MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ

INSTITUTO DE RECURSOS NATURAIS
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RELATÓRIO DE LIMNOLOGIA
PROFESSOR: DANIEL CLEMENTE VIEIRA R. SILVA
DATA: 22 / 09 / 2023
TEMA DA AULA: Viagem para REPI - Obtenção de amostras de água e determinação
de alguns parâmetros
TURMA: IRN 009 TB

GRUPO: Mariana Cristina de A. Mendes - 2022016225

1-Objetivos

Uma represa é um grande reservatório de água destinado, normalmente, à geração

de energia elétrica, mas que também pode ser usado para irrigação ou para conter
inundações. Podem ocorrer nesses reservatórios as estratificações térmicas e/ou
químicas, que não são exatamente relacionadas aos processos climáticos e
limnológicos (não se devem ao aquecimento da superfície ou ausência/presença de
ventos), mas sim ao tipo de reservatório e a altura de saída da água que podem
produzir alterações na qualidade da água no eixo vertical ou horizontal, inclusive com
gradientes de densidade, além de misturas adicionais ou turbulência (POMPÊO). Por
essas razões, é sempre importante manter um monitoramento da água desses
reservatórios para um diagnóstico a respeito das águas da represa, auxiliando na
conservação e proteção dos ecossistemas que compõem o local e no controle de
eutrofização (TUNDISI, 1984).
Parâmetros como pH, dureza, oxigênio dissolvido e turbidez, são muito
importantes quando se trata de análise de qualidade da água e podem ser
mensurados in situ ou em laboratório, auxiliando nos estudos limnológicos do
reservatório em estudo.
Este relatório apresenta os dados referentes à coleta de água da Pequena
Central Hidrelétrica REPI – PCH REPI, no município de Wenceslau Braz, MG,
realizada no dia 22 de setembro de 2023, que previu a análise de pH, condutividade
elétrica e temperatura da água no local, e oxigênio dissolvido e dureza em laboratório,
posteriormente.

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2- Materiais e Métodos

A coleta de amostras de água foi realizada em três pontos diferentes na

barragem, o dia estava ensolarado e a temperatura ambiente era de 24ºC. O ponto 1
estava localizado mais à esquerda da barragem, às margens do reservatório, mais
próximo à mata que fica em volta. Já o segundo ponto ficou no centro do local, um
ponto médio entre as comportas e a margem esquerda, sendo o terceiro ponto mais
próximo das comportas.
Para cada ponto coletamos duas amostras. Obtivemos três parâmetros in situ:
pH, temperatura e condutividade elétrica, utilizando uma sonda para fazê-lo. Também
coletamos amostras de água que irão para a análise de oxigênio dissolvido. Em cada
um deles foi adicionado 4 ml de iodeto Azida e 4 ml de sulfato manganoso para
preservar o oxigênio. No laboratório será realizada a titulação do iodo para
determinação do oxigênio dissolvido, então foi adicionado a essa amostra 4 ml de
ácido fosfórico para a quebra da molécula (esse procedimento será realizado em outra
aula, portanto estará presente em outro relatório).
Em cada ponto, utilizamos o disco de Secchi para obter a turbidez do corpo de
água. Ao colocá-lo na água, anotamos qual a profundidade em que o disco
desaparece da nossa visão ou qual a transparência do disco de Secchi. Repetimos
duas vezes para obter uma média da profundidade e através desse valor.

3-Equipamentos Utilizados

Medidor multiparâmetros - sonda

4-Descrição dos Cálculos

Pudemos encontrar o coeficiente de atenuação vertical através da seguinte

equação:

K = 1,7 / z

Onde z é a profundidade do disco de Secchi.

5-Resultados

Os dados obtidos pela sonda para os parâmetros pH, temperatura e

condutividade e a profundidade do disco de secchi podem ser vistos no quadro 1.

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 O pH do ponto 1, mais próximo à margem, foi o menor dentre os 3 pontos. Em
contrapartida, esse foi o local com a maior temperatura da água, o que pode ser o fato
da coleta ter sido feita em uma área rasa que fica em contato com o solo das margens
que pode ter calor específico menor que o da água e esquentar mais a região.
A condutividade elétrica pode ser um parâmetro para determinar a quantidade de
sais presentes no líquido. Sendo assim, o ponto 3 apresentou maior condutividade,
podendo ser relacionado com o fato de ser o ponto um pouco mais próximo do local
onde há tubulação, equipamentos, as comportas e do local onde desagua um dos
corpos d’água que vão para essa represa.

Quadro 1 - Resultados dos parâmetros das amostras de água

Ponto 1
1.1 1.2 Secchi (m)
pH 4,73 4,74 1,3
Temp 23,2 22,5 1,2
Cond 78 70 1,25
K = 1,36

Ponto 2

2.1 2.2 Secchi (m)

pH 4,81 4,83 1,2
Temp 21,8 21,9 1,1
Cond 72 68 1,15
K = 1,48

Ponto 3

3.1 3.2 Secchi (m)

pH 4,84 4,83 1,4
Temp 22 22,3 1,3
Cond 80 75 1,35
K = 1,26

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6-Conclusões

Conclui-se que o local de coleta interfere nos resultados dos parâmetros

dependendo do seu entorno, por isso é importante escolher bem os pontos que
serão coletados. Infelizmente o grupo do dia 22/09 não pôde utilizar o barco
para coletar as amostras em pontos mais distantes. Ainda sim foi possível
perceber diferenças nos parâmetros de pH, temperatura e condutividade
principalmente entre os pontos 1 e 3, tendo ficado com valores médios o ponto
2.

7-Referências Bibliográficas

POMPÊO, Marcelo. Represas do Brasil. USP, IB, Depto de Ecologia, R. do Matão,

Travessa 14, 321, Cidade Universitária, São Paulo, SP, Brasil.
TUNDISI, J.G.MATSUMURA-TUNDISI. Limnologia. Dordrecht: Klumer Academic
Publishers, 1993.

ANEXO: Imagem 1 - frascos de vidro com as amostras de água

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