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Apostila Peb 2port e Inter
Apostila Peb 2port e Inter
te
en
Prof. Pim
EXTENSIVO
Português
Interpretação
de Textos
(016) 3235-2900
Material produzido para uso e divulgação exclusivos da
Escola Prof. Pimentel
Autora:
Prof.a Salete da Graça Tanuri Lotti
Colaboradoras:
Prof.ª Andréa Maria Martins de Freitas
Prof.ª Patrícia Carla Miotto
ÍNDICE
Módulo 1 – Sobre a Gramática������������������������������������������������������������������������������������������������������������������ 5
Módulo 11 – Concordância
Parte 1 – Concordância Verbal����������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 77
Parte 2 – Concordância Nominal�������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 82
Português • PP
Módulo 12 – Regência
Parte 1 – Regência Verbal������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 85
Parte 2 – Regência Nominal��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 87
Gabarito������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 192
Prof. Pimentel
A linguagem
na ponta da língua,
tão fácil de falar
e de entender.
A linguagem
na superfície estrelada de letras,
sabe lá o que ela quer dizer?
GRAMÁTICA
•• Orienta e regula o uso da língua, estabelecendo um padrão de escrita e de
fala;
•• Possui um sistema de normas que dá estrutura à língua. Essas normas de-
finem a língua padrão, também chamada língua culta ou norma culta. E é
aqui, neste ponto chamado Gramática Normativa, que as bancas organiza-
doras exploram seu enorme potencial;
•• Por ser um organismo vivo, a língua está sempre evoluindo, o que normal-
mente resulta num distanciamento entre aquilo que se usa efetivamente
(linguagem falada) e o que fixam as normas (linguagem culta).
5 Português • PP
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DIVISÃO DA GRAMÁTICA
6 Português • PP
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Sinônimos, Antônimos
02 Módulo
Polissemia, Homônimos
e Parônimos
Anotações
7 Português • PP
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Exemplos:
cabo (posto militar, acidente geográfico, cabo da vassoura)
O navio chegou ao cabo.
O cabo embarcou no navio.
banco (instituição comercial financeira, assento)
O rapaz trabalha no banco.
O banco está desocupado.
manga (parte da roupa, fruta)
Adoro manga.
A manga é longa.
8 Português • PP
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Parônimos = palavras que possuem significados diferentes, mas são muito pareci-
das na pronúncia e na escrita. Paronímia é a relação estabelecida entre essas pala-
vras.
Dica de memorização: parônimos = parecidas
Exemplos:
9 Português • PP
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03
Fonemas
Módulo
Encontros Vocálicos e Consonantais
Sílaba
Fonema: menor elemento sonoro capaz de estabelecer uma distinção de significa- Anotações
do entre as palavras.
som dom
/s/ /d/
São representados entre barras. Assim: /m/, /b/, /a/, /v/, etc.
O fonema não deve ser confundido com a letra.
2) Semivogais: os fonemas /i/ e /u/, algumas vezes, não são vogais. São pronun-
ciados fracamente, apoiando-se em uma vogal, formando uma só emissão de voz
(uma sílaba).
Perceba a diferença:
PA ÍS PA IS
V V V sv
3) Consoantes: incapazes de atuar como núcleos silábicos. Seu nome tem origem
justamente no fato de que consoam (“soam com”) as vogais.
Exemplos: /b/, /t/, /d/, /v/, /l/, /m/, etc.
10 Português • PP
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Dígrafos: duas letras são usadas para representar um único fonema (di = dois + gra-
fo = letra). Agrupam-se em dois tipos:
1) Dígrafos Vocálicos: representação das vogais nasais.
11 Português • PP
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Atenção: “gu” e “qu” + “e” ou “i”, somente são dígrafos quando a letra “u” não cor- Anotações
responder a um fonema, ou seja, não for pronunciada.
Exemplos: guitarra, guerra, aquilo, aquela.
Sílaba: o núcleo da sílaba é sempre uma vogal. Não existe sílaba sem vogal e nunca
há mais do que uma vogal em cada sílaba. Grave isto:
Divisão Silábica
•• Não se separam:
–– ditongos e tritongos;
–– Dígrafos;
–– encontros consonantais que iniciam sílaba.
(pneu, pla-no)
•• Separam-se:
–– as vogais dos hiatos;
–– as letras dos dígrafos rr, ss, sc, sç xc;
–– encontros consonantais das sílabas internas, exceto aqueles em que a
segunda consoante é l ou r.
(ap-to, con-vic-ção)
12 Português • PP
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Monossílabos
1) átonos: não têm sentido sozinhos
–– artigos: o, a, os, as, um, uns
–– pronomes oblíquos: me, te, se, o, a, os, as, lhe, nos, vos
–– preposições: a, com, de, em, por, sem, sob
–– pronome relativo: que
–– conjunções: e, ou, que, se
Atenção: um mesmo monossílabo pode ser átono numa frase, porém tônico em
outra.
Que foi? (átono)
Você fez isso por quê? (tônico)
13 Português • PP
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Todas as palavras de duas ou mais sílabas possuem uma sílaba tônica, sobre a qual
recai o acento prosódico, isto é, o acento da fala. Veja os exemplos:
es - per - te - za
ca - pí - tu - lo
Dessas duas palavras, note que apenas uma recebe o acento gráfico. Logo, conclui-
se que:
Acento prosódico: aparece em todas as palavras que possuem duas ou mais síla-
bas. É o acento da fala.
Acento gráfico: marca a sílaba tônica de algumas palavras. É o acento da escrita.
Há também o sinal diacrítico til (~) que representa vogais nasais (A e O). O til não é
um acento gráfico!
mamãe – não – põe
14 Português • PP
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15 Português • PP
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Caso facultativo:
a) fôrma (substantivo)
forma (substantivo; 3ª pessoa do singular do presente do indicativo ou 2ª pessoa
do singular do imperativo do verbo formar)
16 Português • PP
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1. POR QUE:
•• sequência de uma preposição (por) + pronome interrogativo (que) em inter-
rogações diretas ou indiretas. Equivale a “por qual razão”, “por qual motivo“.
Desejo saber por que você voltou tão tarde para casa.
Por que você comprou este casaco?
17 Português • PP
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4. PORQUÊ: Anotações
•• representa um substantivo. Significa “causa”, “razão”, “motivo” e normal-
mente surge acompanhada de palavra determinante (artigo, por exemplo).
Aceita plural!
Não consigo entender o porquê de sua ausência.
Existem muitos porquês para justificar esta atitude.
Você não vai à festa? Diga-me ao menos um porquê.
Resumindo e descomplicando...
Por que
• Em substituição à Os museus por que passamos eram
expressão “pelo qual” interessantes.
(e suas variações) (por que = pelos quais)
Eles estão tristes por quê?
Por quê No final de frases
Eles não estudaram não sei por quê.
Em respostas, explicações Não foi à aula porque estava doente.
Porque ou causa Não foi à aula porque estava triste?
Porquê Como substantivo Ela sabe o porquê de sua felicidade.
Dica:
B
MA L MAL ≠ BEM
M
B
MA U MAU ≠ BOM
M
18 Português • PP
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19 Português • PP
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Emprego de A e HÁ
A = tempo a decorrer ou distância a percorrer.
Eu viajarei daqui a 2 meses.
A escola fica a 100 metros daqui.
HÁ = tempo decorrido ou distância percorrida.
Ele chegou aqui há 5 anos.
O posto ficou há 3 km daqui.
NOVA ORTOGRAFIA
1 - ACENTO AGUDO
20 Português • PP
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b) Nas palavras paroxítonas com “i” e “u” tônicos formando hiato (sequência de
duas vogais que pertencem a sílabas diferentes), quando vierem após um ditongo
decrescente. Veja:
baiúca -> baiuca
bocaiúva -> bocaiuva
feiúra -> feiura
cheiínho -> cheiinho
saiínha -> saiinha
Taoísmo -> Taoismo
Atenção:
•• se a palavra for oxítona e o “i” ou o “u” estiverem em posição final (ou se-
guidos de s), o acento permanece. Exemplos: tuiuiú, Piauí, teiú.
•• se o i ou o u forem precedidos de ditongo crescente, o acento permanece.
Exemplos: guaíba, Guaíra.
c) Nas formas verbais que possuem o “u” tônico precedido das letras “g” ou “q” e
seguido de “e” ou “i”.
Esses casos ocorrem apenas nas formas verbais de arguir e redarguir. Observe:
argúis -> arguis
argúem -> arguem
redargúis -> redarguis
redargúem -> redarguem
2 - ACENTO DIFERENCIAL
O acento diferencial é utilizado para auxiliar na identificação de palavras homógra-
fas ou homófonas.
Com o acordo ortográfico, ele deixará de existir nos seguintes casos:
pára / para
péla(s) / pela(s)
pêlo(s) / pelo(s)
pólo(s) / polo(s)
pêra / pera
Atenção:
1. Existem duas palavras que continuarão recebendo acento diferencial:
pôr (verbo) -> para não ser confundido com a preposição por.
pôde (verbo poder conjugado no passado) -> para que não seja confundido com
pode (forma conjugada no presente).
21 Português • PP
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3 - ACENTO CIRCUNFLEXO
O acento circunflexo deixará de ser utilizado nos seguintes casos:
b) Nas terminações “êem”, que ocorrem nas formas conjugadas da terceira pessoa
do plural dos verbos ler, dar, ver, crer e seus derivados.
Exemplos: creem, deem, veem, descreem, releem, reveem.
DICA: credeleve
Atenção: os verbos ter e vir (e seus derivados) continuam sendo acentuados na
terceira pessoa do plural.
Eles têm três filhos.
Eles detêm o poder.
Eles vêm para a festa de sábado.
Eles intervêm na economia.
4 - TREMA
O trema, sinal gráfico utilizado sobre a letra “u” dos grupos que, qui, gue, gui, deixa
de existir na língua portuguesa.
Lembre-se, no entanto, de que a pronúncia das palavras continua a mesma.
Exemplos: cinquenta, pinguim, aguentar, bilíngue, consequência, delinquente, fre-
quente, linguiça, sequência, sequestro, tranquilo, etc.
Atenção: o acordo prevê que o trema seja mantido apenas em nomes próprios de
origem estrangeira, bem como em seus derivados.
Exemplos: Bündchen, Müller, mülleriano.
22 Português • PP
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5 – ALFABETO Anotações
O alfabeto passou a ter 26 letras. Além das atuais, foram incorporadas oficialmente
as letras k, w e y. Observe a posição das novas letras no alfabeto:
ABCDEFGHI
JKLMNOPQR
STUVWXYZ
Essas letras podem aparecer em siglas, símbolos, nomes próprios, palavras estran-
geiras e seus derivados.
Exemplos: km, playground, watt, Kafka, kafkiano, etc.
6 - HÍFEN
23 Português • PP
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USA-SE O HÍFEN
1. Quando a palavra for formada por um prefixo terminado em vogal e a palavra
seguinte iniciar pela mesma vogal.
Exemplos: micro-ônibus, anti-ibérico, anti-inflamatório, anti-inflacionário, anti-im-
perialista, arqui-inimigo, contra-ataque, micro-ondas, semi-interno, etc.
Atenção: se o prefixo terminar com consoante, usa-se hífen se o segundo elemento
começar com a mesma consoante:
hiper-requintado, inter-racial, super-resistente, super-romântico, etc.
Nos demais casos, não se usa o hífen: hipermercado, intermunicipal, superinteres-
sante, superproteção.
3. Em compostos que têm palavras iguais ou quase iguais, sem elementos de ligação.
Exemplos: reco-reco, blá-blá-blá, zum-zum, tico-tico, tique-taque, cri-cri, glu-glu,
rom-rom, pingue-pongue, zigue-zague, esconde-esconde, pega-pega, corre-corre.
24 Português • PP
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6. Nos compostos que designam espécies animais e botânicas (nomes de plantas, Anotações
flores, frutos, etc.) que tenham ou não elementos de ligação.
Exemplos: bem-te-vi, peixe-espada, peixe-do-paraíso, mico-leão-dourado, andori-
nha-da-serra, lebre-da-patagônia, erva-doce, ervilha-de-cheiro, pimenta-do-reino,
peroba-do-campo, cravo-da-índia.
Atenção: não se usa o hífen, quando esses compostos forem empregados fora de
seu sentido original. Observe:
a) bico-de-papagaio (espécie de planta ornamental)
bico de papagaio (deformação nas vértebras)
b) olho-de-boi (espécie de peixe)
olho de boi (espécie de selo postal)
7. Com ”mal” usa-se o hífen quando a palavra seguinte começar por vogal, h ou l.
Exemplos: mal-entendido, mal-estar, mal-humorado, mal-limpo, etc.
Atenção:
•• Quando mal significa doença, usa-se o hífen se não houver elemento de
ligação. Exemplo: mal-francês.
•• Se houver elemento de ligação, escreve-se sem o hífen.
Exemplos: mal de lázaro, mal de sete dias.
9. Usa-se o hífen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam,
formando não propriamente vocábulos, mas encadeamentos vocabulares.
Exemplos: ponte Rio-Niterói, eixo Rio-São Paulo, etc.
Casos gerais
1. Usa-se o hífen diante de palavra iniciada por ”h”.
Exemplos: anti-higiênico, macro-história, mini-hotel, proto-história, sobre-humano,
super-homem, ultra-humano, sub-humano*
*Atenção: o VOLP atesta duas possibilidades de grafia: sub-humano e subumano,
sub-humanidade e subumanidade.
25 Português • PP
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2. Com os prefixos ”sub” e ”sob”, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada Anotações
por “r” , além de “b” e de “h” (neste caso, respeitada a excepcionalidade da dupla
possibilidade).
Exemplos: sub-região, sob-roda, sub-humano, sub-bibliotecário.
3. Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por “m”, “n”
e vogal.
Exemplos: circum-murado, circum-navegação, pan-americano
4. Usa-se o hífen com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, vice.
Exemplos: além-mar, além-túmulo, aquém-mar, ex-aluno,ex-diretor, ex-hospedeiro,
ex-prefeito, pós-graduação, pré-história, pré-vestibular, pró-europeu, recém-casa-
do, recém-nascido, sem-terra, vice-rei.
6. Com os prefixos pre e re, não se usa o hífen, mesmo diante de palavras começadas
por “e”.
Exemplos: preexistente, preelaborar, reescrever
Fonte: google.com.br/imagens.
Acesso em 23/04/2016. Autor desconhecido.
26 Português • PP
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06 Módulo
Estrutura e Formação
de Palavras
27 Português • PP
Prof. Pimentel
•• Vogal Temática: é a vogal que se junta ao radical, preparando-o para receber Anotações
as desinências. Nos verbos, distinguem-se três vogais temáticas:
Formação das Palavras: há dois processos básicos e principais pelos quais se for-
mam as palavras:
1. Derivação = um único radical
2. Composição = sempre haverá mais de um radical
Derivação: processo pelo qual se obtém uma palavra nova, chamada derivada, a
partir de outra já existente, chamada primitiva. Observe o quadro abaixo:
Tipos de Derivação:
1. Derivação Prefixal ou Prefixação: resulta do acréscimo de prefixo à palavra pri-
mitiva, que tem o seu significado alterado.
crer- descrer
ler- reler
capaz- incapaz
28 Português • PP
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29 Português • PP
Prof. Pimentel
1. ARTIGO:
Definição: palavra que modifica o substantivo.
•• Artigo indefinido: generaliza e refere-se a um ser desconhecido.
o, a, os, as
Flexão = número e gênero.
Observação importante: os artigos são capazes de substantivar outras palavras que
não sejam substantivos. Veja:
⇓
substantivo
Não gosto de receber um não.
⇓ ⇓
artigo advérbio
substantivado
30 Português • PP
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2. ADVÉRBIO Anotações
Definição: palavra invariável que indica circunstância. Pode modificar o verbo, o
adjetivo e o próprio advérbio.
Flexão:
•• número e gênero = advérbio é invariável
•• grau = alguns advérbios são variáveis (superlativo e comparativo) Ex.: tarde/
tardíssimo
Locução adverbial: união de duas ou mais palavras que funcionam como advérbio.
Normalmente fazemos uma pergunta ao verbo para encontrarmos o ADVÉRBIO.
Veja:
Chegou quando?
Cedo: adv. de tempo Muito: adv. de intensidade
Principais Classificações
Advérbios e locuções adverbiais
Tempo agora, hoje, ontem, cedo, tarde, à tarde, à noite, já, no dia seguinte,
amanhã, de manhã, jamais, nunca, sempre, antes, breve, de repen-
te, de vez em quando, às vezes, imediatamente, etc.
Lugar aqui, ali, aí, lá, cá, acolá, perto, longe, abaixo, acima, dentro, fora,
além, adiante, distante, em cima, ao lado, à direita, à esquerda, em
algum lugar, atrás, etc.
Modo bem, mal, assim, pior, melhor, depressa, devagar, à toa, às pressas,
à vontade, rapidamente, calmamente, infelizmente (e a maioria dos
advérbios terminados em -mente), etc.
Negação não, absolutamente, tampouco, nunca, de modo algum, de forma
alguma, etc.
Afirmação sim, realmente, deveras, certamente, sem dúvida, efetivamente,
com certeza, de fato, etc.
Intensidade muito, pouco, bastante, suficiente, demais, mais, menos, tão, etc.
Dúvida talvez, possivelmente, provavelmente, quiçá, etc.
Interrogação onde, quando, como, etc.
Exclusão apenas, exclusivamente, salvo, senão, etc.
Inclusão ainda, até, mesmo, inclusivamente, também, etc.
31 Português • PP
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3. CONJUNÇÃO Anotações
Definição: palavra invariável que liga duas orações ou dois termos semelhantes de
uma mesma oração. As conjunções não exercem propriamente uma função sintáti-
ca: são conectivos.
Flexão: invariável
Locução Conjuntiva: conjuntos de palavras que atuam como conjunção. Essas locu-
ções geralmente terminam em “que“ (visto que, desde que, ainda que, etc.)
Classificação das Conjunções
Podem ser classificadas em:
•• Conjunções Coordenativas: ligam orações de sentido completo e indepen-
dente ou termos da oração que têm a mesma função gramatical.
•• Conjunções Subordinativas: ligam duas orações, dependentes uma da outra.
Dividem-se em:
–– integrantes: introduzem orações subordinadas substantivas
–– adverbiais: introduzem orações que indicam uma circunstância adverbial
relacionada à oração principal.
Conjunções coordenativas
Conjunções subordinativas
Classificação Sentido Principais conjunções
Integrantes sem valor semântico que, se
específico, apenas
ligam orações
Causais causa, motivo porque, como, já que, visto que
Condicionais condição se, caso, desde que, contanto que
Consecutivas consequência que (precedido de tão, tal, tanto), de
modo que
adverbiais
32 Português • PP
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4. INTERJEIÇÃO Anotações
Definição: é a palavra invariável que exprime emoções, sensações, estados de es-
pírito, ou que procura agir sobre o interlocutor, levando-o a adotar certo comporta-
mento sem que, para isso, seja necessário fazer uso de estruturas linguísticas mais
elaboradas.
Flexão: invariável
5. NUMERAL
Definição: numeral é a palavra que indica os seres em termos numéricos, isto é, que
atribui quantidade aos seres ou os situa em determinada ordem. Possuem normal-
mente a função adjetiva, mas podem ser substantivados.
Flexão:
•• Cardinais = variam em gênero:
–– um/uma, dois/duas e os que indicam centenas de duzentos/duzentas
em diante.
–– os demais cardinais são invariáveis: quatro, cinco, cem, etc.
•• Ordinais = variam em gênero e número: primeiro(a) (s)
•• Coletivos = variam em número: dúzia(s)
•• Multiplicativos:
–– são invariáveis quando atuam em funções substantivas.
Ex.: Fizeram o dobro do esforço.
–– flexionam-se em gênero e número quando atuam em funções adjetivas.
Ex.: Teve de tomar doses triplas do medicamento.
•• Fracionários = variam em gênero e número: meio(a), um terço/dois terços.
33 Português • PP
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6. PREPOSIÇÃO Anotações
Definição: estabelece uma relação entre dois ou mais termos da oração. Há dois
tipos:
•• Preposições essenciais: atuam exclusivamente como preposição.
a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, per,
perante, por, sem, sob, sobre, trás
•• Preposições acidentais: palavras de outras classes gramaticais que podem
atuar como preposições.
ao = a + o
do = de + o
Atenção: as formas pelo (s), pela (s) resultam da contração da arcaica preposi-
ção ”per” com os artigos definidos.
Exemplo: per + o = pelo
34 Português • PP
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PARTE 2 - SUBSTANTIVO
Definição = palavra variável que nomeia objetos, pessoas, lugares, plantas, animais,
sentimentos, ações, qualidades, etc.
Flexões:
–– Número = singular ou plural
–– Gênero = masculino ou feminino (com ou sem mudança de significado)
–– Grau = aumentativo ou diminutivo (designam extensão/tamanho ou ex-
pressam sentimentos: afeto, desdém)
35 Português • PP
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FLEXÃO DE GÊNERO
Divide-se em:
1. Substantivos Biformes (= duas formas): ao indicar nomes de seres vivos,
geralmente o gênero da palavra está relacionado ao sexo do ser, havendo, portanto,
duas formas, uma para o masculino e outra para o feminino. Observe:
gato - gata
homem - mulher
bode - cabra
2. Substantivos Uniformes: apresentam uma única forma (tanto para masculino
como para feminino). Classificam-se em:
–– Epicenos: têm um só gênero e nomeiam bichos.
a cobra macho - a cobra fêmea
o jacaré macho - o jacaré fêmea
36 Português • PP
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Atenção: Anotações
Gênero Incerto: alguns substantivos apresentam gênero incerto, ainda não rigoro-
samente determinado, sendo usados:
•• com a mesma significação, ora como masculinos, ora como femininos. Al-
guns exemplos:
o personagem - a personagem
o diabete(s) - a diabete(s)
a modelo - o modelo
o laringe - a laringe
•• terminados em il =
–– oxítonos = troca-se il por is.
–– paroxítonos = troca-se il por eis.
Exceção: répteis ou reptis (pouco usada)
•• terminados em s =
–– monossilábicos ou oxítonos = + es (ases, retroses)
–– paroxítonos ou proparoxítonos = invariáveis (ônibus, lápis)
As palavras terminadas em –ão podem formar plural de três modos: -ões, -ãos
ou –ães. Não há uma regra específica para se fazer esse plural, pois pode variar entre
os três e dependerá unicamente da origem da palavra, ou seja, de sua etimologia.
A maioria dos substantivos e adjetivos terminados em –ão fazem o plural em –ões.
balão – balões / limão – limões / paixão – paixões
37 Português • PP
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Quando a terminação –ão recai sob a sílaba átona (sem tonicidade, pronun- Anotações
ciada mais fracamente) o plural obedece à regra básica: acrescenta-se “s” no final:
Bênção – bênçãos / Órgão – órgãos
Observe que as palavras acima são paroxítonas. Mas, entre algumas oxítonas e
monossílabas, acontece o mesmo:
mão – mãos / irmão – irmãos / artesão-artesãos
Poucos vocábulos têm seu plural em –ães:
cão – cães / capitão – capitães / escrivão – escrivães
Outras palavras aceitam mais de uma forma de plural:
anão – anões e anãos
ancião – anciãos, anciães e anciões
corrimão – corrimãos e corrimões
guardião - guardiães e guardiões
Decorar não é a maneira ideal de assimilar esses plurais, já que há muitas ex-
ceções. Assim, a prática é a melhor opção! É difícil esquecer algo com que se está
acostumado e que já faz parte da rotina.
38 Português • PP
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4. Permanecem invariáveis:
•• verbo + advérbio
o bota-fora e os bota-fora
•• verbo + substantivo no plural
o saca-rolhas e os saca-rolhas
Atenção:
•• Plural dos Nomes Próprios Personativos: nomes próprios de pessoas são
pluralizados sempre que a terminação se preste à flexão.
Os Napoleões também são derrotados.
As Raquéis e Esteres.
39 Português • PP
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Acre acriano
Amazonas amazonense ou baré
Campinas campineiro ou campinense
Estados Unidos estadunidense, norte-americano ou ianque
Guatemala guatemalteco
Índia indiano ou hindu (os que professam o hinduísmo)
Israel israelense ou israelita
Mongólia mongol ou mongólico
Somália somali, somaliano e somaliense
40 Português • PP
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Alguns exemplos:
de águia aquilino
de bode hircino
de bronze brônzeo ou êneo
de criança pueril
de fogo ígneo
de enxofre sulfúrico
de gesso gípseo
de ilha insular
de paixão passional
de serpente viperino
41 Português • PP
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FLEXÃO DE GRAU
1. COMPARATIVO: compara elementos
•• de Inferioridade: menos.....(do) que...
Sou menos alto (do) que você.
•• de Igualdade: tão....quanto...
Sou tão alto quanto você.
O segundo termo da comparação de igualdade é introduzido pelas palavras como,
quanto ou quão.
42 Português • PP
Prof. Pimentel
•• de Superioridade Anotações
–– Analítico: mais .... (do) que ...
Sou mais alto (do) que você.
–– Sintético: maior (do) que a ...
Sou maior (do) que você
Alguns adjetivos possuem, para o comparativo de superioridade, formas sintéticas,
herdadas do latim. São eles:
Observe que:
a) As formas menor e pior são comparativos de superioridade, pois equivalem a
mais pequeno e mais mau, respectivamente.
b) Bom, mau, grande e pequeno têm formas sintéticas (melhor, pior, maior e
menor), porém, em comparações feitas entre duas qualidades de um mesmo
elemento, deve-se usar as formas analíticas mais bom, mais mau, mais
grande e mais pequeno.
Gabriel é maior do que Lucas.
(comparação de dois elementos)
2. SUPERLATIVO
•• Superlativo Absoluto: um elemento não comparado a outro
–– Sintético (uma palavra) = Ele é inteligentíssimo
–– Analítico (há advérbio) = Ele é muito inteligente
PARTE 4 - PRONOME
Definição: é a palavra que se usa em lugar do nome, ou a ele se refere, ou ainda,
que acompanha o nome qualificando-o de alguma forma.
Flexão: gênero e número.
Existem seis tipos de pronomes: pessoais, demonstrativos, relativos, posses-
sivos, indefinidos e interrogativos.
Daremos ênfase aos três primeiros, por serem mais presentes em concursos.
43 Português • PP
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•• SE, SI, CONSIGO: além de serem usados para a 3ª pessoa, como nos mostra
o quadro anterior, podemos usar também em voz reflexiva, ou seja, quando
o sujeito pratica e sofre a ação.
Ele feriu-se com a faca.
O aluno trouxe o livro consigo.
eleMESMO
Dica: pense em
elePRÓPRIO
44 Português • PP
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1ª REGRA: Norma culta não admite frases iniciadas com pronomes oblíquos.
2ª REGRA: Pronomes pessoais do caso reto têm função de sujeito e não podem ter fun-
ção de complementos verbais. Vamos relembrar o que são complementos verbais:
•• Objeto Direto = vem após um verbo transitivo direto, ou seja, não pede
preposição.
•• Objeto indireto: vem após verbo transitivo indireto, ou seja, pede preposição.
45 Português • PP
Prof. Pimentel
NUNCA USE:
Entre eu e ele!
Entre você e eu.
Deixe-me falar.
Sujeito do verbo falar = “me” (eu)
Sujeito da oração = você
2. Empregamos:
•• “Vossa(s)”: quando falamos com a pessoa.
Espero que V. Ex.ª, Senhor Governador, compareça.
46 Português • PP
Prof. Pimentel
Anotações
Vossa Excelência
Pronome de
Destinatário Vocativo
Tratamento
demais autoridades e Senhor Fulano de Tal,
para particulares
•• Fica dispensado o emprego do superlativo ilustrís-
simo para as autoridades que recebem o trata-
mento de Vossa Senhoria e para particulares. É su-
ficiente o uso do pronome de tratamento Senhor.
•• “doutor” não é forma de tratamento, e sim título
Vossa Senhoria acadêmico. Evite usá-lo indiscriminadamente.
Como regra geral, empregue-o apenas em comuni-
cações dirigidas a pessoas que tenham tal grau por
terem concluído curso universitário de doutorado.
É costume designar por doutor os bacharéis, espe-
cialmente os bacharéis em Direito e em Medicina.
Nos demais casos, o tratamento Senhor confere a
desejada formalidade às comunicações.
Vossa Magnificência Reitores de universidade Magnífico Reitor,
Vossa Santidade Papa Santíssimo Padre,
Vossa Eminência ou Cardeais Eminentíssimo Senhor
Vossa Eminência Cardeal, ou
Reverendíssima Eminentíssimo e Reveren-
díssimo Senhor Cardeal,
Vossa Excelência Arcebispos e Bispos Excelentíssimo e
Reverendíssima Reverendíssimo Senhor
Arcebispo (ou Bispo)
Vossa Monsenhores, Cônegos e Reverendíssimo Monse-
Reverendíssima ou superiores religiosos nhor (ou Cônegos, etc.),
Vossa Senhoria ou Reverendíssimo Senhor
Reverendíssima Cônego,
47 Português • PP
Prof. Pimentel
Ideias (Texto/Discurso):
•• Esse, essa, isso - retoma ideia: ANÁFORA
•• Este, esta, isto - cita ideia: CATÁFORA
(e normalmente tem dois-pontos!)
Dica: “t”
Observação: É bastante comum utilizar os pronomes demonstrativos para retomar
elementos:
–– este(a), esse(a): elemento mais próximo do pronome
–– aquele, aquela: elemento mais distante do pronome
3. Pronomes Relativos
Retomam e substituem seu antecedente, ou, no caso de “cujo”, referem-se ao ter-
mo posterior.
invariáveis variáveis
QUE, QUEM, ONDE O QUAL, CUJO, QUANTO
⇓ ⇓ (e suas flexões)
para para
pessoa lugar
48 Português • PP
Prof. Pimentel
Exemplos: Anotações
Emprestei tantos quantos foram necessários.
antecedente
Ele fez tudo quanto havia falado.
antecedente
Dicas:
•• sempre que aparecer o pronome relativo “QUE”, substitua-o por:
o qual / os quais
a qual / as quais
Se a substituição for possível, trata-se mesmo de um pronome relativo. Caso con-
trário o “QUE” pode ser uma conjunção.
•• o(a) + que = aquele, aquela
Pronome Pronome
Demonstrativo Relativo
Exemplo 2
São artigos a que sou favorável.
Sou favorável aos artigos.
Quem é favorável, é favorável a algo.
A preposição A é pedida.
Então, teremos 2 formas corretas:
São artigos a que sou favorável.
São artigos aos quais sou favorável.
Exemplo 3
Aquela é a atriz a cujo filme me referi.
Eu me referi ao filme.
Quem se refere, refere-se A algo.
A preposição A foi pedida.
Atenção: usando o “cujo” teremos apenas 1 possibilidade de construção da oração.
49 Português • PP
Prof. Pimentel
PARTE 5 - VERBO
Verbo Ser
Que vai ser quando crescer?
Vivem perguntando em redor. Que é ser?
É ter um corpo, um jeito, um nome?
Tenho os três. E sou?
Tenho de mudar quando crescer? Usar outro nome, corpo e jeito?
Ou a gente só principia a ser quando cresce?
É terrível, ser? Dói? É bom? É triste?
Ser; pronunciado tão depressa, e cabe tantas coisas?
Repito: Ser, Ser, Ser. Er. R.Que vou ser quando crescer?
Sou obrigado a? Posso escolher?
Não dá para entender. Não vou ser.
Vou crescer assim mesmo.
Sem ser Esquecer.
(Carlos Drummond de Andrade)
Definição: indica ação, estado e fenômenos da natureza.
Flexão:
•• pessoa: 1ª, 2ª ou 3ª;
•• Número: singular e plural;
•• Tempo: Presente, Pretérito Perfeito, Pretérito Imperfeito, Pretérito
Mais-que-perfeito, Futuro, Futuro do Presente, Futuro do Pretérito;
•• Modo: Indicativo, Subjuntivo e Imperativo, além das formas Nominais;
•• Voz: Ativa, Passiva e Reflexiva.
Locução verbal: dois ou mais termos que, juntos, possuem valor de verbo.
Os verbos dividem-se em três conjugações:
•• 1ª conjugação: verbos terminados em -ar
•• 2ª conjugação: verbos terminados em -er
•• 3ª conjugação: verbos terminados em -ir
50 Português • PP
Prof. Pimentel
Observação: o verbo pôr, assim como seus derivados (compor, repor, depor, etc.), Anotações
pertencem à 2ª conjugação, pois a forma arcaica do verbo pôr era “poer”. A vogal
“e”, apesar de haver desaparecido do infinitivo, revela-se em algumas formas do
verbo: põe, pões, põem, etc.
CLASSIFICAÇÃO VERBAL
•• Regulares: não sofrem alteração no radical.
canto, cantas, canta
DICA: Os verbos terminados em “-iar” são todos regulares, exceto cinco verbos
cujas iniciais formam a palavra “Mario”. O verbo intermediar, derivado de mediar,
deve ser conjugado da mesma forma descrita abaixo.
Vós mediais Vós ansiais Vós remediais Vós incendiais Vós odiais
Eles Eles
Eles medeiam Eles anseiam Eles odeiam
remedeiam incendeiam
•• Irregulares: sofrem alteração no radical ou na desinência.
peço, pedes
•• Anômalos: possuem mais de um radical em sua conjugação.
ser (sou, és, é, somos, sois, são)
ir (vou, vais, vai, vamos, ides, vão)
51 Português • PP
Prof. Pimentel
Particípio
Verbo Irregular Regular
(curto) (longo)
imprimir impresso imprimido
eleger eleito elegido
Maria se penteava.
52 Português • PP
Prof. Pimentel
A reflexibilidade se diz acidental, pois a ação reflexiva pode ser exercida também Anotações
sobre outra pessoa.
Maria penteou-me.
Eu sempre estudo.
2. Subjuntivo - indica uma dúvida, uma possibilidade.
FORMAS NOMINAIS: além desses três modos, o verbo apresenta ainda formas que
podem exercer funções de nomes (substantivo, adjetivo, advérbio).
•• Infinitivo Impessoal: exprime a significação do verbo de modo vago e in-
definido, podendo ter valor e função de substantivo.
•• Gerúndio: o gerúndio pode funcionar como adjetivo ou advérbio.
•• Particípio: indica geralmente o resultado de uma ação terminada.
TEMPOS VERBAIS: tomando-se como referência o momento em que se fala, a ação
expressa pelo verbo pode ocorrer em diversos tempos.
Presente Presente
Pretérito Perfeito
Pretérito Imperfeito Pretérito Imperfeito
Pretérito-mais-que-perfeito
Futuro do Presente Futuro
Futuro do Pretérito
PRETÉRITO PRETÉRITO
PRESENTE IMPERFEITO PERFEITO
EU amo amava amei
TU amas amavas amaste
ELE/ELA/VOCÊ ama amava amou
NÓS amamos amávamos amamos
VÓS amais amáveis amastes
ELES amam amavam amaram
53 Português • PP
Prof. Pimentel
Anotações
PRETÉRITO FUTURO DO FUTURO DO
MAIS-QUE-PERFEITO PRESENTE PRETÉRITO
EU amara amarei amaria
TU amaras amarás amarias
ELE/ELA/VOCÊ amara amará amaria
NÓS amáramos amaremos amaríamos
VÓS amáreis amareis amaríeis
ELES amaram amarão amariam
SUBJUNTIVO:
PRETÉRITO
PRESENTE IMPERFEITO FUTURO
QUE EU ame SE EU amasse QUANDO EU amar
QUE TU ames SE TU amasses QUANDO TU amares
QUE ELE ame SE ELE amasse QUANDO ELE amar
QUE NÓS amemos SE NÓS amássemos QUANDO NÓS amarmos
QUE VÓS ameis SE VÓS amásseis QUANDO VÓS amardes
QUE ELES amem SE ELES amassem QUANDO ELES amarem
IMPERATIVO:
AFIRMATIVO NEGATIVO
- -
Ama TU NÃO ames TU
Ame ELE/ELA/VOCÊ NÃO ame ELE/ELA/VOCÊ
Amemos NÓS NÃO amemos NÓS
Amai VÓS NÃO ameis VÓS
Amem ELES/ELAS/VOCÊS NÃO amem ELES/ELAS/VOCÊS
INDICATIVO
54 Português • PP
Prof. Pimentel
Anotações
SUBJUNTIVO
Presente indica hipótese, dúvida.
(Que)
Pretérito Imperfeito expressa um desejo ou fato passado, mas posterior a outro
já ocorrido; (tempo condicional).
(Se)
Futuro ação futura duvidosa, ato que pode ocorrer num momen-
to futuro em relação ao atual.
(Quando)
Correlação Verbal: coerência que deve haver entre as formas verbais utilizadas
numa frase ou num período. Alguns exemplos:
Futuro do Subjuntivo +
Quando você fizer a tarefa, descansarei.
Futuro do Presente do Indicativo
Pretérito Imperfeito do Subjuntivo + Se você fizesse a tarefa, eu leria suas
Futuro do Pretérito do Indicativo respostas.
Presente do Indicativo +
Exijo que faça a tarefa.
Presente do Subjuntivo
VOZES VERBAIS
Há 3 vozes verbais:
1. Voz reflexiva: o sujeito, que pratica e sofre a ação, é retomado pelo pronome “se”
que terá função de Objeto Direto.
Ele feriu-se.
Dica: sempre caberão os termos “ mesmo” e “próprio”.
Atenção: a voz reflexiva pode ser recíproca, ou seja, quando há dois sujeitos que
praticam a ação um no outro.
2. Voz Ativa: o sujeito pratica a ação.
O presidente governa o país.
sujeito VTD OD
Dica: para passar uma oração da Voz Ativa para a Voz Passiva, o objeto direto é
obrigatório.
55 Português • PP
Prof. Pimentel
+ SER
V. P. = Aquela prova foi feita pelos candidatos.
sujeito paciente ser + particípio agente da passiva
Dica: para passar uma oração da Passiva para Ativa ou vice-versa, lembre-se:
Observações importantes:
Além do verbo ser, existem outros verbos auxiliares que, embora menos fre-
quentes, podem formar a voz passiva analítica (estar, ficar, andar, viver, etc.)
Indicação de leitura:
O estudante ficou marcado pelo sucesso.
O Verbo For
•• O agente da passiva geralmente é acompanhado da preposição por, mas
pode ocorrer a construção com a preposição de. João Ubaldo Ribeiro
A casa ficou cercada de soldados. Essa crônica, de autoria de João
Ubaldo Ribeiro, foi publicada no
•• O agente da passiva pode não estar explícito na voz passiva analítica. jornal “O Globo” (e em outros
jornais) na edição de domin-
A exposição será aberta amanhã. go, 13 de setembro de 1998 e
•• O agente da passiva não costuma vir expresso na voz passiva sintética. integra o livro “O Conselheiro
Come”, Ed Nova Fronteira - Rio
Abriram-se as inscrições. de Janeiro, 2000, pág. 20.
56 Português • PP
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57 Português • PP
Prof. Pimentel
–– ELÍPTICO: o sujeito fica implícito, mas pode ser identificado pela Anotações
desinência verbal. Esse tipo de sujeito também recebe o nome de: implí-
cito, oculto, subentendido, desinencial.
Viajaremos amanhã.
(Nós = sujeito determinado e implícito)
SUJEITO INDETERMINADO: embora existindo, não se pode determinar nem pelo con-
texto, nem pela terminação do verbo. Há três maneiras de indeterminar o sujeito :
–– verbo na 3ª pessoa do plural (sem que se refira a nenhum termo identi-
ficado anteriormente)
Telefonaram para você.
–– verbo na 3ª pessoa do singular + se
Acredita-se em um futuro melhor.
V.T.I ⇓
índice indeterminação do sujeito
–– verbo no infinitivo impessoal.
Foi gratificante participar das palestras.
Atenção: se o verbo for VTD, haverá sujeito e admitirá plural, já que teremos, neste
caso, voz passiva.
Note a diferença:
Aluga - se casa.
VTD+SE = VP sujeito
⇓
pronome apassivador
Alugam - se casas.
VTD+SE= VP sujeito
As casas são alugadas.
58 Português • PP
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59 Português • PP
Prof. Pimentel
•• do sujeito:
60 Português • PP
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VL Predicativo Sujeito
Exemplos:
O aluno é alegre. (estado permanente)
sujeito VL predicativo do sujeito
Note a diferença entre as orações abaixo. Lembre-se de que para haver verbo de
ligação é preciso haver predicativo!
61 Português • PP
Prof. Pimentel
Adoremos a Deus.
–– quando o objeto é representado por um pronome pessoal oblíquo tônico.
62 Português • PP
Prof. Pimentel
Anotações
Ele tem medo da reprovação.
sujeito VTD OD CN
(quem tem medo, tem medo de algo)
3. AGENTE DA PASSIVA: termo que age na voz passiva, ou seja, aquele que pratica
a ação. Vem regido pelas preposições “por” ou “de”.
Normalmente vem após o verbo SER + PARTICÍPIO.
Dica: para ter certeza de que o termo é agente da passiva e de que a oração está na
Voz Passiva, faça a inversão.
Os livros foram comprados por nós.
sujeito paciente ser + particípio agente da passiva
63 Português • PP
Prof. Pimentel
Morreu de pneumonia.
causa
morreu de quê?
Atenção: nem sempre é possível apontar com exatidão a circunstância expressa por
um adjunto adverbial. Analise:
64 Português • PP
Prof. Pimentel
Anotações
65 Português • PP
Prof. Pimentel
A expressão “de mãe” classifica-se como adjunto adnominal, pois mãe é agen-
te de amar, pratica a ação de amar.
1º Observe se o termo preposicionado está:
– ligado a um substantivo
Aposto: termo que se junta a outro para explicá-lo ou especificá-lo melhor. Apostos
são classificados em:
Com pontuação:
a) Explicativo
O zootecnista, profissional habilitado para atuar na produção animal em todos os
seus aspectos, tem sido valorizado.
b) Enumerativo
Estudar se compõe de muitas coisas: dedicação, disciplina, determinação.
c) Resumidor ou Recapitulativo
Saúde, educação e moradia, tudo isso está na base de um país melhor.
d) Comparativo
Seus olhos, indagadores holofotes, fixaram-se nas estrelas.
e) Distributivo
Drummond e Guimarães Rosa são dois grandes escritores, aquele na poesia e este
na prosa.
f) Aposto de Oração
Ela correu durante uma hora, sinal de preparo físico.
66 Português • PP
Prof. Pimentel
apostos especificativos
Observações:
•• O aposto pode vir precedido de expressões explicativas do tipo: a saber, isto
é, por exemplo, etc.
Alguns candidatos, a saber: Raquel, Ana e Bianca não chegaram a tempo.
•• O aposto pode aparecer antes do termo a que se refere.
Código universal, a música não tem fronteiras.
Vocativo: termo que não possui relação sintática com outro termo da oração. Serve
para chamar, invocar um ouvinte real ou hipotético. Ele pode vir antecedido por
interjeições de apelo, tais como ó, olá, eh!, etc.
Alunos, estudem.
vocativo
(Sujeito Elíptico = vocês)
67 Português • PP
Prof. Pimentel
68 Português • PP
Prof. Pimentel
Atenção: sabendo-se que a conjunção “nem” tem o valor da expressão “e não”, a Anotações
língua culta condena a forma “e nem“, pois seria um uso pleonástico de conjunções.
Analise:
O advogado não apresentou contestação, nem apresentará
(correto)
O advogado não apresentou contestação e não apresentará”
(correto)
O advogado não apresentou contestação e nem apresentará”
(incorreto)
Atenção: nesse último caso, o par “quer...quer” está coordenando entre si duas
orações que, na verdade, expressam concessão em relação a “Estarei lá”. É como se
disséssemos: “Embora você não permita, estarei lá”.
d) Conclusivas: conclusão.
Estudou muito, logo foi aprovado.
assindética sindética conclusiva
69 Português • PP
Prof. Pimentel
Anotações
Conjunções Coordenativas
alternância,
Alternativas exclusão ou, ou...ou, ora...ora, já...já, quer... quer
conclusão,
Conclusivas explicação quer logo, pois (posposto ao verbo), portanto
Resumindo:
PERÍODO COMPOSTO
ASSINDÉTICAS
1. Aditiva
COORDENAÇÃO 2. Adversativa
SINDÉTICAS 3. Alternativa
4. Conclusiva
5. Explicativa
PARTE 2 – SUBORDINAÇÃO
70 Português • PP
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1. SUBSTANTIVAS: pode-se colocar ISTO ou DISTO antes da conjunção. Sendo as- Anotações
sim, haverá oração principal (sem conjunção), conjunção integrante (“que” ou “se”)
e oração subordinada substantiva.
Os pronomes interrogativos (que, quem, qual) também introduzem as orações su-
bordinadas substantivas, bem como os advérbios interrogativos (por que, quando,
onde, como).
•• SUBJETIVA: a oração subordinada é o sujeito da oração principal.
O QUE É FUNDAMENTAL?
Estou certo / de que você vencerá.
OP VL+Predicativo oração subordinada
substantiva completiva nominal
DISTO = conjunção integrante
71 Português • PP
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A verdade é / que ele não queria viajar.
OP VL oração subordinada
substantiva predicativa
ISTO = conjunção integrante
Espero apenas uma coisa : que conquiste sua vaga.
OP oração subordinada
substantiva apositiva
ISTO = conjunção integrante
72 Português • PP
Prof. Pimentel
•• FINAL: indica finalidade. Faz-se sempre a pergunta PARA QUÊ? à oração prin-
cipal.
Vim aqui / a fim de que você me explicasse as questões.
OP oração subordinada adverbial final
73 Português • PP
Prof. Pimentel
Anotações
Conjunções subordinativas
Comparativas
como
Conformativas conformidade como, conforme, segundo
concessão embora, se bem que, mesmo que,
Concessivas
ainda que
tempo quando, assim que, antes que, depois
Temporais
que
Finais finalidade para que, a fim de que, que
Proporcionais proporção à medida que, à proporção que
Resumindo:
PERÍODO COMPOSTO
1. Subjetiva
2. Objetiva Direta
SUBSTANTIVAS 3. Objetiva Indireta
4. Completiva Nominal
5. Predicativa
6. Apositiva
1. Explicativa
ADJETIVAS 2. Restritiva
SUBORDINAÇÃO 1. Causal
2. Consecutiva
3. Condicional
4. Concessiva
ADVERBIAIS 5. Comparativa
6. Conformativa
7. Final
8. Proporcional
9. Temporal
74 Português • PP
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75 Português • PP
Prof. Pimentel
ORAÇÃO SUBORDINADA
Substantiva Adjetiva Adverbial
Verbo flexionado
Forma Possui: Conjunção Pronome Conjunção
desenvolvida integrante relativo subordinativa
Possui: Verbo no Verbo no Verbo no
infinitivo infinitivo, infinitivo,
Forma gerúndio ou gerúndio ou particípio
reduzida particípio
Não Possui: Conjunção Pronome Conjunção
integrante relativo subordinativa
Abaixo, alguns aspectos importantes sobre as orações reduzidas.
Atenção:
•• Oração Reduzida de Gerúndio: nesta possibilidade, excepcionalmente,
podemos encontrar as Orações Coordenadas Aditivas.
Organizou as doações, entregando-as às famílias carentes.
•• Orações Reduzidas Fixas: não são passíveis de desdobramento.
76 Português • PP
Prof. Pimentel
11 Módulo Concordância
Casos Particulares:
77 Português • PP
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Anotações
nomes que só existem no o artigo manda na Os Estados Unidos exportam
plural concordância ciência.
artigo plural = Estados Unidos exporta ciência.
verbo plural As Minas Gerais são inesque-
cíveis.
Minas Gerais é inesquecível.
pronome interrogativo ou verbo concorda Quais de nós são capazes?
indefinido plural + “de nós” com: Quais de nós somos capazes?
ou “de vós” - 1º pronome (3ª Alguns de vós sabiam?
(quais, quantos, alguns, p. do plural) Alguns de vós sabíeis?
poucos, muitos, quaisquer, - pronome pessoal
vários)
expressão que indica por- verbo concorda 25% do eleitorado não votou.
centagem + substantivo com o substantivo 85% dos eleitores votaram.
1% da classe faltou.
1% dos alunos faltaram.
expressão que indica porcentagem não seguida de
substantivo = verbo concorda com o numeral.
Ex.: 45% votaram contra o plebiscito.
78 Português • PP
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Anotações
79 Português • PP
Prof. Pimentel
Anotações
OUTROS CASOS
1) VERBO + PARTÍCULA “SE”
índice de indeterminação o "se" acompanha os Precisa-se de cozinheira.
do sujeito verbos intransitivos, Confia-se em teses seguras.
transitivos indiretos e Era-se mais feliz no passado.
de ligação = verbo na 3ª
pessoa do singular.
pronome apassivador o "se" acompanha Construiu-se uma casa.
verbos transitivos Construíram-se casas.
diretos (VTD) e transiti- Não se pouparam esforços
vos diretos e indiretos para construir a casa.
(VTDI) na formação da Não se devem poupar esfor-
voz passiva sintética = ços para construir uma casa.
verbo concorda com o
sujeito da oração
3) VERBO “PARECER”
admite duas concordân- Alguns colegas pareciam cho-
cias: rar naquele momento.
ocorre variação do (construção corrente)
verbo parecer e não se Alguns colegas parecia chora-
flexiona o infinitivo rem naquele momento.
não ocorre a variação do (construção literária)
seguido de infinitivo
verbo parecer e o infiniti-
vo é flexionado
Atenção: com orações desenvolvidas, o verbo ”pare-
cer” fica no singular.
Ex.: As paredes parece que têm ouvidos. ( = Parece que as
paredes têm ouvidos.)
80 Português • PP
Prof. Pimentel
Anotações
sujeito no singular referindo-se a coi- Nosso piquenique foram só guloseimas.
sas, e o predicativo for um substantivo Sua rotina eram só decisões.
no plural Atenção:
•• admite-se concordância no singular
quando se deseja fazer prevalecer um
elemento sobre o outro) Ex.: Tudo é
cinzas.
•• se o sujeito indicar pessoa, o verbo
concorda com o sujeito. Ex.: Gustavo
é só alegrias.
sujeito representado por pronome Que são esses documentos?
interrogativo que ou quem Quem são aquelas meninas?
impessoal na indicação de horas, dias É uma hora. / São duas da manhã.
e distâncias, o verbo ser concorda Eram 25 de julho quando ele nasceu.
com o numeral. Daqui até a escola são três quadras.
Atenção: na indicação de dia, o verbo ser admite as seguintes concordâncias:
1) No singular: Concorda com a palavra explícita dia. Ex.: Hoje é dia quatro de março.
2) No plural: Concorda com o numeral, sem a palavra explícita dia. Ex.: Hoje são
quatro de março.
3) No singular: Concorda com a ideia implícita de dia. Ex.: Hoje é quatro de março.
quando o sujeito indicar preço, peso, Cinco quilos de açúcar é mais do que
medida ou quantidade e o predicati- preciso.
vo for uma expressão como: muito, Três metros de tecido é pouco para fazer
pouco, o suficiente, o mínimo, demais, seu vestido.
menos de, mais de, etc., o verbo fica Sete anos de noivado foi muito.
no singular. Cem reais é o suficiente.
Um é pouco, dois é bom, três é demais.
quando um dos elementos (sujeito ou No meu setor, eu sou a única mulher.
predicativo) for pronome pessoal do Aqui os adultos somos nós.
caso reto, com este concordará o verbo
Atenção: sendo ambos os termos (sujeito e predicativo) representados por pro-
nomes pessoais, o verbo concorda com o pronome sujeito.
Ex.: Eu não sou ela. / Ela não é eu.
quando o suj. for uma expressão A grande maioria eram idosos.
de sentido partitivo ou coletivo e o O resto foram atitudes imaturas.
predicativo estiver no plural, o verbo
ser concordará com predicativo.
81 Português • PP
Prof. Pimentel
Regras gerais
Regras Exemplos
1) Adjetivo concorda em gênero e número As mãos trêmulas denunciavam o que
quando se refere a um único substantivo sentia.
a) Adj. an- Adj. concorda Achamos caídas as apostilas e os livros.
teposto aos em gênero Achamos caída a apostila e os livros.
subst. e número Achamos caído o livro e as apostilas.
com subst. +
próximo
substantivos nomes próprios ou de parentesco = adjetivo plural
2) Adjetivo Ex.: As adoráveis Tati e Júlia vieram me visitar.
referindo-se Encontrei os simpáticos primos e primas na formatura.
a vários subs-
tantivos b) Adj. pos- Adj. concorda A loja oferece qualidade e preço perfeito.
posto aos com subst. + A loja oferece preço e qualidade perfeita.
subst. próximo A loja oferece qualidade e preço perfeitos.
ou com todos A loja oferece preço e qualidade perfeitos.
eles
substantivos do mesmo gênero = adjetivo singular ou plural.
Ex.: A beleza e a inteligência feminina(s). / O carro e o iate novo(s).
3) Expressões formadas a) adj. no masculino singular, se o Água é bom para
pelo verbo SER + adjetivo substantivo não for acompanhado saúde.
de nenhum modificador
“artigo manda na
concordância” b) adj. concorda com o substantivo, Esta água
se este for modificado por um arti- é boa para saúde.
go ou qualquer outro determinativo A água é boa para
saúde.
4) O adjetivo concorda em gênero e número com os prono- Bruno as viu ontem
mes pessoais a que se refere muito felizes.
5) Expressões formadas O adjetivo é usado no masculino Os homens/as
por pronome indefinido singular mulheres tinham
neutro (nada, algo, muito, algo de misterioso.
tanto, etc.) + DE + adj.
a) Equivalendo a “sozinho“ = Ela saiu só.
função adjetiva e concorda com o Elas saíram sós.
nome a que se refere
6) A palavra “só”
b) Equivalendo a “somente” ou “ape- Eles só desejam a
nas“ = função adverbial (invariável). aprovação.
Dica: A locução adverbial “a sós” é invariável.Ex.: Preciso
falar a sós com ele.
82 Português • PP
Prof. Pimentel
Anotações
7) Um único substantivo a) O substantivo permanece no Admiro a cul-
modificado por dois ou singular e coloca-se o artigo antes tura espanhola
mais adjetivos no singular do último adjetivo. e a portuguesa.
b) O substantivo vai para o plural e Admiro as cultu-
omite-se o artigo antes do adjetivo. ras espanhola e
portuguesa.
CASOS PARTICULARES
É proibido – É necessário – É bom – É preciso – É permitido
Regras Exemplos
Expressões formadas por verbo + É proibido entrada de animais. / É proibida a en-
adjetivo trada de animais.
Só variam se o sujeito vier prece- Agora, é necessário prudência. / A prudência
dido de artigo ou outro determi- é necessária.
nante. No verão, melancia é bom. / A melancia é boa.
É preciso paz. / São precisas várias medidas na
saúde.
Não é permitido saída. / Não é permitida a saída.
Dica: artigo manda na concordância.
Obrigado - Mesmo - Próprio - Incluso - Quite
Palavras adjetivas concordam em A garota agradeceu: - Muito obrigada. / As garo-
gênero e número com o subs- tas agradeceram: - Muito obrigadas
tantivo ou pronome a que se Segue incluso o documento. / Seguem inclu-
referem sos os documentos.Nós estamos quites. / Eu
estou quite.
Ela própria fará o trabalho. / Elas próprias farão
o trabalho.
Ele mesmo fará isso. / Eles mesmos farão isso.
Dica: quando “mesmo” for advérbio fica invariável.
Ex.: Ela viajará mesmo para Londres.
Eles viajarão mesmo para Londres.
Anexo - Bastante - Caro - Barato - Longe
•• invariáveis quando funcionam Seguem anexas as cartas. (adjetivo)
como advérbios ou locuções Segue anexo o documento. (adjetivo)
adverbiais (acompanham Seguem, em anexo, as cartas. (locução adverbial)
verbo, advérbio ou adjetivo) Segue, em anexo, o documento. (locução adver-
•• concordam com o nome a que bial)
se referem quando funcionam Nunca pensei que o estudo fosse tão caro.
como adjetivos ou pronomes (advérbio)
indefinidos. (acompanham As casas estão caras. (adjetivo)
substantivo) Achei barato este sapato.(advérbio)
Hoje as verduras estão baratas. (adjetivo)
”Vais ficando longe de mim ...” (Cecília Meireles)
(adv.)
”Levai-me a esses longes verdes,...”
(Cecília Meireles). (adj.)
Os atletas estavam bastante cansados. (advérbio)
Há bastantes pessoas insatisfeitas com o traba-
lho. (pronome adjetivo)
Há bastantes livros na prateleira. (adjetivo)
Vimos bastantes livros na biblioteca (pronome
indefinido)
Dica: muito = bastante
muitos = bastantes
83 Português • PP
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Anotações
Meio - Meia
A palavra “meio” •• como Pedi meia porção de fritas. (adj.)
adjetivo A receita pede meio litro de vinho. (adj.)
concorda A aluna está meio nervosa. (adv.)
com o O menino está meio preocupado. (adv.)
nome a
que se Dicas:
refere meio + subst. = adjetivo (= metade)
•• como meio + adj.= advérbio (= um pouco)
advérbio
permanece
invariável
Alerta - Menos
•• A palavra alerta pode ser: ad- As crianças estão alertas. (adjetivo)
jetivo, substantivo (variáveis), Todos olhavam alerta. (advérbio)
advérbio ou interjeição (in- Os alertas foram ouvidos. (substantivo)
variáveis) Alerta, escoteiros!
•• A palavra menos sempre será
advérbio (invariável) Ela tem menos bonecas que sua amiga.
Havia menos gente hoje.
84 Português • PP
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12 Módulo Regência
85 Português • PP
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Transitividade Anotações
Verbo Sentido Exemplos
Preposição
ver VI a Gustavo e o pai assistem ao jogo.
Assistir pertencer VTI a O direito de informar assiste ao chefe.
cuidar VTD - O médico assiste os pacientes.
mirar VTD - O caçador visou animal.
Visar vistar VTD - O gerente visou o cheque.
almejar VTI a Ela visa à promoção.
desejar VTD - Quero o livro.
Querer
estimar VTI a Quero à minha família.
inspirar VTD - Aspire o perfume.
Aspirar
almejar VTI a Aspiramos à aprovação.
Esquecer, - VTD - Esqueci o seu nome.
lembrar Lembrei o seu nome.
Esquecer-se, - VTI de Esqueci-me do seu nome.
lembrar-se Lembrei-me do seu nome.
Pediu licença e partiu.
VTD -
-
VTDI a Pediu à professora o gabarito.
Pedir pessoa = OI e coisa = OD
Atenção: exige a preposição “para” quando a palavra licença estiver
subentendida. Ex.: Pediu (licença) para sair. Ainda assim continua um VTD.
86 Português • PP
Prof. Pimentel
Anotações
Informar - VTDI a, de Informei a data ao aluno.
Informo o aluno da data.
Paguei a conta a você.
Pagar, - VTDI a Perdoei-lhe os erros.
perdoar
coisa = OD e pessoa = OI
ter
VI - As fofocas não procedem.
fundamento
Proceder
executar VTI a Procederemos ao inquérito.
87 Português • PP
Prof. Pimentel
Adjetivos
Acessível a Entendido em Necessário a
Acostumado a, com Equivalente a Nocivo a
Agradável a Escasso de Paralelo a
Alheio a, de Essencial a, para Passível de
Análogo a Fácil de Preferível a
Ansioso de, para, por Fanático por Prejudicial a
Apto a, para Favorável a Prestes a
Ávido de Generoso com Propício a
Benéfico a Grato a, por Próximo a
Capaz de, para Hábil em Relacionado com
Compatível com Habituado a Relativo a
Contemporâneo a, de Idêntico a Satisfeito com, de, em, por
Contíguo a Impróprio para Semelhante a
Contrário a Indeciso em Sensível a
Descontente com Insensível a Sito em
Desejoso de Liberal com Suspeito de
Diferente de Natural de Vazio de
Advérbios
Longe de Perto de
Atenção: os advérbios terminados em -mente tendem a seguir o regime dos
adjetivos de que são formados:
Paralela a Paralelamente a
Relativa a Relativamente a
88 Português • PP
Prof. Pimentel
PRONOMINAIS Anotações
Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro.
Oswald de Andrade
SINTAXE DE COLOCAÇÃO
PRONOMINAL
89 Português • PP
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Anotações
Palavras atrativas Exemplos
Ocorrência Exemplos
Quando houver verbo no: Contar-lhe-ei sobre o ocorrido.
•• Futuro do Presente do Indicativo (Contarei + lhe)
Procurar-me-iam caso precisassem de
•• Futuro do Pretérito do Indicativo
algo.
(Procurariam + me)
Atenção: Amanhã lhe contarei o ocorrido.
•• Não ocorrerá a mesóclise, caso haja Todos me procurariam caso precisassem
palavra atrativa conforme quadro de algo.
anterior
•• Com esses tempos verbais (futuro
do presente e futuro do pretérito)
jamais ocorre a ênclise
90 Português • PP
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Anotações
Ocorrência Exemplos
verbo no início da frase Preocupe-se com o sucesso do projeto.
verbo no infinitivo impessoal Leia o livro antes de doá-lo.
Atenção: o pronome poderá vir proclí- É preciso não o magoar.
tico se o infinitivo estiver precedido de
preposição ou palavra atrativa. É preciso não magoá-lo.
verbo no gerúndio (não precedido da Acalmou-o, dando-lhe carinho.
preposição “em”)
verbo no imperativo afirmativo Avise-a sobre a alteração na ata.
Atenção:
•• A posição normal do pronome é a ênclise. Para que ocorra a próclise ou a
mesóclise é necessário haver justificativas;
•• A língua culta não admite que se inicie uma oração com o pronome oblíquo;
•• Se o verbo não estiver no início da frase, nem conjugado nos tempos Futuro
do Presente ou Futuro do Pretérito, é possível usar tanto a próclise como a
ênclise.
Exemplos:
- CASOS ESPECIAIS -
COLOCAÇÃO DOS PRONOMES OBLÍQUOS NAS LOCUÇÕES VERBAIS
sem palavra atrativa = prono- Devo esclarecer-lhe o fato.
me depois do verbo auxiliar
Devo-lhe esclarecer o fato.
ou depois do verbo principal
91 Português • PP
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14 Módulo
Sinal Indicativo
de Crase
Simplificando:
a + a
preposição artigo/pronome
Vou a a aula.
Vou à aula.
Temos:
•• a ocorrência da preposição “a”, exigida pelo verbo transitivo indireto “ir” (ir
a algum lugar);
•• a ocorrência do artigo “a” que está determinando o substantivo feminino
aula.
92 Português • PP
Prof. Pimentel
Neste caso, temos a ocorrência de duas vogais idênticas que se unem recebendo o Anotações
acento grave, indicador de crase.
Portanto, a crase é possível, desde que o termo seguinte seja feminino e admita o
artigo feminino “a” ou um dos pronomes já citados.
Dica: para verificar a existência de um artigo feminino “a” (s) ou de um pronome
demonstrativo “a” (s) após uma preposição “a”:
•• Colocar um termo masculino no lugar do termo feminino. Se surgir a forma
“ao”, ocorrerá crase antes do termo feminino.
Eu me refiro a ela.
Aqui temos só a preposição!
Eu me refiro a ele.
93 Português • PP
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94 Português • PP
Prof. Pimentel
Atenção: para maior clareza, evitando ambiguidade, pode-se usar a crase apenas Anotações
nas situações abaixo:
Gostava de fotografar à distância.
Ensinou à distância.
Dizem que aquele médico cura à distância.
Voltei a casa.
Voltei à casa de meus pais.
Os navios voltaram a terra.
Os navios voltaram à terra das palmeiras.
95 Português • PP
Prof. Pimentel
96 Português • PP
Prof. Pimentel
Anotações
Ponto (.): usado nas abreviaturas e para se marcar o final de uma frase.
Sr. , sra., pág., obs., Ltda.
Exclamação (!): usado após interjeições e oração com entonação exclamativa, com
admiração. Pode exprimir surpresa, espanto, susto, indignação, piedade, ordem,
súplica, etc.
Olá! / Bom dia! / Que lindo dia! / Pare, por favor!
97 Português • PP
Prof. Pimentel
Ponto e vírgula (;): é um sinal intermediário entre o ponto e a vírgula e não indica o Anotações
término do período. Usa-se para:
–– separar orações coordenadas não unidas por conjunção, que guardem
relação entre si.
O rio está poluído; os peixes estão mortos.
98 Português • PP
Prof. Pimentel
•• Vírgula (,): a vírgula indica uma pausa pequena, deixando a voz em suspenso
à espera da continuação do período.
Sem dúvida, é a pontuação mais pedida em concursos. Assim, a tabela a seguir
ajudará na memorização das regras.
USO DA VÍRGULA
Regras Exemplos
Separa termos deslocados da O livro, você trouxe?
ordem direta.
Destaca elementos intercalados: Trabalhamos muito, logo, merecemos viajar!
•• Conjunção Rafael, funcionário exemplar, atingiu a meta.
•• Aposto
A sua disciplina, isto é, o seu comportamento
•• Termos explicativos
merece elogios.
•• Vocativo Silêncio, alunos, pois quero todos focados.
•• Adjunto adverbial Estes alunos, com certeza, serão aprovados.
Atenção: vírgula facultativa para advérbio e
obrigatória para locução adverbial.
Marca as palavras omitidas Você ficou alegre; eu, feliz.
(elipse).
Isola o vocativo. Prezados senhores,
Atenção: Neste caso, a vírgula pode ser substi-
tuída por dois-pontos.
99 Português • PP
Prof. Pimentel
Anotações
Regras Exemplos
Destaca pleonasmos antecipados ao As flores, eu as recebi hoje.
verbo.
Isola elementos repetidos. A casa, a casa está destruída.
Separa orações coordenadas assin- O tempo não para no porto, não apita na
déticas. curva, não espera ninguém.
Separa orações coordenadas que ti- O rapaz estuda, e a mãe incentiva.
verem sujeitos diferentes.
Quando a conjunção “e” vier repe- E chora, e ri, e grita, e pula de alegria.
tida com a finalidade de dar ênfase
(polissíndeto).
Quando a conjunção “e” assumir va- Trabalhou muito, e ainda assim não foi con-
lores distintos que não seja da adi- tratada.
ção (adversidade, consequência, por
exemplo).
Separa orações coordenadas sindé- Esforçou-se muito, porém não conseguiu o
ticas adversativas, alternativas, con- prêmio.
clusivas e explicativas.
Separa orações subordinadas adjeti- A ótima aluna, que ainda estava na facul-
vas explicativas. dade, dominava toda a matéria.
Para separar orações subordinadas Quem inventou o dinheiro, todos querem
substantivas e adverbiais (quando descobrir. (subordinada)
estiverem antes da oração principal). Quando voltei, lembrei que precisava estu-
dar para a prova. (adverbial)
Para separar orações intercaladas. O importante, insistiam os pais, era a segu-
rança da escola.
Para separar elementos paralelos de Tal pai, tal filho.
um provérbio.
Nas datas, para separar a localidade. Ribeirão Preto, 02 de novembro de 2015.
Após advérbios “sim” ou “não”, usa- Sim, adorei o presente!
dos como resposta, no início da frase.
Após a saudação em correspondência. Atenciosamente,
Com carinho,
Separa termos de uma mesma fun- O apartamento tem três quartos, dois ba-
ção sintática. nheiros e três salas.
Exercitando e descontraindo...
1. Um homem rico estava muito mal, agonizando. Pediu papel e caneta. Escreveu assim:
”Deixo meus bens a minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a conta do
padeiro nada dou aos pobres.“
Morreu antes de fazer a pontuação. A quem deixava a fortuna? Eram quatro con-
correntes.
100 Português • PP
Prof. Pimentel
O padeiro pediu cópia do original. Puxou a brasa pra sardinha dele: Anotações
Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho?
Jamais! Será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.
Aí, chegaram os descamisados da cidade. Um deles, sabido, fez esta interpretação:
Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho?
Jamais! Será paga a conta do padeiro? Nada! Dou aos pobres.
101 Português • PP
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Definição: Redação Oficial é a maneira pela qual o Poder Público redige atos nor- Anotações
mativos e comunicações.
Caracteriza-se pela:
•• impessoalidade;
•• uso do padrão culto de linguagem;
•• clareza;
•• concisão;
•• formalidade e uniformidade.
Fundamentalmente esses atributos decorrem da Constituição, que dispõe, no ar-
tigo 37: “A administração pública direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência (...)”.
Comunicações oficiais: a redação das comunicações oficiais deve, antes de tudo,
seguir os preceitos explicitados no Capítulo I, Aspectos Gerais da Redação Oficial,
do Manual de Redação Oficial da Presidência da República.
Pronomes de Tratamento: o uso de pronomes e locuções pronominais de trata-
mento tem larga tradição na língua portuguesa. Após serem incorporados ao por-
tuguês, os pronomes latinos tu e vos, passaram a ser empregados como expediente
linguístico de distinção e de respeito às pessoas de hierarquia superior.
•• Concordância dos Pronomes de Tratamento: os pronomes de tratamento
apresentam certas peculiaridades quanto à concordância verbal, nominal e
pronominal. Embora se refiram à 2ª pessoa gramatical (à pessoa com quem
se fala, ou a quem se dirige a comunicação), levam a concordância para a 3ª
pessoa.
–– o verbo concorda com o substantivo que integra a locução como seu
núcleo sintático:
–– “Vossa Senhoria nomeará o substituto“
–– “Vossa Excelência conhece o assunto”
–– os pronomes possessivos são sempre os da 3ª pessoa:
102 Português • PP
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Vossa Excelência
103 Português • PP
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Anotações
Pronome de
Destinatário Vocativo
Tratamento
demais autoridades e Senhor Fulano de Tal,
para particulares
•• Fica dispensado o emprego do superlativo ilustrís-
simo para as autoridades que recebem o trata-
mento de Vossa Senhoria e para particulares. É su-
ficiente o uso do pronome de tratamento Senhor.
•• “doutor” não é forma de tratamento, e sim título
Vossa Senhoria acadêmico. Evite usá-lo indiscriminadamente.
Como regra geral, empregue-o apenas em comuni-
cações dirigidas a pessoas que tenham tal grau por
terem concluído curso universitário de doutorado.
É costume designar por doutor os bacharéis, espe-
cialmente os bacharéis em Direito e em Medicina.
Nos demais casos, o tratamento Senhor confere a
desejada formalidade às comunicações.
Vossa Magnificência Reitores de universidade Magnífico Reitor,
Vossa Santidade Papa Santíssimo Padre,
Vossa Eminência ou Cardeais Eminentíssimo Senhor
Vossa Eminência Cardeal, ou
Reverendíssima Eminentíssimo e Reveren-
díssimo Senhor Cardeal,
Vossa Excelência Arcebispos e Bispos Excelentíssimo e
Reverendíssima Reverendíssimo Senhor
Arcebispo (ou Bispo)
Vossa Monsenhores, Cônegos e Reverendíssimo Monse-
Reverendíssima ou superiores religiosos nhor (ou Cônegos, etc.),
Vossa Senhoria ou Reverendíssimo Senhor
Reverendíssima Cônego,
104 Português • PP
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Anotações
(espaço para assinatura)
Nome
Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República
Padrão Ofício: há três tipos de expedientes que se diferenciam antes pela finalida-
de do que pela forma: o ofício, o aviso e o memorando.
Com o objetivo de uniformizá-los, pode-se adotar uma diagramação única, que siga
o que se chama de padrão ofício.
•• Partes do documento no Padrão Ofício: aviso, ofício e memorando devem
conter as seguintes partes:
e) texto
f) fecho
h) identificação do signatário
a) deve ser utilizada fonte do tipo Times New Roman de corpo 12 no texto em
geral, 11 nas citações, e 10 nas notas de rodapé;
b) para símbolos não existentes na fonte Times New Roman poder-se-á utilizar as
fontes Symbol e Wingdings;
c) é obrigatório constar a partir da segunda página o número da página;
105 Português • PP
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Anotações
d) os ofícios, memorandos e anexos destes poderão ser impressos em ambas as
faces do papel. Neste caso, as margens esquerda e direta terão as distâncias inver-
tidas nas páginas pares (“margem espelho”);
e) o início de cada parágrafo do texto deve ter 2,5 cm de distância da margem
esquerda;
f) o campo destinado à margem lateral esquerda terá, no mínimo, 3,0 cm de lar-
gura
g) o campo destinado à margem lateral direita terá 1,5 cm;
h) deve ser utilizado espaçamento simples entre as linhas e de 6 pontos após cada
parágrafo, ou, se o editor de texto utilizado não comportar tal recurso, de uma
linha em branco;
i) não deve haver abuso no uso de negrito, itálico, sublinhado, letras maiúsculas,
sombreado, sombra, relevo, bordas ou qualquer outra forma de formatação que
afete a elegância e a sobriedade do documento;
j) a impressão dos textos deve ser feita na cor preta em papel branco. A impressão
colorida deve ser usada apenas para gráficos e ilustrações;
l) todos os tipos de documentos do Padrão Ofício devem ser impressos em papel
de tamanho A-4, ou seja, 29,7 x 21,0 cm;
m) deve ser utilizado, preferencialmente, o formato de arquivo Rich Text nos do-
cumentos de texto;
n) dentro do possível, todos os documentos elaborados devem ter o arquivo de
texto preservado para consulta posterior ou aproveitamento de trechos para ca-
sos análogos;
o) para facilitar a localização, os nomes dos arquivos devem ser formados da se-
guinte maneira:
•• tipo do documento + número do documento + palavras-chaves do conteúdo
•• Ex.: “Of. 123 - relatório produtividade ano 2002”
106 Português • PP
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Anotações
107 Português • PP
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Anotações
108 Português • PP
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Anotações
109 Português • PP
Prof. Pimentel
Telegrama: toda comunicação oficial expedida por meio de telegrafia, telex, etc. Por
tratar-se de forma de comunicação dispendiosa aos cofres públicos e tecnologicamente
superada, deve restringir-se apenas àquelas situações em que não seja possível o uso de
correio eletrônico ou fax e que a urgência justifique sua utilização e, também em razão de
seu custo elevado, esta forma de comunicação deve pautar-se pela concisão.
•• Forma e Estrutura: não há padrão rígido, devendo-se seguir a forma e a es-
trutura dos formulários disponíveis nas agências dos Correios e em seu sítio
na Internet.
Fax: (forma abreviada já consagrada de fac-simile) é uma forma de comunicação
que está sendo menos usada devido ao desenvolvimento da Internet. É utilizado
para a transmissão de mensagens urgentes e para o envio antecipado de docu-
mentos, de cujo conhecimento há urgência, quando não há condições de envio do
documento por meio eletrônico. Quando necessário o original, ele segue posterior-
mente pela via e na forma de praxe.
•• Forma e Estrutura: os documentos enviados por fax mantêm a forma e a
estrutura que lhes são inerentes. É conveniente o envio, juntamente com o
documento principal, de “folha de rosto” (pequeno formulário com os dados
de identificação da mensagem a ser enviada).
Correio Eletrônico: (“e-mail” – forma abreviada de “electronic mail” ), por seu baixo
custo e celeridade, transformou-se na principal forma de comunicação para trans-
missão de documentos.
110 Português • PP
Prof. Pimentel
•• Forma e Estrutura: um dos atrativos é sua flexibilidade. Assim, não interessa Anotações
definir forma rígida para sua estrutura. Entretanto, deve-se evitar o uso de
linguagem incompatível com uma comunicação oficial.
–– O campo assunto do formulário de correio eletrônico mensagem deve
ser preenchido de modo a facilitar a organização documental tanto do
destinatário quanto do remetente.
–– Para os arquivos anexos à mensagem deve ser utilizado, preferencial-
mente, o formato Rich Text. A mensagem que encaminha algum arquivo
deve trazer informações mínimas sobre seu conteúdo.
–– Sempre que disponível, deve-se utilizar recurso de confirmação de lei-
tura. Caso não seja disponível, deve constar da mensagem pedido de
confirmação de recebimento.
•• Valor documental: nos termos da legislação em vigor, para que a mensagem
de correio eletrônico tenha valor documental, isto é, para que possa ser
aceito como documento original, é necessário existir certificação digital que
ateste a identidade do remetente, na forma estabelecida em lei.
Fonte de pesquisa: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/manual/manual.htm
111 Português • PP
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HOMÔNIMOS E PARÔNIMOS
Leia o texto para responder a questão a seguir.
“[...] Animais bastante similares aos humanos modernos surgiram por volta de 2,5
milhões de anos atrás. Mas, por incontáveis gerações, eles não se destacaram da
miríade de outros organismos com os quais partilhavam seu habitat. [...]”
(Luis Fernando Verissimo. O mundo é bárbaro e o que nós temos a ver com isso. Rio de
Janeiro, Objetiva, 2008, p. 09)
1. (VUNESP/2017 – nível médio) O termo miríade, em destaque no primeiro
parágrafo do texto, está empregado com o sentido de
a) acentuada uniformidade.
b) frequência irregular
c) grande quantidade.
d) tamanho diminuto.
e) característica excepcional.
112 Português • PP
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113 Português • PP
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8. (VUNESP/2012 - nível médio) Na frase do quarto parágrafo — Talvez por isso, os Anotações
timoneiros não tenham conseguido manobrá-lo com eficiência ante a iminência do
choque. — a palavra iminência tem o sentido de
a) falha. d) ameaça.
b) proporção. e) comoção
c) sequela.
114 Português • PP
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Anotações
18. (FCC/2014 – nível superior) A palavra retirada do texto que NÃO está
acompanhada de um antônimo é:
a) essenciais − acessórios
b) evoluiu − involuiu
c) compatível − incompatível
d) agentes − reagentes
e) controle − descontrole
115 Português • PP
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“ [...] Quanto mais intensa a discriminação e mais poderosos os mecanismos inerciais que
impedem o seu combate, mais ampla é a clivagem entre discriminador e discriminado. [...] É
crucial, pois, que as ações afirmativas, mecanismo jurídico concebido com vistas a quebrar essa
dinâmica perversa, sofram o influxo dessas forças...”
116 Português • PP
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117 Português • PP
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7. (CESPE/2014 – nível médio) No fragmento “Não lhe chamo a atenção para os Anotações
padres e os sacristães, nem para o sermão”, todos os substantivos terminados em
ditongos nasais apresentam as mesmas possibilidades de formação de plural.
( ) CERTO ( ) ERRADO
8. (FUNRIO/2014 – nível médio) A Tribuna do Piauí de 18/01/2014 publicou
a seguinte nota: “Adotado no PSIU 2010 da Universidade Estadual do Piauí, a
obra Um Manicaca, de Abdias Neves, foi composta com a intenção de documentar
Teresina no apagar das luzes do século XIX e combater as práticas e a fé religiosa da
coletividade e ainda algumas doutrinas do Catolicismo. No fim do século registrou:
os animados festejos da igreja de N. S. do Amparo, de foguetório e namoricos. As
festas de aniversário nas residências, quando os amigos chegam de surpresa, sem
aviso: forma-se o baile, dança-se, bebe-se e fala-se da vida alheia”.
Nesse texto encontramos palavras com dígrafos, entre as quais estas:
a) intenção / apagar / século
b) algumas / quando / chegam
c) surpresa / práticas / alheia
d) baile / registrou / doutrinas
e) composta / foguetório / residências
118 Português • PP
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3. (FGV/2015 – nível médio) As duas palavras do texto 2 que recebem acento gráfico
por razões diferentes são:
a) homicídio/média
b) país/juízes
c) histórico/pública
d) secretários/relatório
e) está/é
119 Português • PP
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120 Português • PP
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121 Português • PP
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122 Português • PP
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123 Português • PP
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124 Português • PP
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17. (FUNCAB - 2014 – nível superior) “...ao criar um espaço de DISCUSSÃO...” No trecho Anotações
acima, o termo em destaque está corretamente grafado com SS. Das opções abaixo,
aquela em que os três vocábulos também são escritos com SS é:
a) submi__ão / exce__ão / sece__ão.
b) posse__ão / compre__ão / obse__ão.
c) intromi__ão / emi__ão / encena__ão.
d) ere__ão / progre__ão / opre__ão.
e) viola__ão / suce__ão / admi__ão.
19. (IESES/2014 – nível médio) O acento diferencial é usado para diferenciar palavras
homógrafas. Esse tipo de acento ocorre em qual das alternativas? Assinale-a.
a) Amém
b) Sábia
c) Pôde
d) Pública
Seguindo-se a regra determinada pelo novo acordo ortográfico, tal como referida
no primeiro quadrinho, também deixaria de receber o acento agudo a palavra:
a) Tatuí. d) cafeína.
b) graúdo. e) Piauí.
c) baiúca.
125 Português • PP
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22. (CESGRANRIO/2014 – nível médio) O acento diferencial é aquele utilizado para Anotações
distinguir certas palavras homógrafas, ou seja, que têm a mesma grafia. Ocorre esse
tipo de acento em:
a) é
b) está
c) fórmula
d) pôr
e) análise
126 Português • PP
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127 Português • PP
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8. (Quadrix/2014 – nível médio) No texto acima, o verbo amanhecer, no título, foi Anotações
formado pelo processo de:
a) derivação prefixal.
b) derivação sufixal.
c) derivação parassintética.
d) derivação regressiva.
e) derivação imprópria.
128 Português • PP
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2. (VUNESP/2015 – nível médio) A passagem – Não pode ouvir sirene da polícia, Anotações
larga tudo e sai correndo... – está corretamente reescrita, com as relações de
sentido preservadas, em:
a) Mesmo ouvindo sirene da polícia, larga tudo e sai correndo...
b) Embora ouça sirene da polícia, larga tudo e sai correndo...
c) Ao ouvir sirene da polícia, larga tudo e sai correndo...
d) Contudo, ouve sirene da polícia, larga tudo e sai correndo...
e) Portanto, ouve sirene da polícia, larga tudo e sai correndo...
129 Português • PP
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7. (VUNESP/2014 – nível médio) No primeiro quadrinho, o termo mas, por ter valor
adversativo, introduz uma informação que
a) contraria a expectativa expressa pela primeira parte do enunciado.
b) exprime uma causa para o que se diz na primeira parte do enunciado.
c) equivale à consequência do que se afirma na primeira parte do enunciado.
d) justifica a ideia veiculada na primeira parte do enunciado.
e) exemplifica o conteúdo apresentado na primeira parte do enunciado.
130 Português • PP
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10. (VUNESP/2013 – nível médio) Considere o trecho do terceiro e quarto parágrafos: Anotações
[...] Havia um trecho muito curto de rodovia estadual a percorrer, de modo que
a lei e a ordem não pareciam grandes problemas para nós.
Mas, mal entramos na rodovia, vimos um policial muito jovem, e com um uniforme
muito esquisito, vir em nossa direção, fazendo sinal para que parássemos. [...]
O termo Mas, em destaque, sinaliza que o gesto do jovem – confundido com um
policial – solicitando que os pescadores parassem.
a) foi recebido com naturalidade, pois os pescadores eram parados por policiais
naquela rodovia com frequência.
b) tinha sido previsto, pois eles eram parados pela fiscalização sempre que
circulavam com aquele carro.
c) já era esperado, pois eles haviam sido informados de que a rodovia seria
fiscalizada pela polícia naquela ocasião.
d) surpreendeu-os, pois eles desconheciam o fato de haver policiamento em
rodovias estaduais.
e) contrariou a expectativa de que, por trafegarem em um trecho muito curto da
rodovia, não teriam problemas com a lei e a ordem.
Leia a tira.
131 Português • PP
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13. (VUNESP/2012 – nível médio) No trecho — Dizem que eles ficarão mais Anotações
inteligentes do que a gente, se isso já não aconteceu, e assumirão o controle. (1º
parágrafo) — a expressão destacada pode ser substituída, sem prejuízo do sentido
do texto, por:
a) como isso já não acontecia.
b) portanto isso já não aconteça.
c) embora isso já não acontecesse.
d) em vista disso já não acontecer.
e) caso isso já não tenha acontecido.
14. (EXATUS-PR/2015 – nível médio) Assinale a alternativa que indica a relação que
a conjunção em destaque no segundo parágrafo (mas) estabelece com a oração
anterior e por qual outra conjunção poderia ser substituída, sem alteração de
sentido:
a) concessão – embora
b) oposição – contudo
c) conclusão – portanto
d) explicação – pois
16. (FGV/2015 – nível superior) A frase abaixo em que o vocábulo MUITO pertence
a uma classe gramatical diferente das demais é:
a) “Como os celulares ficam muito tempo nos bolsos, isso poderia ser uma causa
da esterilidade”;
b) “Antes dos telefones celulares, os casais eram muito mais fiéis;
c) “Mas há relatos de que a distração causada pelos celulares vai muito mais
além”;
d) “Em uma velocidade muito baixa, mas isso está acontecendo”;
e) “Além disso, a audição pode estar sendo afetada por volumes muito altos em
fones de ouvido”.
132 Português • PP
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20. (FUNRIO/2014 - nível superior) A canção composta por Cazuza diz: “Ideologia,
eu quero uma pra viver!” A frase é encabeçada pelo substantivo “ideologia”, mas
devemos observar que o verbo “querer” está acompanhado de seu complemento
direto. Se considerarmos que “uma” é um numeral cardinal e não um pronome
indefinido, estaremos levando em conta um contexto segundo o qual o enunciador
quer “uma ideologia” e não
a) outra ideologia
b) uma filosofia
c) algumas ideologias
d) a morte
e) duas ou três
133 Português • PP
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21. (VUNESP - 2014 – nível médio) Em ambas as falas do personagem, o termo para Anotações
apresenta a noção de
a) conformidade d) finalidade
b) proporção e) quantidade
c) alternância
22. (FUNCAB/2013 – nível superior) Vários artigos foram utilizados para fazer
referência às personagens do texto. Observe os pares de enunciados abaixo.
I. Houve UMA mulher que amou um amor de verdade. / A mulher foi ficando
meio assustada com aquela agonia de gente [...]
II. [...] ela conheceu UM homem [...] / O homem ficou muito triste é óbvio [...]
Por que, em cada par transcrito, a autora usa diferentes artigos para se referir ao
homem e à mulher?
a) Em ambos os casos, a autora emprega, primeiramente, artigos definidos,
porque se trata de seres determinados; depois, usa os artigos indefinidos,
para apresentar personagens ainda não conhecidos.
b) Primeiramente, a autora particulariza homem e mulher, com clara intenção
de caracterizá-los; em seguida, generaliza as ações, a fim de que o leitor se
identifique comas personagens.
c) Em ambos os casos, a autora emprega, primeiramente, artigos indefinidos,
porque se trata de seres ainda indeterminados; depois, usa os artigos
definidos, para que o leitor possa fazer uma representação mais precisa de
cada um deles.
d) No primeiro par, a autora faz referência genérica nas duas ocorrências do artigo; no
segundo, particulariza, a fim de tornar clara e precisa a representação dos seres.
23. (CESPE/2013 – nível médio) Nas linhas 22 e 23, as duas ocorrências de “para”
conferem às orações em que ocorrem relações sintáticas diferentes.
( ) Certo ( ) Errado
“Imagine que um poder absoluto ou um texto sagrado declarem que quem roubar
ou assaltar será enforcado (ou terá a mão cortada). Nesse caso, puxar a corda, afiar a
faca ou assistir à execução seria simples, pois a responsabilidade moral do veredicto
não estaria conosco. Nas sociedades tradicionais, em que a punição é decidida por
uma autoridade superior a todos, as execuções podem ser públicas: a coletividade
festeja o soberano que se encarregou da justiça — que alívio!
Contardo Calligaris. Terra de ninguém – 101 crônicas. São Paulo: Publifolha, 2004, p. 94-6
(com adaptações)
Com referência às ideias e aos aspectos linguísticos do texto acima, julgue o item
seguinte.
24. (CESPE/2012 – nível superior) De acordo com o texto, nas sociedades tradicionais,
os cidadãos sentem-se aliviados sempre que um soberano decide infligir a pena de
morte a um infrator porque se livram das ameaças de quem desrespeita a moral
que rege o convívio social, como evidencia o emprego da interjeição “que alívio!”.
( ) Certo ( ) Errado
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135 Português • PP
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Um pé de milho
“[...] Anteontem aconteceu o que era inevitável, mas que nos encantou como se
fosse inesperado: meu pé de milho pendoou. Há muitas flores belas no mundo, e a
flor do meu pé de milho não será a mais linda. Mas aquele pendão firme, vertical,
beijado pelo vento do mar, veio enriquecer nosso canteirinho vulgar com uma força
e uma alegria que fazem bem.[...] “
(Rubem Braga. 200 crônicas escolhidas, 2001. Adaptado)
4. (VUNESP/2014 – nível médio) Na passagem do terceiro parágrafo – ... veio
enriquecer nosso canteirinho vulgar... –, o substantivo, empregado no diminutivo,
contribui para expressar a ideia de
a) exatidão d) soberba
b) desprezo e) abundância
c) simplicidade
136 Português • PP
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8. (VUNESP/2012 – nível médio) No título do texto – Como evitar que motoristas Anotações
bêbados fiquem impunes... – a palavra motoristas é um substantivo. O mesmo
emprego se dá com a palavra em destaque na alternativa:
a) O Brasil possui uma legislação que dificulta...
b) … a lei é falha.
c) Sem o teste, não há como se punir com rigor.
d) “Do jeito que está, não existe Lei Seca no País”…
e) Os números mostram a ineficácia do atual Código de Trânsito.
9. (VUNESP/2012 – nível médio) Em – … um português de bigodes e sotaque fartos,…
(1º parágrafo) – o adjetivo fartos refere-se
a) apenas a bigodes e sotaque.
b) apenas a sotaque.
c) apenas a bigodes.
d) apenas a português.
e) a português, bigodes e sotaque.
10. (VUNESP/2012 – nível médio) Assinale a alternativa cujas palavras se apresentam
flexionadas de acordo com a norma-padrão
a) Os tabeliãos devem preparar o documento.
b) Esses cidadões tinham autorização para portar fuzis.
c) Para autenticar as certidãos, procure o cartório local.
d) Ao descer e subir escadas, segure-se nos corrimãos.
e) Cuidado com os degrais, que são perigosos!
11. (VUNESP/2012 – nível médio) A flexão de número do termo “preços-sombra”
também ocorre com o plural de
a) Guarda-costa
b) Reco-reco
c) Guarda-noturno
d) Sem-vergonha
e) Célula-tronco
12. (VUNESP/2011 – nível médio) No trecho - Apresentam números com
toscos malabares... - o adjetivo destacado pode ser substituído, sem alteração de
sentido, por
a) rápidos.
b) grosseiros.
c) impressionantes.
d) vagarosos.
e) difíceis.
13. (FGV/2015 – nível médio) Abaixo estão pares de substantivos + adjetivos; o par
cujo adjetivo não oferece a possibilidade de ser levado ao grau superlativo é:
a) jovens exultantes;
b) alimentos modificados;
c) líquido borbulhante;
d) proprietário feliz;
e) produtos alimentícios.
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14. (FGV/2014 – nível superior) “A realidade não é bela nem feia, nem justa nem Anotações
injusta, nem exultante nem deprimente, não há maniqueísmo.” O par de palavras
abaixo que obedece ao mesmo padrão dos adjetivos (bela/feia, justa/injusta,
exultante/deprimente) no segmento destacado é:
a) transferido/mantido;
b) inédito/desconhecido;
c) impávido/orgulhoso;
d) eficaz/eficiente;
e) habitual/inóspito.
Trecho para a próxima questão.
A maçã não tem culpa
”[...] Quando ocorreu o episódio narrado na Bíblia, Adão e Eva já tinham filhos
pelos métodos que adotamos até hoje. Não usaram proveta nem recorreram à
sapiência técnica e científica do ex-doutor Abdelmassih.[...]”
(Carlos Heitor Cony, Folha de São Paulo)
15. (FGV/2014 – nível superior) Da mesma forma que temos o adjetivo composto
“judaico-cristã”, poderíamos ter outro adjetivo composto formado com os adjetivos
“técnica e científica”, no segundo parágrafo. Nesse caso, assinale a opção que indica
a forma correta desse adjetivo.
a) Técnico-científica
b) Científica-técnica
e) Técnico-cientifico
c) Científica-técnico
d) Técnica-científica
Leia a tira abaixo para responder à questão. Hagar- Dik Browne
138 Português • PP
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18. (CESPE/2014 – nível superior) Com relação aos aspectos sintáticos e semânticos
do texto acima, julgue os itens subsequentes.
Dado que, na expressão “o vácuo interrogante do porvir”, os termos “interrogante”
e “do porvir” especificam o mesmo núcleo nominal, o sentido da expressão seria
mantido caso a posição desses elementos fosse a seguinte: o vácuo do porvir
interrogante.
( ) Certo ( ) Errado
21. (FUNCAB/2015 – nível médio) No trecho, “Tem sido sábado, mas já não me
perguntam mais.”, encontram-se as seguintes classes de palavras:
a) artigo, advérbio, pronome, substantivo e verbo
b) adjetivo, advérbio, preposição, substantivo e verbo
c) advérbio, conjunção, preposição, pronome e verbo
d) advérbio, preposição, pronome, substantivo e verbo
e) advérbio, conjunção, pronome, substantivo e verbo
139 Português • PP
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22. (IDECAN/2014 – nível superior) Esta semana, uma revista de automóveis trouxe Anotações
o lançamento de um novo modelo de carro e publicou o seguinte comunicado: “Ele
pode ser adquirido na cor verde-clara, já vem com porta-copo e alto-falante de
série”. Marque a alternativa que apresenta corretamente o plural dos substantivos
compostos.
a) verde-claras / porta-copos / alto-falantes
b) verde-clara / portas-copos / alto-falantes
c) verde-claras / porta-copos / altos-falantes
d) verdes-claras / porta-copos / altos-falantes
e) verdes-claras / portas-copos / altos-falantes
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141 Português • PP
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6. (VUNESP/2011 – nível médio) Considere o empregos dos pronomes nas frases Anotações
a seguir.
I – Ele foi conosco ao baile de formatura.
II – Nos se divertimos muito até altas horas.
III – Na volta para casa, ele pediu para eu dirigir o carro, pois estava cansado.
É correto o que se apresenta em
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
Leia a charge.
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b) beneficiados. Anotações
143 Português • PP
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15. (VUNESP/2015 – nível médio) Considere o seguinte trecho do texto. Os dados Anotações
do Ranking Universitário publicados em setembro de 2013 trazem elementos para
que tentemos desfazer o mito...
Assinale a alternativa em que os pronomes que substituem as expressões em
destaque estão corretamente empregados, de acordo com a norma-padrão da
língua portuguesa.
a) Os dados do Ranking Universitário publicados em setembro de 2013
trazem-lhes para que tentemos desfazer-lhe...
b) Os dados do Ranking Universitário publicados em setembro de 2013
trazem-lhes para que tentemos desfazê-lo...
c) Os dados do Ranking Universitário publicados em setembro de 2013
trazem-nos para que tentemos desfazê-lo..
d) Os dados do Ranking Universitário publicados em setembro de 2013
trazem-nos para que tentemos desfazer-lhe..
e) Os dados do Ranking Universitário publicados em setembro de 2013
trazem-os para que tentemos desfazer-no..
( ) CERTO ( ) ERRADO
17. (FCC/2014 – nível médio) Considere o seguinte enunciado: A jornalista
Eliane Brum aproximou-se das parteiras amapaenses e entrevistou as parteiras
amapaenses para apresentar as parteiras amapaenses ao restante do Brasil.Para
eliminar as repetições viciosas, as expressões destacadas devem ser substituídas,
de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, respectivamente, por:
a) as entrevistou - lhes apresentar
b) entrevistou-nas - as apresentar
c) entrevistou-as - apresentá-las
d) entrevistou-lhes - apresentar-lhes
e) lhes entrevistou - apresentar-nas
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145 Português • PP
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146 Português • PP
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11. (VUNESP/2010 – nível médio) A frase – A nomeação foi muito criticada pelo
candidato favorito às eleições presidenciais de 10 de maio... – transposta para a voz
ativa, assume a seguinte redação:
a) O candidato favorito às eleições presidenciais de 10 de maio muito criticou a
nomeação.
b) Criticou-se muito a nomeação o candidato favorito às eleições presidenciais
de 10 de maio.
c) A nomeação tem sido muito criticada pelo candidato favorito às eleições
presidenciais de 10 de maio.
d) Tem-se criticado muito a nomeação pelo candidato favorito às eleições
presidenciais de 10 de maio.
e) A nomeação fora muito criticada pelo candidato favorito às eleições
presidenciais de 10 de maio.
12. (VUNESP/2010 – nível médio) Assinale a alternativa correta quanto ao emprego
dos verbos.
a) A presidente Gloria Arroyo intermedeia negociações para nomear sua manicure.
b) A nomeação de Anita Carpon incendia discursos dos oposicionistas de Gloria
Arroyo.
c) A oposição de Gloria Arroyo ainda não interviu na nomeação de sua manicure.
d) Todos acham que, se Gloria Arroyo pôr outro funcionário no governo, haverá
reclamação geral.
e) Benigno Aquino ansia por ganhar as eleições e acabar com o clientelismo.
147 Português • PP
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15. (FCC/2015 – nível superior) Muita gente nos engana valendo-se das páginas da
internet.
A transposição da frase acima para a voz passiva implicará
a) a utilização da forma verbal enganam-nos
b) em que o sujeito de valendo-se passe a ser internet.
c) em que o sujeito de enganar passe a ser nós.
d) a utilização de muita gente como sujeito.
e) a utilização de páginas da internet como sujeito.
16. (FCC/2015 – nível superior) Transpondo-se para a voz passiva a frase Eles
alardeavam o insuportável som instalado nos carros, obtém-se a forma verbal
a) fora alardeado.
b) era alardeado.
c) tinha sido alardeado.
d) têm alardeado.
e) eram alardeados.
17. (FCC/2015 – nível médio) “...nem creio que venha a ter...” O verbo flexionado
nos mesmos tempo e modo em que se encontra o sublinhado acima está em:
a) ... que uns dizem com voz rouca ...
b) ... que existam pássaros ...
c) ... que ele entendia ...
d) ... o que lhes ensinam ...
e) ... que assim se chama.
148 Português • PP
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19. (CESPE/2014 – nível superior) No que se refere às ideias e aos aspectos Anotações
linguísticos do texto acima, julgue o item a seguir.
Seriam mantidos o sentido e a correção gramatical do texto, se a forma verbal “há”
(l.3) fosse substituída por existe.
MÓDULO 08 - PARTE 1 -
TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO: SUJEITO E PREDICADO
Certo ( ) Errado ( )
3. (FGV/2014 – nível superior) Assinale a opção que indica a frase em que o sujeito
aparece posposto ao verbo.
a) “Há uma distorção generalizada”.
149 Português • PP
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Certo ( ) Errado ( )
150 Português • PP
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Anotações
( ) Certo ( ) Errado
( ) Certo ( ) Errado
151 Português • PP
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3. (FGV/2014 – nível médio) A expressão sublinhada que exerce uma função Anotações
sintática diferente das demais, por ser considerada um complemento, e não um
adjunto é :
a) interesses das crianças.
b) autonomia das mulheres.
c) direitos de homossexuais.
d) teses da esquerda.
e) ampliação das liberdades.
( ) Certo ( ) Errado
152 Português • PP
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08. (FCC/2013 – nível superior) gerou um híbrido estranho - estremecem a metálica Anotações
estrutura - perturbam a frieza do blindado maquinomem
Substituindo-se os elementos grifados acima por um pronome, com os necessários
ajustes, o resultado correto será, respectivamente:
a) gerou-o - estremecem-na - perturbam-lhe a frieza
b) o gerou - estremecem-a - perturbam-no a frieza
c) gerou-lhe - estremecem-na - o perturbam a frieza
d) gerou-no - estremecem-lhe - perturbam-o a frieza
e) gerou-lhe - lhe estremecem - perturbam-no a frieza
153 Português • PP
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Anotações
154 Português • PP
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2. (FGV/2014 – nível médio) Assinale a opção que indica a frase em que a conjunção
e mostra valor adversativo.
a) “Por que havemos de odiar e desprezar uns aos outros?”
b) “A terra, que é boa e rica, pode prover a todas as nossas necessidades.”
c) “O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza.”
d) “...tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios.”
e) “Pensamos em demasia e sentimos bem pouco.”
155 Português • PP
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( ) Certo ( ) Errado
156 Português • PP
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157 Português • PP
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158 Português • PP
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2. (FGV/2014 – nível superior) “Sim, teremos uma Copa do Mundo para exorcizar
o gol de Alcides Gighia”. A forma desenvolvida adequada da oração reduzida
sublinhada é:
a) para exorcizarmos o gol de Alcides Gighia;
b) para que exorcizemos o gol de Alcides Gighia;
c) para que exorcizássemos o gol de Alcides Gighia;
d) para o exorcismo do gol de Alcides Gighia;
e) para a exorcização do gol de Alcides Gighia.
4. (FGV/2013 – nível superior) “Sinto falta do papel e da fiel Bic, sempre pronta
a inserir entre uma linha e outra a palavra que faltou na hora...”.
Assinale a alternativa em que a substituição da forma reduzida sublinhada foi feita
de forma adequada.
a) que se insera
b) que se inserte
c) que se insira
d) que se enserisse
e) que se insertasse
159 Português • PP
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5. (CRSP/2013 – nível médio) Marque a opção cuja oração seja substantiva reduzida Anotações
de infinitivo.
a) Melhor que fiquemos atentos às novidades.
b) Vieram alunos conduzindo cartazes.
c) Encontrar funcionários dedicados não é fácil.
d) Por não gostar de matemática, não fiz a prova.
6. (FGV/2013 – nível superior )
“É necessário conter o espraiamento e estimular o adensamento demográfico;
privilegiar o transporte público de alto rendimento em redes multimodais; criar
novas centralidades, oferecendo as condições dos bairros se tornarem
autossuficientes; reduzir o passível ambiental urbanizando as cidades informais; e
modernizar os instrumentos de governança e de planejamento das cidades”.
Nesse segmento do texto, se substituirmos as formas reduzidas sublinhadas por
formas verbais desenvolvidas, ocorre um erro em:
a) conter / que se contenha
b) estimular / que se estimule
c) privilegiar / que se privilegie
d) criar / que se crie
e) reduzir / que se reduza
160 Português • PP
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3. (VUNESP/2017 – nível superior) Leia a frase reescrita a partir das ideias do texto. Anotações
_________________em promover a igualdade de gênero e etnias, os episódios de
“Jornada nas Estrelas” retratavam o empenho e a coragem _________________ da
tripulação que, conjuntamente, agia para superar todas as adversidades.
De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas da frase devem
ser preenchidas, correta e respectivamente, por:
a) Interessada … contínuas
b) Interessada … contínuos
c) Interessado … contínuos
d) Interessados … contínuos
e) Interessados … contínuas
161 Português • PP
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162 Português • PP
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16. (FAFIPA/2016 – nível superior) Indique a alternativa que NÃO apresenta erro de
concordância nominal.
a) O acontecimento derrubou a bolsa brasileira, argentina e a espanhola.
b) Naquele lugar ainda vivia uma pseuda-aristocracia.
c) Como não tinham outra companhia, os irmãos viajaram só.
d) Simpáticos malabaristas e dançarinos animavam a festa.
163 Português • PP
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17. (FCC/2015 – nível médio) As normas de concordância verbal e nominal estão Anotações
inteiramente respeitadas em:
a) Certos jogadores conseguem, em momentos do jogo, que passa a ser
considerado quase mágica, fazer a bola descrever curvas inesperadas que
ludibriam barreiras e, principalmente, goleiros, que resulta no gol que
hipnotiza os torcedores mais apaixonados.
b) As torcidas organizadas, muitas vezes objeto de críticas por um comportamento
violento e antissocial, tem sido alvo de intervenções do poder público, no
sentido de que se evite brigas que resultam, habitualmente, em morte de
torcedores de times rivais.
c) Nem sempre é aceitável, para um torcedor apaixonado por seu time, os reveses
durante uma partida de futebol, visto que uns poucos minutos de jogo pode definir
um resultado negativo inesperado e contrariar todas as expectativas de sucesso.
d) O noticiário de jornais, especialmente os esportivos, dão conta dos múltiplos
interesses que envolvem times, dirigentes, atletas, além do espetáculo, por
vezes dramático, de jogadores que, estimulados pela torcida, busca atingir
seu momento de glória.
e) A brilhante atuação de um jogador em campo torna realizáveis todos os sonhos
da grande massa fiel de torcedores que veem, encantados, materializar-se a
conquista das metas estabelecidas, em cada campeonato, pelos dirigentes de
seu time favorito.
18. (IOBV/2015 – nível superior) Marque o período em que há ERRO quanto ao
estabelecimento da CONCORDÂNCIA:
a) O policial sempre mantinha organizados sala e arquivo.
b) Comandante, os documentos seguem anexos.
c) O policial disse que é necessária a sua presença.
d) Lemos bastantes boletins de ocorrência.
164 Português • PP
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c) Não será esquecido estes dois dias para quem pode estar nos dois encontros Anotações
ou reencontros.
d) No elenco, chamam a atenção também a presença de modelos, de uma
bailarina e de uma dançarina.
e) É deveres de todos cumprir a mandato.
21. (CURSIVA/2015 – nível médio) Analise as duas frases e escolha a alternativa incorreta:
I) antigamente, nas grandes cidades, havia bondes.
II) naquela estrada já houve muitos acidentes com vítimas.
a) o verbo haver nas duas frases é impessoal.
b) haver na sentença I significa existir.
c) haver na sentença II é sinônimo de acontecer.
d) o uso do verbo haver nas duas sentenças está incorreto, pois deveria ser usado
no plural, ou seja, haviam na sentença I e houveram na sentença II.
165 Português • PP
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26. (FGV/2014 – nível médio) “Aos que podem me ouvir eu digo: não desespereis!” Se
colocada no singular, a forma correta dessa frase será
a) “Ao que pode me ouvir eu digo: não desesperes!”
b) “Aos que me pode ouvir, eu digo: não desespere!”
c) “Ao que pode ouvir-me eu digo: não desespere!”
d) “Aos que me podem ouvir eu digo: não desesperes!”
e) “Ao que me pode ouvir eu digo: não desespere!”
166 Português • PP
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2. (VUNESP/2015 – nível médio) Uma frase condizente com a fala da personagem, Anotações
e correta quanto à regência verbal padrão, está em:
a) O taxista atribui a causa do engarrafamento à chuva.
b) O taxista lamenta à chuva sobre o engarrafamento.
c) O taxista põe sob a chuva a culpa do engarrafamento.
d) O taxista relaciona ao congestionamento a um reflexo da chuva.
e) O taxista alega de que o engarrafamento resulta na chuva.
167 Português • PP
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168 Português • PP
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12. (VUNESP/2014 – nível médio) Assinale a alternativa que completa corretamente Anotações
a frase a seguir:
Então, como bom compatriota de Emanuel Kant, Fritz me fez a pergunta...
a) a que eu procurei responder ao longo da conversa.
b) com que eu ainda não tinha opinião formada.
c) da qual eu não esperava naquele momento.
d) para a qual eu evitei inicialmente.
e) na qual me intrigou por alguns instantes.
169 Português • PP
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Anotações
170 Português • PP
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b) Garantir uma educação de boa qualidade é quase tão importante quanto Anotações
garantir a pureza do ar ...... aspiramos.
c) Há quem ainda ache que os valores ...... os jovens são submetidos no convívio
familiar tenham mais peso que os cultivados por seus colegas.
d) A influência ...... exercem os jovens entre si, no interior dos grupos, acaba
sendo fundamental para a formação de todos.
e) Muito leitor do texto ficará curioso para saber como era a formação ...... se
propagava nas comunidades ancestrais.
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172 Português • PP
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173 Português • PP
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13. (CESPE/2016 – nível médio) Acerca dos aspectos linguísticos e das ideias do
texto acima, julgue o item seguinte.
Seria mantida a correção gramatical do período caso a partícula “se”, em “se
beneficiar” (R.16), fosse deslocada para imediatamente após a forma verbal
“beneficiar” — escrevendo-se beneficiar-se.
( ) Certo ( ) Errado
14. (FCC/2015 – nível superior) Formam-se grupos de alunos nas escolas. O
que determina esses grupos não é uma orientação formal; o que constitui esses
grupos, o que traça os contornos desses grupos, são as afinidades individuais.
Evitam-se as viciosas repetições do texto acima substituindo-se os elementos
sublinhados, na ordem dada, por
a) determina-os - constitui-os - os traça contornos
b) lhes determina - lhes constitui - traça-lhes os contornos
c) os determina - constitui-lhes - os traça seus contornos
d) os determina - os constitui - lhes traça os contornos
e) determina-lhes - os constitui - traça a seus contornos
174 Português • PP
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175 Português • PP
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22. (CESPE/2014 – nível médio) No segmento “isso então nem se fala”, a posição do
pronome “se” justifica-se pela presença de palavra de sentido negativo.
( ) CERTO ( ) ERRADO
176 Português • PP
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177 Português • PP
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Leia a tira.
178 Português • PP
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15. (CESPE/2016 – nível médio) Acerca dos aspectos linguísticos e das ideias do
texto acima, julgue o item seguinte.
No trecho “respostas às demandas” (l.20), o emprego do sinal indicativo de crase
justifica-se pela regência do substantivo “respostas”, que exige complemento
antecedido da preposição a, e pela presença de artigo feminino plural que determina
“demandas”.
( ) Certo ( ) Errado
16. (FCC/2015 – nível médio) O sinal indicativo de crase pode ser corretamente
suprimido em:
a) ...incapazes de trazê-lo à nossa domesticidade...
b) Renunciamos assim às árvores...
c) ..nos permitimos fabricá-las à feição dos nossos sonhos...
d) ...não está à mercê dos botânicos...
e) ...não incorpora a árvore à atmosfera de nossos cuidados...
179 Português • PP
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( ) Certo ( ) Errado
19. (FGV/2015 – nível médio) Texto 3 – “A Lua Cheia entra em sua fase Crescente no
signo de Gêmeos e vai movimentar tudo o que diz respeito à sua vida profissional e
projetos de carreira. Os próximos dias serão ótimos para dar andamento a projetos
que começaram há alguns dias ou semanas. Os resultados chegarão rapidamente”
O texto 3 mostra exemplos de emprego correto do “a” com acento grave indicativo
da crase – “diz respeito à sua vida profissional”. A frase abaixo em que o emprego
do acento grave da crase é corretamente empregado é:
a) o texto do horóscopo veio escrito à lápis;
b) começaram à chorar assim que leram as previsões;
c) o horóscopo dizia à cada leitora o que devia fazer;
d) o leitor estava à procura de seu destino;
e) o astrólogo previa o futuro passo à passo.
20. (COSEAC/2015 – nível médio) ”...por fidelidade à obscura semente...”
Das alterações feitas no fragmento acima, há erro no emprego do acento indicativo
da crase em:
a) por fidelidade àquela obscura semente.
b) por fidelidade à essa obscura semente.
c) por fidelidade à mesma obscura semente.
d) por fidelidade à nova e obscura semente.
180 Português • PP
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Anotações
24. (VUNESP/2014 – nível médio) ____ quebra do compromisso entre Hong Kong e
China, que atinge _____ eleições marcadas para 2017, seguiram-se manifestações,
pois, com o controle da cidade, haveria ameaça _____ garantia de plenas
liberdades. As lacunas devem ser preenchidas, correta e respectivamente, com:
a) À ... as ... à d) A ... às ... à
b) À ... às ... à e) A ... as ... à
c) A ... às ... a
181 Português • PP
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d) o trecho – Ninguém, muito menos eles próprios, tinha qualquer suspeita de Anotações
que seus descendentes um dia viajariam à Lua... – permanecerá correto caso
as vírgulas sejam substituídas por travessões.
e) a mensagem do trecho – A coisa mais importante a saber acerca dos humanos
pré-históricos é que eles eram animais insignificantes... – permanecerá
inalterada se a expressão “a saber” ficar entre parênteses.
182 Português • PP
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c) Assim, sua presença no lugar certo e na hora certa, pode exercer efeito Anotações
dissuasório mesmo que, os policiais em patrulha, não apanhem o bandido em
flagrante. (terceiro parágrafo)
d) Por fim, informa aos policiais sobre as probabilidades de local e horário de
crimes, o que permite que eles policiem, as áreas sob ameaça, de maneira
mais intensa. (segundo parágrafo)
e) Houve, em Los Angeles um declínio, de 13% na criminalidade. (quarto parágrafo)
183 Português • PP
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184 Português • PP
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185 Português • PP
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186 Português • PP
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18. (FCC/2014 – nível médio) A passagem do texto que se mantém correta após o Anotações
acréscimo da vírgula é:
a) Essas relações até hoje, não deixaram de existir nem se deixaram restringir aos
limites das fronteiras nacionais...
b) Essa amplitude das redes de relações regionais, faz da história desses povos
uma história rica em ganhos e não em perdas culturais...
c) ... como muitas vezes divulgam os livros didáticos que retratam, a história dos
índios no Brasil.
d) Processos estes que se somam, às diferentes experiências de contato vividas
pelos distintos grupos indígenas com cada um dos agentes e agências que
entre eles chegaram...
e)... com um pouco mais de conhecimento sobre a história da região, podemos
constatar que os povos indígenas dessa parte da Amazônia nunca viveram
isolados entre si.
Com relação aos aspectos linguísticos e aos sentidos do texto, julgue o próximo
item.
19. (CESPE/2013 – nível médio) Nas linhas 21 e 22, a substituição das vírgulas por
travessões manteria a correção gramatical e o sentido do texto.
( ) Certo ( ) Errado
187 Português • PP
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188 Português • PP
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189 Português • PP
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10. (CESPE/2013 – nível superior) Para que o ofício hipotético acima esteja
de acordo com os padrões estabelecidos no Manual de Redação da Presidência
da República, a identificação do tipo e do número do expediente deve ser alterada
para: Ofício n.º 265/2013/GC-EAS.
( ) Certo ( ) Errado
11. (CESPE/2013 – nível superior) Para que o ofício hipotético acima esteja de acordo
com os padrões estabelecidos no Manual de Redação da Presidência da República,
o parágrafo e o fecho devem ser numerados.
( ) Certo ( ) Errado
12. (CESPE/2013 – nível superior) Para que o ofício hipotético acima esteja de acordo
com os padrões estabelecidos no Manual de Redação da Presidência da República,
o nome do órgão em que trabalha a pessoa que subscreve o documento deve ser
retirado do espaço destinado à identificação do signatário, permanecendo, nesse
espaço, apenas o nome e o cargo de quem assina o expediente.
( ) Certo ( ) Errado
13. (CESPE/2013 – nível superior) Em comunicações dirigidas a chefes de poder,
o vocativo adequado é “Excelentíssimo Senhor”, seguido do nome do cargo
correspondente.
( ) Certo ( ) Errado
190 Português • PP
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Anotações
191 Português • PP
Prof. Pimentel
GABARITO Anotações
192 Português • PP
l
te
en
EXTENSIVO
Prof. Pim
Compreensão e
Interpretação de
Textos
(016) 3235-2900
Material produzido para uso e divulgação exclusivos da
Escola Prof. Pimentel
Autora:
Prof.a Salete da Graça Tanuri Lotti
ÍNDICE
Módulo 1 – Conceitos Importantes����������������������������������������������������������������������������������������������������������� 5
Níveis da Linguagem�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 15
Funções da linguagem������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������ 20
Interpretação de textos • PP
Prof. Pimentel
CONCEITOS Anotações
5 Interpretação de textos • PP
Prof. Pimentel
DICAS:
•• Quanto maior o repertório cultural, mais bem preparado você estará para ler,
analisar, interpretar e compreender não só os textos utilizados nas provas,
mas o mundo à sua volta. Analisar a intenção, a finalidade, o objetivo do
diálogo entre as obras é fundamental.
•• Atenção às palavras importantes nos comandos das questões: destoa, não,
correto, incorreto, certo, errado, falso, verdadeiro e exceto.
•• Analise todas as alternativas da questão. Caso sobrem duas opções que
pareçam corretas, busque identificar a mais exata ou a que mais completa e
se encaixa no texto.
6 Interpretação de textos • PP
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02 Módulo
Compreender ou interpretar?
Entendendo a diferença.
Anotações
QUAL A DIFERENÇA ENTRE COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO?
Perguntas possíveis:
•• A menina está triste?
•• Está no texto que a menina esteja triste?
•• O autor afirma que a menina esteja triste?
•• De acordo com as afirmações do texto, a menina está triste?
•• O narrador afirma que a menina esteja triste?
Resposta:
7 Interpretação de textos • PP
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Resposta:
2ª leitura:
•• Grife palavras e trechos importantes;
•• Hierarquize as partes (faça o seu esquema!).
•• Sinônimos;
8 Interpretação de textos • PP
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Esquematizando:
9 Interpretação de textos • PP
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Gabarito:
1. C
2. C
3. A
10 Interpretação de textos • PP
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1ª leitura: Anotações
O vilão da história
É um fato incontornável: o planeta passa por um aquecimento global intenso,
e a maior parte da responsabilidade pelo descompasso do clima é do ser humano.
Com fábricas, carros e o desmatamento generalizado de habitats, multiplicamos
por 180 a quantidade de CO2 na atmosfera desde a Revolução Industrial, motor
do efeito estufa, responsável pelo aumento de 0,8 grau na temperatura da Terra.
Parece pouco, mas foi o suficiente para consolidar um caos climático que se agrava:
o calor elevado faz com que eventos extremos, como tempestades e secas duradou-
ras, sejam cada vez mais frequentes. Em 2014, o ano mais quente desde que come-
çaram os registros, em 1880, a situação só piorou. Nesse contexto, cabe, portanto,
a pergunta: a falta de chuvas e o calorão do início de janeiro no Sudeste brasileiro
são também filhos do aquecimento global?
Climatologistas dizem não ter certeza, pois dependem de projeções de longo
prazo para responder. Ou seja, precisam esperar para verificar se a situação se re-
pete por muitos anos ou se trata de uma anomalia, provocada por algum fenômeno
climático pontual e ainda desconhecido. Mas, afastada a minuciosidade exigida por
comprovações científicas, é concebível concluir que o aquecimento planetário está
na origem da seca. E, se essa é a resposta, pode-se esperar por tempos ainda mais
áridos nas próximas décadas.
Trata-se de uma lógica cujo desfecho é um cenário de contornos assustadores,
com evidentes repercussões econômicas, e que alguns, com certo exagero, deno-
minam de apocalípticos.
(Veja, 28.01.2015. Adaptado)
Esquematizando:
11 Interpretação de textos • PP
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1. A leitura comparativa entre os textos do jornal Folha de S.Paulo e da revista Veja Anotações
permite concluir que
(A) está havendo maior controle do clima devido às previsões dos especialistas.
(B) ocorrem hoje situações climáticas já previstas por especialistas em 1880.
(C) está se estabelecendo um período de menos oscilações climáticas na Terra.
(D) existem condições climáticas que fogem às previsões dos especialistas.
(E) tem havido pouco interesse dos especialistas quanto às alterações do clima.
Gabarito
1. D
2. A
12 Interpretação de textos • PP
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03 Módulo
– Linguagem, língua e fala
– Níveis da Linguagem
13 Interpretação de textos • PP
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Linguagem não verbal: uso de imagens, figuras, desenhos, símbolos, postura Anotações
corporal, pintura, música, mímica, etc. como meio de comunicação. No mundo dos
concursos, as charges são bons exemplos.
14 Interpretação de textos • PP
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15 Interpretação de textos • PP
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Gíria = segundo Mattoso Câmara Júnior, “estilo literário e gíria são, em ver-
dade, dois polos da Estilística, pois gíria não é a linguagem popular, como pensam
alguns, mas apenas um estilo que se integra à língua popular”. Prova disso é que
nem todas as pessoas que se expressam através da linguagem popular, informal
usam gíria. Caracterizada como um vocabulário especial, ela surge como um signo
de grupo, a princípio secreto, domínio exclusivo de uma comunidade social restrita.
Primeiro, ela pinta como quem não quer nada. Chega na moral, dando uma
de Migué, e acaba caindo na boca do povo. Depois desbaratina, vira lero-lero, sai
de fininho e some. Mas, às vezes, volta arrebentando, sem o menor aviso. Afinal,
qual é a da gíria?
(Cássio Schubsky, Superinteressante)
Falar gaúcho:
Pues, diz que o divã no consultório do analista de Bagé é forrado com um pe-
lego. Ele recebe os pacientes de bombacha e pé no chão.Buenas. Vá entrando e se
abanque, índio velho.
— O senhor quer que eu deite logo no divã?
— Bom, se o amigo quiser dançar uma marcha, antes, esteja a gosto. Mas eu
prefiro ver o vivente estendido e charlando que nem china da fronteira, pra não
perder tempo nem dinheiro.
(Luís Fernando Veríssimo, O Analista de Bagé)
16 Interpretação de textos • PP
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Falar caipira:
17 Interpretação de textos • PP
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18 Interpretação de textos • PP
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04 Módulo
– Atos de Comunicação
– Funções da linguagem
19 Interpretação de textos • PP
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Receptor/destinatário: _____________________________________________
Mensagem: ___________________________________________________________
Canal: ________________________________________________________________
Código: _______________________________________________________________
Referente: ____________________________________________________________
FUNÇÕES DA LINGUAGEM
Sabemos que a linguagem é uma das formas de comunicação e de assimilação
das coisas do mundo. Toda linguagem tem um objetivo. O ser humano, ao viver em
conjunto, utiliza vários códigos para representar o que pensa, o que sente, o que
quer, o que faz.
Sendo assim, o que conseguimos expressar e comunicar através da linguagem?
Para que ela funciona?
A multiplicidade da linguagem pode ser sintetizada em seis funções ou finali-
dades básicas.
Veja a seguir, cada uma delas:
1. FUNÇÃO REFERENCIAL OU DENOTATIVA: centralizada no referente, no as-
sunto. Transmite de forma clara e objetiva os dados da realidade, sem manifesta-
ções pessoais e sentimentais, recorrendo a conceitos gerais.
Elementos presentes:
•• construções das orações na ordem direta;
•• vocabulário simples e claro, ou, dependendo do público-alvo, vocabulário
que melhor se adeque a ele;
•• prevalece o uso da 3ª pessoa, tornando o texto ainda mais impessoal.
20 Interpretação de textos • PP
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21 Interpretação de textos • PP
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Exemplos: dicionários, poesias, obras literárias, filmes, canções, documentários, etc. Anotações
Dicionários
Embora o meu vocabulário seja voluntariamente pobre – uma espécie de Bra-
sileiro Básico – a única leitura que jamais me cansa é a dos dicionários. Variados,
sugestivos, atraentes, não são como os outros livros, que contam a mesma estopa-
da do princípio ao fim. Meu trato com eles é puramente desinteressado; um modo
disperso de estar atento... E esse meu vício é, antes de tudo, inócuo para o leitor.
Na minha adolescência, todo e qualquer escritor se presumia de estilista, e
isso, na época, significava riqueza vocabular... Imagine-se o mal que deve ter causa-
do a autores novos e inocentes o grande estilista Coelho Neto; grande infanticida,
isto é o que ele foi.
Orgulhávamo-nos, como das nossas riquezas naturais, da opulência verbal de
Rui Barbosa. O seu fraco, ou seu forte, eram os sinônimos. Recordo certa página em
que ele esbanjou seus haveres com as pobres mulheres da vida, chamando-as de
todos os nomes, menos um.
(QUINTANA, Mário. Caderno H. Porto Alegre: Globo, 1983. p. 176.)
Expressões idiomáticas:
Acertar na mosca = acertar precisamente.
Água que passarinho não bebe = pinga, bebida alcoólica.
22 Interpretação de textos • PP
Prof. Pimentel
Mas, o nível semântico apresenta problemas, pois não é possível que o lanche
tenha comido o menino, ao menos no sentido denotativo. Assim, corrigindo os pro-
blemas semânticos, teremos:
O menino comeu um lanche ontem.
23 Interpretação de textos • PP
Prof. Pimentel
Do ponto de vista sintático são expletivas, isto é, não assumem nenhuma função;
do ponto de vista morfológico são invariáveis; do ponto de vista semântico são importan-
tes no contexto em que se encontram.
24 Interpretação de textos • PP
Prof. Pimentel
Anotações
Principalmente, primordialmente, so-
Prioridade, relevância
bretudo.
25 Interpretação de textos • PP
Prof. Pimentel
COERÊNCIA: relação lógica entre as ideias, fazendo com que umas complementem Anotações
as outras, não se contradigam e formem um todo significativo: o texto.
Um texto pode estar perfeitamente coeso, porém incoerente. É o caso do exemplo
abaixo:
“A calçada está molhada porque não choveu.”
Contudo, ao ler o que diz o texto, percebemos facilmente que há uma incoe-
rência, pois se a calçada está molhada, é porque alguém a molhou, ou a chuva, ou
algum outro evento. Não ter chovido não é o motivo de a calçada estar molhada. O
texto está incoerente.
Podemos entender melhor a coerência compreendendo os seus três princípios bá-
sicos:
1. Princípio da Não Contradição: em um texto não se pode ter situações ou ideias
que se contradizem entre si, ou seja, que quebram a lógica.
Tipos de Coerência
26 Interpretação de textos • PP
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Coesão X Coerência
Um Texto pode ser coerente sem elementos de coesão (ligação), mas um texto
que, mesmo que coeso, não possua coerência, dificilmente será compreendido.
•• Coerência sem coesão: “Olhar fito no horizonte. Apenas o mar imenso.
Nenhum sinal de vida humana. Tentativa desesperada de recordar alguma
coisa. Nada”.
27 Interpretação de textos • PP
Prof. Pimentel
de anúncio, caneta e papel, relógio, papel, pasta, cigarro, fósforo, papel e caneta, Anotações
telefone, caneta e papel, telefone, papéis, folheto, xícara, jornal, cigarro, fósforo,
papel e caneta. Carro. Maço de cigarros, caixa de fósforos. Paletó, gravata. Poltrona,
copo, revista. Quadros. Mesa, cadeiras, pratos, talheres, copos, guardanapos. Xíca-
ras, cigarro e fósforo. Poltrona, livro. Cigarro e fósforo. Televisor, poltrona. Cigarro e
fósforo. Abotoaduras, camisa, sapatos, meias, calça, cueca, pijama, espuma, água.
Chinelos. Coberta, cama, travesseiro.
(Ricardo Ramos)
28 Interpretação de textos • PP
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TIPOLOGIA TEXTUAL: forma pela qual um texto é apresentado. Há quatro tipos Anotações
textuais:
1. Narrativo;
2. Descritivo;
3. Dissertativo;
4. Injuntivo ou Instrucional.
Há dois aspectos fundamentais que a eles se referem:
•• “tipos” relacionam-se à natureza de ordem linguística, tendo em vista seus
aspectos constitutivos.
•• é comum a coexistência de mais de um tipo num único texto. Ainda assim,
uma modalidade predominará sobre as outras.
29 Interpretação de textos • PP
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Exemplo: Anotações
“ Todos os homens são intelectuais – pode-se dizer, mas nem todos os homens
têm na sociedade a função de intelectuais. Não se pode separar o homo faber do
homo sapiens. Todo homem, fora de sua profissão, exerce alguma atividade intelec-
tual, é um “filósofo”, um artista, um homem de gosto, participa de uma concepção
de mundo....”
(Antonio Gramsci, filósofo italiano, 1891-1937)
30 Interpretação de textos • PP
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Exercitando: Anotações
“Era uma vez uma linda Baratinha. Gostava de tudo muito limpo e arrumado.
Um belo dia, Dona Baratinha varria o jardim de sua casa quando encontrou
uma moedinha. Ficou muito feliz! Rapidamente, tomou um banho, colocou um ves-
tidinho bem bonito, uma fita no cabelo e ficou na janela da sala de sua casa can-
tando assim:
‘Quem quer casar com a Dona Baratinha,
que tem fita no cabelo e dinheiro na caixinha?’ [...]”
31 Interpretação de textos • PP
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32 Interpretação de textos • PP
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Esses três tipos de discurso podem aparecer não só de forma isolada, mas jun-
tos em um texto.
Vejamos cada um deles:
1. Discurso Direto
Os diálogos são retratados sem a interferência do narrador que registra fiel-
mente as palavras proferidas pelo personagem. É um tipo de discurso alheio a
quem narra a história.
A pontuação é um recurso indispensável para introduzir a fala dos persona-
gens: dois-pontos, travessões e aspas. Já os pontos de exclamação e interrogação
imprimem e transmitem ao leitor as emoções de tais personagens.
Outro recurso, não menos importante, é a utilização dos chamados verbos de
elocução, aqueles que expressam um pensamento ou opinião: dizer, perguntar, res-
ponder, exclamar, falar, protestar, contestar, alegar, concordar, etc.
Exemplos:
“- Por que veio tão tarde? perguntou-lhe Sofia, logo que apareceu à porta do
jardim, em Santa Teresa.
- Depois do almoço, que acabou às duas horas, estive arranjando uns papéis.
Mas não é tão tarde assim, continuou Rubião, vendo o relógio; são quatro horas e
meia.
- Sempre é tarde para os amigos, replicou Sofia, em ar de censura.“
(Machado de Assis, Quincas Borba, cap. XXXIV)
PNEU FURADO
O carro estava encostado no meio-fio, com um pneu furado. De pé ao lado do
carro, olhando desconsoladamente para o pneu, uma moça muito bonitinha.
Tão bonitinha que atrás parou outro carro e dele desceu um homem dizendo
”Pode deixar”. Ele trocaria o pneu.
- Você tem macaco? - perguntou o homem.
33 Interpretação de textos • PP
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2. Discurso Indireto
Definido como o registro da fala e das reações da personagem sob influência
do narrador que, ao invés de retratar as falas de forma direta, as reproduz com suas
próprias palavras, colocando-se na condição de intermediário entre a personagem
e o leitor. O texto é escrito normalmente em 3ª pessoa.
Nesse tipo de discurso, os tempos verbais são modificados para que haja en-
tendimento quanto à pessoa que fala. Além disso, costuma-se citar o nome de
quem proferiu a fala ou fazer-lhe algum tipo de referência.
Exemplos:
“Dona Abigail sentou-se na cama, sobressaltada, acordou o marido e disse que
havia sonhado que iria faltar feijão. Não era a primeira vez que esta cena ocorria.
Dona Abigail consciente de seus afazeres de dona de casa vivia constantemente
atormentada por pesadelos desse gênero. E de outros gêneros, quase todos ali-
mentícios. Ainda bêbado de sono o marido esticou o braço e apanhou a carteira
sobre a mesinha de cabeceira: ‘Quanto é que você quer?’“
NOVAES, Carlos Eduardo. O sonho do feijão.
34 Interpretação de textos • PP
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Continuação Anotações
Entendendo e fixando...
Indireto livre ⇒ Direto ⇒ Indireto
Observe a seguinte passagem do conto “Feliz Aniversário”, de Clarice Lispector,
que está na forma de Discurso Indireto Livre:
“O tronco fora bom. Mas dera aqueles azedos e infelizes frutos, sem capacida-
de sequer para uma boa alegria. Como pudera ela dar à luz aqueles seres risonhos,
fracos, sem austeridade? O rancor roncava no seu peito vazio. Uns comunistas, era
o que eram; uns comunistas. Olhou-os com sua cólera de velha. Pareciam ratos se
acotovelando, a sua família.”
35 Interpretação de textos • PP
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36 Interpretação de textos • PP
Prof. Pimentel
37 Interpretação de textos • PP
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Título
Título e tema são conceitos similares, mas não iguais. Entenda a diferença:
Título = expressão inicial que introduz o texto.
Tema = assunto abordado no texto.
Exemplo 1:
Título: “A internet influencia o comportamento de adolescentes.”
Esse título apresenta clareza, causa e consequência. Não necessita elucidação,
o leitor já sabe o que esperar do texto.
Tema: repercussão da internet na sociedade.
Exemplo 2:
Título: “O poder da internet.”
O título é abrangente, apresenta uma causa, mas não a consequência. Esse
tipo de título interage com o leitor, convidando-o a ler o texto e descobrir.
Tema: Informação? Exposição? Altos riscos à integridade física e moral?
Introdução
Caracterizada pela abertura do texto, apresentando-o rapidamente,
resumindo-o e mostrando a argumentação inicial. A introdução oferece uma
ideia do que se pode esperar do texto. Não confunda a introdução com o resumo
normalmente contido na conclusão.
Em textos mais curtos, a introdução pode ser o próprio título. Já nos textos
mais longos, em que o assunto é exposto em várias páginas, ela pode ter o tamanho
de um capítulo ou de uma parte precedida por subtítulo.
Em textos mais comuns, que possuem uma média de 25 a 80 linhas, a introdução
será o primeiro parágrafo.
Desenvolvimento
Aqui se concentra a maior parte do texto. O desenvolvimento é responsável
pela ligação entre a introdução e a conclusão.
Nessa etapa, são elaboradas as ideias, os dados e os argumentos que
sustentarão as explicações e posições do autor. Caracteriza-se por uma conexão
que resulta da sequência e organização das ideias, permitindo, assim, o equilíbrio
entre essas duas partes do texto.
O autor do texto revela sua capacidade de discutir um tema e defender seus
pontos de vista, além de direcionar a atenção do leitor para a conclusão.
As conclusões são fundamentadas a partir desta etapa.
38 Interpretação de textos • PP
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Conclusão Anotações
10 DICAS IMPORTANTES
39 Interpretação de textos • PP
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40 Interpretação de textos • PP
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Anotações
Figuras de
palavra ou Definição Exemplos
semântica
Utiliza uma palavra ou uma expressão em “Meu pensamento é um rio subterrâneo.”
lugar de outra, sem que haja uma relação (Fernando Pessoa)
real. Tem um caráter subjetivo e momen-
tâneo; se a metáfora se cristalizar passará a
Metáfora
ser catacrese (ex.: “pé” de alface, “perna”
da mesa). Toda metáfora é uma espécie de
comparação implícita, em que o elemento
comparativo não aparece.
Comparação Baseia-se numa relação de semelhança. “Meu coração tombou na vida tal qual
ou Símile Distingue-se da metáfora pela maneira como uma estrela ferida pela flecha de um
estabelece essa relação. Na metáfora, ocorre caçador”.
de maneira implícita; na comparação, de (Cecília Meireles)
forma explícita, através de uma partícula
comparativa para interligar os elementos em
confronto, em forma de analogia.
emprega um termo no lugar de outro, haven- Gosto de ler Machado de Assis. (autor pela
do entre ambos estreita afinidade ou relação obra)
de sentido Thomas Edison ilumina o mundo (inventor
pelo invento)
Várias pernas passavam apressadamente.
Metonímia
(parte pelo todo)
Ele bebeu o cálice todo. (continente pelo
conteúdo)
Os microfones seguiram os premiados.
(instrumento pela pessoa que o utiliza)
Catacrese uma metáfora que, dado seu uso contínuo, “asa” da xícara
cristalizou-se “batata” da perna
Perífrase ou expressão que designa um ser através de A Cidade Maravilhosa (= Rio de Janeiro)
Antonomá- alguma de suas características ou atributos, O Poeta dos Escravos (= Castro Alves) morreu
sia ou de um fato que o celebrizou. Quando se muito jovem.
refere a uma pessoa = antonomásia
Sinestesia mescla, numa mesma expressão, as sensa- Um grito áspero rompeu o silêncio.
ções percebidas por diferentes órgãos do
sentido
Anadiplose repetição no início de uma sentença seguin- “Eu guardo o espelho
ou Concate- te de termos já dispostos no fim da frase ou o espelho não me guarda...! (Ferreira
nação verso Gullar)
- Grilo, toca aí em solo de flauta.
- De flauta? Você me acha com cara de
flautista?
(Manuel Bandeira)
41 Interpretação de textos • PP
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Anotações
Figuras de
Definição Exemplos
pensamento
Antítese utilização de dois termos opostos O corpo é pequeno e a alma é grande.
Paradoxo proposição aparentemente absurda, Quanto mais trabalha, mais tem dificulda-
resultante da união de ideias contradi- des financeiras.
tórias
Eufemismo emprego de uma expressão menos Ele faltou com a verdade. (= mentiu)
agressiva para comunicar algo desagra- Ele partiu desta para melhor. (= morreu)
dável
Ironia satiriza ou ridiculariza uma situação Parece um anjinho, briga com todos os
colegas.
Hipérbole expressão intencionalmente exagera- “Rios te correrão dos olhos, se chorares.”
da com o intuito de realçar uma ideia (Olavo Bilac)
Prosopopeia atribuição de ações ou qualidades de As pedras saltam em nosso caminho.
ou Personifi- seres animados a seres inanimados,
cação ou características humanas a seres não
humanos
Apóstrofe invocação de alguém ou de alguma “Pai nosso, que estais no céu...”
coisa personificada (imaginário ou não) Menina, o que faz aqui?
por meio do vocativo
Gradação disposição das ideias por meio de “O trigo... nasceu, cresceu, espigou, amadu-
palavras, sinônimas ou não, em ordem receu, colheu-se.” (Padre Antônio Vieira)
crescente ou decrescente
Figuras de
Construção Definição Exemplos
ou de Sintaxe
omissão de um ou mais termos numa A cada um o que é seu.
Elipse oração que podem ser facilmente iden- (a ideia é: Deve se dar a cada um o que
tificados é seu.)
Zeugma é uma forma de elipse. Ocorre quando Ele gosta de matemática, eu de portu-
é feita a omissão de um termo já men- guês.
cionado anteriormente
Silepse concordância feita com o termo que Número: Como vai a turma? Es-
não está expresso no texto, mas sim tão bem?
com a ideia que ele representa. Há 3 ti- Gênero: A maravilhosa Rio de Janeiro...
pos: de número, de gênero e de pessoa Pessoa: Os professores, temos orgulho
do nosso trabalho.
Polissíndeto repetição enfática dos conectivos Deus criou o sol e a lua e as estrelas.
Assíndeto ausência das conjunções coordenativas Ele tem casa, tem roupa, tem família,
tem amor.
Pleonasmo repetição de um termo ou ideia, com as A falta de tempo para estudar, é neces-
mesmas palavras ou não sário resolvê-la logo.
Anáfora ou repetição de uma ou mais palavras no “Se você gritasse Se você gemesse, Se
Epanáfora início de várias frases, criando assim, você tocasse a valsa vienense...”
um efeito de reforço e de coerência (Carlos Drummond de Andrade)
42 Interpretação de textos • PP
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Anotações
Figuras de
Definição Exemplos
som
repetição de consoantes como recurso Três pratos de trigo para três tigres tris-
Aliteração para intensificação do ritmo ou como tes.
efeito sonoro significativo
Assonância repetição ordenada de sons vocálicos “Sou um mulato nato no
idênticos sentido lato mulato democrático
do litoral...” (Caetano Veloso)
Onomato- tentativa de reproduzir, na forma de Au, au, fez o cachorro.
peia palavras, os sons da realidade O relógio faz tic-tac.
Os sinos faziam blem, blem.
Paranomásia emprego de palavras parecidas (parôni- “Com tais premissas ele sem dúvida leva-
mas), numa mesma sentença, gerando nos às primícias” (Padre Antonio Vieira)
uma espécie de trocadilho. Qual o doce preferido do átomo? Pé de
moléculas.
43 Interpretação de textos • PP
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Anotações
Vícios de
Definição Exemplos
Linguagem
Pleonasmo repetição desnecessária de uma infor- Entrei para dentro da casa.
Vicioso ou mação na frase Vi com meus próprios olhos.
Redundância Subiu para cima e desceu para baixo.
Ambiguidade por falta de clareza, há duplicidade de Tati disse à amiga que seu namorado
ou Anfibologia sentido da frase havia chegado. (O namorado é de Tati
ou da amiga?)
Cacofonia junção de duas ou mais palavras na Uma mão lava outra. (mamão)
frase provocando som desagradável ou Vi ela na esquina. (viela)
palavra inconveniente Vez passada eu li. (vespa assada)
Beijei a boca dela. (cadela)
Eco palavras na frase com terminações A divulgação da promoção não causou
iguais ou semelhantes, provocando comoção na população.
dissonância
Hiato sequência de vogais, provocando Eu a admiro.Ou eu ou a outra ganhará
dissonância o concurso.
Colisão repetição de consoantes iguais ou seme- Sua saia sujou
lhantes, provocando dissonância
É o desvio da norma que ocorre nos seguintes níveis:
1) Pronúncia Solicitei à cliente sua rúbrica. (rubrica)
•• Silabada: erro na pronúncia do acento Estou com poblemas a resolver. (pro-
tônico. blemas)
Eu advinhei quem ganharia o concurso.
•• Cacoépia: erro na pronúncia dos (adivinhei)
fonemas. O segurança deteu aquele homem.
•• Cacografia: erro na grafia ou na (deteve)
Barbarismo flexão de uma palavra.
2) Morfologia Se eu ir aí, vou me atrasar. (for)Sou a
aluna mais maior da turma. (maior)
3) Semântica José comprimentou seu vizinho ao sair
de casa. (cumprimentou)
4) Estrangeirismos: emprego desneces- O show é hoje! (espetáculo)Vamos
sário de palavras estrangeiras quando já tomar um drink? (drinque)
existe palavra correspondente na língua
É o desvio de sintaxe, podendo ocorrer nos seguintes níveis:
1) Concordância Haviam muitos alunos na sala. (Havia)
Solecismo 2) Regência Eu assisti o filme. (ao)
3) Colocação Não aguentava-se em pé. (não se
aguentava)
44 Interpretação de textos • PP
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45 Interpretação de textos • PP
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ATENÇÃO Anotações
46 Interpretação de textos • PP
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47 Interpretação de textos • PP
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ocupada pelo povo mais industrioso e ativo do mundo – os americanos do norte – Anotações
não dispõe do mínimo indispensável de alimentos para satisfazer as necessidades
de cada um dos seus 350 milhões de habitantes. No entanto, a verdade é que
estamos muito longe deste ideal.
DE CASTRO, J. Geografia da fome. Casa do Estudante do Brasil, 1952.
O primeiro texto que publiquei em jornal foi uma crônica. Devia ter eu lá uns
16 ou 17 anos. E aí fui tomando gosto. Dos jornais de Juiz de Fora, passei para os
jornais e revistas de Belo Horizonte e depois para a imprensa do Rio e São Paulo.
Fiz de tudo (ou quase tudo) em jornal: de repórter policial a crítico literário. Mas foi
somente quando me chamaram para substituir Drummond no Jornal do Brasil, em
1984, que passei a fazer crônica sistematicamente. Virei um escritor crônico. O que
é um cronista? Luís Fernando Veríssimo diz que o cronista é como uma galinha, bota
seu ovo regularmente. Carlos Eduardo Novaes diz que crônicas são como laranjas,
podem ser doces ou azedas e ser consumidas em gomos ou pedaços, na poltrona
de casa ou espremidas na sala de aula. Já andei dizendo que o cronista é um estilita.
Não confundam, por enquanto, com estilista. Estilita era o santo que ficava anos
e anos em cima de uma coluna, no deserto, meditando e pregando. São Simeão
passou trinta anos assim, exposto ao sol e à chuva. Claro que de tanto purificar seu
estilo diariamente o cronista estilita acaba virando um estilista. O cronista é isso:
fica pregando lá em cima de sua coluna no jornal. Por isto, há uma certa confusão
entre colunista e cronista, assim como há outra confusão entre articulista e cronista.
O articulista escreve textos expositivos e defende temas e ideias. O cronista é o mais
livre dos redatores de um jornal. Ele pode ser subjetivo.
Pode (e deve) falar na primeira pessoa sem envergonhar-se. Seu “eu”, como
o do poeta, é um eu de utilidade pública. Que tipo de crônica escrevo? De vários
tipos. Conto casos, faço descrições, anoto momentos líricos, faço críticas sociais.
Uma das funções da crônica é interferir no cotidiano. Claro que essas que interferem
mais cruamente em assuntos momentosos tendem a perder sua atualidade quando
publicadas em livro. Não tem importância. O cronista é crônico, ligado ao tempo,
deve estar encharcado, doente de seu tempo e ao mesmo tempo pairar acima dele.
(SANT’ANNA, Affonso Romano de. Disponível em:
http://www.releituras.com/arsant_ocronista.asp.)
48 Interpretação de textos • PP
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3. (CONSULPLAN/2016 – nível médio) Toda mensagem tem uma finalidade pre- Anotações
dominante, de acordo com tal afirmativa, indique-a a seguir em relação ao texto
apresentado:
A) Expressão do estado de espírito do emissor.
B) Conteúdo cujo objetivo é persuadir o interlocutor.
C) Abordagem do próprio código, análise sobre a própria linguagem.
D) Estabelecimento da comunicação entre o emissor e o receptor da mensagem.
E) Conteúdo essencialmente informativo, cujo objetivo é a transmissão de
informação sobre a realidade.
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50 Interpretação de textos • PP
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51 Interpretação de textos • PP
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Aprendendo a pensar
(Frei Beto)
12. (IBFC/2016 – nível médio) “Nós, adultos, sabemos; as crianças não sabem.” (1°§)
Ao empregar o vocábulo “adultos” entre vírgulas no trecho acima, o autor pretende:
a) provocar uma ambiguidade intencional.
b) excluir-se do processo enunciativo.
c) delimitar o grupo a que faz referência.
d) referir-se a uma fase imprecisa da vida.
52 Interpretação de textos • PP
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13. (IBFC/2015 – nível médio) Considerando o sentido global do texto, pode-se afir-
mar que a referência à startup alemã Changers cumpre o seguinte papel:
a) revelar a superioridade da tecnologia alemã em relação às demais encontradas
em outros países.
b) fragilizar a ideia de que é possível a implantação gradativa de energia solar
como alternativa para o consumo.
c) ilustrar que, havendo vontade por parte da indústria e dos consumidores,
vislumbram-se novas alternativas de energia.
d) demonstrar o interesse internacional em atingir mercados consumidores
como o brasileiro.
14. (IBFC/2015 – nível médio) Embora seja um texto informativo, é possível perce-
ber a presença da linguagem figurada em algumas passagens da notícia acima. As-
sinale a única opção em que NÃO se perceba um exemplo de figura de linguagem.
a) “A onda sustentável que tomou o planeta nas últimas décadas ” (1°§)
b) “a batalha por tornar esses dispositivos mais verdes” (1°§)
c) “Seus carregadores, finos e maleáveis, podem ser acoplados a mochilas” (2°§)
d) “Queremos dar um empurrão, dizer ‘vamos começar de algum lugar ” (3°§)
53 Interpretação de textos • PP
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54 Interpretação de textos • PP
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15. (IDECAN/2016 – nível médio) É correto afirmar que o texto em questão Anotações
a) trata da relação entre a adolescência e os ídolos.
b) refere-se à importância dos ídolos em qualquer idade
c) aborda tudo o que um adolescente precisa ter para ser um ídolo.
d) ressalta a falta de compreensão dos pais em relação à adolescência.
16. (IDECAN/2016 – nível médio) De acordo com a opinião da autora, é normal ter
ídolos?
a) Sim, afinal quem de nós nunca teve seu ídolo?
b) Não, porque a admiração sempre se torna uma obsessão.
c) Não, pois ser fã passa a ser a principal e única ocupação do adolescente.
d) Sim, pois os ídolos trazem desafios e transformações importantes para o jovem.
55 Interpretação de textos • PP
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17. (IDECAN/2015 – nível superior) De acordo com a tipologia textual, o objetivo Anotações
principal do autor é
a) narrar.
b) instruir.
c) descrever.
d) argumentar.
CETRO
56 Interpretação de textos • PP
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57 Interpretação de textos • PP
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Decorridos seis anos desde o início das obras, ainda não há resposta sequer Anotações
para uma das questões mais básicas e importantes, a saber, quanto custará, para o
consumidor, o metro cúbico da água.
Permanecem dúvidas, ademais, sobre como os Estados beneficiados darão
a necessária continuidade às obras federais para que as águas cheguem às
populações do Ceará, da Paraíba, de Pernambuco e do Rio Grande do Norte. Estão
sob a responsabilidade da União apenas os dois eixos principais. As administrações
estaduais deveriam dar capilaridade à rede hidrográfica, conduzindo-a às zonas
rurais, onde se faz mais necessária. Não é certo, contudo, de que forma --e se--
isso ocorrerá. Como esta Folha mostrou ontem, Pernambuco se comprometera,
em janeiro, a construir, com recursos federais, o Ramal do Agreste, para distribuir
água no Estado. Em agosto, porém, devolveu à União a responsabilidade pela obra,
alegando “questões de celeridade”. Até o momento, não foi feita a licitação para
esse adutor. São problemas demais para qualquer projeto -- ainda mais para um
tão caro e que tem o propósito de combater os graves problemas sociais causados
pela seca.
(Editorial da Folha de S. Paulo – 08/12/13)
3. (CONRIO/ 2014 – nível superior) De acordo com o texto pode-se se afirmar que:
I. É provável que as obras de transposição do rio São Francisco não fiquem
prontas em 2015.
II. O texto deixa transparecer que a má gestão pública é que tem atrapalhado as
obras de transposição do São Francisco.
III. Exceder o valor dos gastos em obras públicas é prática comum em nosso país.
IV. No trecho “A incompetência para cumprir prazos é o primeiro deles...”, o
dêitico em destaque remete-nos a males crônicos.
Está correto:
a) I, II e III.
b) II, III e IV.
c) I, II, III e IV.
d) I, III e IV.
58 Interpretação de textos • PP
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CONSULPLAN Anotações
As verdades da razão
Raciocinar não é algo que aprendemos na solidão, mas algo que inventamos ao
nos comunicar e nos confrontar com os semelhantes: toda razão é fundamentalmente
conversação. “Conversar” não é o mesmo que ouvir sermões ou atender a vozes
de comando. Só se conversa – sobretudo só se discute – entre iguais. Por isso o
hábito filosófico de raciocinar nasce na Grécia, junto com as instituições políticas
da democracia. Ninguém pode discutir com Assurbanipal ou com Nero, e ninguém
pode conversar abertamente em uma sociedade em que existem castas sociais
inamovíveis. [...] Afinal de contas, a disposição a filosofar consiste em decidir-se a
tratar os outros como se também fossem filósofos: oferecendo-lhes razões, ouvindo
as deles e construindo a verdade, sempre em dúvida, a partir do encontro entre
umas e outras.
[...] Oferecemos nossa opinião aos outros para que a debatam e por sua vez
a aceitem ou refutem, não simplesmente para que saibam “onde estamos e quem
somos”. E é claro que nem todas as opiniões são igualmente válidas: valem mais as
que têm melhores argumentos a seu favor e as que melhor resistem à prova de fogo
do debate com as objeções que lhe sejam colocadas.
[...] A razão não está situada como um árbitro semidivino acima de nós para
resolver nossas disputas; ela funciona dentro de nós e entre nós. Não só temos que
ser capazes de exercer a razão em nossas argumentações como também – e isso é
muito importante e, talvez, mais difícil ainda – devemos desenvolver a capacidade
de ser convencidos pelas melhores razões, venham de quem vierem. [...] A partir
da perspectiva racionalista, a verdade buscada é sempre resultado, não ponto
de partida: e essa busca incluía conversação entre iguais, a polêmica, o debate, a
controvérsia. Não como afirmação da própria subjetividade, mas como caminho
para alcançar uma verdade objetiva através das múltiplas subjetividades.
(Fernando Savater. “As verdades da razão”. In: As perguntas da vida.
São Paulo: Martins Fontes, 2001.)
59 Interpretação de textos • PP
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60 Interpretação de textos • PP
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B)
E)
C)
10. (FUNRIO/2014 – nível superior) O texto diz, na linha 1, que “muita gente tem a
sensação (...)”. Essa expressão, no contexto em que está empregada, tem a finalida-
de de dar à afirmação um tom
A) abrangente, mas supositivo.
B) especulativo e taxativo.
C) irônico, mas peremptório.
D) parcial e excêntrico.
E) restrito e categórico.
61 Interpretação de textos • PP
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12. (IBFC/2014 – nível superior) O autor estabelece uma relação entre a represen-
tação do ambiente e o comportamento humano. Assinale a opção que apresenta
um fragmento do texto que exemplifica tal relação.
a) “Nenhuma autoridade, munida de organismo publicitário, tirou partido do
acontecimento.”
b) “Os boletins meteorológicos não se lembraram de anunciá-lo em linguagem
especial.”
c) “Tornou-se quase voluptuoso andar pelo gosto de andar, captando os sinais
inconfundíveis da presença de dias lindos.”
d) “A cor é mais cor, na pureza deste ar que ousa desafiar os vapores, emanações
e fuligens da era tecnológica.”
62 Interpretação de textos • PP
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63 Interpretação de textos • PP
Prof. Pimentel
III. O aproveitamento acadêmico insatisfatório é visto como fator, que agregado Anotações
a outros e não de forma isolada, para rompimento do benefício desfrutado
através do FIES (Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior).
Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s)
A) I.
B) II.
C) I e II.
D) I e III.
E) II e III.
15. (IDECAN/2014 – nível superior) Cada texto possui uma estrutura organizacio-
nal distinta. Considerando tal aspecto, assinale a relação corretamente estabelecida
entre parágrafo e seu respectivo conteúdo.
a) 5º§ – Apresentação dos mesmos argumentos e provas contrárias à 2ª estudante
em relação à primeira.
b) 1º§ – Apresentação de argumentos desenvolvidos ao longo do texto que
sustentam a defesa da Advocacia-Geral da União (AGU).
c) 6º§ e 7º§ – Apresentação da conclusão das ações expostas anteriormente de
modo subjetivo, apresentado ponto de vista favorável às decisões indicadas.
d) 2º§ – Apresentação das ações e respectivos argumentos nos quais as estudantes
basearam-se para pedir a prorrogação do financiamento estudantil.
e) 3º§ e 4º§ – Apresentação de embasamento legal para as decisões citadas no
texto em relação ao FIES, além de exposição de elementos usados contra a
estudante citada.
64 Interpretação de textos • PP
Prof. Pimentel
ATENÇÃO Anotações
Neste módulo, apresentaremos 72 questões de concurso da Banca VUNESP, as
quais serão aplicadas da seguinte forma:
04 questões por aula = serão resolvidas e comentadas pela professora:
•• em sala de aula;
O restante das questões = material extra para o treino do aluno
–– disponíveis no curso on-line (resolução e comentários)
VUNESP
65 Interpretação de textos • PP
Prof. Pimentel
Entreouvida na rua: “O que isso tem a ver com o meu café com leite?” Não sei
se é uma frase feita comum que só eu não conhecia ou se estava sendo inventada
na hora, mas gostei. Tudo, no fim, se resume no que tem e não tem a ver com o
nosso café com leite, no que afeta ou não afeta diretamente nossas vidas e nossos
hábitos. É uma questão que envolve mais do que a vizinhança próxima. Outro dia
ficamos sabendo que o Stephen Hawking voltou atrás na sua teoria sobre os buracos
negros, aqueles furos no Universo em que a matéria desaparece. Nem eu nem você
entendíamos a teoria, e agora somos obrigados a rever nossa ignorância: os buracos
negros não eram nada daquilo que a gente não sabia que eram, são outra coisa que
a gente nunca vai entender. Nosso consolo é que nada disto tem a ver com nosso
café com leite. Os buracos negros e o nosso café com leite são, mesmo, extremos
opostos, a extrema angústia do desconhecido e o extremo conforto do familiar. Não
cabem na mesma mesa ou no mesmo cérebro.
(Luis Fernando Verissimo. O mundo é bárbaro e o que nós temos a ver com isso. Rio de
Janeiro, Objetiva, 2008, p. 09)
4. (VUNESP/2017 – nível médio) Com a afirmação – ... os buracos negros não eram
nada daquilo que a gente não sabia que eram, são outra coisa que a gente nunca vai
entender. –, o autor sustenta que, para os leigos, os buracos negros são
a) insondáveis. d) excitantes.
b) instáveis. e) inteligíveis.
c) periculosos.
Considere o cartum para responder à próxima questão.
66 Interpretação de textos • PP
Prof. Pimentel
Leia o texto “Infância na praia”, de Danuza Leão, para responder às questões seguintes. Anotações
Não se pode dar corda à memória: a gente começa brincando, mas ela não faz cerimônia e
vai invadindo nossas mentes e nossos corações. Para mim são, ainda e sempre, as recordações
da infância na praia muito mais fortes do que eu podia imaginar.
No terreno das brincadeiras, a mais comum era o caldo: quem não se lembra
do terror de levar um? Também se brincava de jogar areia nos outros, aos gritos,
para horror dos adultos, e a pior de todas: se deixar ser enterrada ficando só com a
cabeça de fora, e todo mundo fingir que ia embora, só de maldade, deixando você
sozinha e esquecida.
No terreno mais leve, a grande proeza era mergulhar e passar por baixo das
pernas abertas da prima, lembra? Aliás, essa é uma raça em extinção: as primas.
Elas eram muitas, e a convivência, intensa. Hoje, nas cidades grandes, existem
poucas tias e pouquíssimas primas.
As crianças catavam conchas para colar, e era difícil fazer um buraquinho com
um prego e um martelinho, sem quebrar a concha, para passar o barbante. As cor-
de-rosa eram as mais lindas, e, quando se encontrava um búzio, era uma verdadeira
festa. As conchas acabaram; onde terão ido parar?
No final da tarde, a praia já sem sol, voltavam os barcos de pesca: as pessoas
ficavam em volta comprando o peixe nosso de cada dia, que seria feito naquela
mesma noite. Naquele tempo não havia nem alface nem tomate nem molho de
maracujá, e para dar uma corzinha na comida se usava colorau – já ouviu falar?
Camarão só às vezes, mas, em compensação, havia cações com a carne rija, que
davam uma moqueca muito boa. Os peixes eram vendidos por lote, não custavam quase
nada, e o que sobrava era distribuído ali mesmo. Mas os fregueses eram honestos, e
ninguém deixava de comprar para levar algum de graça, no final das transações.
Às vezes corria um boato assustador: de que o mar estava cheio de águas-vivas, o
que era um acontecimento. Água-viva é uma rodela gelatinosa que, segundo diziam,
se encostasse no corpo, queimava como fogo. Ia todo mundo para a beira da água
tentando ver alguma, mas ninguém entrava no mar, de medo. No dia seguinte, a areia
estava cheia delas, e com uma varinha a gente ficava mexendo, sempre com muito
cuidado: afinal, era uma gelatina, mas viva – uma coisa mesmo muito estranha.
Para evitar queimaduras, se usava óleo Dagele, e se alguém dissesse que anos
depois uma massagem de algas, daquelas mesmas algas verdes e marrons com as
quais a gente dançava dentro da água, não custaria menos de US$ 100 em Nova
York ou Paris, ninguém acreditaria.
Naquele tempo não havia refrigerantes, não se tomava água gelada, e as
crianças rezavam uma ave-maria antes de dormir, sendo que algumas ajoelhadas.
Não havia abajur nas mesas de cabeceira e na hora de dormir se apagava a
luz do teto, com sono ou sem sono, e ficávamos com os pensamentos voando,
esperando o sono chegar.
E ninguém se queixava de nada, até porque não havia do que se queixar,
porque era assim e pronto.
(Folha de S.Paulo, 17.04.2005. Adaptado)
6. (VUNESP/2016 – nível médio) Pela leitura do texto, é correto afirmar que
a) as crianças reclamavam se os pais não comprassem camarão e refrigerantes
para as refeições, pois queriam experimentar de tudo durante as férias.
b) os pescadores, durante o verão, aumentavam o preço dos peixes, que vendiam
em lotes para os fregueses de temporada.
c) a autora, sem brinquedos caros ou sofisticados, vivenciou uma infância feliz
quando ia à praia com seus primos.
d) meninos e meninas corriam à praia para ver as águas-vivas e se aproximavam,
sem receio, desses seres estranhos.
e) os pais eram autoritários e não admitiam que as crianças se queixassem de
nada, mesmo que elas tivessem bons motivos.
67 Interpretação de textos • PP
Prof. Pimentel
7. (VUNESP/2016 – nível médio) Para a autora, os adultos não aprovavam quando Anotações
as crianças
a) brincavam perigosamente de dar caldo afundando a cabeça do outro na água.
b) se irritavam ao quebrar as conchas que usariam para fazer colares.
c) utilizavam varinhas para mexer nas águas-vivas espalhadas pela areia.
d) faziam a maior algazarra enquanto atiravam areia umas nas outras.
e) demoravam para dormir, mesmo com as luzes já apagadas.
68 Interpretação de textos • PP
Prof. Pimentel
11. (VUNESP/2016 – nível médio) Assinale a alternativa cuja expressão entre pa- Anotações
rênteses apresenta sentido oposto ao da expressão destacada no trecho do texto.
a) Não se pode dar corda à memória… (dar vazão).
b) No terreno mais leve, a grande proeza era mergulhar… (o grande desafio).
c) As primas eram muitas, e a convivência, intensa. (superficial).
d) Mas os fregueses eram honestos… (corretos).
e) Às vezes corria um boato assustador. (aterrador).
12. (VUNESP/2016 – nível médio) O trecho do texto que traz expressão em sentido
figurado está na alternativa:
a) Também se brincava de jogar areia nos outros, aos gritos…
b) … era mergulhar e passar por baixo das pernas abertas da prima…
c) Hoje, nas cidades grandes, existem poucas tias e pouquíssimas primas.
d) … não custaria menos de US$ 100 em Nova York ou Paris, ninguém acreditaria.
e) … e ficávamos com os pensamentos voando, esperando o sono chegar.
(http://paduacampos.com.br/2012/wp-content/uploads/2013/10/AUTO_pelicano13.jpg.
Adaptado)
69 Interpretação de textos • PP
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14. (VUNESP/2016 – nível médio) A resposta dada pelo garoto evidencia Anotações
a) maturidade, pois ele se sente muito desapontado com o próprio
comportamento.
b) criatividade, pois ele apresenta uma justificativa inédita para persuadir o pai.
c) negligência, pois ele é repreendido pela professora por não realizar os deveres
de casa.
d) cinismo, pois ele convence facilmente o pai de que a alegação da professora
é falsa.
e) intransigência, pois ele se recusa a aceitar as imposições determinadas pelo
pai.
Leia os textos baseados no livro “Falando de grana”, de Patrícia Broggi, para responder
à questão.
70 Interpretação de textos • PP
Prof. Pimentel
Para achar o fio de Ariadne no labirinto das redes sociais, os usuários precisam ter Anotações
a habilidade de identificar e estimar parâmetros, aprender a extrair informações
relevantes de um conjunto finito de observações e reconhecer a organização geral
da rede de que participam.
O fluxo de informação que percorre as artérias das redes sociais é um poderoso
fármaco viciante. Um dos neologismos recentes vinculados à dependência cada vez
maior dos jovens a esses dispositivos é a “nomobofobia” (ou “pavor de ficar sem
conexão no telefone celular”), descrito como a ansiedade e o sentimento de pânico
experimentados por um número crescente de pessoas quando acaba a bateria do
dispositivo móvel ou quando ficam sem conexão com a Internet. Essa informação,
como toda nova droga, ao embotar a razão e abrir os poros da sensibilidade, pode
tanto ser um remédio quanto um veneno para o espírito.
(Vinicius Romanini, Tudo azul no universo das redes. Revista USP, no 92. Adaptado)
71 Interpretação de textos • PP
Prof. Pimentel
19. (VUNESP/2016 – nível superior) As expressões destacadas nos trechos – meter Anotações
o bedelho / estimar parâmetros / embotar a razão – têm sinônimos adequados
respectivamente em:
a) procurar / gostar de / ilustrar
b) imiscuir-se / avaliar / enfraquecer
c) interferir / propor / embrutecer
d) intrometer-se / prezar / esclarecer
e) contrapor-se / consolidar / iluminar
As escolas do futuro
Um grupo de alunos está reunido na sala de aula no meio de um debate
caloroso – estão tentando adaptar um carro convencional em um modelo ecológico
e econômico. Essa é apenas uma das lições desta escola, chamada Minddrive,
no Kansas, EUA. Esta não é uma escola normal, claro. O Minddrive, na verdade,
é um reforço escolar para adolescentes que não vão bem no ensino regular. Mas
72 Interpretação de textos • PP
Prof. Pimentel
seu método educativo não é tão exótico assim. Ele é todo baseado em jogos Anotações
epistêmicos, em que os alunos simulam situações cotidianas e pensam em soluções
para os problemas que vão surgindo. “Os desafios que as nossas escolas enfrentam
hoje são importantes demais para ficarmos isolados. Precisamos preparar os alunos
para o mundo real”, diz David Shaffer, professor de pedagogia da Universidade de
Wisconsin e chefe do projeto de jogos epistêmicos para uso na educação.
Green School é uma escola em Bali, na Indonésia, onde tudo é natural: as
estruturas são de bambu e as salas de aula, abertas, para que o calor e o vento
balineses possam entrar. Criada pelo americano John Hardy, ela se baseia na
metodologia do educador britânico Alan Wagstaff, que defende uma maneira de
ensinar que conecta aspectos racionais, emocionais, físicos e espirituais. Na prática,
isso quer dizer que o conhecimento está dividido em temas, e não em matérias.
Por exemplo, no ensino fundamental, crianças de sete anos aprendem “padrões
de contagem” pulando corda. Um dos objetivos da Green School é que seus alunos
saiam de lá prontos para abrir seus próprios negócios – sustentáveis, de preferência.
Ainda durante o ensino médio, eles simulam a criação de uma empresa. E muitas
acabam saindo do papel.
(André Gravatá, Marcos Ricardo dos Santos. Editado por Karin Hueck. http://super.abril.
com.br/comportamento/as-escolas-do-futuro. Adaptado)
73 Interpretação de textos • PP
Prof. Pimentel
ECO: As pessoas fizeram um grande estardalhaço por eu ter dito que multidões Anotações
de imbecis têm agora como divulgar suas opiniões. Ora, veja bem, num mundo com
mais de 7 bilhões de pessoas, você não concordaria que há muitos imbecis? Não
estou falando ofensivamente quanto ao caráter das pessoas. O sujeito pode ser um
excelente funcionário ou pai de família, mas ser um completo imbecil em diversos
assuntos. Com a internet e as redes sociais, o imbecil passa a opinar a respeito de
temas que não entende.
VEJA: Mas a internet tem seu valor, não?
ECO: A internet é como Funes, o memorioso, o personagem de Jorge Luis
Borges: lembra tudo, não esquece nada. É preciso filtrar, distinguir. Sempre digo
que a primeira disciplina a ser ministrada nas escolas deveria ser sobre como usar a
internet: como analisar informações. O problema é que nem mesmo os professores
estão preparados para isso. Foi nesse sentido que defendi recentemente que os
jornais, em vez de se tornar vítimas da internet, repetindo o que circula na rede,
deveriam dedicar espaço para a análise das informações que circulam nos sites,
mostrando aos leitores o que é sério, o que é fraude.
(Eduardo Wolf. Disponível em http://veja.abril.com.br. Acesso em 07.07.2015. Adaptado)
23. (VUNESP/2016 – nível superior) O trecho inicial, que antecede a conversa entre
VEJA e Eco, tem a função de
(A) apresentar Umberto Eco como um relevante pensador contemporâneo, que
opina sobre o papel do jornalismo e da internet.
(B) desqualificar o filósofo italiano, Umberto Eco, que, sem ser jornalista, opina
sobre o jornalismo e a internet.
(C) relembrar ao leitor da entrevista os nomes de dois livros entre os milhares já
escritos pelo italiano, Umberto Eco.
(D) comparar Umberto Eco, filósofo, crítico literário e romancista, ao renomado
compatriota Michelangelo.
(E) demonstrar a importância de Umberto Eco para os italianos, por morar em
frente ao Castelo Sforzesco, em Milão.
24. (VUNESP/2016 – nível superior) O título do texto tem seu sentido fundamen-
tado na frase:
(A) Um dos sóbrios edifícios residenciais em frente ao castelo abriga outro
tesouro italiano: Umberto Eco.
(B) Não estou falando ofensivamente quanto ao caráter das pessoas.
(C) Com a internet e as redes sociais, o imbecil passa a opinar a respeito de
temas que não entende.
(D) Sempre digo que a primeira disciplina a ser ministrada nas escolas deveria ser
sobre como usar a internet...
(E) ... os jornais, em vez de se tornar vítimas da internet, repetindo o que circula
na rede, deveriam dedicar espaço para a análise das informações...
74 Interpretação de textos • PP
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75 Interpretação de textos • PP
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28. (VUNESP/2016 – nível médio) No poema Também já fui brasileiro, o poeta en-
contra-se
(A) feliz por ter conquistado muitas mulheres.
(B) satisfeito por ter feito piadas.
(C) conformado por ter tido bons amigos.
(D) decepcionado por ter perdido suas convicções.
(E) revoltado por ter provocado inimigos
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31. (VUNESP/2016 – nível superior) A dúvida do aluno – Quem a chuva forte der- Anotações
rubou? – é causada porque
(A) as palavras “aranha” e “parede” nomeiam, respectivamente, o animal e o objeto.
(B) o “a”, em – a derrubou –, pode retomar tanto “aranha” quanto “parede”.
(C) a expressão “Dona aranha” é usada em situações formais.
(D) a parede foi mencionada no primeiro quadrinho.
(E) “forte” refere-se à “chuva”.
Fora do jogo
Quando a economia muda de direção, há variáveis que logo se alteram, como
o tamanho das jornadas de trabalho e o pagamento de horas extras, e outras que
respondem de forma mais lenta, como o emprego e o mercado de crédito. Tendências
negativas nesses últimos indicadores, por isso mesmo, costumam ser duradouras.
Daí por que são preocupantes os dados mais recentes da Associação Nacional
dos Birôs de Crédito, que congrega empresas do setor de crédito e financiamento.
Segundo a entidade, havia, em outubro, 59 milhões de consumidores impedidos
de obter novos créditos por não estarem em dia com suas obrigações. Trata-se de
alta de 1,8 milhão em dois meses.
Causa consternação conhecer a principal razão citada pelos consumidores para
deixar de pagar as dívidas: a perda de emprego, que tem forte correlação com a
capacidade de pagamento das famílias.
Até há pouco, as empresas evitavam demitir, pois tendem a perder
investimentos em treinamento e incorrer em custos trabalhistas. Dado o colapso da
atividade econômica, porém, jogaram a toalha.
O impacto negativo da disponibilidade de crédito é imediato. O indivíduo não
só perde a capacidade de pagamento mas também enfrenta grande dificuldade
para obter novos recursos, pois não possui carteira de trabalho assinada.
Tem-se aí outro aspecto perverso da recessão, que se soma às muitas evidências
de reversão de padrões positivos da última década – o aumento da informalidade, o
retorno de jovens ao mercado de trabalho e a alta do desemprego.
(Folha de S.Paulo, 08.12.2015. Adaptado)
77 Interpretação de textos • PP
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35. (VUNESP/2016 – (nível superior) De acordo com a notícia, Minas Gerais terá o
auxílio do Japão, porque
a) o governo pretende que o Estado volte à rotina pós-tragédia em menos de um
ano.
b) o modelo japonês de enfrentamento às tragédias é econômico e rápido.
c) a cidade de Mariana viveu uma tragédia pior que o tsunami japonês de 2011.
d) os mineiros estão carentes de recursos tecnológicos para enfrentar tragédias.
e) este país tem um histórico considerável para contornar tragédias ambientais.
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79 Interpretação de textos • PP
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80 Interpretação de textos • PP
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Alguém, em algum beco escuro da internet, acha que os seguintes itens têm a
ver comigo: saias curtas, camisetas bem cavadas, chapéus com detalhes metálicos.
Tudo super-moderno, descolado e… feminino. Por quê? Sou um senhor de meia-
idade, grisalho, que se veste com roupas masculinas. Não tenho filhas, nem
sobrinhas, nem ninguém próximo que use esse tipo de moda. Mas esse tipo de
moda me bombardeia.
Entro em um site sério de notícias e está lá um anúncio divulgando a última
coleção da marca. Navego pelo site do jornal americano “The New York Times”, idem:
essa mesma publicidade preenche os espaços em branco e se oferece para mim.
Mas como me transformei em uma vítima dos anúncios de moda? Vamos
voltar algumas semanas no tempo.
Minha triste saga começou no Twitter, mais especificamente na conta da seção
de estilo do site BuzzFeed. Cliquei em um link que dizia algo como “conheça a marca
de roupas preferida da Kristen Stewart” (a jovem e bela atriz da série “Crepúsculo”).
Vacilo fatal. Acabei caindo em uma suposta reportagem sobre uma grife de roupas
femininas chamada Wildfang. Na verdade, tratava-se do que, na era da internet,
ganhou o nome de “conteúdo patrocinado”, ou seja, era uma publicidade disfarçada
de jornalismo.
Mais do que ser apenas um anúncio, o tal link trazia escondido algum dispositivo
on-line que me fichou como fã da Wildfang e instalou nos meus navegadores algo
que faz disparar anúncios da marca em qualquer site que eu acesse. Ao clicar na
“reportagem” do BuzzFeed sobre as roupas da Wildfang, o que se esperava era
um texto feito por um(a) repórter de moda, de opiniões próprias. Mas não era
nada disso: era material pago, sem nenhuma indicação de que se tratava de um
comercial, e que infestou meus computadores com anúncios indesejados. Pode
ser um bobo ranço geracional, mas tenho enorme dificuldade para aceitar que
conteúdo informativo e publicidade se transformem em uma coisa só.
(Álvaro Pereira Júnior. Folha de S.Paulo, 11.10.2014. Adaptado)
40. (VUNESP/2015 – nível médio) O autor tornou-se “uma vítima dos anúncios de
moda” quando
a) acessou um link que esperava conduzir a uma reportagem.
b) recebeu um convite para escrever sobre uma grife no Twitter.
c) leu a opinião de um repórter de moda sobre a grife Wildfang.
d) entrou no site do jornal americano “The New York Times”.
e) elogiou a criatividade do comercial de uma grife de roupas.
41. (VUNESP/2015 – nível médio) O autor revela-se descontente por duas razões,
que são:
(A) ter seus computadores invadidos por anúncios indesejados e deparar-se com
publicidade disfarçada de jornalismo.
(B) a tratar de temas fúteis e receber mensagens de fãs da atriz Kristen Stewart.
(C) não poder confiar na veracidade das notícias divulgadas por sites de jornais e
ter tido seu acesso à internet bloqueado.
(D) não encontrar anúncios de roupas apropriadas para seu perfil e ter sido
impossibilitado de acessar sites sérios de notícias.
(E) passar a receber anúncios de revistas femininas e ser encaminhado ao site da
Wildfang ao procurar roupas masculinas na internet.
81 Interpretação de textos • PP
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42. (VUNESP/2015 – nível médio) No primeiro quadrinho, o termo mas, por ter
valor adversativo, introduz uma informação que
(A) contraria a expectativa expressa pela primeira parte do enunciado.
(B) exprime uma causa para o que se diz na primeira parte do enunciado.
(C) equivale à consequência do que se afirma na primeira parte do enunciado.
(D) justifica a ideia veiculada na primeira parte do enunciado.
(E) exemplifica o conteúdo apresentado na primeira parte do enunciado.
82 Interpretação de textos • PP
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44. (VUNESP/2015 – nível médio) A fala da mulher permite inferir que, ao treinar Anotações
o cão, ela pretendeu
a) manter-se submissa ao marido.
b) tornar-se superior ao marido.
c) mostrar-se preocupada com o marido.
d) contestar a autoridade do marido.
e) reproduzir as ordens do marido.
83 Interpretação de textos • PP
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84 Interpretação de textos • PP
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49. (VUNESP/2015 – nível médio) Segundo o texto, a paleoarte tem por objetivo
a) fazer com que as pessoas se encantem com todos os tipos de fósseis.
b) cooperar com a criação de filmes sobre a trajetória dos dinossauros.
c) garantir que as produções cinematográficas sejam fiéis às ciências.
d) difundir cientificamente os dados relativos ao estudo dos fósseis.
e) promover junto com cineastas o entretenimento do público.
85 Interpretação de textos • PP
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A morte do narrador
Recentemente recebi um e-mail de uma leitora perguntando a razão de eu ter,
segundo ela, uma visão tão dura para com os idosos. O motivo da sua pergunta era
eu ter dito, em uma de minhas colunas, que hoje em dia não existiam mais vovôs e
vovós, porque estavam todos na academia querendo parecer com seus netos.
Claro, minha leitora me entendeu mal. Mas o fato de ela ter me entendido mal,
o que acontece com frequência quando se discute o tema da velhice, é comum,
principalmente porque o próprio termo “velhice” já pede sinônimos politicamente
corretos, como “terceira idade”, “melhor idade”, “maturidade”, entre outros.
Uma característica do politicamente correto é que, quando ele se manifesta
num uso linguístico específico, é porque esse uso se refere a um conceito já
considerado como algo ruim. A marca essencial do politicamente correto é a
hipocrisia articulada como gesto falso, ideias bem comportadas.
Voltando à velhice. Minha leitora entendeu que eu dizia que idosos devem
se afundar na doença, na solidão e no abandono, e não procurar ser felizes. Mas,
quando eu dizia que eles estão fugindo da condição de avós, usava isso como
metáfora da mentira (politicamente correta) quanto ao medo que temos de afundar
na doença, antes de tudo psicológica, devido ao abandono e à solidão, típicos do
mundo contemporâneo. Minha crítica era à nossa cultura, e não às vítimas dela. Ela
cultua a juventude como padrão de vida e está intimamente associada ao medo do
envelhecimento, da dor e da morte. Sua opção é pela “negação”, traço de um dos
sintomas neuróticos descritos por Freud.
Walter Benjamim, filósofo alemão do século XX, dizia que na modernidade
o narrador da vida desapareceu. Isso quer dizer que as pessoas encarregadas,
antigamente, de narrar a vida e propor sentido para ela perderam esse lugar.
Hoje os mais velhos querem “aprender” com os mais jovens (aprender a amar, se
relacionar, comprar, vestir, viajar, estar nas redes sociais). Esse fenômeno, além de
cruel com o envelhecimento, é também desorganizador da própria juventude. Ouço
cotidianamente, na sala de aula, os alunos demonstrarem seu desprezo por pais e
mães que querem aprender a viver com eles.
86 Interpretação de textos • PP
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53. (VUNESP/2015 – nível superior) De acordo com o texto, o que contribui para a
desvalorização dos mais velhos na sociedade atual são
a) o culto à beleza e a falta de tratamento para doenças típicas da velhice.
b) o desprestígio da ciência e a dificuldade dos jovens em aprender com os
adultos.
c) a estagnação do progresso e a popularização de termos politicamente corretos.
d) as ferramentas de informação e o questionamento do saber tradicional.
e) o consumismo exagerado e o número reduzido de idosos na sociedade.
54. (VUNESP/2015 – nível superior) Conforme o autor, hoje em dia “resta aos vovôs
e vovós ir para a academia ou para as redes sociais”, porque
a) resolveram contribuir mais ativamente para a sociedade.
b) tendem a ignorar as regras da sociedade de consumo.
c) estão isentos dos sintomas neuróticos da sociedade atual.
d) optaram por negligenciar a convivência em família.
e) perderam seu papel de narrar e de interpretar a vida.
55. (VUNESP/2015 – nível superior) A partir da leitura do quinto parágrafo, conclui-
se corretamente que
a) o envelhecimento das gerações está cada vez mais precoce, o que se percebe
ao se observarem os alunos em sala de aula.
b) a nova geração tem se vangloriado do fato de os mais velhos demonstrarem
interesse em aprender com ela.
c) o fato de os mais velhos buscarem se parecer com os mais jovens acarreta um
maior afastamento entre as gerações.
d) os jovens estão se transformando em indivíduos fúteis e alienados em virtude
da falta de diálogo com os mais velhos.
e) a interação entre diferentes faixas etárias tem se mostrado profícua para a
valorização do saber dos idosos.
O fator sorte
As pessoas mais inclinadas a buscar significados nos acontecimentos tendem
de fato a encontrá-los, ainda que, para isso, tenham de subestimar as leis da
probabilidade, no intuito de encontrar um maior número de “coincidências”, que
atribuem à sorte.
Há alguns anos, o físico Richard A. J. Matthews estudou as chamadas leis de
Murphy, a irônica suma do pessimismo resumida na máxima “se alguma coisa pode
dar errado, dará”. Matthews investigou, em particular, por que uma fatia de pão
com manteiga cai geralmente com o lado da manteiga para baixo. A prevalência
da “falta de sorte” foi confirmada por um estudo experimental, patrocinado por
um fabricante de manteiga: o aparente azar deve-se simplesmente à relação física
entre as dimensões da fatia e a altura em que estava colocada.
87 Interpretação de textos • PP
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São também explicáveis outros tipos de infortúnio, como o fato de que, quando Anotações
duas meias soltas são retiradas da gaveta, geralmente elas não são do mesmo par.
Além disso, tendemos a dar mais atenção a fatos rotineiros que nos frustram (como
perder o ônibus por chegarmos ao ponto com segundos de atraso), em vez de
contabilizar o grande número de ocasiões em que não tivemos contratempos. Essa
atitude contribui para reforçar nossos preconceitos e nos fazer ignorar as leis da
probabilidade.
O psicólogo Richard Wiseman, professor da Universidade de Hertfordshire,
na Inglaterra, também conduziu um estudo interessante sobre os mecanismos
relacionados à sorte. O projeto, financiado por várias instituições, entre as quais a
Associação Britânica para o Avanço da Ciência, gerou um manual chamado “O fator
sorte”, traduzido em mais de 20 idiomas.
Ele publicou um anúncio no jornal solicitando que pessoas particularmente
sortudas ou azaradas entrassem em contato com ele para que seus comportamentos
fossem analisados. Descobriu que cerca de 9% desses indivíduos podiam ser
considerados azarados e 12% favorecidos pela sorte. Todos os outros entravam na
média.
Wiseman deu aos participantes um jornal, solicitando que contassem as fotos
impressas e prometendo um prêmio aos que o fizessem corretamente. Ora, o
número solicitado estava gravado de forma evidente sobre uma das páginas, algo
que muitos “azarados” não perceberam, pois estavam concentrados demais na
tarefa.
A análise experimental dos traços de personalidade que distinguiam sortudos
e azarados permitiu concluir que esses últimos são mais tensos e concentrados, ao
passo que os sortudos tendem a considerar as coisas de forma mais relaxada, mas
sem perder de vista o contexto geral. Assim, se considerarmos os dados coletados,
ter sorte pode significar, pelo menos em parte, saber fazer boas escolhas e perceber
as ocasiões mais vantajosas para si mesmo.
(Gláucia Leal. Disponível em: http://blogs.estadao.com.br/pensar-psi/o-fator-sorte. Adaptado)
Ficção universitária
Os dados do Ranking Universitário publicados em setembro de 2013 trazem
elementos para que tentemos desfazer o mito, que consta da Constituição, de que
pesquisa e ensino são indissociáveis. É claro que universidades que fazem pesquisa
tendem a reunir a nata dos especialistas, produzir mais inovação e atrair os alunos mais
qualificados, tornando-se assim instituições que se destacam também no ensino.
O Ranking Universitário mostra essa correlação de forma cristalina: das 20
universidades mais bem avaliadas em termos de ensino, 15 lideram no quesito
pesquisa (e as demais estão relativamente bem posicionadas). Das 20 que saem
à frente em inovação, 15 encabeçam também a pesquisa. Daí não decorre que só
quem pesquisa, atividade estupidamente cara, seja capaz de ensinar.
O gasto médio anual por aluno numa das três universidades estaduais paulistas,
aí embutidas todas as despesas que contribuem direta e indiretamente para a boa
pesquisa, incluindo inativos e aportes de Fapesp, CNPq e Capes, é de R$ 46 mil
(dados de 2008). Ora, um aluno do ProUni custa ao governo algo em torno de R$
1.000 por ano em renúncias fiscais.
88 Interpretação de textos • PP
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Não é preciso ser um gênio da aritmética para perceber que o país não dispõe Anotações
de recursos para colocar os quase sete milhões de universitários em instituições
com o padrão de investimento das estaduais paulistas. E o Brasil precisa aumentar
rapidamente sua população universitária. Nossa taxa bruta de escolarização no
nível superior beira os 30%, contra 59% do Chile e 63% do Uruguai.
Isso para não mencionar países desenvolvidos como EUA (89%) e Finlândia
(92%). Em vez de insistir na ficção constitucional de que todas as universidades do
país precisam dedicar-se à pesquisa, faria mais sentido aceitar o mundo como ele é
e distinguir entre instituições de elite voltadas para a produção de conhecimento e
as que se destinam a difundi-lo. O Brasil tem necessidade de ambas.
(Hélio Schwartsman. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br, 10.09.2013. Adaptado)
Leia a charge.
89 Interpretação de textos • PP
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59. (VUNESP/2014 – nível médio) Analisando a fala da professora, conclui-se que o Anotações
que mais a incomoda é
a) a falta de moral que leva os alunos a praticar atos pouco amistosos.
b) o desconhecimento que os alunos têm da própria língua.
c) o abuso de alguns alunos que promovem a violência.
d) o fato de desconhecer o autor da brincadeira para repreendê-lo.
e) a ignorância dela mesma que incita os alunos às brincadeiras.
Invasão de danos
Como se resolver o problema do déficit habitacional já não fosse tarefa
complexa, invasões orquestradas por movimentos de sem-teto em empreendimentos
populares inacabados adicionam à equação dificuldades nada desprezíveis – e não
apenas para as autoridades.
Também a população que vive em áreas de risco ou espera há anos por sua
residência se vê prejudicada por intervenções de grupos que, à margem da lei,
decidem se apossar de conjuntos habitacionais construídos com recursos públicos.
Na cidade de São Paulo, 1.427 famílias de baixa renda continuam à espera de
moradias do programa federal devido a danos causados por invasores.
Não satisfeitos em ocupar ilegalmente unidades quase prontas, que
dependiam apenas de ligações de água e de esgoto para serem entregues, os
sem-teto depredaram e incendiaram instalações de oito condomínios quando a
polícia comandou uma ação de reintegração de posse.
O vandalismo tornou necessário reformar os empreendimentos. Assim, não se
sabe quando as unidades, em construção desde 2010, serão oferecidas às famílias.
Agrava-se, pois, a situação de quem hoje vive em condições precárias.
Os próprios sem-teto agradeceriam se os recursos não precisassem ser
aplicados duas vezes no mesmo apartamento.
(Folha de S.Paulo, 26.08.2014. Adaptado)
61. (VUNESP/2014 – nível médio) De acordo com o texto, as invasões dos sem-teto
prejudicam principalmente
a) as áreas de risco.
b) os órgãos de segurança.
c) as pessoas fora da lei.
d) as famílias de baixa renda.
e) as famílias ricas.
90 Interpretação de textos • PP
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91 Interpretação de textos • PP
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nenhum emblema preencherá o vazio que carregas no peito - pensa o garçom, Anotações
antes de conduzi-lo à última mesa do restaurante, a caminho do banheiro, e ali
esquecê-lo para todo o sempre.
Veja, veja como ele se debate, como se debaterá amanhã, depois de amanhã
e até a Quarta-Feira de Cinzas, maldizendo a Guanabara, saudoso das várzeas do
Tietê, onde a desigualdade é tão mais organizada: “Ô, companheirô, faz meia hora
que eu cheguei, dava pra ver um cardápio?!”. Acalme-se, conterrâneo. Acostume-se
com sua existência plebeia. O garçom carioca não está aí para servi-lo, você é que
foi ao restaurante para homenageá-lo.
(Antonio Prata, Cliente paulista, garçom carioca. Folha de S.Paulo, 06.02.2013)(*) Um tipo
de coreografia, de dança
64. (Vunesp/2013 – nível médio) No primeiro parágrafo, para reforçar a ideia que
quer transmitir, o autor se expressa por meio de uma incoerência. Assinale a alter-
nativa com a passagem que demonstra essa afirmação.
a) .... encostado à parede, marmóreo e impassível...
b) ... o garçom boceja, tira um fiapo do ombro...
c) .... o cliente paulista acena, assovia, agita os braços...
d) ... o garçom carioca o ignora com redobrada atenção.
e) .... aí estão eles, a bailar seu diabólico “pas de deux”...
92 Interpretação de textos • PP
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69. (Vunesp/2013 – nível médio) A parte final do texto, destacada em negrito, co-
loca-se para a afirmação que a antecede como
a) um trecho explicativo de ideia exposta anteriormente.
b) uma resposta não fundamentada em dados de realidade.
93 Interpretação de textos • PP
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c) um meio de levar o leitor a buscar explicações que não estão no texto. Anotações
d) uma sequência fundamentada em hipóteses pouco prováveis.
e) a manifestação de uma contradição que será discutida.
71. (Vunesp/2012 – nível médio) No texto, a expressão “esta tarefa” diz respeito
a) às iniciativas experimentais.
b) à elaboração de projetos inovadores.
c) à implementação de projetos inovadores.
d) à busca de informações na rede.
e) ao propósito de acabar com o Google.
94 Interpretação de textos • PP
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ATENÇÃO Anotações
Neste módulo, apresentaremos 44 questões de concurso da Banca CESPE, as
quais serão aplicadas da seguinte forma:
questões de 01 a 10 = serão resolvidas e comentadas pela professora:
•• em sala de aula;
•• no curso on-line.
questões de 11 a 44 = material extra para o treino do aluno
–– disponíveis no curso on-line (resolução e comentários)
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Texto CB1A01BBB
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O cronista é crônico, ligado ao tempo, deve estar encharcado, doente de seu Anotações
tempo e ao mesmo tempo pairar acima dele.
Affonso Romano de Sant’Anna. O que é um cronista? In: O Globo. 12/6/1988 (com adaptações).
11. (CESPE/2016 – nível superior) Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos
do texto Um amigo em talas, julgue o item que se segue.Para o narrador, seu amigo
Amadeu Amaral Júnior não foi imprudente ao publicar anúncios oferecendo os seus
serviços.
( ) certo ( ) errado
99 Interpretação de textos • PP
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12. (CESPE/2016 – nível superior) Os costumes peculiares de Amadeu Amaral Jú- Anotações
nior são apresentados no segundo parágrafo do texto.
( ) certo ( ) errado
13. (CESPE/2016 – nível superior) De acordo com o texto, os hóspedes da pensão
ficavam espantados com os anúncios de jornal referentes a Amadeu Amaral Júnior.
( ) certo ( ) errado
14. (CESPE/2016 – nível superior) Para caracterizar o personagem Amadeu Amaral
Júnior, o narrador combina, no segundo parágrafo, recursos dos tipos textuais nar-
rativo e descritivo.
( ) certo ( ) errado
Texto para responder às questões de 15 a 17.
O homem que só tinha certezas quase nunca usava ponto de interrogação.
Em seu vocabulário, não constavam as expressões: talvez, quiçá, quem sabe,
porventura. Parece que foi de nascença. Ele já teria vindo ao mundo assim,
com todas as certezas junto, pulou a fase dos porquês e nunca soube o que era
curiosidade na vida. Cresceu achando natural viver derramando afirmações pela
boca. A notícia espalhou-se rapidamente. Não demorou muito para se tornar capa
de todas as revistas e personagem assíduo dos programas de TV. Para cada pergunta
havia uma só resposta certa e era essa que ele dava, invariavelmente, exterminando
aos pouquinhos todas as dúvidas que existiam, até que só restou uma dúvida no
mundo: será que ele não vai errar nunca? Mas ele nunca errava, e já nem havia mais
o que errar, uma vez que não havia mais dúvidas.
Um dia aconteceu um imprevisto, e o homem que só tinha certezas, quem
diria, acordou apaixonado. Para se assegurar de que aquela era a mulher certa para
ele, formulou cento e vinte perguntas, as quais ela respondeu sem vacilar. Os dois
se amaram noites adentro, foram a Barcelona, tiraram fotos juntos, compraram
álbuns, porta-retratos... Desde então, por alguma razão desconhecida, o homem
que só tinha certezas foi perdendo todas elas, uma por uma. No início ainda tentou
disfarçar. Mas as dúvidas multiplicavam-se como praga, espalhavam-se pelo mundo,
e agora, meu Deus? Deus existe? Existe sim. Ou será que não? Ele não estava bem
certo.
Adriana Falcão. O homem que só tinha certezas. In: O doido da garrafa. São Paulo: Planeta
do Brasil, 2003, p. 75 (com adaptações).
15. (CESPE/2016 – nível superior) Julgue o item seguinte, referente aos aspectos
linguísticos e às ideias do texto O homem que só tinha certezas.
Conclui-se do texto que a fama do personagem central e o interesse das pessoas
por ele devem-se ao fato de ele jamais ter mentido nas respostas às questões que
lhe eram propostas.
( ) certo ( ) errado
16. (CESPE/2016 – nível superior) Depreende-se do texto que o personagem prin-
cipal perdeu repentinamente a capacidade de ter certezas devido ao fato de ter se
apaixonado.
( ) certo ( ) errado
17. (CESPE/2016 – nível superior) Infere-se do trecho “derramando afirmações
pela boca” que o homem que só tinha certezas falava demasiadamente.
( ) certo ( ) errado
19. (CESPE/2015 – nível médio) O termo “como o ouro e o cobre” expressa uma
informação que torna mais preciso o significado de “materiais preciosos”.
( ) certo ( ) errado
20. (CESPE/2015 – nível médio) O pronome “isso” retoma a ideia expressa no pri-
meiro período do parágrafo, ou seja, refere-se ao fato de o ouro ser escasso.
( ) certo ( ) errado
21. (CESPE/2015 – nível médio) A substituição da palavra “energia”, em “novas fon-
tes de energia sustentáveis” por energias prejudicaria a clareza do texto, por resul-
tar em ambiguidade em relação ao termo que a palavra “sustentáveis” modifica.
( ) certo ( ) errado
22. (CESPE/2015 – nível médio) Há no texto elementos característicos das tipolo-
gias expositiva e injuntiva.
( ) certo ( ) errado
23. (CESPE/2015 – nível médio) A expressão “Fique ligado”, típica da oralidade, é
empregada no texto com o significado de fique atento e funciona como uma estra-
tégia para estabelecer uma relação de proximidade com o interlocutor.
( ) certo ( ) errado
Texto para responder às questões de 24 a 27.
O objetivo do direito é a paz. A luta é o meio de consegui-la. Enquanto o direito
tiver de repelir o ataque causado pela injustiça — e isso durará enquanto o mundo
estiver de pé —, ele não será poupado. A vida do direito é a luta: a luta de povos, de
governos, de classes, de indivíduos. Todo o direito do mundo foi assim conquistado.
Todo ordenamento jurídico que se lhe contrapôs teve de ser eliminado e todo
direito, o direito de um povo ou o de um indivíduo, teve de ser conquistado com
luta. O direito não é mero pensamento, mas sim força viva. Por isso, a justiça segura,
em uma das mãos, a balança, com a qual pesa o direito, e, na outra, a espada, com Anotações
a qual o defende. A espada sem a balança é a força bruta, a balança sem a espada
é a fraqueza do direito.
Ambas se completam e o verdadeiro estado de direito só existe onde a força,
com a qual a justiça empunha a espada, é usada com a mesma destreza com que a
justiça maneja a balança. O direito é um labor contínuo, não apenas dos governantes,
mas de todo o povo. Cada um que se encontra na situação de precisar defender seu
direito participa desse trabalho, levando sua contribuição para a concretização da
ideia de direito sobre a Terra.
Rudolf von Ihering. A luta pelo direito. Tradução de J. Cretella Jr. e Agnes Cretella. 5.ª ed.
revista da tradução. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2008, p. 31 (com adaptações).
Com referência às ideias apresentadas no texto precedente e a seus aspectos lin-
guísticos, julgue os itens a seguir.
Texto Anotações
No que se refere às ideias e aos aspectos linguísticos do texto acima, julgue o item 6.
6. (CESPE/UnB 2014 – nível superior) Depreende-se do texto que apenas 50 línguas
indígenas são atualmente faladas na Amazônia e que a extinção de outras línguas
deveu-se ao processo de colonização europeia na região.
( ) certo ( ) errado
Texto Anotações
TEXTO
Se considerarmos o panorama internacional, perceberemos que o Ministério
Público brasileiro é singular. Em nenhum outro país, há um Ministério Público que
apresente perfil institucional semelhante ao nosso ou que ostente igual conjunto
de atribuições.
Do ponto de vista da localização institucional, há grande diversidade de
situações no que se refere aos Ministérios Públicos 4 dos demais países da América
Latina. Encontra-se, por exemplo, Ministério Público dependente do Poder Judiciário
na Costa Rica, na Colômbia e, no Paraguai, e ligado ao Poder Executivo, no México
e no Uruguai.
Constata-se, entretanto, que, apesar da maior extensão de obrigações do
Ministério Público brasileiro, a relação entre o 7 número de integrantes da instituição
e a população é uma das mais desfavoráveis no quadro latino-americano. De
fato, dados recentes indicam que, no Brasil, com 4,2 promotores para cada 100 mil
habitantes, há uma situação de clara desvantagem no que diz respeito ao número
relativo de integrantes. No Panamá, por exemplo, o número é de 15,3 promotores
para cada cem mil habitantes; na 10 Guatemala, de 6,9; no Paraguai, de 5,9; na
Bolívia, de 4,5. Em situação semelhante ou ainda mais crítica do que o Brasil, estão,
por exemplo, o Peru, com 3,0; a Argentina, com 2,9; e, por fim, o Equador, com
a mais baixa relação: 2,4. É correto dizer que há nações proporcionalmente com
menos promotores que o Brasil. No entanto, as atribuições do Ministério Público
brasileiro são muito mais 13 extensas do que as dos Ministérios Públicos desses
países.
Maria TerezaSadek. A construção de um novo Ministério Público resolutivo. Internet: <ht-
tps://aplicacao.mp.mg.gov.br> (com adaptações).
12. (CESPE/2013 – nível superior) O objetivo do texto é provar que o número total Anotações
de promotores no Brasil é menor que na maioria dos países da América Latina.
( ) certo ( ) errado
13. (CESPE/2013 – nível superior) No primeiro período do terceiro parágrafo, é es-
tabelecido contraste entre a maior extensão das obrigações do Ministério Público
brasileiro, em comparação com as de órgãos equivalentes em outros países, e o
número de promotores em relação à população do país, o que evidencia situação
oposta à que se poderia esperar.
( ) certo ( ) errado
Texto
SOLDADO DESCONHECIDO. Após a Primeira Guerra Mundial, autoridades dos
países aliados verificaram que os corpos de muitos soldados mortos em combate
não podiam ser identificados. Os governos da Bélgica, França, Grã-Bretanha, Itália
e Estados Unidos da América decidiram homenagear, de forma especial, a memória
desses soldados. Cada governo escolheu um soldado desconhecido como símbolo,
enterrou seus restos mortais na capital nacional e ergueu um monumento em
honra do soldado.
A Bélgica colocou seu soldado desconhecido em um túmulo na base da Colunata
do Congresso, em Bruxelas. A França enterrou seu soldado desconhecido embaixo
do Arco do Triunfo, no centro de Paris. A Grã-Bretanha enterrou o seu na abadia de
Westminster. O soldado desconhecido da Itália jaz defronte ao monumento a Vítor
Emanuel I, em Roma.
No Brasil, os 466 mortos brasileiros integrantes da Força Expedicionária que
haviam sido enterrados, após a Segunda Guerra Mundial, no cemitério militar de
Pistoia, na Itália, foram transportados em urnas para o Brasil, em aviões da Força
Aérea Brasileira, em 11 de dezembro de 1960. As urnas chegaram ao Rio de Janeiro
em 16 do mesmo mês, ficando expostas à visitação pública no Palácio Tiradentes.
No dia 22 de dezembro, os restos mortais dos heróis foram trasladados para o
Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial.
Enciclopédia Delta Universal. Rio de Janeiro: Editora Delta, s/d, v. 13, p. 7.384
(com adaptações).
Considerando as ideias, a estrutura e a tipologia do texto acima, que constitui um
verbete de enciclopédia, julgue os itens a seguir.
ATENÇÃO Anotações
Neste módulo, apresentaremos 17 questões de concurso da Banca ESAF, as
quais serão aplicadas da seguinte forma:
questões de 01 a 10 = serão resolvidas e comentadas pela professora:
•• em sala de aula;
•• no curso on-line.
questões de 11 a 17 = material extra para o treino do aluno
–– disponíveis no curso on-line (resolução e comentários)
3. (ESAF/2016 – nível médio) Os dois trechos que seguem foram extraídos de uma Anotações
reportagem sobre drones, publicada em 2013. Leia-os e assinale a comparação cor-
reta.
Texto 1
Um trabalho realizado por drones é o levantamento aéreo de terrenos,
para cartografia, geografia e topografia, bem como serviços de filmagem para
engenharia, mineração e indústria cinematográfica. Governos fazem uso da
novidade principalmente na área de prevenção de desastres.
Texto 2
Os Estados Unidos perceberam o potencial militar e passaram a usar drones
para atacar alvos suspeitos de terrorismo no Afeganistão, Paquistão, Iêmen,
Somália, além de monitorar outros países. A eficácia das missões é contestada por
organizações de direitos humanos, que apontam um grande número de inocentes
entre as vítimas. Críticos falam em “assassinatos sem julgamento”, “guerra suja” e
“violação das leis internacionais”.
< http://g1.globo.com/brasil/noticia/2013/03/polemicos-erevolucionarios-mais-de-
200-drones-voam-no-brasil-sem-regra.html> Acesso em: 03/01/2015 (com adaptações).
a) O texto 1 afirma que os drones são úteis aos governos; o texto 2 afirma que
são benéficos à humanidade.
b) O texto 1 trata do emprego civil dos drones; o texto 2 trata do uso militar dos
drones.
c) Em ambos os textos, as afirmações são favoráveis ao uso de drones, sem
qualquer restrição.
d) O texto 1 exemplifica trabalhos realizados por drones; o texto 2 traz uma
definição de drones.
e) As declarações contidas nos dois textos aprovam as novidades tecnológicas, a
despeito de seu uso pelos governos ou indivíduos.
8. (ESAF/2016 – nível médio) Assinale o trecho que, ao preencher a lacuna, respeita Anotações
a coesão e o sequenciamento coerente das ideias do texto.
As tarifas dos serviços de transporte aéreo público doméstico encontram-se sob
o regime de liberdade tarifária desde agosto de 2001. Nesse regime, as tarifas aéreas
são definidas pelas empresas que prestam os serviços, devendo comunicá-las à ANAC
em prazo por esta definido, conforme estabeleceu a Lei n. 11.182, de 2005.
Essa Lei assegurou, ainda, que as linhas aéreas possam ser exploradas por qualquer
empresa aérea interessada, mediante prévio registro na ANAC. Diferentemente do que
ocorria no passado, _________________________________________.
O cenário de livre concorrência atrai investimentos para o setor e estimula
o crescimento do mercado, a ampliação da oferta, a diversificação de serviços e,
ainda, a redução de preços. Por consequência, mais pessoas passam a ter acesso
aos serviços aéreos públicos.
Trecho adaptado de < http://www2.anac.gov.br/estatistica/tarifasaereas/historico.asp>
Acesso em: 4/1/2016.
a) a fixação de preços continua sob o comando dos órgãos reguladores
b) em vista do aumento da classe média brasileira, que atualmente passou a
viajar de avião
c) o usuário beneficia-se hoje com a prefixação das tarifas aéreas pelo Estado
d) onde se calculavam as tarifas aéreas pela distância percorrida pelas aeronaves
e) o Estado não mais estabelece preços mínimos ou máximos dos serviços aéreos
9. (ESAF/2016 – nível médio) Assinale a opção que completa a lacuna do texto tornando
-o coeso e coerente. Em 2016, o Brasil vai sediar um dos mais importantes eventos espor-
tivos do mundo: as Olimpíadas. Realizados de quatro em quatro anos, os Jogos Olímpicos
reúnem atletas do mundo inteiro, numa celebração em que as melhores performances
são premiadas com medalhas de bronze, prata e ouro. Para quem é fã dos esportes ___
_______________________________________ a imagem do atleta recebendo a meda-
lha, ao som do Hino Nacional, é de arrepiar.
As maravilhas do espírito olímpico, em Minas faz ciência, especial 2015,
Acesso em: 15/12/2015.
a) , uma vez que não gosta de ver o Brasil perder
b) (mas não gosta de ir aos estádios assistir ao vivo),
c) , cujos recordes são ultrapassados nas Olimpíadas
d) – e, até mesmo, para aqueles que não se interessam tanto –
e) de que o Brasil inteiro vai assistir,
Resolveu depois retirar o balão de hidrogênio. Dumont percebeu que, ainda Anotações
que o balão facilitasse a decolagem, dificultava o voo. Para que ele se mantivesse
no ar, o motor de 24 cavalos-vapor foi substituído por um de 50. O biplano decolou
na primeira tentativa, às 16h45, ficando 6 segundos no ar e cruzando uma distância
de 60 metros, mais que o dobro da distância necessária para a vitória. Reza a lenda
que os juízes ficaram tão maravilhados que se esqueceram de cronometrar e não
homologaram o recorde. No entanto, não havia como contestar.
<http://www.anac.gov.br/Noticia.aspx?ttCD_CHAVE=
1960&slCD_ORIGEM=29>. Acesso em: 13/12/2015 (com adaptações).
11. (ESAF/2016 – nível superior) Assinale a opção que apresenta informação corre-
ta depreendida do texto.
a) A utilização do transporte aéreo é atualmente uma prerrogativa das classes da
população que têm alto poder aquisitivo.
b) Os municípios de todas as regiões brasileiras se desenvolvem de forma plena
independentemente da influência de aeroportos.
c) O transporte rodoviário ainda é o preferido pelos brasileiros em virtude do
menor custo em relação ao transporte aéreo.
d) A democratização do transporte aéreo se concretiza pelo acesso da população
de baixa ou média renda a esse serviço.
e) Os usuários do transporte aéreo brasileiro são aqueles que pertencem a faixas
da população que recebem mais de dez salários mínimos por mês.
12. (ESAF/2016 – nível superior) Assinale a opção em que a referência coesiva está
incorretamente indicada.
a) “certificado” (l. 5) > “Certificado de Tipo” (l. 2)
b) “Agência” (l. 5) > “Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC)” (l. 1)
c) “aeronave” (l. 5) > “aeronave MBB-BK117 D-2, comercialmente denominada
EC145 T2” (l. 2 e 3).
d) “fabricante” (l. 10) > “Airbus Helicopters Deutschland (AHD)” (l. 4)
e) “segmento” (l. 13) > “trabalho conjunto” (l. 11 e 12)
13. (ESAF/2016 – nível superior) Assinale a opção que apresenta ideia corretamen-
te depreendida do texto.
a) A causa do fechamento da Panair foi o excesso de gastos e a falência inevitável.
b) O filme focaliza a história de enriquecimento súbito do empresário que criou
a Panair.
c) Ficavam admirando os aviões no céu as pessoas que tinham medo de voar no
Constellation.
d) A interrupção das atividades da Panair ainda não foi plenamente esclarecida
pela justiça.
e) O filme provoca ressentimento contra a companhia em quem trabalhou na
Panair.
14. (ESAF/2015 – nível superior) A partir das ideias do texto, julgue como verda-
deiras (V) ou falsas (F) as inferências abaixo e, em seguida, assinale a sequência
correta.
( ) Muito se tem escrito sobre crise na atualidade.
( ) A noção de crise é falsa, fruto da ansiedade do mundo contemporâneo.
( ) Atualmente o mundo passa por um período de crise nos mais diversos setores.
( ) A noção de crise se constrói quando alguma forma de estabilidade é vista
como ameaçada.
( ) Quando se fala em crise, não se problematiza a noção de estabilidade com a
qual a ideia de crise se relaciona.
a) V, V, V, V, F
b) F, V, F, V, F
c) F, V, V, F, V
d) V, F, F, V, V
e) V, F, V, V, F
15. (ESAF/2015 – nível superior) Assinale a opção incorreta a respeito do uso das Anotações
estruturas linguísticas do texto.
a) As expressões “O grupo fanático que ele menciona” (l. 5) e “Essa facção
sanguinária” (l.10) referem-se a Boko Haram (l.3).
b) O termo “Muitas” (l. 12) da oração “Muitas foram estupradas” retoma “cem
pessoas no norte de Camarões” (l. 3 e 4).
c) O pronome “ele” (l. 5), na oração “que ele menciona”, refere-se a Mário Sérgio
Cortella (l. 1 e 2).
d) O sujeito de “Disputam o noticiário” (l. 13) é “as degolas de civis por outro
bando de radicais, o Estado Islâmico, e, ainda, os rescaldos do atentado ao
semanário francês Charlie Hebdo” (l. 13 a 16).
e) O travessão, antes da expressão “muito menos a matança” (l. 18 e 19), serve
para enfatizar essa expressão e pode ser substituído por vírgula sem causar
erro gramatical.
17. (ESAF/2015 – nível superior) A partir das ideias do texto, julgue como verdadei-
ras (V) ou falsas (F) as inferências a seguir.
( ) A antropologia social é um ramo recente da antropologia.
( ) A antropologia social ainda não definiu com clareza seu objeto.
( ) São poucos os pesquisadores familiarizados com todos os temas da antropologia
social.
( ) A relação entre estabilidade e descontinuidade dos sistemas sociais é um problema
teórico central da antropologia social.
( ) A antropologia social estuda, sobretudo, as relações de poder.
A sequência correta é:
a) V, F, V, V, F
b) F, V, F, V, V
c) V, F, V, F, F
d) F, F, V, V, F
e) V, F, V, F, V
FCC
•• ATENÇÃO
Neste módulo, apresentaremos 35 questões de concurso da Banca FCC, as
quais serão aplicadas da seguinte forma:
questões de 01 a 10 = serão resolvidas e comentadas pela professora:
•• em sala de aula;
•• no curso on-line.
questões de 11 a 44 = material extra para o treino do aluno
–– disponíveis no curso on-line (resolução e comentários)
Saí andando meio emocionado, meio sem rumo pela tarde ensolarada e Anotações
quando vi estava em frente à paineira da Biblioteca Mario de Andrade. É uma
árvore gigante, que provavelmente já estava ali antes do Mario de Andrade nascer,
continuou ali depois de ele morrer e continuará ali depois que todos os 18 milhões
de habitantes que hoje perambulam pela cidade de São Paulo estiverem abaixo
de suas raízes. Talvez tenha sido o assombro com essa longevidade, talvez acordar
cedo, talvez os elogios ao livro, e o vinho certamente colaborou: fato é que senti
uma súbita vontade de abraçar aquela árvore.
Acho importante deixar claro, inclemente leitor, que não sou do tipo que
abraça árvore. Na verdade, sou do tipo que faz piada com quem abraça árvore. Se
me contassem, até a última sexta, que algum amigo meu foi visto abraçando uma
paineira na rua da Consolação eu diria, sem pestanejar: enlouqueceu. Mas...
Olhei prum lado. Olhei pro outro. Tomei coragem e foi só sentir o rosto tocar o
tronco para ouvir: “Antonio?!”. Era meu editor. Foram dois segundos de desespero
durante os quais contemplei o distrato do livro, a infâmia pública, o alcoolismo e a
mendicância, mas só dois segundos, pois meu inconsciente, consciente do perigo,
me lançou a ideia salvadora. “Uma braçada”, disse eu, girando pra esquerda e
envolvendo a árvore novamente, “duas braçadas e... três”. Então encarei, seguro,
meu possível verdugo: “Três braçadas dá o quê? Uns cinco metros de perímetro?
Tava medindo pra descrever, no livro. Tem uma parte mais no fim em que essa
paineira é importante”.
Colou. Nos despedimos. Ele foi embora prum lado, a minha felicidade pro outro
e agora estou aqui, já noite alta desta sexta-feira, tentando enfiar a todo custo um
tronco de quase dois metros de diâmetro num livro em que, até então, não havia
nem uma samambaia.
(Adaptado de: PRATA, Antonio. Disponível em: www.folha.uol.com.br/colunas/antoniopra-
ta/2016/01/1730364-abracando-arvore.shtml. Acesso em: 18.01.2016.)
Depois que se tinha fartado de ouro, o mundo teve fome de açúcar, mas o açúcar
consumia escravos. O esgotamento das minas − que de resto foi precedido pelo das
florestas que forneciam o combustível para os fornos −, a abolição da escravatura e,
finalmente, uma procura mundial crescente, orientam São Paulo e o seu porto de
Santos para o café. De amarelo, passando pelo branco, o ouro tornou-se negro.
Mas, apesar de terem ocorrido essas transformações que tornaram Santos
num dos centros do comércio internacional, o local conserva uma beleza secreta;
à medida que o barco penetra lentamente por entre as ilhas, experimento aqui
o primeiro sobressalto dos trópicos. Estamos encerrados num canal verdejante.
Quase podíamos, só com estender a mão, agarrar essas plantas que o Rio ainda
mantinha à distância nas suas estufas empoleiradas lá no alto. Aqui se estabelece,
num palco mais modesto, o contato com a paisagem.
O arrabalde de Santos, uma planície inundada, crivada de lagoas e pântanos,
entrecortada por riachos estreitos e canais, cujos contornos são perpetuamente
esbatidos por uma bruma nacarada, assemelha-se à própria Terra, emergindo no
começo da criação. As plantações de bananeiras que a cobrem são do verde mais
jovem e terno que se possa imaginar: mais agudo que o ouro verde dos campos de
juta no delta do Bramaputra, com o qual gosto de o associar na minha recordação;
mas é que a própria fragilidade do matiz, a sua gracilidade inquieta, comparada com
a suntuosidade tranquila da outra, contribuem para criar uma atmosfera primordial.
Durante cerca de meia hora, rolamos por entre bananeiras, mais plantas
mastodontes do que árvores anãs, com troncos plenos de seiva que terminam
numa girândola de folhas elásticas por sobre uma mão de 100 dedos que sai de
um enorme lótus castanho e rosado. A seguir, a estrada eleva-se até os 800 metros
de altitude, o cume da serra. Como acontece em toda parte nessa costa, escarpas
abruptas protegeram dos ataques do homem essa floresta virgem tão rica que para
encontrarmos igual a ela teríamos de percorrer vários milhares de quilômetros para
norte, junto da bacia amazônica.
Enquanto o carro geme em curvas que já nem poderíamos qualificar como
“cabeças de alfinete”, de tal modo se sucedem em espiral, por entre um nevoeiro
que imita a alta montanha de outros climas, posso examinar à vontade as árvores e
as plantas estendendo-se perante o meu olhar como espécimes de museu.
(Adaptado de: LÉVI-STRAUSS, Claude. Tristes Trópicos. Coimbra, Edições 70, 1979, p. 82-3)
8. (FCC/2016 – nível médio) No segmento ... nem se deve correr com estrondo Anotações
atrás do sucesso, senão ele se assusta e foge logo (3° parágrafo), o termo sublinha-
do pode ser substituído, mantendo-se a lógica e o sentido original, por:
a) exceto se
b) salvo
c) do contrário
d) não obstante
e) por mais que
9. (FCC/2016 – nível médio) Estava mal chegando a São Paulo, quando um repórter
me provocou: “Mas como, Chico, mais um samba? Você não acha que isso já está
superado?” (1° parágrafo)
Mantendo-se, em linhas gerais, o sentido original, o trecho acima está corretamen-
te reescrito, em um único período, em:
a) Cheguei a São Paulo quando um repórter, questionando-me por que mais um
samba – se eu não achava que isso já estava superado –, provocou-me.
b) Quando um repórter, recém-chegando a São Paulo, provocou-me questionando
porque mais um samba e se eu não acharia que isso já estaria superado.
c) Quando um repórter me provocou e me questionou: por que mais um samba
e se eu não acho que isso já está superado?
d) Chegando a São Paulo, um repórter me provocou ao questionar-me por que eu
iria escrever mais um samba e se eu não achava que isso já estivesse superado.
e) Recém-chegado a São Paulo, fui provocado por um repórter, que me questionava
por que mais um samba e se eu não achava que isso já estava superado.
órgão de sacralização. O museu, por retirar as obras de sua origem, é realmente Anotações
“o lugar simbólico onde o trabalho de abstração assume seu caráter mais violento
e mais ultrajante”. Porém, esse trabalho de abstração e esse efeito de alienação
operam em toda parte. É a ação do tempo, conjugada com nossa ilusão da presença
mantida e da arte conservada.
(Adaptado de: GALARD, Jean. Beleza Exorbitante. São Paulo, Fap.-Unifesp, 2012, p. 68-71)
12. (FCC/2016 – nível médio) A família de José Veríssimo decidiu doar o acervo do
crítico e acadêmico porque julgou que a ABL.
a) pode manter os documentos inacessíveis a leitores e pesquisadores.
b) tem mais competência em divulgar os documentos ao público.
c) deve ser a verdadeira herdeira dos documentos de seus ancestrais.
d) detém as técnicas necessárias para interpretar os documentos.
e) é capaz de armazenar os documentos de modo mais adequado.
13. (FCC/2016 – nível médio) O acervo do José Veríssimo estava com o marechal
[Inácio José Veríssimo, filho do acadêmico], que era uma pessoa voltada para a lite-
ratura, apesar de ser militar.
A passagem destacada permite concluir que, na opinião de Helena Araújo Lima Ve-
ríssimo,
a) não é muito comum haver militares interessados em literatura.
b) não é raro encontrar militares que entendam profundamente de literatura.
c) é esperado que os militares de alta patente entendam de literatura.
d) é natural que um filho de acadêmico se torne um militar apaixonado por literatura.
e) é frequente encontrar militares com formação especializada em literatura.
16. (FCC/2016 – nível superior) Entre os graves equívocos que podem se incluir na
relação entre um homem e uma mulher destaca-se, no texto,
a) a natural subserviência que a mulher prefere demonstrar a seu parceiro
violento, em vez de confrontá-lo.
b) a falta da discriminação masculina entre o que seja uma demonstração de
amor e uma iniciativa intimidadora.
c) o exagero de se avaliar como violentas algumas iniciativas masculinas tão
somente carinhosas.
20. (FCC/2016 – nível superior) Está clara e correta a redação deste livre comentá- Anotações
rio sobre o texto:
a) Os homens interiorizam conceitos e valores referentes à mulher sem
acreditarem que estão cultivando e pondo em prática os mais abomináveis
preconceitos.
b) São abomináveis os conceitos e valores de que os homens acreditam e põem
em prática no que diz respeito às mulheres sem ter consciência disso.
c) As mulheres são vítimas dos preconceitos e valores abomináveis com que os
homens cultivam e interiorizam a seu respeito em suas práticas.
d) Conceitos e valores preconceituosos no que dizem respeito à mulher são
cultivados pelos homens que nem sequer ao menos parecem ter consciência
por este fato abominável.
e) São abomináveis os preconceitos onde os homens praticam contra as mulheres
sob a forma de conceitos e valores que só fazem desacreditá-las.
d) queria, por mais inusitado que fosse para a temática política, incluir um boi Anotações
em seu poema, que refletisse seu posicionamento alheio a toda ordem
preestabelecida.
e) escrevia textos de cunho político, ainda que o tom panfletário vez e outra
interferisse em seus objetivos iniciais, que eram agradar a seus amigos
militantes.
Um ventinho qualquer...
Uma vida onde os maridos
O laço de fita
nunca chegam tarde prende sempre − coitada! −
com um gosto amargo na boca. os cabelos da moça
[...] (José Paulo Paes)
25. (FCC/2015 – nível médio) Uma redação alternativa, em prosa, para versos do po- Anotações
ema, em que se mantêm a correção e a coerência, considerado o contexto, está em:
(A) Onde não se tenha contas a pagar, ou dentes postiços, cabelos brancos ou
mesmo rugas.
(B) Uma vida cujos maridos não costumam chegar tarde, com um gosto amargo
na boca.
(C) Um ventinho, qualquer, e sai voando, em direção a vida que se encontra para
além do retrato.
(D) Desventurada a moça, cujos cabelos estão sempre presos pelo laço de fita.
(E) Os filhos, onde um dia vão estudar fora, e acabam se casando e esquecendo
de escrever.
(B) O fato de haver muitas pessoas que acreditam em forças superiores guiando a vida Anotações
é contrário ao que pensa FG, pois ele opina a favor do acaso, imerso no mistério,
cuja busca empreende costumeiramente; mesmo não querendo discutir o tema,
que foge a seu escopo, acha fascinante torcer por um “happy end”.
(C) FG discorre sobre o tema do fatalismo, ressaltando o fascínio da vida pelo que
nela há de assustador, mas advoga que quem vive não deve se preocupar com
isso, mas em imitar o jogo: vence aquele que faz mais gols, não o que leva
mais gols, contrariamente ao que pensam certas pessoas fatalistas.
(D) FG assevera que é inerente ao óbvio esconder mistérios, e, por isso, ele
frequentemente busca desvendá-lo; numa dessas incursões, descobriu
que a maioria das pessoas acredita que, na vida, tudo está previamente
determinado, ideia que ele rejeita por levar em conta a quantidade de gente
do planeta.
(E) Lançando a ideia de que o óbvio deve ser cultivado, pelo seu caráter
misterioso, FG acha difícil, pela indagação feita, que as coisas se deem por
forças superiores, principalmente por acreditar que a vida tem muito de
um jogo: ganha o que está mais bem treinado para vencer os obstáculos da
existência.
Parece-me que sou senhor do infinito, porque o meu poder não é equivalente a Anotações
nenhuma quantidade determinada; quanto mais trabalho, mais espero.”
* Jean-Marie Guyau (1854-1888), filósofo e poeta francês.
(PRADO, Antonio Arnoni (org.). Lima Barreto: uma autobiografia literária. São Paulo: Editora
34, 2012. p. 164)
6. (FCC/2014 – ensino superior) Lima Barreto vale-se do texto de Guyau para de-
fender a tese de que
(A) as ações do presente ganham sentido quando projetadas e executadas com
vistas ao futuro.
(B) o futuro só é do nosso domínio quando nossas ações no tempo presente
logram antevê-lo e iluminá-lo.
(C) as projeções do futuro só importam quando estiverem visceralmente ligadas
às experiências do presente.
(D) o futuro ganha plena importância quando temos a convicção de que todas as
nossas ações são duradouras.
(E) as ações do presente têm sua importância determinada pelo valor intrínseco
de que se revestem.
7. (FCC/2014 – ensino superior) O fato de nossa vida estar cercada pelo Desconhe-
cido não deve implicar uma restrição aos empreendimentos humanos, já que, para
Guyau,
(A) o fundamento da moral especulativa está em planejar o futuro sem atentar
para as circunstâncias presentes.
(B) o trabalho estéril executado no presente acumula energias que serão
desfrutadas no futuro.
(C) a incerteza do futuro não elimina a possibilidade de tomá-lo como parâmetro
dos nossos empreendimentos.
(D) os nossos atos tendem a se tornar estéreis quando pautados por uma visão
otimista do futuro.
(E) a brevidade do tempo que temos para viver autoriza-nos a viver o presente
com o máximo de intensidade.
(Trecho de “Graciliano Ramos”. João Cabral de Melo Neto. Melhores poemas de João Cabral
de Melo Neto. SECCHIN, Antonio Carlos (Sel.), São Paulo: Global, 2013, formato ebook)
Observações: Anotações
1. brontossauro / espécie de dinossauro;
2. Colombo / tradicional confeitaria do Rio de Janeiro, com sua refinada arquitetura
e mobiliário, seus requintados cristais e jogos de porcelana, hoje patrimônio cultu-
ral e artístico da cidade;
3. incunábulo / livro impresso que data dos primeiros tempos da imprensa (até o
ano de 1500).
10. (FCC/2014 – ensino médio) O modo como o autor desenvolve seu texto sobre
a notícia citada
(A) justifica que se considerem como marcados pelo tom da ironia os segmentos
(certamente recomendado por uma lista de best-sellers) e Com sorte, os livros
continuarão “físicos”.
(B) revela sua indiferença pelas bibliotecas públicas ou particulares e a consideração
que tem pelas livrarias, como se observa no segmento Há 200 anos, os livros
deixaram de ser privilégio das bibliotecas públicas ou particulares e passaram
a ser vendidos em lojas especializadas, chamadas livrarias.
(C) explica o tom alarmante nele impresso, reconhecível, por exemplo, nos
segmentos A notícia é alarmante: “Amazon se prepara para vender livros
físicos no Brasil e A Amazon dispensa tudo isso.
(D) atesta o tom didático do texto, centrado em divulgar a história do livro e
seduzir leitores, como se nota em Pelos últimos mil anos, dos manuscritos
[...] aos impressos a laser, os livros têm sido chamados de livros e Se você se
interessar por um livro [...], basta o número do seu cartão de crédito e um
clique.
(E) legitima a hipótese de que defende a busca de lucro pelos empresários
ligados à indústria dos livros físicos, como o atesta o segmento a Amazon não
tem gastos com aluguel, escritório, luz, funcionários humanos e nem mesmo
a ração do gato.
ATENÇÃO
Neste módulo, apresentaremos 34 questões de concurso da Banca FGV, as
quais serão aplicadas da seguinte forma:
questões de 01 a 10 = serão resolvidas e comentadas pela professora:
•• em sala de aula;
•• no curso on-line.
questões de 11 a 34 = material extra para o treino do aluno
–– disponíveis no curso on-line (resolução e comentários)
Isso ocorreu no país todo, e em especial no Sudeste, onde o aumento foi de Anotações
15,8%. O IBGE classifica como “desocupadas” pessoas que não estão empregadas,
mas estão buscando trabalho.
A pesquisa indica dificuldades especialmente para jovens de 18 a 24 anos e
pessoas que estão buscando o primeiro emprego, respectivamente 34,3% e 28,3%
dos desocupados.
Fonte: http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/11/151113_resultados_pnad_jc_ab
segue em franca ascensão: hoje, 136,6 milhões de brasileiros (ou 77,9% das pessoas Anotações
acima de 10 anos) têm telefone celular, um crescimento de 4,9% em relação a 2013.
Outro reflexo dessa expansão é a redução de telefones fixos em casa. Entre
2001 e 2014, a proporção de domicílios com linha fixa caiu 25,5 pontos percentuais.
Fonte: http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/11/151113_resultados_pnad_jc_ab
3. (FGV/2016 – nível superior) A queda do número de computadores em casa, se-
gundo o texto, se deve ao fato de que:
a) a internet tem melhor funcionamento nos telefones celulares;
b) os computadores domésticos foram sendo substituídos pelo uso da internet
na telefonia móvel;
c) a diminuição dos telefones fixos em casa colabora para a redução do uso da
internet;
d) o custo dos computadores domésticos é bem superior ao dos telefones
celulares;
e) o próprio crescimento vertiginoso do número de computadores domésticos
leva a uma queda obrigatória desse número.
6. (FGV/2016 – nível superior) “Havia um cego sentado numa calçada em Paris. A Anotações
seus pés, um boné e um cartaz em madeira escrito com giz branco gritava: “Por fa-
vor, ajude-me. Sou cego”. Um publicitário da área de criação, que passava em frente
a ele, parou e viu umas poucas moedas no boné. Sem pedir licença, pegou o cartaz
e com o giz escreveu outro conceito. Colocou o pedaço de madeira aos pés do cego
e foi embora”.
O texto pertence ao modo narrativo de organização discursiva, caracterizado pela
evolução cronológica das ações. O segmento que comprova essa evolução é:
a) “Havia um cego sentado numa calçada em Paris. A seus pés, um boné e um
cartaz em madeira escrito com giz branco gritava”;
b) “Por favor, ajude-me. Sou cego”;
c) “Um publicitário da área de criação, que passava em frente a ele”;
d) “parou e viu umas poucas moedas no boné”;
e) “Sem pedir licença, pegou o cartaz”.
14. (FGV/2016 – nível superior) Segundo o texto, a diferença fundamental entre a Anotações
educação escolar e a educação familiar é que esta
a) procura evitar, em função do risco social, nosso contato com realidades
externas.
b) dificulta nosso produtivo acesso à diversidade.
c) libera nosso olhar para a aquisição de diferentes visões de mundo.
d) centraliza sua atenção no terreno afetivo.
e) impede e paradoxalmente permite o conhecimento de outras culturas.
15. (FGV/2016 – nível superior) “É disso que trata a educação: formar indivíduos
engajados uns com os outros, socialmente e que saibam conviver. Está aí também
a grande diferença da educação familiar, quando convivemos apenas com nossos
pares”.
Nesse segmento do texto, o termo aí
a) tem como referente o momento de engajamento social.
b) refere-se a um lugar, mais especificamente, o espaço escolar.
c) liga-se a um termo anterior, representativo de uma ação.
d) indica simultaneamente tempo e lugar como realidades indistintas.
e) possui valor estilístico, sendo semanticamente expletivo.
16. (FGV/2016 – nível médio) “O homem passou a viver então a era dos descartá-
veis, em que a maior parte dos produtos – desde guardanapos de papel e latas de
refrigerantes, até computadores – é utilizada e jogada fora com enorme rapidez”.
O trecho “desde guardanapos de papel e latas de refrigerantes, até computadores”
estabelece a seguinte relação:
a) desde produtos mais caros aos mais baratos.
b) desde produtos menos utilizados aos mais utilizados.
c) desde produtos mais comuns aos mais sofisticados.
d) desde produtos de menor quantidade aos de maior quantidade.
e) desde produtos mais elitistas aos mais populares.
17. (FGV/2016 – nível médio) “Ao mesmo tempo, o crescimento acelerado das mo- Anotações
dernas metrópoles fez com que as áreas disponíveis para colocar o lixo se tornas-
sem escassas”.
Assinale a opção em que o termo sublinhado tem seu significado corretamente dado
a) Ao mesmo tempo = progressivamente.
b) acelerado = muito rápido.
c) disponíveis = prováveis.
d) colocar = comercializar.
e) escassas = comuns.
18. (FGV/2016 – nível médio) “Até hoje, no Brasil, a maior parte dos resíduos reco-
lhidos nas grandes cidades é simplesmente jogada sem qualquer cuidado em depó-
sitos existentes nas áreas periféricas”.
Ao lermos “até hoje”, o termo “hoje” se refere
a) aos tempos atuais.
b) ao momento em que lemos o texto.
c) ao momento em que o texto foi produzido.
d) à época da Revolução Industrial.
e) ao início do século XXI.
19. (FGV/2016 – nível médio) “Até hoje, no Brasil, a maior parte dos resíduos reco-
lhidos nas grandes cidades é simplesmente jogada sem qualquer cuidado em depó-
sitos existentes nas áreas periféricas”.
Assinale a opção em que o valor semântico do termo destacado está correto.
a) hoje / finalidade.
b) nas grandes cidades / tempo.
c) sem qualquer cuidado / modo.
d) em depósitos / distância.
e) nas áreas periféricas / causa.
20. (FGV/2015 – nível superior) A charge acima mostra uma crítica: Anotações
a) à forma modernamente egoísta de os jovens se comunicarem;
b) ao processo comunicativo tecnológico que isola as pessoas;
c) ao descaso de muitos jovens em relação ao sentimento dos mais velhos;
d) aos novos aplicativos tecnológicos que restringem a comunicação aos que
estão afastados;
e) ao fato de muitas pessoas só saberem comunicar-se por meio de língua escrita.
23. (FGV/2015 – nível médio) “Temos uma tela de plasma em cada aposento, subs-
tituindo televisores de raios catódicos que há apenas cinco anos eram de última
geração”.
Nesse segmento do texto, o autor tem por objetivo:
a) valorizar a atualização tecnológica;
b) exaltar o consumo que gera desenvolvimento;
c) criticar a exibição gratuita de riqueza;
d) destacar o consumismo inútil;
e) ironizar o progresso que é retrocesso.
24. (FGV/2015 – nível médio) O texto desta prova deve ser classificado como:
a) texto didático, já que procura divulgar verdades úteis para a vida futura;
b) artigo de divulgação científica, pois tem por fim expandir informações
dominadas por poucos;
c) artigo de debate deliberativo, visto que pretende colocar em discussão opiniões
polêmicas de outras pessoas;
d) editorial de jornal, dado que apresenta objetivamente opiniões que circulam
na sociedade;
e) artigo de opinião, pois seu autor realiza um depoimento de caráter pessoal
sobre tema momentâneo.
refinarias que ainda não eram da Petrobrás e o que declarava de utilidade pública Anotações
para fins de desapropriação terras rurais subutilizadas.
Na visão dos conspiradores, eram dois claros atentados à propriedade privada
e, como tais, provas adicionais de que o governo preparava a comunização do país.
Cinquenta anos depois, é um tremendo progresso, do qual talvez nem nos
damos conta, o fato de que bandeiras vermelhas – ou azuis ou amarelas ou verdes
ou brancas ou pretas – podem ser tranquilamente exibidas em atos públicos sem
que se considere estar ameaçada a ordem estabelecida.
Reforma agrária deixou de ser um anátema, e a desapropriação de terras
ociosas é comum mesmo em governos que a esquerda considera de direita ou
conservadores.
Continua, é verdade, a batalha ideológica entre ruralistas e o Movimento dos
Trabalhadores Sem Terra, mas ela se dá no campo das ideias, sem que se chame a
tropa para resolvê‐la. Pena que ainda continuemos primitivos o suficiente para que
haja mortes no campo (além de trabalho escravo), mas, de todo modo, ninguém
pensa em chamar o Exército por causa dessa carência.
Nos quase 30 anos transcorridos desde o fim do ciclo militar, foi possível,
dentro da mais absoluta ordem e legalidade, promover o impeachment de um
presidente, ao contrário do ocorrido em 1964, ano em que Jango foi impedido à
força de exercer o poder.
Votei pela primeira vez para presidente em 1989, quando já tinha 46 anos. Meus
filhos também votaram pela primeira vez naquela ocasião, o que significa que uma
geração inteira teve capada parte essencial de sua cidadania durante tempo demais.
Hoje, votar para presidente é tão rotineiro que ficou até meio monótono.
Democracia é assim mesmo.
Pena que esse avanço institucional inegável não tenha sido acompanhado por
qualidade das instituições. Espero que esse novo passo não leve 50 anos.
(Clovis Rossi, Folha de São Paulo, 13/03/2014)
2. (FGV/2014 – nível superior) “É bom olhar para trás para verificar que, pelo me-
nos no terreno institucional, o país progrediu bastante desde que chegou ao fim
o ciclo militar, há 29 anos. É um dado positivo em uma nação com tão formidável
coleção de problemas e atraso em tantas áreas como o Brasil”. Nesse parágrafo do
texto, o autor emite uma série de opiniões pessoais. Entre essas opiniões, aquela
que se refere à própria estratégia do texto é
(A) “É bom olhar para trás”.
(B) “o país progrediu bastante”.
(C) “É um dado positivo”.
(D) “formidável coleção de problemas”.
(E) “atraso em tantas áreas”.
4. (FGV/2014 – nível superior) “...o que era o mesmo que acenar para o conserva-
dorismo civil e militar com o pano vermelho com que se atiça o touro na arena”.
A comparação feita nesse segmento do texto equivale a dizer que o ato referido
funcionaria como
(A) apoio ao conservadorismo.
(B) incentivo à ação militar.
(C) crítica à atitude militar.
(D) apelo à ajuda da classe militar.
(E) crítica à violência da ditadura.
5. (FGV/2014 – nível superior) “Na visão dos conspiradores, eram dois claros aten-
tados à propriedade privada e, como tais, provas adicionais de que o governo pre-
parava a comunização do país”. Em relação à forma ou ao conteúdo do segmento
destacado, assinale a opção cujo comentário é inadequado.
(A) O trecho “na visão dos conspiradores” mostra distanciamento do autor em
relação a essa visão.
(B) A comunização do Brasil está claramente relacionada ao atentado contra a
propriedade privada.
(C) O vocábulo “tais” é anafórico, isto é, se refere especificamente a “atentados
à propriedade privada”.
(D) O adjetivo “adicionais” se justifica por já existirem outros sinais da aludida
comunização.
(E) A comunização do país representaria a causa dos atentados do governo e a
consequência do movimento revolucionário ocorrido a seguir.
ATENÇÃO Anotações
Neste módulo, apresentaremos 49 questões de concurso da Banca
CESGRANRIO, as quais serão aplicadas da seguinte forma:
questões de 01 a 11 = serão resolvidas e comentadas pela professora:
•• em sala de aula;
•• no curso on-line.
questões de 12 a 49 = material extra para o treino do aluno
–– disponíveis no curso on-line (resolução e comentários)
estará dado o primeiro passo para a criação de um mercado financeiro global de Anotações
bitcoins. Esse assunto é de alta relevância para a sociedade como um todo e poderá
abrir as portas para novos serviços nas estruturas que se formarão não somente
no mercado financeiro, em todas as suas facetas — refiro-me à Bolsa de Valores,
inclusive, bem como em novos campos do direito e na atividade estatal de regulação
dessa nova moeda.
Certamente a consolidação dos bitcoins não revogará as outras modalidades de
circulação de riqueza criadas ao longo da história, posto que ainda é possível trocar
mercadorias, emitir letras de câmbio, transacionar com moedas e outros títulos.
Ao longo do tempo aprendemos também que os instrumentos se renovaram e se
tornaram mais sofisticados, fato que constitui um desafio para o mundo do direito.
AVANZI, Dane. UOL TV Todo Dia. Disponível em:
<http://portal.tododia.uol.com.br/_conteudo/2015/03/opiniao/65848-moeda-digital-deve
-revolucionar-a-sociedade.php>.Acesso em: 09 ago. 2015. Adaptado
O jogador entrou na segunda etapa e, a cada vez que recebia a bola e a Anotações
dominava, uma sonora vaia formada por gritos que imitavam o som de macacos
vinha das arquibancadas, cessando em seguida, assim que outro jogador pegava na
bola. “A gente fica muito chateado, a gente tenta competir, mas fica chateado de
acontecer isso em 2014, próximo da gente. Infelizmente aconteceu. Já joguei alguns
anos da minha vida na Alemanha e nunca aconteceu isso lá. Aqui, em um país tão
próximo, tão cheio de mistura, acontece (isso)”, lamentou o jogador em entrevista
após a partida.
Hostilizado, Tinga foi além. O meio-campista declarou que preferia não ter
conquistado nenhum título em sua carreira se pudesse viver sem o preconceito.
“Eu queria, se pudesse, não ganhar nada e ganhar esse título contra o preconceito.
Trocava todos os meus títulos pela igualdade em todas as áreas”. O episódio
despertou a solidariedade até do presidente do arquirrival Atlético-MG. “Racismo
na Libertadores? Me tiraram o prazer da derrota do Cruzeiro. Lamentável!”, postou
o dirigente Alexandre Kalil no Twitter.
Disponível em:<http://veja.abril.com.br/noticia/esporte/
tinga-do-cruzeiro-e-alvo-de-racismo-na-libertadores>. Acesso em: 25 fev. 2014.
09. (CESGRANRIO/2014 Banco do Brasil – nível superior) No Texto II, o uso da ex-
pressão nominal “jogadores celestes” (1º parágrafo) tem por finalidade
(A) enaltecer as qualidades do time do Cruzeiro frente ao Real Garcilaso.
(B) apresentar a solidariedade do periódico para com o jogador vítima de racismo.
(C) induzir o leitor a se compadecer do Cruzeiro em virtude do acontecido.
(D) garantir a clareza do texto no que toca ao estabelecimento de laços coesivos.
(E) eximir o Real Garcilaso da responsabilidade sobre a atitude racista dos
torcedores.
14. (CESGRANRIO/2014 Banco do Brasil – nível superior) No Texto I, o uso do tra- Anotações
vessão em “Como dizia um conhecido — para meu horror e indiferença dos demais
participantes da conversa:” (1º parágrafo) constitui recurso argumentativo, uma vez
que
(A) auxilia na descrição feita acerca do preconceito.
(B) enfatiza o ponto de vista crítico do enunciador.
(C) traduz a adesão do autor à informação exposta.
(D) suspende o pensamento do enunciador sobre o tema.
(E) desvela a discordância dos participantes da conversa.
Não, eu não sabia: para dizer a verdade, só agora o estava identificando. Mas Anotações
não passei recibo — faz parte da minha nova estratégia, para não acabar como o tio
dele: dar o dito por não dito, não falar mais no assunto, acender um cigarro. É o que
farei agora. Isto é, se achar o cigarro.
SABINO, F. Deixa o Alfredo Falar. Rio de Janeiro: Record, 1976.
22. (CESGRANRIO/2014 Banco do Brasil – nível médio) A expressão “hei de sair vi-
torioso” (6º parágrafo) pode ser substituída no Texto I, sem alteração de sentido, por
(A) sairei vitorioso
(B) podia sair vitorioso
(C) talvez saia vitorioso
(D) gostaria de sair vitorioso
(E) quem sabe eu possa sair vitorioso
25. (CESGRANRIO/2014 Banco do Brasil – nível médio) O trecho “Certa noite [...] Anotações
‘já está ficando tarde’” (8º parágrafo) indica, no Texto I, que o tio era distraído por-
que ele
(A) não deveria ter dormido durante a visita.
(B) estava na própria casa, e não teria por que sair.
(C) tinha que demonstrar respeito em relação ao visitante.
(D) deixou de pedir a opinião da mulher sobre a hora de voltar para casa.
(E) precisava esperar algum tempo, depois de acordar do cochilo, para ir embora.
(B) “é memória fraca mesmo, insuficiência de fosfato.” (1º parágrafo) / “Eu só Anotações
quero que você me queira” (l. 10)
(C) “Nunca sei onde largo objetos de uso” (2º parágrafo) /“Olho e não vejo nada” (l. 3)
(D) “Vamos, meu bem, que já está ficando tarde.” (8º parágrafo) / “Não leve a
mal” (l. 11)
(E) “Isto é, se achar o cigarro.” (11º parágrafo) / “Aquilo tudo que eu decorei” (l. 6)
fiel à sua árvore, como Aguinaldo foi até o fim. Estaríamos então diante de mais Anotações
um exemplo do comportamento herético das novas gerações? Os sabiás de hoje em
dia serão degenerados? Eu teria dado algum motivo para agravo ou melindre? Ou,
pior, haveria uma possível esposa de Armando Carlos sido mais uma vítima do mico
canalha que também mora na mangueira? Bem, talvez se tratasse de algo passa
geiro; podia ser que, na minha ausência, para não ficar sem plateia, Armando Carlos
tivesse temporariamente transferido sua ribalta para o oitizeiro. Mas nada disso.
À medida que o tempo passava, o concerto das dez também soando distante e o
mesmo para o recital do meio-dia, a ficha acabou de cair. A mangueira agora está
reduzida aos sanhaços, pessoal zoadeiro, inconstante e agitado; aos cardeais, cujo
coral tenta, heroica mas inutilmente, preencher a lacuna dos sabiás. (...)
RIBEIRO, João Ubaldo. O Globo, 14 fev. 2010. (Adaptado)
(C) quem defende valores consagrados e aceitos pode estar errado / o conceito Anotações
de imutabilidade é destituído de fundamento.
(D) uma comunidade deve mudar a cada dia seus princípios e normas / impedir a
mudança é impossível, porque ela é inerente à existência.
(E) uma comunidade que muda a cada dia seria caótica e inviável / a sociedade
deve impedir as mudanças desnecessárias à sua sobrevivência.
Anotações
GABARITO
BANCAS DIVERSAS 14. B 71. D 12. E 16. C CESGRANRIO
(2016 e 2015) 15. A 72. B 13. D 17. B (2014 e 2013)
CETRO 16. D CESPE (2016 e 14. D 18. C 1. A
1. D 17. A 2015) 15. B 19. C 2. D
2. B 1. E 16. E 20. B 3. E
18. E
CONSULPLAN 2. C 17. D 21. B 4. D
19. B
3. C 3. C FCC (2016 e 22. D 5. C
4. A 20. C
4. C 2015) 23. D 6. A
5. A 21. E 1. C 24. E 7. B
5. E (ALTERNATIVA)
6. C 22. C 6. C (ALTERNATIVA) 2. C FGV (2014 e 8. A
FUNRIO 23. A 7. A (ALTERNATIVA) 3. A 2013) 9. D
7. B 24. C 8. C 4. D 1. A 10. B
8. A 25. E 9. C 5. B 2. A
9. E 26. A 10. E 6. C 3. C
10. A 27. C 11.C 7. A 4. B
IBFC 28. D 12. C 8. C 5. E
11. D 13. E 9. E 6. C
29. A
12. C 14. C 10 .C 7. D
30. C
13. C 15. E 11. B 8. D
14. C 31. B
16. E 12. E 9. A
IDECAN 32. E 13. A 10. B
17. E
15. A 33. A 18. E 14. E CESGRANRIO de
16. A 34. D 19. C 15. D 2010 a 2015
17. D 35. E 20. E 16. B 1. B
18. C 36. C 21. C 17. E 2. C
BANCAS DIVERSAS 37. D 22. C 18. C 3. A
(2014) 38. D 23. C 19. D 4. C
1. C 39. E 24. C 20. A 5. E
2. A 25. C 21. D 6. C
40. A
CONRIO 26. E 22. B 7. A
41. A
3. C 27. E 23. A 8. A
4. A 42. A
28. C 24. B 9. D
CONSULPLAN 43. B 25. D 10. B
29. E
5. C 44. D CESPE (2014, FCC (2015 e 11. B
6. B 45. B 2013 e 2012) 2014) 12. E
7. A 46. E 1. E 1. E 13. A
FUNRIO 47. C 2. E 2. A 14. B
8. D 48. C 3. E 3. C 15. C
9. D 49. D 4. C 4. A 16. A
10. A 50. E 5. E 5. E 17. D
IBFC 6. E 6. A 18. B
51. D
11. B 7. C 7. C 19. C
52. A
12. C 8. E 8. E 20. B
13. A 53. D
9. C 9. A 21. C
IDECAN 54. E 10. A 22. A
10. E
14. B 55. C 11. C FGV (2016 e 23. D
15. E 56. C 12. E 2015) 24. C
Vunesp 57. D 13. E 1. D 25. B
1. D 58. D 14. E 2. A 26. E
2. E 59. B 15. C 3. B 27. E
3. E 60. B ESAF 4. C 28. C
4. A 61. D 1. A 5. C 29. C
62. D 2. D 6. D 30. A
5. C
3. B 7. E 31. B
6. C 63. C
4. C 8. D 32. C
7. D 64. D
5. E 9. A 33. D
8. B 65. A 10. E 34. B
6. A
9. A 66. E 7. C 11. D 35. A
10. C 67. B 8. E 12. D 36. C
11. C 68. D 9. D 13. C 37. C
12. E 69. A 10. C 14. B 38. E
13. B 70. C 11. D 15. C 39. D