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CENTRO UNIVERSITÁRIO BARÃO DE MAUÁ

DOCUMENTÁRIO: A MORTE INVENTADA

Gabriela Saud Uahib - 1621433


Isabelle R. de Souza - 1610253
Sabrina de C. T. Macedo - 1631610

Ribeirão Preto
2019
Documentário: A morte inventada.

A alienação parental é um processo que consiste em programar uma criança para que odeie,
sem justificativa, um dos seus genitores, ou seja, um genitor altera a percepção da criança sobre o
outro genitor.
A alienação parental, muitas vezes, vem por forma de vingança. Um dos genitores se sente
abandonado pelo outro ou traído, e se vinga destila este ódio sobre os filhos, para que estes sintam
também esse ódio. Um dos primeiros casos demonstrados no documentário “A morte inventada” a
questão da vingança aparece de uma forma bem clara, onde a genitora inventava histórias também
para as filhas quanto para o ex, e fazia com que de alguma forma o encontro deles não desse certo,
usando-se de argumentos tais como “viu? Ele não quis vir ver vocês, ele tem outra família, ele já se
casou e não precisa de vocês.” tal verbalização fazia com que as crianças absorvessem o ódio
escondido na frase e sentisse que o pai realmente as havia abandonado, trocado, e como uma das
filhas relata “desejava que isso não tivesse acontecido, não queria mais o ver.” A alienação parental
neste caso, e em muitos outros, fazia com que as crianças absorvesse sentimentos negativos e
transformasse isso em angústia e sofrimento psíquico.
Os conflitos vividos pelos pais antes e durante o processo de separação causam problemas
de ajustamento dos filhos, pois estes enfrentam um período de vulnerabilidade e medo, sendo que o
relacionamento dos pais no período pós-divórcio constitui o fator mais crítico no funcionamento da
família. Com isso, quanto mais conflitos houverem entre os pais, mais os filhos serão prejudicados.
Prejuízos estes que acarretam diretamente na rotina, comportamentos, afetos, cognitiva e
psiquicamente a criança. Por isso, é importante que haja uma mediação de conflitos para que se
consiga promover uma melhor relação familiar e convívio (mesmo que seja mínimo), uma melhor
criação dos filhos, para que não sofram maiores impactos.
Através do documentário é fácil observar que geralmente o genitor que pratica a alienação
parental possui quase sempre um perfil controlador. A criança alienada acaba por se sentir na
obrigação de agredir o outro genitor, favorecendo o genitor alienado. Um dos relatos mostra este
tópico “eu dizia para a minha mãe que era um saco estar com meu pai, que eu não gostava dos
nossos passeios” o que denota essa lealdade que a criança sente que precisa ter em relação ao
genitor alienador, esse sentimento causa muita ambivalência e angústia para a criança, mas a
criança precisa de consistência. Dessa forma, a partir de todos os relatos de adultos que foram
afastados por seu genitor alienador do seu outro genitor quando criança, observa-se o sentimento de
angústia que permanece por terem se sentido controlados a sentir um sentimento que não sentiam de
verdade, por terem sentido na obrigação de cultivar ódio de um dos genitores, por terem crescido
afastados afetivamente de seus genitores e quererem ter feito diferente.
Por fim, há uma reflexão de profissionais, tais como psicólogos, advogados, entre outros.
Tais profissionais que dão seu depoimento no documentário relatam ainda que a alienação parental
pode ocorrer também dentro de uma relação atual, e não apenas em um processo pós divórcio. Além
disso, acreditam que ainda não possuem qualificações necessárias por partes psicossociais e dos
profissionais de Direito para lidar com esta situação. Entende-se então que a alienação parental traz
consequências para uma vida toda no indivíduo, e precisa-se estudar mais formas de intervenção
neste tipo de caso.

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