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Marx e a det de um saber 2s interrogatvas, em a Sobre que se debruga em termos de contetido efectivo, epresenta, E 0 gue acontce, por exemplo, com a indagerio pletaica em tomo da Eton, ou cm a cemprenso hegela de Wiser Quando Platio nos diz que a ecincin ( ore ov corecta (60 Bn) so algo de dierenten doi pariculares» — prterden ; scompusr de seberes, de comp: rato (partculament, a partir do séeulo x produgio artistice, ete, no mareo das mais variadas cassificagto. que se acentua, tanto no dominio da dedatice), in dependentemente ¢ de tods a sua sobredeterminagio axiol exacia medida em que representa a eesséncia» que » Precisamente, deve ser: & 0 seu estatuto eessencials de exigéncia de que se acompanti terizayio do idealismo por este &ngulo aparece desde de Mac, Lago ne ct wo Novembro de 1837, o jovem Mark n20 deixa de alvdit reparo, 4 woposigho [Gexersat] do real e do que dove-scr que & prépria do idealismo» ( tondote ie, seo ibaa da eden € de muito cedo nos tracta contrap seruundo objectivo> a para nio dizer tativas indevidas Maca, Retomemos, porém, o fio da nossa reflexao. nentar expec: deixa de ser, pel atvo ¢ de, asim, porventara, a ‘quanto & precocidade das confisstes ppémeno> (ou mat Visando as concepgies de Kat smo verdedeiron, Marx observ: portanto, as relagdes reals de vida omens como ferdnenos, mas [dec mente natural que, quando fo apreendidas como base das relagoes materais de vida, ud ima instincia, va da, or si proptio, a investigagdes sobre a esséncia do homem, sobre 2 conseiéneis do homem.» tavia mostado como a recessri «Para ns, eligiojé no pasta por sero fundamen (Grund), mas penas © fendmeno, da 2), ou, segundo uma Formulacio mi : oy 0, em germe (im Keim] a criica do la ou a aparé ido», Mare tratara de lem tea tinha de apontar para na de radicagio tituigdo de um Estado bargués «des brar que a necessiia critica da esfera pc sos aaRaTanDuRA dda existéncia social — perde qualquer eventual contedido objet a crtica & propia concepei0 se relatvamente 2 panic vers erie em instincia te. Uma deficiente compreen sto das relapbes ontolégicas que diclecticamente enlagam «fe fo» © cesséncian, no quadro de condigees histries, socinis ¢ ‘deol6gicas bem determinadss, eonduz, deste modo, hipostasagio da wessérciao, 2 sus conversio nim poder « ilusoriamente dominante, Como, mais Marx recordaré, mas dessa influcia junto de etculos operirios proximos As abstrecgéesteércas dos aco ‘otis, os sini ideais deste, sto para os idealists a reclidde. Conada de sua implatagio fenoménica mat perde a sua base ontalgica objectiva e, com ela, a possi se tomar am instrumento epstemoldgico nto mistificado de com- DE bo SAR preensio dos processos reais Além disso, enredada na da especulagio, acaba por verse transformada (ius No que se refere a tem ‘esséncias, Marx nila ret te —, Marx critcaré também com veemiéncia 0 «pos! jade de uma identificaggo imediata, empirica e «empi vulgars (Vilgardkono © confinto com 0 pensamento de Ludvig Feuerbach ¢ os sapostos em gue assentava, Na mira de combetr, em declarada oposigto coder do hogelanismo, a'ansferéncia para o vides, para © mera mente pensado, da dignidade ontlé , Feu na identfcagdo do ser, do real, com aquilo que & sensfvel, que nos ‘al como Feuerbach o expressa no § 32 dos Princpios da Fi losofa do Futura, de 1843: «O real na sua realidade, ou como res dos} , € 0 sensivel. Verdade, rel eit] Bo iénticas. $6 um ser sensivel um ser verdadeiro, um ser real, 96a sensi- wAquilo que aparece» deixa, nest quadro, de ser encarado como ‘mera emanifestago» de uma entidade ideal — de uma «esséncia», Wesen — que nele se partcularizaria, para passar a assumir em ple- nos de wniversaidade, e denominada «ld »» O wfenémeno» passa a valer por si ¢ em si, ¢ a ct ra imediatez do seu waparecer» empiica, a toalidade do préprio se Se a categoria xWesen» representa aquilo que de ma ‘camente real perience 20 ser, entdo, ela nao pode mais ser enten égico, como den« « primor (enquanto generalidade de aco- do designar 0 € «esséncian lat 0 passo 205 pensado (um leveniente de tansformagdo, Contratiamente ao que Feuerbach parece supor, por um lado, a «esséncia» € um conjunto de relarBes, e nfo apenes um abstract inererte 2 cada um dos elementos que compdem uma dada classe. Por outro lado, esse conjunto de relagdes, na sua realidade, ‘em que ser surpreendido e de ido no seu proprio de processo ou no histérico em que consiste sendo transformado, ‘A bem conbecida tese seri, sob este ponto de vi - bém ser encarada como uma eritica nfo apenas da concepsio ant: poldgica de Feuerbach (trago que imediatamente dela sessalta), mas finda do seu entendimento da «esséncia» (Wesen), em getal A jomvelrealidade i de universalidade que parti © reconfiguram, nom o almente» transportado por ceca ‘um no seu isolamento discreto; pelo contrrio, a «esséncia» assoma comwerie em mero pattim pode made & pritica humana social se insereve is de mediaga0 tansfonnadors) que se v2, ravosamente desatendido. A materialidade do ser nio se re a dinléctica da histricidad,e € neste dmbito que se alonge ue tem de ser considerada. B este enfogue — no tio — qve a clocaséo no seu registo ontogico, principialmenteiny ¢io, ali, com os propssitos manifesiamentendo-conervadars que animam 0 seu autor (e que, em termos pessais, aqui io esto di reciamente em caus), E 0 enredamento nessa ics de suposos que mag diatez esensivel» que leva, por exemplo, Feuerbach, ro § 27 cos Princpios da Filesofa do Futuro, a afima: «0 ser €a posgto da essencia. O que é minha essncia & meu Ser, Lv}. Excepluando 05 casos conita-naura — todes 26 colsas lc estar onde [eso] e gostam de ser aqulo que so, isi 6 a sua essEocia no est separada do seu ser, 0 seu ser no [esti separaco} da sua exsénc Engels (oum manusrito que £6 chegou st nés incomplete, ¢ 4que apenas foi publisado em 1932 pelo lrsituio Mara-EngelsLi 1b de Moscovo), perspectvando as implicagies desta conespio de Feuerbach e eriticendo, simultancamen encontram subjaceces némeno» e «esséncia» nserever a passazem dos ita, comenta com causticidade mondaz do existente. Exceptuzndo os casos contre ando] 0$ casos anormais,estés content co © porteiro de sete anos de uma mina de carv2o, cetorze horas soz 10 10 escaro, ¢ isto porque como o teu ser é assim, também as- im & a tua esséncia.» (*) §3. Marx e @ dialéctica do «fendmeno» € da vesséncia». 0 cardcter «paradoxal do saber cientifica a luz dos critérios @ supostos da imediatez representativa acabamos sumariamente de ana rifleamos, por conseguinte, que: > separa a vesséncian do afenémeno», vertendo-a em realidade sauténtica» que, como base ou pri anx eA ce po sane pio, € anteposta a m Je material, Marx deferde a ne- cessiia unidade do xfenémeno» ¢ de «esséncian, ferenhes adepios de um seco re- ib nenhura doninca palma, cen de oenhuns Imprint ia tinge O que acontece ¢ que, de fact res 1 i paper — Porque a unidade de «fen meno» ¢ ecssénciae iio ¢ imediaia, it tiae de un prose et funds mutans S Gls Go ‘ acon com ql proce ie ene a dfoene soe rte 0 de gen tna tzie consi do rina A ie ‘Ereminde dam prove eg mestaanete wl dale btu qu snaps & crea ems tna inne cnc usr © pe eg, s a een para Marx, 2 unidade do te. de contar com a sua df rar fundamental Em conformidade, para Marx, importa considerar fu identidade abstract, nem a oposigio, do «fendmeno» mas a sua dialéed es, ao conheces, em geral, porgue, sfenémeno» aquilo que ime distamenie aparece ou te dina represenagdo £6 em fungdo da 2s- sirulura ou taro que o determina naquilo que € na pode verdadeiramente ser tomrado in unidade do seu devir & imprescindivel do porto de vise cio\gico, porque, no undo, em ters de ea RABAT OUR lidade ou de objectividade, € sempre com ros a ver, € nlo com elementos discreos, eutonomamentesubstantes no seu isolamento ¢ eventuzlmente possuidores — em si mesmos, ra sua singularidade — de plena in ages de ited dade diversos na determinagio. E Vimos, Marx critica, @ par da stomizagio dos individuos ng sociedade civilv (), a fragmentagio da «Wesen> por parte de Feuerbach; ela no um «abstracto» (Adstaktum) imanente ou ine rente a cada individuo, ola € sempre um conjunto de relagbes. carala sob este angulo, 2 wes constitu uma ins ia part, daalsiamente separal ‘ou «abstracaments presente», no caso da sobre imenio e grau inda por iso que, lo objectivamente insepariveis do to de manifestagio dos entes. A sua separabil iar, em termos reais adequados, uma sua hipostasiagor 0 duslismo das «substincies. que numa base onicl6gica muito diferente da de Mar ‘a verdade, apontado jé para a necessidade de u éctica da cessénciay @ do «fe nfo esteja, a, © ma esséncia nao esti nada que ndo esteja manifesta- Estamos agora talvez em medida de compreender melhot 0 texto 0 Capital que acims citivamos como introdugio ao tema da cientiicidade para Mara, Se afenémeno» e sesséncia» coincidissem aqui e especificasio da imediatez € decisiva —, a pérflua, por um lado e basicamente, porque o real "ia de pronto numa rlacEo directa € « da provavelmente, no quadro de uma «intuigdo» Nao 6, todavia, isto 0 que acontece — nem a0 nivel do se, nem 40 nivel do pensar ou do saber A historicidade, a process as so do processo pelo qual ele vai sendo reflectido ne cia dos humanos, Esta Fundam movimento que ao real pertence impde, ontolégica ¢ epistemolog camemte, 0 recurso 4 medi 1 ua necessidade ‘A inuisio representaiva (ainda que formando ele prépria, em a pou através destes dispestivos process representa impere, sempre mui compreersio dos processes reas ¢ ¢ Tepe icles € co do pnt 80 ita cident, inci pela condigdo humana no decurso dests proczsss, « contraiio emerge 9 do prdprio movimento. Nio rao, também — e, pec ir ou do assumir de uma postura ex & determinante —, essa comita- 1 como intransponivel, ou mesmo sabsurdon, conflito de proposigdes ou enunciades, que pretendem descrever ou spresertarcestados-de-coisas»sepaadamente verficéeis por via empiics. Na sua imediatez © «is jon, cada um dos elementos em eseaga poder parecer néo-coniradtiri, abstractamente 2 F pct no eran, logo qe € tetas a pespectvaro cintice ow histrica, em que se procure conservar ou salvaguardar 4 unisa ds fuente do devr, de pronto + cconradigio» ou o «absurdo» ire — por razdes que go dos nossos poderes ‘éncia subjective, ainda que da classe dos humanos) — tum saber fundamental ¢ funds para ree sep inentado. ora ; Precisamente, porgue a sua forma de manifestgéo (Ersc ungsfor), porcve a sua contigo feroménica de existent po ctico, apenas corresponde, em geral, a uma etapa ou estagao de tum processo, que st determina ¢ vale como globaidade, como con: ‘rego, como toalidade, e que, de acordo com essa sua deve cia, em conformidade com ela, encerra ou transporta 2 cont no seu seio. Estas considerapdes de natureza dades. No entanto, nio ¢ isso o que verdadsiramente acontec, Elas ajudam a comprecndcr ¢ a precisarcategoriase estratégias de en que na sua aplicagio a problemas mundanos mais f mente idenificveis vém finalmente a encontrar terializago, Coma o proprio Marx refre, criticando, precisamente, as tages epistemologicamente de encarar a cientificidads que deva estenderse, om termos epstemoléicos, a9 euliva dos diferentes Numa carta a Engels, de 20 de Fovereito de 1866, encont algumas indicagées que nos poem directamente na psta de uma res- Posta a esta interogario, Para além de uma explicével ‘na apveciagto dos «alemaes» e dos seus ai claramente aqulo que em seu entender tal contribuigho «al iio apenas por verdadeiramente por tods ums cultura — para a determinapao da ecienifcidede», em ge Esoreve cle, entio: «Mas, a composigdo (Kompasition|, a cone. Xo [Zasammenhang) & um triunfo éa cigncia alema, que um alerdo singular pode confessar, uma vez que néo & de modo nenhum mérito seu, antes pertenze & ragio, Iso 6 tanto mais agradével, quanto, de és o original: silliest e), (© trago fundamental da ecienific > entendida 2 maneira in reside, pois, na ou empiri ¢ elinkar factos ou dados que a imediater comuni uma experidncia sensivel permite apura. A cifacia poderi ou teré de conta, Sem divida, com este momento no desen: rolat pleno do seu proceso, mas nfo pode circunsereverse a essa etapa, permanccer nela ou erigi-la em resultado final da sua invest ‘gogd0 2 exposigao, Para a ciéncia, trata-s, sim ¢ fundamentalmente, de compreen der © de cetermiae & conexdo desses mesmos fenémencs, isi £, 0 jerno que 0 une ¢ que define a tendéncia geral do seu Um saber que protendaapresentar se como cientfico nio poder, por conseguinte, Iimita-se a reflectir a facticidade ¢ datidade dos fenémenes, na imeiatez da sua forma de apresentagdo 2 conscién- vo a prosseguir e «cha- dade, a conexdo interna desses mesmos ve» da sua prépe sta reflexo epistem ca do Marx ccompanha € enqua Ela no se resume, go» Darstellungzwe ‘eorizagio dos pr a einvestigagdon (Forschung desde logo, de comegar por estabeleeer-se como object inceriornével de atensio, num escopo alargado de demanda dé propésito ds ques ‘do método na Economia Politica, € toda uma compreensio d sdamento.ontoldgico do saber, ¢ do seu — construtivamente — na consi Como, numa passagem famosa dos Ma coularmente se aclara, num contexto onde € ni tanto a presenge de uma heranga hegeliana como a sus transforma 40 mum horizonie ontol6gico nio mais idealist: +O concreto & conereto, porque € a reuito [Zusammenfassa de muitas determinagdes, prtano, (6 unidade do diverso. No ser aparece, pois, como processo da reunite, com resultado, como ponto de paride, apesar de ele ser 0 ponto de parti real e, Fottanto, tanbém 0 porto de panda da da representa L.-J © método de subir do absracio ao concreto &, para o pensar, apenas 2 manta de se apropriar do conereto, de o reproduzit como tum concrete espiritual, De modo nenkum (é], porém, o prozesso de énese do proprio conereta» ( neste contexto de primordalidale determinante de uma concre- imento, 28 quais, nio nente, pretendem reduzit ou confundir a realidade com 2 imediater de sua forma de manifestato, Esta Erscheinengsjorm faz pane do coneret af, mas Marx trata igualmente de ia epistemol6gica da determinapio da conexdo ds fendmenos paca 0 apuramento do concreto ideal (eit ie a cifncia visa aleangar, no horizonte do seu processo de demanda de inteligibilidade. Numa carta « Engels, de de Junho de 1867, a0 aponiar para © suposto em que repousa — co ponto de vista episiemeldzice — 4 maneira de ver preconizada ou seguida pelos economisias «vulge- ‘es» ¢ poqueno-burgueses, Marx insist, uma vez mais, na limita Go estrutural da conceppio do saber cintfico que assim & veiculads Referindo-se a afigura» do economista «vulgar, esereve Marx: «no Ckrebro dele reflecte-se sempre s6 a jorma imedista de aparecimento die wns ungiform] ds relagbes, nio a sus conenio inerna (8) dimos, Marx mos gica serve igualmente de inst Economia burguesa dentro das ado passo do Livro terceio, pode enta mis vulgar, de facto, nZo far mais do que t se: 4A Econo. doutrnariamente, das representag6es dos agentes fazer a apo 2s baragados nesses relapdes de prodi- ia seria supér- se & forma de aparecimento ¢ a esséncia das coises im tanto mais evidenies quanto a conexio Jeng) ests velas cout, mas cas sio ainda» . Reluiro saber a uma idenifiasSo das efomas fenoménicas» de manifestagio da positvidade, mesmo que alargada a0 regsto sdiresolvido» das suas incongruBacias, ‘como intransponi te, privarse de qualquer possibiidade de peneirapio ddinimica una que a funda ¢ para além dela condu2, istamente em oposigao 2 «\brstellngsweise» dos economist turgueses — a sua «mancire de representaro ¢ & sua absolutizagio dda representaglo — que Marx vai afirmar a necessidade de uma ee ische Entwicklungsmecthoden, laboragées tedricas como expresso ideal do movimento présico A vine da dala & dmg d cone éos fenton, no penser eptemolgin de an, tm har eden cnt earepio Ge fsnas imp de um facto e descrevé-lo, uer série ou cadeiz em que, em mente e ente es Jost easara.sounA ‘A grande tara do saber que se pretenda cientifico & penetrar na dialéctica do processo, na dintmica que leva os diferentes mo- mentos, aspectos ¢ elementos, 0s perpassa e empapa, a const idade que se prende com a determinaco desta «co: sammentang) dos processos na sua coneregéo de modo (ou nega, a existéacia ou 0 105 imediatamente referencidveis e reprecentiveis na experiéncia, Muito pelo conirério: tem-nos em conta ¢ assume-os como expressées Imateriais particulates, elas prOprias igualmente reas O que um atender a conesio orginica dos fensmenos exe no pratca, 6 2 sua converszo Neste sentido, deparamos aqui, ao nivel dos supostos, com toda 'uma profunda critica das ontologis tradicionais des mais variados ‘matizes @ intengoes, mas que se encontiem na ependéncia tutelar de uma aristotélica metafsice do primado ds «substincis primeit a npdty obota, do ente discreto em si subsistente ste grande paradjgma ontolSgica nao se eircunsereve és cor fentes marcadas pela Eszoléstca ‘Tem prolon. mais vasto, por vezes, & primes iziana eharmonia pré-estabeleciday (%), por exemplo, & sem divide, um dispositi destinado a procurar pensar a conexao al do real. Poder, segundo aspects esonciais, ser ca rado como um intento de detectar e de valrizar um determinado smo das «mbnadas»,Fundado na sua eautarqui ou (aéxdpyeta) e manifesico na dimensdo con ta sua aforgas (vie) (*). O que certamente np core adequada. pene cxssos de de todo tes € & concepeo marxsta (). Como tKpico capital e estruturante, 2 scja de sublinhar que a «interioridaden das concxées a que Marx se refere nfo se encontra circunserita ao ence considerado como samGnadan; abrange a totalidade do real na sua material Por conseguinie, a determinaczo da «conexdox que a cient dade de um saber esiruuralmonie exige como objectvo aleancedo &, para Mur, uma eonexdo interna, isto 6, una conexio materiimen te fundada no préprio desemvolvimento imanente da coisa ou do processo em estudo. No enianta, haveré que ter agui presens, pelo menos, dois aspects inporiames, que se prendem com os suposios e o aleance desta posigio orn la ela inci at conetes no se econ ida por uma stinciao de tipo discreto ima um mero estauto subjectivo de forma (wanscendenal, ec.) organiz si) desprovida de dete beterogénes._ Para Marx, ndo se tral, pois, de apurar uma sconexio» outor gda ou imposta do exterior a uma multdso indeterminada de fac {os ou de elementos, que urge é investir tum esentidos; trata, sim, A consciéncia cienifica — 0 movimento real e a conexio real coisas ¢ dos processos. Como Marx no deixa também de alertar, numa carta 2 Engels de | de Fevereiro de 1858, no contexto de uma apreciacto ct & Die Philosophie Herakieitos des Dunklen von Ephesos que Ferdinand Lassalle acabava de publicer: «é uma coisa totalmente dliferenee levar uma cignca, pela critica, ao ponto de a poder expor [darstellen] caleeticamente, ou aplicar [anwenden| um sistema da 10, pronto, a nogdes (vagas, Akmuagen} pr aguele aagir ext subjektiven Derkens) nna medida em que no representavam mais do que des que de essencial n A dialéotica é fungi da critica (080 apenas subje : s apreender ¢ deseahar a conexéo intima que anima « sua rostragdo e deveniéacia Desie modo, nfo se trata de orgenizar ou de regrar um mate. tial heterogéneo, recorendo & projeegdo ou A apliagio de uma ba. teria abstracta de categonas légicas (decorrente de wma fonte estanha de legitimacio), que nos fomecesse uma anidace exter ou 20) do sonjunta, trtase, sim, de surpreender ia 1g plea propria, dos processos objectives. Como jé em 1837, num contora foriemente marcado por re sondncias hegelianas, Marx nao deixava de observar, a propésito da expresso conereta de um mundo vivo para que & eifnciaincumbe aponiar: o2 razto da prépcia coisa tem de continuar a rola orrollen] como algo de em si conflitual (widersreited e de encontrar em si a sua unidade» (), Sob este ponto de vista, deparamos aqui, uma vex mais — ¢ apesar de todo 0 aprofundamento que ao longo da maturagdo do seu pensar ndo deixaré de ve —; com uma grande consis Supostos que servem de alicerce ao pensamer 0 reconheciment na eta determinads do seu agrane ¢recoreae a preocapasio conioro eabjectvo» conc ssubjecno». Neste pat ‘mo nas fases mais «idealistn» da sua prodapto ven inspirapto de um ceriptomate Ent Bloch declaa ser em Hegel Mart procurs 0 icdade do saber, e das suas exigéncias esi- tur, deste modo, percitamente, quer coma compreen- so do fundamento pritico objetivo da tora, em ger, quer com a catia do wopismo qu petende, do exer, impor absracaente idetis « uma reaidade objectiva que néo se tom, nem considera, na devida cons : me Isto 6, os prnefpios, as teorias, as representagdes da conscién- cia, em geral, encontram na realidade objectiva (decerto, subjectiva- mente mediada, em termos ¢ instincias poifacéticas) a raiz ea base fundamental da sua claboragao. E por isso que mesmo as categorias, apeser do nfvel elevado de generalidade ou de abstraccZo em cue se situam, jamais deixam de se constituir como «expressdo teérica do movimento histrico» de determinadas relagbes objectvas (), por muito que isso possa desagradar aos mais empedernidos adeptos da instituinte virtude genesiaca das «rotagbes dialécticas» (rot dialecigues)(") das suas cabecas incondicionadas Como jé-em A Ideologia Alema Marx ¢ Engels haviam assina guage es fo mens aparecem a comportam: Nao se trata apenas de chamar a atengao para o enquadramen to histrico-cultura, sociol6gico ou ideolégico de uma qualquer re presentagio; estamos igual ¢ verdadeiramente em presenga de uma perspectva com um largo alcance esrtamente gnosiolégico ou onto €.0 epensar, este primeiro, ¢ em termos de re‘lexov. sidere a génese do conbes mio de visa epst ico cla igualments 0 é, pois o saber cienifico, em termos de rest tado ou de produto a que a sua sctividade conduz, necesseriamente também se fem de medir com a realidade objeetiva, a partic de gual pela qual pergunta e para a qual procura dave significa, porém, que as stepcesentagdes», em geral, de de pronto correcamente cu ade- is que estio na sua origem ¢ desenvol 10, ir ein toda a operagio do saber cient dostaque, Apesar de o contento em que sobrevém no ser exactariente 1 de uma reflexzo apenas epistémica (jé que envolve, como é fiil de detectar, um ostensivo remogue aos procedimentos censérios prussianos), também a esta problemética se pode com jusieza api um papel do maior Lost aneiraatoura apenas no plano ideal da conse ‘Também com vista — que se pretenda furdadia e, em con Sequéncia, armada de maiores probabilidades de sucesso efectivo — « penetragdo no curso objectvo d saber nao induz necessaries perante a «fo impositva do «estabelecidos; 0 sa: ber concreto descobre-se, do mesmo passo, como factor de um ccendéncia de sinal determinado a empreender. Importa cone 0 «seguir» a positivd 1a sua evidéncia nos confronta, mas porque, pre pio das realidades apenas pode cor. rer de deni e no interior de ura trabalho do leque de ‘que 0 jogo de contvadig olucionéria que ent io programa a defender ¢ da a ‘A consecugio de ‘mente porgue se pretende — jamais pode perder de gue mento que cinde as «formas politicas» (politische Formen) do seu DE D0 Sane lage) © as erige em «dogmas sirakie Dogme mente neste marco que 0 ulopismo assom com intento ide pretender «realizar idealizagdes sociais preconcebidas, sem atender ap horizonte material das condigOes histéricas objectivas de uma transformacto. Se bern que os comunistas (Begrif), pela atribuicdo ao real de um estatuto de mera ‘alienagGo» ou apenas fun dada no desejo ilusio da conscénc A grande atengio ao real, ro seu processo d ¢ de transformagio, bem como as condigdes obie vas) que em cata momento vio éeterminando as figuras do sea d 0 que iré permitc « um ber ae se pretenda cen desemperr-se com verdade da sia tae. O atender & base mate rimordial e estruturance. $6 esta prosseguida, pode colocar a |, objectva, da dialéetica é, para Marx, firme © consequentemen: so explicitado da racionalizago teérica, pelo menos, certamente 20 nivel das operagdes espectficas desse saber panicular — a desmon- tagem vigilante e © abandono doutrnirio dos pressuposos id tas, 20 mesmo tempo que obrigart também a considerarcrticamente todo um conjunto de posigées que, reclamando-se eventuslmente do materalismo, o confinam, todavia, em limites demasiado estreitos que, nomcadamentc, nfo iém na devida conta a concrete historic: ser — «O defeito principal [Hawptmangel| de todo 0 materialismo sé agora (includo 0 de Feuerbach) € que o objecto [Gegenstand, aguilo que cbjectivamente c a sensibilidade [Sinlichei, i vel] apenas sio aprcendidos sob a forma presentacto) ou da intuigao (sensiv actvidade sencivelnente — no {apenas] subjectivamente — huma: a, {eom0) préica (Praxis >? B por iso que — mesmo em O Capital, onde alguns ndo hes: ou se comprazem, em vislumbrar incautas e inadmissiveis cedéncias aos padibes metodol6gices do discurso epistemologicamen te — Marx, na verésde, néo poupa o cientismo nsturalista io perdendo ume oporunidade para prem evidn 6,0 conjunto daqu' objecto (Objekt, dere 20st saxarawourd cia © para alertar 8 (Mangel} do. materialism abstectamentecieniico natura, qu exchiio proceso histéico» @), No fundo, 6 para 2 critica de uma fal encarar da Natureza dos seus processos que Marx est a sponta, partindo no de uma qualquer exigéncia apenas formal de campri- mento de um plano préestabelecido ou de eonsecupio de uma «hac moniosa» unidade de prncipios entre dominios eketregéncoso, mas firmando-se numa alengdo 2 prépria relidade objectiva e a0 seu desenvolviment A determinagio da «conexaa intema» nio € apenas a da seguén cia das represontsgdes na conscéncia, mas a dos préprios procetsas cebjectvos, materts. A dinéctica nio 6, pois, nem uma ex (Ceanscondental ou empirica) da fenomenologia da cons da engenhosidade (re)consiatva ou da celegancian anfstca na exposigéo. Daqui que Marx, designadamenie no que toe a esta questi dos Supostos ontol6gicos das estuturas da cientifcidade, ao confiontar- “se criticamente com Hegel e, a0 mesmo tempo, com um «materia~ lismo> que se restingisse & positividade do empiricamente dado na conscigncia,sinta uma particular indignagdo por verficer a mancira deturpada, esritae, por vezes,leviana, com que as suas posigdes epistemolégicas de base sio interpretadss por analistas de determi nados quaérantes. Para além do caso, a que jé aludimos, de Eugen Dikking (em cajas obras Marx proved & anotagdes, e para cuja cia, designa- damente de aspectos da evonomia politica, prepara elementos de que Engels postrionmente se vird, em pare, & servi (), 6 também de ter em conta a reccgio de Marx is referEacias que Fiedtich Albert Lange The faz na segunda edigfo do seu Die Arbeiterhage, Ihre Be deuning fr Gegenvvart und Zakwn,publicado em Winlhertbu, no ano de 1870. l como ficou documentado na comspondéacia com Ludwig Kugelmann, o comentitio de Marx 6, no que a esta temiica diz respeito, bem expressivo: «O quc o mesmo Lange diz acerca do étodo de Hegel e da parifase do. método de tratar a matéria — nomeadamente, do. mé: cou de regisar num efor a dialéctica de Hegel disso, pereeberse também da wilizagzo 1 cabo, Nio se trata, pois, no caso marxiano, de simplesmente (alle empirischon Verbs auf den Kop) (). Para preeacher saber necessita de, p dade das ss determinages, as sus tendéncss, assim como as suas deurpagdes numa e por uma teoria desajustaa, Como, em , Marx nio deixa de observa: eB, de facto, muito a andlse o nécleo teresie das imagens nebulo ce Nebebildunger] do que, inversamenc, de servolver a partir das relagSes reais de vida, em cada cso, as suas formas celesializadas, Este timo 6, unicsmente, 0 método materi lista, por conseguin No estamos aqui perante uma desautoriaagdo macdura de pers pectvas ensaiadas ¢ preconizadas em elapas anteriores do itnerrio cerpnteiramenta qu suena a produgfo © & t epcoduposails vives, € 0 aprofundamento de um programa anteriormente divisdo 1, depois de 9 além da verdade ter desspatecido, e do mais, trefa da filosofia que esté a0 scrvigo da hi 3 que no’ descara o Seu contnibuto para a instaurasao “histrioa” de realidades transformadas}, depois da figura sagrada (Heiliengestal alienagdo nas suas fig do Céu transforms, assim, na e ‘sido va critica do direito,« critica da teologia na ea» (9, § 8 Algumas (inJcompreensoes «marxologicas» do materialismo de Marx. Abusivas identificagdes do materialismo com uma sua figura mecanicista, Concepcoes idealistas da «praxis» Divers corentes da «marxclogia» centemporinea teimam, porém, em ignorar ou em desfigurar 0 sentido ¢ 0 aleance deste nova raterialismo de Marx, desta perspectiva a que, nas Teses sobre Reconlemes a 36 alguns — éos Fri car 0 conteido © as implicaeSes do materilismo merxiano consiste em comegar por adoptar como definigio categ6rica de «m 1o» uma concepsio que Marx, ,eriticou e ulirapassou — a do «velho» materilismo, smo amecanicista. Uma vez assoate este alicerce, p pela glosa das embiguidades mai Um dos expedientes de mist , enveredar se tema Marx Leszek Kolakowski, ext «Certamente que Marx & um guém que nfo acredite em que o espirito exista antes da matéria, ou que rejeita a questdo de uma tal existéncia como sem sentido [meaningless Em regra, contudo, o termo € usedo para denotar ume 08, mais preci Cbjectos tém as propriedades que ina aribue 905 fisicos. Bai a quesifo do macrialismo €, assim, colocada iminarmente na érbits da cerenzan,e despojada das suas dimensbes onicl6gias e epistemoldgicas fundamentas, Ora acontece, na reali dade, que, para Marx, o problema do maerilismo nio & nem redu fvel a uma mera opglo de fé, nem recancuztvel & simples denegaséo © constittivo do materialism como declasar do «sem sentidor da pergunta pelo lv (ou talvez também do material?) na determi orventura, uma formal marxismo com certs orientaybes da fosofia 38 deculo a que se apressam 2 denominar wrosamente, a partir de suposios onde a infludn- idiatica), mesmo que dluids ou mada, com forte intensidade no deixa de se fazer sent Abordar a quesiéo por este Angulo, atibuindo a Marx posigdes esta in nora ou ro (querer) pereber to Jo que ele deseavolve no props Sito de mestrar como 0 «ideslismo», do ponto de vista idecldgico, possui decisvas dete Se, que mio podem ser esq cidas (até porque, p no s40 um efeito eautométion» & linear, dosprovido de sofisticadas e contoridas media Para Marx, numa sociedace dividida em classes de um modo antagénieo — ou num horiznte cu cia, herdeiro de uma sociedade desse tipo —, 0 tido», na exactae rigorosa medida em que corespor 4 representagdes do mundo ¢ da vida que © opcem de referéa- Or, facto & que Mi to coe das saa correetamente os provessos objectives), so mesmo tempo que ay para uma nova concepgao material do devir, em ger ( muterialismo de Marx nto & um «coisismo», eden moo ian funda processes» e as diferentes instancias que na sus configuragio con- relamente intervém, hoe de tos as in samento de Marx (Contariamente ao que Lewis nem & ral ‘sustenta, designadamente, quando, hommem como lade a fundamentag30 ma rt ou da concepeo marxista do homem inca ou primordislmente subject a tratar de nio querer nem ver nem com- 10 parara-vouRs preender toda a fundamental contribuiglo de Marx para o estabele- ‘cimento da unidade do materialismo ¢ da dialéctica, para a aberura da ontologia ma tutivo contexto Outro motelo matricial com que, nao rar, deparamos, no te- tamento por parte da «marxologian do tema do materialismo em Marx, organiza-se em tomo de uma teniatva de cist, cu de rota, antecipadamente estraturantes, entre 0 dominio das «relagdes mate- risiso € 0 dos «comportamentos humanos>. Como muito sintomaticamente Maximilien Rubel assevera, sea ensaio de tale de Mark: eno pensamos que a © factores humancs ds revolvimentos [aulever possam ser examinados por meio de um mesmo critério "mater inados a pensar que, colocen 108 no terreno do método operatrio de explicaglo socolégica d beradameate adopiado por Mara, hi lugar para distnguir iidame or uma parte, a esfere da estratura material, dependendo das ter cas de observasa0 e de investigagio propriamente cienficae, por ‘utr, ¢ esfera do comportemenio bumano, dependendo de «de juitos nam mio des mais variados dispositivos worizantes. Podem nodar se de modo a comportr (sem abandon da um despedimento do «orlsmo ast fatalismo da materalidade (figura em que exclusivamente o mi alismo 6 feito consists) um en:ancipador «voluntarismo préxico»( u atificiosamente congeminar uma dissociagio entre a admis verdade «pré-histrica» do materialismo e a sua complete dissolupio ‘actual numa actividad social que tudo resolve e absorve no seu réprio seio ("), ico continua a ser sempre o de itroduzit a do que se declara entender por «ma: tar, 0 impo mesmo, 4 co ja, € removendo aqulo © préprio suposto onteldgico besilr do novo materialsmo de Mars que, paradoxaimente, se pretende revelar o stu auténtico segredo até aqui indetectado ou «abusivamente» (materials tamente) exposto, 0 objectivo continua 4 ser, assim, o de procurar abrir a porta & entrada &o Seals; de um eas que ai 0 cléssico idealism da conscigneis ou da representagdo — se apre Manx e4 HRCDADE Do saBeR sente, pelo menos, como um idealismo da «préxiss. B, on verdade, ide do real que deparamos, avocada acentuar — em si mesmo, correc: tervengdo humana pritica no processo de trans da realidade objctiva, ¢ mesmo de constituigao ou modelapio dos seus dados «imediatos» Temos, todavia, de eclarar, no que a este tépico conceme, al {guns pontos. ( materialismo née aprox nem reside em qualquer intento de negat — em nome de algum objectivismo abstracto de ressonincias francamente pré-marxistas — a contribuigéo da actvidade des ho- mens para que boa parte mesmo dos objectos da experiéncia apre- senler eespontancamente» a «forma fenoménica» que osteniam. jar ber claro — contra sla — que na wcoisan de algum modo «trebalhada> hi sempre labor humano corporizado. E conhetid, por exemplo, a temética do «trabalho morto» ou do wir bualho passedo» (die tote, vergangne Arbeit), em O Capital: «Axi plantas, que se costume considerar como produtos da io sBo apenas produtos talvez do ano anterior, mas, actusis, sto produtos de uma transformagio dio de trabalho humano.»('"). No entanto, parecendo vai efectivanente mais longe na extensfo do seu designio onto- lbgico —nomeadamente, na medida em que, desde a partida, tem era vista, pelo menos, secundarizar 0 fundamenio objectivamente mate- fialista do pensemento de Marx, talvez, porventura, para, no plano da na ig ppollercombater mais « vontaden as suas implicagdes, E assim, por exemplo, que, quando Alfred Sehmidt, na sua obra sobre 0 conc le na doutrina de Marx, nos assevera que so verdedeio objecto da teoria materilista é, nfo o abstracto [das 28 0 eonereta (das Konkretun] da p [Praxis] social ("), a coberto de um putativo reconhecimento des nal reduzir a «prixis», nie vinculada a uma reensio «substancialistan/mecanicista do real, que 0 1» de Marx redundaria numa pura concepsio da actvi- et, ele, ete sugerir que ‘que @ categoria de «materia» est inelutav obsoleta smaieri dade seston HovRd Por conseguinte preiender, 2 rebogue de um slegado sub da imtervensto pritica dos homens no real — que, precisament A realidade objectiva a condigto absiraca de urn em sin i lavel, © reforpa a necessidede de um seu entendimento como pro- cesso em devir —, anular, esquecer ou negar a base obje primordial de tice ¢ de todo o viver humano, em ger sem divi, flsificar o pensamerto de Mary, rvomendo espeancada ima desculps (ou iquilo que depos de essencia! desi regio se procura arvorar em desculpa) para reintroduzr o idealism, Do ponto de vista térico, do ponto de vise epistemol6gice, 20 nivel das andlses particulates que levou a efeito, Marx nunca de x00 partir dos anos de 1842-1843 (ou, com maior seguringa: 1845) — de pensar no quadro de suposto ‘ontolégicos bem definicos quanto & questto da materaldade do rel Como ele refere nos. Grundrisse, mat ‘omo material de toda a actividale humana de reconfiguragio do ser, «Toda 2 produsdo 6 apropriagio [Ancignung] da Naturcza por parte doin dividuo no interior © jo de uma determinada forma de sociedade (Gesellchaftsfo E somentc sobre esta base, & sempre sobre esta base, que se eafca ¢ desenvolve a concepeio marxiana da pritica — no contra © materialism, nfo como um almejado sucedineo do matcrilismo, no como uma debilitasi ict do materialismo, mas, pelo ig do processo da sus concregéo. § 9. Conexdo interna dos fenémenos € contradigdo: a dimenséo processual da conexio, A concepcao de «fenémenos: da «cousificagdo» ao sistema de relagdes Regressemos, no entanto, mais de perto & problemética episte- molégica das exigéncias da cicmificidade do saber, que vimos exa- minando, No decurso desta nossa reflexio, foi-nos dado ji verificar que, para Marx, 0 atingr des ifcidade se prende com um dar conie da econexdo interme dos fendmenos», e que ela s6 pode verdadeiea- ADE Do Sane mente ser alcengada numa base materialist, Temos, porém, em or dem 2 concluir, de proceder ainda a duas precis an acumulagdo ou sucessio de eastedos», as lneares etrangulas, zs 0, a lata, a contadio, no se Por outo lao, & mister ganhar conscincia de que a prépria nogio de «fendmeno» se estende bem para além da mera «cousii- stracta dos objects de investisasio,alargando-s & condi estatuo do sistema de relapbes uma consttuiva dimenséo processual que determina besicamente a sua estratura. 0 devir nao & frato de um mezo percorrer — subjec- tivo — de uma coleogdo incre de objectos dispostos ante os o Go observador(«olimpicon), nama série ou numa sequéncia que urge PO evr nto € um valor dressed; nfo & ineduzido ae fora» pela subjectividade, ao assumir e recolher no fTuxo da sua onscigncia cbjectos que, por esse facto, também passam o receber tuma dada uniicagio, O devir ele proprio a vida dos «objectose, © seu processo intemo ¢ entero de relagto ¢ de movimentacéo. Em qualquer caso, para além destas consideragSes de natureza contolégica (que definem um horizonte global de enquadrement as consequéncas epistemologices que necessariamente delas der vam, a didéctica com que o saber se tem de confrontar nfo pode resumirse 4 mera beligerancia des « acaba por emer sempre (por intermédio de mediagdes de um grau e complexidade varidvel) para os préprios proceseos obje isco pemurbages do tor genin E alertando para os perigos d XTarspingosoasirmeneinromeda que, por exemplo, Ma A Miséra da Forfa, object & prctensa concepsao eiléctica> de Prouahon: «Os matetais dos economists — & 2 vida activa © actuante dos homens, 03 materiais do senhor Proudhon sio os dogmas dos economistas.» ("”), A demande ds intligibilidade tem, por zac ede frmarse no prprio teen objet 1 axnata noua s0s em aprezo, & ai que se enconira, € dat que aranca, € af que em que ser surpreendida a confituaidade real que desafia ¢ reclama compreensio. Para além de toda a mediagZo de que o pensar incontornavelmente se desempenka, € fundamentslmente 0 «ser» Aquilo que o saber tom em vista. Como Marx nfo deixa de obser uma carta a Engels, de 10 de Outubro de 1868: «86 pondo no lugar dos dogmas em ci as cposigoes reals (eale Gegensétze] que formam o seu oculto plano recua de fundo, Hintergrand], se pode transformar a Economia Pe ‘uma ciéncia posiiva» (!), iamente 20 que hoje er dia alguma encomendaZo her ‘menéutica (pragmatistaniente colorida) poderé manifestar tendncia para pretender ressuscta, 0 «confit das intarpretecSeso ndo esti em medide de subs epistemoiégica em termas de carrecea0 os, materialmente fundados, dade (omsco por um saber espetifcamente constituido como objeto) se vecificam. Sea duvida que uma andlise e ume problematizagdo das inter ‘reiagdes em confronto também apresenta 0 seu interease — que al fem muites casos, poderé ser grande, aterderdo ao facto de const tuir,em geral, um bom indieador do nivel aleangado pelo debate ideo da sociedade ou comunidade cientiica; 10 entanio, estes necessérios procedimentos erticos jamais deverio obnutilar aquilo que fundame todo este processo de demanda de uma idade de um saber — no caso aludido por Marx na carta citada: o da Economia politica — terd, por conseguinte, de Supor uma atensio dominants & propria realidace objectva, E nesse Semtido que emerge a sua «positvidade», isto é, a garamia de que 0 Seu conletdo remete para um horizonte de materialidade No entanto, a calidad objectiva» no se citcunscreve a0 que Wo assoma como spostor. Ela nio pode sor confundida ov reduzida & imeditez dos «factos>, mesmo que consieredos ou apre sentados ma sua relagio confit Nio é por treto se queda. Importa sinda & cincia determinar de em que medida e com que implicagées, esse «fais to) slo els proprios funo de opasgdes, de contradiges, igualmente ‘reais, que, em desenvolvimento (iso 6, no quaéro de uma dinémica determinada) 0s sustentam e pro-duzem, consituindo o seu verda- deiro pano de fundo, Séo todas estes dimensdes — «postvas», porque materiakmen- fundadas, mas que se nio limitam A facticidede disereta do «dado» 0 — que o projecto cpistemoldgico, em cada caso, nio pode deixar de ter em considerapao, pretendendo, por vezes, interpretago de Mare, procuram a todo 0 do materialism, ou se, retire dade ce coniradigio. 0s limites da presente comunicago — jé larg quanto a0 que seria mais conveniente, nos planos objectivo © sub- fem debater com a profundidate de que sio fe Galvano Della Volpe sobre esta questio. Penso, por xando para uma nova oportunidade, que espero préxima, ¢ para outro contexto, uma sua discussio, Nao resiso, porém, a a re mente expressiva — a conclusio que Lucio Collet Pim, woes cai Marsiond ¢ O principio fundamental do materialismo ¢ da cigncia — vimos nés — 6 0 principio da nio. contradizio. A realidade es reais, conflitos de forgas, relapSes de contarieds. 0 que jlgo haves : tee de que o matealisno (@, cesignedsmente, 0 de Mare) sapSe fk iade do real. nlo posso, todavia, deixer de recordar ainda que corsiente de um eventual elatno grau de «injistip> presente na aproximagio — 0 co nico de Mark, em 1 acerca do taiamento desas matéres por John Sua Mit gquelle] de toda ern conteadiges chs [plaite).» (*) Um segundo aspecto que se nos afigura imp ‘compreensio marsiana da necessidade de a ciéncia proceder a uma eterminagao da «conexio interna dos fenémenos prende-se caracteriza¢io do préprio «fendmenos, enquanto unidade oa el dde uma determinada relagio, ara Marx, nto nfo é apenas algo que exteriormente envolve as . ica do real apreseate-se-nos,essim, como do- no ser. (O que, sob este Angulo de considerazio, vale para um ente vale, por msioria de razko, para a conexdes © para os sistemas dc cntes ede relaydes — forma conereta de crganizagao ¢ de manifestagao ddo ser nas suas diferentes figuras de mater 0 cojecto (materimente concreto) de que ac: ‘conta determine, por conseguine, em inapagéveis termos de movi- mento, AS coisas, no fundo, sem perderem a sua identidade — por ‘que esta se nlo teduz a uma widentidade» abstracta ou imbvel — epresentam-se como conjuntos ou sistomes de relagdes em curso de deveniéncia Mais: a propria identidade éntica — configuradora de tod tdncia das individualicades finitas, e que, por certo, se 120 vo! liza ou desvancoe — tem ela peépria de ser vista como um eqi brio relativo e dindmico de componentes em devir, ¢ nfo como um repositrio esttco © imutivel de propriedades «essenciais» singula- rizadss. Bd ade surpreender ¢ de abor ar a ontologin que aqui nos deparamos. O contrast com es moda i nalmente instaladas para pode deixar de ser flagrant, © de tanto 0 ponto de vista ass um acleramento de muitos problemas sobrevenients. Reagindo a certas reparos crtcns de Engels, ma exterior de exposigdo» (Gussere Form der Dar: peito de O Capital que 2 receber, Marx desabafa, em carta ao amigo de 24 de Agosto de 1867: 10st sanetanouna scustou muito suor encontrar as prdprias cosas (die Sachen selbsi, Isto é, a sua conesdo |Zusammenhang.»(') 86 na ¢ pela suz econexzo» os fendmenos se nos abrem ne verdade conereta do seu ser, E laboriaso esforgo do saber cie aceder, fundadamente, a essa mostagao, Razio tinha, por certo, Engels quando, na sua recensio de Zur rit der ‘Mart, publicada no semanétio Das Voi de Londres, em amente, 20 astinalar a novi- ade epistemel6gica do método marxian, insist na relevancia de uma desmontager dat less que po dts ds weiss pr © estauto éntico des scoises» no menifesta uma raiz «subs- tancialy absolut, AS coses sto elas préprias também relagdes, Re Jagoes entre os elementos gue as integram, e ainda relages no quaco social em que concretamente se foram, evoluem e refiguram, Como Engels salient no escrito em questip: «A ecanomi trata de coisas, mas de relagdes entre pessoas e, em : ta, entre classes; estas relages exo, poem, sempre ligadas a coisas © aparecem como coisa.» (9). ua-se aqui ume Outra importante dimensto, presente na caracterizagto conereta do «fendmeno», em geral, Sem que o fun damento (Grund) ont seja minimamente reeusado ou Posto em causa, a natureza do cbjecio no pode, no enieno, esgo terse numa sua considerazdo que tome como perspectiva redutora preliminar a da eecisificagion © ‘sobjecto», sem que por esse facto se aniguilem ov a os seas tragos é te — objctivan que, imedistam simuladas no regisio da represen se corporizam, contibuindo para a Aeterminagdo concreta do conteiko ¢ da wforman que pate: Como 0 préprio Marx escreve, em Para a Critica da Economia Politica: «& apenas 0 hébito de vida (que nos faz. pare- cet como trivial, como evidente [selbstrersiindlich], que uma rele $80 social de produgdo tome a forma de um abjecto, de tal mod uc 4 relapio das pessoas no seu trabelho se apresenta antes con tm ego pela qu as cols se reecionan ees om a pet soas. (") a, porém, procurar ambiguidade, at aqui quaisquer névoas de MARX 5A CHENTECADE 00 sant Marx nfo esti de modo algum a afirmar que « materaidade das coisas se desvanece, pela circunstincia de clas corporizarem deter rinades relagdes soca, no dbito de um sisiema de produgéo dado, lo contri, Marx aponts & para una nova qualidede da materiali- dade: aguela que resulta do seu em cm relapses sociais, clas proprias izuelmente objectives, Em qualquer caso, 0 subsrao «lsico» da materilidade — con- atime no ceneto de axade demu qt ofeece ou poe «a disposigio» de um re ele (nele € com ele) exer- cidp— nunca ee dso ou via; vse 6 englotd © abe Tbado num e por um sistema mais conereio de relagdes inere, 0 ser con tm a dialeticidade, « contadicéo, no seu proprio seo. Ea inultr- assivel historicidade do real que a cada pesso assoma, nio como tanifestsgdo peturbedora do saber que importa alcangar mas e terreno incontomivel a partir do qual somente cle se pode con tuir F precisamente esta dle cla nio repre idede inserita no ser que leva a que de fora, 2 socialidace Ihe traz, 6 apenas uma expresso, uma mada de — espectica e ponderose, € certo — do dinamismo material, de que se constitu como «agEncian¢ factor de mediagao, no limit: de transformagio, No entanto, ete stenar na conero interna dos ferémenos come exigéneia da cientificidede de um saber noi 1 tito de Supostointansponivel — uma doutrina tleoiéica, ou 0 fechamen to» prévio da dieléctica ou da histra idade que 0s processos objestivos constituem ni Ihes advém, como, aliés, tivemos ocasiio repetdamente de salienar, de les apenas reproduzitem um «destino» que Ihes houvesse sido pre tragado por algum «Esprit» origiéro ou «Razdo» pro vidente que, na histria, preisasse de encontrar, ao jeito de Hegel um horizonte para a sua «alienapio> extemalizante, para o seu tor. arse eoutro> ¢, posteromente, pera uma tomada de conscitncia reconclisdora do © com o seu préptio contetico. lade advém aos processos objectivos da sistematicidade que eles mesmos vo patenteando (¢ refigurando) no decurso do seu desenvolvimento, N totale E por isso também que, em relagio a processos em curso, Marx nfo trata de prodigalizar abstactas dedusdes futurologistas de cunko € intengo mais ou menos proféticos, mas insste, uma e out na necessidade de se fundarem nas condigdes objectivas ( em desenvo jades que se antevéern, tos determinados de intervengGo transformadora 6 neste contexto fundamental que adquire no pen- —¢, designadament, no sistema das categorias 4a cigncia — relevante importincia « nopdo de «tendéncia» (Tender) Nomeadamente no quadro dos processos sociais, ¢ Icgalidade (ma- ialmente fundada) que 2 citncia determina é fundamentalmente tendencial por wtendéncia»: wuma lei cuja execuplo [Durch Jihrung) absoluta € detida, cetardada, eafraquecida, por ci \Umstande| que a contrariam ('®), Marx esté a dé nie — contra todos os que o acusam, ¢ acusem, de fat sta — que 0s processos materialmente determinados sio uma permanece viva, na racionalidade mesma que produ. samento de bem No se trata, de modo nenhum, de uma quebra no reconhecimen: to do pri ipio da materialidade do real, mas, pelo contiri, de uma aedo consequente, O movimento tendencial — no seu curso contre-cursos — estf materiaimente fundado, no de uma forma a, simplista, mas nos termos de uma concresdo que exigénees, io neuito, desing te peirante acima do enero em que se onzing, sobre que se rebate ea que revere. Plo rg materials o saber ert de ser pesado tnbén Sem jamais aspirar a ver na cigncia — isto & no saber hum- et 0s requisites da cienifcidade e desen ‘lando-se coneretamente no horizonte da dialéctica do absoluto e do realtivo de — um reflexo imediato e simplisia das diferen tes posigdes de classe, Marx nio de Optio contexto real. Um cor lade dos tempos e das contadiges, xto rasgado — segundo « diver: ages —, no taro, por Convém, na verdade, ro esquecer sions (ri nr) porque, (im Flusce der Bewegung), conse o integra, nio numa esiaticidade (positividade) que o absolu consagra, mas p lado wansitsrio — de transformagao, se pode ler no posficio A segunda ediglo alema de O Ca pital: «Na sua forma mis a tomouse moda ura racial, la jae para os seus port, voues doutrinirios, porque ela encerra no entendimento postive do nto da sua negagio, dda sua necessaria decadéncie; [porque ela] apreende cade forma dada no fluxo do movin io, também pelo seu lado transizrio; pPorgue no deixa que nada se Ihe imponha; porque, pela sua essen do progresso, em gera E a esta luz que se poderi compreender que Marx, numa carta a Joseph Weydemeyer, de I de Fevereiro de 1859, depois de apr: sentar um esbeeo do conteddo da obra econémica que tinha cntre ios (os matetiais preparairios do que viria a set O Capital), te te de concluir, estabelecendo uma articulasio que para ele era ente des leangar para o nosso Partido uma ¢) Para Mary, fe nio se enconrareatademen te isclada, oa rigorosamente separada, do seu horizonte idzo6gico. A espeificidede exigent nao &, neste caso, exr-teitr mea, ergunindo pela realdade objectiva,¢ tmibém mediado ia — desigadaments, plas contadigoes que a vessam ¢ esiuturam — que o saber cient 2( como um discur determinado que nio tem de confundirse com 4 maquilo que determinadamente & e nas perspec: tvas que pretende resp. Como Marx esere Agosto d= 1846, a propio de umn trabalho que tine em me lo Krink der Poliik und Nat ci Lisboa, Novembro de 1983. oURA NOTAS saber Herach 1979, pp 61-260 Gar a System wile Je nd dg etch HEGI (CL HEGEL, Wissen: Scie algae aspects sy. Cl Beneccas 4.1. Nan Vibien oP ns Nika Pi ©) Gly por explo, PLATAO, Rept Comtunisientaben 74 m ge, die sch ere ea Verh verde koe on Ker! Mar nevi dee De Winsscht 1967; Reman ROSDOLSI, Zar Ech rk am Mai Wier Mars's Grunt Wales TUCHSCHEERER, Bevr «Das Kaptls Ensehung der iosonile W.S. MGODSK, 116, Walid SCI ses, Maren 978), pp. 118. “Grandrse® as “Capital”. 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Feuerbach, der a (°) «Dis Sein it dis Peston Aber alle Digs ted gered, was i Fle, weit, abace eaten Ihre Tasch he, wervetn Stunden lin in Dune, und wei ein Si in Wesee >, ENGELS wil Burgust, © wdaton (Age) ape. do imeresse in agi iinren Au {sr sobre ssoromin, eu publeto e seu Zur Kr ‘oma not de Di esie mesmo ano ce 1888 Lssalecommnicn 3 mio: uma obra grande de Economia. Nacion soles Werk rer cer Hand hae, Nio pude co tanete esa cat, mas Mart reer see com ema tari: ef MARX, Breen Engels. 2, Bebra 185%; MEW, wh 29,9 48.0 desis ser objeto de t de Mar em frais de 1888: cf. MARX, Bree cn Easels 26 ° 12036 santa MOURA ‘November 0, December 188%, MEW, veh. 29, pp. SIS €520,rspeciramens. “Tendo em loo gue vik a A passgem, 20 seb conan, diz ose “A props. Naan carta ce Fracklt br ecenbmica. Or, esta especie De facto. a Bron Werk Wis tum unsere Ria mbaras de vchesses fer das Okoscnie a Wi ar vi zw, coder ein Duties Eile eb ber Em mati de tei, tye aomeadamente: Jann Goi FICHTE, Be Lr Bercoigung der Une des Publis er Werke, lnvtanel Hermann ibs, red. Beli, tal, pp 39-288. Vise o tame dot dics dG har, ge, por sonseqdncia eqn (eae 4 Alemania abo fate co com opus he Reolton she » (ob € e. at, p39), ges de Fiche com 2 Revolxzo Faces pare >» de Xaver LEON, Fiche sen ew, Pars, Amand Manired BUER, Revlon wad Pipi. Die ic roche Revco, Be 1966; Maral GUEROULT, «Fhe et ies ser Fiche, ep, Hes New Yr, ua als bs aAS Lines» a Rees. Ente oats spect, ermaneni dos 19725 Gog MENDE, ‘Hegel und die Francs muwicklung seines Dicsophischen Deners in Jeni» ¢ Georg BIEDERMANN. 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Assn, temas a ora pra os resis actos lana de és Katt o ° cnsderais de Feta aera impor culver, et aeessia iad Enlecual, CF, FEUERIAC fe, GW, vol 9, 9. 255 ld, de Lanes, examiaado + is deere a tse de gue a5 in renlagh commis pel ele 0 db movimento sce], ses che frances pol Aims ee a prokndo proper prio dos Fanett, asin como ins de Reforms mis ams t rabio dos ‘a tora alot ea Revo facta» — ie davsche Terie der Fane fo tug reve eas ria conor © rescva a deri con agus 0 f¢risio mundo comercsineats, of impoenies birguies semis spose chegavam “ton vena’ [J sa boa vontae de Kent comesponde cor ‘eoltenien und sch Inien ptseh und die gace andere Wel koeeeil tumerna, brahisn es die okamachigesdeuschen Dirge nut zum “put Kanis etic ve do epirto a huemaniono> — Dis wi _ cite cn Zisammentifn i dem Principe dee Homan, Plan der Deutch Pence Jbrbicher, Destch raise Jae €dJeachin Hipper, Leis 98 (Gott eia problema, em geal es Anal fn. 193-21¢: Emile BOTTIGE wien atc, La Pnae, Pt nk terse em cont: Cars RIS, 1 Des un 10 cific rostaera moun () Conners gt mode de ees ‘modo de inves a wenn de et rica reese. tia tan aeons po» = Alsen ok formell von der Forschungsweise us es Das Kepie, Nacho 2 28eien-Aufage “Dw Ce r fs cone weil es dis Zessmmenias aio Eine des Mansifaligen Im Denken s Real MARX, Olonomfcte sen der Kridel Sobre esta pro Dialer ns Moon, Pres, BR, «Die Die Asien aun geisig Kone etn, 28 (98), pp 36537 Sih immer | et Teicha eV den den. i sen binge A tn x vei also nich és in det entendsienEnchsinnsion a fice abst one vel id — and ale Wisensonit mbes Siranae MANSION, [Atte Reve P Coma Lets vere dat: «ni da sobre 3 ca, 2 Drops pela orem da pr segundo as sas peri operates dw ga da oar isi, cm vine do © ero 0 gue es opératene de lune suse! sind tbe i ro i eentums cxsa xara que a a. De ene seg qu nt ca alms ¢ que excie modaarete 8 des veh mésphrsigve n'y a Ora 20 sobre ye kc 05 $18: FS, WL 4p 3 Sob #relaeo de pensumanto de Mare com 0 de Leib Jon ‘Mir et Lebniz>, Ree gu de Ie France et de 108 (983) pp 167-17, once pace GeaRATA CURA ! (7 sCemamente que © modo de exposicio se ‘nao ce roche Dic Fs n Dv asa se vce En Siren on aren mae Bad sp ‘track, kann die wirkliche Bewegung - Geran ie Nachwcrt sur ave Auge: MEV ich ds Cone anaueanen, es als cin ge Conces au mpaacen Keneswegs ser det Bnsesurgsprocess dos Coreen sebs.>, MARX, Otenomische Manele der Krk de peltishen Okey Konkeetne, Det D) pp. 396372. ee Erhard meer Zasemeongon MARS, rien niin Agena diese Pr verdoeisthen, 2 sptenaisien m dle Encheimagsfr und fen — ema goats here Vl MARX EA CENTITEDADE CO SABER Arai (dnvane 0 Ron, Fo Rint 3. a flout MANSION La pen nce nae ie ian ees a pede Lert oat, 8) (9) pp 10 90. nes ces Ai Aan te eas sci mo in Gos pn own epee waa seer (Go aos crn ep Soe yee ep tn, bebe a ang dt ours — retrace st Fae, ne ‘apr pc Tord e a pre fun ts popes li, recone danse gt & ies opéeatens de Mane a shangerce doaeer “ a st mei, ape ina» cp de de forse, § 2 PS. 4p sat cet maa rnp em Se nana. MOURA ol. nen der Phiri des Re (9. Crime BLOCH, Fashion ar Nai, 365, (Mo quero com isto dizer que, em Marx, enortenos un e edifeadp ebamoaiote to edu diss cotsguanas cu splice, sqando os da hpi da wdemonstapion para 38 quae ceils empincn soe artemis Ca 8 apse deo gx de ey nose nico em tes o¢ textes « corteto, ics: Ooo BIEDER. dr egschen Methods son Kail Ma i 7K anerlurg 1m Preble des Lopscten und Hegel sii fir grich ZELENY, «A propio d ca con, Dieta y Ca 582, p. S28, Eis 0 enquaireneno pr 1 aboio das elas de po redude fous e fundoyZo de uta seciedie pues modem noo, modo neabum 0 eit de ama cons doutina ue prise de lo com ln at trate aber eon seth da buguesia psa ie pe 0 0 Frum, ants, sono & exes te ito e, com efeito, pode sepirse extctieste como es i, comsare ela per ox menos desemclvide do movimento rel» — -Die an Eigetomseraltnsse ud die halt war aso keinesvegs das Resitat ene ge on cine bestia thereon Pra als Kem aging und i den ck de peklichen nv vefolge, wie dsr Ausdnck mele : Im er ler weniger chee Dewepungangeberex, MARK. de Marl, ME ,pesanertos ponies, ind ‘656 ben foqade a satu como creme ar Aas ies MON ‘in den Gang der Entice er radial dem CORNY, Kar! BEEKER Sieo Xx, Ii8 CLMARX, Dr ine, MEW, oO. 49.3 Soke ten and along ye own eo dos em: La Comme de Pars tf ni Moscou, Prog, 1973, None: TW, vol 3, pI. ©) sbtvas ver ne des Rechts, § 31; TW, vol. 7, p85. ete Erienen eft aber visim, ch der Leben des mn berpten oer, nas daslbe i, dc ine Netwenlghet ester ry mates ind suschn HEGEL, Plein olen Dien gles, dion fan cine. uspringlon cam arin eek i schcke se mir als Pen — Hepes “Logit ie fom, MARK, Brief an Bret, an det 16, lear 1888, ‘we corsiul 0 ob comer Mero ROSS, Du fee « inert Bsa reuzeten — aN FEUERBACH, Vrtegge heen: efor 2M Soir eva probiotics: pie, Uroprang nd Sohita, Bet fice RANBALDI, Lert As, 1965; Hons rg BRAK Siutgat-Bod Can ved L.A. 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