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CADERNO DE ENCARGOS

Projecto de execução R00

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INTRODUÇÃO

Os documentos de projeto de execução, peças escritas e desenhadas, foram preparados por Sousa Lima
& Rocha Reis Lda., Rua Prof. Augusto Nobre 451G 4150-119 Porto Portugal.

As Condições Técnicas Gerais constantes deste processo são, na generalidade, aplicáveis a projetos
desta natureza para os trabalhos correntes de Construção Civil.
Entende-se que preenchem o tipo de necessidades relativas às tarefas previstas, sendo
complementadas por informações específicas relativas aos diferentes trabalhos que fazem parte da empreitada,
nomeadamente nas Condições Técnicas Especiais e peças gráficas do presente Projeto de Execução
O presente CADERNO DE ENCARGOS refere-se exclusivamente às condições específicas das obras
completando as peças desenhadas e escritas do PROJETO DE ARQUITETURA.

O projeto de execução compreende as peças escritas e desenhadas em conjunto e de forma


complementar, não se admitindo interpretações parciais do especificado em cada um. Qualquer dúvida,
incongruência de dados, má interpretação ou insuficiência de informação para uma correta análise dos trabalhos,
procedimentos, detalhes, materiais e quantidades, deverá ser comunicada ao Dono de Obra, Equipa projetista ou
Fiscalização para avaliação, antes da adjudicação.

Dada a natureza da obra e dos princípios de desenho explícitos ao longo de todas as peças escritas e
desenhadas, deve o empreiteiro solicitar, em tempo útil, os esclarecimentos e desenhos necessários para uma
completa definição de questões de desenho, execução e escolha de materiais que lhe pareçam necessárias, não
podendo invocar a apresentação de mais-valias ao longo da obra se não tiver cumprido este procedimento inicial.
Admite-se uma correção do orçamento ao longo da obra, decorrente de novas informações se estas ultrapassarem
mais de 50% do valor previsto para os trabalhos em questão.

Dúvidas existentes no decurso dos trabalhos ou na interpretação das peças de projeto deverão ser
atempadamente comunicadas à assistência técnica para obviar demoras de decisão ou de esclarecimento.

Os Cadernos de Encargos consideram-se sempre como complemento das peças desenhadas e restantes
peças escritas.

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Por ordem usual dos diferentes trabalhos, contemplam-se de seguida as CONDIÇÕES GERAIS E
ESPECÍFICAS DAS OBRAS PROJETADAS:

1 CONDIÇÕES TÉCNICAS GERAIS


2 TRABALHOS PREPARATÓRIOS \ ESTALEIRO
3 DEMOLIÇÕES \ DESMONTAGENS
4 PEDREIRO \ BETÃO ARMADO
5 ALVENARIAS
6 ABERTURA DE ROÇOS E CAVIDADES
7 IMPERMEABILIZAÇÕES ( coberturas, paredes e pavimentos )
8 ISOLAMENTO ACÚSTICO, TÉRMICO E BARREIRA DE VAPOR
9 RUFAGENS
10 PAVIMENTOS E REVESTIMENTOS
11 PAREDES E PAVIMENTOS
12 COBERTURAS E REVESTIMENTOS
13 TETOS INTERIORES
14 VÃOS E PORTAS EXTERIORES ( carpintarias e serralharias )
15 VIDROS E VIDRAÇAS
16 CARPINTARIAS INTERIORES
17 SERRALHARIAS
18 PINTURAS
19 MOBILIÁRIO FIXO
20 CONSIDERAÇÕES FINAIS

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Capítulo 1 - Condições técnicas gerais

Recomendações Gerais e Condicionamentos

Os trabalhos que constituem a presente empreitada deverão ser executados com toda a solidez e
perfeição e de acordo com as melhores regras de construir. Entre os diversos processos de execução será sempre
escolhido o que conduza a maior garantia de duração e acabamento.

Instalações e Ligações de Serviço Temporárias

Constitui encargo do empreiteiro a instalação das canalizações para a condução da água para a obra e
sua ligação à conduta da rede de abastecimento público e, bem assim, o pagamento do consumo da água em
todos os trabalhos da empreitada ou a eles ligado.

O empreiteiro obriga-se a construir, no local da obra, estruturas pré-fabricadas destinadas a armazenar


o seu material e ferramentas e onde, num deles, haja uma dependência servindo de escritório da obra, com as
dimensões julgadas necessárias pela Fiscalização da obra.

Obrigar-se-á, também, a montar um telefone e um posto de Internet, quando solicitado, no local da


obra.

Reuniões de análise de projeto e acompanhamento de obra

Será agendada uma reunião antes do início da construção, onde serão revistas as responsabilidades,
distribuição de encargos e dúvidas de implementação do especificado no Projeto de Execução. Participarão
representantes do dono de obra, da equipa projetista, o empreiteiro e o seu supervisor, principais subempreiteiros
e outros participantes com interesse. Todos os participantes deverão estar familiarizados com o Projeto e
autorizados a subscrever matérias referentes à obra. Esta reunião incidirá sobre os prazos previsto de execução,
sequência de trabalhos, entrega de desenhos de obra, informação sobre produtos e amostras, e o uso do estaleiro.

Serão marcadas reuniões de obra ao longo do tempo de execução desta, de acordo com as necessidades
e disponibilidade dos participantes. Participarão representantes do dono de obra, da equipa projetista, o
empreiteiro e o seu supervisor, principais subempreiteiros e outros participantes com interesse. Todos os
participantes deverão estar familiarizados com o Projeto e autorizados a subscrever matérias referentes à obra.
Nestas reuniões, serão revistas e aprovadas eventuais minutas sobre reuniões anteriores e outros itens com
importância para o progresso da obra, nomeadamente alterações de projeto, dúvidas de execução, apresentação
para aprovação de amostras, entre outras.

Materiais

Os materiais a aplicar serão sempre de boa qualidade, deverão satisfazer as condições exigidas para os
fins a que se destinam, e não poderão ser aplicados sem a prévia aprovação da Fiscalização.
Os materiais para os quais existam já especificações oficiais deverão satisfazer, taxativamente, ao que
nelas é fixado.

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O empreiteiro, quando autorizado pela Fiscalização, poderá empregar materiais diferentes dos
inicialmente previstos, se a solidez, a estabilidade, a duração, a conservação e o aspeto da obra não forem
prejudicados e não houver aumento de preço da empreitada.
O empreiteiro deverá indicar as razões para a mudança e o efeito dessa mudança no valor da
empreitada e no seu tempo de execução.
Dever-se-á indicar uma lista detalhada dos produtos necessários, custo unitário e valor total de compra.
As marcas e referências de materiais e de produtos, apenas quando antecedidas das palavras “tipo”,
“similar” ou “equivalente”, servem para estabelecer o tipo ou padrão mínimo de qualidade do material que se
pretende.
As marcas e referências de materiais e de produtos, quando não antecedidas daquelas palavras, indicam
que a especificação é taxativa, não podendo ser substituídas sem autorização expressa do Autor do Projeto.

Materiais - Aplicações e Substituições

O empreiteiro obriga-se a apresentar previamente, para aprovação da Fiscalização, amostras dos


materiais a empregar, acompanhados dos certificados de origem ou de análises ou ensaios feitos em laboratórios
oficiais, sempre que a Fiscalização o julgue necessário, os quais, depois de aprovadas, servirão de padrão.
A fiscalização reserva-se o direito de, durante e após a execução dos trabalhos, e sempre que o
entender, levar a efeito ensaios de controlo para verificar se a construção está de acordo com o estipulado neste
Caderno de Encargos, bem como de tomar novas amostras e mandar proceder às análises, ensaios e provas em
laboratórios oficiais, à sua escolha. Os encargos daí resultantes serão da conta do empreiteiro.
Salvo indicação em contrário expressa nas condições Técnicas Especiais, as amostras serão sempre
tomadas em triplicado e levarão as indicações necessárias à sua identificação.

O disposto nesta condição não diminui a responsabilidade que cabe ao empreiteiro na execução da
obra.
Todos os materiais que não satisfaçam as condições estabelecidas serão rejeitados e considerados como
não fornecidos. No prazo de três dias, a contar da data da receção da notificação em que lhe é comunicada essa
rejeição, deverá o empreiteiro remover, por sua conta, esses materiais para fora do local da obra.
Se não fizer a remoção no prazo marcado, será esta mandada efetuar pela Fiscalização e por conta do
empreiteiro, que não terá direito a qualquer indemnização pelo extravio ou outra aplicação que seja dada aos
materiais removidos.
Todos os encargos, quer com cargas, descargas, seguros, etc., serão unicamente da conta do
empreiteiro, não sendo motivo para qualquer reclamação o facto de os materiais, já onerados com os preços de
transporte, virem a ser rejeitados ao abrigo desta condição.

Disponibilidade de Máquinas e Ferramentas

O empreiteiro obriga-se a ter no local da obra, as máquinas, ferramentas e outros utensílios necessários
à boa execução dos trabalhos da empreitada e para que sejam feitos no prazo fixado.

Correção e Substituição de Obras Realizadas

Nenhum trabalho deve ser executado sem que o empreiteiro tenha esclarecido previamente qualquer
dúvida que haja sobre o mesmo, para o que consultará a Fiscalização. Qualquer trabalho realizado com base em
elementos deficientes ou errados, quando se prove que essas deficiências ou erros deveriam ser do conhecimento
do empreiteiro, será por este refeito e à sua responsabilidade.

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Serão imediatamente demolidos e depois reconstruidos, por conta do empreiteiro, todos os trabalhos
que a Fiscalização considere inaceitáveis por não obedecerem às condições estabelecidas neste Caderno de
Encargos, no descrito nas restantes peças escritas e \ ou desenhadas.
Se o empreiteiro não der cumprimento ao que a Fiscalização determinar a este respeito, serão os
trabalhos demolidos e reconstruidos, por conta do empreiteiro.
Rejeita-se qualquer responsabilidade por prejuízos que possam ocorrer nos materiais do empreiteiro ou
nos trabalhos que constituem a empreitada, antes da receção provisória, sejam quais forem as circunstâncias que
tenham originado esses prejuízos.

Fotografias de Obra

Serão entregues à equipe projetista fotografias da obra até 5 dias após a sua realização, sendo por esta
reencaminhadas para o dono de obra. Ficará retida no estaleiro um conjunto destas fotografias. O conjunto de
fotografias será rotulado com a indicação de cada ponto de vista, direcção ( por compasso ) e descrição do
conteúdo. A cada conjunto de imagens será anexado uma planta com a marcação dos pontos de vista.

Pretende-se criar uma sequência de registos, sendo para isso previsto 4 conjuntos de fotografias por
cada uma das seguintes fases :
início dos trabalhos até a conclusão das fundações
início e conclusão da estrutura acima do solo
construção da envolvente exterior do edificado
trabalhos interiores até à sua conclusão

Ficam previstas fotografias adicionais às já descritas, quando as seguintes circunstâncias existirem:


conclusão de uma fase ou componente da construção
a pedido do dono de obra
acontecimentos especiais planeados para o local de obra
imediatamente a seguir a acontecimentos dos quais resultem perdas ou danos na obra
no momento de entrega da obra

Standards de Referência e Definições

Todos os standards aplicáveis à obra ( procedimentos e materiais ) não estiverem descritos no presente
caderno de encargos, o empreiteiro tratará de os obter na fonte de publicação mais recente.

Para arquivo do dono de obra, serão entregues cópias de todas a licenças, certificações, relatórios de
inspeção, notícias, acordos judiciais, recibos de taxas, julgamentos, correspondência, registos e outros documentos
similares decorrentes da execução da obra.

Normas e Especificações

Complementarmente às normas gerais da construção, aplicam-se as normas oficiais portuguesas e


europeias, e especificações sobre a instalação dos materiais de acordo com o descritos pelos fornecedores.

Normas locais, similares às já descritas, prevaleceram em caso de omissão.

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O empreiteiro procurará junto das autoridades locais informação relativa a normas e especificações a
cumprir. Desconhecimento das normas e especificações prevalecentes não será usado como justificação para um
eventual uso e aplicação de materiais inapropriados ou abaixo dos standards e técnicas de construção.

Standards :

NP 30Alumínio
NP 41 Tintas e vernizes – definições
NP 52 Azulejos – características e receção
NP 55 Pavimentos pré-fabricados
NP 69 Chapas de vidro liso – defeitos
NP 70 Chapas de vidro liso – espessura e massa
NP 80 Tijolos – qualidade
NP 81 Betumes – amostras
NP 85 Areias para betonilhas e betões – determinação de materiais orgânicos
NP 86 Agregantes para betonilhas e betões – determinação de proporções / conteúdo de
agregantes muito finos e materiais solúveis
NP 110 Parafusos e Porcas – diâmetros
NP 111 Tintas e vernizes – defeitos das tintas
NP 114 Cortiça – classificação
NP 115 Cortiça – granulometria, peso específico e conteúdo de humidade
NP 159 Materiais para instalações de baixa voltagem elétrica – tubos de plástico rígido
NP 177 Chapas de vidro liso – classificação e receção
NP 180 Defeitos da madeira
NP 253 Tubos de plástico – dimensões e pressões
NP 277-292 Pregos
NP 305 Pregos – material e receção
NP 331 Ferro laminado, barras – dimensões
NP 332 Ferro laminado, barras para betão – dimensões

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Natureza e Qualidade dos Materiais

Água
A água a empregar no fabrico das argamassas deverá ser doce, limpa, isenta de substâncias orgânicas,
ácidos, sais deliquescentes, óleos ou quaisquer outras impurezas.

Areia
A areia a empregar na confeção das argamassas deverá satisfazer às seguintes condições:

- Ser limpa, lavada e isenta de terras, substâncias orgânicas, ou quaisquer outras impurezas,
devendo ser peneirada quando necessário;
- Ter grão anguloso áspero ao tacto;
- Ser rija, de preferência silicosa ou quartzosa;
- A totalidade das substâncias prejudiciais não deverá exceder 3%, com exceção das removidas
por decantação.

No fabrico das argamassas destinadas às alvenarias de blocos ou de tijolo, e em rebocos ou


guarnecimentos, deve utilizar-se a areia de grãos finos, médios e grossos, em partes aproximadamente iguais,
porém de forma a que a sua composição granulométrica seja a mais conveniente para a capacidade da argamassa.

Considera-se areia de grão grosso a que, passando por um crivo com orifícios de 5 mm., é retida em
crivos de 2 mm., areia de grão médio, a que passando por um crivo com orifícios de 2 mm., é retida num crivo com
orifícios de 0,5 mm., é retida em crivos de 0,07 mm..

Cimento
O cimento, tipo PORTLAND de presa lenta, deverá obedecer às disposições do Regulamento das
Características e Condições de Fornecimento e de Receção dos Cimentos, aprovado pelo Decreto Lei nº 208/85 de
26 de Junho.

O cimento será fornecido em sacos de papel impermeabilizado, com a marca do fabricante. Cada saco
deve conter o peso líquido de 50 Kg, com a tolerância de 2%. Após a sua receção no local da obra, será
armazenado em local seco com ventilação adequada, de forma a permitir uma fácil inspeção e diferenciação de
cada lote armazenado. O cimento que esteja armazenado há mais de 60 dias, não devendo, por via de regra, ter
mais de 90 dias, será aplicado, obrigatoriamente, antes da utilização de qualquer cimento mais recente.
Todo o cimento, no ato da aplicação, deverá apresentar-se seco, sem vestígios de humidade e isento de
grânulos. Todo o conteúdo de um saco em que tal se verifique será imediatamente retirado do local dos trabalhos.

Quaisquer produtos de adição, quer destinados a acelerar a presa do cimento quer a uma maior
plasticidade ou a qualquer outro fim, só poderão ser aplicados com a aprovação da Fiscalização.

Tijolos Cerâmicos
Devem ser utilizados tijolos furados de barro cozido com as características prescritas na NP 834 e na
Especificação LNEC E 309-1975.
Devem obedecer às seguintes condições:

- Terem textura homogénea, isenta de corpos estranhos e não terem fendas.

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- Terem forma e dimensões regulares e uniformes, serem bem cozidos, duros, sonoros,
consistentes e não vetrificados, admitindo-se uma tolerância, para mais ou para menos, de 2% para o
cumprimento e de 3% para a espessura.
- Terem cor homogénea e uniforme, apresentarem fratura de grão fino e compacto e isento de
manchas.
- Imersos em água, durante 24 horas, o volume absorvido desta não deve exceder 1/5 do seu
volume ou 12% do seu peso.
- A sua resistência à compressão não deverá ser inferior à da Categoria A (1ª qualidade) da NP 80.

Blocos de Cimento
Os blocos de betão terão as dimensões indicadas nos elementos do Projeto.
A argamassa de constituição dos blocos terá a dosagem de 1 de cimento para quatro de areia, porém
com o mínimo de 80 Kg/cm2, aos 28 dias.
Caso aquele traço conduza a resistência inferior à estipulada, deverá a composição ser alterada, quer
por variação da qualidade e composição da areia quer pelo aumento de dosagem do cimento.
Os blocos serão executados com moldes metálicos, bem desempenados e resistentes e, depois de
descofrados, serão metidos em estaleiro, abrigados do sol e regados, pelo menos, uma vez por dia durante os
primeiros 15 dias.
As suas características devem obedecer ao prescrito nas CIT nº 23 do LNEC.
Será rejeitado todo o bloco que apresente fendas, seja por retração, por choque ou qualquer outra
circunstância.

Argamassa em Rebocos
Estabelecem-se, seguidamente, as normas a que deverão obedecer os trabalhos relacionados com
aplicação de rebocos.
Esta especificação tem aplicação, não só para os rebocos destinados a receber outros acabamentos,
como para aqueles em que o acabamento será dado directamente na superfície do próprio reboco (areado).
As dosagens das argamassas deverão estar de acordo com o revestimento final que irão receber, de
modo a assegurarem a sua permanência e estabilidade.
Na generalidade, aplicar-se-ão em:
- rebocos interiores - cimento e areia ao traço 1:4 e 1:6.
- rebocos exteriores - cimento e areia ao traço 1:5.

Preparação da parede base (generalidades)


A parede base deverá estar devidamente preparada para receber o reboco.
A superfície a cobrir deverá estar totalmente desembaraçada de partículas mal aderentes ou de
quaisquer outros corpos que possam afetar a argamassa do reboco, bem como isentas de pó, gorduras ou fuligem
de fogo.
A superfície a cobrir deverá apresentar a rigidez indispensável e estar perfeitamente desempenada para
que não se tenha de empregar espessuras de reboco superiores a 2,5 cm.
Imediatamente antes de aplicação do reboco, a parede deverá ser abundantemente molhada, de modo
a que se encontre totalmente húmida na altura da aplicação da argamassa, sem que, contudo, apresente qualquer
cavidade com água retida.

Parede base de alvenaria

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Quando não tiver sido possível evitar irregularidades no desempeno da parede base, superiores à
tolerância, deverão todas as depressões serem cheias previamente, com argamassas idênticas à do reboco,
colocadas por camadas, consoante as espessuras, que funcionarão como base ao reboco a colocar posteriormente.
A espessura de cada camada não deverá exceder 2 cm. Deverá verificar- se um intervalo de tempo de
pelo menos duas semanas entre o preenchimento das depressões da parede base e a aplicação do reboco.

Parede base de betão


Quando não tenha sido possível evitar irregularidades no desempeno da parede base, superiores às
tolerâncias, deverão todas as saliências ser devidamente desbastadas, até que se verifiquem os valores de
tolerância que forem fixados.

Quando nada em contrário estiver estipulado e for possível fazê-lo com o betão fresco e húmido,
imediatamente após a desmoldagem deverá executar-se uma camada de “salpico”.
As superfícies da peça de betão com mais de sete dias e, nas quais, não seja possível executar o
“salpico”, deverão ser picadas de modo a permitir a aderência da argamassa do reboco.

Tolerância no desempeno da parede base


Quando nada em contrário for determinado pela Fiscalização, a tolerância admitida, ou seja, a diferença
entre os pontos da superfície mais saliente e ou mais reentrantes, não deverá ser superior a 2,5 cm.
O desempeno poderá ser aliviado, em paredes planas, com uma régua desempenada, de comprimento
superior a 2 m, ou condicionado pelas dimensões da parede.

Aplicação de salpico
Sempre que, em paredes de alvenaria, a Fiscalização não tenha dispensado a aplicação de salpico, este
deverá ser feito imediatamente após a conclusão da parede, depois de esta ter sido bem molhada. A argamassa a
utilizar deverá ter o traço 1:1 a 1:3, conforme os casos, e ser projetada com força contra a parede, de modo a
constituir uma camada rugosa e aderente, de espessura compreendida entre 1 e 3 mm.
Quando a Fiscalização dispensar, em paredes de betão, a piquetagem geral da parede base se for
utilizado o salpico, este deverá ser efetuado imediatamente após a desmoldagem, com a parede bem molhada.
Deverá ser utilizada uma argamassa de traço compreendido entre 1:1 e 1:2, conforme os casos, que será
projetada com força contra a parede, formando uma camada rugosa e aderente, de espessura compreendida
entre 1 a 3 mm..

Aplicação de rebocos
A argamassa deverá ser utilizada imediatamente após o seu fabrico, devendo ser totalmente aplicada
antes de iniciar a presa.
Durante o período em que aguarde aplicação deverá estar protegida do sol, chuva ou vento.
Será interdito o aproveitamento de argamassa já endurecida, mesmo com adição de água.
A argamassa endurecida deverá ser retirada do local de trabalho.
Considera-se que a argamassa está endurecida quando apresentar quebra de trabalhabilidade ou tiver
sido amassada há mais de 1 hora, no Verão, e 2 horas nas restantes estações.
A alteração destes períodos será sujeita a aprovação da Fiscalização.
A aplicação de rebocos exteriores deverá ser interdita sempre que se verifiquem temperaturas
inferiores a 3ºC ou superiores a 30ºC, vento forte, chuva, ou quando se preveja a formação de geada.

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No caso de rebocos interiores, poderá recorrer-se a aquecedores para manter a tempera a nível
conveniente, mas estes devem ser colocados a uma distância da parede que não provoque aquecimento ou
secagem exagerados.
Salvo determinação em contrário da Fiscalização, sempre que a espessura total do reboco exceda 1,5
cm, deverá ser aplicado em duas camadas intervaladas, no mínimo de 24 horas.
A primeira camada deverá ter 1,0 a 1,5 cm de espessura e, a segunda, a diferença para a espessura total.
No caso de não ser previamente fixada, pela Fiscalização, a espessura total não deverá exceder 2,5 cm.
O reboco aplicado em paredes exteriores deverá conter sempre um produto hidrófugo, previamente
aprovado pela Fiscalização. Quando este for aplicado em mais do que uma camada, o produto impermeabilizante
só será aplicado à argamassa que constitui a primeira camada de reboco.
Deverá ser dada preferência a produtos hidrófugos que se misturem previamente com água de
amassadura, líquidos ou a diluir antes da amassadura.
Sem aprovação da Fiscalização não será permitida a utilização de produtos em pó, que obtenham o
efeito hidrófugo à custa do grau de finura. Estão neste caso as diatomites e outros pós muito finos.
Quando se trate de duas camadas, a primeira será projetada e bem apertada com a colher e, só depois,
será sarrafada. A segunda, de igual forma, será projetada, apertada e, consoante o acabamento pretendido,
sarrafada, talochada, passada à esponja, espátula ou queimada à colher.
A segunda camada poderá ser feita com o mesmo tipo de areia que a primeira, ou com areia mais fina
(areia de acabamento), conforme for estipulado.
Caso nada em contrário esteja expresso, a areia da camada superior não deverá conter grãos de
dimensões superiores a 1,5 mm e o seu acabamento será, após desempeno à talocha, de modo a obter uma
superfície fechada, não riscada e de aspeto homogéneo. Este acabamento poderá ser melhor obtido algum tempo
após a colocação.
Todos os remendos ou reparações deverão ser feitos de modo a que se obtenham acabamentos iguais
aos circundantes e com linhas ou remates que não representem descontinuidade nas superfícies vistas.
Caso nada em contrário seja indicado pela Fiscalização, a extensão do remendo ou reparação deverá ser
tal que as linhas de remate coincidam com arestas, cantos, alhetas ou outras linhas singulares da construção.
No caso de remendos ou reparações de rebocos antigos, embora possa ser permitido, pela Fiscalização,
a utilização de materiais diferentes dos já colocados, terá de ter-se o cuidado de remover previamente, em toda a
extensão do trabalho, as argamassas antigas, bem como qualquer outro material que possa constituir má base
para o novo reboco.

Aplicação mecânica de rebocos


Com autorização da Fiscalização, os rebocos poderão ser aplicados mecanicamente, seguindo-se as
instruções correspondentes ao tipo de máquina utilizada para o efeito. No entanto, e sem prejuízo das instruções a
seguir, em cada caso poderão ser adotadas as regras seguintes:
- A boca da pistola deverá manter-se numa posição perpendicular ao paramento a revestir.
- A velocidade do material à saída da pistola, deverá ser condicionada pelo diâmetro da boca.
- A pressão da água deverá ser maior do que a do ar, para garantir uma molhagem mais
completa dos materiais e facilitar, ao operador, uma regulação mais rápida e mais eficaz.

Cura dos Rebocos


Quando se verifiquem temperaturas elevadas, sol forte ou vento, deverão os rebocos recém colocados
manter-se permanentemente húmidos, durante o mínimo de três dias, o que poderá ser feito por meio de rega de
aspersão ou qualquer outro sistema adequado. Só a Fiscalização poderá dispensar o cumprimento desta
determinação.

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Aditivos para Argamassa
Os aditivos para a argamassa deverão ser previamente submetidos à aprovação da Fiscalização, para o
que o empreiteiro deverá fornecer todas as indicações e esclarecimentos necessários sobre as características e
modo de aplicação dos produtos, sempre que possível acompanhados de resultados de ensaios comprovativos das
características referidas, realizados por laboratórios de reconhecida competência.
Os aditivos para coloração de argamassas devem ser compostos de um pigmento satisfazendo à norma
BS 1014-1964 e de produtos destinados a aumentar a resistência e trabalhabilidade das massas, de modo a
proporcionarem melhor acabamento e maior dureza das superfícies finais.
Os aditivos para impermeabilização de massas podem ser em pó ou líquidos, devendo os primeiros ser
adicionados ao cimento seco e com ele muito bem misturados antes da adição dos inertes e água, devendo os
segundos ser adicionados à água de amassadura mexendo muito bem.
Todos os produtos que venham a ser aprovados ou recomendados pela Fiscalização devem ser aplicados
em conformidade com as instruções do respetivo fabricante e os resultados de ensaios feitos.

Gesso
O gesso a empregar na obra será de primeira qualidade, de fabrico recente, de cor clara e uniforme,
bem cozido e moído, e untuoso ao tacto.
A Fiscalização poderá querer certificar-se das características do gesso, para o que mandará executar
ensaios quanto à determinação da humidade, teor em água, teor em anidrido carbónico, teores em resíduos
insolúveis em ferro e alumínio ou em cálcio e magnésio, teor em sulfato e cloreto de sódio, os quais são regulados
pelas Normas Provisórias P-318 a 325.
Deve, contudo, quando amassado com água, na proporção de 1 m3 de gesso para 1.200 litros de água,
apresentar, no fim de 30 dias de exposição ao ar livre e à temperatura de 25ºC, a resistência à tracção de 12
Kg/cm2.

Colas
Deverão ser de fábrica de reconhecida idoneidade e chegarão a obra em embalagens fechadas de
origem, devidamente rotuladas.
As características das diversas colas a empregar deverão satisfazer os fins e utilizações que se tem em
vista e estar de acordo com as especificações particulares dos materiais a colar.
Os documentos técnicos referentes a cada tipo de cola que o empreiteiro pretenda aplicar deverão ser
presentes a Fiscalização para que esta se pronuncie sobre a sua aceitação.
Se a Fiscalização tiver dúvidas quanto as características indicadas para as colas, especialmente no que
diz respeito a sua resistência a humidade, poderá enviar amostras para o ensaio ao Laboratório de Engenharia
Civil.

Azulejos
Deverão ser iguais as amostras aprovadas pela Fiscalização e deverão ter as seguintes características
prescritas na NP 52:
- Todas as peças devem apresentar a marca do fabricante gravada no tardoz, em relevo ou
depressão.
- A face de todas as peças deve manter o aspeto fixado na encomenda e, em particular, não
apresentar variações de tonalidades que não tenham sido expressamente mencionadas, manchas, fendas,
cavidades ou saliências anormais e fraturas nas arestas ou vértices.
- Deve apresentar aspereza ou relevos no tardoz, destinados a favorecer a aderência.
- Terem massa com textura homogénea e uniforme.

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- O vidrado deverá cobrir toda a face, não ser lascado nem assinalar o relevo do tardoz, nem
conter outros defeitos, como grainhas, pintas e vidro escorrido.
- Ao toque deve acusar boa sonoridade.

As características a que o material deverá obedecer serão verificadas por meio de ensaios a fazerem-se
no LNEC, segundo as prescrições das NP 305 e 307.
Como características específicas tem-se: dispersões, inferior a 10 mm/m2; na deformação, flecha das
arestas inferior a 0,5 mm.; tangentes nos ângulos do desvio, inferior a 0,5%; empenos, inferior a 0,5%. Como
estabilidade do vidrado devem verificar-se ausências de fissuras.

Mosaicos
Os mosaicos a aplicar na obra deverão ser iguais as amostras aprovadas pela Fiscalização e deverão ter
as características gerais idênticas as mencionadas para os azulejos.
Quer para os mosaicos de grãos finos quer para os mosaicos hidráulicos, as características a ensaiar, os
valores normalizados e as regras de aceitação ou rejeição, são os fixados igualmente na NP-306, NP-308, NP- 309 e
NP-310.
Os mosaicos de aglomerado de cortiça, devem possuir as características fixadas na NP-259 e, quando
solicitamos, os ensaios serão feitos de acordo com NP-260.

Mosaicos de Pasta de Vidro


Serão de 1a qualidade, devendo a sua escolha, dentro do mostruário a apresentar a Fiscalização,
obedecer ao tipo, formato, cores e dimensões a empregar.
A sua colagem sobre o papel deverá ser absolutamente regular e uniforme.

Mosaicos Vinílicos
Serão do tipo vinil isento de amianto, com espessura não inferior a 0,002 m e com as dimensões de 0,30
m x 0,30 m.
Deverão ser resistentes ao desgaste, as gorduras, aos ácidos fracos e aos detergentes usuais e deverão
permitir uma fácil limpeza com pano húmido. Antes da sua aplicação e com a antecedência necessária, será
fornecida amostra a Fiscalização para que esta se prenuncie sobre a sua aceitação.
Esta amostra ficará a fazer parte deste Caderno de Encargos
Se a Fiscalização tiver dúvidas quanto a qualidade do mosaico, poderá mandar realizar os necessários
ensaios, para o que serão aplicáveis as normas portuguesas I-862, I-863, I-864, I-867 e I-868, e a especificação do
LNEC E 213-1968.
A Fiscalização poderá sempre mandar realizar ensaios de desgaste, de estabilidade de dimensões, de
resistência ao choque, de compressão e recuperação e de descoloração pela luz, no Laboratório de Engenharia
Civil.

Tijoleiras
Devem obedecer as prescrições das NP-80 e NP-52 e ainda, das NP-307 a NP-310 e NP-496 no que
respeita, respetivamente aos ensaios de estabilidade dimensional, choque, desgaste, resistência as manchas e
resistência ao frio.

Cortiça

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A cortiça a empregar, quer sob a forma de granulada quer de aglomerados, será macia, elástica,
esponjosa, compressÍvel, resistente as intempéries e a ação dos materiais de construção com que tenha de estar
em contacto.
Deve ser homogénea e de boa qualidade, não atacada pelos insectos nem por doenças, tais como, o
bolor, a podridão, etc..
Quando empregada em granulados, cujas características são fixadas pelas Normas Provisórias P-114 e
115, as dimensões máximas e mínimas são as que figuram no projeto.
Quando empregada sob a forma de aglomerados em placas de isolamento térmico, terá as
características dadas pelas NP 67 e 68 e dimensões de harmonia com o fixado no projeto.
As características a que tem de obedecer os mosaicos de aglomerado de cortiça serão comprovados por
meio de ensaios, de acordo com o que se estabelece nas NP-259 e 260.

Cantarias e Mármores
Deverão ser de grãos homogéneos, não geladiços, inatacáveis pelos agentes atmosféricos, limpos de
matérias estranhas e isentas de cavidades, abelheiras, fendas e lesins.
Os leitos e sobreleitos ficarão em esquadria com os paramentos aparelhados de acordo com o aparelho
constante do projeto, e sem falha sensível em toda a sua extensão.
As pedras deverão ser trabalhadas na forma em que assentam no leito da pedreira, ou seja,
comprimidas perpendicularmente a esse plano.
Os mármores não deverão apresentar o menor defeito e serão perfeitamente cristalizados, sem fendas
ou cavidades, por mais insignificantes que sejam, com faces perfeitamente desempenadas e com a coloração
perfeitamente cristalizados, sem fendas ou cavidades, por mais insignificantes que sejam, com faces perfeitamente
desempenadas e com a coloração perfeita e bem polidos, nos paramentos que ficarem a vista.
Todas as pedras terão a proveniência, a configuração, as dimensões e a execução determinadas no
projeto.
As cantarias e mármores, só serão empregados depois de terem perdido completamente a água de
pedreira e serão rejeitados os que oferecem uma coloração diferente e aqueles cujos defeitos tenham sido
dissimulados com betume ou qualquer outra material.

Cantaria Artificial (pré-fabricados em betão vibrado)


Será de betão ligeiramente armado com a dosagem mínima de 350 Kg/m3 e moldado e vibrado em
estaleiro, conforme os pormenores constantes do projeto.
Os inertes serão escolhidos por forma a que as peças, depois de vibradas e desmoldadas, apresentem
um acabamento perfeito.
Para o assentamento desta cantaria empregar-se-á argamassa de cimento e areia ao traço 1:3 e os
pernes necessários serão em ferro zincado ou protegidos por qualquer forma que ofereça garantias e seja
aprovado pela Fiscalização.

Madeiras
As madeiras a empregar serão bem secas desempenadas, de fibras direitas e unidas, sem nós viciosos
ou em grande quantidade, bem secas, não ardidas, sem fendas que comprometam a sua duração e resistência,
isentas de caruncho ou outra qualquer doença e sem os restantes defeitos constantes da NP-180.
Toda a peça a empregar deverá ser tratada em autoclave ou por imersão, com aplicação de
pentaclorofenol ou outro produto de características semelhantes, e será de quina viva, salvo indicação em
contrário.

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Os contraplacados, na madeira e espessura fixadas, deverão ser de muito boa qualidade, resistir bem a
humidade e ser perfeitamente limpos, sem quaisquer vergadas ou imperfeições, por forma a apresentarem muito
bom aspeto quando apenas encerados.

Termolaminados
Os termolaminados a empregar serão os indicados no projeto e devem apresentar as seguintes
características:
- Espessura nominal mínima de 0,8 mm., com uma tolerância de +-10%.
- Estabilidade dimensional: variação ¾ 0,30% na direção das estrias do tardoz e ¾ 0,75% na
direção perpendicular, nenhuma fissura, nem mudança de aspeto ou desestratificação.
- Absorção de água: menos de 2%.
- Comportamento com água em ebulição: aumento de massa inferior a 3% e aumento de
espessura inferior a 1%.
- Resistência hidrotérmica superficial: nenhum empeno, ampola ou outra alteração da face do
provete.
- Resistência aos produtos domésticos (lixívia, potassa, detergentes comerciais): nenhuma
fissura, empolamento, mudança de cor ou qualquer outra alteração aparente das faces dos provetes para cada
produto posto em contacto com eles.
- Resistência térmica superficial a 180° C: nenhum empeno, ampola ou outra alteração da face do
provete.
- Resistência ao choque (para a espessura nominal de 1,5 mm): mossa do diâmetro menor ou
igual a 1,0 mm e ausência de fendas.
- Resistência a combustão do cigarro, de modo tal, que os sinais devidos a combustão devem ser
eliminados com água e sabão, não se devendo, portanto, notar empolamento nem manchas indeléveis
alternativamente; exige-se uma resistência ao calor até 130° C.

No ensaio de resistência a descoloração pela luz, após cem dias de ensaio não deve notar-se qualquer
alteração na homogeneidade de coloração dos provetes.
As chapas de termolaminado devem ser armazenadas nas embalagens de origem até a sua aplicação ou
segundo as instruções do fornecedor, mas sempre de modo a não serem deformadas nem se alterarem as suas
propriedades.
Antes do emprego de qualquer termolaminado, o empreiteiro deve obter a aprovação da Fiscalização,
para o que deve apresentar uma certidão passada pelo fabricante, de que o produto proposto tem as
características atrás referidas.
Os ensaios que forem necessários para a verificação das características atrás indicadas serão efectuados
no LNEC.

Ferros Forjados e Laminados


Os ferros forjados e laminados serão bem fabricados, macios, não quebradiços, maleáveis a quente e a
frio, isentos de falhas, escamas ou outros defeitos.
Apresentação, nas fraturas ou cortes, textura homogénea de grão compacto.
Tanto uns como outros deverão satisfazer ao fixado nas Normas Portuguesas em vigor.
Nos ferros laminados, a laminação deve ser perfeita, sendo expressamente proibida qualquer reparação
destinada a encobrir ou remediar algum defeito. A elasticidade dos ferros não sofrerá alteração, quando
submetidos a esforços inferiores a 15 Kg/mm2.
As chapas de ferro serão de boa qualidade e de espessura uniforme, devendo dar corte macio com
maquina de furar ou com a tesoura. As que forem de nervo folheado e apresentarem fendas sob a punção ou se
esgaçarem na flexão sob a tesoura, serão rejeitadas.

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Ferro Fundido
O ferro fundido será de segunda fusão, bem resistente, compacto e homogéneo, isento de fendas,
bolhas e areias, fácil de trabalhar com instrumentos cortantes e compressível a pancada do martelo.

Zinco
Será da melhor qualidade, homogéneo, puro, isento de qualquer liga e bem maleável.

As folhas de zinco terão as dimensões e espessura indicadas no projeto e serão bem planas, de
espessura uniforme, sem fendas ou rasgaduras.

Impermeabilizantes Elásticos
Os materiais de impermeabilização a aplicar não deverão conter componentes suscetíveis de se
alterarem em contacto com o ar ou com as intempéries, devendo manter as suas qualidades de coesão,
plasticidade e ductilidade.
Só serão aplicados produtos que sejam aprovados pela Fiscalização, os quais deverão dar entrada na
obra em embalagens fechadas, sem o que não poderão ser aplicados. Serão feitos os ensaios que se julgaram
necessários para a comprovação das qualidades do material.
A sua aplicação deve fazer-se sempre com o tempo seco e as superfícies a impermeabilizar deverão
encontrar-se escrupulosamente limpas e secas.

Telhas Cerâmicas
As características e as condições de receção das telhas cerâmicas são as constantes da Especificação nº
89 - 1962, do LNEC.
Todos os ensaios que se julguem necessários realizar obedecerão as Especificações E-90 a E-94, de 1962
do LNEC.

Vidros
Serão de 1ª qualidade e deverão ter as qualidades, cor, dimensões e espessuras fixadas no projeto.
A chapa lisa deverá ser perfeitamente plana, transparente e sem o mais pequeno empeno, não
apresentar bolhas, vergadas ou quaisquer outros defeitos.
A chapa tipo granitado terá translucidez uniforme e, igualmente, não deverá apresentar bolhas,
vergadas ou outros defeitos de fabrico.
A terminologia de defeitos para os vidros em geral e fixada e definida pela NP - 69. As suas
características e condições de receção deverão obedecer as prescrições da NP-177.

Tijolos de Vidro
Serão da melhor qualidade e a aprovar pela Fiscalização.

Tintas, Vernizes, Esmaltes, Imunizadores, Repelentes de água, etc.


Serão sempre de 1a qualidade, do tipo ou marca a indicar no projeto para cada caso.
Todos os materiais de pintura e corantes serão de marca comercial devem entrar na obra nas
embalagens de origem e intactos, não sendo permitida a sua aplicação desde que não venham nestas condições.

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A sua aplicação será executada de acordo com as instruções do fabricante, escritas em português, pelo
que um exemplar das mesmas deverá ser, com a devida antecedência entregue a Fiscalização.
As cores escolhidas serão preferencialmente de catalogo evitando-se as misturas feitas na obra, expecto
se tal for expressamente determinado pela Fiscalização.
Os ensaios de tintas e vernizes, a realizar no LNEC, respeitantes a teor em veiculo fixo, tempos de
secagem superficial e de endurecimento e resistência, serão prescritas pelas NP-185, NP-235 e NP-236.

Tintas de Cimento
Deverão ter em atenção o especificado nas C.I.T. n. 1 e 8 do LNEC.

Louças Sanitárias
As louças sanitárias a empregar deverão satisfazer as seguintes condições:

- Serem bem cozidas e terem textura homogénea e de grão fino.


- Terem esmalte vidrado regularmente distribuído e impregnado na massa.
- Serem bem desempenadas, de forma a darem um perfeito assentamento.
- Não apresentarem rachas, fendas ou quaisquer outros lesões.
Serão excluídas as louças sanitárias de grés ou qualquer barro de inferior qualidade.
As louças devem ainda satisfazer a todas as homologações do LNEC.

Materiais Especificados

Os materiais e elementos a utilizar na obra deverão satisfazer as condições referidas nas presentes
Condições Técnicas Gerais e Especiais.
Os materiais e elementos de cada lote só poderão ser aplicados na obra depois de efetuada a sua
receção pela fiscalização. A receção será feita com base na verificação de que satisfazem as características
especificas neste C.E.. Consideram-se fazendo parte do C.E., os documentos a ele anexados durante as fases de
concurso e execução da obra.
O empreiteiro deverá garantir a existência, em depósito, das quantidades de materiais e elementos
necessários à laboração normal dos trabalhos. Será normal a existência em depósito de materiais que garantam
um mínimo de 15 dias de laboração-
O empreiteiro poderá propor a substituição de qualquer especificação de materiais, desde que a solidez,
estabilidade, aspeto, duração e conservação da obra não sejam prejudicados. A proposta deverá ser feita por
escrito, devidamente fundamentada, e indicando pormenorizadamente as características de qualidade a que o
material irá satisfazer. Compete à fiscalização, aprovar ou rejeitar a proposta de substituição, a qual poderá ser
condicionada a alteração das condições administrativas, nomeadamente prazos e custos. A aprovação de uma
alteração de especificação para um determinado material não isentará nenhum lote de ser submetido à receção
prevista, nem isentará o empreiteiro da responsabilidade sobre o seu comportamento.

Materiais não Especificados

Todos os materiais não especificados e que tenham emprego na obra deverão satisfazer as condições
técnicas de resistência e segurança impostas pelos regulamentos que lhes dizem respeito ( Normas Portuguesas,
documentos de homologação e de classificação ) ou terem características que satisfaçam as boas normas
construtivas. Poderão ser submetidos a ensaios especiais para a sua verificação, tendo em atenção o local de

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emprego, fim a que se destinam e a natureza do trabalho que lhes vai exigir, reservando-se a Fiscalização, o direito
de indicar, para cada caso, as condições a que devem satisfazer.

Trabalhos Não Especificados

Os trabalhos não especificados neste Caderno de Encargos, que forem necessários para o cumprimento
da presente empreitada, serão executados com perfeição e solidez, obedecendo às boas regras da construção e
adotando-se os preceitos que conduzam a uma maior garantia de duração, qualidade e acabamento tendo em
vista os Regulamentos, Normas e demais legislação em vigor, as indicações do projeto e as instruções da
fiscalização.

Quaisquer dúvidas que surjam quanto à execução destes trabalhos deverão ser levadas ao
conhecimento da Fiscalização, que as esclarecerá, estabelecendo as qualidades de materiais e os modos da sua
execução.

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Capítulo 2 - Trabalhos preparatórios/ Estaleiro

Definição

Na presente especificação, são definidas as condições técnicas relativas aos trabalhos preparatórios ou
acessórios a serem executados pelo Empreiteiro dentro do âmbito da empreitada.

Generalidades

Admite-se que o Empreiteiro, antes de apresentar a sua proposta, se inteirou completamente das
condições existentes no local, com base na informação que o Dono da Obra colocou à sua disposição e da
informação complementar que o Empreiteiro deva obter por sua própria conta, pelo que não serão de aceitar
quaisquer reclamações sobre eventuais dificuldades que possam surgir na execução dos trabalhos por alegado
desconhecimento e/ou deficiências de informação.

Inclui-se neste artigo a montagem e desmontagem do estaleiro para execução da obra, nomeadamente:
- Montagem e desmontagem de todas as máquinas necessárias para a execução da obra
- Montagem e desmontagem de instalações provisórias do pessoal caso o requerente não
disponha de espaço adequado a este fim, redes provisórias de abastecimento de água, saneamento e eletricidade,
de acordo com as Condições Gerais do presente Caderno de Encargos
- Vedação do recinto da obra nos moldes impostos pelas autoridades locais, de modo a oferecer
a necessária privacidade da obra para com as áreas circunvizinhas e proteção de pessoas.
- Marcação e delimitação de percursos provisórios de acesso às instalações previstas
funcionarem durante a obra e dentro do perímetro de obra, garantindo todas as condições de proteção e
segurança, de acordo com a legislação em vigor

Execução

Trabalhos Preliminares
Desmatação e desenraizamentos
Será da responsabilidade do Empreiteiro a limpeza do terreno circundante ao edifício.

Trabalhos Acessórios
Além do quanto consta dos artigos anteriores, será executado pelo Empreiteiro tudo o mais que,
embora não descrito por omissão, seja da sua especialidade e se torne indispensável para o bom acabamento da
obra.

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Capítulo 3 - Demolições e Desmontagens

Definição

Na presente especificação, são definidas as condições técnicas relativas aos trabalhos preparatórios,
demolições e desmontagens a serem executados pelo Empreiteiro dentro do âmbito da empreitada.

Generalidades

Sobre a designação de “demolições” estão compreendidas todas as operações que sejam necessárias
tendo em vista a retirada do local das obras para vazadouro apropriado e\ ou de elementos previamente
acordados com a Fiscalização, quando for o caso.

O Empreiteiro terá que submeter previamente à aprovação da Fiscalização um plano de demolições que
contemple, claramente, os processos de execução dos trabalhos a realizar e os destinos dos produtos das
demolições não utilizáveis na obra, os quais serão removidos para fora da área do estaleiro, para vazadouros
cerificados, devendo o Empreiteiro apresentar as guias com a sua indicação e data de entrega. Os produtos
utilizáveis serão aplicados nos locais definitivos ou colocados em depósitos em locais acordados com a
Fiscalização, tendo em conta, nomeadamente, a sua proteção e conservação.
Está ainda incluída nos trabalhos de demolição a reparação dos danos causados pela demolição e
desmontagem nos elementos a manter.
Na demolição e transporte de materiais dela resultantes, ou em cortes do terreno, seguir-se-ão todos os
regulamentos municipais e demais legislação interessante à matéria.

Execução

As demolições poderão ser executadas por ferramentas manuais ou mecânicas, mas de forma a limitar
os danos nos elementos de construção a manter, quando for o caso.
Estão incluídos nos trabalhos de demolição, para além dos necessários escoramentos e andaimes, todos
os trabalhos e equipamentos adequados e suficientes para pôr em carga as estruturas de substituição dos
elementos demolidos.
Estão também incluídos nos trabalhos de demolição a elevação de paramentos de alvenaria e o seu
revestimento, em todos os vãos e passagens que por estes trabalhos fiquem abertos, em construções adjacentes e
a manter, dentro de uma programação global dos trabalhos a apresentar para aprovação ao Dono de Obra.

Trabalhos Acessórios

Além do quanto consta dos artigos anteriores, será executado pelo Empreiteiro tudo o mais que,
embora não descrito por omissão, seja da sua especialidade e se torne indispensável para o bom acabamento da
obra.

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Capítulo 4 - Pedreiro/ Betão Armado

Definição

Esta empreitada compreende o fornecimento de todos os materiais e ferramentas precisas para a


execução da obra de pedreiro e cimenteiro, conforme o respetivo projeto de especialidade e as condições
genericamente as expostas neste Caderno de Encargos.

Generalidades

Compete ao Empreiteiro executar todos os trabalhos de campos necessários à execução dos trabalhos.
Ficará bem entendido que os pormenores de betão armado servem essencialmente para indicar as
armaduras, devendo o empreiteiro assinalar à Fiscalização qualquer desacordo entre o projeto de arquitetura e o
projeto de betão armado.
O Empreiteiro ficará responsável pela conservação das marcas, eixos, ou referências definidos pela
Fiscalização.

Materiais

Todos os materiais a empregar, ainda que não lhes seja feita referência especial, serão de 1ª qualidade e
perfeitos.
Os materiais para os quais já existam especificações especiais deverão satisfazer taxativamente o que
nelas é fixado.

Execução

BETÕES SIMPLES E ARMADOS


(Verificar e cumprir o Caderno de Encargos da Especialidade)

Generalidades
(não substitui o Caderno de Encargos da Especialidade, servindo somente como referência)

Os trabalhos relacionados com o fabrico, transporte, colocação, compactação, cura e todas as operações
relacionadas com obras de betão ou obras de betão armado, serão executadas de acordo com os regulamentos e
normas portuguesas aplicáveis, em especial, o Regulamento de Estruturas de Betão Armado e Pré-Esforçado
(REBAP), o Regulamento de Betões e Ligantes Hidráulicos (RBLH) e com o estipulado nas Especificações.
O Empreiteiro dever-se-á pronunciar no sentido de lhe serem entregues as instruções, desenhos ou
quaisquer elementos necessários à execução dos trabalhos, com uma antecedência razoável, de forma que,
verificando necessitar de mais pormenores e esclarecimentos, haja tempo para que estes lhe sejam fornecidos,
sem que, por este facto, sejam afetadas encomendas de materiais, ou programas de trabalho.
Não será colocada em nenhuma parte da estrutura, sem autorização por escrito da Fiscalização, cargas
que excedam a definida no projeto. Se essa autorização for concedida, todas as vigas, ou outras partes da
estrutura, sujeitas a cargas superiores à carga do projeto, deverão ser escoradas de forma a que a Fiscalização dê o
seu acordo, sendo da conta do Empreiteiro os respetivos encargos.

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Armaduras em elementos estruturais
- Condições gerais

1 – Características do aço para armaduras


As características a satisfazer pelo aço para armaduras de betão armado, são as indicadas no REBAP,
aprovado pelo Decreto Lei n.º 349-C/83 e nas NP-173 e NP-332.

Cofragens
- Condições Gerais

1 – Madeira para moldes e cimbres


As madeiras serão de pinho nacional, de quina viva e perfeitamente desempenadas, permitindo-se em
casos a fixar pela Fiscalização, o emprego de peças de secção redonda em prumos ou escoras, desde que tal não
comprometa a segurança ou a perfeição dos trabalhos.
As tábuas para moldes devem ter uma espessura não inferior a 2.6 cm, serão aplainadas, tiradas da
linha e a meia madeira.
Os calços ou cunhas a aplicar serão de madeira dura, podendo ser de sobro de boa qualidade, ou de
carvalho.

2 – Moldes
A execução de moldes para peças de betão armado terá de satisfazer o especificado no RBHL, no REBAP,
e neste Caderno de Encargos.
O tipo ou qualidade dos moldes a utilizar será decidido de comum acordo com a Fiscalização. Em geral,
admite-se a utilização de moldes de madeira, metálicos, ou plásticos.

Os moldes em madeira serão em tábua de contraplacado.


As tábuas serão em madeira de pinho, de largura constante, aplainadas numa face, tiradas de linha e
sambladas a meia madeira, respeitando as demais condições técnicas referidas neste Caderno de Encargos. No
caso de emprego de contraplacado de madeira, a sua espessura mínima será de 2 cm, devendo a sua superfície ser
tratada por forma a facilitar a desmoldagem, e permitir reaplicações.
Os moldes deverão ainda ser concebidos e executados por forma a permitir uma colocação e
compactação conveniente de betão, impedindo o refluimento da calda de cimento através das juntas. Deverão,
além disso, ser suficientemente rígidos para não sofrerem deformações, de modo a que as formas das peças
executadas corresponda, dentro das tolerâncias admitidas e mais adiante indicadas, às dimensões dos desenhos
dos projetos.

Os moldes deverão ainda ser executados de modo a oferecerem superfícies lisas e desempenadas. Na
montagem de todos os moldes deverá prever-se uma fácil desmontagem das superfícies, sem pancadas nem
vibrações.

A execução das cofragens deverá ter em conta os efeitos de assentamento do solo, compressão de
suportes e de outros elementos, flexão de cimbres e cavaletes, assentamento em juntas horizontais das cofragens,
movimentos em ligações e uniões, rigidez devida ao betão já endurecido, etc.. Para esse efeito, deverão executar-
se os escoramentos e fixações que se tornem necessários para evitar deslocamentos e distorções, e que resistam à
pressão do betão fresco, à agitação causada pela vibração, e ao trânsito de pessoas e materiais.

Sempre que apareça qualquer defeito, antes ou durante a betonagem, a fiscalização ordenará a
interrupção dos trabalhos até que esse defeito se encontre corrigido.

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A fixação e o travamento das cofragens serão conseguidos por meio de tirantes (arames ou outros) com
diâmetros suficientes para suporta o impulso do betão.

Os moldes em tábua de madeira deverão ter a espessura uniforme (mínimo 2.6 cm) para evitar a
utilização de cunhas ou calços, e os seus quadros não deverão ficar mais afastados do que 50 cm. As emendas
devem ficar distanciadas e sempre sobre quadros ou quaisquer suportes. A face serrada ficará em contacto com o
betão para se conseguir nesta, uma superfície viva e sem bolhas de ar, que aparecem com frequência quando a
face aplainada fica em contacto com a massa.

As cofragens perdidas, necessárias à execução das formas e vazamentos, quando previstos no projeto,
serão, em geral, realizadas com materiais leves e imputrescíveis.

Quando, por imperativo do projeto ou por indicação da Fiscalização, houver necessidade de deixar
orifícios, rebaixos, entalhes, ou caixas, e Empreiteiro deverá prever a colocação dos embutidos no momento de
moldagem da peça. Em nenhum caso se farão cortes através, ou no betão, sem a prévia autorização da
Fiscalização.

Antes de se dar início à betonagem, todos os moldes deverão estar completamente limpos de detritos.
Se forem de madeira, deverão ser molhados com água durante várias horas, até fecharem por completo todas as
abertura nos fundos dos moldes para escoamento destas águas.
Todas as superfícies de moldagem terão de ser tratadas com um produto apropriado do tipo
“DESCOFREX”, previamente aprovado pela Fiscalização, por forma a permitir uma desmoldagem com descolagem
perfeita. Os produtos de tratamento de moldes deverão ser aplicados de acordo com as instruções do fabricante,
procurando uma aplicação uniforme, de modo a serem evitadas superfícies manchadas.
Deverá ser impedido o contacto entre produtos de tratamento dos moldes e as armaduras.
Não é aconselhável a utilização de óleo queimado, porque é agressivo para as peças metálicas e dificulta
a aderência dos acabamentos.
Os encargos da aplicação destes produtos consideram-se incluídos nos preços unitários de cofragem
indicados pelo Empreiteiro.
Imediatamente antes da colocação do betão, os moldes serão inspecionados pelo Empreiteiro e pela
Fiscalização, para verificação das seguintes características gerais: dimensão, forma, estanquicidade, rigidez,
rugosidade e limpeza.
Os moldes e cimbres deverão ser concebidos e executados de modo a serem garantidas as dimensões
das peças indicadas nos desenhos do projeto, admitindo-se as seguintes tolerâncias:
Dimensão da peça (cm) Tolerância (cm)
Até 10 0.5
De 10 a 50 1.0
De 50 a 200 1.5
Acima de 200 2.0
A realização dos moldes carece de prévia aprovação da Fiscalização, que poderá exigir, para tal, as
convenientes reparações.

3 – Cimbres, Cavaletes e Andaimes


É obrigação do Empreiteiro o fornecimento e montagem de todas as estruturas auxiliares necessárias ao
bom andamento e adequada execução das obras, bem como de todas as plataformas e passadiços para o pessoal,
satisfazendo em tudo as normas em vigor, nomeadamente no que diz respeito à segurança.

Os encargos inerentes à execução de todas essas estruturas de sustentação dos moldes, andaimes e
estruturas auxiliares, são por conta do Empreiteiro, ficando este também responsável pela sua eficiência
manutenção e pela segurança do pessoal.

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RASGOS \ RANHURAS

As paredes levarão rasgos, ranhuras e entalhes precisos para a colocação de canalizações ou tubagens,
para os travamentos dos panos de tijolo que contra elas se esbarrem, e ainda, para o assentamento de betão
armado, sempre que tal seja necessário.
Está incluído neste item o tapamento de roços existentes e abertos pelas necessidades inerentes às
artes envolvidas. Este trabalho deverá ser executado em perfeita harmonia com as diversas artes.
Nas coberturas e lages de tetos, qualquer tubagem subjacente à cobertura deverá ser protegida por
uma argamassa com cimento ao traço de 1:2 com espessura mínima de 0.05 m, que a envolverá completamente.
Esta camada deverá ser ligeiramente armada de modo a evitar fissurações.

Trabalhos Acessórios

Além do quanto consta dos artigos anteriores, será executado pelo Empreiteiro tudo o mais que,
embora não descrito por omissão, seja da sua especialidade e se torne indispensável para o bom acabamento da
obra.

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Capítulo 5 – Alvenarias

Definição

Esta empreitada compreende o fornecimento de todos os materiais e ferramentas necessárias para a


execução completa das obras de trolha em todas as partes projetadas, de acordo com os pormenores de
execução, e com todas as condições referidas neste Caderno de Encargos e ainda segundo detalhes e demais
indicações a fornecer pelo Técnico Autor do Projeto.
Deverão ser atendidas as especificações técnicas dos capítulos 4, 6, 7, e 8 do presente Caderno de
Encargos

Generalidades

O tijolo a empregar em toda a construção, quer se trate de tijolo maciço ou vazado, deverá ser de
fabrico mecânico, e de muito boa qualidade e acabamento, isento de rachadelas ou corpos estranhos que possam
comprometer o seu comportamento futuro.
Deverá ser homogéneo e de alta resistência à compressão, com arestas vivas e bem secas.
Imersos em água durante 12 horas, a água absorvida não deverá exceder 1/5 do seu volume.
Deverão ter forma e dimensão regulares, admitindo-se uma tolerância para mais ou menos de 2% de
comprimento e 3% em espessura.
A sua cor deverá ser uniforme e deverão apresentar factura de grão fino e compacto e ser isento de
manchas.

Alvenarias de tijolo em paredes interiores

Serão alçadas em tijolo alveolar de 0,11, na quase totalidade das obras.


Exceptuando-se paredes de reduzida dimensão, em armários, remates e fecho de courettes quando não
integrando redes infraestruturais, as quais serão alçadas em tijolo de 0,07, e situações pontuais de remate e
encosto a elementos de betão que serão em tijolo de 0,15 ou 0,20 conforme os casos e conforme assinalado nas
peças desenhadas.
A argamassa de assentamento para as paredes interiores será constituída por cimento e meia areia, ao
traço 1:4 em volume, a refluir em ambas as juntas, vertical e horizontal exceto quando em tijolo aparente; a
entrega destas com as paredes exteriores só poderá ser feita contra o pano interior daquelas.
Em cantos e intersecções de parede, as fiadas serão assentes de forma alternada, contribuindo assim
para maior resistência da parede e do solidariedade do cunhal.

Materiais

Qualidade dos materiais

Considerações gerais
Os tijolos deverão ter a textura homogénea, deverão ser bem cozidos e sonoros, e a telha de aba e
canudo de 1ª qualidade.
Os restantes materiais a fornecer e/ou aplicar (de acordo com as Especificações) serão sempre de 1ª
qualidade e satisfarão as exigências previstas.

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Água
A água a empregar na confeção das argamassas deverá ser doce, limpa e isenta de substâncias
orgânicas, ácidos, sais delisquescentes, óleos ou quaisquer outras impurezas.

Areia
A areia a empregar na confeção das argamassas para lavenaria será sempre do rio e deverá satisfazer as
seguintes condições:
a) ser bem limpa ou lavada, isenta de terras, substâncias orgânicas ou quaisquer outras
impurezas;
b) ser angulosa e áspera ao tacto;
c) ser rija, de preferência siliciosa ou quartzosa;
d) ter a composição granulométrica mais conveniente para cada tipo de argamassa.

A areia deverá ser peneirada e lavada, sempre que julgado necessário.

No fabrico das argamassas destinadas às alvenarias de tijolo e em rebocos e gaurnecimentos, deverá


utilizar-se a areia de grão fino.

Saibro
Deverá ser áspero, não barrento, isento de terras, raízes e quaisquer outros detritos orgânicos.

Cal hidráulica
Deverá satisfazer as condições seguintes:
a) ser de qualidade superior, isenta de fragmentos duros e de corpos estranhos, ser bem cozida e
extinta;
b) o índice de hidraulicidade não deverá ser inferior a 0.03, nem superior a 0.50;
c) a baridade da cal não colocada nunca deverá ser inferior a 700 kg por m3.

Os cubos de argamassa normal (um de cal para três de areia feita com água doce e imersas na mesma)
deverão apresentar as resistências mínimas à compressão de 140 kg/cm2, aos 28 dias.

As amostras de cal a empregar deverão ser entregues com a antecedência suficiente para se fazerem os
ensaios sem prejuízo dos trabalhos.

Cal ordinária
A cal será de boa qualidade, será extinta por imersão em tanque ou por aspersão e deve satisfazer as
seguintes condições:
a) ser bem cozida, sem cinzas, matérias terrosas, fragmentos de calcário cru ou recozido, e isenta
de quaisquer outras impurezas;
b) ser bem cozida a mato:
c) após a extinção, ser isenta de fragmentos resultantes de deficiências, ou excessos de cozedura
do calcário.

A cal extinta por aspersão será guardada em armazém fechado, para ficar sujeita à acção dos agentes
atmosféricos; na falta de armazém, poderá ser permitida a sua conservação ao ar livre, desde que seja coberta
depois de extinta, com uma camada delgada de argamassa de cal e areia bem alisada.

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No caso de se empregar cal extinta por imersão será esta trabalhada sem nova adição de água. A cal só
poderá ser empregue 24 horas depois de extinta.

Gesso
O gesso a empregar na obra será de 1ª qualidade, de fabrico recente, de cor clara e uniforme, bem
cozido e moído e untoso ao tacto.

Sendo amassado com água na proporção de 1.200 litros, ao fim de 30 dias de exposição ao ar livre à
temperatura de 25º, a resistência à tracção será de 12 kg/cm2.

Não serão aceites gessos fornecidos em embalagens não protegidas contra a humidade, ou que dela já
tenham sido alvo. As referidas embalagens satisfarão a NP 420-Gesso: acondicionamento e expedição.

Cimento
Os cimentos deverão obedecer à regulamentação em vigor, recorrendo-se para o efeito, ao
Regulamento de Betões de Ligantes Hidráulicos.

O cimento será conservado de modo a ser protegido do tempo e da humidade, livre de contacto com o
chão. Será arrumado convenientemente, de modo a permitir fácil acesso para ser inspeccionado e identificado, no
momento da receção.

Materiais cerâmicos
Os materiais cerâmicos (tijolos, tijoleiras, azulejos, etc.) deverão satisfazer o prescrito nas “Normas para
a Recepção de Produtos Cerâmicos” em vigor, ou as condições deste Caderno de Encargos.

Tubos de cimento ou fibrocimento


De 1ª qualidade e de fabrico mecânico, bem desempenados, de textura homogénea e sem poros, de
forma a garantir uma perfeita estanquicidade, com junções bem tratadas para perfeita ligação entre eles.

Entrega e Armazenamento de Materiais

Os materiais deverão ser entregues secos e sem uso. Unidades partidas, quebradas, estaladas ou de
qualquer forma estragadas ou com defeito não serão empregues na obra.

Todos os materiais deverão ser armazenados acima do solo, sobre plataformas que permitam a sua
ventilação inferior. Deverão ser protegidos da contaminação por lama, pó ou outros elementos que concorram
para o mau assentamento em obra ou outros defeitos

Execução

Alvenarias de Tijolo em Paredes

Encontram-se compreendidos neste artigo todos os trabalhos e fornecimentos necessários à sua boa
execução e aplicação, salientando-se de entre os trabalhos e fornecimentos a efetuar, os que abaixo se indicam:

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a) O fornecimento dos tijolos e o respetivo assentamento.
b) Os travamentos entre os panos interiores e exteriores.
c) O tapamento em todo o redor do vão para colocação do peitoril ou caixilho.
d) A ligação dos panos de tijolo à estrutura lateral.
e) Os tacos para fixação dos rodapés ou aduelas.

Entre as várias condições técnicas a que deve obedecer o trabalho indicado neste artigo mencionam-se,
como merecendo referência especial, as seguintes:

a) Estas paredes são constituídas de acordo com o projeto, de modo a obter a espessura total no
tosco e no limpo, conforme ai indicado.
b) Os tijolos deverão satisfazer às prescrições regulamentares aplicáveis, e ainda :

I - Terem textura uniforme.


II - Serem isentas de quaisquer corpos estranhos.
III - Terem formas e dimensões regulares e uniformes, com as tolerâncias indicadas na
especificação E160 - 1965 do Laboratório Nacional de Engenharia Civil.
IV - Terem cor uniforme.
V - Apresentarem fratura de grão fino e compacto.
VI - Terem absorção de água em 24 horas inferior a 1/5 do seu volume cheio.

A argamassa de assentamento a empregar deverá ter 320 quilos de cimento “Portland” normal por
metro cúbico de argamassa.
Os dois panos serão contraventados por “borboletas” de varão de ferro  6 mm, recobertas de calda de
cimento e areia; as “borboletas” devem ser executadas, na totalidade, antes do inicio da execução dos panos de
tijolo.
O contraventamento será feito com 4 “borboletas” por m2, dispostas em quincôncio.
Na construção dos panos não serão deixados furos de tijolo à vista.
Para esgoto das águas de condensação na caixa de ar, deverão ser deixados no pano exterior furos junto
à base de 0,015 x 0,015 ou a altura da junta, que ficará aberta, de um tijolo aplicado. A caleira da caixa de ar, bem
como a face externa da parede interior, serão cerezitadas. Serão tomadas as devidas precauções para não ficarem
restos de argamassas provenientes da execução da parede exterior, na caleira da caixa de ar.
Os tacos para a fixação de aduelas ou rodapés de madeira serão tratados com um produto à base de
pentaclorofenol ou cloronaftalenos inflamável e não miscível com água.
A ligação dos panos à vista inferior e aos pilares e paredes laterais deverá ser feita depois de bem
aferroados estes elementos.
As vergas, dos vãos das portas a abrir nestas paredes, serão em betão armado ou tijolo armado, expecto
nos casos especificados em projeto. Antes de se aplicar os revestimentos deverão assegurar-se as seguintes
condições:
A sequência de trabalhos está acordada e coordenada com as outras especialidades.
Outros trabalhos que possam danificar os revestimentos estão concluídos.
As áreas de trabalho no interior estarem à prova de intempéries.
As áreas de trabalho no exterior estarem adequadamente protegidas de intempéries.
Os níveis de temperatura e humidade serem adequados e, no caso de aplicação em interiores, dever-se-
ão manter constantes.
Iluminação adequada.
Trabalhos adjacentes adequadamente protegidos.
A base de aplicação está limpa e devidamente preparada para receber o revestimento.
A base de aplicação está desempenada dentro dos valores de tolerância especificados (se se verificar o
contrário, deve obter-se autorização para desbastar, encher, reconstruir, etc.,).

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Deverão certificar-se que as condições de trabalho são adequadas e que as bases de assentamento são
apropriadas para os revestimentos que se pretendem aplicar.

a)Na construção das paredes ter-se-á o cuidado de não se empregarem os elementos sem os
mergulhar em água durante alguns segundos, não se devendo assentar nenhuma fiada, sem previamente se
humedecer a fiada precedente.

b)A argamassa estender-se-á em camadas mais espessa do que o necessário, a fim de que
comprimidos os tijolos contra as juntas e leitos, a argamassa ressuma por todos os lados. A espessura dos leitos e
juntas não superior a 1 cm.

c)Os elementos serão dispostos em fiadas, atendendo-se ao tipo de parede determinada no


projecto, de modo a conseguir-se um bom travamento, com argamassa de cimento e areia de grão fino no traço de
1:5. Os paramentos destas alvenarias serão perfeitamente planos, ou terão as curvaturas assinaladas no projecto.

d)Os panos de paredes executados junto de estruturas de betão armado deverão ser ligados e
travados para as estruturas. Nas estruturas de betão armado principalmente em panos exteriores da estrutura
deverão deixar-se pontas de varão de 6 mm, afastadas entre si o espaço correspondente a 4 fiadas de elementos
(argamassa de assentamento incluída) e embebidas nos pilares em cerca de 0.30 m. Estas pontas terão uma
saliência de 0.20 m que, após conveniente dobragem, serão embebidos nas juntas dos panos de tijolos quando se
proceder à sua execução.

Nas superfícies a rebocar as juntas devem ser rebaixadas de cerca de 10 mm, ainda com a argamassa de
assentamento fresca.

Protecção do Trabalho

Dever-se-á proteger parapeitos, topos de parede, caneluras interiores ou desdobramentos de parede


de escorrências de argamassa ou outro dano durante a construção. A remoção destes excessos será imediata.
Durante a construção todas as ombreiras de vãos e cantos de paramentos serão protegidos.
Se o trabalho sofrer interrupções, todos os topos dos paramentos serão protegidos do tempo.

Especificações

Definição e Localização

Generalidades
As paredes que não estão consideradas no projeto de betão armado ou na obra do pedreiro, serão
construídas em tijolo de textura homogénea e bem cozido, assente com argamassa de cimento e areia ao traço
1:3.

Paredes exteriores duplas


As paredes exteriores, da nova construção a realizar, indicadas em projeto, serão duplas, constituídas
por um pano exterior em tijolo vazado 30x20x15 cm, caixa de ar com 4 cm de espessura e pano interior em tijolo
vazado 30x20x11 cm.

Depois de assentes os tijolos, as juntas horizontais serão refundadas cerca de 10 mm, à custa do bico da
colher, a fim de que o emboço impermeabilizante possa agarrar bem à parede. As juntas verticais serão

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argamassas na zona central, e de forma a que a argamassa não preencha toda a junta e deixe fendas verticais a
serem preenchidas pelo emboço impermeabilizante.
No assentamento dos tijolos deverá merecer especial atenção a verticalidade das paredes, não sendo de
aceitar um desvio, entre pavimentos ou lages, de mais de 10 mm nesta verticalidade.
O Empreiteiro respeitará todos os pormenores dos desenhos, em especial os desenhos de projecto de
execução (toscos e limpos), a fornecer antes do início da obra.
Fica, também, desde já salvaguardado que, como princípio, toda a estrutura de betão armado (pilares e
vigas) que faz parte das paredes exteriores, será para recobrir, no pior das hipóteses, com uma canelura de tijolo
vazado, por forma a garantir uma continuidade de material exterior, e anular a possibilidade de existirem pontes
térmicas. Ressalva-se aqui, uma vez mais, o cumprimento do projeto de execução.
Regra geral, as paredes serão constituídas por dois panos de tijolo com as espessuras definidas em
projeto, formando a caixa de ar indicada, travados com elementos metálicos a aprovar pela Fiscalização, tratados
com anticorrosivo, afastados em quicôncio de metro a metro. A sua ventilação e drenagem será executada
conforma indicações de projeto e\ou Condições Técnicas Especiais.

As paredes duplas com caixa preenchida serão executadas conforme as indicações constantes das
Condições Técnicas Especiais.
Consideram-se incluídas neste artigo, os remates necessários; de topo, os peitoris, ombreiras e
padieiras.

Paredes de blocos de betão


Atender-se-á para as alvenarias de blocos de betão ao estabelecidp para alvenarias de tijolo, sendo as
juntas ligeiramente rebaixadas quando os paramentos forem para ficar à vista.

Paredes de tijolo de vidro


Salvo determinação expressa em contrário, os envidraçados de tijolo de vidro serão formados por
painéis totalmente independentes da estrutura de suporte, terão as dimensões indicadas no projecto e serão
assentes com argamassa de cimento e areia no traço 1:4, sendo 50% de areia fina, 50% de areia média,
recomendando-se a utilização de cimento branco.

Em todo o perímetro de cada painél dever-se-á criar uma junta de indepêndencia constituída por
materiais elásticos e compressíveis como cartão canelado, feltro asfáltico, etc.

As juntas entre tijolos de vidro terão no mínimo 10mm., normal de 15mm., e terão acabamento idêntico
ao das paredes com que confinam. As juntas serão armadas vertical e horizontalmente com 2 a 6mm..

Paredes de cantaria
Antes de se assentar a cantaria começar-se-á por picar a argamassa da camada inferior para tornar
desigual a superfície de assentamento. Limpar-se-á, em seguida, a zona a cobrir com cantaria e, depois de a
humedecer convenientemente, estender-se-á sobre ela uma camada de argamassa com a espessura conveniente,
após o que se colocará a pedra de cantaria, devidamente limpa, humedecida e de nível sobre o leito assim
formado, batendo-se com um maço de madeira de modo a fazer ressumar a argamassa.

É expressamente proibido o emprego de cunhas de madeira para o assentamento das cantarias. A


fiscalização poderá, porém, autorizar o emprego de cunhas de elementos cerâmicos ou lascas de pedra.

A qualidade e a dosagem da argamassa a empregar serão as designadas no projecto.

Os degraus, soleiras e peitoris de cantaria, quando assentes sobre maciços de alvenaria ou de betão,
encastrar-se-ão nas paredes laterais, num minimo de 0,02 m.

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A qualidade das cantarias, suas dimensões, forma e aparelho serão os indicados no projeto e/ou nas
Condições Tecnicas Especiais.

Tomar-se-ão as necessárias precauções para evitar que as arestas das pedras sejam afetadas nas
operações de carga e descarga e no seu assentamento.

Paredes interiores em tijolo vazado


As paredes interiores em tijolo, indicadas em projeto, serão normalmente executadas em tijolo vazado
de 30x20x11 cm, assentes com argamassa de cimento e areia ao traço de 1:4. As exceções serão referidas nas
Especificações deste Caderno de Encargos.
Considera-se incluído neste artigo a realização de padieiras em betão armado, de acordo com as
indicações do projeto.

Condutas de fumo e ventilação

As condutas de ventilação e extracção serão, em tubos de P.V.C. ou fibrocimento (ventilação natural) ou


em tubos mecânicos (ventilação metálica) pelo que as condutas de tijolo serão apenas de revestimento, utilizando-
se, para o efeito, tijolo vazado de 30x20x7 cm ou 11, de acordo com as situações, assentes com argamassa de
cimento e areia ao traço de 1:3.
Acima das coberturas, as condutas serão construídas do mesmo modo, levando pelo exterior outra
parede construída em tijolo maciço 22x11x6 cm (espessura 11 cm), assente com argamassa de cimento e areia ao
traço de 1:3.

Apoio às restantes especialidades

Neste artigo prevê-se a realização de todos os trabalhos de construção civil, no apoio às restantes
especialidades intervenientes (eletricidade, aquecimento, instalações de águas e esgotos, etc.), nomeadamente no
que se refere à abertura e tapamento de rasgos, ranhuras, roços, valas, etc., cedência e montagem de andaimes, e
todos os demais trabalhos que venham a ser solicitados pelas restantes especialidades, por intermédio da
Fiscalização.

Trabalhos Acessórios

Além do quanto consta dos artigos anteriores, será executado pelo Empreiteiro tudo o mais que,
embora não descrito por omissão, seja da sua especialidade e se torne indispensável para o bom acabamento da
obra.

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Capítulo 6 - Abertura de roços e cavidades

Definição

Esta empreitada compreende o fornecimento de todos os materiais e ferramentas necessárias para a


execução completa da abertura e encerramento de roços e cavidades em todos os locais, de acordo com os
pormenores de execução, e com todas as condições referidas neste Caderno de Encargos e nos restantes de cada
Especialidade, e ainda segundo detalhes e demais indicações a fornecer pelos Técnicos Autores dos Projetos.
Deverão ser atendidas as especificações técnicas dos capítulos 4 e 5 do presente caderno de encargos.

Generalidades

As paredes levarão rasgos, ranhuras e entalhes precisos para a colocação de canalizações ou tubagens,
para os travamentos dos panos de tijolo que contra elas se esbarrem, e ainda, para o assentamento de betão
armado, sempre que tal seja necessário.
Está incluído neste item o tapamento de roços existentes e abertos pelas necessidades inerentes às
artes envolvidas. Este trabalho deverá ser executado em perfeita harmonia com as diversas artes.
Antes da execução das alvenarias, o Empreiteiro deve tomar conhecimento dos traçados das
canalizações de água, de esgotos, das condutas de ar condicionado, ou de outras instalações destinadas a ficarem
embebidas ou que atravessam paredes ou lajes.

Execução

Nas coberturas e lages de tetos, qualquer tubagem subjacente à cobertura deverá ser protegida por
uma argamassa com cimento ao traço de 1:2 com espessura mínima de 0.05 m, que a envolverá completamente.
Esta camada deverá ser ligeiramente armada de modo a evitar fissurações.
A execução das alvenarias deve ter em consideração estes traçados, de modo a serem realizadas as
condições seguintes:
- Ao longo dos traçados de canalizações de água e de esgotos e das tubagens de eletricidade que
ficam embebidos em paredes serão tomadas as disposições, sempre que tal seja possível, para se evitar a abertura
posterior de roços e cavidades.
- Para isso e sempre que possível deverão ser utilizados tijolos ou blocos, quer com ranhuras no
parâmetro exterior, quer com furos no sentido dos traçados.
- Na marcação dos traçados, estes deverão seguir linhas horizontais e verticais no seu
desenvolvimento, não sedo permitidas aberturas de roços na diagonal do pano de parede.
- Os traçados serão sempre realizados acima do 2º terço da altura da parede, de preferência o
mais próximo do teto, não sendo admissível a abertura de roços horizontais abaixo dessa cota de referência sem a
autorização da Fiscalização.

Quando não seja viável a utilização de tijolos ou blocos especiais, serão tomadas as disposições
necessárias para que as alvenarias não sejam deterioradas com a execução dos roços e cavidades de acordo com
as condições seguintes:
- Depois da marcação dos traçados, as aberturas nas alvenarias serão executadas por pessoal
competente, utilizando ferramentas adequadas e bem afiadas.
- De preferência serão utilizadas serras mecânicas com discos abrasivos que limitarão os cortes
nas profundidades necessárias procedendo-se a seguir à abertura e remoção dos fragmentos e remoção dos
fragmentos de tijolo e argamassa.

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- As cavidades necessárias ao assentamento ou passagem de quadros, caixas e outras
aparelhagens ou equipamentos serão, deixadas abertas durante a execução das alvenarias. Se não forem
conhecidas com precisão as dimensões respetivas, estas aberturas serão dimensionadas com as folgas suficientes
para permitirem a sua fixação, sem demolição das alvenarias.
- Não é permitida a abertura de cavidades nas paredes já executadas para introdução de suportes
de andaimes. Quando tal for necessário, serão deixadas aberturas durante a execução das alvenarias, que
posteriormente, serão preenchidas com argamassa da mesma composição dos revestimentos.

Todos os traçados deverão ser integralmente aprovados pela Fiscalização antes da aberturas dos roços e
cavidades neles indicados.

Especificações

Em paredes de tijolo aparente deverão ser tomadas as medidas necessárias para que as cablagens
fiquem na caixa de ar, e os aparelhos de manobra e tomadas fiquem inseridos no tijolo sem o surgimento de
argamassas de remate.

Trabalhos Acessórios

Além do quanto consta dos artigos anteriores, será executado pelo Empreiteiro tudo o mais que,
embora não descrito por omissão, seja da sua especialidade e se torne indispensável para o bom acabamento da
obra.

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Capítulo 7 - Impermeabilizações

Definição

Esta especificação compreende o fornecimento e colocação dos materiais destinados à


impermeabilização de coberturas, paredes e pavimentos, que será realizada com a máxima perfeição, de harmonia
com os regulamentos em vigor, tendo-se ainda em atenção, todas as condições especiais descritas neste Caderno
de Encargos e Projeto de Especialidade.
Deverão ser atendidas as especificações técnicas dos capítulos 4, 5, 8, 9 e 12 do presente Caderno de
Encargos.

Generalidades

Independentemente do local, procedimento ou técnica, os materiais a empregar serão colocados de


acordo com descrito no presente Caderno de Encargos e com o especificado pelo fabricante, devendo o
Empreiteiro esclarecer previamente a Fiscalização de quais os passos que adotará na execução de cada trabalho.
As paredes interiores em zonas de água ou com alto grau de concentração de vapor de água serão
preenchidas com argamassas de cimento aditivadas com agentes hidrófugos em toda a sua extensão, tendo-se
especial cuidado no remate que estas fazem com os pavimentos e as sua impermeabilizações.

Materiais

Qualquer que seja o processo adotado para a impermeabilização das diferentes partes da construção
indicadas no projeto, o material empregue não deverá conter matérias suscetíveis de serem alteradas em contacto
com os outros materiais empregues na construção, com o ar e as intempéries, devendo manter as suas
propriedades de coesão, plasticidade e ductibilidade.
O Empreiteiro porá sempre à aprovação da Fiscalização os métodos e materiais que se propõe utilizar.

Execução

Impermeabilização de Coberturas

Os trabalhos de impermeabilização não deverão efetuar-se em tempo de chuva ou humidade, devendo


a superfície a impermeabilizar encontrar-se perfeitamente seca e limpa, na ocasião da aplicação do produto.
A proteção da camada impermeável deverá ser executada logo após a aplicação, a fim de se evitarem
perfurações e o aparecimento das ondas que se produzem por efeito das dilatações e contrações rápidas.
A camada impermeável quer nas coberturas planas, quer nas inclinadas, deverá apresentar-se com a
forma de uma superfície contínua, com o mesmo grau de impermeabilização de 100% em todos os seus pontos.
Deverão tornar-se as precauções necessárias para que todas as ligações com o trabalho já feito, saiam
perfeitas e não constituam pontos fracos de camada impermeável.
As amarrações com superfícies verticais, tubos de descarga de águas pluviais, tubos de ventilação, etc.
deverão ser feitas de modo a assegurar-se a perfeita impermeabilização dessas amarrações, empregando o
Empreiteiro o processo mais adequado a cada caso, devendo este ser submetido à apreciação da Fiscalização.
No caso de impermeabilização por várias camadas, as juntas de cada uma devem fazer-se de modo a
que nunca se sobreponham. As sobreposições por emendas, numa mesma camada terá, no mínimo, um
afastamento de 15 cm.

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A impermeabilização das juntas de dilatação dos edifícios deve fazer-se tomando as disposições para
que as variações da largura da junta não provoquem a rotura da camada protetora impermeável.

Impermeabilização de pavimentos

Serão impermeabilizados com emboço hidrófugo todos os pavimentos destinados a receber outros
acabamentos em zonas de águas (instalações sanitárias,bar, vestiários, etc.) e os restantes pavimentos térreos.
A camada de impermeabilização dobrará nas concordâncias com as paredes, pelo menos 0.30 m.
A argamassa hidrófuga será apertada a colher e bem queimada, com a espessura mínima de 0.01 m,
sendo depois “chapiscada” para dar aderência aos revestimentos seguintes.
Na composição da argamassa aplicar-se-á hidrófugo de 1ª qualidade, de marca e eficácia comprovadas,
e a utilizar na percentagem a indicar pela firma fornecedora, devendo o boletim de ensaio apresentar
estanquidade perfeita.
A argamassa de cimento e areia fina será ao traço de 1:2, em volume.
Quando se aplicar pinturas asfálticas de forma a impermeabilizar ou reforçar o desempenho de outros
materiais, esta deverá ser aplicada com duas demãos cruzadas e protegida das restantes camadas superiores por
cartão Kraft ou similar.

Impermeabilização de paredes interiores, em zonas de águas e paredes exteriores

Antes de receberem a impermeabilização, as superfícies das paredes, quer se trate de paredes interiores
das instalações sanitárias, quartos de banho, cozinhas, etc., quer se trate de paredes exteriores serão
cuidadosamente limpas de todas as argamassas que estejam desagregadas ou pouco aderentes.
A impermeabilização das paredes exteriores, feita habitualmente à custa dos rebocos, tem
características muito diferentes das impermeabilizações quer de caves, quer de terraços, uma vez que se apenas
se destina à sua proteção contra a entrada das águas da chuva.
De facto, nas zonas de cota negativa em relação ao ponto 0.0 estipulado, a presença de água no solo é
permanente e muitas vezes sob pressão hidráulica, o que obriga à adoção de cortinas estanques, executadas à
base de produtos ou telas impermeáveis. Nos terraços, para além da impermeabilização contra as águas das
chuvas, que exigem a utilização de cortinas estanques ou de chapas de fibrocimento, outros problemas se põem,
como o do isolamento térmico, o da ventilação, e o da proteção contra a irradiação direta do solo.
Nas paredes exteriores, a impermeabilização contra a água das chuvas será feita à base de rebocos e
não de cortinas estanques, a fim de se permitir que a humidade da construção e a resultante de infiltrações de
vapor de água possam ser eliminadas naturalmente. Isto é, as paredes exteriores devem poder “respirar”
livremente, o que só será possível se não existirem cortinas estanques.
A argamassa hidrófuga será bem apertada a colher e bem queimada, com a espessura mínima de 0.01,
dobrando, pelo menos, 0.20 em pavimentos.
Na composição da argamassa hidrófuga, aplicar-se-á hidrófugo líquido de 1ª qualidade, de marca e
qualidade comprovada e na percentagem a indicar pela firma fornecedora. Poderá ser empregue qualquer
hidrófugo desde que tal seja aceite pela Fiscalização.

Especificações

Na aplicação dos vários sistemas de impermeabilização, deverão ser seguidas rigorosamente as


instruções e recomendações do fabricante.

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Antes de se começar os trabalhos de impermeabilização deverão assegurar-se as seguintes condições:
- O conteúdo de humidade da base de aplicação (betonilha, camada de forma, reboco, etc.,),
deverá ser adequado para aplicação de impermeabilização; no caso das bases de suporte horizontais (ex. lajes),
deverá assegurar drenagem adequada antes de se aplicar a camada de forma.
- As superfícies deverão estar limpas, secas e devidamente preparadas para receberem o
primário.

Impermeabilização de chãos e paredes das zonas de água

As mantas impermeabilizadoras, ou o Ceresite dobrarão 0,30 mts pelas paredes. Nas banheiras e
chuveiros dobrarão até 2,00 mts de altura, e nas paredes com água, em banhos, até 1,20 mts de altura, nas
paredes aonde se coloque a banca.

Soleiras

Nas soleiras, o sistema de impermeabilização adoptado deverá penetrar no interior da construção pelo
menos 0,50 m.

Fixações Mecânicas

Após as fixações mecânicas terem sido fixadas ou chumbadas, as zonas de penetração da pintura
betuminosa deverão ser vedadas com emulsão betuminosa.

Suporte

A superfície do suporte deverá apresentar-se bem limpa e rugosa, e deverá ser convenientemente
molhada para evitar a absorção da água do betão da camada de forma.

Trabalhos Acessórios

Além do quanto consta dos artigos anteriores, será executado pelo Empreiteiro tudo o mais que,
embora não descrito por omissão, seja da sua especialidade e se torne indispensável para o bom acabamento da
obra.

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Capítulo 8 - Isolamento térmico e barreiras de vapor

Definição

Esta especificação compreende o fornecimento e colocação dos materiais destinados ao isolamento


acústico e térmico do edifício, tendo em conta os locais a ele destinado nas peças desenhadas. Todo o trabalho
será realizado com a máxima perfeição, de harmonia com os regulamentos em vigor, tendo-se ainda em atenção,
todas as condições especiais descritas neste Caderno de Encargos.
Deverão ser atendidas as especificações técnicas dos capítulos 7, 9, 12 e 13 do presente caderno de
Encargos.

Generalidades

Nos paramentos exteriores será aplicado placas de isolamento térmico em lã de rocha, de forma a
cumprir com as espessuras indicadas em projeto, devendo haver especial cuidado na sobreposição de trabalhos,
remate de juntas, tubos e fixações. .
Em paredes interiores o isolamento será realizado com lã de rocha, fixas mecanicamente às paredes, ou
entaladas entre a estruturas interior dos tabiques, sendo nas zonas técnicas rematados por chapas metálicas
estendidas, de acordo com as peças desenhadas e escritas.
Os isolamentos acústicos a aplicar nos diferentes locais do edifício são os especificados nos projetos,
nomeadamente no projeto de arquitetura, avac, hidráulica e acústica, devendo o Empreiteiro certificar-se de
eventuais discrepâncias de espessuras e materiais constantes nos mesmos. Em caso de dúvida será consultada a
Fiscalização.
De um modo geral, os isolamentos acústicos a empregar correspondem a mantas de lã de rocha, com ou
sem velo anti-desagregante.

Serão também aplicados, envolvendo todos os tubos de drenagem de águas interiores ( a passar sobre
tectos falsos ou entre paredes e apainelados ), mantas tipo Texsound incluíndo acessórios e presilhas para fixação.

Materiais

Todos os materiais a empregar, ainda que não lhes seja feita referência especial, serão de 1º qualidade e
perfeitos.
Os materiais para os quais já existam especificações especiais deverão satisfazer taxativamente o que
nelas é fixado.
Todos os materiais de isolamento, sobretudo a lã de rocha, deverão ser protegidos do tempo, em
especial de água.

As placas lã de rocha a utilizar deverão possuir os seguintes valores mínimos nas suas características:

- Densidade: 70 kg/m3
- Conductibilidade térmica: 0.035 W/mºc
- resistência térmica: 1,40 m².K/W
- Reacção ao fogo: A1

As barreiras de vapor previstas em projeto deverão ser em mantas de PVC de 90g/m2, tipo Sika
Sanarvap, devendo ser aplicadas com o máximo cuidado, com juntas sobrepostas (15cm) e recobrindo todas as

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superfícies até ao seu fechamento, garantindo-se aqui a sua fixação e estanquicidade. Após a sua aplicação
deverão ser protegidas até à colocação do material seguinte.
As mantas de lã de rocha aplicar, com ou sem velo anti-desagregante, erão uma densidade de
referência de 40g/m2.

Especificações

Nas coberturas planas, as diferentes placas do isolamento serão aparadas de forma a recobrirem toda a
extensão da lage, algerozes e platibandas, ficando bem apertadas e travadas, não sendo admissíveis
empolamentos ou juntas abertas.
As placas deverão ser coladas ao suporte e entre si, por meio de uma cola sintética a indicar pelo
fornecedor ou, como alternativa, com cimento cola, depois de aprovado pela Fiscalização.
Não são admissíveis mantas de lã de rocha soltas ou levantadas, devendo existir especial cuidado na sua
colocação, em parede, sobre tectos falsos, entre apainelados ou sob a cobertura, de modo a garantir uma
continuidade e total contacto com a superfície. O mesmo é exigído junto de aberturas para conductas, tubagens,
equipamentos ou iluminações.
A aplicação de mantas acústicas tipo Texsound envolvendo conductas e tubagens deverá ser realizada
de modo a garantir a sua boa fixação e continuidade, devendo existir especial cuidado na sua continuidade em
cantos e quebras.

Trabalhos Acessórios

Além do quanto consta dos artigos anteriores, será executado pelo Empreiteiro tudo o mais que,
embora não descrito por omissão, seja da sua especialidade e se torne indispensável para o bom acabamento da
obra.

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Capítulo 9 - Rufagens

Definição

Na presente especificação são definidas as condições técnicas relativas à empreitada de funileiro,


compreendendo o fornecimento e colocação dos materiais destinados ao escoamento e drenagem das águas
pluviais, e aos diferentes remates superiores de todos os paramentos e transições de plano. Todos os trabalhos
deverão ser encetados com a máxima perfeição e em harmonia com os regulamentos em vigor, tendo-se em
atenção todas as condições especiais descritas no presente caderno de encargos.
Dever-se-á atender às especificações técnicas dos capítulos 4, 5, 7, 9, 10, 11 e 12 do presente caderno
de encargos.

Generalidades

Todo a chapa a utilizar deverá ser da melhor qualidade, homogéneo, puro, isento de qualquer liga, bem
maleável, sem qualquer defeito aparente que possa comprometer o seu comportamento futuro

Execução

Caleiras em chapa zincada

De acordo com os pormenores, as caleiras de recolha de águas pluviais das coberturas inclinadas, serão
realizadas em chapa lacada, com o desenvolvimento aproximado de 0.25 m e o perfil indicado, salvo outra
indicação nas peças escritas ou desenhadas. A sua fixação será feita para as paredes, por intermédio de escapulas
em barra de ferro galvanizada, 25x6 mm, espaçadas de cerca de 1m.

Tubos de queda de águas pluviais

Os tubos de queda de águas pluviais, tal como indica nos desenhos e nos pormenores, serão realizados
em tubo PVC com diâmetro de 90 mm para pintar.

A sua fixação será feita para as paredes, por intermédio de escapulas em barra 26x6 mm de ferro
metalizada, espaçadas entre si, cerca de 1.50 m.

Rufos e remates

Todos os rufos e remates das cobertura – quer planas quer inclinadas- com elementos verticais
(chaminés, muretes ou outros elementos), assim como os remates com quaisquer elementos de caixilharias,
grades, etc., serão realizados em chapa lacada, com o desenvolvimento e perfis indicados nas peças desenhadas,
ou a definir pelo técnico autor do projeto. Este, em qualquer momento, terá o direito de opção sobre o tipo de
remate a realizar, devendo o Empreiteiro contar na sua proposta com todos estes trabalhos.

Trabalhos Acessórios

Além do quanto consta dos artigos anteriores, será executado pelo Empreiteiro tudo o mais que,
embora não descrito por omissão, seja da sua especialidade e se torne indispensável para o bom acabamento da
obra.

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Capítulo 10 - Pavimentos e revestimentos

Definição

Na presente especificação, são definidas as condições técnicas relativas à execução das camadas de
enchimento e aplicação dos materiais de revestimento e acabamento de todos os pavimentos pelo Empreiteiro
dentro do âmbito da empreitada, que serão realizados com a máxima perfeição, de harmonia com os
regulamentos em vigor, tendo-se ainda em atenção, todas as condições especiais descritas neste Caderno de
Encargos e Projeto de Especialidade.
Deverão ser atendidas as especificações técnicas dos capítulos 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9 do presente Caderno de
Encargos

Generalidades

Antes de se aplicar os pavimentos deverão assegurar-se as seguintes condições:


A sequência de trabalhos está acordada e coordenada com as outras especialidades.
Outros trabalhos que possam danificar os revestimentos estão concluídos.
As áreas de trabalho no interior estarem à prova de intempéries.
As áreas de trabalho no exterior estarem adequadamente protegidas de intempéries.
Os níveis de temperatura e humidade serem adequados e, no caso de aplicação em interiores, dever-se-
ão manter constantes.
Iluminação adequada.
Trabalhos adjacentes adequadamente protegidos.
A base de aplicação está limpa e devidamente preparada para receber a camada de enchimento \
regularização e o respetivo revestimento.
A base de aplicação está desempenada dentro dos valores de tolerância especificados (se se verificar o
contrário, deve obter-se autorização para desbastar, encher, reconstruir, etc.,).
Deverão certificar-se que as condições de trabalho são adequadas e que as bases de assentamento são
apropriadas para os revestimentos que se pretendem aplicar.

Regularização de pavimentos

Ao Empreiteiro compete a regularização de todos os pavimentos, a fim de receberem os revestimentos


definitivos e referidos nas Especificadas.
Competirá igualmente ao Empreiteiro fazer a colocação da betonilha de regularização, de argamassa de
areia e água, ao traço 1:4, com espessura média de 6 cm, variando em função dos materiais de acabamento.
Antes do início do trabalho, as lages serão picadas e limpas de todas as argamassa aderentes e as zonas
hidrofugadas serão perfeitamente limpas de poeiras, argamassas soltas e outros detritos.

Transição entre Pavimentos

A transição entre revestimentos será feita através de alhetas ou um terceiro material que poderá tomar
a forma de soleira, perfil de remate, etc., de acordo com os desenhos de pormenor ou indicação da Equipe
Projetista.
Quando a transição é feita através de um terceiro material, esta deve ser realizado de acordo com o
projeto e o material deve ser aplicado de acordo com as respetivas especificações.

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Os perfis de remate a empregar serão aqueles especificados no mapa de acabamentos e medições e
serão aplicados de acordo com os pormenores do projeto e as recomendações do fabricante.

Programação dos Trabalhos

Deverá evitar-se a aplicação de revestimentos enquanto os trabalhos das outras especialidades


continuarem por concluir.
Os revestimentos “ molhados “ deverão ser executados primeiro.

Materiais

Condicionamento de materiais

Antes da sua aplicação, deverá assegurar-se o correto condicionamento dos revestimentos ( ex.
materiais em chapas ou ladrilhos ), a uma temperatura e humidade apropriada, durante um período adequado.

Execução

Betão Leve

O betão leve será constituído, para além do cimento e água, de um agregado ligeiro de argila expandida.

Características gerais

Os grânulos de argila devem apresentar as seguintes características gerais:


- Estrutura interna celular dura e resistente na superfície externa;
- Forma arredondada e isenta de materiais orgânicos, combustíveis ou poluentes;
- Resistência à compressão;
- Estabilidade dimensional e impermeabilidade;
- Inerte químico e físico;
- Baixo peso especifico;

Aplicações
A – Enchimentos de desníveis;
B – Enchimento de correcção de erros de cotas;
C – Enchimento com calhas / condutas técnicas;
D – Camadas de forma;

Enchimento

Enchimentos de pequena espessura


Quando os enchimentos se situam entre os 3 e 5 cm de espessura a que se segue o acabamento final, (
aconselha-se ) deverá utilizar-se argila de 3/8mm com uma dosagem de 200 a 250Kg de cimento.
Para obter 1m3 deste betão precisa-se de:

1100 litros de argila 3/8mm

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200/250Kg de cimento
100 litros de água
Que terá as seguintes características:
Peso = 750Kg / m3
Resistência mecânica = 70 Kg / cm2

Enchimentos de maior espessura


Quando os enchimentos se situam acima dos 6 cm de espessura, estes deverão ser feitos em duas
camadas.
Camada inferior ( para 1m3):
1100 litros de argila 3/8mm
200/250Kg de cimento
100 litros de água
Peso = 750Kg / m3
Resistência mecânica = 70 Kg / cm2
Camada superior ( para 1m3 ):
200/250Kg de cimento
100 litros de água
Peso = 600Kg / m3
Resistência mecânica = 70 Kg / cm2

Argamassa de regularização

Se não for executado um acabamento monolítico da superfície de betão, a regularização desta


superfície, necessária à aplicação da alcatifa ou de materiais vinílicos, será feita com argamassa ao traço de 1:3 de
cimento e areia. Sobre massames (betonilhas) de pavimentos térreos, estas argamassas devem ser hidrófugadas,
com produto a aprovar pela Fiscalização, na proporção, indicada pelo Fornecedor.

Betonilhas

Os pavimentos de betonilha são sempre fundados sobre uma base resistente definida no projeto
específico, com a espessura e o traço definidos no projeto. Será compactada até se tornar dura e resistente e terá
o acabamento conforme constar do projeto.
O pavimento depois de ter feito presa, será regado e tapado de modo a manter-se constantemente
húmido durante 8 a 15 dias, conforme a estação do ano.
Se não for adotado um acabamento monolítico da superfície de betão, as betonilhas de enchimento
serão executadas com argamassa de cimento e areia ao traço de 1:3, sarrafadas de forma a obterem-se os
nivelamentos impostos.
O acabamento será feito à talocha, de forma a obterem-se superfícies ásperas e bem desempenadas.
Quando o Caderno de Encargos indicar superfícies esquarteladas, os painéis deverão ser executados de
forma alternada.
Se as Especificações indicarem quaisquer materiais nas juntas do esquartelado, eles deverão ser
aplicados quando os painéis forem executados.
Se tal for referido nas Especificações do Caderno de Encargos será incorporado na argamassa o
pigmento ali especificado, de forma a obter-se uma betonilha colorida.

Pavimentos de ladrilhos \ mosaico

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Os pavimentos de ladrilhos a utilizar serão os definidos nas Especificações, e as suas qualidades deverão
respeitar as normas e especificações oficiais em rigor.
Os pavimentos em mosaico, quer sejam de mármore, pedra de basalto, mosaico hidráulico, grés
cerâmico, tijoleira de barro, ou mesmo de mosaico de madeira ou vinílico, serão sempre assentes sobre uma
camada de regularização.
A aplicação dos ladrilhos (mármore, mosaico, tijoleira, etc.) será feita por intermédio de uma camada de
argamassa de assentamento de cimento, cal hidráulica e meia areia, ao traço de 1:1:6, sarrafada, de forma a obter-
se o nivelamento desejado. Os ladrilhos, depois de bem molhados, serão aplicados e batidos de forma a fazerem
refluir a pasta fina por entre as juntas. Os mosaicos serão bem comprimidos, e serão colocados por fiadas
paralelas, conforme a estereotomia definida no projeto.
O Empreiteiro pode propor à aprovação da Fiscalização, em variante, outra técnica de assentamento dos
ladrilhos.
Os ladrilhos serão colocados em fiadas paralelas bem alinhadas e de largura uniforme. As juntas, salvo
se for especificado algo em contrário, deverão Ter largura superior a 1 mm, e deverão ser tomadas com mistura de
cimento branco e óxido à cor dos mosaicos / ladrilhos.
A composição da camada de fundação, se a houver, da argamassa de ligação ou dos produtos que se
destinem ao mesmo fim, nos pavimentos de natureza especial, bem como os desenhos, alinhamentos e natureza
do pavimento a empregar, serão designados no projeto e dever-se-ão seguir as instruções da Fiscalização.
Antes do fim da presa, a superfície do pavimento será cuidadosamente lavada, esfregada com sisal, de
forma a se retirarem os excessos de massa refluente.
Nos pavimentos onde as indicações das Especificações apontem para o uso de mosaico cerâmico,
deverá usar-se “CINCA TEHCNIK”, de 1ª qualidade, a escolher pela Fiscalização, assentes com cimento cola, sobre a
regularização descrita na alínea anterior.
Antes do assentamento os mosaicos deverão ser passados por água limpa mas não deverão ser assentes
demasiado humedecidos.
O assentamento será efetuado por intermédio de uma argamassa de cimento e areia, objeto de
especificação própria.
Para evitar a perda de aderência resultante do endurecimento da argamassa, deverá ser colocada em
pequenas áreas e com uma espessura ligeiramente superior às necessidades.
Este procedimento permitirá que os mosaicos sejam assentes praticamente ao mesmo tempo da
argamassa e que, batidos ligeiramente, no sentido de os alinhar e nivelar, não só as bolsas de ar intercaladas entre
o seu tardóz e a argamassa se soltem, como também a argamassa resuma de modo a garantir uma boa ligação.
O excesso de argamassa que refluir através das juntas deverá imediatamente ser retirado com um pano
húmido evitando-se assim o aparecimento de manchas.
Os mosaicos serão colocados de modo a garantir o desempeno da superfície final, a sua uniformidade, o
alinhamento, paralelismo e perpendicularidade das juntas.
As juntas deverão ser direitas e de largura constante ( máximo de 2mm ).
Após a argamassa de assentamento ter feito presa completamente, os mosaicos deverão ser limpos,
sendo as manchas e eventuais restos de argamassa, removidos com ácido muriático ou outro indicado pelo
fabricante.
As juntas serão preenchidas com betume Branco.

Tapamento de Juntas

As juntas deverão ser preenchidas da seguinte forma:


A qualquer altura após o assentamento dos mosaicos, mas antes de poeiras ou contaminações entrarem
nas juntas.

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A pasta de enchimento deve ser espalhada por uma área de superfície que possa ser trabalhada antes
que esta endureça.
Deverá garantir-se o enchimento completo das juntas.
Quando a pasta começar a endurecer, deverão retirar-se excessos e trabalhar / aparelhar as juntas.
Quando esta estiver seca, lavar as superfícies com água e finalmente polir com um pano seco.
Deverá haver especial cuidado na limpeza da superfície após o tapamento das juntas de forma a garantir
que não ficam resíduos de pasta na superfície dos mosaicos.

Pavimento em alcatifa

Os elementos que constituem o pavimento deverão ser aplicados de acordo com as especificações do
Projeto, atendendo-se sempre às recomendações do fabricante no tocante à sua colocação em obra, colagem e
remates.
O empreiteiro não deverá iniciar o processo de montagem sem a necessária aprovação da Fiscalização.

Pavimento em vinílico

Os elementos que constituem o pavimento deverão ser aplicados de acordo com as especificações do
Projeto, atendendo-se sempre às recomendações do fabricante no tocante à sua colocação em obra, colagem e
remates.
Não se admitem juntas e remates diferentes dos especificados em projeto, devendo o empreiteiro
submeter à aprovação da Fiscalização qualquer outra solução no sentido de melhor o aproveitamento do material
escolhido nos locais de aplicação.

O empreiteiro não deverá iniciar o processo de montagem sem a necessária aprovação da Fiscalização.

Pavimento em lajeado de pedra

A aplicação de lajes de pedra será feita por intermédio de uma camada de argamassa de assentamento
de cimento, cal hidráulica e meia areia, ao traço de 1:1:6, sarrafada, de forma a obter-se o nivelamento desejado.
As peças serão aplicadas e batidas de forma a fazerem refluir a pasta fina por entre as juntas, se estas estiverem
especificadas. As lajes serão bem comprimidas e colocadas por fiadas paralelas, conforme a estereotomia definida
no projeto.
O Empreiteiro pode propor à aprovação da Fiscalização, em variante, outra técnica de assentamento das
lajes.
O assentamento será efetuado por intermédio de uma argamassa de cimento e areia, objeto de
especificação própria.
Para evitar a perda de aderência resultante do endurecimento da argamassa, deverá ser colocada em
pequenas áreas e com uma espessura ligeiramente superior às necessidades.
Este procedimento permitirá que as lajes sejam assentes praticamente ao mesmo tempo da argamassa
e que, batidas ligeiramente, no sentido de as alinhar e nivelar, não só as bolsas de ar intercaladas entre o seu
tardóz e a argamassa se soltem, como também a argamassa resuma de modo a garantir uma boa ligação.
O excesso de argamassa que refluir através das juntas deverá imediatamente ser retirado com um pano
húmido evitando-se assim o aparecimento de manchas.

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As lajes de pedra serão colocadas de modo a garantir o desempeno da superfície final, a sua
uniformidade, o alinhamento, paralelismo e perpendicularidade das juntas. Prevê-se a aplicação das pedras com
junta seca.
Após a argamassa de assentamento ter feito presa completamente, as pedras deverão ser limpas, sendo
as manchas e eventuais restos de argamassa, removidos com ácido muriático ou outro indicado pelo fabricante.

Pavimentos sujeitos a fadiga mecânica

Quando se pretende um acabamento resistente a fadiga mecânica num pavimento de betão ou


betonilha, é indicada uma pintura com tintas à base de resinas adequadas.
Limpa-se muito bem a superfície e aplica-se uma camada de material selante, com o teor de 25% a 30%
de resinas, a fim de fechar todos os poros e provocar o endurecimento do pavimento.
Vinte e quatro horas depois deverá ser aplicado novo revestimento com o mesmo tipo de produtos mas
com o teor de 36% a 40% de resinas de 18% de pigmentos, num total de 55% a 60% de matéria sólida, de modo a
formar uma película com a espessura mínima de 70 a 80 microns.
Querendo obter uma superfície antiderrapante espalha-se areia quartzítica seca muito fina, antes da 2ª
aplicação. Finalmente, aplica-se a última camada, de modo análogo ao da 2ª aplicação, utilizado-se o mesmo
produto, de forma a obter uma espessura total da película de, 140 a 160 microns.
O fornecedor deverá dar uma garantia do seu produto, de pelo menos 5 anos.

Soleiras

Fornecimento de soleiras e peitoris, nos vãos exteriores, em pedra natural (consoante o projeto) com
acabamento amaciado ou polido, apresentando na testa mais fina a espessura mínima de 3 cm, ou outra indicada
em projeto, rampeadas, assentes com argamassa de cimento ao traço 1:3, hidrofugada. A base do assentamento
será revestida com membrana betuminosa de 4,0 Kg / m2, com armadura de poliester com o mínimo de 50 g/m2
protegida a grão mineral, dobrando pelo menos 4 cm pelas ombreiras. As soleiras e peitoris deverão ser realizadas
conforme pormenores e adaptar-se aos perfis escolhidos, ou propostos se aceites pela Assistência Técnica.
Estes elementos, quando assentes em todo o seu comprimento sobre maciços de alvenarias, sobrepor-
se-ão de 3 cm; quando se apoiem somente nas duas extremidades, encastrar-se-ão nas paredes de apoio, pelo
menos 4 cm.

NOTA IMPORTANTE: A APLICAÇÃO DE CADA MATERIAL DEVE RESPEITAR INTEGRALMENTE AS INSTRUÇÕES DO


FABRICANTE.

Especificações

Garantia de Ligação \ Aderência

Para além dos trabalhos preliminares, o empreiteiro deverá fazer tudo possível para assegurar uma boa
ligação entre as bases de assentamento, revestimentos e camadas de revestimentos, seguindo não só as boas
práticas da construção, as condições técnicas descritas neste caderno de encargos, mas também as
recomendações dos diferentes fabricantes.

Quaisquer trabalhos adicionais julgados necessários deverão ser aprovados pela fiscalização.

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Argamassas de assentamento

Assentamento de azulejos - 2 de cal gorda, 2 de areia, 2 de saibro e 1 de cimento.


Assentamento de cantarias - Cimento e água.
Assentamento de soleiras e degraus - 1 de cimento e 3 de areia, ao traço de 1/3, em volume.
Assentamento de mosaicos - 2 de cal gorda, 1 de cimento, 4 de areia, 4 de saibro ou material específico
aconselhado pelo fornecedor.
Argamassa para tapamento - A argamassa para tapamento das juntas terá a seguinte composição:
- 1 volume de cimento Portland;
- 2 volumes de areia de quartzo calibrado de 0-0,2 mm;
- 2 volumes de areia;

Marcação dos trabalhos de assentamento

A colocação das peças será de acordo com a estereotomia indicada no projeto.

Base de assentamento

As superfícies em que se assentam os mosaicos e as lajes de pedra deverão estar bem desempenadas à
talocha e niveladas de modo a evitar camadas adicionais de argamassa de enchimento e regularização, limpas de
gorduras, materiais desagradáveis ou partículas soltas, incluindo poeiras.
Quando a base é a betonilha, deverá garantir-se que esta está firme, seca e bem aderida ao suporte.
Quando a base de assentamento já tiver feito presa, antes do assentamento dos mosaicos ou pedras,
deverá a sua superfície ser fortemente humedecida para evitar sucção.
Não serão permitidas de variações de inclinação que excedam 5mm em 6m ou 10mm do nível ou
rampeamento indicado. A variação planar da face superior entre peças não será superior a 0,5mm.

Materiais de acabamento

Os diferentes materiais de revestimento a aplicar em obra estão descritos do mapa de acabamentos que
acompanha o presente caderno de encargos, estando todos sujeitos à apresentação e aprovação pela Fiscalização
de amostras antes da sua colocação em obra.
Não são admissíveis materiais que não cumpram com as normas regulamentares em vigor e apresentem
defeitos de consistência e aparência, nomeadamente quebras, riscos e empenos.
As pedras a utilizar serão todos da mesma pedreira, sendo todas de 1ª qualidade.

Protecção de todos os materiais de revestimento

Todos os pavimentos serão imediatamente limpos após a sua aplicação, de acordo com as
recomendações do fabricante.
Dever-se-á proteger todas as superfícies onde os materiais de revestimento já tenham sido aplicados,
prevendo-se tal proteção com a resistência adequada até ao final da obra.
A circulação fica proibida sobre pavimentos acabados de realizar por um período de tempo nunca
inferior a 72 horas.

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Trabalhos Acessórios

Além do quanto consta dos artigos anteriores, será executado pelo Empreiteiro tudo o mais que,
embora não descrito por omissão, seja da sua especialidade e se torne indispensável para o bom acabamento da
obra.

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Capítulo 11 - Paredes e revestimentos

Definição

Na presente especificação, são definidas as condições técnicas relativas à execução do revestimento e


acabamento de todas as paredes interiores e exteriores pelo Empreiteiro dentro do âmbito da empreitada, que
serão realizadas com a máxima perfeição, de harmonia com os regulamentos em vigor, tendo-se ainda em
atenção, todas as condições especiais descritas neste Caderno de Encargos.

Deverão ser atendidas as especificações técnicas dos capítulos 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9 do presente Caderno de


Encargos

Generalidades

Todos os revestimentos serão executados com a máxima perfeição, devendo as superfícies finais
ficarem perfeitamente desempenadas e isentas de saliências ou rebaixos.
Atendendo à grande influência das intempéries sobre o comportamento dos rebocos, há que distinguir
entre os rebocos exteriores e os das paredes interiores.
De facto, os primeiros exigem a aplicação de um esboço impermeabilizante que garanta a não infiltração
da água das chuva, enquanto nos segundos, o emboço de regularização pode geralmente ser aplicado diretamente
sobre as alvenarias.

Programação dos trabalhos

Deverá evitar-se a aplicação de revestimentos enquanto os trabalhos das outras especialidades


continuarem por concluir.
Os revestimentos “ molhados “ deverão ser executados primeiro.

Tolerância de Desempeno da Base

Quando nada em contrário for determinado pela Fiscalização, a tolerância admitida, ou seja, a diferença
entre os pontos da superfície mais salientes e os mais reentrantes, não deverá ser superior a 2,5 mm.
O desempeno poderá ser avaliado, em paredes planas, com uma régua desempenada de comprimento
superior a 2 m ou condicionado pelas dimensões da parede.

Garantia de Ligação \ Aderência

Para além dos trabalhos preliminares, o empreiteiro deverá fazer tudo possível para assegurar uma boa
ligação entre as bases de assentamento, revestimentos e camadas de revestimentos.
Quaisquer trabalhos adicionais julgados necessários deverão ser aprovados pela fiscalização.

Remates com Tectos

Estes serão em ângulo reto, com roda-teto ou sanca de acordo com as peças desenhadas.

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Quando o encontro do teto for feito com paredes de superfície não lisa ou não desempenadas
(alvenarias de perpeanho - tijolo maciço, crespidos rugosos, etc. … ) a alheta será sempre feita no teto,
apresentando aresta perfeita no teto e obviamente irregular no encontro reentrante com a parede.
Quando a transição é feita através de um terceiro material, esta deve ser realizada de acordo com o
projeto e o material deve ser aplicado de acordo com as respetivas especificações.
Os perfis de remate a empregar serão aqueles especificados nos desenhos de pormenor, no mapa de
acabamentos e medições, e serão aplicados de acordo com os pormenores do projeto e as recomendações do
fabricante.

Materiais

Todos os materiais a utilizar na execução das paredes serão sempre postos à aprovação da Fiscalização e
deverão obedecer às melhores técnicas em vigor, não sendo de aceitar qualquer material que apresente defeito
visíveis que prejudiquem o fim em vista ou, não visíveis, mas que possam comprometer o seu comportamento
futuro.
Antes da sua aplicação, deverá assegurar-se o correto condicionamento dos revestimentos ( ex.
materiais em chapas ou ladrilhos ), a uma temperatura e humidade apropriada, durante um período adequado.

Execução

Rebocos e Argamassas

Preparação da Base

A parede base deverá estar devidamente preparada para receber o reboco ou estuque. A superfície a
cobrir deverá ser totalmente desembaraçada de partículas com aderentes ou quaisquer outros corpos que possam
afectar as argamassas. Além disso, deverá apresentar a rigidez indispensável a estar perfeitamente desempenada
para que não se tenha de empregar espessuras de reboco superiores a 2 cm.

Imediatamente antes da aplicação do reboco, a parede base deverá ser abundantemente molhada, de
modo a que se encontre totalmente húmida na altura da aplicação da argamassa, sem que, contudo, apresente
cavidades com água retida.

Nas paredes exteriores e interiores, dever-se-á proceder a uma picagem de todas as superfícies
rebocadas que se encontrem degradadas (zonas bolorentas, fissuras, fendas, etc.) até ao encontro da parede base
e com largura e altura a aprovar pela fiscalização. Será aplicada em seguida uma nova argamassa com as
características a seguir enunciadas.

Base de Alvenaria
Quando não tenha sido possível evitar irregularidades no desempeno da parede base, superiores às
tolerâncias, deverão todas as depressões ser previamente cheias com argamassa idêntica à do reboco, colocada
por camadas, consoante as espessuras, que funcionarão como base no reboco a colocar posteriormente.

A espessura de cada camada não deverá exceder 2 cm. Deverá certificar-se um intervalo de tempo de,
pelo menos, duas semanas, entre o enchimento das depressões da parede base e aplicação do reboco.

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Quando da aplicação da massa “Ceral” ou de estuque em paredes pouco regulares, é aconselhável
endireitar a superfície à régua, deixá-la fazer presa até ficar consistente. De seguida, deve aplicar-se uma camada
pelicular projetada, ou com a talocha de aço para permitir o acabamento.

Base de Betão
Quando não tenha sido possível evitar irregularidades no desempeno da parede base, superiores às
tolerâncias, deverão todas as saliências ser devidamente desbastadas até que se verifiquem os valores de
tolerância que forem fixados. Quando nada em contrário estiver estipulado e for possível fazê-lo com o betão
fresco e húmido imediatamente após a desmoldagem, deverá executar-se uma camada de “ salpico “.

Para permitir uma boa aderência da massa “ Ceral ” ou estuque, as superfícies deverão ser escovadas
com uma escova de “ nylon ” ou de arame de aço.

A primeira camada deverá ser fina e muito diluída. depois desta primeira camada ser apertada à régua,
deverá ser projetada sobre ela a segunda camada, de acordo com o acabamento pretendido.

As camadas a aplicar na formação dos rebocos das paredes serão as indicadas no Caderno de Encargos.
Elas serão executadas da seguinte forma:

As superfícies de aplicação das argamassas das diferentes camadas deverão previamente bem limpas e
bem molhadas, eliminado-se toda a argamassa ou leitada não aderentes, poeira ou quaisquer outras sujidades.

Juntas e Arestas

Em todas as juntas, juntas de dilatação, arestas, remates de caixilharias ou outras transições de


materiais ou malhas de reforço e armação de massas ou betonilhas, deverão ser utilizadas malhas especiais “
Expamet”, Po Box 14, Longhill Industrial Estate ( North ), Hartlepool, Ts 25 1 PR, Inglaterra ou similar, desde que
previamente aprovada pela Fiscalização.

O esboço impermeabilizante será aplicado sem chapiscado, numa camada de espessura, com o
consequente risco do aumento das fissuras de retração. Pela mesma razão, não se deve “queimar” a superfície do
esboço, que deve apenas ser bem apertado, para ser bem apertado, para ficar bem aderente à alvenaria.

Aplicação de Salpico

Parede de Alvenaria
Sempre que a Fiscalização não tenha dispensado a aplicação do salpico, este deverá ser feito
imediatamente após a conclusão da parede, depois desta ter sido bem molhada. A argamassa a utilizar, deverá ter
traço 1:1 a 1:3, conforme os casos a serem projetados com força contra a parede de modo a constituir uma
camada rugosa e aderente de espessura compreendida entre 1 e 3mm.

Parede de Betão
Quando a fiscalização dispensar a picagem geral da parede base e for utilizado o salpico, este deverá ser
efetuado imediatamente após a desmoldagem, com a parede bem molhada.

Deverá ser utilizada uma argamassa de traço compreendido entre 1.1 e 1.2, conforme os casos, que será
projetada com força contra a parede, formando uma camada rugosa e aderente de espessura compreendida entre
1 e 3mm.

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O emboço de desempeno será feito por encasques sucessivos, quando resultarem espessuras superiores
a 3 cm. A sua espessura será, no mínimo, de 1.5 cm, mas sempre de forma a que as juntas da alvenaria não fiquem
aparentes. A aplicação do emboço será feita, obrigatoriamente, logo após o esboço ter adquirido a presa suficiente
e nunca depois de 24 horas.
Sobre o emboço e quando se pretenda obter determinado acabamento, será aplicado o reboco, caso
nada em contrário seja dito no Caderno de Encargos. A sua aplicação será feita logo após o emboço ter adquirido a
presa suficiente, e se ter humidificado convenientemente a sua superfície. O reboco deverá ser bem apertado e
afagado, de forma a se obter uma superfície bem desempenada, regular, homogénea e isenta de fendilhações ou
quaisquer outros defeitos.
Todas as superfícies com insuficiência de aderência para a aplicação das argamassas serão chapiscadas
com argamassa de cimento e areia ao traço de 1:1.5, adicionada ao hidrófugo tipo barra em pó (ou equivalente) à
razão de 2% de cimento. Para além de outras, serão concretamente chapiscadas as superfícies de betão, dos tetos,
e as do esboço impermeabilizante. Nestas últimas, o chapiscado será feito logo que a sua presa o permita, e nunca
depois de 24 horas.

Argamassas

Aplicação de Rebocos e estuques

A argamassa deverá ser utilizada imediatamente após o seu fabrico, devendo ser totalmente aplicada
antes de iniciar a presa.
Durante o período em que aguarde aplicação, deverá estar protegida do sol, chuva ou vento.
Será interdito o aproveitamento de argamassa já endurecida, mesmo com adição de água.
A argamassa endurecida deverá ser retirada do local de trabalho.
Considera-se que a argamassa está endurecida quando apresentar quebra de trabalhabilidade ou tiver
sido amassada há mais de uma hora no Verão e duas horas nas restantes estações.
As argamassas serão fabricadas por meios manuais ou mecânicos (sendo de preferir estes últimos). No
seu fabrico observar-se-ão os preceitos usuais, e proceder-se-á de forma a que a massa fique o mais homogénea
possível, devendo a quantidade de água ser suficiente para se obter uma argamassa de consistência média, o que
se verificará quando, agitando a massa na mão, ela forma uma bola ligeiramente húmida à superfície, mas sem
passar por entre os dedos. As argamassas serão fabricadas ao abrigo das chuvas e do sol.
Preparar-se-ão de cada vez, as quantidades suficientes para que a amassadura seja aplicada de seguida
e por completo.
Não é permitido o emprego de argamassas cuja presa já se tenha iniciado. Não é permitido o emprego
de amassaduras cujas dosagens não tenham sido convenientemente feitas, e que, portanto exijam correcções de
novas quantidades de cimento ou água.

Condições Atmosféricas

A aplicação de rebocos exteriores deverá ser interdita sempre que se verifiquem temperaturas
inferiores a 3º C, ou superiores a 30ºC, vento forte, chuva ou quando se preveja a formação de geada.

No caso de rebocos interiores, poderá recorrer-se a aquecedores para manter a temperatura a nível
conveniente, mas estes devem ser colocados a uma distância da parede que não provoque aquecimento ou
secagem exagerados.

52/77
Espessura do Reboco e Estuque

Salvo determinação em contrário da Fiscalização, sempre que a espessura total do reboco exceda 1,5
cm, deverá ser aplicado em duas camadas intervaladas no mínimo de 24 horas.
A primeira camada deverá ter 1,0 a 1,5 cm de espessura e a segunda a diferença para a espessura total.
No caso de não ser previamente fixada pela Fiscalização, a espessura total não deverá exceder 2,5 cm.
A massa de estuque deverá, no mínimo, ter uma espessura de 1,0 cm.

Impermeabilização

O reboco aplicado em paredes exteriores deverá conter sempre um produto hidrófugo previamente
aprovado pela Fiscalização.
Quando este for aplicado em mais de uma camada, o produto impermeabilizante será aplicado à
argamassa que constituirá a primeira camada do reboco.
Deverá ser dada preferência a produtos hidrofugados que se misturem previamente com água de
amassadura, líquidos ou a diluir antes da amassadura.
Sem a aprovação da Fiscalização, não será permitida a utilização de produtos em pó que obtenham o
efeito hidrofugado à custa do grau de finura.

Estão neste caso as diatomites ou outros pós muito finos.

Execução do Trabalho

Quando se trata de duas camadas, a primeira será aplicada e bem apertada à colher e só depois será
sarrafada. A segunda, de igual forma, será aplicada, apertada e, consoante o acabamento pretendido, sarrafada,
talochada, passada à esponja, espátula ou queimada à colher.
A segunda poderá ser feita com o mesmo tipo de areia que a primeira, ou com areia mais fina, areia de
acabamento, conforme for estipulado.
Caso nada em contrário esteja expresso, a areia da camada superficial não deverá conter grãos de
dimensões superiores a 1:5 mm e o seu acabamento será após desempeno, à talocha, de modo a obter uma
superfície fechada, não riscada e de aspeto homogéneo. Este acabamento poderá ser melhor obtido algum tempo
após a colocação.

Remendos ou Remodelações de Rebocos


Todos os remendos ou reparações deverão ser feitos de modo a que se obtenham acabamentos iguais
aos circundantes e com linhas ou remates que não representam descontinuidades nas superfícies vistas.

Caso nada em contrário seja indicado pela Fiscalização, a extensão do remendo ou reparação, deverá
ser tal que as linhas de remate coincidam com as arestas, cantos, alhetas ou outras linhas singulares da
construção.

Aplicação Mecânica de Rebocos

Com a autorização da Fiscalização, os rebocos poderão ser aplicados mecanicamente, seguindo-se as


instruções correspondentes ao tipo de máquina utilizada para o efeito. No entanto e sem prejuízo das instruções a
seguir em cada caso, poderão ser adotadas as regras seguintes:

53/77
A boca da pistola deverá manter-se numa posição perpendicular ao paramento a revestir.
A velocidade do material à saída da pistola, deverá ser condicionada pelo diâmetro da boca.
A pressão da água deverá ser maior do que do ar, para garantir uma molhagem mais completa dos
materiais e facilitar ao operador uma regularização mais rápida e eficaz.
O desempeno segue-se imediatamente à projecção antes do inicio da presa do aglutinante.

Cura de Rebocos

Quando se verifiquem temperaturas elevadas, sol forte ou vento, deverão os rebocos manter-se
permanentemente húmido, durante o mínimo de 3 dias, o que poderá ser feito por meio de rega, de aspersão ou
qualquer outro sistema adequado. Só a Fiscalização poderá dispensar o cumprimento desta determinação.

Dosagens

O Empreiteiro tomará as providências que julgar convenientes, para que a Fiscalização possa verificar,
com facilidade e em qualquer altura, qual a dosagem que está a ser utilizada e, assim como, quais os meios
empregues na medição das quantidades impostas pela dosagem adaptado.
As dosagens das argamassas, variáveis de acordo com a espécie de trabalho, serão preparadas em
pequenas quantidades, na proporção do consumo e deverão obedecer ao tipo, dosagem e composição seguintes:

Esboço Impermeabilizante
Argamassa de cimento ao traço em volume 1:1.5;
Caso nada em contrário seja dito no Caderno de Encargos será adicionado um hidrófugo, tipo barra em
pó ou equivalente, na proporção de 2% em peso de cimento.
A areia será natural, bem lavada e isenta de detritos e resíduos argilosos, e com uma granulometria
regular entre 0-1.6 mm e bem proporcionada em elementos muito finos e médios (1/3 em volume de cada uma
destas categorias);
Admite-se que este resultado possa ser obtido por peneiramento de areia média, feito com peneira de tamis 1.6
mm.

Emboço nas paredes exteriores


Esta argamassa destina-se a manter o esboço impermeabilizante sob uma humidade que reduza ou
mesmo elimine a fendilhação de retração.

Tal como a sua composição, feita à base de cimento, cal hidráulica, e meia areia terá a dosagem de
1:4:15.

Se a parede for para revestir a azulejo ou ladrilho, o emboço será formado por uma argamassa de
cimento e areia fina ao traço de 1:4.

Reboco de acabamento nas paredes exteriores (areado)


Este só será executado nos locais onde o acabamento exterior preconizado não for “pedra à vista”, tal
como se refere nas Especificações deste caderno de Encargos.

Se nada em contrário for indicado no Caderno de Encargos será adaptado a mesma argamassa da alínea
2, podendo, com vantagens, a cal hidráulica ser substituída por cal gorda.

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Reboco de acabamento nas paredes interiores

Acabamento areado
Se nada em contrário for indicado nas Especificações será adoptada a mesma argamassa da alínea 2,
mas com uma meia areia (areado) ou areia fina (areado fino).

Todas as superfícies de paredes exteriores, após o reboco de desempeno, serão guarnecidas com 1 uma
de cal gorda, 0.5 de cimento e 5 de areia, apertado à talocha, ficando com acabamento areado fino.

As superfícies deverão ficar perfeitamente desempenadas e lisas, com arestas bem alinhadas e isentas
de poros, saliências, ou rachadelas, sendo o acabamento final das superfícies dado com esponja.

O acabamento final previsto para estas paredes, quer interiores quer exteriores será a pintura com tinta
plástica.

Acabamento estanhado
Uma parte de cimento e 10 partes de cal.
Todas as superfícies de paredes referidas nas Especificações como sendo estanhadas, após o reboco de
desempeno, serão rebocadas com argamassa de 1.5 de cimento, 3 de cal e 0.5 de cimento aplicado sobre o reboco
em fresco, ficando com acabamento liso e duro (estanhado – situações de interior).
Trata-se de um acabamento semelhante ao estuque, mas com maior rigidez, elaborado nas seguintes
fases e dosagens:

1. Reboco de Regularização;
2. Reboco Areado Fino, constituído por 4 partes de areia + 1 parte de cimento + ½ parte de Cal
Fina;
3. Enquanto o Reboco Areado ainda está “ verde “, aplica-se uma última camada de 10 partes de
Cal Fina + 1 parte de cimento branco.
O acabamento das superfícies deverá ficar impecavelmente liso e desempenado, de modo a conseguir-
se o efeito final previsto.
Recomenda-se o maior cuidado na execução destes rebocos, pois serão rejeitados todos os panos de
parede que apresentem rachadelas do reboco, poros acentuados, saliências, etc., sendo o Empreiteiro obrigado a
demoli-los e refazê-los de novo, sem qualquer encargo para o dono da obra.

O acabamento previsto para estas paredes será a pintura com tinta plástica.

Acabamento estucado
Será adotada uma argamassa de cimento, cal gorda e areia fina ao traço de 1:1:4.

Acabamento para pintura vitrificante ou para revestir


Argamassa de cimento e areia fina ao traço de 1:4.

Emboço e reboco em tetos


Se nada em contrário for indicado nas Especificações, serão adotadas as seguintes argamassas

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Emboço
Argamassa de cimento, cal em pasta e meia areia, ao traço de 1:2:6.

Reboco
a) Acabamento estucado – argamassa de gesso e cal em pasta, ao traço de 1:2;
b) Acabamento areado – mesma argamassa da alínea anterior.

Outras dosagens de referência, a adotar conforme as condições da obra:

Emboço e Reboco Exteriores


3 de cal gorda, 1 de cimento, 4 de areia, 4 de saibro, ao traço 3:1:4:4 ou 2 de cal gorda, 1 de cimento e 4
de areia.
Guarnecimentos em Interiores
1 de cal gorda e 2 de areia, ao traço 1:2, em volume.

Ceral
Admite-se o uso do CERAL, com as especificações dadas pelo fabricante, nos rebocos lisos das paredes.

Vedação e isolamento de paredes exteriores e ensoleiramentos existentes

Camada hidrófuga constituída por 1 parte de cimento e 2 partes de areia. Em relação ao cimento será
incorporada uma porção de cerca de 5% de um produto hidrófugo (diatomite ou equivalente).

Assentamento de azulejos, mosaicos e equivalente

Base de Assentamento
As superfícies em que se assentam os mosaicos deverão estar bem desempenadas à talocha e niveladas
de modo a evitar camadas adicionais de argamassa de enchimento e regularização, limpas de gorduras, materiais
desagradáveis ou partículas soltas, incluindo poeiras.

Quando a base de assentamento já tiver feito presa, antes do assentamento dos mosaicos, deverá a sua
superfície ser fortemente humedecida para evitar sucção.

Execução
Antes do assentamento os mosaicos deverão ser passados por água limpa mas não deverão ser assentes
demasiado humedecidos.

O assentamento será efetuado por intermédio de uma argamassa de cimento cola, objeto de
especificação própria.

Para evitar a perda de aderência resultante do endurecimento da argamassa, deverá ser colocada em
pequenas áreas e com uma espessura ligeiramente superior às necessidades.

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Este procedimento permitirá que os mosaicos sejam assentes praticamente ao mesmo tempo da
argamassa e que, batidos ligeiramente, no sentido de os alinhar e nivelar, não só as bolsas de ar intercaladas entre
o seu tardóz e a argamassa se soltem, como também a argamassa resuma de modo a garantir uma boa ligação.

O excesso de argamassa que refluir através das juntas deverá imediatamente ser retirado com um pano
húmido evitando-se assim o aparecimento de manchas.

Os mosaicos serão colocados de modo a garantir o desempeno da superfície final, a sua uniformidade, o
alinhamento, paralelismo e perpendicularidade das juntas.

As juntas deverão ser direitas e de largura constante ( máximo de 2mm ).

Após a argamassa de assentamento ter feito presa completamente, os mosaicos deverão ser limpos,
sendo as manchas e eventuais restos de argamassa, removidos com ácido muriático ou outro indicado pelo
fabricante.

As juntas serão preenchidas com betume á cor dos mosaicos.

Na preparação das paredes – 1 parte de cimento, 2 partes de cal e 6 partes de areia.


ASSENTAMENTO DE AZULEJOS - 2 de cal gorda, 2 de areia, 2 de saibro e 1 de cimento.
ASSENTAMENTO DE MOSAICOS - 2 de cal gorda, 1 de cimento, 4 de areia, 4 de saibro.
Alternativa – Cimento Cola

a) Azulejos ou mosaicos
Os azulejos ou mosaicos aplicados sobre o emboço das paredes, após conveniente humidificação e
chapiscado de argamassa de cimento e areia ao traço 1:1.

Nas paredes interiores o seu assentamento será feito com cimento cola.

Os azulejos ou mosaicos serão batidos e colocados por forma a conseguirem-se superfícies


perfeitamente desempenadas, com alinhamentos paralelos e bem orientados.

As juntas deverão ficar bem alinhadas e de superfície uniforme.

Concluído o assentamento, as juntas, que não deverão exceder 1mm, serão tomadas com massa de cal
em pasta. De seguida, as superfícies serão cuidadosamente limpas com sisal, de modo a ficarem isentas de
argamassas aderentes ou outras sujidades.

Tapamento das Juntas

As juntas deverão ser preenchidas da seguinte forma:

A qualquer altura após o assentamento dos mosaicos, mas antes de poeiras ou contaminações entrarem
nas juntas.

A pasta de enchimento deve ser espalhada por uma área de superfície que possa ser trabalhada antes
que esta endureça.
Deverá garantir-se o enchimento completo das juntas.

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Quando a pasta começar a endurecer, deverão retirar-se excessos e trabalhar / aparelhar as juntas.
Quando esta estiver seca, lavar as superfícies com água e finalmente polir com um pano seco.
Deverá haver especial cuidado na limpeza da superfície após o tapamento das juntas de forma a garantir
que não ficam resíduos de pasta na superfície dos mosaicos.

Argamassa para Tapamento - A argamassa para tapamento das juntas terá a seguinte composição:
- 1 volume de cimento Portland;
- 2 volumes de areia de quartzo calibrado de 0-0,2 mm;
- 2 volumes de areia;

Especificações

Para suporte e maior resistência à fissuração das diferentes camadas dos materiais de revestimento e
acabamento, como o reboco, barramento, elementos cerâmicos, etc., utilizar-se-á sempre rede acrílica, tratada
com P.V.C., numa ou duas camadas, de acordo com o pormenor do projeto, ou indicação da Fiscalização. Esta rede
será fixada com cola sintética a indicar pelo fornecedor, ou com cimento cola.

Marcação dos Trabalhos de Assentamento

A colocação das peças será de acordo com a estereotomia indicada no projeto.

Trabalhos Acessórios

Além do quanto consta dos artigos anteriores, será executado pelo Empreiteiro tudo o mais que,
embora não descrito por omissão, seja da sua especialidade e se torne indispensável para o bom acabamento da
obra.

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Capítulo 12 – Coberturas e revestimentos

Definição

Na presente especificação, são definidas as condições técnicas relativas à execução do isolamento,


revestimento e acabamento de todas as coberturas pelo Empreiteiro dentro do âmbito da empreitada, que serão
realizadas com a máxima perfeição, de harmonia com os regulamentos em vigor, tendo-se ainda em atenção,
todas as condições especiais descritas neste Caderno de Encargos.

Deverão ser atendidas as especificações técnicas dos capítulos 3, 4, 7, 8 e 9 do presente Caderno de


Encargos

Generalidades

Dadas as características especiais da construção e dos materiais a utilizar, este deverá obedecer ao
estipulado nos regulamentos respetivos, normas, especificações aplicáveis e pormenores do projeto.
O Empreiteiro providenciará, no sentido de pôr sempre à aprovação da Fiscalização, todos os materiais e
métodos que se propõe utilizar, antes do início dos trabalhos.

Materiais

Os materiais de isolamento, revestimento e acabamento serão todos de 1ª qualidade.


A sua colocação em obra e armazenamento deverá ser objeto de especial cuidado, para a sua proteção
e conservação

Execução

As coberturas serão executadas de acordo com as peças desenhadas do projeto.


Os eventuais remates com paredes laterais ou de topo terão de ser executados com as maiores
cautelas, recorrendo, eventualmente, a outros materiais, desde que aprovados pela Fiscalização, conjuntamente
com a aplicação do adequado produto betuminoso que impeça qualquer infiltração.

Isolamento térmico
Para proteção contra as variações de temperatura dever-se-ão empregar camadas isolantes nas partes
da obra que forem fixadas no projeto.
A camada isolante deverá apresentar-se em superfícies continua, possuindo qualidades idênticas em
todos os seus pontos e nas diferentes direções.

O material empregado deverá ser resistente as intempéries, ser imputrescível, permitindo boa
aderência com as camadas de outros materiais com que tenha de ficar em contacto ou ser revestido, ser elástico
quanto possível e manter as qualidades isolantes, quando em serviço durante longo tempo.

Na execução da camada isolante seguir-se-ão os preceitos especiais a cada tipo de material. Quando
haja necessidade de juntas estas serão especialmente cuidadas, de modo que o grau de isolamento se mantenha

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através delas. Quando se empregar mais de uma camada, tanto as juntas das camadas como as diferentes
camadas deverão ficar bem aderentes entre si, à superfície a proteger e ao revestimento que for empregado como
acabamento da superfície protegida.
Qualquer elemento a colocar na cobertura, sê-lo-á de modo a evitar qualquer penetração de água,
devendo, em todos os casos, merecer a aprovação da Fiscalização.

Trabalhos Acessórios

Além do quanto consta dos artigos anteriores, será executado pelo Empreiteiro tudo o mais que,
embora não descrito por omissão, seja da sua especialidade e se torne indispensável para o bom acabamento da
obra.

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Capítulo 13 - Tetos interiores

Definição

Na presente especificação, são definidas as condições técnicas relativas à execução do revestimento e


acabamento de todos os tetos interiores pelo Empreiteiro dentro do âmbito da empreitada, que serão realizadas
com a máxima perfeição, de harmonia com os regulamentos em vigor, tendo-se ainda em atenção todas as
condições especiais descritas neste Caderno de Encargos.

Deverão ser atendidas as especificações técnicas dos capítulos 4, 5, 6, 10 e 11 do presente Caderno de


Encargos

Generalidades

Antes de se aplicar os revestimentos deverão assegurar-se as seguintes condições:

A sequência de trabalhos está acordada e coordenada com as outras especialidades.


Outros trabalhos que possam danificar os tetos estarem concluídos.
As áreas de trabalho no interior estarem à prova de intempéries.
Os níveis de temperatura e humidade serem adequados e, no caso de aplicação em interiores,
dever-se-ão manter constantes.
Iluminação adequada.
Trabalhos adjacentes adequadamente protegidos.
Deverão certificar-se que as condições de trabalho são adequadas e que as bases de
assentamento são apropriadas para os revestimentos que se pretendem aplicar.

Materiais

Antes da sua aplicação, deverá assegurar-se o correto condicionamento dos materiais a uma
temperatura e humidade apropriada, durante um período adequado.

Execução

Tetos areados

Os tetos interiores das zonas técnicas, bastidores ou outras similares que forem referidos nas
Especificações, depois de desempenados com argamassa de 1 de cal hidráulica e 3 de areia, serão revestidos com
1 de cal gorda, 1 de cal e 6 de areia fina, ficando com acabamento areado, bem desempenados e afagados, com
cantos lisos, sendo o acabamento final dado com esponja.
O remate com as paredes será realizado através de roda-teto simples.

Tetos estucados

Todos os restantes tetos interiores, nos quais não esteja previsto a aplicação de tetos falsos e de acordo
com as especificações, sendo emboçados com massa de areia, cal e gesso, na proporção 4:1, após o que serão

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estucados com mistura de gesso e cal branca, na proporção de 1:1. Os revestimentos em estuque serão lisos e
desempenados.
A cal a empregar deverá ser da melhor origem e qualidade, muito branca, de preferência deverá ser
cozida a mato e o gesso será de 1ª qualidade.
Não serão aceites superfícies estucadas onde se possam observar defeitos de qualquer natureza,
originários quer da má execução, quer de impurezas contidas nos materiais, tais como pederneiros, cal
concentrada, ou outras, pelo que o Empreiteiro terá de desmontar todas as superfícies mal executadas e refazê-las
de novo, não lhe sendo devida qualquer indemnização por esse facto.
O acabamento de estuque será liso, sendo o acabamento final dado com pano de 1º.
As cores dos estuques e os tipos de moldaduras e ornatos serão os previstos no projeto ou os indicados
pela Fiscalização.
Todas as arestas ou engras, assim como todos os perfis, deverão ficar perfeitamente alinhados e
desempenados, de modo a apresentarem linhas perfeitamente contínuas.

Rebocos ( em tectos )

Dosagem das argamassas

Esta especificação tem aplicação não só para os rebocos e estuques destinados a receber outros
acabamentos, como para aqueles em que o acabamento será dado diretamente na superfície do próprio reboco.

Nas argamassas serão usadas as seguintes dosagens:

As superfícies interiores das paredes serão emboçadas com argamassa de cimento, cal gorda, areia, ao
traço de 1:2:4 e estucadas a branco - com cal gorda e areia fina - lisas ou areadas, consoante a Assistência Técnica
determinar. Os interiores dos armários embutidos serão também revestidos pelo mesmo processo. Poderá haver
paredes estanhadas. Admite-se o uso do CERAL.

Argamassas de referência

Enchimento de tectos linhados sobre fasquio - 1 de areia, 1 de cal gorda e 2 de gesso, ao traço 1:2:2, em
volume.
Estuque em tetos - 1 de cal gorda e 1 de gesso, ao traço 1:1, em volume.
Regularização de tetos sobre betão - 1 de cimento, 2 de cal gorda, 2 de saibro e 4 de areia.
Argamassa para tapamento :
1 volume de cimento Portland;
2 volumes de areia de quartzo calibrado de 0-0,2 mm;
2 volumes de areia;

Aplicação de rebocos e estuques

A argamassa deverá ser utilizada imediatamente após o seu fabrico, devendo ser totalmente aplicada
antes de iniciar a presa.

Durante o período em que aguarde aplicação, deverá estar protegida do sol, chuva ou vento.

Será interdito o aproveitamento de argamassa já endurecida, mesmo com adição de água.

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A argamassa endurecida deverá ser retirada do local de trabalho.

Considera-se que a argamassa está endurecida quando apresentar quebra de trabalhabilidade ou tiver
sido amassada há mais de uma hora no Verão e duas horas nas restantes estações.

Espessura de reboco e estuque

Salvo determinação em contrário da Fiscalização, sempre que a espessura total do reboco exceda 1,5
cm, deverá ser aplicado em duas camadas intervaladas no mínimo de 24 horas.

A primeira camada deverá ter 1,0 a 1,5 cm de espessura e a segunda a diferença para a espessura total.
No caso de não ser previamente fixada pela Fiscalização, a espessura total não deverá exceder 2,5 cm.

A massa de estuque deverá, no mínimo, ter uma espessura de 1,0 cm.

Tetos falsos em gesso cartonado

Fornecimento e assentamento de placas de gesso cartonado de qualidade não inferior a tipo “Pladur”
com 13 mm de espessura fixas à estrutura, nas zonas indicadas no projeto.
Fornecimento e assentamento de estrutura metálica da marca pladur com reforços em ferro metalizado
quando necessário incluindo todos os travamentos necessários e peça de remate com a estrutura da cobertura. A
estrutura metálica deverá ser fixa em todos os casos a elementos estruturais.
Execução de sancas recaídas e todas as alterações a uma geometria contínua do teto de acordo com o
projecto e todos os desenhos de pormenor.
Colmatação de juntas de placas entre si bem como todos os enmassamentos necessários para posterior
pintura a tinta plástica.
Juntas tratada segundo a técnica e com produtos pregypan (banda + massa). Nos ângulos salientes será
aplicada uma banda especial em aço para oferecer maior resistência ao choque e garantir maior perfeição de
acabamento. A massa de acabamento deverá ser aplicada em toda a extensão de teto (barramento total). Apenas
quando referido, os tetos deverão ficar descolados da parede 2 cm em toda a extensão e deverão levar pelo lado
superior destes um perfil em aço galvanizado, para fixação à parede que ficará à vista. Os topos de teto, assim
como toda a superfície, deverá ter acabamento perfeito e desempenado para pintura.
A abertura e o tapamento de orifícios para a passagem de canalização de águas, gás, eletricidade, e
qualquer outra infraestrutura necessária, incluindo fixação de caixas de aparelhagem elétrica.
Execução de todas as aberturas para instalações especiais.
Massas de emassamento e fita própria para juntas.
Execução de alhetas previstas nos pormenores e sempre que haja junção de paredes com tectos.
Quando não existir alheta entre tecto e paramento deverá ser aplicada uma banda em toda a extensão para
reforço e ausência de fissuração futura.

Especificações

Transição entre Tetos

A transição entre tetos será feita através de alhetas ou um terceiro material que poderá tomar a forma
de perfil de remate, sanca, etc.

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Remates de tetos com paredes

Estas serão em ângulo reto ou através de roda-teto ou sanca, de acordo com o descrito nas peças
desenhadas.

Quando o encontro do teto for feito com paredes de superfície não lisa ou não desempenadas
(alvenarias de perpeanho - tijolo maciço, crespidos rugosos, etc. … ) a alheta será sempre feita no teto,
apresentando aresta perfeita no teto e obviamente irregular no encontro reentrante com a parede de forma a
disfarçar as emendas.
Quando a transição é feita através de um terceiro material, esta deve ser feita de acordo com o projeto
e o material deve ser aplicado de acordo com as respetivas especificações.
Os perfis de remate a empregar serão aqueles especificados no mapa de acabamentos e medições e
serão aplicados de acordo com os pormenores do projeto e as recomendações do fabricante.

Marcação dos trabalhos de assentamento

A colocação dos tetos será de acordo com a estereotomia indicada no projeto.

Tolerância do desempeno da base

Quando nada em contrário for determinado pela Fiscalização, a tolerância admitida, ou seja, a diferença
entre os pontos da superfície mais salientes e os mais reentrantes, não deverá ser superior a 2,5 mm.

O desempeno poderá ser avaliado, em tetos planos, com uma régua desempenada de comprimento
superior a 2 m ou condicionado pelas dimensões do teto.

Condições atmosféricas

A aplicação de rebocos exteriores sobre tetos deverá ser interdita sempre que se verifiquem
temperaturas inferiores a 3º C, ou superiores a 30ºC, vento forte, chuva ou quando se preveja a formação de
geada.
No caso de rebocos e estuques interiores sobre tetos, poderá recorrer-se a aquecedores para manter a
temperatura a nível conveniente, mas estes devem ser colocados a uma distância da parede que não provoque
aquecimento ou secagem exagerados.

Trabalhos Acessórios

Além do quanto consta dos artigos anteriores, será executado pelo Empreiteiro tudo o mais que,
embora não descrito por omissão, seja da sua especialidade e se torne indispensável para o bom acabamento da
obra.

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Capítulo 14 - Vãos exteriores

Definição

Esta empreitada compreende o fornecimento de todos os materiais e ferramentas precisas para a


execução completa de toda a obra de serralharia e caixilharia exterior, nomeadamente todos os trabalhos em
ferro e alumínio.
Todos os trabalhos de serralharia previstos no projeto serão executados com a maior perfeição e bom
acabamento., prontos a funcionar, de harmonia com os regulamentos em vigor, tendo-se ainda em atenção, todas
as condições especiais descritas neste Caderno de Encargos e Projeto de Execução.
Deverão-se atender às especificações técnicas dos capítulos 7, 8, 11, 15, 16 e 17 do presente caderno de
encargos, bem como a todas as informações e recomendações dos fornecedores.

Generalidades

Todos os trabalhos devem ser executados segundo a melhor técnica e, de forma a garantir a rigidez do
conjunto, a estanquidade e perfeito funcionamento dos painéis móveis ou fixos.

Materiais

Todas as peças a utilizar nos caixilhos pré-fabricados serão em alumínio anodizado na cor definida nas
peças desenhadas ou a definir oportunamente, tendo-se sempre em atenção as boas normas de construção.
Todas as ferragens (dobradiças, fechos, molas, etc.) terão as dimensões e formas previstas, prevendo-se
o seu acabamento e cor idêntico ao escolhido para a restante caixilharia. Caso não figurem em detalhes no
projeto, serão oportunamente escolhidas pela Fiscalização.
Todos os trabalhos executados em ferro serão limpos a jacto abrasivo ou a escova de arame (consoante
o seu estado) galvanizadoss ou metalizados. No caso de serem galvanizados, serão pintados com primário anti-
corrosivo, tipo “Shopprimer-Cin”, logo após a galvanização.
As soldaduras dos ferros, os tubos desempenados e as curvaturas devem ficar o mais perfeito possível.

Execução

Ferro

Todas as barras ou chapas serão convenientemente desempenadas de forma a apresentarem as


tolerâncias usuais de laminagem.
Todos os cortes efetuados a oxi-corte e nos quais se vão aplicar cordões de soldadura deverão ser
convenientemente afagados.
Os soldadores utilizados deverão ser devidamente qualificados, sendo o trabalho rejeitado se os cordões
apresentarem defeitos à vista desarmada, como por exemplo, fendas, poros exagerados, entalhes de penetração,
etc..
Só se farão as soldaduras que seja impossível evitar; se-lo-ão, porém, de modo que não fiquem
aparentes e que a resistência das peças no lugar da soldadura não fique inferior às dos outros pontos.
Nos cordões de topo das ligações transversais, proceder-se-á à esmerilagem da raiz e execução do
respectivo cordão.

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Nas ligações, os machos ou espigas, quer sejam ou não de secção quadrangular, terão a espessura igual
a 1/3 da espessura da peça.
As peças de ferro que devem assentar sobre superfícies curvas, serão dobradas a frio, com prensa, sem
que o ferro sofra a menor alteração.
Os perfilados devem ser cortados com os comprimentos corretos, recorrendo-se à lima, onde seja
necessário obter um melhor ajustamento das diferentes peças.
De acordo com o projeto e antes da sua execução, o empreiteiro submeterá à apreciação da
Fiscalização, todos os desenhos detalhados das estruturas metálicas e em que as peças estejam devidamente
cotadas e numeradas, de acordo com a sua montagem.
Deverá, ainda, se tal for necessário, completar os cálculos de resistência e de estabilidade, comunicando
a Fiscalização a existência de qualquer erro que, porventura, tenha encontrado.
Só depois de aprovados esses desenhos de pormenor e respetivos cálculos, quando os houver, é que
poderá dar início à execução dos trabalhos.
Todas as peças devem ser devidamente referenciadas em oficina, de forma a que as suas posições de
montagem possam ser facilmente identificadas. Em especial, cada peça deverá ser identificada com o n.º do
respetivo desenho de pormenor e execução.

Especificações

Exame do local

Antes de iniciar a montagem, o Empreiteiro deverá verificar se a localização e cotas das superfícies de
apoio, em especial a dos furos para amarração dos chumbadouros, estão de acordo com os respetivos desenhos
do Projeto, comunicando à Fiscalização quaisquer deficiências que tenha detetado. Se assim não proceder, o
Empreiteiro ficará responsável pelas alterações que tiver de introduzir nas peças fabricadas, para obviar às
deficiências existentes.

Deficiências na montagem

Todas as deficiências de fabrico detetadas aquando da montagem devem ser participadas à Fiscalização,
com a simultânea indicação das medidas a adotar para a necessária correção daquelas. Só após o acordo da
Fiscalização poderão essas medidas ser adotadas.

Trabalhos Acessórios

Além do quanto consta dos artigos anteriores, será executado pelo Empreiteiro tudo o mais que,
embora não descrito por omissão, seja da sua especialidade e se torne indispensável para o bom acabamento da
obra.

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Capítulo 15 - Vidros e vidraças

Definição

Esta empreitada compreende o fornecimento e colocação de todos os vidros, vidraças, espelhos e


similares que tenham aplicação na obra.
Deverão ser atendidas as especificações técnicas do capítulo 14 do presente caderno de encargos.

Generalidades

Os vidros a empregar deverão obedecer, quanto à sua qualidade, espessura e procedência, ao


especificado neste Caderno de Encargos.
As chapas de vidro devem ser bem claras, sem manchas, bolhas ou vergados, bem desempenadas e de
espessura uniforme, e, quando vistas ao cutelo, devem apresentar a mesma tonalidade de cor em todo o seu
comprimento.
Não se procederá à colocação de nenhum vidro, sem que os rebaixos estejam protegidos, sendo o seu
assento feito sobre massa de óleo, mastique de silicone ou calha de borracha, de acordo com a situação específica
de cada um.
O Empreiteiro deverá remover e substituir todos os vidros, vidraças e espelhos que se partam, quebrem
ou fiquem estragados de qualquer forma, incluindo causas naturais, acidentes e vandalismo, durante o período de
construção.
Na aplicação dos vidros deverá haver o máximo cuidado, sendo esta tarefa feita pelo Vidraceiro,
acompanhado do empreiteiro ou subempreiteiro responsável pela execução das caixilharias que lhes servem de
suporte. No manuseamento e instalação, assim como na sua armazenagem anterior, o vidro deverá estar sempre
protegido nas suas esquinas e vértices.
Os tipos de vidros em chapas, telhas ou tijolos a empregar serão os indicados nas peças do projeto, ou a
definir pela Fiscalização, no respeitante à sua espessura, dimensões, transparência, cor, dureza, aspeto superficial,
trabalhos de talhe ou gráficos a executar e aspeto superficial.
Os vidros empregues sob qualquer forma, serão de resistência adequada ao fim a que se destinam,
tratados e trabalhados com o cuidado necessário, isentos de defeitos que ultrapassem os admitidos por normas
específicas ou por simples apreciação à vista e resistentes aos agentes atmosféricos. Estas resistências estão
descritas nos respetivos mapas de vãos, devendo ser consultada a Fiscalização caso se registe uma omissão ou
insuficiência de informação no que se refere à resistência mecânica do vidro. O Empreiteiro obriga-se a apresentar,
caso seja solicitado, o certificado do fabricante onde tal resistência esteja comprovada.
A qualidade de chapas de vidro impresso deve ser equivalente à das chapas lisas das vidraças. Dum
modo geral, os vidros, sob qualquer das formas, serão de textura homogénea, incolores ou com cor uniforme, bem
desempenados, sem bolhas, ondulados e estriados, e isentos de defeitos de fabrico.
Os vidros deverão ser lavados nunca antes de 4 dias da data de conclusão da obra. Serão lavados como
o recomendado pelo fornecedor.

Materiais

Qualidade dos materiais

Todos os materiais a empregar na obra serão de 1ª qualidade e satisfarão o fim a que se destinam.

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Poderá apresentar um máximo de 5 “piques” por m2, que não devem estar situados num circulo de 20
cm de diâmetro. A chapa de vidraça não deve apresentar “bolhas, ampolas, serpenteios, fiadas, cordas, pedras,
arranhaduras, queimaduras, desvitrificações ou bolhas rebentadas”, nem “bilhetes espalhados” ou “murças”.
( Para definição dos termos usados designativos dos defeitos de vidraça, deve consultar-se a NP 69).
Admite-se para tolerância destas medidas, os valores assinalados na NP 70.
As condições de receção, colheita de amostras e regras de decisão, são as indicadas na NP 177.
Regra geral todos os materiais deverão cumprir as normas NP69, NP70 e NP 177.
Em caso de insuficiência ou desactualização destas referências, estas serão substituídas pelas normas
europeias em vigor.
Cada embalagem, à saída da fábrica, só deve conter chapa de vidraça de uma classe e deve levar
indicado, por forma indelével, a designação do fabricante e a sua classe.
Deve haver o particular cuidado na descarga, acomodação e armazenamento dos vidros, evitando que
se possam quebrar nas amostras ou riscar por contacto com materiais duros ou de umas com as outras.
Com esse fim, quanto se armazenarem em sobreposição, haverá que colocar entre elas umas camadas
de papel grosso ou palha miúda. Deverão ser armazenadas em recinto coberto e vedado, separadas por lotes,
perfeitamente identificados, só devendo daí ser retiradas para transporte imediato para o local de colocação.
As chapas de vidro polido, em particular, devem ser armazenadas quase verticais, encostadas a
cavaletes de madeira, podendo fazer-se a sobreposição de chapas até um nº de 10, devendo sempre ser colocado
entre elas, um papel grosso adequado, e desde que a carga transmitida seja compatível com as dimensões dos
vidros e a sua posição. Na base, os vidros devem apoiar num material macio, do tipo esferovite, e os cavaletes
devem ter encaixe para apoio dos vidros sem que haja o risco destes resvalarem.
As chapas de vidro polido destinadas aos caixilhos de fachadas devem ser transportadas com toda a
segurança, de modo a não se soltarem ou danificarem, devendo as chapas de maiores dimensões e peso ser
transportadas com equipamento especial, isto é, com ventosas.

Vidros laminados

Em todas as caixilharias interiores assinaladas no mapa de vãos interiores, e nos caixilhos dos vãos
exteriores indicados no mapa de vãos exteriores, serão colocados vidros laminados 5x5 mm, lisos e de 1ª
qualidade.

Vidros laminados foscos

Em todas as caixilharias interiores e exteriores assinaladas no mapa de vãos, serão colocados vidros
laminados foscos pelo lado interior, em chapas de medidas assinaladas no mapa de vãos, e de 5x5 mm de
espessura.

Espelhos

Sobre as bancadas dos lavatórios serão colocados espelhos corridos, ou conforme indicado nos
desenhos de pormenor, de meio cristal com as dimensões assinaladas no Projeto e 6 mm de espessura, com as
arestas biseladas e polidas, ocupando a área indicada.
No caso de lavatórios com coluna, estes serão colocados com um determinado espaçamento (cerca de
10 cm) em relação à altura dos lavatórios e terão a largura correspondente à largura do lavatório. A sua altura irá
até cerca de 2 m acima do pavimento.
A sua fixação para as paredes será feita com garras de aço inox e buchas de nylon, de acordo com
indicações do Projeto.

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A vidraça a aplicar obedecerá à classificação e condições de receção referidas na NP 177 (1960).
Nomeadamente deve verificar-se o seguinte:

- A chapa de vidraça deve ter cor uniforme e, quando vista de cutelo, apresentar a mesma
tonalidade em todo o seu comprimento. Deve apresentar um ondulado tal que a deformação dos objetos, quando
observados dentro de um ângulo de 20º, seja apenas ligeiramente percetível;

Execução

Os vidros devem ser cortados com dimensões tais que possam ser instalados com uma folga de 2 mm
nos quatro sentidos.
A fixação dos vidros será definida nos desenhos do Projeto, no Caderno de Encargos ou pela
Fiscalização, que, em qualquer caso, terá o direito de opinião sobre o método a utilizar em cada caso.
Quando os vidros são assentes com massa de óleo entende-se que esta deva ser de 1ª qualidade e feita
com óleo de linhaça, 3 partes de cré, e uma de alvaiade de chumbo.
Os vidros duplos serão assentes nas caixilharias com bites de borracha e calços de neoprene.

Trabalhos Acessórios

Além do quanto consta dos artigos anteriores, será executado pelo Empreiteiro tudo o mais que,
embora não descrito por omissão, seja da sua especialidade e se torne indispensável para o bom acabamento da
obra.

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Capítulo 16 - Carpintarias interiores

Definição

Esta empreitada compreende o fornecimento de todos os materiais e ferramentas precisas para a


execução da obra de carpinteiro, a realizar nos diversos sectores, de harmonia com o projeto, as condições
referidas neste Caderno de Encargos e ainda, segundo detalhes e demais indicações a fornecer pelo Técnico Autor
do Projeto.

Generalidades

Exige-se fabrico mecânico e acabamento pronto a ser encerado, envernizado, pintado ou lacado,
conforme venha a ser especificado.

As esquadrias gerais serão bem aparelhadas não sendo permitidas quaisquer emendas que prejudiquem
o comportamento das peças ou o seu aspecto.

Todos os trabalhos serão executados com perfeição, segundo os preceitos da técnica e de harmonia
com as dimensões fixadas nas peças desenhadas. Quaisquer dúvidas deverão ser postas para resolução.

Materiais

Qualidade dos materiais


Todas as madeiras a utilizar na construção das esquadrias deverão ser muito bem secas, de boa
qualidade, escolhidas, e com as espessuras indicadas nos desenhos ou definidas pelo Técnico Autor do Projeto.
Os contraplacados terão a espessura fixada no Projecto ou a fixar pela Fiscalização, devendo as folhas
estar bem coladas e não apresentar falhas, quando aqueles forem cortados.
As guarnições e aros serão sempre de madeira maciça, bem aparelhadas e aplainadas nas faces
exteriores, e serão solidamente ligadas.
As samblagens de ligação das diferentes peças de madeira serão sempre feitas com a perfeição e com
dimensões e formas proporcionadas aos esforços a que estão sujeitas.
Todas as peças de madeira de quina viva, quando as espessuras não forem indicadas, terão sempre as
suficientes para assegurar a solidez do trabalho.
Os alisares e guarnecimentos, bem como os rodapés de madeira serão fixados a tacos ou buchas de
madeira embebidos nas paredes.
Serão rejeitadas e mandadas substituir as obras que apresentarem defeitos de construção ou forem
feitas com madeiras de má qualidade, ou diferentes das especificadas no projeto.
Durante o prazo de garantia, o empreiteiro é obrigado a executar todos os trabalhos necessários para
que as portas, janelas, bandeiras, guarda-ventos e demais partes móveis de madeira funcionem perfeitamente,
substituindo por outras as obras onde as juntas se abram, se tanto se julgar necessário, sendo também de conta
do empreiteiro o novo assentamento de ferragens e as pinturas, em virtude de tais reparações.
Quanto a qualidade, natureza e secções das madeiras a empregar, o empreiteiro ficará sujeito as
prescrições constantes do projeto, as Condições Técnicas Especiais e bem assim as instruções que lhe forem dadas
pela Fiscalização durante a execução dos trabalhos.

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Execução

Tratamento das madeiras

Todos os madeiramentos de qualquer estrutura deverão ser em pinho tratado, ou então serem
devidamente tratados/pintados com carbonil inglês, ou equivalente, antes do seu assentamento e em todas as
faces que fiquem em contacto com as paredes ou lajes.
As madeiras para os trabalhos de tosco poderão ser tratadas em autoclave quando outro tratamento
não seja especialmente prescrito nas Condições Técnicas Especiais.
Um outro tratamento também indicado é o emprego do pentaclorofenol, que se aplica em duas demãos
ou, ainda, por imersão.
Todas as madeiras antes de assentes levarão duas demãos tapaporos ou produto isolador semelhante.
Todos os tacos ou buchas que sirvam para a fixação de alisares, guarnecimentos e rodapés serão
tratados a Cuprinol ou semelhante, por imersão.

Ferragens

A construção das ferragens será cuidada, tendo em atenção a boa fixação das peças ou eixos que, pelo
seu uso constante, apresentem tendência a desgastarem-se ou a deformarem-se com facilidade.
Serão de latão, alumínio, aço inox, ou qualquer outro metal, conforme os casos.
As ferragens de todas as caixilharias (interiores e exteriores) serão de 1ª qualidade, assentes com as
precauções necessárias ao melhor funcionamento e segurança de quem os utilizar.

Apainelamentos

De acordo com o referido nos desenhos do Projeto de Execução, são vários os locais onde serão
executados apainelados.

Mobiliário fixo

Todas as peças de mobiliário fixo serão executadas de acordo com os desenhos de pormenor e demais
especificações do projeto e das Condições Técnicas Especiais.
As madeiras a empregar serão sempre feitas com o emprego de samblagens, malhetes ou cavilhas e
nunca pregadas. O emprego de parafusos só será permitido nas peças desmontáveis.
As ferragens a empregar, da melhor qualidade e com acabamento perfeito, de modelo e do material
fixados no projecto e nas Condições Técnicas Especiais, serão sempre assentes com parafusos.
O acabamento final dos móveis, quer sejam encerados, envernizados, pintados ou polidos, deverá ser
perfeito e executado de acordo com as melhores regras de arte.

Envernizamentos

As faces e espessuras de todas as esquadrias interiores destinadas a serem envernizadas, assim como
todas as faixas, guarnecimentos, etc., serão envernizados com produto de 1ª qualidade, da marca “Robbialac” ou
“Cin”, seguindo-se na escolha dos produtos e execução dos trabalhos, não só as instruções dadas pelo Técnico

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Autor do Projecto, bem como as indicações do fornecedor dos produtos, a quem caberá especialmente a
orientação do trabalho, o tipo e a qualidade dos produtos a aplicar.

Acabamentos

Todos os serviços de carpintaria serão executados com a máxima perfeição, esmerado acabamento,
tudo devidamente envernizado, encerado, ou pronto a pintar.

Especificações

Toda a obra de carpintaria será para executar de acordo com o Mapa de Vãos e Pormenores, a fornecer
no início da obra, pela Fiscalização.
Todas as ferragens a empregar estão descritas pormenorizadamente nos diferentes mapas de vãos
interiores, exteriores e de armários.

Trabalhos Acessórios

Além do quanto consta dos artigos anteriores, será executado pelo Empreiteiro tudo o mais que,
embora não descrito por omissão, seja da sua especialidade e se torne indispensável para o bom acabamento da
obra.

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Capítulo 17 - Serralharias

Definição

Esta empreitada compreende o fornecimento de todos os materiais e ferramentas precisas para a


execução completa de toda a obra de serralharia e caixilharia, de acordo com o Projeto e condições deste Caderno
de Encargos.
Todos os trabalhos de serralharia previstos no projeto serão executados com a maior perfeição e bom
acabamento.

Materiais

Qualidade dos materiais

Todos os trabalhos devem ser executados segundo a melhor técnica e, de forma a garantir a rigidez do
conjunto, a estanquidade e perfeito funcionamento dos painéis móveis ou fixos.
Todas as peças a utilizar nos caixilhos, guardas, passa-mãos, prumos e travessas serão em aço carbono
metalizado e pintado, tendo-se sempre em atenção as boas normas de construção.
As vedações serão realizadas com “mastique” da melhor qualidade e submeter à aprovação da
Fiscalização, ou perfis de P.V.C. maleáveis, conforme os fins a que se destinam.
Todas as ferragens (dobradiças, fechos, molas, etc.) terão as dimensões e formas previstas, mas, caso não figurem
em detalhes no projecto, serão oportunamente escolhidas pela Fiscalização.
Todos os trabalhos executados em ferro serão limpos a jato abrasivo ou a escova de arame (consoante o seu
estado) galvanizadoss ou metalizados. No caso de serem galvanizados, serão pintados com primário anti-corrosivo,
tipo “Shopprimer-Cin”, logo após a galvanização.
As soldaduras dos ferros devem ficar, os tubos desempenados e as curvaturas o mais perfeito possível.

Trabalhos Acessórios

Além do quanto consta dos artigos anteriores, será executado pelo Empreiteiro tudo o mais que,
embora não descrito por omissão, seja da sua especialidade e se torne indispensável para o bom acabamento da
obra.

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Capítulo 18 - Pinturas

Definição

Esta empreitada compreende o fornecimento de todos os materiais a aplicar, ferramentas e pintura de


todas as superfícies ou paramentos designados, bem como todos os elementos de ferro ou madeira em que tal
seja especificado.

Generalidades

Todos os tipos de tintas a aplicar em obra, quer se trate de esmaltes, tintas plásticas, protetores e
vernizes serão de 1ª qualidade, de reconhecidas marcas, submetidas à aprovação da Fiscalização.
Serão aplicados segundo as prescrições do fabricante devendo sempre serem apresentadas na obra, em
embalagens de origem e invioladas.
Todas as embalagens que apresentem sinais de violação serão imediatamente retiradas da obra e
substituídas.
As cores a utilizar serão oportunamente definidas pela Fiscalização.
Todas as tintas deverão cumprir com o estipulado nas normas NP 41 e NP111, outras, mais recentes, incluíndo
europeias.
Dentro do possível serão fornecidas e aplicadas tintas de água.
Todos os trabalhos de outras especialidades, para pintar ou não, serão protegidos de qualquer estrago
causado pela pintura. Os estragos serão corrigidos pela limpeza, reparação, substituição ou repintura, desde que
aceite pela Fiscalização.

Materiais

Todos os tetos estucados e de gesso cartonado, serão pintados com tinta plástica própria para tetos de
cor a definir.

Envernizamento ou pintura à pistola sobre emassamento e tapa-poros de toda a esquadria em geral,


bem como portas e aros, de acordo com o mapa de vãos.

Envernizamento de toda a carpintaria estrutural e aplicada em beirais e tectos falsos, quando previstos.

Quando se proceder a diluição de tintas ou vernizes, elas deverão ser feitas nas percentagens indicadas
pelo fabricante.

Para cada tipo de tintas ou vernizes, só podem ser indicados os diluentes indicados pelo fabricante.

São interditas as pinturas de tintas ou vernizes de marcas diferentes, bem como de materiais de
características diferentes, embora da mesma marca.

Todas as tintas e vernizes deverão satisfazer as prescrições gerais estabelecidas nas Normas Portuguesas
aplicáveis.

O Empreiteiro deverá ter sempre em depósito, as quantidades de materiais necessários para garantir o
andamento normal dos trabalhos.

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As diferentes qualidades de materiais, serão arrumados em lotes separados e perfeitamente
identificáveis. Se, devido a armazenagem prolongada, as tintas apresentarem uma “ pele “ contínua e espessa à
superfície, dever-se-á cortá-la junto à parede do recipiente e retirá-la.

Se a “ pele “ for pouco espessa ou descontínua, bastará passar a tinta por uma rede fina. Depois de
retirada a “ pele “, deve-se mexer a tinta, para desfazer completamente o “ depósito “ de pigmentos que possa
existir.

Todas as latas que contenham tintas, serão, após utilização parcial, tapadas, voltadas e retornadas à sua
posição normal, para se conseguir uma vedação ao ar o mais perfeita possível.

No caso de uma lata com tinta ficar quase vazia, deve mudar-se o seu conteúdo para outro recipiente
mais pequeno, pois um volume de ar relativamente grande da lata, ocasionará a perda da qualidade da tinta e,
portanto, interdição do seu emprego.

Não será permitido fazer lume, nem criar fontes de calor junto dos recipientes com tintas, ou nos locais
onde possa haver forte concentração de vapores diluentes, por estes serem voláteis e inflamáveis.

Execução

Na execução dos trabalhos são integralmente cumpridas todas as instruções do fabricante dos materiais
aplicados, com especial atenção no que se refere a diluições e tempos de secagem.
Sejam quais forem os materiais a utilizar, ou o seu modo de emprego, não deverão aplicar-se camadas
excessivamente espessas, pois originam escorrimentos nas superfícies inclinadas e formam rugosidades nas
superfícies horizontais, causando, em qualquer dos casos, um aspeto suficiente, que será motivo de rejeição das
pinturas que se apresentem com esses defeitos.
A aplicação dos materiais deve, em todos os casos, ser feita de maneira uniforme, de modo a evitar
estriações e desigualdades de aspecto, procurando-se obter um acabamento homogéneo. Deverá haver especial
cuidado em evitar que as tintas engrossem nas depressões, curvas ou reentrâncias, ou que tenham tendência a
fugir das arestas, deixando películas excessivamente finas.
A espessura final a obter, para o conjunto de todas as camadas de tinta aplicadas sobre cada superfície,
será definida conforme sistema de pintura a utilizar.
A superfície a pintar deverá estar bem limpa e sem humidade. Além disso, tratando-se de uma segunda
demão, só deverá ser executada depois da primeira estar convenientemente seca. Se a película de tinta se
apresentar muito dura e lisa, terá que ser lixada para se obter melhor aderência.

Trabalhos Acessórios

Além do quanto consta dos artigos anteriores, será executado pelo Empreiteiro tudo o mais que,
embora não descrito por omissão, seja da sua especialidade e se torne indispensável para o bom acabamento da
obra.

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Capítulo - 19 Mobiliário fixo

Definição

Esta empreitada compreende o fornecimento e colocação de todo o mobiliário fixo, que será realizado
com a máxima perfeição, pronto a funcionar, tendo-se ainda em atenção todas as condições especiais descritas
neste Caderno de Encargos.

Deverão ser atendidas as especificações técnicas dos capítulos 10, 11 e 17 do presente Caderno de
Encargos

Generalidades

Todas as peças de mobiliário fixo serão executadas de acordo com os desenhos de pormenor e demais
especificações do projeto e das Condições Técnicas Especiais.

As madeiras a empregar serão sempre feitas com o emprego de samblagens, malhetes ou cavilhas, e
nunca pregadas. O emprego de parafusos só será permitido nas peças desmontáveis.

As ferragens a empregar, da melhor qualidade e com acabamento perfeito, de modelo e do material


fixados no projeto e nas Condições Técnicas Especiais, serão sempre assentes com parafusos.

O acabamento final dos móveis, quer sejam encerados, envernizados, pintados ou polidos, deverá ser
perfeito e executado de acordo com as melhores regras de arte.

Trabalhos Acessórios

Além do quanto consta dos artigos anteriores, será executado pelo Empreiteiro tudo o mais que,
embora não descrito por omissão, seja da sua especialidade e se torne indispensável para o bom acabamento da
obra.

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Capítulo 20 - Considerações finais

Generalidades

Além do quanto consta dos artigos anteriores, será executado pelo Empreiteiro tudo o mais que,
embora não descrito por omissão, seja da sua especialidade e se torne indispensável para o bom acabamento da
obra.

A empreiteira geral, com responsabilidade sobre subempreitadas, contará com todo o fornecimento de
materiais e aplicação em obra apesar de não descritas em peças desenhadas ou escritas constantes do Projeto, ou
neste Caderno de Encargos, e sejam necessários à boa conclusão e funcionamento da obra e dos elementos nos
referidos documentos mencionados.

A fiscalização e a Assistência Técnica, para efeitos de responsabilidade sobre os trabalhos efetuados,


apenas contactarão com a empreiteira geral, exceto casos em que expressamente e por escrito, por parte da
proprietária, haja lugar a encomenda direta de materiais e, ou, sua aplicação.

Materiais

Prescrições comuns a todos os materiais


Todos os materiais a empregar deverão ser acompanhados de certificados de origem e dos documentos
de controle de qualidade e obedecer ainda a:

a) Sendo nacionais, às Normas Portuguesas, documentos de homologação de laboratórios


oficiais, regulamentos em vigor e cláusulas destas Condições Técnicas Especiais.
b) Sendo estrangeiros, às normas e regulamentos em vigor no pais de origem, caso não haja
normas nacionais aplicáveis.

Nenhum material poderá ser aplicado na obra sem prévia autorização do Projetista e Fiscalização.

O Empreiteiro, quando autorizado previamente pelo Projetista e Fiscalização, poderá aplicar materiais
diferentes dos previstos se a solidez, estabilidade, aspeto, duração e conservação da obra não forem prejudicados
e se não houver alteração, quer na qualidade, quer agravamento no preço.

Quaisquer alternativas que venham a ser propostas deverão ser acompanhadas de amostras,
certificados de origem e de homologação, documentos de controle de qualidade, e documentação técnica.

Quando da apresentação de alternativas, o empreiteiro deverá considerar as restrições e constrições


dos materiais e condições envolventes que podem ser melhor analisadas nas peças desenhadas dos projetos.

O facto de lhe permitirem o emprego de outro material não isenta o Empreiteiro da responsabilidade
sobre o seu comportamento.

Deverão ser fornecidas à fiscalização e seguidas rigorosamente pelo empreiteiro todas as instruções e
recomendações dos vários fabricantes relativamente ao armazenamento, aplicação, limpeza e manutenção dos
materiais

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