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SECRETARIA ESTADUAL DE SAUDE SUPERINTENDENCIA DE VIGILANCIA EM SAUDE GERENCIA DE IMUNIZAGAO GUIA PRATICO DE IMUNIZAGOES PARA_ TRABALHADORES DA SALA DE VACINACAO 10? Edigdo - 2021 Secretaria Estadual de Satide Ismael Alexandrino Junior Superitendencia de Vigilancia em Saude Fluvia Pereira Amorim da Silva Geréncia de Imunizagao Clarice Carvalho dos Santos Elaboragao Ludmila Bastos Mochizuki — Técnica da Coordenagao Agées em Imunizagbes Joice Kellen Silva Santos Nogueira Dorneles - Coordenadora de Agdes em Imunizagées Ulisses Pinto de Figueiredo — Apoio Técnico Especializado nas Agdes de Imunizagao Janeth Felicissima Machado Diniz - Técnica da Coordenagao de Agdes em Imunizagées Kamili Vieira Borges de Oliveira - Técnica da Coordenagao de Agées em Imunizagoes Monica Cristina da Silva - Subcoordenadora de Agdes em Imunizagbes Neuza Correa Goncalves - Técnica da Coordenagao de Ades em Imunizagbes Renata Silva Rocha Moraes - Servidora da Secretaria Estadual da Satide Silvania Peixoto de Alcantara - Técnica da Coordenagao de Agdes em Imunizagdes Colaboradores: Claudia de Oliveira Villa Real - Servidora da Secretaria Estadual da Saude Aline Martins Camargo — Técnica da Coordenacao de Agdes em Imunizacbes Carolina de Paula Nunes Barbosa - Coordenadora de Sistemas de Informacao Ivani Martins da Silva Alencar — Subcoordenadora de Sistemas de Informacao Tania Cristina Barboza — Técnica da Coordenagao de Agdes em Imunizagdes Alexandre Gomes da Costa — Técnico da Coordenagao de Sistemas de informagao Cristiane da Silva Mendonga Longo — Técnica da Coordenagao de Rede de Frio Genesi Marciana Arruda - Técnica da Coordenagao de Sistemas de Informacao Jane Ivone Silva Rosa - Técnica da Coordenagao de Ages em Imunizagées Liberato Futema - Técnico da Coordenagao de Agdes em Imunizacbes Liz Jane Ribeiro Silvestre - Técnica da Coordenagao de Agdes em Imunizagdes Nadia Teixeira Gabriel - Técnica da Coordenacdo de Agdes em Imunizagées Rachel Cristina Sousa Braga — Técnica da Geréncia de Imunizagao Raquel Linhares Melo - Técnica da Coordenagao de Agdes em Imunizagées Roseny dos Reis Resende - Técnica da Coordenacao de Sistemas de Informagao Vera Lucia de Andrade - Técnica da Coordenacéio de Agdes em Imunizacdes Zuleika Santos e Silva ~ Técnica da Coordenagao de Rede de Frio Elenice de Fatima S. Nascimento - Técnica da Coordenacao de Agdes em Imunizacoes APRESENTAGAO A Geréncia de Imunizagao da Secretaria Estadual da Satide de Goids apresenta este guia pratico de vacinag&o com o objetivo de nortear e conduzit os profissionais de sade nas agées de imunizagao do estado de Goids © calendario vacinal brasileiro 6 composto por 20 imunobiolégicos que visa a protego de criangas, adolescentes, adultos e idosos. Anuaimente tem-se campanhas de vacinagao contra a influenza e atualizagéo da caderneta de vacinagdo. A cada quatro anos, a campanha de seguimento contra 0 sarampo. Para melhorar o indicador de coberturas vacinais, 0 Programa Nacional de Imunizagées (PN!) recomenda o “Monitoramento Rapido de Coberturas Vacinais” que normalmente ocorre ap6s as campanhas de multivacinacao. As agdes de imunizagdes vem apresentando impacto positive na prevengao de doengas imunopreveniveis, como: eliminago da poliomielite, rubéola e febre amarela urbana, além da erradicagao da variola, Com relagao ao sarampo devido a situag4o epidemiolégica vigente no pais, 0 Ministério da Satide em parceria com Estados e Municipios tem realizado agbes pontuais € Campanhas de Vacinagao com 0 objetivo de interromper a cadeia de transmisséo do virus no Brasil. Os avancos nas praticas de imunizagao sao evidentes € continuamente ha mudangas no cotidiano das salas de vacinas no que se refere ao calendario vacinal, introdugao de novas vacinas, novas apresentagdes dos imunobiolgicos, novas recomendagdes nas atividades de vacinagao, Portanto, é considerével a importancia deste guia para apoio técnico € tedrico aos profissionais de imunizagao. Este guia nao apresenta como finalidade aprofundar sobre o tema “Imunizag6es”. O profissional deve recorrer as referéncias cientificas para estudo mais apurado sobre o assunto. Esperamos que este guia pratico contribua para uma execugao segura das agbes de vacinagao e atualizagao oportuna dos profissionais de satide que trabalham nas salas de vacinas. SUMARIO CAPITULO 1 APRESENTAGAO CONTEXTUALIZAGAO E CONCEITOS CAPITULO 2 ORGANIZAGAO DA SALA DE VACINACAO CAPITULO 3 PROCEDIMENTOS DE VACINAGAO. VACINA BCG VACINA HEPATITE B VACINA ORAL ROTAVIRUS HUMANO VACINA INATIVADA POLIOMIELITE — VIP VACINA PENTAVALENTE VACINA ORAL POLIOMIELITE - VOPb VACINA PNEUMOCOGICA 10 VALENTE VAGINA MENINGOCOCICA G CONJUGADA VACINA FEBRE AMARELA VACINA HEPATITE A VACINA TRIPLICE VIRAL (Sarampo, Caxumba e Rubéola) VACINA TETRA VIRAL (Sarampo, Caxumba, Rubéola e Vi VACINA VARICELA VACINA TRIPLICE BACTERIANA - DTP (Difteria, Tétano ¢ Coqueluche) VACINA DUPLA BACTERIANA - dT (Difteria e Tétano) VAGINA MENINGOCOCICA ACWY CONJUGADA VACINA PAPILOMA VIRUS HUMANO — HPV VACINA TRIPLICE BACTERIANA ACELULAR — dTpa (Ditteria, Tétano e Coqueluche acelular) VACINA INFLUENZA VAGINA PNEUMOCOCICA 23 POLISSACARIDICA VACINA COVID-19 ela) CAPITULO 4 MEDIDAS DE PREVENCAO DOS EVENTOS ADVERSOS POS VACINACAO - EAPV NOTIFICAGAO E INVESTIGAGAO DOS EAPV E ERROS EM IMUNIZAGAO CAPITULO 5 ENCERRAMENTO DAS ATIVIDADES NA ROTINA DE VACINAGAO. ANEXOS Formulario dos imunobiolégicos com desvio de qualidade Ficha de notificacdo de eventos adversos pés-vacinacao e erros em imunizacao Ficha de solicitagao de imunobiolégicos especiais Relacao e endereco do Centro de Referéncia ¢ Imunobiolégicos Especiais CAPITULO 1 Conceitos aplicados a vacinagao Uma das principais medidas de prevengao de doengas € pela imunizagao, em que se objetiva conferir ao individuo vacinado a imunidade contra determinada doenga. Logo o conceito de vacinagao ¢ “ato de vacinar” e imunizagao a “aquisicdo de protecao imunolégica contra uma doenga geralmente infecciosa.” Imunidade: € 0 estado de resistencia, geralmente associado a presenga de anticorpos, que possuem acdo especifica sobre 0 organismo responsavel por uma doenga infecciosa especifica ou sobre suas toxinas. Imunidade ativa — Natural (doenga) Attificial (vacinas) Imunidade passiva — Natural (transplacentaria) Artificial (soros heterélogos e homélogos) Os imunobiol6gicos se constituem em vacinas e imunoglobulinas/soros. Vacinas: S40 preparagdes contendo microrganismos atenuados ou inativados ou suas fragées, possuidoras de propriedades antigénicas. Induzem o sistema imunol6gico a produzir anticorpos. Imunoglobulinas: j4 contém os anticorpos necessdrios para combater uma doenga ou intoxicagao e podem se apresentar na forma homéloga (origem humana) ou heterdioga (origem animal). Atabela 1 apresenta a classificagao das vacinas segundo 0 tipo de antigeno e suas fragdes, Tabela 1: Classificacdo das vacinas segundo o tipo de antigenos Agente vivo atenuada -BCG — Polio (VOPb/SABIN) — Sarampo - Caxumba — Rubéola ~Febre Amarela —Varicela ~ Rotavirus. = Febre Tifoide (oral) = Polio (VIPISALK) — Pertussis ( Células inteiras e acelular) Agente inativado —Hepatite A ~Raiva ~ Covid-19 (SinovaciButantan) Fracionadas de base proteica (subunidade) | - Hepatite B ~ Toxoides tetanicos e diftéricos = Influenza Pertussis (acelular) -HPV Fracionadas de base polissacaridica — Haemophilus influenzae tipo B = Pneumococo = Meningococo Vetor viral (recombinante) - Covid-19 (AstraZenica/Fiocruz) Fonte: Ministério da Saude, 2014 Atabela 2 apresenta a diferenca entre as vacinas vivas atenuadas e inativadas. Tabela 2: Diferengas entre vacinas vivas atenuadas e vacinas nao-vivas Caracteristica \Vacina viva atenuada ‘Vacina nao viva Produgao Selecao de microrganismos de baixa viruléncia: 0 patogeno é/inativados por sob condig6es| quimico, fisico ou manipulagdo adversas em meios de cultura|genética, ou para atenuacdo. cultivado componentes deles extraidos. Os patogenos virulentos sao tratamento utiiizam imunogénicos | Necessidade de reforgos cobrir A tepeticgo das doses visa falhas da vacinago anterior; a imunidade, uma vez induzida, é de longa duragao. conjugadas. ‘Varios reforgos para indugdo ‘de boa imunidade, exceto as ‘vacinas polissacaridicas no Tipo de imunidade induzida Humoral e celular Principaimente humoral Administragéo por via oral ou Possive! (exemplo: VOPb_e| Via parenteral ela mucosa respiratoria VORH) Imunidade de mucosa sim Pouea ou nenhuma Estabilidade ‘Menos estavel Mais estavel Extensdo da vacinacdo aos Possive! Nao comunicantes nao-vacinados Risco para imunodeprimidos —|Sim Nao Tendéncia de reverséo a|Pode reverter Nao reverte viruléncia Fonte: Ministério da Satde, 2074 As vacinas do PNI podem ser realizadas simultaneamente, exceto as vacinas atenuadas parenterais como a febre amarela com a triplice viral/tetra viral em criangas menores de 2 anos primovacinadas. A tabela 3 apresenta o intervalo recomendado para administragao de vacinas. Tabela 3. Intervalo recomendado para administragao das vacinas Tipo de antigeno Intervalo Inativadolinativado | Nenhum ‘Atenuado/inativado —|Nenhum Atenuado/Atenuado | _ intervaio de 30 dias, salvo em situagdes especiais com minimo de ps 15 dias, para as vacinas Febre Amarela e Triplice Viral/Tetra Viral em| primovacinados para ambas as vacnias e menores de 2 anos de| idade: = Simultaneamente ou com intervalo de 30 dias, salvo situagdes) especiais com minimo de 15 dias, para pessoas maiores de 2 anos de| idade. Fonte: Ministério da Satde, 2014 ‘As vacinas apresentam contraindicag6es gerais que se aplicam a todas as vacinas e contra indicagtes especificas para as vacinas atenuadas. A seguir estao listados estas contraindicagdes. Nota: Considerando a auséncia de estudos de coadministracao, neste momento nao se recomenda a administracao simulténea das vacinas COVID-19 com outras vacinas. Preconiza-se um INTERVALO MINIMO de 14 DIAS entre as vacinas COVID-19 e as diferentes vacinas do Calendario Nacional de Vacinagao Contraindicacées gerais a vacinagao Freatos ‘adversos graves apds o recebimento de dose anterior, Hipersensibiidade (reag&o anafilética) aos componentes dos produtos. Contraindicacées na utilizacao de vacinas de virus/bactéria viva Neoplasia maligna; Imunodeficiéncia congénita ou adquirida; Gravidez, exceto quando a gestante estiver sob alto risco de exposicao a algumas doencas virais, Em algumas situagdes € necessario 0 adiamento da vacinacao com intuito de nao se atribuir as condigées vuineraveis a sade pela vacina eo risco de eventos adversos pos- vacinagao. Reforga-se que essas condigbes se restringem apenas ao adiamento néo se perfazendo contraindicacdes a vacinagao. As falsas contraindicagées induzem a oportunidades perdidas de vacinagao. Portanto, atencao merece ser dada a este item para que seja garantida a vacinacao em tempo oportuno @ populacdo. Situagdes em que se recomenda adiar a vacinacao para todas as vacinas joengas febris agudas moderadas ou graves, para que os sinais e sintomas da doenca nao] ejam atribuldos ou confundidos com possiveis eventos adversos relacionados @ vacina Situacdes em que se recomenda adiar a vacinacao para as vacinas virais vivas atenuadas orais ou injetaveis ‘Tratamento com corticoesteroides em dose imunossupressora (equivalente a Prednisona de 2 mg/kg/dia, para crianga, ou de 20 mg/kg/dia para o adulto por mais de duas semanas adiar a vacinagao por 30 dias apés a suspensao do tratamento. Outras terapéuticas imunodepressoras como quimioterapia antineop/asica, radioterapia (adiar por| ‘3 meses apés a suspensao do tratamento). Transplantados de medula éssea (intervalo de 12 a 24 meses apés o transpiante) Situagées em que se recomenda adiar a vacinacao para as vacinas virais vivas injetaveis ‘Apés @ administragao intramuscular de imunoglobulinas especificas: — Imunoglobulina Humana antitetanica — 250 UI (10 mg de IgG/Kg): adiar por 3 meses; — Imunoglobulina Humana Anti Hepatite B — 0,06 mL/Kg (10 mg de IgG/Kg): adiar por 3 meses; = Imunoglobulina Anti Rabica Humana — 20 UI/Kg (22 mg de IgG/Kg): adiar por 4 meses; = Imunoglobulina Anti Varicela Zoster — 125 Ul/10 Kg — maximo 625U: adiar por 5 meses. ‘Apés administragao de imunoglobulina intravenosa: — Imunoglobulina intravenosa (reposieao) - 300 a 400 de IgG/Kg: adiar por 8 meses; — Imunoglobulina intravenosa (terapéutica) - 1.000 mg de IgG/Kg: adiar por 10 meses; = Imunoglobulina intravenosa (terapéutica) -1.600 a 2.000 mg de IgG/Kg: adiar por 11 meses. ‘Apos administragao de sangue e hemoderivados: —Concentrado de hemacias: adiar por 5 meses; ~ Sangue total: adiar por 6 meses. Falsas contraindicagées a vacinagao [Doenga aguda benigna sem febre Prematuridade ou baixo peso ao nascer ~ exceto para a vacina BCG (Ocorréncia de evento adverso em dose anterior de uma vacina como reagdes locais iagnésticos clinicos prévios de doenga, tais como tuberculose, coqueluche, tétano, difteria, ‘oliomielite, sarampo, caxumba e rubéola Doenga neurolégica estavel ou pregressa com sequela presente ‘Antecedente familiar de convulsdo ou morte subita WAlergias, exceto as alergias graves a algum componente de determinada vacina (anafilaxia somprovada) ist6ria de alergia nao especifica, individual ou familiar Historia familiar de evento adverso a vacinagao (exempio: convulsao) iso de anti ico profilatico ou terapéutico e antiviral iTratamento com corticoesieroides em dias alternados em dose nao imunossupressora j80 de corticoesteroides inalatérios ou tépicos ou com dose de manutengdo fisiologica juando 0 usuario € contato domiciiar de gestante, uma vez que os vacinados nao transmitem os ius vacinais do sarampo, caxumba ou rubéola fonvalescenga de doengas agudas jsudrios em profilaxia pos exposigao e na reexposigao com a vacina raiva (inativada) Internado hospitalar, exceto para a vacina VOP marela) rons No periodo de amamentagdo (considere as situagbes de adiamento para a vacina febre CAPITULO 2 Organizagao da sala de vacinagao A sala de vacinagao ¢ destinada para atividades de imunizagdo, conforme prerrogativas do Programa Nacional de Imunizagao. Neste ambiente de cuidados primarios a sauide, os procedimentos de vacinagao devem ser realizados com seguranca, visando prevenir infeccoes relacionadas a assisténcia a satide, portanto deve manté-la sempre organizada e em ordem nas praticas rotineiras de vacinacao. As agdes de vacinagao sao executadas pela equipe de enfermagem treinada e capacitada para 0s procedimentos de manuseio, conservagao, preparo e administracao dos imunobiologicos, como também a triagem, registro no SI-PNI e descarte dos residuos. A equipe formada pelo Enfermeiro e Técnico ou Auxiliar de Enfermagem, sendo fundamental a presenca de dois vacinadores por tumno de trabalho. Responsabilidades do Enfermeiro da sala de vacinacao + Treinar e supervisionar a equipe do setor; + Prover e prever insumos, materiais e impressos necessdrios ao trabalho diério; + Conhecer, controlar e garantir a reposi¢ao semanal do estoque de vacinas do setor; + Fazer o gerenciamento da Rede de Frio; + Realizar notificago @ investigagéo de casos de Eventos Adversos possivelmente relacionados a vacinagéo; + Verificar 0 prazo de validade dos imunobiolégicos e identificagao dos frascos; + Solicitar mudangas e adaptagbes para que o ambiente da sala de vacinas tenha adequadas condigdes de trabalho; + Conhecer, avaliar e acompanhar as coberturas vacinais de sua area de atuagao; + Estar apto (a) a tomar decisdes a nivel local, na lideranca da equipe de enfermagem: + Fazer a reviso no arquivo de cartes de controle (cartées espelho) para convocagao e busca de faltosos; + Somar as doses registradas no Mapa Didrio de Vacinacao e encaminhar Boletim Mensal de Doses Aplicadas ao Servigo de Vigilancia em Saude; + Avaliar e monitorar sistematicamente as atividades desenvolvidas e propor medidas para melhorar 0 trabalho na sala de vacinacao. Fungoes da equipe que trabalha na sala de vacinacéo + Manter a ordem e a limpeza da sala; + Prover, periodicamente o estoque regular de material e de imunobiologicos; + Manter as condig6es ideais de conservagao dos imunobiologicos; + Manter os equipamentos em boas condigSes de funcionamento: + Encaminhar adequadamente os imunobiolégicos inutilizados ¢ os residuos da sala de vacinagao; + Orientar e prestar asistencia a clientela, com seguranca, responsabilidade e respeito; + Registrar a assisténcia prestada nos impressos adequados; + Manter 0 arquivo em ordem; + Avaliar, sistematicamente, as atividades desenvolvidas. Cuidados com a sala de vacinagao A sala de vacinas deve estar em condig6es ideais de limpeza e higienizagao, para tanto, faz-se necessario realizacdo da limpeza diariamente no inicio e final do tumo de trabalho e sempre que necessario. A limpeza apresenta como objetivos: prevenir infecg6es, proporcionar conforto € seguranca a clientela e a equipe de trabalho e a manutenc&o do ambiente limpo e agradavel. A limpeza terminal devera ser realizada quinzenalmente e abrangera tetos, paredes, janelas, luminarias, mpadas e portas. Para executar a limpeza da sala de vacinago, o funcionario deve: —Higienizar as maos; — Organizar os materiais necessarios; — Preparar a solugo desinfetante para a limpeza; —Proceder a limpeza de modo uni nal —Higienizar e guardar 0 material ut ado. Assala de vacinas para sua boa funcionalidade requer apresentar as seguintes especificidades em seu ambiente como: — Sala com area média a partir de 9 m*, —Pisos e paredes lisos, lavaveis e sem frestas; — Portas e janelas pintadas com tinta lavavel; = Teto com acabamento resistente & lavagem; = Bancada de material no poroso para o preparo dos insumos durante os procedimentos; —Pia para lavagem dos materiais; —Pia especifica para higienizagao das maos; — lluminagao adequada; —tomada exclusiva para cada equipamento; — Equipamentos de refrigeragao exclusivo para 0 armazenamento dos imunobiolégicos; —Equipamentos de refrigerago protegidos contra a incidéncia da luz solar direta; — Insumos — seringa 1mi e 3mi, agulhas 25x7,0, 20x5,5, 13x4,5, 13x3,8, 25x6,0 25.8.0, 30x7,0, bobinas reutllizaveis, recipientes para organizagéo dos imunobiolégicos no equipamento de refrigeracao, algodao, recipiente para algodao, fita adesiva, caixas de poliuretano com capacidade minima de 12 litros, pape! toalha, sabao liquido; —Materiais de eseritério: lapis, borracha, caneta, grampeador, perfurador, carimbos; — Impressos: cartéo de vacinas, boletim de doses aplicadas, boletim de perdas de imunobioldgicos, mapa de temperatura, ficha de notificagao e investigacao de eventos adversos, formuldrio de desvio da qualidade dos imunobiol6gicos, ficha de solicitagao de imunobiolégicos especiais, ficha nominal do vacinado, ficha de vacina inadvertida da rotavirus, — Manuais: normas e procedimentos de vacinagao, rede de frio, eventos adversos pés-vacinacao, centro de referéncia dos it jlancia epidemiolégica; \unobiolégicos especiais — Outros impressos: notas, informes, pareceres técnicos do Programa Nacional de Imunizagbes Secretaria Estadual de Saude. O inicio do trabalho rotineiro na sala de vacinacéo Ao iniciar as agdes especificas de vacinagao atentar para os seguintes quesitos: — Verificar se a sala esta limpa e em ordem; — Ligar 0 aparelho de ar condicionado; —Verificar a temperatura dos equipamentos de refrigeracao e anotar no mapa temperatura; — Separar os cartes controle das pessoas com vacinago aprazada ou consultar o Sistema de Informagbes do Programa Nacional de Imunizaggo ~ SI-PNIWEB; — Higienizar as maos; = Organizar a caixa térmica, certificando se esta limpa, avaliar se o termometro esta em condig6es funcionais adequadas; — Retirar do equipamento de refrigeragéo as vacinas junto aos seus diluentes, caso tenha, conforme demanda da unidade de satide, considerando também os aprazados para o dia; — Organizar as vacinas com os seus respectivos diluentes na caixa térmica, cuja temperatura interior deveré ser mantida entre +2°C e +8°C. + Rotular as vacinas com data de abertura e horario. Respeitar 0 prazo de validade apés aberto, segundo recomendagSes do laboratério produtor: + Organizar a mesa de trabalho com os impressos necessarios Cuidados aplicaveis a rede de frio Os imunobiolégicos para conferirem protegao necessitam estar em condiges adequadas de armazenamento e conservagao, para tanto, faz-se necessario que sejam conservados em equipamentos de refrigeragao exclusivo com temperatura entre +2°C e +8°C, preferencialmente +5°C. Estudos evidenciam que vacinas que tenham em sua composicao hidréxido de aluminio, idade ipétese alguma pode sofrer temperaturas negativas, pois terd prejuizos na imunogeni da mesma e perda de poténcia A conservacao dos imunobiolégicos, conforme recomendages do PNI é um cuidado imprescindivel que os profissionais da sala de vacinacao devem ter e, requisito importante para vacinacao segura Camaras Refrigeradas As camaras refrigeradas so os equipamentos especificos recomendados para armazenar os imunobiolégicos que compSe 0 Calendario Nacional de Vacinag&o/PNI/MS, por permitirem maior preciso no ajuste da temperatura garantindo a manutencao dos produtos em condicdes adequadas de conservacao. OrientagSes para selego do equipamento + Dimensionar a quantidade e a capacidade em litros do equipamento em fungao da demanda de armazenamento; + Compatibilizar 0 equipamento com 0 espago disponivel; + Operar na faixa de temperatura indicada para imunobiologicos, entre +2° Ce +8° C; + Ter sistema de ventiiagao por circulagao de ar forgado e temperatura uniformemente distribuida em todos os compartimentos: + Possuir, preferenciaimente, registrador grafico continuo de temperatura, de modo a facilitar a rastreabilidade das informagées relativas a grandeza e suas variagdes em intervalos de tempo determinados; + Dispor de controlador de alta e baixa temperatura com indicador visual e alarme audiovisual, com bateria; + Recomendavel porta de vidro com vedacao de borracha e fechamento magnético, sistema antiembagante, de forma que o operador tenha facil visualizagao: + Recomendavel alarme sonoro e/ou visual para indicagdo de porta aberta; + Recomendavel sistema de rodizios com freio diagonal, + Desejavel entrada para conexéo com computador para transferéncia dos registros e atmazenamento; + Especificar tensao de alimentacao do equipamento, compativel com tensdo local Cuidados e orientagdes para utilizagdo das cAmaras refrigeradas’ + Identificar o equipamento de maneira visivel, “USO EXCLUSIVO” + Organizar os imunobiolégicos, SEM A NECESSIDADE DE DIFERENCIAR A DISTRIBUIGAO DOS PRODUTOS POR TIPO OU COMPARTIMENTO, as camaras reftigeradas possuem distribuicao uniforme de temperatura + Aplicar o sistema “Primeiro a Entrar/Expirar, Primeiro a Sair PEPS" - organizar os imunobiolégicos com prazo de validade menor na frente do compartimento, faciltando o acesso e otimizando a utilizacao. + Monitorar temperatura e registrar no mapa de controle da temperatura, no inicio € no final da jornada de trabalho. + Certificar-se, a cada abertura da porta, se o fechamento foi realizado adequadamente. + Estabelecer rotina diaria para verificagdo do perfeito funcionamento dos equipamentos de refrigerago (fechamento da porta, funcionamento dos alarmes, alimenta¢ao elétrica. Limpeza da Camera Refrigerada: + Realizar a limpeza da superficie interna das cémaras a cada 30 dias (mensalmente) ou conforme 0 uso, segundo orientagao do fabricante: + Transferir os imunobiolégicos para outro refrigerador ou caixa térmica em temperatura +2° Ca+8°C; + Apos desligado, realizar a limpeza utilizando pano umedecido com sab&o neutro, depois ano umedecido com agua e pano seco. Lembrando que a limpeza com o pano deve ser feito em sentido unico + Ligar o reftigerador, recolocar o termémetro. Aguardar estabilizar a temperatura e colocar 08 imunobiolégicos; + NAO REALIZAR LIMPEZA PROXIMO AOS FINAIS DE SEMANA E FERIADOS. Os refrigeradores de uso doméstico, por néo assegurarem preciso no ajuste da temperatura, nao so mais indicados para o armazenamento e conservagao dos imunobiolégicos devendo ser substituidos por cémaras refrigeradas devidamente regularizada pela Agéncia Nacional de Vigilancia Sanitaria (Resolugao n° 197/2017/MS) e Resolugao n° 37/2020- Regulamento Técnico para 0 licenciamento, cadastramento ¢ funcionamento dos servigos de vacinagao humana no Estado de Golds Enquanto o refrigerador de uso domestico for utilizado, medidas adicionais de seguranga deverao ser adotadas. Cuidados com o refrigerador doméstico — Acondicionar no reftigerador apenas imunobiolégicos do PNI; — Instalar em ambiente climatizado, distantes de fontes de calor, sem incidéncia da luz solar direta, nivelado e afastado 15 cm da parede; = Usar tomada exclusiva € a 1,30 m de altura do piso para cada equipamento (NBR 5410 ~ instalagdes prediais elétricas de baixa tensao); = Colocar 0 equipamento sobre suporte com rodinhas para evitar a oxidagdo das chapas da caixa em contato direto com o piso timido e facilitar sua limpeza e movimentagao; ~ Fazer a leitura da temperatura, diariamente, no inicio da jomada de trabalho, no inicio da tarde eno final do dia e anotar no mapa de registro diario de temperatura; — Abrir a porta somente para acondicionamento e retirada de imunobiolégicos ou bobinas de gelo reutilizavel; — Fazer degelo a cada 15 dias ou quando a camada de gelo atingir 0,5 cm e limpar o equipamento conforme os procedimentos recomendados. Os imunobiologicos devem estar adequadamente acondicionados no refrigerador. De um modo geral os imunobiologicos ndo podem sofrer alteragses de temperaturas, portanto faz-se necessario © monitoramento continuo e sistematico da mesma e a disposi¢ao correta dos imunobiol6gicos no refrigerador. Obs.: — Salas de vacina que ja adquiriram as cémaras refrigeradas, 0 PNI orienta expressamente a continuidade na utilizagao das caixas térmicas nas rotinas didrias de vacinagao, evitando-se assim as aberturas constantes das portas e possivel exposigao dos imunobiolégicos armazenados nos equipamentos; — As orientagdes de limpeza, conservagdo e manuseio das camaras refrigeradas devem obedecer as recomendag6es contidas no manual de instrugao do fabricante. Cuidados com a bobina de gelo reutilizavel ~ Caso 0 material plastico seja danificado, deixando vazar seu conteido, no total ou em parte, a bobina deverd ser desprezada; — Nunca utilizar agua com sal ou outra substancia para compietar o volume das bobinas. Quando se adiciona sal e agua, baixa-se 0 ponto de congelamento, levando os imunobiologicos armazenados a temperatura negativa: Ao serem retiradas das caixas térmicas, as bobinas deverdo ser lavadas, enxugadas e congeladas; —Verificar periodicamente 0 prazo de validade das bobinas a base de celulose vegetal; — Certificar que estas n4o apresentam depésitos ou residuos no interior, 0 que representaria a contaminagao do produto. Caso isto ocorra, desprezar imediatamente. Ambientagao das Bobinas Reutilizaveis ‘A ambientagdo precede o acondicionamento de imunobiolégicos em caixas térmicas, cuja temperatura de conservacao esta fixada na faixa entre +2°C e +8°C, para o transporte ou uso nas atividades de vacinacao, O intervalo de tempo para ambientacao das bobinas est diretamente relacionado ao material construtivo da superficie onde sero dispostas, bem como a temperatura do ambiente. Orienta-se 0 seguinte procedimento: —Retirar as bobinas reutilizaveis do freezer; — Coloca-as sobre uma mesa, pia ou bancada, até que desapareca a “névoa’ que normalmente cobre a superficie externa da bobina congelada; ~ Simultaneamente colocar sob uma das bobinas 0 sensor de um termometro de cabo extensor, para indicagao da temperatura minima de 0°C; — Apos 0 desaparecimento da “névoa" e a confirmagao da temperatura (aproximadamente +1°C), por meio do termémetro de cabo extensor, coloca-las nas caixas; Concomitantemente, recomenda-se mensurar a temperatura interna da caixa por meio do termémetro de cabo extensor, antes de colocar as vacinas em seu interior. Organizagao das Caixas Térmicas de Uso Diario Na sala de vacinagao, recomenda-se 0 uso de caixa térmica de poliuretano com capacidade minima de 12 litros —Colocar as bobinas reutilizéveis ambientadas (0°C) no fundo e nas laterais internas da caixa = Posicionar 0 sensor do termémetro no centro da caixa, monitorando a temperatura até atingir 0 minimo de + 1°C; = Acomodar os imunobiolégicos no centro da caixa em recipiente plastico para melhor organizacao e identificacao; ~ IMPRESCINDIVEL O MONITORAMENTO CONTINUO DA TEMPERATURA; ~ Trocar as bobinas reutilizaveis sempre que necessério; —Manter a caixa térmica fora do alcance da luz solar direta e distantes das fontes de calor; —Retornar as bobinas para congelamento; — Lavar € secar cuidadosamente as caixas, mantendo-as abertas até que estejam completamente secas; — Guardé-las abertas e em local ventilado. Controle e monitoramento da temperatura © controle da temperatura nas cémaras refrigeradas ocorre por meio de termdmetro especifico. A temperatura dos refrigeradores domésticos requer ser monitorada diariamente e anotado no mapa de temperatura: Digital _— = O visor identificado com IN (dentro) correspondera a temperatura do ambiente interno € o visor identificado com OUT (fora), a temperatura do exterior do equipamento; = Utilizar o Mapa de Registro Diario de Temperatura. No visor “IN” MOMENTO: observar o visor e registrar; NAO aparecerd os indicativos MAX ou MIN ~ registrar no mapa de temperatura; ~ MAXIMA: pressionando 0 botdo uma vez aparecerd 0 indicalivo MAX - registrar no mapa de temperatura; - MINIMA: pressionando mais uma vez apareceré 0 indicativo MIN ~ registrar no mapa de temperatura. pés cada leitura e registro, pressionar 0 botdo de funcao zeradora de meméria (RESET) [para apagar os registros anteriores e iniciar um novo periodo de afericao. Situagées de emergéncia Regides Frias (Risco de congelamento): Armazenamento incorreto, bobinas de gelo em excesso ou auséncia de climatizagao; Regides Quentes (Elevacéo de temperatura): Inexisténcia do gerador, bobinas de gelo insuficientes. Os equipamentos de refrigerago podem nao funcionar por varios motivos. Para evitar a perda dos imunobiologicos é necessdrio adotar algumas providéncias, Falta de Energia Elétrica — Manter 0 equipamento fechado e monitorar rigorosamente a temperatura interna com termémetro de cabo extensor, no prazo maximo de & h (se o refrigerador estiver em boas condig6es) ou monitorar no maximo por 2 h se a temperatura estiver préxima de +8° C; — Se a energia no se restabelecer ou se a falha nao for corrigida, transferir os imunobioldgicos ara outro equipamento com temperatura adequada (refrigerador ou caixa térmica). O servigo de sade deve dispor de bobinas de gelo reutilizavel congeladas para uso no acondicionamento de ‘emergéncia dos imunobiolégicos em caixas térmicas; — E importante identificar no quadro de distribuiggo de energia elétrica da Instituigéo a chave especifica do circuito da Rede de Frio e/ou sala de vacinagao colocando um aviso em destaque: — Estabelecer uma parceria com a empresa local de energia elétrica para obter informagées prévias sobre interrupgdes programadas no fornecimento; = Quando for observada qualquer alteragéo (exemplo: temperatura maxima acima do limite), anotar no mapa, no item “observagbes" e, em seguida, comunicar o fato ao responsavel para adocao de condutas padronizadas. (© que fazer quando acontecem falhas na Central Municipal de Rede de Frio (CMRF): — Preencher 0 formulério padronizado “Relatério de Desvio da Qualidade com Alteracao de ‘Temperatura’, com os dados obtidos anteriormente; — Enviar 0 relatério para a Geréncia de Imunizagdes e Rede de Frio/coordenacao Gerencial de Imunobiolégicos/SUVISA/SES, para avaiiagao. Gerenciamento dos Residuos Services de Saide © Gerenciamento dos residuos é normatizado pela RDC n° 306, de 7 de dezembro de 2004. O manejo dos residuos inclui as fases de segregacdo, acondicionamento, identificagao, transporte interno, armazenamento temporario, tratamento, armazenamento extemo, coleta e transporte externos e disposig4o final. As Unidades que prestam servicos de satide e geram residuos slides dos servigos de sade se faz uma obrigatoriedade, conforme legislagao vigente a implantacao e implementagao do Plano de Gerenciamento dos Residuos Sdlidos dos Servigos de Satide Sala de vaeinagao Residuo gerado ‘a - A- Infectante_ B- Quimico Segregagdo ’ - Radioativo i D- Comum | | E- Perfurocortante Acondicionamento _ Interno Externo, Coleta Armazenamento Destino final Fonte: Manual de Rede de Frio, 2013 Biosseguranca A seguranga da vida é uma area de conhecimento referente a um conjunto de praticas € agOes técnicas, destinadas a conhecer e controlar os riscos biolégicos que o trabalho pode oferecer ao ambiente e as pessoas. objetivo principal da biosseguranca aplicavel as salas de vacinagao, é proporcionar um ambiente de trabalho que se promova a contengao do risco de exposi¢go a agentes potencialmente infectantes, de modo que este risco seja minimizado ou eliminado. Nas salas de vacinagao normalmente, se concentram individuos saudaveis e somente sao realizados procedimentos de baixo risco. Nessas circunstancias, no existe, justificativa para o uso rotineiro de paramentagao especial. Deve-se ressaltar que as precaugées padrdo aplicadas na rotina sero suficientes para evitar 2 ocorréncia de exposi¢ao a agentes infecciosos ¢ 0 desenvolvimento de infeccao ocupacional e ® 1A aTENGKO PRECAUCAO PADRAO. pa BHAA! Py As precaugSes padrao é 0 conjunto de medidas que devem ser adotadas em situagdes de atendimento a pacientes, independente da suspeita ou no de doenga transmissivel. Confere prevengao da transmisséio de microrganismos entre pacientes e destes para os profissionais da satide. As precaugdes padrao, quando corretamente aplicadas, protegem o profissional e os clientes e compreendem: higienizago das méos, uso de equipamentos de protegdo individual (uvas, avental, mascara, 6culos, protetor facial), descarte adequado dos residuos, prevenao de acidentes com perfurocortantes, limpeza e desinfecgéo de superficies ambientais. O PNI recomenda a utilizagao de Oculos de protegao na administragao da vacina BCG e 0 uso de luvas em situagdes em que 0 profissional apresente lesdes nas maos. Analise da situacao de sade Um ponto importante nas atividades da sala de vacinacdo é conhecer, acompanhar, elaborar e implementar estratégias para melhorar a qualidade da vacinagao na Unidade de Saude que trabalha. Além de uma triagem minuciosa, preparagao e administracao segura dos imunobiolégicos, @ necessario fidedignidade nos registros de vacinacao e monitoramento da situagéo vacinal das pessoas que frequentam a unidade. E importante acompanhar o comparecimento da populacao a ser vacinada, identificar e realizar a busca ativa de faltosos, identificar 0 comparecimento de usuarios de outros territérios, disponibiizar informag6es para o planejamento, monitoramento e avaliacao das atividades e subsidio para estudos e pesquisas em vacinagao. © Sistema de Informagao do PNI, € um sistema nominal em que confere os dados referentes a identificagao do usudrio e vacinais. Para comprovacao desta vacina no sistema & necessério registro correto e obrigatério da mesma. Esse sistema permite que historico vacinais sejam resgatados, identificagao da dose administrada, além de ser instrumento de avaliagao e monitoramento de coberturas vacinais 20 CAPITULO 3 Procedimentos em sala de vacinagao ‘A vacinagao para ser exitosa requer adogdo de boas praticas de vacinagao segura que & compreendida desde 0 momento em que a vacina € produzida até a administragao. O processo da vacinagao requer uma triagem completa € minuciosa do individuo, sendo fundamental que profissional da sala de vacinas conhega a situagao de satide do individuo, a situagao epidemiologica da regido que trabalha, instrumentos basicos da enfermagem e conhecimentos aplicdveis imunizagao. As etapas que contemplam 0 atendimento na sala de vacinagao sao: acolhimento na unidade de satide, triagem e coleta de informagbes do estado de sade e situacao vacinal, preparo e administragdo segura do imunobioldgico, registro de vacinagéo no Sistema de Informagao do PNI e cartéo de vacinas e aprazamento das doses subsequentes. Neste momento orientar sobre eventos adversos, cuidados com o sitio de aplicago e, na ocorréncia de eventos adversos pés-vacinagdo orientar a retonar a unidade de satide. Momento da triagem: Documentos padronizados do registro pessoal de vacinagao (cartéo, caderneta de vacinagéo), cadastro do usuario no SI-PNI Hist6rico clinico do individuo z Investigar e atentar! - Doengas febris agudas; - Hipersensibilidade a algum componente da vaciné - Eventos adversos a doses anteriores da vacina - Historia de convulséo ou doenga neurolégica; - Imunodepressao; - Transfusdo de sangue ou hemoderivados: - Utiizagao de imunoglobulinas recentemente; - Gestagao Atentar para as contra indicagées AN Hipersensibilidade a dose anterior a qualquer vacina; Hipersensibilidade a qualquer componente da vacina; Imunodeficiéncia congénita ou adquirida: Neopiasia maligna. ‘Atentar para as precaugées gerais Doengas agudas febris moderadas ou graves recomenda-se adiar a vacinacao até a resolugao do quadro. [Informar sobre os eventos adversos mais comuns que podem ocorrer, | Verificar se houve evento adverso a dose anterior da vacina; Orientar o cliente ou responsdvel para retornar a Unidade de Satide, caso tenha eventos adversos relacionados a vacina; Verificar se a vacina a ser realizada pode ser aplicada simultaneamente com outras vacinas; Registrar no cartao de vacinacao e espelho: vacina, lote, laboratério produtor, data da aplicacdo, assinatura do responsavel pela aplicacao. 2 Preparo e administracao dos imunobiolégicos = Verifique 0 imunobiolégico a ser administrado, conforme indicado no cartao de vacinagao; = Higienize as mos antes e apds 0 procedimento. E importante que as mos estejam livres de adomos para evitar actimulo de microrganismos; Fonte: Manual de Higenizacao das Macs - ANVISA — Examine 0 produto, observando a aparéncia da solugao, estado da embalagem, nimero do lote © prazo de vaiidade — Observe a via de administracao e a dosagem; — Prepare 0 imunobiolégico; — Administre 0 imunobiolégico, conforme técnica especifica; — Observe a ocorréncia de eventos adversos pos-vacinacao; — Despreze o material utilizado na caixa coletora de material perfurocortante. Atencao no preparo e administracao das Vacinas Sul - Profissional certo. - Usuario certo ~ Triagem certa. - Momento certo. - Higiénizagao das Maos certa. - Vacina certa - Apresentacao e Validade certa - Seringa e Aguiha certa. A - Dose certa, - Via de Administragao certa. - Tempo de Administragao certo - Orientagao Pés-vacinal certa. Registro certo, 23 - Descarte certo. ‘hendocom Conner Processos do cuidado na administracao da vacina, segundo a via de administracao (BRASIL, 2014) Via oral: as vacinas a exemplo da VORH e VOP» so absorvidas pelo trato gastrointestinal € 80 apresentadas na forma liquida Via parenteral: a maioria dos imunobiolégicos so administrados por esta via. As vias de administraco parenterais diferem em relagao ao tipo de tecido em que o imunobiolégico sera administrado. As vias so: intradérmica, subcutanea e intramuscular. Via intradérmi Higienize as maos com agua e sabao; ‘Cheque 0 imunobiolégico a ser administrado, assim como o usuario que ira recebé-lo; Prepare a vacina conforme a sua apresentacao; Escolha 0 focal para a administracao da vacina, evitando locais com cicatrizes, manchas. tatuagens e lesdes; + Faga a limpeza da pele com algodao seco: + Coloque 0 usuario em posigao confortavel e segura. Na vacinago de criancas, solicite ‘ajuda do acompanhante na contencao para evitar movimentos bruscos; Segure firmemente com a mao 0 local, distendendo a pele com 0 polegar € 0 indicador; Segure a seringa com o bisel da agulha para cima, coincidindo com o lado da graduagao da seringa. A aguiha deve formar com 0 brago um angulo de 15°; Introduza a aguina paralelamente a pele, ate que o bisel desapareca: Injete a vacina lentamente, pressionando a extremidade do embolo com o polegar; Retire a agulha da pele: Nao faca compressdo no local de administrago da vacina; Despreze a seringa € a agulha utilizadas na caixa coletora de perfurocortante; Higienize as maos com agua e sabao, conforme orientagao. Via subcutanea Higienize as mos; Cheque o imunobiolégico a ser administrado e 0 usuario que iré recebé-o; Prepare a vacina conforme a sua apresentac4o: Escolha 0 local para a administracdo da vacina, evitando locais com cicatrizes, manchas, tatuagens e lesdes; + Faca a limpeza da pele com algodao seco; Coloque o usuario em posigao confortavel e segura, evitando acidentes durante o procedimento. Na vacinagao de criangas, solicite ajuda do acompanhante na contencao| para evitar movimentos bruscos; Pince o local da administragao com o dedo indicador e 0 polegar, mantendo a regio er firme: + Introduza a agulha com bisel para baixo, com rapidez e firmeza, formando um angulo de 90°; Nao aspire o local; Injete a solugao lentamente; Retire a seringa com a agulha em movimento Unico e firme; Faga leve compressao no local com algodao seco; Despreze a seringa e agulha utilzadas na caixa coletora de material perfurocortante; Higienize as maos. Via intramuscular Higienize as maos; Confirmar 0 imunobioldgico a ser administrado, bem como 0 usuario que ira recebé-lo; Prepare a vacina conforme a sua apresentacao; Escolha 0 local para a administracao do imunobioldgico, evitando locais com cicatrizes, manchas, tatuagens e lesdes; + Coloque 0 usuario sentado ou em posic¢ao de decubito dorsal ou decubito lateral. Na vacinagao de criangas, solicite a ajuda do acompanhante na contengao para evitar movimentos bruscos; + Faga a limpeza da pele com algodao seco; + Introduza a aguiha em ngulo reto (90°) e no aspire 0 local. Se houver retorno venoso espontaneo, despreze a dose (bem como a seringa e agulha utiizadas) e prepare uma ova dose (OFICIO CIRCULAR n° 3/2020/DEIDT/SVS/MS). O Angulo de introdugao da aguiha pode ser ajustado conforme a massa muscular do usuario a ser vacinado; Injete 0 imunobiolégico lentamente; Retire a agulha em movimento unico e firme; Faga leve compressao no local com algodao seco; Observe a ocorréncia de eventos adversos pos-vacinagao; Despreze a seringa e agulha utilizadas na caixa coletora de material perfurocortante; Higienize as maos. Cuidados na vacinacao Posicionamento e conforte: acomodar confortaveimente o cliente, de forma segura conforme a idade, nivel de atividade e local de administracao. Medidas para minimizar a dor: intervengbes psicol6gicas (distrago), por meio de misicas, livros, ingestao de liquidos com sabor doce ou a amamentacao, sequencia de injegdes (realizar a mais dolorosa por Ultimo), estimulagao tatil, Medidas para minimizar sinais flogisticos a vacina: compressa de agua fria nas primeiras 24 horas. Medidas para evitar sangramentos pds-vacinagSo: comprimir com algoddo seco por cinco} minutos apés aplicacao da vacina. Registro de vacinagao — Registrar no cartao de vacinagdo, a data, nimero do lote, laboratorio produtor, a unidade 25 vacinadora e o nome do vacinador e agende a proxima vacina do calendario a ser administrada; 1entar 0 sistema informatizado nominal (SIPNI ou e-SUS AB) com a dose administrada; — Aprazar proximas doses que contemple o calendario nacional de vacinagao. Acompanhamento pés-vacinagao ( individuo vacinado ou seus responsaveis nao devem permanecer sozinhos na sala de vacinas e devem ser aconselhados a permanecer na Unidade de Saude por 15-30 minutos apés a vacina; Aproveitar 0 momento para reforgar orientagbes jé realizadas, principaimente em relagao aos eventos adversos; Caso ocorra algum evento adverso apés a vacina notificar 0 caso na ficha de notificagao e investigagao do evento adverso pés-vacinacao. calendério de vacinacao brasileiro € definido pelo Programa Nacional de Imunizagbes (PN) e corresponde ao conjunto de vacinas consideradas de interesse prioritario @ satide publica do pais. Atualmente € constituldo por 20 produtos recomendados @ populagao, desde o nascimento até a terceira idade. A Portaria n° 1533 de 18 de agosto de 2016 delibera o Calendario Nacional de Vacinagdo. VACINA BCG Doenga evitada: Formas graves de tuberculose (meningea e miliar) Apresentacao: Vacina liofllizada, em ampolas com multiplas doses acompanhadas do diluente especifico para a vacina Composicdo: Bacilo de Calmette & Guérin vivo atenuado de cepas do Mycobacterium bovis, liofilizado, contendo glutamato de sédio. Idade e esquema: Ao nascer, de preferéncia nas primeiras doze (12) horas de vida, ainda na maternidade. Dose unica. Dosagem e via de administracao: Vacina BCG do laboratorio Serum Institute of India Ltd + Vacinagao de RN € criangas menores de um (1) ano de idade = 0,05 milvia intradérmica. Para administragao utilizar seringa especifica com agulha acoplada e, que apresenta uma unica marcagao de 0,05 mi no cilindro. As seringas so distribuidas pela Coordenadoria Geral do Programa Nacional de Imunizagdes/MS. + Pessoas a partir de um (1) ano de idade = 0,1 mllvia intradérmica. 26 Para administracao utilizar seringa de 1 mi e agulha 13x3,8 ou 13x4,5. Vacina BCG do laboratério Fundacao Ataulpho de Paiva (FAP) As orientagdes para a utilizagdo desta vacina na rotina permanecem inalteradas, inclusive referente a dose e faixa etaria: 0,1 ml via intradérmica a partir do nascimento até menor de 5 anos de idade, devendo ser utilizada para a administragdo seringas de 1 mi e agulhas 13x3,8 ou 13x4,5. Local de aplicacdo: Insergao inferior do musculo deltoide D. Eficacia: Quando administrada antes da infecgao pelo Mycobacterium pode reduzir os riscos das formas graves de tuberculose (miliar e meningea) em até 75%, mas nao eliminara o risco. Conservacdo e validade: +2°C a +8°C. Deve ser utilizada no prazo maximo de seis (6) horas, apés a diluigao. Precaucées gerais: + Avvacina deverd ser adiada até trés meses apés 0 tralamento com imunodepressores ou corticoesteroide em dose imunossupressora; + Avacinagao deve ser adiada em recém-nascidos com menos de 2 kg, até que atinjam este peso; + Avacinagao deve ser adiada, na presenca de lesdes graves de pele Contraindicagée: + Ocorréncia de hipersensibilidade confirmada apds 0 recebimento da dose anterior; + Historia de hipersensibilidade a qualquer componente da vacina; + Imunodeficiéncia clinica ou laboratorial grave’ + Usuarios a partir dos 5 anos de idade portadores de HIV, mesmo que assintomaticos e sem sinais de imunodeficiéncia + Gravidas Eventos adversos: ~ Ulcera maior que 1 cm; — Abcesso subcutaneo frio; —Abcesso subcutaneo quente; = Granuloma; — Linfadenopatia regional ndo supurada maior que 3 cm; — Linfadenopatia regional supurada; —Cicatriz queloide; —reacao lupoide. Consideragées: + A vacina BCG pode ser administrada simultaneamente com as demais vacinas do calendério de vacinacao do Ministério da Saude; + Apresenga de cicatriz vacinal ou palpacao de nédulo no deltoide direito, na auséncia do registro, € considerada para efeito de registro como dose anterior, independente do tempo transcorrido desde a vacinagdo até o aparecimento da cicattiz; + Para criancas que foram vacinadas com a BCG e que nao apresentem cicatriz vacinal apos 6 meses ou mais, a orientacdo € nao revacinar. + Os recém-nascidos contatos de individuos baciliferos deverdo ser vacinados somente aps © tratamento da infecgao latente da tuberculose ou quimioprofilaxi + A realizago do teste tuberculinico é dispensavel antes ou dep vacina BCG, inclusive para os contatos de pacientes de hanseniase. da administracao da 7 + Evolugao normal da leséo vacinal 1* a 2* semana — macula avermelhada com endurecimento e formagao de um nédulo de 5 mm a 15 mm de diametro; 3° a 4 semana — pustula com amolecimento no centro da ieso; 4° 2 5* semana — uicera com 4 mm a 10 mm de diametro; 6° a 12° semana — formacao de crosta que evolui para cicatrizacdo; + Cuidados com a lesa: manter o local sempre limpo (agua e sab&o), no cobrir a ferida e no aplicar qualquer tipo de medicamento topico. Contatos prolongados de portadores de hanseniase: vacinacao seletiva, nas seguintes situagdes: ‘Menores de 1 ano de idade: - Nao vacinados: Administrar 1 dose de BCG: - Comprovadamente vacinados: Nao administrar outra dose BCG; - Comprovadamente vacinados que nao apresentam cicatriz vacinal: Administrar uma dose de BCG seis (6) meses apés a titima dose. Apartir de 1 ano de idade: - Sem cicatriz: Administrar uma dose: - Vacinados com uma dose: Administrar outra dose de BCG, considerando 0 intervalo minimo de seis (6) meses entre as doses. Fazer aplicagao um pouco mais distante da cicatriz existente (mais ou menos 1 cm); - Vacinados com duas doses/cicatrizes: Nao administrar outra dose de BCG. Gestantes: recomenda-se adiar a administracao da BCG para depois do parto, Indi Juos expostos ao HIV: - Criangas filhas de mae HIV, ainda nao vacinadas assintomaticas e sem sinais de imunodeficiéncia, podem receber a vacina o mais precocemente possive!; - Criangas com idade entre 18 meses e 4 anos, 11 meses e 29 dias, nao vacinadas, somente podem receber a vacina BCG ap6s sorologia negativa para HIV. Para estes individuos, a revacinago 6 contraindicada: ~ A partir dos 5 anos de idade, individuos portadores de HIV nao devem ser vacinados, mesmo que assintomaticos e sem sinais de imunodeficiéncia. Entretanto, os portadores de HIV que so contatos intradomiciliares de paciente com hanseniase devem ser avaliados do ponto de vista imunoldgico para tomada de decisdo. Pacientes sintomaticos ou assintomaticos com contagem de LT CD4+ abaixo de 200/mm* nao devem ser vacinados. A jente com a vacina BCG Em situagdes de acidentes com a vacina BCG, o PNI recomenda a limpeza do local com agua ou soro fisiologico e avaliacao oftalmolégica em caso de acidentes oculares. Nas situagées de acidente perfurocortante com a vacina BCG, recomenda-se a limpeza local com agua ou soro fisioldgico. Procurar assisténcia médica, se ndo houver resolugao espontanea da lesao. VACINA HEPATITE B Doenga evitada: Hepatite B Apresentacdo: Vacina diluida, apresentada em ampoia monodose ou muitiplas doses. Composicao: Preparada por método de engenharia genética e obtida por tecnologia de recombinacao do DNA do gene HBsAg adsorvido pelo hidroxido de aluminio e 0 timerosal como conservante. 28 Idade e esquema: Administrada ao nascer. sem limite de idade. Habitualmente consiste em trés doses (0, 30 e 180 dias), em casos especiais ha necessidade de maior numero de doses (imunodeprimidos e renais cronicos), Para recém-nascidos: administrar 1 (uma) dose ao nascer, o mais precocemente possivel, nas primeiras 24 horas, preferencialmente nas primeiras 12 horas apos o nascimento, ainda na maternidade. Esta dose pode ser administrada até 30 dias apos 0 nascimento, Completar 0 esquema de vacinagéo contra hepatite B com a combinada vacina pentavalente, aos 2 (dois), 4 (quatro) e 6 (seis) meses de idade. Para criangas que iniciam esquema vacinal a partir de 1 (um) més de idade até 6 (seis) anos, 11 meses e 29 dias: administrar 3 (trés) doses da vacina penta, com intervalo de 60 dias entre as doses, minimo de 30 dias Para individuos a partir dos 7 (sete) anos de idade sem comprovacao vacinal - administrar 3 (trés) doses da vacina hepatite B com intervalo de 30 dias entre a primeira e a segunda dose e de 6 (seis) meses entre a primeira e a terceira dose (0, 1 € 6). Em caso de esquema vacinal incompleto, nao reiniciar 0 esquema, apenas completé-io conforme situagao encontrada. Para gestantes em qualquer periodo gestacional: administrar 3 (trés) doses com intervalo de 30 dias entre a primeira e a segunda dose e de 6 (seis) meses entre a primeira e a terceira dose. Considerar a histéria vacinal anterior. Situagdes Especiais Pacientes renais cronicos em terapias renais substitutivas ou nao: geraimente nao respondem efetivamente € so expostos a alto risco, necessitando de 4 doses dobradas (0, 1, 2@ 6 meses) de acordo com a faixa etaria: Transplantados de 6rgaos s6lidos e portadores de neoplasias: fazer 4 doses dobradas de acordo com a faixa etaria (0, 1, 2 € 6 meses): Pessoas com imunodeficiéncias/HIV: fazer 4 doses dobradas de acordo com a faixa etaria (0, 1,2@ 6 meses) Dosagem e via de administragao: Laboratério Butantan: < 20 anos ~ 0,5 mL > 20 anos ~ 1 mL. Laboratorio Sanofi Pasteur: < 16 anos ~ 0,5 mL. > 16 anos — 1 Mi Laboratorio LG Sciences: < 16 anos - 0,5 ml. > 16 anos —1 mi Laboratorio Serum Institute of India: < 20 anos - 0,5mi > 20 anos —1 mi. Via Intramuscular (IM) Outros laboratbrios: seguir recomendagbes, conforme PI ¢ bula. Local de aplicacao: Vasto lateral da coxa direita para criangas menores de 2 anos de idade e musculo deltoide para adultos. Avaliar a massa muscular para escolha adequada da aguina Eficacia: + Eficacia em imunocompetentes: Trés doses de vacina contra hepatite B induzem titulos protetores de anticorpos (anti-HBs 2 10 Ul/mL) em mais de 90% dos adultos e jovens sadios, e em 29 mais de 95% dos lactentes, criangas adolescentes. A eficacia diminui com a idade e € bem menor em maiores de 40 anos, quando se situa em torno de 40 a 60%. + Eficacia em imunodeprimidos: Recomenda-se aplicar doses mais elevadas em maior nimero de vezes que os esquemas habituais em pacientes imunodeprimidos, inclusive os HIV — positivos, Porque ha estudos demonstrando que nesses individuos a resposta imunoldgica € menor. (Femandes, S.J. , Persisténcia de Anticorpos Anti-Hbs em criangas HIV positivas apés vacinagao contra Hepatite B. MT, Brasil, 2006.) Precaucées gerais: + Doengas agudas febris moderadas ou graves: recomenda-se adiar a vacinacdo até a resolugao do quadro com 0 intuito de nao se atribuir a vacina as manifestagdes da doenca; + Em usuarios portadores de discrasia sanguinea, a vacina pode ser administrada subcutanea, Contraindicagées: Anafilaxia prévia a qualquer componente da va Purpura trombocitopénica pés-vacinal Conservacao e validade: +2°C a +8°C. Apés aberto o frasco, a utilizagao deve ser conforme recomendagdes do laboratorio produtor. — Butantan 15 dias; ~ Sanofi Pasteur 10 dias: —LG Life Sciences 28 dias; — Serum Institute of India 28 dias. Eventos adversos: + Locais: dor, enduragao e rubor; + Sistémicos: febre, iritabilidade, fadiga, tontura, cefaleia, desconforto gastrointestinal. Purpura trombocitopénica e reagdes de hipersensibilidade tipo anafilaxia so raras. Consideragées: Em recém-nascidos de maes portadoras da Hepatite B, administrar a vacina e a imunoglobulina humana anti-hepatite B, preferencialmente nas primeiras 12 horas, podendo a imunoglobulina ser administrada no maximo até 7 (sete) dias de vida. _Esquema de atraso da Vacina de Hepatite B: * Se 0 atraso da 2* dose para a 1° dose for de até 0 4° més — manter a 3* dose para 0 6° més (180 dias). * Se 0 atraso da 2° dose para a 1° dose for do 5° més em diante — agendar a 3° dose para 60 dias apos a 2° dose VACINA ROTAVIRUS HUMANO ~ VORH Doeng: vitada: Diarreia por Rotavirus Apresentacao: vacinal isnaga plastica transparente contendo 1 (uma) dose de 1,5 mi do componente Composic¢4o: Elaborada com virus isolados de humanos e atenuada para manter a capacidade imunogenica, porém nao patogenica. A vacina é monovaiente, ou seja, 2 cepa utlizada possui 30 apenas um sorotipo em sua composi¢éo que € 0 G1[P8] da cepa RIX4414. Contém como excipientes a sacarose e 0 adipato dissédico. Idade © esquema: 1° dose aos 2 meses (1° dose: a partir de1 més e 15 dias até 3 meses e 15 dias) 2" dose aos 4 meses (2° dose: a partir de 3 meses e 15 dias até 7 meses e 29 dias). ‘Atentar para o intervalo minimo de 30 dias entre as doses. Dosagem e via de administragao: 1,5 mi Local de aplicagao: Exclusivamente por via oral Eficacia: Apos duas doses da vacina Rotavirus, a eficacia protetora da vacina durante o primeiro ano de vida foi de 87,1% contra qualquer gastroenterite causada por rotavirus. Precaugées gerai + Doengas agudas febris moderadas ou graves: recomenda-se adiar a vacinagao até a Tesolugao do quadro com 0 intuito de nao se atribuir a vacina as manifestagdes da doenca;, + Criangas filhas de mae soropositiva para HIV podem ser vacinadas desde que nao haja sinais clinicos ou laboratoriais de imunodepressdo. Nao esta contraindicada a vacinagao de criancas que convivem com portadores de imunodeficiéncia: + VOmitos e diarreia: a crianga com quadro de diarreia leve sem desidratag8o pode ser vacinada. Contraindicagées: Hipersensibilidade grave em dose anterior da vacina ou a algum de seus componentes; Criangas com histérico de invaginago intestinal ou malformago gastrointestinal congenita nao corrigida. Conservacao e validade: +2°C a +8°C. Nao pode ser congelada. Eventos adversos: Febre, tosse, diarreia, vomitos, irritabilidade, perda de apetite. Invaginacao Intestinal (mesmo nao tendo relacao causal com a VORH utlizada no Brasil todo caso deve ser notificado e investigado). Consideragées: ~ Se a crianga regurgitar, cuspir ou vomitar apés a vacinagao, ndo repetir a dose; — Crianga que tomou D1 antes da idade indicada, ndo poderd ser revacinada e, a D2 poderé ser agendada obedecendo o intervalo e a faixa etaria recomendada (ap0s avaliaco da Imunizagao Estadual); — A vacina pode ser administrada em criangas que convivem com portadores de imunodeficiéncia; = A vacina nao contém a proteina do leite de vaca em sua composi¢ao, no podendo ser atribuldo € mesma o desencadeamento de Alergia a Proteina do Leite de Vaca (APLV) em criangas vacinadas (N.I. n° 146/2015/CGPNI/DEVIT/SVS/MS); ~Criangas com imunodepressao deverao ser avaliadas e vacinadas mediante prescricao médica; — Recomenda-se completar 0 esquema da vacina VORH do mesmo laboratorio produtor. VACINA INATIVADA POLIOMIELITE - VIP Doenca evitada: Poliomielite 31 Apresentacao: solucao injetével em frascos contendo 10 doses ou em seringa preenchida (unidose) Composicao: Trés sorotipos de poliovirus inativados (Tipos |, Ile III) - formaideido, meio Hanks 199, acido cloridrico ou hidroxido de sédio (para ajuste de pH). Pode conter tragos indetectaveis de neomicina, estreptomicina e polimixina 8. Idade e esquema: 1 (uma) dose aos 2, 4 e 6 meses, Dosagem e via de administracao: 0,5 mi por via intramuscular. Em casos de discrasias sanguineas pode ser feita SC. Local de aplicacao: misculo vasto lateral da coxa direita ou regido ventrogidtea e para criangas maiores, 0 musculo deltoide. Eficacia: Estudos evidenciam que um més apés a vacinagao primaria, 0s niveis de soroprotecao foram de 100% para os poliovirus vacinais tipos 1 e 3 € de 99% a 100% para o tipo 2. Precaugées gerais: + Reagdo local a dose anterior nao contraindica a vacinacao: + Doenga aguda, moderada ou grave no momento da aplicacao da vacina constitui precaugao para uso da VIP, devendo ser postergada, uma vez que os sintomas da doenga podem ser confundidos com eventuais eventos adversos da vacina; + Diarreia, doencas respiratorias leves acompanhadas ou ndo de febre, uso de antibidticos e fase de convalescenca de doengas agudas nao sao contraindicagdes para administragao da vacina Contraindicages: reacao grave a dose anterior de VIP ou histérico de anafilaxia a algum componente da vacina Conservagao e validade: +2°C a +8°C. Deve ser utilizada conforme recomendagées do laboratorio produtor. ‘Nota: A vacina poliomielite inativada do laboratorio Bio-Manguinhos teve ampliado 0 prazo de validade apés a abertura do frasco para 28 dias, conforme Comunicado n° 532/ANVISA/2016. Eventos adversos: Eritema (0,5% a 1,5%), enduracdo (3% a 11%) hiperestesia que ocorre em 14% a 20% dos vacinados, Febre moderada e reacdes de hipersensibil fade tipo anafilaxia so raras. Consideragées: - Criangas de 2 meses até 4 anos, 11 meses € 29 dias: sem comprovagdo vacinal — administrar trés (3) doses de VIP, com intervalo de 60 dias entre as doses, minimo de 30 dias. Com esquema incompleto — completar esquema com a VIP mesmo tendo iniciado com VOP; - Crianga filha de mae HIV positivo deve receber 0 esquema basico e também os reforgos com a vacina VIP, mesmo antes da defini¢ao diagnéstica VACINA PENTAVALENTE. Doenga evitada: Difteria, Tétano, Coqueluche, Hepatite B e infeccées por Haemophilus Influenzae tipo B. 32 Apresentacao: Inteiramente liquida na forma de suspensao injetavel apresentada em ampola contendo 1 dose de 0,5 mL. Composicao: Toxoides diftérico e teténico, Suspensao celular inativada de Bordetella pertussis, Antigeno de superficie de Hepatite B, Oligossacarideos conjugados do Haemophilus influenzae do tipo B conjugada com uma proteina transportadora. Contém fosfato de aluminio (adjuvante) € 0 timerosal (conservante). Idade e esquema: 3 doses a partir de 2 meses de idade, com intervalo de 60 dias (minimo de 30 dias). A terceira dose no deverd ser administrada antes dos 6 (seis) meses de idade. Os reforgos aos 15 meses e aos 4 anos de idade serao realizados com a vacina DTP. Dosagem e via de administracao: 0,5 mL, via intramuscular profunda. Local de aplicag&o: No misculo vasto lateral da coxa. Outras topografias possiveis: regio ventrogititea e deltoide a partir de 2 anos de idade (avaliar massa muscular nesta faixa etéria), Eficacia: Conforme ensaios clinicos, as vacinas pentavalentes, tanto os sinais quanto os sintomas foram monitorizados de forma muito ativa em todos os individuos durante cinco a sete dias a seguir 4 administrago da vacina e nao foram registradas quaisquer reagbes adversas graves as vacinas durante 0 curso dos ensaios. Estudos realizados com a vacina demonstraram alta imunogenicidade, com taxas de soroprotegao equivalentes as da vacina de referéncia, Entretanto, para garantir a imunidade a médio e longo prazo, é necessério que seja feito 0 esquema completo de vacinagao, incluindo os reforgos com DTP, conforme as normas do PNI. Precaucées gerais: * Doengas agudas febris moderadas ou graves: recomenda-se adiar a vacinagao até a esolugao do quadro, com intuito de nao se atribuir @ vacina as manifestacdes da doenca + Criangas com riscos importantes de hemorragias (hemofilia, trombocitopenia, uso de anticoagulantes, outros disturbios da coagulagao): pode-se utilizar a via SC e, de preferéncia, logo apés a aplicagao de fatores da coagulacdo ou concentrado de plaquetas, se estiver indicado. Contraindicagées: + Convulsao nas primeiras 72 horas apés a administracao da vacina: + Episédio hipotdnico-hiporresponsivo nas primeiras 48 horas apés a administracao da vacina; + Encefalopatia aguda grave depois de 7 dias apés a administragao de dose anterior da vacina: + Histéria de choque anafilético apés a administracdo de dose anterior da vacina; + Purpura trombocitopénica pés-vacinal (componente Hepatite B); + Usuérios a partir de 7 anos de idade. Conservacao e validade: Armazenar ao abrigo da luz direta e temperatura entre +2°C a +8°C; Nao pode ser congelada; Homogeneizar a suspenso antes da aplicacao. Eventos adversos: + Locais: dor, calor, enduragdo, eritema, formagao de abcesso no local de apiicagdo que pode ser frio ou quente; + Sistémicos: sLeves: febre, agitacao, vémito, anorexia, choro persistente, mal estar geral e inritabilidade. *Moderados e Graves: episédio hipotonico hiporresponsivo (até 48 horas), convulsao (até 72 horas), encefalopatia (dentro de 07 dias), reagées imuno-alérgicas (mais de 2 horas até dias) e apneia (primeiras 48 horas). Consideragées: 3 ~ Considerar o intervalo minimo de 30 dias entre as doses apenas para as criangas acima de 6 meses de idade. A terceira dose nao devera ser administrada antes dos 6 (seis) meses de idade. — Na rotina dos servigos de satide, esta vacina devera ser administrada em criangas até 6 anos, 11 meses e 29 dias, para iniciar ou completar esquema. Esta vacina é contra indicada para criancas a partir de 7 (sete) anos de idade. VACINA ORAL POLIOMIELITE - VOPb Doenga evitada: Poliomielite Apresentacao: doses). facina em suspensdo liquida, apresentada em frascos com multiplas doses (25 Composicao: Vacina bivalente com dois sorotipos de poliovirus atenuados (Tipos | e Ill), Contém ainda como adjuvante 0 cloreto de magnésio e como conservantes a estreptomicina e eritromicina. Idade e esquema: Primeiro reforco aos 15 meses e segundo reforgo aos 4 anos de idade. Obs.: Nao repetir a dose imediatamente, se a crianga cuspir, regurgitar ou vomitar. Dosagem e via de administracao: 2 gotas, exclusivamente por via VO. Local de aplicagao: Oral Eficacia: A vacina induz imunidade intestinal e humoral. Confere protecdo contra os dois sorotipos do poliovirus 1 3. Sua eficacia é em torno de 90% a 95% com esquema de vacinagao completo. Precaugées gerais: + Doengas agudas febris moderadas ou graves: recomenda-se adiar a vacinagéo até a Tesolugao do quadro com 0 intuito de nao se atribuir a vacina as manifestagdes da doenca. Contraindicagées: pessoas com imunodeficiéncia, comunicantes de pessoas com imunodeficiéncia, pessoas que convivem com HIV e seus comunicantes, histéria de alergia tipo anafildtica a antibiéticos contidos na vacina, histéria de pélio vacinal associado a dose anterior e gestantes. Conservacao e validade: A vacina poliomielite 1 e 3 (atenuada) deve ser armazenada sob congelamento a - 20 °C, por até 24 meses a contar da data da sua fabricagao. Apos 0 descongelamento, deve ser armazenada Sob refrigeracao entre +2 °C a +8 “C por um periodo de até 3 meses. E apés a abertura do frasco deve ser utilizada por até 5 (cinco) dias. Obs.: No caso de vacinagao extramuro, as sobras devem ser desprezadas. Eventos adversos: Poliomielite associada a vacina (1/2.4 a 13 milhées de doses aplicadas), meningite asséptica e encefalite, reagao de hipersensibilidade, poliovirus derivado da vacina. Observagao: Pessoas a partir de 5 anos com viagem para paises considerados endémicos, de risco ou com surtos de poliovirus circulante derivado da vacina tipo 2 (cPVDV2) é aconselhavel procurar uma unidade de satide para avaliagdo quanto as recomendagées de vacinagao preconizadas pelo PNI/ MS e Organizagao Mundial da Saude. VACINA PNEUMOCOCICA 10 CONJUGADA 4 Doeng: vitada: Doengas causadas pelo Pneumococo (Pneumonia, Otite e Meningite) Apresentacdo: A embalagem possui 10 frascos ampola de vidro, apresentados em unidose, com 0,5 mi Composicao: Constituida por 10 (dez) sorotipos: 1,4,5,68,7F,9V, 14, 18C, 19F, 23F conjugada com a proteina D de Haemophilus influenzae para oito dos seus sorotipos. Cloreto de sédio, fosfato de aluminio e Agua para injecao. Idade e esquema: Primeira dose aos 2 meses e segunda dose aos 4 meses de idade, com intervalo de 60 dias entre as doses, minimo de 30 dias. O reforgo deve ser administrado aos 12 meses de idade, podendo ser feito até 4 anos, 11 meses € 29 dias Dosagem e via de administracao: 0.5 m\, por via IM Local de aplicagao: Musculo vasto lateral da coxa direita ou regiao ventroglitea Eficacia: Apés 0 esquema completo a soroconverséo, para todos 10 sorotipos, & maior que 90% ‘em criangas higidas. A porcentagem de individuos vacinados que atingiram o limite para os tres sorotipos adicionais (1, 5 e 7F) da vacina pneumocécica 10 valente (conjugada) foi respectivamente 97,3%, 99,0% @ 99,5%. Precaugées gerais: + Deve ser administrada exclusivamente por via intramuscular; + Pacientes com trombocitopenia ou qualquer outro problema de coagulacao requerem cautela durante aplicagdo desta vacina, pois podem sofrer sangramentos + Doengas agudas febris moderadas ou graves: recomenda-se adiar a vacinagao até a Fesolugao do quadro com 0 intuito de nao se atribuir a vacina as manifestacdes da doenca. Contraindicacées: Presenca de reagdes de hipersensibilidade grave aos componentes vacinais, ou em vacinagées anteriores Conservacao e validade: +2°C a +8°C. Nao pode ser congelada. Eventos adversos: + Muito comum: sonoléncia perda de apetite, dor, rubor, edema no local da injecao e febre (2 38°C por via reta)). Irritabilidade; + Comuns: enduragao no local da injegao e febre (> 39°C por via retal): + Incomum: apneia em bebés muito prematuros (528 semanas de gestacdo) diarreia, vomito, hematoma, hemorragia € nédulo no local da injecdo e febre (> 40°C por via retal)*. Choro anormal; + Raros: convulsées fel atopica, eczema) , rash, reagtes alérgicas (tais como dermatite alérgica, dermatite Consideragées: - Criangas que iniciarem esquema de vacinagéo com a vacina PNM 10 conjugada apés 4 meses de idade, devem compieta-io até 12 meses, com intervalo minimo de 30 dias entre as doses e, para 0 reforgo considerar intervalo minimo de 60 dias apés a ultima dose; - Criangas com idade entre 12 meses a 4 anos, 11 meses e 29 dias sem comprova¢ao vacinal ou esquema incompleto, administrar dose Unica ou reforgo conforme a situago vacinal encontrada. VACINA MENINGOCOCICA C CONJUGADA Doeng: vitada: Doenga invasiva causada por Neisseria meningitidis do sorotipo C. Apresentacdo: Dois frascos ampola, um contem um pé liofilizado branco ou esbranquigado (antigeno) e outro frasco ampola contem 0,8 mi de um liquido branco opaco (diluente). A solugao ¢ preparada antes do uso. Monodose. Composi¢ao: Oligossacarideo meningocécico C, Conjugado com proteina CRM197 de Corynebacterium diphteriae, hidréxido de aluminio. Excipientes: Manitol, fosfato de sddio monobasico monoidratado, fosfato de sédio dibasico heptaidratado, cloreto de sédio e agua para injecao. Idade e esquema: Sao duas doses ~ aos 3 (trés) e 5 (cinco) meses de idade, com intervalo de 60 dias entre as doses, minimo de 30 dias. A dose de reforgo deve ser administrada aos 12 meses de idade podendo ser feita até os 4 anos, 11 meses e 29 dias Adolescentes na faixa etaria de 11 a 12 anos: Administrar 1 (uma) dose da vacina Meningocécica ACWY, independentemente de ter recebido anteriormente a vacina Meningocécica C (conjugada) ou dose de reforco (Informe Técnico de implantagao da Vacina Meningocécica ACWY para Adolescentes — Oficio Circular n° 45/2020/SVSIMS). Dosagem e via de administragao: 0,5 mi por via IM profunda. Local de aplicacao: Muisculo vasto lateral da coxa em criangas menores de 2 anos de idade e, para criancas maiores e adolescentes na regiao do deltoide. Eficacia: Estudos realizados demonstrou que a efetividade da vacinagao, considerando todas as faixas etarias, foi de 93%, no primeiro ano apés a tiltima dose. Contraindicacées: Presenca de reagdes de hipersensibilidade grave aos componentes vacinais, ou em vacinagées anteriores. Conservacao e validade: +2°C a +8°C. Nao pode ser congelada. Eventos adversos: Vertigem, pirexia, cefaleia, nduseas, vomitos e desmaios. Foram relatados raros casos de broncoespasmo, edema facial e angioedema. Conwulsdes, mialgia e artralgia. Consideragées: = Criangas que iniciarem esquema de vacinagao com a Meningo C conjugada apés 5 meses de idade, devem completa-lo até 12 meses, com intervalo minimo de 30 dias entre as doses e, para o reforgo considerar o intervalo minimo de 60 dias da ultima dose. - Criangas entre 12 meses a 4 anos, 11 meses e 29 dias de idade, sem comprovagao vacinal, administrar dose anica. VACINA FEBRE AMARELA fisiol6gico) Composicao: 36 © Laboratério Bio-Manguinhos produz a vacina composta de virus vivo atenuado da subcepa 17 DD, cultivado em ovos embrionados de galinha. Contém como excipientes sacarose, glutamato de s6dio, sorbitol, gelatina bovina, eritromicina e canamicina. O laboratério Sanofi-Pasteur produz a vacina denominada Stamaril composta de virus vivo atenuado da cepa 17-D204 cultivada em embrio de gaiinha. Contém ainda, lactose, sorbitol, L- histidina, L-alanina e solugdo salina tamp3o Idade e esquema: Dose inicial aos 9 meses idade; Dose de reforgo aos 4 anos de idade. Particularidades: + Crianga de 9 (nove) meses a 4 anos, 11 meses e 29 dias de idade no vacinada ou sem comprovante de vacinagao — administrar 1 (uma) dose aos 9 (nove) meses de vida e 1(uma) dose de reforgo aos 4 (quatro) anos de idade. Considerar intervalo minimo de 30 dias entre as mesmas + Pessoas a partir de 5 (cinco) anos de idade, que receberam uma dose da vacina antes de completarem 5 anos de vida — administrar uma dose de reforco. Considerando intervalo de 30 dias entre as mesmas. + Pessoas de 5 (cinco) a 59 anos de idade que nunca foram vacinados ou sem comprovante de vacinagao — administrar 1 (uma) dose da vacina e, considerar vacinado. Nao é necessdrio dose adicional (Oficio Circular n° 136/2019/SVSIMS — anexo). Dosagem e via de administragao: 0,5 ml, por via subcutanea. Local de aplicacao: Regido posterior do brago ou triceps braquial esquerdo, Eficacia: Estudos demonstraram taxa de soroconversao igual ou superior a 98% em previamente soronegativos para as duas vacinas Precaucées gerais: + Nos casos de doengas agudas febris moderadas ou graves recomenda-se adiar a vacinagdo até a resolucéo do quadro com o intuito de n&o se atribuir a vacina as manifestagdes da doenga; + Individuos infectados pelo HIV, assintométicos ¢ com imunossupresséo moderada, de acordo com a contagem de células CD4; + Ap0s uso de imunogiobulina, sangue e derivados a vacinacao devera ser adiada. + Pacientes em tratamento com terapia antineoplasica (radioterapia, quimioterapia) devem ser vacinadas com intervalo de 3 (trés) meses apés a suspensdo do tratamento; + Pacientes em tratamento com corticoesteroides em doses imunossupressoras devem ser vacinadas com 0 intervalo de pelo menos 1 (um) més apés a suspensdo do tratamento: + Transplantados de medula éssea recomenda-se vacinar com intervalo de 12 a 24 meses apés 0 transplante; + Avvacina Stamaril do laboratorio Sanofi-Pasteur deverd ser administrada com precaugéo nas pessoas com intolerancia a frutose; + Na ocorréncia de confirmacao viral (epizootias, casos humanos e vetores — érea afetada e ampliada), deve-se proceder a administragado da dose Unica da vacina febre amarela, mediante prévia avaliacao pelos servicos de satide: — Nutrizes nao vacinadas que estejam amamentando crianga menor de 6 meses de vida Orientar quanto a suspensdo do aleitamento por 10 dias apés a vacinagao a fim de evitar 0 risco de transmissao do virus vacinal peio leite materno; — Mulheres gravidas nao vacinadas (qualquer periodo gestacional); = Pessoas de 60 anos ou mais, nao vacinados. Previamente, descartar presenca de comorbidades que contraindica a vacinacao. 37 Contraindicagées: + Criangas menores de 6 meses de idade; + Pagientes com imunodepressao de qualquer natureza; + Criangas menores de 13 anos infectadas pelo HIV com alteracao imunoldgica grave. Adultos infectados pelo HiV com <200 CD4/mm? (<15% do total de linfécitos); + Pacientes em tratamento com drogas imunossupressoras (corticosteroides, quimioterapia, radioterapia); + Pacientes em tratamento com medicamentos modificadores da resposta imune (infiximabe, Etarecepte, Golimumabe, Certolizumabe, Abatacept, Belimumabe, Ustequinumabe, Canaquinumabe, Tocilizumabe, Rituximabe, inibidores de CCRS como Maraviroc); + Pacientes submetidos a transplante de orgaos; + Pacientes com neoplasia maligna: + Individuos com historia de reagdo anafilatica relacionada a substancias presentes na vacina (ovo de galinha e seus derivados, gelatina bovina ou outras); + Pacientes com hist6ria pregressa de doencas do timo (miastenia gra de auséncia de timo ou remogao cirirgica); + Pacientes portadores de doenca falciforme em uso de hidroxiureia e contagem de neutr6filos menor de 1500 cels/mm?. timoma, casos Conservagao e validade: +2°C a +8°C. Observar as recomendagées dos laboratérios fabricante. Eventos adversos: + Locais: Dor, eritema, enduragao, edema e/ou vermelhidao extensos, |infadenopatia, limitagao de movimentos acentuada e duradoura, + Sistémicos gerais: Febre, cefaleia e mialgia. + Reagées de hipersensibilidade: Sao raras (incidéncia < 2/1.000.000) + Manifestagées neuroiégicas variadas (meningismo, convulséo, paresia). A encefalite é rarissima, dados da OMS (1994) referem mais de 200 milhdes de vacinas aplicadas com a descrigéo de 17 casos de encefalites temporaimente associados (4 casos em criangas menores de 4 meses). + Doenga Viscerotrépica Aguda (DVA). Dados de 2010/SP: 0,043 a 2,13/1.000.000 doses aplicadas. Consideragées: + Em situagbes de surto, epizootia ou confirmacao da circulacéo viral em vetores silvestres, a dose Unica nao deve ser antecipada para a idade entre 6 a 8 meses de idade; + Criangas com idade a partir 9 meses de idade que receberam uma dose antecipada antes de completar 9 meses de idade — administrar uma (1) dose, respeitando intervalo minimo de 30 dias entre as doses; + Candidatos a doagao de sangue — aguardar intervalo de 30 dias apés receber a vacina febre amarela; + Para os viajantes nao vacinados com deslocamento para as areas de recomendacao de vacinag4o - ACRV, a vacina deve ser administrada com antecedéncia minima de 10 dias da data da viagem; + Esta vacina esta inserida no conjunto das vacinas recomendadas segundo o Regulamento Sanitario Intemacional, que prevé a possibilidade de exigencia do Certiicado internacional de Vacinacao e Profilaxia (IVP); + As anotacées realizadas pelos servigos de satide no comprovante de vacinagao deverso contemplar: data de administragao, lote, validade da vacina, laboratério, assinatura legivel e carimbo da unidade vacinadora, so imprescindiveis para emisséo do Certificado Internacional de Vacinagao e Profilaxia — CIVP. Vacinacao simultanea em criancas menores de 2 anos de idade: 38 * A vacina febre amarela pode ser administrada simultaneamente com as demais vacinas do Calendario Nacional de Vacinagdo, exceto as vacinas triplice viral e tetra viral em criangas primovacinadas menores de 2 anos de idade: * Se a crianga nunca foi vacinada com triplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) ou com a tetra viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela), nao administrar a vacina febre amarela simultaneamente com estas vacinas (triplice viral ou tetra viral). O intervalo entre estas vacinas devera ser de 30 dias, salvo em situagbes especiais, respeitar 0 interval minimo de 15 dias; * Se a crianga foi vacinada anteriormente com as vacinas triplice viral ou tetra viral e no vacinada contra a febre amarela, poderé receber simultaneamente as vacinas triplice viral ou tetra viral com a vacina febre amarela. (Instrugao Normativa Referente ao Calendario Nacional de Vacinagao/201 9/SVS/MS). VAGINA HEPATITE A vitada: Infecgao pelo virus da Hepatite A Apresentaca ‘olugdo injetavel, frasco — ampola em doses individuais. Composicao: Vacina monovalente que contém aproximadamente 25U do antigeno do virus da Hepatite A, 0,225 mg de aluminio na forma de sulfato de hidroxifosfato de aluminio amorfo e 35 meg de borato de sédio como estabilizador de pH, em cloreto do sédio de 0,9%. Idade e esquema: Administrar dose tinica em criangas de 15 meses a4 anos, 11 meses e 29 dias de idade. Dosagem e via de administragao: 0,5 mi por via intramuscular profunda. Local de aplicagao: Musculo Antero vasto lateral da coxa Eficacia: A vacina tem demonstrado elevada protecdo apos uma dose em criangas, Entre os individuos inicialmente soronegativos, obteve-se soroconversao maior que 99% dos receptores da vacina em 4 semanas apés a vacinagao. Precaugées gerais: + Nos casos de doengas agudas febris moderadas ou graves recomenda-se adiar a vacinagao até a resolugao do quadro com 0 intuito de nao se atribuir 4 vacina as manifestagées da doenca; Contraindicagées: Hipersensibilidade a qualquer componente da vacina Conservagao e validade: +2°C a + 8°C. Nao pode ser congelada Eventos adversos: - ReagSes locais: sensibilidade, vermelhido, inchago; - ReagSes sistémicas: fraqueza/cansago, febre, nauseas, vomitos, dor abdominal, diarreia, dor de garganta, resfriado, dor de cabega e dor muscular. Obs.: Para Criangas com imunodepressao e para os susceptiveis, fora da faixa etaria preconizada no Calendario Nacional de Vacinacao, deverdo ser avaliadas e vacinadas segundo orientagdes do manual do Crie — Centros de Referéncia para Imunobiologicos Especiais. 39 VACINA TRIPLICE VIRAL Doenca evitada: Sarampo, Caxumba e Rubéola Apresentacdo: Forma lioflizada, multidoses e acompanhada do respectivo diluente Composigao: Vacina combinada contendo virus vivo atenuado do Sarampo, da Caxumba e da Rubéola. Cultivados em embrido de gaiinha, tragos de neomicina (conservante), gelatina, sorbitol ou albumina (estabilizante) e fenol (corante). Deve-se observar as informacoes do fabricante para se avaliar os componentes presentes na vacina, Idade e esquem + Para individuos de 12 meses a 29 anos de idade: administrar 2 (duas) doses, conforme situago vacinal encontrada - Administrar a 1° dose aos 12 meses de idade com a vacina triplice viral e a 2° dose a partir de 15 meses de idade com a vacina tetra viral, para as criancas que j4 tenham Fecebido a 1° dose da vacina triplice viral. A faixa etaria para o recebimento da vacina tetra viral € até 4 anos, 11 meses e 29 dias de idade. Considerar vacinadas as pessoas que apresentarem comprovacao de duas doses das vacinas triplice viral, tetra viral ou dupia viral + Para individuos de 30 até 59 anos de idade: administrar 1 (uma) dose, conforme situagao vacinal encontrada. Considerar vacinada a pessoa que comprovar 1 (uma) dose da vacina dupla viral ou triplice viral. + Para profissionais de satide independente da idade: administrar 2 (duas) doses, conforme situagdo vacinal encontrada, observando o intervalo minimo de 30 dias entre as doses. Considerar vacinada a pessoa que comprovar 2 (duas) doses da vacina triplice viral (instrugéio Normativa Referente ao Calendario Nacional de Vacinagéo/2019/SVS/MS). Dosagem e via de administracao: 0.5 mi, por via subcutanea. Local de aplicagao: Regido posterior do brago ou triceps braquial direito Eficacia: Estudos clinicos demonstraram que a vacina triplice viral é altamente imunogénica. Anticorpos contra a rubéola foram detectados em 99,3%, contra o sarampo em 98,0%, e contra a caxumba em 96, 1% dos primovacinados Precaucées gerais: + Nos casos de doengas agudas febris moderadas ou graves recomenda-se adiar a Vacinagao até a resolugao do quadro com o intuito de nao se atribuir a vacina as manifestages da doenca: + Ap6s uso de imunoglobulina, sangue e derivados a vacinacao deverd ser adiada. + Pacientes em tratamento com terapia antineoplasica (radioterapia, quimioterapia) devem ser vacinadas com intervalo de 3 (trés) meses apés a suspensdo do tratamento; + Pacientes em tratamento com corticoesteroides em doses imunossupressoras devem ser vacinadas com o intervalo de pelo menos 1 (um) més apés a suspensao do tratamento; + Transplantados de medula éssea recomenda-se vacinar com intervalo de 12 a 24 meses apés o transpiante; + Em estudos pos-comercializacao foram relatados casos de agravamento dos quadros de trombocitopenia apés a primeira dose de vacinas que contém virus vivos de sarampo, caxumba e rubéola. Portanto, antes da administragao da vacina triplice viral monodose Priorix (GSK) em pessoas que apresentam ou ja apresentaram quadro de trombocitopenia, recomenda-se uma cuidadosa avaliagdo clinica € prévia autorizacdo médica para a vacinagao. + Mulheres em idade fértil deve evitar a gravidez até um més apés a vacinag&o. 40

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