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Fichamento 4
Fichamento 4
Bibliografia
FURTADO, Celso. Formação econômica do Brasil. São Paulo: Companhia
Editora Nacional, 2005, cap. 6-7.
P.30
Capítulo VI – Consequências da penetração do açúcar nas Antilhas
Êxito comercial da agricultura tropical dificuldades no abastecimento
de mão-de-obra europeia Solução: introdução da mão-de-obra
africana escrava;
Forte concorrência: regiões que exploram mão-de-obra escrava de
grandes unidades produtivas X regiões de pequena propriedade e
população europeia;
Baixa de preços no mercado internacional fragilização das Antilhas e
na colonização na área tropical;
Superada a incerteza comercial as grandes plantações escravistas
demonstram ser negócio muito vantajoso;
o Influência no Brasil: se fez necessário a colonização em grande
propriedade por conta da produção açucareira.
P.31 e 32
Divisão de tarefas nas colônias:
o Brasil: monopólio da produção açucareira;
o Colônias antilhanas: demais produtos tropicais.
Objetivos políticos da colonização antilhana: franceses e ingleses
pretendiam reunir núcleos de população europeia (abandonados
posteriormente pela pressão econômica);
Expulsão definitiva dos holandeses do Nordeste brasileiro
desenvolvimento mais rápido da economia antilhana;
o Os holandeses levam a técnica açucareira aprendida no Brasil
para as Antilhas francesas e inglesas, colaborando com os
colonos tecnicamente e financeiramente (para comprar
equipamentos, escravos e terra).
Equipamentos novos;
Melhor posição geográfica;
- Europeus + Escravos;
Forte valorização das Antilhas.
o Impedimento na colonização de povoamento das regiões tropicais
da América.
P.33
Colônias da região norte do continente:
o Criação de uma economia autossuficiente;
o Atividades comerciais e importações;
o Lento desenvolvimento.
Com o desenvolvimento da produção de açúcar, a população branca
das ilhas caribenhas migrou para o norte;
o Eliminação da produção agrícola de subsistência as ilhas se
tornaram grandes importadora de alimentos.
P.34
Nova Inglaterra: desenvolvimento da indústria de construção naval
(abundância de madeira);
Antilhas francesas: indústria derivada da cana destilação de bebidas
alcoólicas (preços baixos para concorrer com a metrópole e as Antilhas
inglesas).
Colônias do norte dos EUA desenvolvimento entre os séculos XVII e
XVIII;
Região produtora do artigo básico de exportação X Região de
abastecimento.
P.35
Etapas da ocupação econômica das terras americanas:
o 1°: Exploração da mão-de-obra preexistente na produção de
metais preciosos;
o 2°: produção de artigos agrícolas tropicais por meio de grandes
empresas – mão-de-obra escrava importada;
o 3°: Criação de um mercado interno (similar ao europeu).
Desenvolvimento da Nova Inglaterra fatores:
o Guerra civil na Inglaterra no século XVII;
o legislação protecionista naval;
Auxílio holandês;
indústria de construção de barcos.
o Guerras entre Inglaterra e França.
P.36
Colônias da Nova Inglaterra no séc. XVII: economias de produtividade
relativamente baixa pequenas unidades produtivas, de base familiar;
o Grande vastidão de terras imigração europeia no regime de
servidão temporária;
o Nas colônias ricas foi rapidamente substituído pela escravidão.
P.37
Colônias de pequenos proprietários (norte dos EUA):
o Menor a concentração da renda;
o Consumo elevado;
o Distribuição de renda uniforme;
o independência dos grupos dominantes;
P.38
Capítulo VII – Encerramento da etapa colonial
Segunda metade do século XVII: Portugal estava em uma situação difícil
(perda do comércio oriental e desorganização do mercado do açúcar) e
toma novos rumos, afetando sua colônia:
o Aliança com a Inglaterra (acordos em 1642-54-61), alienando
parte de sua soberania a essa potência garantindo sua
sobrevivência como potência colonial;
o Espanha ainda não havia reconhecido sua independência.
Lembrando: êxito da empresa açucareira está ligado a cooperação
comercial-financeira holandesa.
P.39
Semidependência do governo português privilégios para
comerciantes ingleses em Portugal “incluíam extensa jurisdição
extraterritorial, liberdade de comércio com as colônias, controle sobre as
tarifas que as mercadorias importadas da Inglaterra [...]”;
“Portugal fazia concessões econômicas e a Inglaterra pagava com
promessas ou garantias políticas.”;
Problema principal: decadência da colônia, decorrente da
desorganização do mercado do açúcar desvalorização monetária do
Reino de Portugal.
P.40
Solução inicial: reduzir as importações fomentando a produção interna
no setor manufatureiro (porém não seria duradoura).
Resolução: desenvolvimento da produção de ouro no Brasil no início do
século XVIII;
Fundamental: acordo comercial com a Inglaterra em 1703
o Portugal renuncia todo desenvolvimento manufatureiro e transfere
para a Inglaterra o impulso dinâmico criado pela produção
aurífera no Brasil;
o Conservação política portuguesa;
Conferência de Utrecht: estabilidade territorial da América portuguesa.
Ciclo do ouro no Brasil possibilitou o financiamento de uma grande
expansão demográfica (escravos passaram a ser minoria e os europeus
maioria).
P.41
Ciclo do ouro brasileiro para a Inglaterra:
o Desenvolvimento manufatureiro;
o Flexibilidade à sua capacidade para importar;
o Concentração de reservas.
Ciclo do ouro brasileiro para a Portugal: apenas aparência de riqueza
(assim como foi para a Espanha);
Final do século XVIII:
o Decadência da mineração de ouro no Brasil;
o Início da revolução industrial Portugal não é mais prioridade
para a Inglaterra, e vai perdendo seus privilégios.
P.42
“A forma peculiar como se processou a independência da América
portuguesa teve consequências fundamentais no seu subsequente
desenvolvimento.”
Transferência do governo português para o Brasil sob a proteção inglesa
os privilégios econômicos da Inglaterra em Portugal passaram para o
Brasil;
Separação entre Brasil e Portugal em 1822, porém vários demoraram
vários anos para o Brasil sair da “tutela” da Inglaterra devido aos
acordos anteriores.
P.43
A Inglaterra queria manter os privilégios conseguidos sobre a colônia,
negociando sua independência;
“Pelo tratado de 1827, o governo brasileiro reconheceu à Inglaterra a
situação de potência privilegiada, autolimitando sua própria soberania no
campo econômico.”
Início do século XIX:
o Integridade territorial e independência política;
o Dificuldades econômicas devido aos privilégios concedidos à
Inglaterra;
Redução da capacidade de ação do poder central;
Desagregação territorial.
P.44
Consolidação do país no século XIX:
o Expansão da economia brasileira cafeeira transição
econômica;
o Aumento das relações comerciais com os EUA (passa a ser o
principal mercado importador do Brasil);
o Liquidação das dívidas com a Inglaterra e resistência a um novo
acordo em 1842 transição política;
o Ausência de tensões internas (continuação do trabalho escravo)
atraso da industrialização.