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ESTILO PARENTAL

O estilo parental define-se como sendo a forma como os pais se relacionam com os filhos.
Reflete o clima emocional em que decorrem as relações entre ambos e revela-se em aspectos como
o tom de voz, a linguagem corporal, a formalidade no trato e as mudanças de humor.

A imagem abaixo destaca quatro estilos parentais


Quais consequências no desenvolvimento da criança para cada estilo parental?

Estilo autoritário = CRIANÇA PASSIVA


O estilo autoritário caracteriza-se pela imposição da obediência e do respeito pela autoridade. Na
relação que se estabelece entre os pais e a criança o afeto, a reciprocidade e o equilíbrio de poder
não estão presentes, Os pais autoritários são exigentes, pouco tolerantes e pouco compreensivos,
daí resultando a submissividade e o conformismo dos filhos. O desenvolvimento da criança pode ser
prejudicado, comprometendo-se as relações posteriores que ela virá a estabelecer com outras
pessoas favorecendo surgir problemas emocionais e baixa autoestima.

Estilo permissivo = CRIANÇA EXIGENTE


Os pais permissivos são compreensivos, tolerantes e afetuosos. Utilizam pouco a punição e evitam
sempre que possível o exercício da autoridade ou a imposição de regras e restrições. Não
conseguem estabelecer limites, permitindo comportamentos desadequados causadores de
problemas. Não exigem um comportamento maduro («boa educação», cumprimento de tarefas),
permitindo às crianças que elas regulem o seu próprio comportamento, tomem as suas próprias
decisões e utilizem poucas regras na gestão do dia-a-dia (horas de deitar, refeições, tempo para ver
televisão, etc.) Tentam comportar-se de maneira não-punitiva e receptiva diante dos desejos e ações
da criança; apresentam-se aos seus filhos como um recurso para a realização dos seus desejos e
não como um modelo, nem como um agente responsável por moldar ou direcionar o seu
comportamento. Esse estilo trás como consequências baixa empatia e problemas sociais.

Estilo negligente = CRIANÇA NÃO ENVOLVIDA


Os pais negligentes não são exigentes nem responsivos. Tendem a orientar-se pela fuga às
inconveniências, o que os faz responder a pedidos imediatos das crianças apenas de forma evasiva.
O estilo negligente resulta da combinação entre controle e responsividade em baixos níveis. Pais
negligentes não são nem afetivos nem exigentes nem compreensivos. Tendem a manter os seus
filhos à distância, respondendo somente às suas necessidades básicas. Não conseguem organizar-
se de modo a fornecerem cuidados e apoio continuados aos seus filhos. Demonstram pouco
envolvimento na socialização da criança, não supervisionando o seu comportamento. Os pais
negligentes estão, frequentemente, centrados em si próprios, não assumem integralmente os seus
papéis de pais. A ausência de contenção e de orientação vai ter como consequência uma
manipulação do mundo exterior por parte das crianças, pois esse é o padrão relacional a que se
habituaram no seu dia-a-dia. Desordem de conduta, baixas competências sociais, emocionais e
cognitiva. Baixos resultados escolares.

Estilo democrático = CRIANÇA LIDER


Há dados que sugerem que uma educação num ambiente familiar com poucas tensões (pais
democráticos) pode formar pessoas mais relaxadas, mais aptas a lidar com problemas (de forma
otimista) e a sobreviver socialmente. Quando os pais são afetivos e participativos em relação aos
filhos influenciam a forma como eles aprendem e se relacionam com os outros, assim como o
repertório dos seus comportamentos: as suas atitudes e objetivos. Trazem como consequência
crianças com altas competências sociais e emocionais. Alto regulada e socialmente responsável
além de criativas.

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