enfermagem.

DOR

É definida como "uma experiência sensorial e emocional desagradável resultante do


comprometimento tecidual real ou potencial. É a justificativa mais comum para procurar
cuidados de saúde".

Dentro deste contexto a dor é um fenômeno individual sendo descrita como "simplesmente
aquilo que o indivíduo que a está experimentando diz que é. Por ser uma experiência subjetiva,
a intensidade e a duração, bem como o significado atribuído, são determinadas pelo indivíduo.
A dor afeta o bem- estar físico e psicossocial do indivíduo, refletindo na qualidade de vida
deste, de modo a afetá-lo em suas relações familiares, sociais e profissionais.

A dor pode se manifestar em diferentes níveis de intensidade e locais, se diferenciando também,


de acordo com sua causa e tempo de manifestação.

A dor pode ser aguda ou crônica. Dor aguda está relacionada com as afecções traumáticas,
infecciosas ou inflamatórias, há espectativas de desaparecer após a cura da lesão. Dor crônica
é aquela que persiste após um tempo razoável para cura de um lesão ou que está associada a
processos patológicos crônicos que causam dor contínua ou recorrente.
O controlo da dor é um direito das pessoas e um dever dos profissionais de saúde.
O tratamento pode ser farmacológico, aquele onde se utiliza fármacos que devem ser
administrados conforme a prescrição médica. Após a administração do medicamento é
necessário que se faça uma avaliação de melhora ou piora da dor em torno de 60 minutos, para
que outras intervenções possam estar estabelecidas. O não farmacológico consiste no controlo
da dor por meio de técnicas de distração e relaxamento, podem ser utilizadas compressas frias,
mornas, ou soluções mentoladas.
Procedimentos:
20
 Avaliar factores que melhoram ou aliviam a dor.
 Administrar os medicamentos prescritos.
 Administrar técnica não farmacológica.
 Depois de 1h avaliar a conduta.
 Valorizar sempre as queixas do paciente.
 Descrever a dor e realizar anotações de enfermagem.

DIURESE

É o controlo do volume urinário num determinado período de tempo.

Objetivos:
• Auxiliar no diagnóstico, na evolução e no tratamento do paciente;
• Coletar amostra para análise laboratorial;
• Balanço hídrico.

Orientações gerais:
• Controlar a diurese a cada período de trabalho ou conforme solicitação médica;
• Iniciar o controlo de diurese, independentemente de solicitação médica, dos pacientes com:
- Cardiopatias;
-Doenças renais;
- Diabetes;
- Nutrição parenteral prolongada;
- Pós-operatório de grandes cirurgias;
- Ascite;
- Pacientes graves.
• Medir o volume urinário no frasco graduado após cada micção, desprezando a urina em
seguida. Observar suas características: odor, cor e aspecto. Anotar no prontuário do paciente.
A diurese não deve ficar guardada no banheiro durante o período;
• O frasco graduado deve ser enxaguado após cada medida;
• O controlo de diurese em pacientes com sonda vesical é feito ao final de cada período de
trabalho ou quando o coletor estiver cheio, medir no frasco e em seguida desprezar a diurese
no vaso sanitário.

ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS

A administração medicamentos é uma das actividades de maior responsabilidade da


enfermagem. A sua correcta execução depende da aplicação de diversos princípios científicos
que não se verificando puderam levar a erros com prejuízo do paciente.

Todo medicamento deve ser prescrito pelo médico e a sua administração não é um ato simples,
tanto no que diz respeito a preparar, quanto no que se refere a dar a medicação ao paciente.
Exigem-se responsabilidade e conhecimento de microbiologia, farmacologia e de cuidados de
enfermagem específicos. Selecção e obtenção do medicamento.

1. Prescrição
2. Preparação e dispensar
21
3. Administração medicamentos
4. Acompanhamento do paciente em relação aos efeitos do medicamento

No processo de administração medicamentos deve-se ter em conta:

 Se o medicamento contém substâncias sujeitas a controlo especiais


 Faixa etária a quem se destina a medicação terapêutica, isto é, crianças, jovens, adultos
ou pacientes idosos
 Grupo farmacológico
 Descrição da acção, reacção e interacção das drogas
 Posologia
 Prescrição médica

Caso o enfermeiro não tenha em consideração dos factores acima descritos puderam ocorrer
erros:

 De omissão
 De administração
 De dose extra
 Relacionados com a via de administração
 Devidos ao horário incorrecto
 Devidos a preparação incorrecta
 Devidos à utilização de técnicas incorrectas
 Devido a medicamentos deteriorados
 De prescrição
 De distribuição

Os erros na medicação também podem estar relacionados com:

 Deficiência da formação acadêmica


 Inexperiência
 Negligência
 Desatenção
 Desatualização quanto aos avanços tecnológicos e científicos
 Ao manusear de equipamentos
 Aos procedimentos definidos

Neste sentido, a aplicação da regra "7 certos" que vem sendo defendida por diversos autores e
investigadores, deve ser recorda como um dos guias condutores no processo de administração
medicamentos:
Antes da administração deve-se observar a regra dos sete certos:

 Prescrição certa
 Leito certo
 Medicamento certo
 Paciente certo
 Dose certa
 Hora certa
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 Via certa

Para a administração segura de medicamentos é necessário promover aos profissionais acerca


de outras áreas, tais como:

• Conhecimentos farmacológicos
• Anatomia
• Fisiologia
• Microbiologia
• Bioquímica

É Fundamental, também, o conhecimentos sobre:

 Princípios que envolvem a administração de medicamentos,


 Acção,
 Interações,
 Efeitos colaterais,
 Erro

Um erro pode trazer graves consequências aos doentes sob responsabilidade desses
profissionais.

A administração dos medicamentos depende:

• Rapidez da actuação da droga oferecida,


• Da classe;
• Quantidade da droga a ser ministrada,
• Das condições em que o doente está.
• Via usadas para administração por vezes contra-indicam em alguns casos.

Abrange os processos de:

 Absorção,
 Distribuição,
 Bio-transformação
 Excreção.

Ou então a movimentação dos fármacos pelos diferentes sítios orgânicos.

Absorção Consiste na transferência do fármaco desde seu local de aplicação até a corrente
circulatória. Se um fármaco é inadequadamente absorvido, não produz os seus efeitos
sistêmicos.

A absorção depende:

 Trans-membrana,
 Fluxo sanguíneo no sítio absortivo,
 Extensão e espessura da superfície de absorção
 Vias de administração escolhidas.
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 Algumas situações fisiológicas (menstruação, puerpério) ou patológicas (edema,
inflamação, ulceração)

Distribuição consiste:

 O fármaco penetra na circulação sistêmica por administração direta ou após


absorção a partir do sítio de aplicação.
 Do sangue distribui-se aos diferentes tecidos do organismo,
 A velocidade e extensão da distribuição dependem do fluxo sanguíneo tecidual,
propriedades físico-químicas do fármaco, características da membrana através da
qual será transportado e sua ligação a proteínas plasmáticas e teciduais

Excreção consiste no seguinte:

 Os compostos são removidos do organismo para o meio externo.


 Fármacos hidrossolúveis, carregados ionicamente, são filtrados nos glomérulos ou
secretados nos túbulos renais, não sofrendo reabsorção tubular, pois tem dificuldade
de atravessar membrana

Excreção das drogas:

 Eliminação: Excreção e processos inativa a droga fim da acção da droga.


 Vias = Renal, Sistema hepatobiliar, Pulmonar (anestésicos gasosos), Suor, Saliva,
Lágrimas, Leite Materno, Fezes e Secreção nasal, ou tubular ativa, através do epitélio
tubular

VIAS DE ADMINISTRAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS

1. Via Oral - Absorção intestinal, - Absorção sublingual

2. Via Retal

3. Via Injetável (Parenteral) - Via intradérmica,- Via subcutânea,- Via intramuscular,- Via
endovenosa

4. Ocular,

5.Inalatória (ex.: gases utilizados em anestesia e medicamentos contra asma),

6.Intranasal,

7. Dérmica

8.Vaginal (ex.: droga para induzir o trabalho de parto)

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Via oral

A via oral também considerada Enteral consiste na ingestão do fármaco, é o método mais
utilizado quando falamos em prescrição de um fármaco. É considerada o mais seguro, mais
adequada e mais prática.

Doentes com Sonda Nasogástrica (SNG) ou Sonda Naso - enterais (SNE) as medicações VO
devem ser administradas através das mesmas. Este medicamento deverá ser diluído em água e
antes e após a administração deve-se realizar a lavagem das sondas evitando assim a obstrução
das mesmas. Os medicamentos sublinguais seguem o mesmo procedimento empregado para
aqueles de via oral, exceto que a medicação deve ser colocada sob a língua.

Ter em conta o seguinte:

 Nesse período, o doente não deve conversar nem ingerir líquido ou alimentos.
 As medicações administradas por via sublingual promovem uma rápida absorção da
droga em curto espaço de tempo, além de se dissolverem rapidamente, deixando pouco
resíduo na boca.
 Absorção é rápida e o medicamento cai diretamente na circulação geral, e não passa
pela parede intestinal e nem pelo fígado.
 Essa via é utilizada para aplicar medicações em algumas urgências, como, por exemplo:
medicação para precordialgia e para hipertensão.

Via rectal

A via retal é usada quando a ingestão oral não é possível devido a êmese excessiva ou quando
o paciente se encontra ou está inconsciente.

Por via parenteral podem ser administradas medicamentos ou nutrientes por qualquer
via que não seja a oral e a intestinal.

É importante considerar

 – Especificidade de cada medicamento


 - Tipo de acção desejada (local ou geral)
 - Velocidade de absorção pretendida

Via Parenteral corresponde:

IM: intramuscular

SC: subcutânea

ID: Intradérmica

EV ou IV: endovenosa

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Administração Parenteral: A administração parenteral de fármacos possui algumas vantagens
claras em relação à via oral. Por ser mais ligeira e mais previsível. Além disso, a dose eficaz
pode ser determinada de forma mais precisa. Na terapia emergencial, esse tipo de administração
é valioso.

A injeção do fármaco suas desvantagens. Pode acontecer de ter uma injeção intravascular
acidental, a injeção pode vir acompanhada de forte dor e, às vezes, é difícil para um paciente
injetar o fármaco em si mesmo se for necessária a automedicação. Os custos em relação a este
tipo de intervenção são outra consideração importante. A droga pode também ser impedida de
ser administrada pela via parenteral, por ter suas próprias características, ou pelas condições do
cliente.

A administração via intramuscular permite que se injete o medicamento diretamente no


músculo em graus de profundidade variados. É usado para administrar suspensões e soluções
oleosas, garantindo sua absorção a longo prazo. Devemos estar atentos quanto a quantidade a
ser administrada em cada músculo.

É necessário que o profissional realize uma avaliação da área de aplicação, certificando-se do


volume que esse local possa receber.

Na via subcutânea ou hipodérmica, os medicamentos são administrados debaixo da pele, no


tecido subcutâneo. Nesta via a absorção é lenta, através dos capilares, de forma contínua e
segura. Usada para administração de vacinas (anti-rábica e anti-sarampo), anticoagulantes
(heparina) e hipoglicemiantes (insulina). O volume não deve exceder 1,0 ml.

Via Intradérmica: Parecida com a aplicação sub -cutânea, porém com a agulha apropriada o
medicamento nesta via, é ministrado sobre a pele. Formando uma saliência, devido ao líquido
aplicado sobre a pele.

Motivo da escolha da via:

• Necessidade de reação rápida numa emergência;

• Quando a doença afetar a absorção ou o metabolismo do medicamento (ex.: paciente


com queimadura grave.);

• Evitar desconforto das outras vias de injeção;

• Quando a droga precisa ser mantida num nível terapêutico;

• Quando a terapia medicamentosa for prolongada.

PUNÇÃO VENOSA PERIFERICA

A punção venosa periférica é um procedimento invasivo de alta ocorrência no cotidiano dos


profissionais de enfermagem. É a introdução de um cateter venoso periférico a fim de
administrar soluções ou drogas diretamente na corrente sanguínea.
26
Objectivos
• Para se obter uma acção imediata do medicamento,

• Colheita de sangue para exame,

• Para administração de medicamentos,

• Para manutenção de acesso venoso.

CRITÉRIOS ANTES DA PUNÇÃO


• O profissional responsável pela equipe de enfermagem que realiza o procedimento é o
enfermeiro e a ele cabe a função de observar e orientar o processo teoria- prática no
campo de trabalho.

• Comunicar ao doente a necessidade e os possíveis riscos, avaliar a sua compreensão


para reduzir ansiedade promovendo a cooperação.

• Seleção cuidadosa do local da punção e eficiência na técnica de penetração da veia.

• Avaliar os possíveis riscos de punção como terapia anticoagulante, baixa contagem de


plaquetas, distúrbios de sangramento, risco de hemorragia e formação de hematoma;

• Escolher o cateter considerando a condição do paciente, tipo de solução a ser infundida


nas 72h.

• Usar um cateter de menor calibre na maior veia possível diminui a irritação química
mecânica à parede venosa;

• Utilizar a mão não dominante do paciente de preferência;

Por se tratar de um procedimento rotineiro algumas regras da técnica correta para a


realização do procedimento são esquecidas, o que dificulta a realização do procedimento
com maior segurança e ainda expõe o paciente à necessidade de maior intensidade de dor
por necessidade de repetição do procedimento por várias vezes, pelo não conhecimento
anatômico ou ainda a realização do procedimento utilizando material inadequado. A Mão é
o lugar-comum para os adultos
• Nas Veias da perna Tenha em mente que o uso das mesmas aumenta o risco do paciente
para a tromboflebite.

Locais possíveis para punções venosas: Antebraço, Os locais utilizados com maior
frequência.

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CUIDADOS ESPECÍFICOS

OXIGENOTERAPIA

A oxigenoterapia é um procedimento realizado pela equipe de enfermagem que trabalha em


unidades hospitalares. Consequentemente, estes trabalhadores precisam saber sobre o
dispositivo mais apropriado para fornecer a concentração de oxigênio que o paciente precisa, e
então destacamos os cuidados essenciais na implementação desta terapêutica. Também é
importante considerar o oxigênio como uma medicação, tal como acontece com um
medicamento, ele possui efeitos terapêuticos e colaterais, e sua eficácia depende da via de
administração, da dosagem e de cuidados especiais.

O enfermeiro deve estar atento aos sinais clínicos de hipóxia, de origem respiratória, cardíacos,
neurológicos e outros. Quanto aos sinais respiratórios, destacamos a frequência e esforço
respiratório acentuado ou respiração laboriosa (retração intercostal, batimento de asa de nariz),
a cianose progressiva, perioral, de extremidades, generalizada (tardia).

Quanto aos sinais cardíacos, chamamos atenção para a taquicardia, pulso filiforme (sinais
precoces); bradicardia, hipotensão e parada cardíaca (sinais posteriores).

A enfermagem presta cuidados a maior parte do tempo, e o que mais a habilita para entender
os sinais clínicos que ela apresenta é a observação e registro indicativo da necessidade de
oxigenoterapia para evitar o agravamento da insuficiência respiratória.

O enfermeiro precisa estar atento aos sinais neurológicos de inquietação, confusão,


desorientação, prostração, convulsão, coma; além de outros como palidez, sinais decorrentes
de acidose metabólica (respiração tipo Kusmaull, embotamento sensorial e inconsciência etc)
Prevenir a combustão alimentada pelo oxigênio, por ser um gás com riscos de explosão e
incêndio, especialmente, evitando a utilização de óleos e graxas; não permitindo o uso de
aparelhos elétricos próximo à tenda de O2, mantendo os reservatórios portáteis e móveis de O2
na vertical e longe da fonte de calor; não fumar bem como evitar o uso de roupas de cama
sintética.

Oxigenioterapia destaca-se por se tratar de uma terapêutica medicamentosa, há necessidade de


uma prescrição médica para que a enfermagem possa desenvolver os procedimentos de
implementação necessários ao uso eficiente da terapêutica. Consequentemente é nossa
responsabilidade conhecer com profundidade as vias de administração do oxigênio, as razões
de sua eleição, as vantagens e desvantagens de cada método adotado, bem como o fluxo de O2
adequado e a FIO2 fornecidas.

Efetuar controle e acompanhamento cuidadoso da terapia para prevenção de efeitos tóxicos e


colaterais do oxigênio, sendo os mais conhecidos aqueles que afetam a retina e os pulmões.

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Destacamos a seguir algumas complicações inerentes ao uso de oxigênio que precisam ser
evitadas, através de uma prática consciente e bem informada:

a) Concentrações inspiradas maior que 50%, por tempo prolongado, ocasionam alterações
pulmonares (atelectasia, hemorragia , edema, fibrose) e displasia broncopulmonar;

d) Outro efeito indesejável é o de ressecar mucosas, o que é prevenido pelo uso de


umidificadores.

Manter as vias aéreas desobstruídas, o que possibilita um aproveitamento total do fluxo de


oxigênio em uso, promovendo a extensão do pescoço, a retificação da língua quando ocorre
obstrução da hipolaringe (manualmente ou utilizando cânula de Guedel) e ainda removendo as
secreções. Conhecer e controlar o equipamento, a fim de detectar obstruções, dobraduras ou
vazamentos ou mal funcionamento dos circuitos e proceder a limpeza adequada após o seu uso.

Aplicar e controlar a terapêutica, de acordo com o método, duração e concentração prescritas


e/ou condições do paciente.

Nunca se esquecer de manter o O2 umidificado e aquecido. É preciso ainda, controlar a resposta


do paciente à terapêutica durante a hipóxia de 15 em 15 minutos (no mínimo) e posteriormente
de hora em hora, se houver melhora do quadro.

Observar o pulso, características da respiração e das condições do paciente (espera- se que haja
redução da inquietação e do esforço respiratório, melhora da cianose e retorno aos parâmetros
normais dos sinais vitais) Preparar, orientar e apoiar a criança e a família durante o
procedimento, fornecendo explicações e apoio para diminuir a ansiedade.

Permitir que o paciente toque o equipamento e verifique o funcionamento, desde que tenha
compreensão para isto.

Registrar início e término do tratamento e intercorrências. A terapêutica deve ser encerrada


gradualmente, controlando a reação do paciente e os gases arteriais. A atenção às outras
necessidades do paciente como, mobilidade (mudança de decúbito), higiene e conforto,
manutenção da Integridade corporal, manifestações de afeto por meio de procedimentos como
dar colo, conversar, dentre outros, são imprescindíveis para o sucesso da terapêutica.

Quanto aos sistemas de fornecimento de O2, lembrar-se de que os dispositivos de fluxo baixo
fornecem, somente parte do gás inspirado. O ar ambiente é misturado ao oxigênio fornecido
pelo aparelho quando o paciente inspira. Ficar atento, pois quanto maior a hiperventilação ou
inspiração profunda menor a concentração de O2 inspirado, em função da entrada de grande
quantidade de ar ambiente. Quanto mais superficial a respiração maior a concentração de O2
inspirado. Como exemplos, podemos destacar o catéter, a cânula nasal e a máscara simples.

Outros exemplos são os dispositivos de alto fluxo como os recipientes cefálicos, tendas e
máscaras especiais.

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ENFERMAGEM EM CENTRO CIRÚRGICO

O centro cirúrgico é o conjunto de áreas e instalações que permitem efetuar a cirurgia nas
melhores condições de segurança para o paciente, e de conforto para a equipe de saúde.
No contexto hospitalar é o setor mais importante pela decisiva acção curativa da cirurgia,
exigindo, assim detalhes minuciosos em sua construção para assegurar a execução de técnicas
assépticas, instalação de equipamentos específicos que facilitem o ato cirúrgico.
Em sua construção devemos observar: localização, área, estrutura, composição física, salas de
cirurgias, equipamentos e materiais, sua administração e regulamentos.
Sua localização deve oferecer segurança quanto as técnicas assépticas, sendo distanciada de
locais de grande circulação, ruídos e poeiras.

Quanto a área e ao número de salas deveram considerar a duração da programação cirúrgica


especialidade atendida, ensino e pesquisa.
1. Secção de bloco operatório (salas de operação equipadas);
2. Seção de Recuperação Pós anestésicas (leitos equipados para atender ao paciente na
recuperação Pós-anestésicas);
3. Seção de material (guarda de material estéril e não estéril, como medicamentos, seringas,
fios de suturas, próteses etc.).
Na composição física temos elementos indispensáveis e independes para melhor funcionamento
da rotina:
1. Vestiário;
2. Conforto médico e conforto para enfermeiros;
3. Sala de anestesias;
4. Sala de enfermagem;
5. Sala de estoque de material e medicamentos;
6. Área para recepção de pacientes;
7. Sala de operação;
8. Sala para equipe de limpeza e elementos de apoio (banco de sangue, raios X,
laboratórios, anatomia patológica, auxiliares de anestesia, segurança, e serviços gerais
– engenharia clínica- parte elétrica, hidráulica e eletrônica).

Estrutura, materiais e equipamentos:


● Tamanho das salas (dimensões adequadas a cada especialidade);
● Portas largas;
• Em salas de cirurgias, local destinado aos procedimentos cirúrgicos, alguns elementos
são cuidadosamente, projetados para garantir a segurança e eficácia das técnicas
aplicadas:

30
● Pisos de superfície lisa;
● Paredes anti-acústicas;
● Teto de material lavável;
● Janelas que não permitam entrada de poeira e insetos;
● Iluminação com ausência de sombras e reflexos;
● Ventilação com temperatura ambiente;
● Renovação do ar e umidade adequadas;
● Lavabo com misturadores para água.

Sala de cirurgia é um dos componentes da zona estéril e deve dispor de:


♦ Uma mesa de operação com comandos de posições na cabeceira, ou mesa própria para
a especialidade a que se destina;
♦ Mesas auxiliares para o instrumental;
♦ Mesa para o anestesista e seus medicamentos;
♦ Aparelho de anestesia e respiradores, foco de luz, para a enfermeira, prateleiras paraa
guarda de fios, campos e instrumental.
♦ A sala de cirurgia deve abrigar aparelhos auxiliares como bisturi elétrico.

Comportamento da Equipa Cirúrgica


 Não usar adornos como anéis, brincos e relógios.
 Utilizar óculos de proteção e máscara cirúrgica durante todo o procedimento.
 Não esquecer de perguntar quais os fios que serão usados no procedimento.
 Não falar alto, dar gargalhadas ou fazer comentários desagradáveis diante do paciente;
 Não encostar em qualquer local estéril depois de paramentado;
 Não elevar as mãos próximo ao rosto ou abaixo da cintura;
 Não dar as costas para os campos do paciente ou para mesa e pacotes estéreis abertos.
Manter os instrumentais limpos, organizados nos seus devidos lugares.
 A pinça de antissepsia não deverá voltar para a mesa do instrumental.
 Retirar sempre o material deixado em cima do paciente e separar todo material perfuro-
cortante utilizado ao final da cirurgia.
 Quando for utilizar álcool ou tintura de benjoim solicitar a circulante para desligar o
bisturi elétrico.

 Gestos que falam

31
Instrumentação Cirúrgica
É todo o conjunto de objetos, instrumentos e equipamentos que entram em contato direto ou
indireto com a região operatória, utilizados para a execução de determinado procedimento
cirúrgico.
Sua classificação é de acordo com a sua função ou uso principal, visto que muitos equipamentos
têm mais de uma utilidade. Basicamente, um procedimento cirúrgico segue 3 etapas principais:
diérese, hemostasia e síntese.
32
É uma actividade de enfermagem, não sendo entretanto, ato privativo da mesma, e que o
profissional de enfermagem, actuando como instrumentador cirúrgico, por força de lei,
subordina-se exclusivamente, ao responsável técnico pela unidade.

Classificação do Instrumental Cirúrgico:

Intrumentos de Diérese

O Bisturi é um instrumento pérfuro-cortante, utilizado para perfurar e cortar. O de lâmina fixa


caiu em completo desuso. O de lâmina móvel emprega lâminas descartáveis que são trocadas
sempre que necessário. E cabo de bisturi.
Deve-se segurar o bisturi na palma da mão de maneira que fique sempre sob controle.

Existem também biaturi electricos e a laiser.


33
Obs.: Maneira correcta de pegar o bisturi.

Remoçao da lámina no cabo do bisturi.

Técnica asséptica de manuseio da lâmina nova.

As

tesouras são
classificadas
quanto à forma

34
das lâminas. A tesoura reta (fig 21.3) é usada para sítense, como corte de fios e não para diérese.
A tesoura curva(fig 21.4) é um instrumento de diérese amplamente usada, especialmente em
dissecções, porém é mais traumática que o bisturi, assim deve ser evitada em tecidos delicados.

Maneira correcta de pegar uma tesoura:

Pinças de tecido
A pinça de tecido é utilizada para agarrar e segurar os tecidos. Ela é firmada pelo polegar,dedo
médio e indicador. Podem ser pontiagudas, achatadas, arredondadas, lisas ou serrilhadas, ou
apresentar dentes pequenos ou grandes

35
Classificação das pinças de tecidos:
1. Pinça tecidual de Allis.
2. Pinça intestinal de Babcock.
3. Pinça intestinal de Doyen.
4. Pinça de ducto biliar de Lahey.

36
Maneira correcta de pegar a pinça

As pinças hemostáticas curvas (pinça Kelly curva) são mais versáteis e seu formato facilita o
pinçamento e ligadura de vasos com menor risco d lesão nos tecidos adjacentes.

As pinças hemostáticas retas (pinça Kelly reta) além de serem usadas na hemostasia, também
são utilizadas para o pinçamento de fios cirúrgicos.
A pinça mixter facilita o reparo e a ligadura de vasos de acesso mais difícil

37
As pinças intestinais permitem maior aderência às alças intestinais
que são delicadas e lisas, sem lesá-las e sem deixar escapar seu
conteúdo

Maneira correcta de segurar a pinça hemostática

A pinça De Bakey é comumente usada em cirurgia vascular periférica.

38
Intrumentos de Sítense

O porta-agulha de Hegar é empunhado (manuseado) como as pinças hemostáticas e as tesouras.


39
O porta-
agulha de
Mathieu é
empunhado

(manuseado) com toda a mão envolvendo sua haste.

Intrumentos de Preensão

PORTA-AGULHAS
Os porta-agulhas são usados para pegar e manipular agulhas curvas. As agulhas retas
devem ser presas somente pela mão, sendo reservadas apenas para a pele e o intestino. O
tamanho e o tipo do porta-agulha são determinados pelas características da agulha a ser usada
e da localização do tecido a ser suturado. Agulhas mais pesadas e maiores exigem porta-agulhas
denteados, mais pesados e mais largos.

40
Pegada com a palma.

Pinça de campo: São projetadas para prender panos de campo à pele.

A pinça de Backaus é usada para prender campos cirúrgicos e outros instrumentos.


A pinça anatômica é um instrumento delicado utilizado para segurar tecidos delicados no ato
da dissecção. A pinça dente-de-rato é utilizada para segurar a pele e os dentes evitam que a pele
escape da pinça.

41
A pinça de Allis é usada para preensão de vários tecidos, principalmente os delicados e
escorregadios.

A pinça de Durval (fig 21.39) e a pinça de coração (fig 21.40) são usadas para preensão de
vísceras.

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A pinça de Pozzi é usada para segurar o colo ou corpo uterino.

A pinça de Desjardins é utilizada, em especial, na preensão da vesícula biliar.


Instrumentos Auxiliares

43
O Afastador de Farabeuf (fig 21.43) e o Afastador de Volkmann (fig 21.44) são utilizados em
pequenas aberturas ou como auxiliares de grande laparotomias.

Os afastadores de Doyen são úteis na exposição do campo operatório e necessita de tração


manual constante

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Funções do instrumentador

 Conferir os materiais e equipamentos necessários ao ato cirúrgico;


 Paramentar-se, de acordo com técnica asséptica, cerca de 15 minutos antes do início da
cirurgia;
 Conhecer os instrumentos cirúrgicos por seus nomes e colocá-los sobre a mesa, de
acordo com sua utilização nos tempos cirúrgicos;
 Preparar agulhas e fios adequados a cada tempo; auxiliar cirurgião e assistentes na
paramentação;auxiliar na colocação dos campos operatórios;
 Prever e solicitar material complementar ao circulante de sala;
 Responsabilizar-se pela assepsia, limpeza e acomodação ordenada e metódica dos
instrumentais, desde o início até o fim da operação;
 Entregar o instrumento com presteza, de acordo com sinal manual ou pedido verbal da
equipe;
 Sincronizar tempos e ações manuais com o cirurgião e o assistente;
 Desprezar o material contaminado;
 Observar e controlar para que nenhum material permaneça no campo operatório;
 Auxiliar no curativo e no encaminhamento do paciente à devida unidade;
 Conferir o material após o uso;
 Retirar o material da SO e encaminhá-lo à CME.

Tempo cirúrgico
Primeiro: Diérese, que significa dividir, separar ou cortar os tecidos através do bisturi, bisturi
elétrico, tesoura, serra ou laser. (Bisturi, tesouras, trépano) preensão Apanhar as estruturas com
a Pinça anatômica e dentes de rato
Segundo: hemostasia, através de compressão direta com os dedos, uso de pinças, bisturi elétrico
(termocautério) ou sutura para prevenir, deter ou impedir o sangramento. (Kelly, Kocher,
Rochester) exposição afastamento de tecidos com afastadores (Farabeuf, Gosset etc.)
Terceiro: Ao se atingir a área comprometida, faz-se a exérese, que é a cirurgia propriamente
dita.
Quarto: A etapa final é a síntese cirúrgica, com a aproximação das bordas da ferida operatória
através de sutura, adesivos e/ou ataduras. Agulha de sutura presa no porta-agulha;
Paramentação cirúrgica
Historicamente, o objetivo primário das barreiras de proteção em sala operatória sempre se
dirigiu para a proteção dos pacientes à exposição de microrganismos presentes e liberados pelos
trabalhadores.
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É o vestuário específico de acordo com os procedimentos realizado no Centro Cirúrgico.
Tradicionalmente, inclui o uniforme privativo (calça e blusa), propé ou sapato privativo, gorro,
máscara, avental cirúrgico e luva cirúrgica.
A utilização do uniforme privativo deve ser restrita ao ambiente do Centro Cirúrgico, com o
objetivo de proteção dos profissionais envolvidos no cuidado ao paciente em tal unidade critica.
As roupas da rua nunca devem ser usadas em áreas semi-restritas ou restritas do centro
cirúrgico.
Deve haver um ponto de demarcação entre as áreas de circulação sem restrição e semi-restritas
que ninguém pode ir, a menos que esteja adequadamente paramentado, sendo que este deve
incluir gorro ou capuz, propés e máscara facial.
Uma forma de facilitar o atendimento em casos de emergência e proporcionar o acesso a áreas
restritas com maior rapidez e consequentemente diminuir a morbidade e mortalidade na
instituição.
Os profissionais devem utilizar jaleco quando fora de áreas restritas. A permissão do uso de
uniformes dentro e fora do bloco só foi permitido aos cirurgiões e enfermeiros, sendo que estes
no momento que vai assumir o plantão trocam a roupa que veio da rua e veste o uniforme que
é de uso restrito no ambiente hospitalar.
Zonas do centro cirúrgico
Zona de proteção (não restrita): Vestiários; Área de transferência; Expurgo
♦ Zona limpa (semi-restrita): Secretaria; Conforto médico; Sala de recepção do paciente; de
recuperação anestésica; de acondicionamento de material; de esterilização; centro de material;
sala de serviços auxiliares; e de equipamentos.
♦ Zona estéril (restrita): Corredor de acesso; Lavabo; Sala de operação.
Finalidades de uma cirúrgia
Cirurgia ou operação é o tratamento de doença, lesão ou deformidade externa e/ou
interna com o objetivo de reparar, corrigir ou aliviar um problema físico”
Classificação da cirurgia de acordo com a finalidade:
•Diagnóstica ou exploratória: para se visualizar as partes interna se/ou realizar biópsias
(laparotomia exploradora)
•Curativa: correção de alterações orgânicas (retirada da amígdala inflamada); reparadora,
quando da reparação de múltiplos ferimentos (enxerto de pele)
•Reconstrutora ou cosmética: reconstituição (plástica para modelar o nariz, por exemplo)
•Paliativa: corrigir algum problema, aliviando os sintomas da enfermidade, não havendo cura
(abertura de orifício artificial para a saída de fezes sem ressecção do tumor intestinal, por
exemplo).
Classificação com base na urgência:
Emergência: atenção imediata; distúrbio pode ser ameaçador a vida.
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Urgência: atenção rápida.
Requerida: o paciente precisa realizar a cirurgia.
Eletiva: o paciente pode ser operado.
Opcional: essa decisão é do paciente.

Tipos de cirurgias
1. Limpas: Tecidos estéreis ou de fácil descontaminação.
2. Potencialmente contaminadas: Realizadas em tecidos de difícil descontaminação.
3. Contaminadas: Realizados em tecidos recentemente traumatizados e abertos com processo
de inflamação mas sem supuração.
4. Infectadas: Realizadas em tecidos com supuração local, tecido necrótico, feridas traumáticas
sujas.
O PERÍODO PRÉ-OPERATÓRIO
O período pré-operatório tem início com o internamento do doente estendendo-se até o
momento da cirurgia.
Período pré-operatório divide-se em mediato e imediato.
Pré-operatório mediato: o paciente é submetido a exames que auxiliam na confirmação do
diagnóstico e que auxiliarão o planejamento cirúrgico, o tratamento clínico para diminuir os
sintomas e as precauções necessárias para evitar complicações pós-operatórias, ou seja, abrange
o período desde a indicação para a cirurgia até o dia anterior à mesma. Neste período é
necessário tambem o preparo emocional, orientar quanto a dor e náusea, orientar quanto a
deambulação precoce, ensinar movimentos ativos dos membros inferiores, Mensurar dados
Antropométricos (peso e altura), sinais vitais para posteriores comparações, Encaminhar para
realizar exames de sangue, raio-X, ECG, TC e outros, Preparo do intestino quando indicado
dias antes ou na noite anterior a cirurgia.
Pré-operatório imediato: corresponde às 24 horas s anteriores à cirurgia e tem por objetivo
preparar o cliente para o ato cirúrgico mediante os seguintes procedimentos: jejum, limpeza
intestinal, esvaziamento vesical, preparo da pele – banho com soluções antissépticas e aplicação
de medicação pré-anestésica. A tricotomia quando indicada, será realizada 2 horas antes da
cirurgia para evitar colonização da pele

Prevenção de infecções
Cuidados da equipa: Uniformes limpos e unhas curtas e limpas, lavando as mãos antes e após
cada procedimento, respeitando as técnicas assépticas na execução dos cuidados, oferecendo
ambiente limpo e observando-os sinais iniciais de infecção.
Cuidados com o paciente: Banho com antissépticos específicos (clorexidina ou solução de
iodo PVPI) na noite anterior e no dia da cirurgia, tricotomia, lavagem intestinal, retirada de
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objetos pessoais, próteses e outros. Entregar ao acompanhante do paciente ou listar os pertences
– o cliente assina e guardar em cofre no Hospital
Prevenindo complicações anestésicas
1. Jejum de 6 a 12 horas antes da cirurgia objetiva evitar vômitos e prevenir a aspiração de
resíduos alimentares por ocasião da anestesia – redução dos Reflexos.
Prevenção de complicações com relação a infecção Pele:
2.Higiene pessoal (banho com germicida clorexidina ou solução de iodo PVPI);
3. Tricotomia: máximo 2 horas antes ou no próprio centro cirúrgico, em menor área possível e
com método o menos agressivo Staphylococcus aureus;
4.Esvaziamento Intestinal (8 a 12 horas antes do acto cirúrgico) Laxativos (medicamentos)
Lavagem intestinal ou Enteroclisma – é a introdução de líquido (volume máximo de 2000ml)
no intestino, através do ânus ou da boca da colostomia, com o objetivo de promover o
esvaziamento intestinal) Enema (é a aplicação de no máximo 500ml de substância (contraste
radiológico, medicamento, etc.) pelo reto.
Realizando enteroclisma ou lavagem intestinal Indicação: aliviar constipação, evitar distensão
e flatulência, preparar o intestino para exames, partos e cirurgia. Material: frasco com solução
própria prescrita aquecida a 36graus em média (morma), suporte de soro, sonda retal de número
indicado (14 a 20 crianças e adolescentes/22 a 24 para as mulheres / 24 a 26 para os homens),
gazes, lubrificantes, forro impermeável, cuba rim, comadre, biombo, luvas de procedimento.
Clister ou enemas semelhante a lavagem intestinal, diferindo apenas a quantidade de líquido.*
Nunca devemos forçar a entrada da sonda, caso encontre resistência, aconselha-se afastar a
sonda e com cuidado tentar novamente. Se não conseguir certificar se não há obstáculo,
suspender o procedimento, comunicar ao médico.
Anotar relatório. Verificar Sinais Vitais antes de encaminhar para o Centro cirúrgico. Verificar
o prontuário, exames, consentimento livre informado, prescrição e registro de enfermagem e
encaminhamento junto ao paciente. Administrar medicamento Pré-anestésico (MPA- 45 a 60
minutos antes do início da anestesia). Manter ambiente silenciosos para promover relaxamento.
Vestir o paciente (camisola, gorro, propés). Promover limpeza e arrumação da unidade os MPA
mais comuns são: Opiáceos -Benzediazepinicos - Hipnóticos – Neurolépticos.
5. Remoção de joias, anéis, próteses dentárias, lente de contato6. Esvaziamento da bexiga
Esvaziamento espontâneo: antes do pré-anestésico. Sonda vesical de demora: cirurgias em que
a mesma necessite ser mantida vazia, ou naquelas de longa duração, o que é feito, geralmente
e realiza dono centro cirúrgico.

♦ Objetivos:
Tem como objetivo também assegurar confiança e tranquilidade mental ao paciente. Levar o
paciente as melhores condições possíveis para cirurgia, para garantir-lhe menores
possibilidades de complicações.

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Cada paciente deve ser tratado e encarado individualmente. Dependendo da cirurgia a ser
realizada, o preparo pré-operatório poderá ser feito em alguns dias ou ate mesmo em minutos.
♦ Cuidados:
1. Ao preparo psicológico do paciente, explicando os procedimentos a serem realizados.
2. A coleta e encaminhamento dos materiais para exames.
3. A manutenção do jejum quando necessário.
4. A aplicação de medicamentos, soro e sangue.
5. A realização de controlos.
6. Sinais vitais.
7. Diurese.
8. Observação de sinais e sintomas.
9. Anotação na papeleta.

Proceder à limpeza e preparar a pele para cirurgia da seguinte forma:


● Desinfecção por agentes químicos (Povidona) e tricotomia (raspagem de pelos).
● São utilizados sabões especiais e anti-sépticos da pele. A limpeza da pele com esses produtos
é feita durante o dia que precede a cirurgia ou no mesmo dia, dependendo da rotina do hospital.
O emprego desta técnica visa remover ou destruir os germes existentes na pele.
● Tricotomia da região a ser operada, bem ampla.
● Banho completo, incluindo cabeça e troca de roupa.

● Limpeza e corte das unhas, remover esmaltes (pés e mãos) para poder observar a coloração
durante a cirurgia.
● Mandar barbear os homens.
● Dieta leve no jantar.
● Lavagem intestinal ou gástrica, de acordo com a prescrição médica.
● Jejum após o jantar, orientar o paciente.
● Promover ambiente tranquilo e repousante.

O PERÍODO TRANS-OPERATÓRIO
Compreende todos os momentos da cirurgia, da chegada do paciente à unidade de centro
cirúrgico até a sua saída no final da cirurgia.

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Os cuidados de enfermagem não se restringem somente à prestação de cuidados diretos ao
paciente. Para que o procedimento cirúrgico possa ocorrer, são necessárias certas condições que
a enfermagem deve prover:
1. Material para anestesia e cirurgia (soluções, pomadas, material para curativo, medicamentos,
instrumental, etc.), inclusive os especiais (cirurgias ortopédicas, etc.) deixando-os em local de
fácil acesso;
2. Testar equipamentos (Monitores, pontos de O2, vácuo, negatoscópio, etc.);
3. Verificar condições de limpeza da sala;
4. Posicionar equipamentos móveis (suporte para soros, baldes para lixo, escadinha, suporte de
hampers, etc.);
5. Observar segurança da sala como posicionamento de fios e chão molhado;
6. Ajustar a temperatura da sala (entre 21°C e 24°C)
● Realizar uma breve leitura do processo ou das recomendações de enfermagens vindas
do sector de origem do paciente, certificando-se sobre os dados de identificação do
paciente e sobre a cirurgia a que ele será submetido;
● Observar se todos os cuidados pré-cirúrgicos relacionados ao procedimento foram
devidamente realizados, como a administração de medicamentos pré-anestésicos
(avaliando inclusive os seus efeitos) e preparo do local (tricotomia) entre outros;
● Verificar os sinais vitais do paciente, comunicando ao médico anestesista ou ao
enfermeiro possíveis alterações;
● Atentar para a presença e a necessidade de retirar esmalte dos dedos, adornos, brincos,
cordões e pulseiras ou próteses dentárias, que normalmente são retirados antes do
paciente deixar a unidade de origem com destino ao centro cirúrgico;
● Colocar no paciente gorro e sapatilhas; as roupas de cama que o cobriam devem ser
trocadas por roupas de cama do próprio centro cirúrgico;
● Manter uma recepção calma, tranquila que traga segurança ao paciente;
● Observar o comportamento do paciente: confiança, ansiedade, melancolia,
insegurança, agressividade, etc.
♦ Garantir a segurança física e emocional do paciente: as grades devem estar erguidas,
o profissional deve posicionar-se à cabeceira da maca;
♦ Avaliar a expressão facial do paciente;
♦ Cuidados com acesso venoso, drenos, infusões;
♦ Não realizar movimentos bruscos e manter o paciente protegido com o lençol devido
ao frio.
♦ Comunicar-se com o paciente;
♦ Garantir um transporte tranquilo;
♦ Evitar conversas desnecessárias, brincadeiras, ruídos, etc. respeitando o estado em que
se encontra o paciente.
O bloqueio anestésico é utilizado para que o procedimento trans - operatório ocorra de forma
que o paciente não sinta dores, ou para que o mesmo não faça movimentos bruscos em áreas
que estão cirurgiadas.

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Durante a anestesia, os cuidados são basicamente prestados pelo anestesista, cabendo à
enfermagem:
● Posicionar o paciente adequadamente para que ele possa aplicar o anestésico;
● Dar apoio ao paciente;
● Disponibilizar material e drogas anestésicas;
Período trans – operatório compreende desde que o paciente é recebido no CC até o momento
de seu encaminhamento para a sala depós-recuperação anestésica (SRA) período intra-
operatório compreende desde o início até o final da anestesia
As acções assistenciais desenvolvidas nessa fase devem atender não só as actividades técnicas
mas também as expectativas do paciente. Toda equipa deve estar atenta no sentido de oferecer
ao paciente apoio, atenção, respeitando sua crenças, seus valores, seus medos, suas
necessidades, atendendo-o com segurança, presteza e eficácia.
Trans - operatório receber o paciente no CC, apresentar-se ao paciente, verificar a pulseira de
identificação e o prontuário. Confirmar informações sobre o horário de jejum, alergias, doenças
anteriores como condutas de segurança; Encaminhar o paciente à sala de operações Colocar o
paciente na mesa cirúrgica de modo confortável e seguro.
Posição do paciente na mesa de cirurgia
A posição na qual o paciente é colocado na mesa cirúrgica depende do procedimento operatório
a ser realizado como também da condição física do paciente. Posição dorsal Recumbente A
posição comum para a cirurgia é com o paciente deitado na horizontal; um braço está ao lado
da mesa cirúrgica, com apalma da mão colocada para baixo; o outro está cuidadosamente
posicionado sobre a braçadeira para a infusão venosa.
Posição de Trendelemburg Esta posição é utilizada para cirurgia na baixo abdome e na pelve,
obtendo-se uma boa exposição pelo deslocamento dos intestinos em direção ao abdome
superior. Nesta posição, a cabeça e o corpo estão abaixados, e os joelhos fletidos. O paciente é
mantido na posição por contenção ao nível do ombro. Posição de litotômica Nesta posição o
paciente está deitado de costas com ad perna se coxas fletidas em ângulos agudos. A posição é
mantida pela colocação dos pés em estribos. È utilizada em procedimentos cirúrgicos no
períneo, reto e vagina.
Posição para cirurgia do Rim O paciente é colocado sobre o lado não operatório em posição de
Sims, com um travesseiro de ar 12,5 a 15 cm firme sob a região lombar ou em uma mesa com
elevador para as costas ou região lombar.

INTRA-OPERATÓRIO
• Realizar o cateterismo vesical
• Monitorizar o paciente
• Paciente quando necessário mantê-lo aquecido
• Proteger a pele do paciente
• Auxiliar a equipe durante a anti-sépsia com cirúrgica a posicionar os produtos químicos,
aquecê-lo, paciente para a cirurgia promover o massagem ou realizar enfaixamento dos

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• Auxiliar o membros, evitando a formação de anestesiologista durante trombos
vasculares a indução anestésica
• Registrar todos os cuidados prestados

Acções de enfermagem no intra-operatório


1.As funções de enfermagem na sala de operação são frequentemente descritas nos termos das
atividades de circulação e instrumentação.
2.A circulante gerência a sala de operação e protege o paciente quanto suas necessidades de
saúde e segurança, monitoriza as atividades dos componentes da equipe cirúrgica e checa as
condições da SO.
3.Montagem da sala de operações (SO).
4.Circulação em SO
5.Desmontagem da SO
Funções da circulante1.Garantir a higiene /Adequar a temperatura, a umidade e luminosidade
/Garantir o funcionamento dos equipamentos com segurança /Disponibilizar os suprimentos e
materiais/Monitorizar as práticas assépticas para evitar falhas técnicas /Coordena a equipe;
médica, RX, laboratório/Monitoriza o paciente durante o procedimento garantindo segurança e
comodidade.

Fios cirúrgicos
Fios cirúrgicos com ou sem agulhas, e sua numeração varia de 1 a 5 e de 0-0 a 12-0 (doze-zero).
Classificação dos fios:
Fios absorvíveis: absorvidos pelo organismo após determinado período. O catgut é de origem
animal (do intestino delgado dos bovinos), podendo ser simples ( 2 a 3 semanas) ou cromado
(6 meses.).
Fios não-absorvíveis: permanecem encapsulados (envolvidos por tecido fibroso) nas estruturas
internas e nas suturas de pele; devem ser removidos entre o 7° e o 10° dia de pós-operatório. O
sangramento de capilares pode ser estancado pela aplicação de substância hemostática no local.
ex, a cera para osso - utilizada para estancar o sangramento ósseo nas cirurgias ortopédicas e
neurocirurgias. Outro recurso é o bisturi elétrico, que pode ser utilizado com a função de
coagulação e secção (corte) dos tecidos, através da aplicação local de descargas elétricas.
Anestesia
Conceito – anestesia é a arte ou ciência de retirar a sensação e a reação a um procedimento
cirúrgico. Anestesia significa perda de todas as modalidades de sensação , quer seja o sentido
da dor, tato, temperatura ou posição. Desta maneira , a anestesia geral implica a perda de todas
as formas de sensação em todo o corpo, estando associada à inconsciência. Portanto , ela é um
estado reversível de ausência de percepção dolorosa , relaxamento muscular, depressão
neurovegetativa e inconsciência.
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Tipos de anestesia
Objetivo: Estado de relaxamento, perda da sensibilidade e dos reflexos, deforma parcial ou
total, provocada pela acção de drogas anestésicas, é evitar a dor e facilitar o ato operatório pela
equipe cirúrgica.
Anestesia geral ( inconsciência.)Anestesia geral: administra-se o anestésico por via inalatória,
endovenosa ou combinado (inalatória e endovenosa), com o objetivo de promover um estado
reversível de ausência de sensibilidade, relaxamento muscular, perda de reflexos e
inconsciência devido à ação de uma ou mais drogas no sistema nervoso. Raquianestesia é
indicada para as cirurgias na região abdominal e de membros inferiores, porque o anestésico é
depositado no espaço subaracnóide da região lombar, produzindo insensibilidade aos estímulos
dolorosos por bloqueio da condução nervosa.
Anestesia peridural o anestésico é depositado no espaço peridural, ou seja, o anestesista não
perfura a dura-máter. O anestésico se difunde nesse espaço, fixa-se no tecido nervoso e bloqueia
as raízes nervosas.
Anestesia local infiltra-se o anestésico nos tecidos próximos a o local da incisão cirúrgica.
Utilizam-se anestésicos associados com a adrenalina, com o objetivo de aumentar a ação do
bloqueio por vasoconstrição e prevenir sua rápida absorção para a corrente circulatória.
Anestesia tópica está indicada para alívio da dor da pele lesada por feridas, úlceras e
traumatismos, ou de mucosas das vias aéreas e sistema geniturinário

SALA DE RECUPERAÇÃO PÓS ANESTÉSICA (RPA)


É a unidade destinada a prestação de cuidados ao paciente submetido à intervenção cirúrgica
que ainda se encontra sob efeitos anestésicos, geralmente
Uma equipe de enfermagem especializada é fundamental, assim como a presença constante de
um anestesista em cada equipe transdisciplinar de saúde.
Obs: permanecer na sala de RPA até o paciente recuperar 50% a 75% dos sinais vitais;
♦ Avaliar sinais vitais de 15 em 15 minutos, depois de 30 em 30 minutos;
♦ Avaliar oxigenação, estimulando o movimento respiratório;
♦ Observar ocorrência de vômitos, lateralizar a cabeça;
♦ Limpar vias aéreas e aspirar se necessário;
♦ Manter vigilância, manter curativo limpo e seco;
♦ Tomar medidas para aliviar a dor;
♦ Realizar balanço hídrico;
♦ Proporcionar conforto e segurança;
♦ Informar a família sobre o estado do paciente.

Os cuidados de enfermagem no pós-operatório:


São aqueles realizados após a cirurgia ate a alta. Visam ajudar o recém - operado a normalizar
suas funções com conforto e da forma mais rápida e segura. Incluímos nesses cuidados o
preparo da unidade para receber o paciente internado.
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Acções ao receber o paciente no quarto:
■ Transportá-lo da maca para a cama com o auxílio de outros funcionários.
■ Cobri-lo e agasalhá-lo de acordo com a necessidade.
■ Verificar na papeleta as anotações do centro cirúrgico. Se foi feita a anestesia raque
deixar o paciente sem travesseiro e sem levantar pelo o menos 12 horas.
■ Enquanto estiver semi-consciente, mantê-lo sem travesseiro com a cabeça voltada
para o lado.
■ Observar o gotejamento do soro e sangue.
■ Observar estado geral e nível de consciência.
■ Verificar o curativo colocado no local operado, se esta seco ou com sangue.
■ Se estiver confuso, restringir os membros superiores para evitar que retire soro ou
sondas.
■ Observar sintomas como: palidez, sudorese, pele fria, lábios e unhas arroxeados,
hemorragia, dificuldade respiratória e outros, porque podem ocorrer complicações
respiratórias e circulatórias.
■ Sinais vitais de 15/15 min., 30/30, 45/45. até que a verificação chegue a 4/4horas.
■ Fazer anotação na papeleta.
■ Ler a prescrição médica, providenciando para que seja feita.
■ Qualquer sintoma alarmante deve ser comunicado imediatamente. Curativo diário de
acordo com a necessidade,
♦ Retirada dos pontos em torno do 7º dia de pós-operatório.
■ Monitorar sinais vitais buscando detectar sinais precoces de infecção e choque – febre,
hipotensão, taquicardia;
■ Monitorar ingesta e débito para sinais de desequilíbrio, desidratação e choque.
Incluem todos os drenos;
■ Avaliação do abdome para dor crescente e distensão, rigidez, pois podem indicar
complicações pós-operatórias. Comunicar os achados anormais;
■ Avaliar o curativo e a incisão, verificar drenagem purulenta ou sanguinolenta, odor,
rubor no local da incisão, o que pode indicar infecção u sangramentos;
■ Avaliar a eliminação de gases e fezes;
■ Monitorar para náuseas e vômito. Observar a presença de hálito ou material fecal no
vômito, o que pode indicar obstrução;
■ Verificar o conteúdo aspirado da SNG, vômitos e fezes para os sinais de sangramento
Registrar e relatar os achados;

Cuidados no pós- operatório imediato


Manutenção da hemostasia orgânica Promoção dos parâmetros e funções orgânicos vitais
Monitorização das funções vitais:
 Respiração,
 Circulação,
 Metabolismo,
 Sensorial
 Excretora
Manutenção da vias aéreas:
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• Aspiração traqueal
• Ambu ou ventilador mecânico ou artificial
• Hiperextensão do pescoço (se não houver contra indicação)
• Posição no leito Controle e equilíbrio hemodinâmico

Monitorização continua da atividade elétrica do coração


• •PA
• •PVC
• observar criteriosamente sinais de sangramento(cirurgia)
Controle e balanço hídrico Controle da dor e promoção de conforto:
• •Posicionamento adequado
• Administração de analgésico.
Pós – operatório mediato
As primeiras 24 horas após o ato cirúrgico (há dor mas com menos intensidade)
Promoção de deambulação precoce Higiene após a cirurgia Realizar curativo após o banho
Pós – operatório tardio
Difícil determinação Se relaciona com o desaparecimento dos achados clínicos (dor,
mal estar, instabilidade dos sistemas orgânicos) Evolução da cicatrização do processo cirúrgica.
As acções de enfermagem se baseiam nas manifestações do paciente após a cirurgia Orientação
do auto cuidado.

TERMINOLOGIA CIRÚRGICA
É o conjunto de termos próprios que expressam o segmento corpóreo afetado e a intervenção
cirúrgica realizada no tratamento daquele tipo de afecção.
É formada por uma raiz (blefaro) e um sufixo ( plastia ) igual a reparação plástica da pálpebra.
Blefaroplastia-cirurgia para reparação da pálpebra (s).
Exemplos de Raiz ou Prefixo:
Raiz Relativo a (o) –
Adeno-Glândula
Cisto-Bexiga
Gastro-Estômago
Nefro-Rim
Rino -Nariz
Oto-Ouvido
Osteo-Osso
Traqueo-Traquéia

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Colpo Vagina
Sufixos
O sufixo na terminologia cirúrgica indica a intervenção cirúrgica a ser realizada.
Os principais sufixos são:
Tomia: significa incisão, abertura de parede ou órgão.
Stomia: significa fazer uma nova boca, comunicar um órgão tubular ou oco com o exterior.
Ectomia: significa retirar parcial ou totalmente um órgão.
Plastia: significa reparação plástica da forma ou função do segmento afetado.
Rafia: significa sutura.
Pexia: significa fixação de uma estrutura corpórea.
Scopia: significa visualizar o interior de um órgão cavitário ou cavidade com auxílio de
aparelhos especiais.
Sufixo Tomia
Artrotomia – articulação
Broncotomia – brônquio
Cardiotomia – cárdia
Tenotomia – tendão.
Traqueotomia – traquéia
Ureterolitotomia – ureter
Traqueotomia – traquéia
Flebotomia – veia
Hepatotomia – fígado
Cistotomia – bexiga
Toracotomia – parede torácica.
Sufixo Stomia
Traqueostomia – abertura na traquéia e sutura das bordas de abertura à parede do pescoço.
Jejunostomia – abertura no jejuno e colocação de uma sonda via parede abdominal, geralmente
para alimentação.
Gastrostomia – abertura no estômago e colocação de uma sonda via parede abdominal,
geralmente para alimentação.
Cistostomia – abertura da bexiga e colocação de sonda via parede abdominal, para drenagem
da urina.

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Colostomia – abertura cirúrgica do cólon para desvio do transito intestinal, através da parede
abdominal etc.

Sufixo Ectomia
Endicectomia: remoção do apêndice vermiforme.
Tiroidectomiaap: remoção parcial ou total da tiróide.
Colecistectomia: remoção da vesícula biliar.
Mastectomia: remoção da mama.
Miomectomia: remoção de mioma.
Prostatectomia: remoção da próstata.
Ooforectomia: remoção do ovário.
Pancreatectomia: remoção do pâncreas.
Salpingectomia: remoção da trompa de Falópio
Histerectomia: remoção do útero.
Hemorroidectomia: remoção de hemorroida.
Lobectomia: remoção de lobo de um pulmão etc.

Sufixo plastia
Artroplastia: articulação, para restaurar movimento ou função.
Mamoplastia: correção cirúrgica da mama .
Rinoplastia: correção cirúrgica do nariz.
Otoplastia: correção cirúrgica do ouvido.
Queiloplastia: correção cirúrgica nos lábios.
Salpingoplastia: correção das trompas, para sua recanalização.
Ritidoplastia: correção das rugas da face.
Piloroplastia: correção cirúrgica do piloro
Blefaroplastia: correção cirúrgica das pálpebras.
Toracoplastia: correção cirúrgica do tórax. etc...
Sufixo rafia
Colporrafia: sutura da parede vaginal.
Blefarorrafia: sutura da pálpebra.
Tenorrafia: sutura do tendão
Palatorrafia: sutura da fenda palatina.

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Osteorrafia: sutura ou colocação de fio metálico no osso.
Gastrorrafia; sutura do estômago.
Períneorrafia: sutura do períneo.
Herniorrafia: sutura para correção de hérnia.
Cistorrafia: sutura da bexiga etc.

Sufixo pexia
Retinopexia: fixação da retina descolada.
Nefropexia: elevação e fixação do rim.
Cistopexia: elevação e fixação da bexiga.
Histeropexia: fixação do útero a parede abdominal.
Orquidopexia: fixação do testículo a bolsa escrotal. etc...

Sufixo scopia
Artroscopia: visualização direta da articulação.
Broncoscopia: visualização direta dos brônquios.
Cistoscopia: visualização bexiga.
Esofagoscopia: visualização do esôfago.
Endoscopia: visualização de órgãos internos.
Colposcopia: visualização da vagina.
Laringoscopia: visualização da laringe.
Laparoscopia: visualização da cavidade abdominal.
Ventriculoscopia: visualização do ventrículo cerebral.
Gastroscopia: visualização do estômago.
Colonoscopia; visualização do cólon.

Exemplos dos principais aparelhos para visualização direta


Artroscópio: artroscopia
Broncoscópio: broncoscopia e laringoscopia
Cistoscópio: uretroscopia, cistoscopia e ureteroscopia
Colposcópio: colposcopia.
Colonoscópio: colonoscopia.
Endoscópio digestivo: esofagoscopia, gastroscopia e duodenoscopia.

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Laparoscópio: laparoscopia. etc...
Termos que não seguem as regras citadas
Amputação: remoção de um membro ou de parte necrosada do corpo
Anastomose: conexão e sutura de dois órgãos ou vasos.
Artrodese: fixação cirúrgica de articulações.
Biópsia: remoção de um tecido vivo para fins diagnósticos.
Cauterização: destruição de tecido através de agente caustico.
Cesariana: retirada do feto por incisão atrvés da parede abdominal.
Cistocele: queda da bexiga.
Curetagem uterina: raspagem do conteúdo uterino.
Deiscência: separação de bordas previamente suturadas e unidas.
Dissecção: corte, retalho.
Divertículo: bolsa que sai da cavidade.
Enxerto: transplante de órgão ou tecido.
Evisceração: saída de víscera de sua cavidade.
Fístula: orifício que põe em comunicação parte de um órgão, cavidade ou foco supurativo, com
a superfície cutânea ou mucosa.
Paracentese: punção cirúrgica da cavidade para retirada de líquidos.
Toracocentese: punção cirúrgica na cavidade torácica. etc...

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