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Proposta de Correção

Grupo I

PARTE A

1. Os intervenientes no diálogo são duas jovens, presumivelmente duas amigas. O tema do


diálogo relaciona-se com o muito tardar do amigo da primeira interlocutora.

2. A primeira interlocutora manifesta a sua grande preocupação pelo facto de o amigo muito
tardar; diz admirar-se por este conseguir viver tanto tempo sem a ver, pondo mesmo a hipótese
de ter morrido. Tal facto poderá levá-la também à morte.

3. A segunda interlocutora, face ao primeiro desabafo da sua “amiga”, tenta acalmá-la, dizendo-
lhe que o amigo a ama profundamente e que se não vem a culpa não será dele. Depois de a
primeira donzela levantar a possibilidade de o amigo ter morrido, a segunda diz-lhe que deve
deixar-se desses presságios infundados e que deve confiar no amigo e no seu amor que, como
garante, é o mais leal que alguma vez conheceu.

4. Ao mesmo tempo que a amiga tem o papel de confidente, procura servir de ombro amigo de
forma a tranquilizar a donzela que sofre com a demora/ausência do amigo, tentando incutir-lhe
alguma racionalidade e confiança.

PARTE B

5.

A poesia trovadoresca, sendo das primeiras manifestações literárias, cumpre um papel


determinante na literatura e as cantigas de amigo são o subgénero que melhor retrata a vida
dos povos peninsulares nos primórdios da nacionalidade.

Efetivamente, a especificidade das cantigas de amigo resulta, em primeiro lugar, do


facto de o trovador assumir uma identidade feminina e de projetar-se no seu interior para dar
conta das suas preocupações, geralmente provocadas pela ausência do amigo. Além disso, o
cenário escolhido é predominantemente rural, simples e mais próximo das figuras que assumem
protagonismo, opondo-se, por isso, ao ambiente palaciano e característico das cantigas de amor.
Formalmente, apresentam paralelismo e refrão, o que as aproxima de uma vertente mais
popular, conferindo unidade semântica e rítmica ao texto.

Em conclusão, pode confirmar-se a importância das cantigas de amigo no panorama


literário peninsular dado que estas são autóctones e, como tal, permitem aceder a uma
realidade mais autêntica, com hábitos e costumes que se aproximam daquilo que se conhece da
sociedade medieval da época.

GRUPO II

1. – B; 2. – A; 3. – D; 4. – C; 5. – A; 6. – C; 7. D

8. Oração subordinada substantiva completiva.

9. Complemento direto.

10. Valor de oposição/adversativo.

GRUPO III

Proposta de texto

A imagem apresentada mostra-nos diferentes indivíduos, de idades diferenciadas, mas


com trajes semelhantes, sendo que alguns ostentam aparelhos tecnológicos para fotografar um
livro, algo que parece ter caído de outro planeta, devido ao ar estranho e à perplexidade que
todos parecem revelar.

Com efeito, o aglomerado de pessoas em torno do livro caído, no qual alguém tenta
tocar de longe e com um pau, permite-nos concluir que o livro é algo que está em vias de
extinção, causando estranheza numa sociedade voltada para as novas tecnologias e
desconhecendo já a função do livro no nosso mundo. Sendo assim, a imagem cumpre a função
de nos projetar para um futuro próximo, aquele em que o suporte papel estará totalmente
extinto. E a cumprirem-se os desígnios desta era, em breve o livro não será mais que um objeto
extraterrestre cuja função o ser humano desconhece.

Se compararmos a mensagem do texto do Grupo II com o conteúdo da imagem,


percebe-se que a tecnologia se está a apoderar da nossa sociedade e o livro desaparecerá, a
menos que mais estudos venham mostrar a vantagem do suporte papel na aprendizagem.

Em suma, penso que a imagem é extremamente sugestiva e poderia mesmo servir de


suporte ou de complemento ao texto de Mafalda Anjos, obrigando-nos, ambos, a pensar e a
avaliar as vantagens/desvantagens decorrentes da supremacia das novas tecnologias na
atualidade. Pelo exposto, concordo plenamente com a opinião do cartoonista e da jornalista.

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