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Martin Heidegger nasceu em 1889, em Messkirch, uma pacata cidade rural da

Alemanha. De família católica romana, seu pai, Friedrich Heidegger, era sacristão em uma
igreja da cidade. Sua mãe, Johanna Kempf Heidegger, e seus irmãos, Fritz e Mariele.

Aos 14 anos, Heidegger é enviado a duas escolas jesuítas, como candidato ao


sacerdócio. Aprende grego e latim, e tem seu primeiro contato com um estudo de Aristóteles.

Começou os estudos superiores com 20 anos, em um seminário em Freiburg , e na


universidade Albert Ludwig . Teve acesso a grandes nomes da história da filosofia, como Soren
Kierkegaard e Wilhelm Dilthey, que influenciaram seu pensamento, assim como seus
professores e alguns teólogos da época.

Em 1911, esteve doente boa parte do ano, tendo que retornar para sua cidade natal
em busca de repouso. Decide abandonar o seminário, para ir estudar com Edmund Husserl,
mas a saída do seminário acarretou o fim de uma bolsa anual, impossibilitando a mudança
para o norte da Alemanha. Continuou com os cursos de filosofia, e conquistou seu doutorado
em 1913, alcançando a autorização para lecionar dois anos mais tarde.

Casou-se com Elfride Petri, que era protestante, em 1917. Ao retornar, em 1919, de
uma breve atividade militar, anuncia sua desvinculação do catolicismo e passa a ser assistente
de Edmund Husserl.

Nesse período, embora tenha grande admiração pelo método desse filósofo, que se
tornou um amigo, começa a distanciar-se dele teoricamente e, ao mesmo tempo, é
reconhecido como excelente professor.

Seus cursos sobre Aristóteles e temas da filosofia medieval expõem interpretações


brilhantes, e seu mentor indica-o para lecionar na Universidade de Marburg. Iniciou, em 1923,
e permaneceu nessa instituição durante cinco anos. É nesse período que sua grande obra, “Ser
e tempo” , é finalizada. Retorna a Freiburg em função da aposentadoria de seu mentor e, em
sua primeira aulal, é aplaudido por uma multidão de estudantes.

Seu envolvimento político com o Partido Nacional-Socialista, em 1933, provoca


dúvidas e questionamentos ainda hoje, especialmente com a publicação recente dos
chamados “Cadernos pretos” , que continham apontamentos e rascunhos do filósofo desde
1931. Mesmo afastando-se do partido pouco tempo depois, foi acusado de ser nazista e
impedido de lecionar até 1949.

O filósofo afirmou ter se posicionado contra o regime e seus feitos em suas aulas e
tentou esclarecer esse envolvimento em uma famosa entrevista ao Der Spiegel, em 1966, mas
seu silêncio foi criticado por muitos.

Apesar das dificuldades provocadas em sua carreira docente por essa questão, em
seus últimos anos, manteve seu ritmo de estudos e apresentou muitas palestras, sendo a
última em 1975, em Zähringen. Esteve ocupado com a organização de suas obras completas e
manteve contato com amigos até morrer em sua casa, em 1976.
Veja mais sobre "Martin Heidegger" em: https://brasilescola.uol.com.br/filosofia/martin-
heidegger.htm

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