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Escravidão

Capítulo 1
Em 1750,no interior da Angola o horror era um sentimento dominante,pessoas matavam
e morriam o tempo todo,o sentido da vida tinha se tornado banal,como se ela não
valesse nada, viviam como primitivos.
“A destruição da Angola serviu para a construção do
Brasil”,captura,sequestros,compra e venda de escravos,a utilização da mão de obra
cativa fincava um cenário de morte e ruínas para o povo e o país.
Ao longo de mais 350 anos, entre 23 milhões e 24 milhões de seres humanos teriam
sido arrancados de suas terras e deixado para trás as suas famílias,poucos
sobreviviam ao final da jornada,desde a captura até a entrega inúmeros morriam de
forma desumana.
O atlântico havia se tornado um grande cemitério de escravos,doenças como
disenteria,febre amarela,suicídio por conta do desespero,os cadáveres eram então
atirados ao mar
Capítulo 2
A chegada das caravelas ao porto indicava que os “investimentos” haviam
chegado,homens mulheres e crianças estavam prontos para serem arrematados em uma
espécie de leilão
Alguns era oferecidos a igreja,conventos,enquanto os outros era leiloados de acordo
seu porte físico
Quando comprados,ocorria a separação de vez de mães e filhos,marido e esposa
As regras do leilão estavam definidas nas leis portuguesas,sendo que 20% dos
escravos seriam escolhidos pelo Dom,os mais fortes e saudáveis seriam levados
Nas cidades, trabalhavam em serviços domésticos, incluindo a limpeza das casas,
lavagem das roupas, preparação de alimentos e a retirada de dejetos e esgotos. No
interior, atuavam em atividades agrícolas.
O monarca português tinha o hábito de presentear visitantes com
escravos,padres,instituições como a igreja
Capítulo 3
A escravidão deixou marcas que persistem até hoje,o uso da mão de obra cativa está
presente em contrições de todas as antigas civilizações,pirâmides do Egito por
exemplo,
A escravidão nem sempre foi ligada a uma raça ou uma cor de pele,o instinto humano
observa algo ou alguém e o julga inferior,tendo em sua visão direito de tirar
vantagem do outro
Graças ao tráfico negreiro no Atlântico,a escravidão se tornou sinônimo da cor
preta,a questão da hereditárias se tornou visível,afinal,os filhos de escravos
também eram escravos por consequência
Em algumas sociedades, o escravo também poderia ser oferecido como sacrifício em
funerais, cerimônias religiosas e ocasiões especiais.
O destino do escravo não lhe pertencia,eram muitas
possibilidades,vendido,penhorado,doado,emprestado,tudo dependia da vontade do seu
“dono”
Na Filosofia, diversos pensadores iluministas sustentaram a ideia de que o negro
seria naturalmente inferior ao branco,vê-se que o racismo se enraizou em virtude de
influências também presentes na época que implantaram na cabeça da sociedade uma
visão distorcida do negro
Capítulo 4
Com a escravidão iniciou-se um choque entre a cultura e a religião dos povos,o
cativeiro era uma atividade,tinha se tornado normal e comum para a ordem e economia
dos estados.Uma fileira de escravos,acorrentados pelos pés,mãos e pescoço,sem
ar,com fome e sede,cansaço.As longas viagens feitas pelos cativos,buscavam sempre
uma passagem que ofertasse água,os haréns por exemplo,por muito tempo foram
sinônimo de orgia,acontece que esses templos serviam para resguardar as
escravizadas para que prestassem seus trabalhos domésticos,longe da família,e sem
direito a vida sexual.
Capítulo 5
Muitas ideias caíram por água a baixo,os historiadores estudaram sobre o primeiro
local utilizado para o leilão de escravos,a famosa Fortaleza de Sagres,que tinha
como sua parte a escola de Sagres,mas as evidências de que a escola existiu não
foram encontradas.
A grande academia de ciências náuticas,supostamente frequentada por Dom Henrique
não passou de uma farsa?
A falta de documento,registro ou relato fez com que um toque de mistério fosse
acrescentado aos estudos dos historiadores.A figura nebulosa de Dom Henrique na
história do Brasil e de Português,foi por muito tempo considerado um amante da
literatura e das ciências,a máscara caiu,Henrique não era versado,seus
“conhecimentos” sobre navegação,também falsos,o mais provável é que “O navegador”
como era conhecido,não tenha nem mesmo se aventurado em expedições.
A verdade é que o Dom,tão romantizado na época não passava de um traficante de
escravos,apesar de seus privilégios passou a vida com dificuldades
financeiras,morreu endividado e falido,demonstrando ser um mau administrados dos
seus próprios negócios.
Bojador,uma espécie de barreira criada pelos portugueses em referência ao mar,não
eram capazes de explicar o que existia depois do horizonte e jogavam as águas a
existência de monstros marinhos,serpentes,água fervente e o próprio Satanás.
Capítulo 6
Os oceanos são sistemas complexos e necessitam de conhecimento e experiência para
ser aventurado,o domínio das técnicas de navegação era o segredo dos
portugueses,que durante as viagens marítimas lhes permitiu traçar rotar que os
levaram as Indias,África e Brasil.Dominar as correntes marítimas e as estações
favoreceu o tráfico de escravos,as melhores rotas e épocas propícias foram os
grandes aliados dos Portugueses.A compra de escravos em alguns lugares tinha como
pagamento tecidos e manilhas,uma espécie de bracelete de metal,o objeto era usado
como adorno nos braços e tornozelos,assim como uma moeda.A expansão do Império
Português fez com que houvesse uma necessidade maior de escravos,com a invasão as
terras dezenas de indígenas foram dizimados por conflitos e doenças,os que sobravam
eram impostos ao trabalho escravo.
Capítulo 7
A tentativa do governo português em esconder o descobrimento de uma nova terra
ficou visível quando a carta escrita por Pero Vaz de Caminha foi confinada aos
arquivos da Torre do Tombo em Lisboa.Nessa carta se encontram as primeiras
impressões de quando Cabral chegou a Bahia,os nativos não tinham os mesmos
comportamentos dos africanos o que gerou a curiosidade sobre esse povo.Após um ano
dessa descoberta,começou a circular na Itália o suposto descobrimento de novas
terras,que teria o nome de Papagaio,pela grande presença desses animais e onde
habitavam homens nus e formosos.Américo Verucio foi responsável pela carta expondo
a descoberta ao Velho mundo,na carta retrata a diferença encontrado no modo de vida
que os nativos levavam.
Capítulo 8
A chegada dos Europeus a América foi catastrófica,no Brasil,as centenas de tribos
que falavam mais de mil línguas,representando uma das maiores diversidades
culturais,morreram aos montes,de doenças,guerras contra os colonos,esse choque
epidemiológico trazido pelos Portugueses dizimou inúmeros indígenas,além do
trabalho escravo,o qual não estavam acostumados.Capturavam indígenas de norte a
sul no território brasileiro,para o tráfico de nativos,que se mostravam fracos,pois
tinham pouca resistência.Os cativos africanos eram mais eficientes para os
portugueses pois tinham o costume com a enxada,por praticarem atividades agrícolas
em sua terra natal e uma resistência maior as doenças.Os jesuítas tinham a missão
de evangelizar os indígenas,que seriam educados para o trabalho e a fé,eles
serviriam como mão de obra barata pra os Caminhos de Jesus.
Capítulo 9
Os relatos de viajem da época retratavam a visão distorcida que os Europeus tinham
dos Africanos,as nações africanas era chamadas de tribos,assim como aqui no
Brasil,expressando o preconceito enraizado na cultura do novo mundo,que
desconheciam as riquezas de inúmeros países da África,esses países ganharam fama de
perigosos pelos europeus,que acreditavam que o homem branco nesses territórios não
sobreviveriam e durante o tráfico negreiro isso se tornou visível,afinal,eles não
se aventuravam nos interiores dos países. Com forme avançavam nos continentes os
portugueses foram batizando as regiões,Camarões por exemplo recebeu esse nome pela
grande oferta de crustáceos que tinha,assim com a Costa do Marfim,pelo grande
comércio das presas de elefantes.O deserto do Saara é a grande fronteira divisora
da África,que dividia não só o território mas também a cultura,religião,política e
a língua.
Capítulo 10
A participação dos Africanos no tráfico negreiro é uma questão,muitas pessoas
questionam a “dívida social”,a necessidade de projetos que reparem o passado
escravagista sendo que os próprios africanos participavam desse regime.A África
sempre foi um continente rico em cultura e riquezas naturais,e assim como em outros
continentes o regime escravagista se relacionava sempre ao outro,o diferente,lá as
formar de “criação” de escravos acontecia de diversas
formas,guerras,capturas,sequestros,além de questões judiciais,os africanos eram
condenados por roubo,feitiçaria ou adultério e se tornavam,como meio de
punição,escravos.
Capítulo 11
O autor nos mostra um teste genético feito com 150 afrodescendentes,nele mostrava a
diversidade étnica,sendo mais de 220 etnias diferentes,entre os 150,5 foram
escolhidos para visitar algumas regiões da África.
Zulu Araújo foi um dos escolhidos,e acabou descobrindo que seu país de origem é
Camarões,ao se encontrar com o rei,perguntou sobre a participação dos seus
antepassados no processo de escravidão,e como eles da etnia ticar foram parar aqui
no Brasil.No outro dia lhe foi explicado que o contexto histórico da época fazia
com que,qualquer crime cometido tornava quem o cometeu,propriedade de outra
pessoa,após o discurso,pediu perdão sobre as atitudes dos antepassados.
Capítulo 12
Cabo Verde foi palco para a primeira aglomeração de europeus na época da
escravidão,Cidade velha como conhecida,abrigava os escravos e cativos,devido sua
localização,permitia o tráfico negreiro de forma mais fácil,as ilhas de Cabo Verde
eram totalmente desabitadas,era um lugar propício também por ter a terra fértil e
uma grande abundância de água,além da facilidade de construção de muralhas,o clima
seco também evitava a proliferação de doenças.
Outro mercado de escravos ficou bastante conhecido,São Tomé,que também era uma
terra desabitada,com características muito semelhantes a Cabo Verde,nas
lavouras,diversas plantas eram cultivadas,essas que os europeus levavam de um canto
a outro.
Capítulo 13
Próximo à fronteira da república do Congo,os jesuítas criaram a primeira igreja
católica da África Subsaariana,como uma tentativa de catequizar os cativos,apagando
sua religião e lhes tornando escravos na sequência.
Ao chegarem à África em 1483 enviaram uma carta ao senhor do Congo na tentativa de
uma aliança,a primeira tentativa foi falha,afinal a carta não foi respondida,e
querendo ser percebidos,para uma possível resposta,sequestraram alguns reféns,só aí
obtiveram uma resposta,selando a aliança entre Congo e Portugal.
Os reis do Congo perceberam que a demanda de escravos estava muito alta,o que gerou
tensões políticas entre os países,levando a desintegração do Congo.
Capítulo 14
“Aqui se pode encontrar todos os escravos de que se precise e eles custam
praticamente nada” frase dita por Garcia Simões,líder dos jesuítas,ao chegar na
África fez essa observação,já que na Angola,os cativos eram vendidos por preços
extremamente baixos,e eram revendidos na Europa por preços muito altos.A Angola se
tornou um mercado de escravos super valorizado,aproximadamente 4 milhões de
escravos saíram de lá,os portugueses acreditavam na existência de minas de prata
naquela região mas só descobriram a existência de chumbo e metais irrelevantes.
No interior do país,feiras de escravos eram comuns,lá o conceito de branco teve uma
leve alteração,não se referia mais a cor e sim a vestimenta.
Capítulo 15
Inúmeras navegações cruzavam os oceanos transportando escravizados em situações
desumanas,comida e água escassas,falta de higiene ou roupas,doenças.
Os comandantes desses navios serviam como negociadores também na venda de
escravos,sendo os mais valiosos os do sexo masculino,entre 10 e 14 anos,sem
qualquer defeito físico.Os europeus se adequavam a moeda local,variando o seu
valor.

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